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CURITIBA, SEGUNDA-FEIRA, 16 DE JUNHO DE 2014 www.readmetro.com

Lançamento. Vocalista Samuel Rosa fala sobre ‘Velocia’, 10º álbum de estúdio e primeiro de inéditas da banda mineira em seis anos Foram seis anos longe dos estúdios e de músicas inéditas, mas o Skank está de volta a ativa com o disco “Velocia”. “Não fomos para o Havaí nem nada disso nesse tempo (risos). O Skank vinha de um ritmo alucinante, de discos sendo lançados com uma certa regularidade. Então, diante disso, não que a banda tenha pedido férias, mas precisávamos achar o momento certo para compor”, explica o vocalista Samuel Rosa. “Alexia” abre o disco e, de cara, se percebe o baixo tão característico do começo da

{CULTURA}

‘O Skank sabe fazer pop de uma forma charmosa’

Formação clássica do Skank está junta há mais de 20 anos | DIVULGAÇÃO

carreira, influenciado pelo dancehall e o raggamuffin. Porém, Samuel afirma que essa referência apenas “aflorou”. “Esse estilo sempre esteve lá [nas músicas], só que al-

gumas vezes apareceu mais, outras menos. Não é um resgate, mas apenas dar voz ao que está saindo da gente.” Com uma participação especial e poderosa de BNe-

gão, a música “Multidão” evoca os protesto que tomam conta do país há cerca de um ano e que envolvem também a Copa do Mundo. “Não compactuo com a vio-

lência e a agressividade, que é algo que estamos contra, mas o povo está ofendido, dizendo que há dinheiro para a Copa, mas não para outras prioridades. A raiva es-

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“VELOCIA” SKANK SONY R$ 30

tava embutida e o brasileiro foi corajoso ao ponto de renunciar a uma festa para protestar”, analisa. O disco traz ainda participações de Lucas Silveira (Fresno), da cantora Lia Paris, do rapper Emicida e do parceiro de longa data Nando Reis – cada vez mais o “quinto Skank”, em cinco das 11 faixas. Com tantas parcerias e experiências, fato é que, após 22 anos do álbum de estreia, o Skank mostra em “Velocia” a sua assinatura, de quem encara o pop – e a popularidade – de frente. “Há muito tempo já definimos o nosso caminho. O Skank sabe fazer pop de uma forma charmosa e agora fizemos uma aposta em nós mesmos”, conclui o vocalista. METRO SÃO PAULO

O gol contra de Bruno

Box de ‘Anos Incríveis’ terá 15 horas de extras A produtora StarVista Entertainment, responsável pelo material, divulgou uma imagem da edição limitada especial para os fãs do programa. Será uma caixa no formato dos armários da escola de Kevin Arnold, incluídos dois livros, também similares aos usados pelo garotinho, com informações detalhadas dos 115 episódios do seriado. Além de todas as temporadas da série, haverá ainda cerca de 15 horas de cenas extras em 26 DVDs. O preço e a data de lançamento não foram divulgados. | DIVULGAÇÃO

De ídolo da maior torcida do país a presidiário. No dia 5 de junho de 2010, o mineiro Bruno entrou em campo no jogo Flamengo e Goiás, no Maracanã, e falhou duas vezes no gol. Era uma situação atípica para um goleiro campeão e reconhecido no clube carioca. Esse seria o último jogo de Bruno pelo rubro-negro. Antes da partida, ele havia ligado, no vestiário, para o amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, para saber se estava tudo certo em relação à ex-namorada Eliza Samudio, 25 anos, sequestrada no dia anterior e morta no dia 10 do mesmo mês. Essa é uma das histórias dos bastidores do assassinato de Eliza, contadas no livro “Indefensável – O Goleiro Bruno e a História da Morte de Eliza Samudio”, dos jornalistas Leslie Leitão, Paula Sara-

“INDEFENSÁVEL” LESLIE LEITÃO, PAULA SARAPU, PAULO CARVALHO ED. RECORD, 266 PÁGS. R$ 32

pu e Paulo Carvalho. Durante a produção do livro, mais de 100 pessoas foram ouvidas. Os três autores estão ligados ao caso de forma direta. Leslie foi o primeiro a publicar a reportagem do sumiço da ex-namorada de Bruno no jornal “O Dia”. Na revista “Veja”, onde ele trabalha atualmente, o jornalista publicou uma carta entregue ao presídio, na qual Bruno implorava a Macarrão que seguisse o plano B, e assumisse toda a culpa. Já Paula cobriu o caso em “O Dia” e, depois, pelo “Estado de Minas”. Paulo Carva-

lho filmou um vídeo de Eliza, pelo jornal “Extra”, em que ela denunciava o goleiro de agressão, sequestro e ameaça. Leslie ressalta que o livro relata um lado pouco evidenciado pela imprensa, o de “tragédia social” da família do goleiro. No livro, os jornalistas contam sobre a prisão do pai e do irmão de Bruno, acusados de tráfico, e do padrasto de Eliza, que era conhecido como pai até pela ex-namorada do goleiro. “É preciso mostrar que existem histórias além das investigações do crime. É importante colocar o leitor nas cenas de alguns episódios, do jeito como Bruno tramou desde o início”, explica. Condenado por assassinato e cumprindo pena em Contagem (MG), Bruno, hoje com 29 anos, deve ficar preso até 2017. METRO RIO


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