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BRASÍLIA, QUINTA-FEIRA, 22 DE JANEIRO DE 2015 www.readmetro.com

{BRASÍLIA}

Hospital da Criança. Rollemberg busca recursos federais para ampliação

Calote também nos restaurantes populares Crise. Empresas que administram as 12 unidades comunitárias não recebem há três meses e colocam funcionamento em risco. GDF prevê pagar até semana que vem

Governador visitou ontem a unidade | ANDRESSA ANHOLETE/METRO BRASÍLIA

O governador Rodrigo Rollemberg (PSB) visitou ontem o Hospital da Criança José de Alencar e prometeu esforço em busca de recursos federais para a construção do segundo bloco da unidade, obra atrasada há mais de um ano. A unidade, mantida pelo GDF, mas administrada por uma entidade filantrópica, é referência no tratamento de doenças como o câncer infantil, e já realizou 1,2 milhão de atendimentos desde sua inauguração, em 2011. A ampliação, iniciada em 2012, é essencial para o atendimento da demanda pediátrica da rede pública, mas não há verbas para as obras, cujo custo é de R$ 30 milhões, ou para a compra de equipamentos, que deverão custar R$ 40 milhões. “A bancada do DF no Congresso apresentou uma emenda para o Orçamento federal de 2015 para essa obra. Vamos lutar pela liberação”, disse o governador. Acidente

Dívida Apesar de não estar com problemas no funcionamento, o Hospital da Criança também sobre com a crise nos cofres do GDF. Os repasses mensais de R$ 6 milhões para manutenção dos serviços não são feitos desde outubro de 2014. “Planejamos pagar, na próxima semana, pelo menos R$ 3,5 milhões”, prometeu o secretário de Saúde do DF, João Batista de Souza. Satisfeitos com o atendimento, pais de pequenos pacientes esperam que o caos do resto da rede não chegue ao local. “Eu só tenho a agradecer o tratamento que o João recebe aqui. É completamente diferente de qualquer hospital público, melhor até que os particulares”, garante Thais Mariane Luz, 22, que leva o filho de 2 anos, que tem paralisia cerebral, para consultas mensais e sessões semanais de fisioterapia. METRO BRASÍLIA Educação

Motociclista morre atropelado por ônibus na 040

Matrículas continuam, e ainda há vagas

Um motorista de 28 anos morreu ontem após ser atropelado por um ônibus na BR-040, próximo a Santa Maria, sentido Plano Piloto. O acidente ocorreu no Km 06, local de grande movimentação -- onde está localizado o monumento conhecido como “Chifrudo”. Douglas Fabson Zica guiava uma Honda Biz quando foi atingido pelo veículo. O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas o rapaz morreu na hora. O motorista fugiu sem prestar socorro. Mais tarde, ele se entregou na 33ª Delegacia de Polícia com um advogado para depor. Em seguida, foi liberado.

Embora algumas pessoas tenham feito fila nas escolas públicas, as 5 mil vagas remanescentes não foram esgotadas. Segundo a Secretaria de Educação, as matrículas continuam abertas. METRO

METRO

Constrangimento

Cliente que achou navalha na comida será indenizado O cliente que achou uma navalha na comida em um restaurante no Terraço Shopping vai ser indenizado em R$ 8 mil por lesão corporal. A decisão foi do TJDF. METRO

Desde outubro, as cinco empresas responsáveis por administrar os 12 restaurantes comunitários do DF estão sem receber os repasses do GDF. Enquanto isso, a maioria tira dinheiro do próprio capital para pagar funcionários e fornecedores. O valor total da dívida, segundo admite a Sedest (Secretaria de Desenvolvimento Humano e Social do DF), é de R$ 7 milhões. Por enquanto, todos os restaurantes permanecem abertos. A unidade de Planaltina, porém, chegou a fechar as portas por duas semanas. Reabriu nesta segunda, sob promessas de que o pagamento ocorreria amanhã. A Sedest, porém, diz que o GDF prevê o pagamento até semana que vem. Rumores sobre uma possível greve de funcionários -- que, no caso de alguns restaurantes, estão sem receber o mês ou o vale-transporte -- rondam as portas das instituições. Popular Os restaurantes comunitários servem refeições completas, incluindo sucos e sobremesas, a R$ 1. Atualmente, há 12 unidades, e uma em constru-

Restaurante comunitário da Estrutural atende cerca de 2,5 mil pessoas por dia | ANDRESSA ANHOLETE/METRO BRASÍLIA

ção em Sobradinho II e outra esperando inauguração, no Sol Nascente. Segundo o subsecretário de Segurança Alimentar e Nutricional da Sedest, Jefferson Urani, o órgão precisou apostar no diálogo direto para que o serviço fosse mantido. “Não honraram o pagamento com a gente, então tivemos que pedir que acreditassem no novo governo. A minha luta é para que tudo seja pago até semana que vem, senão antes”, pontua. Ainda conforme Urani, a falta de repasses prejudica

R$ 7 mi é o valor da dívida do GDF com as cinco empresas responsáveis por administrar os restaurantes comunitários tanto o pagamento de funcionários quanto a compra de insumos e alimentos. “Algumas empresas que têm capital mais sólido estão arcando do próprio bolso”, explica. Outras, como no caso de Planaltina, já chegaram ao limite.

O diretor de uma das empresas, que não quis se identificar, conta que o atraso no pagamento já ocorreu no ano passado. Ele também disse que, quando o dinheiro parou de vir de novo, tentou pedir uma rescisão de contrato, mas foi impedido sob pretexto de que estava no fim do mandato de Agnelo Queiroz. Ele avisa: se não receber em breve, vai fechar as portas. FABIANE GUIMARÃES METRO BRASILIA

Dois protestos param o Monumental; empresa de ônibus para por 10 horas Trabalhadores de empresas que prestam serviços ao GDF participaram ontem de um protesto que chegou a fechar o trânsito no Eixo Monumental pela manhã, perto do Palácio do Buriti. Eles reivindicavam reajuste salarial de 30% e o aumento do valor recebido em tíquete-alimentação, que passaria de R$ 20 para R$ 28 por dia. Em reunião na última terça-feira, representantes das empresas propuseram que o aumento dos terceirizados fosse de 8%, mas o valor foi considerado insuficiente pela categoria e não houve acordo. A greve teve início na última quinta-feira. No fim da tarde, hora da volta para casa de milhares de pessoas, a via que separa

O governo prometeu ontem reforçar o número de ônibus na cidade.

Moradores de Brazlândia fecharam a pista | ANDRESSA ANHOLETE/METRO BRASÍLIA

as asas Sul e Norte voltou a ser fechada por manifestantes na altura da Rodoviária do Plano Piloto. Desta segunda vez, eram moradores de Brazlândia protestando contra

a precariedade do transporte público. Na última segunda-feira, um grupo já havia fechado os acessos a Brazlândia por sete horas, pela mesma razão.

Marechal parada Também cruzaram os braços ontem os funcionários da empresa de ônibus Marechal, que atende 350 mil passageiros por dia em Taguatinga, Ceilândia, Guará, Park Way e Águas Claras. Os rodoviários pararam após não receber parcela de 40% do salário que deveria ter sido paga na última terça-feira. O dinheiro, porém, foi depositado no período da tarde e os ônibus da empresa voltaram a circular por volta das 17h30, facilitando a volta para casa de quem usa o transporte público. METRO BRASÍLIA


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