Festival do Turismo 2014

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Gramado 

Brasil

FOLHA DO TURISMO

Edição Especial Festival do Turismo Gramado  Novembro 2014

MERCADO & EVENTOS Edição Especial Festival do Turismo

Um ano histórico

para o Turismo

Superadas as incertezas,

setor estima fechar 2014 com balanço positivo

Novembro 2014

EVENTOS Movimentação chegou a R$ 209,2 bilhões em 2013

AVIAÇÃO Em um ano, país registra 109,2 milhões de passageiros

E MAIS Novas pesquisas revelam dados da cadeia turística



Bons negócios a todos A realização desta 26ª edição do Festuris traz como novidade a primeira versão do Buyers Club, com caravanas dos Estados Unidos, Europa e América do Sul. É mais uma iniciativa da organização no sentido de focar nos negócios e investir na internacionalização. Nunca é demais lembrar que Porto Alegre tem, a cada dia, fomentado os voos internacionais com novas operações. Com o desenvolvimento do programa de aviação regional, apresentado neste ano pelo Governo, devem crescer também os voos de fronteira.

Índice 6 Informações sobre o turismo no Brasil

Tudo isso dá a Região Sul um impulso maior no processo de captação do fluxo internacional de turistas. E nada melhor do que um evento da natureza do Festuris para promover e divulgar a região, que vem investindo num extenso calendário que inclui o Natal Luz, de Gramado; o Sonho de Natal, de Canela; sem esquecer do tradicional Natal de Curitiba (PR) e do novo Natal Felicidade, em Lages (SC).

ENTREVISTAS 8 Vinicius Lages (MTur) 10 Luciana Fernandes (MTur) 12 Vicente Neto (Embratur) 13 Marco Lomanto (Embratur) 14 Eduardo Zorzanello, Marta e Vinícius Rossi (Festuris) 16 Claudia Pessôa (Anseditur) 18 Oreni Braga (Fornatur) 20 Adonai Arruda Filho (Abottc) 22 Mario Carvalho (Tap)

Independente das festas regionais, Gramado por si só tem se revelado um modelo bem sucedido de como fazer turismo com profissionalismo e competência. Não há como questionar a receita de sucesso que transformou a cidade no principal carro-chefe de turismo do estado. E esse sucesso acabou se refletindo em toda a região, beneficiando também cidades vizinhas. Numa pesquisa sobre os 500 destinos turísticos mais procurados no Brasil, divulgada em abril deste ano pelo TripAdvisor, Gramado foi considerado o terceiro destino do país mais reconhecido por turistas brasileiros e estrangeiros, perdendo apenas para Rio de Janeiro e São Paulo.

MATÉRIAS ESPECIAIS 24 Aviação 26 Hotelaria 28 Turismo de Negócios 31 Turismo LGBT 32 Turismo de Eventos 34 Impactos do Carnaval 36 Cruzeiros 38 Tecnologia 40 Gastronomia 42 Turismo Corporativo

Por outro lado, o Festuris conseguiu ao longo de mais de duas décadas e meia consolidar uma imagem de credibilidade junto ao mercado em função de ter se tornado uma feira profissional de negócios, e cuja modelagem, segmentada em seus nove salões, abre espaço para áreas com grande potencial, como é o caso dos parques temáticos, que tem, este ano, sua primeira edição.

ESPORTES 44 Olimpíadas 2016 46 Copa do Mundo 2014

Nesta edição do MERCADO & EVENTOS constam, além de destinos nacionais, como Santa Catarina, uma abordagem sobre o Turismo de Lazer e o segmento MICE, que cresce a cada ano no país. Com a definição das eleições presidenciais e estaduais é tempo de retomar os programas, estratégias e o processo de crescimento deste setor, que inicia, no próximo mês, mais uma temporada de férias e verão. Bons negócios a todos.

ATRATIVOS DOS ESTADOS REGIÃO NORDESTE 48 Pernambuco (PE) 50 Bahia (BA) 51 Ceará (CE) 52 Alagoas (AL) 54 Paraíba (PB) REGIÃO CENTRO-OESTE 55 Distrito Federal (DF) 56 Mato Grosso do Sul (MS) REGIÃO NORTE 58 Amazonas (AM) 59 Pará (PA) REGIÃO SUDESTE 60 Minas Gerais (MG) 62 São Paulo (SP) 63 Espírito Santo (ES) 64 Rio de Janeiro (RJ) REGIÃO SUL 66 Santa Catarina (SC) 68 Rio Grande do Sul (RS) 70 Paraná (PR) CADERNO ESPECIAL 71 Santa Catarina

FOLHA FOLHA DO DOTURISMO TURISMO

Presidente Adolfo Martins Vice-presidente Executivo Roy Taylor roytaylor@mercadoeeventos.com.br - (55-21) 3233-6319 Diretora de Marketing Internacional Rosa Masgrau rosamasgrau@mercadoeeventos.com.br - (55-21) 3233-6316 Diretora Geral de São Paulo Mari Masgrau mari.masgrau@mercadoeeventos.com.br - (55-11) 3123-2247 Editora-chefe Natália Strucchi natalia.strucchi@mercadoeeventos.com.br - (55-21) 3233-6353 Editor-executivo Luciano Palumbo luciano.palumbo@mercadoeeventos.com.br - (55-11) 3123-2240 Chefe de Reportagem Luiz Marcos Fernandes luiz.fernandes@mercadoeeventos.com.br - (55-21) 3233-6262 Chefe de Reportagem SP Anderson Masetto anderson.masetto@mercadoeeventos.com.br - (55-21) 3123-2239 Diretor de Internet Fernando Martins Diretora de Planejamento Andréa Martins Diretor Jurídico José Manuel Duarte Correia Gerência de Tecnologia GRM Fotógrafo Eric Ribeiro Designer Daniel Costa Reportagem Rio (55-21) 3233-6353 Reportagem São Paulo (55-11) 3123-2239/2240

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Caroline Lainara - caroline.lainara@mercadoeeventos.com.br

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INFORMAÇÕES

Brasil

Receita Cambial Gastos de Turistas no Brasil ( US$ milhões ) - jan 2012 a Ago 2014 Dados em milhões

2012

2013

Chegadas de turistas ao Brasil

5,7

5,8

Desembarques voos nacionais

85,5

88,9

Desembarques voos internacionais

9,4

9,5

Receita cambial (US$)

6.644,86

6.710,71

Cresce Desempenho Econômico do Turismo De acordo com o Boletim de Desempenho Econômico do Turismo, os percentuais do setor estão mais elevados este ano e registraram, no primeiro trimestre de 2014, um incremento nos segmentos de parques e atrações turísticas (15,8%); turismo receptivo (15,3%), meios de hospedagem (15,1%) e transporte aéreo (11,6%). O salto na arrecadação das empresas do setor (11,1%) é o maior dos últimos seis anos. No mesmo período (abril, maio e junho) houve também aumento médio de 15% no quadro de pessoal das empresas. O resultado foi atribuído aos investimentos realizados no ano e na maior divulgação dos atrativos e roteiros turísticos. Os segmentos de transporte aéreo e de parques temáticos sentiram os efeitos positivos da realização da Copa do Mundo, ainda que a pesquisa tenha captado somente resultados da primeira metade do Mundial, que começou em 12 de junho e teve um mês de duração. O boletim, produzido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), se baseia em informações fornecidas por gestores de 678 empresas, com faturamento de R$ 8,2 bilhões no trimestre e quadro de 72.367 funcionários.

País sediará 2,2 mil feiras em 2014 O mercado de feiras de negócios deverá fechar o ano com a realização de 2,2 mil eventos no país, mantendo a média anual, segundo levantamento inédito realizado pela União Brasileira dos Promotores de Feiras (Ubrafe). O setor vive um momento de recuperação das atividades, depois da retração do mercado registrada no primeiro semestre. O estudo “Feiras de Negócios no Brasil” mostra que mais de 48% das feiras e exposições são realizados na região Sudeste. Em segundo lugar permanece a região Sul, como 30,6% dos eventos, seguida das regiões Nordeste (10,4%), Centro-Oeste (6,8%) e Norte (3,9%). O presidente executivo da Ubrafe, Armando Campos de Mello, afirma que o país tem “vasto e qualificado” calendário, que começa a ser ampliado para cidades fora do eixo Rio-São Paulo. Segundo ele, o objetivo da pesquisa foi dotar a Ubrafe e o mercado de feiras de negócios com números que permitam planejar de maneira mais adequada, o desenvolvimento e fortalecimento do setor. O Ministério do Turismo contribui para a expansão do turismo de negócios, realizando investimentos em infraestrutura em todas as regiões do país. Com o lançamento do PAC do Turismo, em 2013, por exemplo, R$ 460 milhões foram direcionados para a construção e ampliação de centros de convenções e eventos em 11 municípios. Hoje, o Brasil é o 9º maior mercado de eventos internacionais do mundo, segundo a Associação Internacional de Congressos e Convenções (ICCA).

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Grandes templos impulsionam Turismo Religioso Com uma capacidade de reunir até 150 mil fiéis em um único evento, como ocorreu durante a visita do Papa à Aparecida do Norte, templos de grande porte impulsionam o turismo religioso no Brasil. O número de visitantes deve crescer ainda mais em 2015 puxado por novas construções, como o recém-inaugurado templo evangélico de Salomão (SP), o santuário católico Mãe de Deus (SP) e o Memorial Chico Xavier (MG), ambos ainda em construção. As viagens religiosas são experiências do turismo cultural, que representa 12% do total de viajantes pelo país, e também inclui o turismo cívico e o enoturismo, entre outros. Estima-se que 15 milhões de brasileiros se viajam pelo país todos os anos movidos pela fé, de acordo com dados do Ministério do Turismo. O Santuário Mãe de Deus, em São Paulo, ainda em construção, já abriga missas para até 60 mil pessoas. Assim que estiver concluído, vai comportar cerca de 35 mil pessoas na área interna e 100 mil no total, o que inclui também o ambiente externo. Em Uberada (MG) está em a construção a segunda etapa do Memorial Chico Xavier, atração que promete transformar a cidade em um polo de turismo religioso. A obra conta com repasse de R$ 2,9 milhões do MTur. O memorial funcionará como um museu e contará também com espaço para o estudo e a prática da doutrina espírita. Os novos templos somam-se a pontos de peregrinação consagrados no país, como a Basílica de Aparecida do Norte, que tem capacidade de celebrar missas para até 35 mil pessoas na área interna e até 300 mil na área externa. O levantamento mais recente da administração da Basílica aponta que o número de visitantes ao templo cresceu 9% entre 2011 e 2013.

Sobe intenção de viagens dos brasileiros No mês de agosto o MTur registrou a maior intenção de viagem do ano: 28,8%, o que reflete a proximidade das férias de fim de ano. O índice mede a probabilidade do brasileiro de viajar durante o próximo semestre. Os demais meses do ano registraram percentuais inferiores: janeiro (27,1%), fevereiro (26,7%), março (27,1%), abril (26,3%), maio (24,6%), junho (24,3%) e julho (23,9%). Esses dados fazem parte da “Sondagem do Consumidor - Intenção de Viagem” feita pelo Ministério do Turismo e Fundação Getúlio Vargas. Foram ouvidos dois mil moradores de sete cidades do país: Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo, que representam 70% do fluxo de turistas do país. A maior parte dos entrevistados que manifestou intenção positiva de viajar o fará pelo próprio país (73,6%). Os meios de hospedagem mais requisitados são os hotéis e pousadas (52,3%), seguidos pela casa de amigos e parentes (37%) e outros (10,7%). O meio de transporte preferido é o avião (61%), seguido pelo automóvel (25,1%), o ônibus (10,2%) e demais meios (3,7%). A região apontada como destino favorito pela maioria dos entrevistados é a Nordeste (48,1%), seguida pelo Sul (21,2%), Sudeste (19,2%), Norte (7,3%) e Centro-Oeste (4,2%).


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ENTREVISTA

MTur - Vinicius Lages

MTur defende marketing e maior infraestrutura para aprimorar o Turismo >> Foco em novas estratégias de marketing para ampliar a comercialização do produto Brasil para os brasileiros. Esta tem sido a missão do ministro do Turismo, Vinicius Lages, desde que assumiu a pasta, em março deste ano. “A nossa estratégia é utilizar o marketing do MTur em apoio à comercialização de produtos e destinos ligados ao turismo em todo o país”, comentou. Além disso, o incremento da economia no turismo nacional é, de fato, um instrumento que aponta o avanço do setor como excelente oportunidade para transformar o turismo na nova ferramenta de desenvolvimento do Brasil, como foi a agricultura em décadas passadas. O faturamento médio das empresas do setor de turismo cresceu 11,1% no segundo trimestre de 2014, em comparação com o mesmo período de 2013. MERCADO & EVENTOS - O que os novos governantes devem priorizar para que o Brasil venha a receber mais turistas e ganhe uma posição de destaque no cenário internacional? Vinícius Lages - Temos de transformar as nossas vantagens comparativas em vantagens competitivas. Ou seja, transformar em negócios o nosso ganho de imagem com a Copa do Mundo. Os nossos ativos naturais, por exemplo, devem ser melhor trabalhados como atrativo turístico. É preciso repensar o turismo como um setor estratégico para o desenvolvimento econômico, uma área que vem apresentando, nos últimos anos, crescimentos acima dos registrados pela economia global brasileira. Turismo é um setor atraente para novos empreendedores, gera emprego, renda e divisas. M&E - De que modo o Brasil pode aproveitar a experiência da Copa do Mundo para garantir o fortalecimento da indústria do turismo? Vinícius Lages - O mundial de futebol atraiu

a atenção da imprensa internacional para o nosso país. Mais de 19 mil profissionais de mídia se cadastraram para cobrir os jogos. Metade da população mundial, em algum momento, olhou para o Brasil ao longo dos últimos 30 dias. A vocação turística do país ficou escancarada para o mundo. Os estrangeiros ficaram encantados com a nossa hospitalidade, gastronomia e nossos ativos naturais. É preciso agora pensar neste novo ciclo do turismo junto com parceiros estratégicos, como a iniciativa privada. Depois de mais de 11 anos desde a criação do MTur e com o fim da Copa do Mundo, temos de otimizar os nossos instrumentos de promoção e precisamos repensar o modelo da Embratur, por exemplo. Toda a visibilidade que tivemos com o mundial ajuda nesse debate. M&E - No caso da atração do turista estrangeiro. Como ficaria o posicionamento do MTur com a criação de uma “nova Embratur”, algo que vem sendo defendido por muitos integrantes do trade? Vinicius Lages - Hoje o país precisa de coragem política e disposição para mudar o modelo de gestão e promoção da Embratur

no exterior. Vamos tentar, ainda este ano, um projeto de Lei ou uma medida provisória para converter o modelo utilizado atualmente ao proposto há mais de 10 anos quando foi criado o Ministério do Turismo. Nossa expectativa é ainda utilizar o desenho proposto em 2004 - que será a base para a nova “Embratur” – porém com atualizações, incorporando o desenvolvimento da política de turismo que hoje é moderna e foca no debate econômico para o desenvolvimento de práticas aceitáveis para a divulgação no exterior. O país e o turismo estão em um momento de transição. A mudança na política de promoção é inevitável para o incremento do fluxo de estrangeiros no país. Nossa ideia é dar continuidade ao compromisso de posicionar a entidade para a promoção do país. M&E - Como o MTur vislumbra o desenvolvimento do turismo no Brasil nos próximos anos? Vinicius Lages - O turismo tem crescido historicamente em percentuais mais robustos que a economia brasileira. Temos uma excelente oportunidade para transformar o turismo na nova fronteira de desenvolvimento no Brasil, como foi a agricultura em décadas passadas. Para isso, no entanto, temos de desatar alguns nós, criar um ambiente de negócios mais favorável, com marcos regulatórios amigáveis, linhas de crédito mais acessíveis e uma promoção mais agressiva em sinergia com a iniciativa privada. Estamos trabalhando na estruturação desse novo ciclo do turismo. Essa é a nossa prioridade. Todas as novas ações do MTur estão baseadas na campanha #PartiuBrasil, lançada em junho deste ano. Como a participação diferenciada nas feiras como o Festival de Turismo de Gramado, por exemplo, vamos buscar a apresentação ao país que é possível viajar internamente com baixo custo e qualidade.

“A nossa estratégia é utilizar o marketing do MTur em apoio à comercialização de produtos e destinos ligados ao turismo em todo o país” 8 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo

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ENTREVISTA

MTur - Luciana Fernandes

Nova campanha quer demonstrar que nunca foi tão fácil viajar pelo país >> Às vésperas de mais uma temporada de férias e verão, o Ministério do Turismo vem investindo, neste segundo semestre, na campanha de fomento ao turismo doméstico. Durante a última edição da Abav Expo, em São Paulo, o programa #PartiuBrasil foi amplamente divulgado. Segundo Luciana Fernandes, diretora de Marketing do Ministério do Turismo, a campanha tem como objetivo mostrar que é possível aos brasileiros conhecerem seu país. A campanha ganhou adesão de alguns estados, bem como de operadoras de turismo e será estendida até o verão. MERCADO & EVENTOS - Nos últimos anos os brasileiros passaram a optar mais pelas viagens ao exterior em função do alto custo do turismo doméstico. Como reverter esse quadro? Luciana Fernandes - Sempre se imaginou que as viagens ao exterior eram mais baratas que as viagens domésticas. Queremos mostrar, por meio da campanha #PartiuBrasil, que teve uma enorme adesão tanto por parte de estados e municípios como pelas principais operadoras do país e empresas aéreas, que nunca foi tão fácil viajar pelo Brasil. Com isso, quem acaba ganhando é o consumidor brasileiro. Inicialmente, nossa meta era limitar a campanha apenas aos períodos de baixa temporada, mas os resultados superaram nossa expectativa em função da grande procura pelo público e decidimos estender as promoções também para a temporada de verão. M&E - Apesar dos números extremamente positivos para o setor nesta última Copa, o Brasil ainda tem que avançar. Como fazer desta experiência um legado capaz de elevar o turismo do país a outro patamar? Luciana Fernandes - A partir deste interesse maior, tanto por parte dos brasileiros como dos estrangeiros, em conhecer melhor o nosso país, temos pela frente um grande

desafio, que é alimentar esse sonho e mostrar que o Brasil de hoje tem uma melhor infraestrutura. Para isso, existem aspectos a serem explorados, como a riqueza da nossa cultura, a gastronomia e tantas outras coisas. É justamente essa diversidade que tem de ser formatada em produtos e serviços. Para os estrangeiros, o importante é fomentar esse interesse despertado no estilo de vida dos brasileiros, que cativou a muitos durante a Copa. Pudemos comprovar que os estrangeiros se surpreenderam positivamente e essa maior visibilidade tem que ter uma continuidade. Vamos, inclusive, colocar, como grande foco das futuras campanhas no exterior, esse estilo de vida dos brasileiros. M&E - Em outubro, tivemos eleições no país. De que modo os novos governantes eleitos devem perceber o setor como fator de desenvolvimento econômico e tornar o país mais atraente para os estrangeiros? Luciana Fernandes - Devemos procurar explorar nossos produtos e segmentos econômicos relacionando-os ao turismo. Isso representa vender a moda, a gastronomia, a produção de bens e serviços atrelando-os ao turismo. Produtos como café ou a cachaça,

por exemplo, podem ser comercializados trazendo consigo uma imagem capaz de despertar nos estrangeiros um interesse no nosso país. Claro que precisamos avançar em alguns aspectos, como a qualidade do nosso turismo, e isso passa também pela melhor qualificação da nossa mão de obra. Nós temos que trabalhar cada vez mais essa qualificação do nosso receptivo, com treinamentos, cursos e todo um trabalho de médio e longo prazo. Tudo isso é responsabilidade tanto do Governo como do setor privado. Podemos observar que muitas vezes são oferecidos programas e oportunidades para que o setor se qualifique melhor, mas essa oferta nem sempre tem uma resposta por parte dos prestadores de serviços na área do turismo. Essa cultura tem que ser mudada. Precisamos de investimentos e uma integração maior entre governo e setor privado. É preciso também aproveitar esse bom momento da imagem do país gerada no exterior. Estamos até elaborando um programa de visitas e ações promocionais junto a alguns dos principais destinos emissores com ênfase para os países da América do Sul. M&E - Como os agentes de viagens podem aproveitar o crescimento na demanda do turismo interno para ter um ganho maior em suas vendas? Luciana Fernandes - Nas novas campanhas que o Ministério está elaborando estamos reforçando, em muito, a importância do turismo regional. Neste sentido, as operadoras e agências de viagens têm que procurar se integrar a essas ações com a formatação de produtos e serviços, de modo a despertar no cliente o desejo cada vez maior de viajar. E isso se consegue com pacotes que tenham produtos que atendam à expectativa do cliente e, ao mesmo tempo, sejam competitivos em comparação com os praticados nas viagens internacionais.

“Temos pela frente um grande desafio, que é alimentar esse sonho e mostrar que o Brasil de hoje tem uma melhor infraestrutura” 10 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo

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ENTREVISTA

Embratur - Vicente Neto

Campanhas da Embratur querem enaltecer diversidade do Brasil >> A Embratur, no seu trabalho de promoção do Brasil no exterior, busca manter diálogo permanente com os players envolvidos na cadeia do turismo. O intuito é garantir que o turista que aqui chegue tenha a melhor experiência possível. De acordo com o presidente do órgão, Vicente Neto, as ações realizadas atualmente visam promover toda a diversidade encontrada no Brasil e, ao mesmo tempo, foca em segmentos de extrema relevância, como o Turismo de Negócios e Eventos. Já o trabalho de promoção turística do país como sede de grandes eventos esportivos, que começou em 2010, continua por conta dos excelentes resultados obtidos com a Copa do Mundo e visando Olimpíadas de 2016. MERCADO & EVENTOS - Recentemente o ministro Vinícius Lages defendeu um novo papel para a Embratur e a transformação do Instituto numa agência de promoção. Como vê essa ideia? Vicente Neto - Sou favorável a ideia que vai dotar a Embratur de maior agilidade e meios para atrair investimentos e promover a comercialização de serviços do setor. Isso certamente facilitaria o trabalho já realizado na promoção do Brasil como destino turístico. O trabalho de promoção turística do país como sede de grandes eventos esportivos começou em 2010, sempre buscando ampliar o conhecimento do Brasil e de toda sua diversidade, mostrando os nossos atrativos para viagens de negócios, lazer, família, esporte, aventura e natureza. Se tivermos mais recursos e liberdade de ação certamente isso contribuiria em muito para ajudar na promoção e divulgação do nosso país junto aos destinos emissores. M&E - Um dos desafios para atrair mais turistas diz respeito ao alto custo da hotelaria, da aviação e outros serviços. Como mudar esse quadro e tornar o país mais competitivo? Vicente Neto - Eu diria que os altos preços são um obstáculo sim. No ano passado a Embratur liderou, dentro do Governo Federal, uma iniciativa de combate a preços fora do padrão. Isso resultou na criação de um comitê nacional de acompanhamento, 12 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo

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da temática relativa ao combustível, que elas alegam ser algo que dificulta a redução dos preços. Mas o debate em si já provocou a sensibilização de duas das maiores aéreas do país. Não é a mão do estado, mas sim a busca de um diálogo permanente.

que hoje é coordenado pelo Ministério da Justiça. Criamos um canal de diálogo com os diversos segmentos da cadeia para evitar que o Brasil fique marcado como um destino caro. Recentemente, por ocasião da Copa, operadores da Argentina sinalizaram para a Embratur a dificuldade da venda de pacotes por conta dos preços. Então, estamos em um processo de diálogo permanente, especialmente com companhias aéreas e redes hoteleiras para evitar este tipo de problema. O Governo Federal recebeu dos segmentos organizados uma pauta para desoneração. Parte dela já foi atendida e estamos discutindo agora outros temas. No caso das companhias aéreas, não foi possível ainda tratar

M&E - O que muda no processo de comercialização e as campanhas da Embratur em função do sucesso da Copa? Vicente Neto - A imagem do Brasil foi modificada após a realização do evento. Pesquisa realizada pelo Ministério do Turismo revela que 95% dos visitantes internacionais têm intenção de retornar ao país e que 61% dos turistas brasileiros visitaram as cidades pela primeira vez. Além disso, a experiência turística superou ou atendeu plenamente as expectativas de todos que estiveram no Brasil durante o Mundial. Não restam dúvidas que a Copa ajudou a consolidar o Brasil como grande organizador de eventos internacionais. Posso afirmar que o sucesso na realização do evento nos permitiu oferecer ao mundo e ao Brasil uma experiência turística fantástica. Temos uma diversidade de produtos que deve ser valorizada. A gastronomia é uma excelente maneira de mostrar a cultura de um povo. Além da alegria e da receptividade do povo brasileiro, elogiadas durante a Copa do Mundo, a nossa cultura é o que mais agrada o estrangeiro e devemos procurar explorar isso de forma positiva.

Turismo de Negócios e Eventos O Turismo de Negócios e Eventos tem ganhado cada vez mais atenção da Embratur. Em recente artigo, Vicente Neto ressaltou que na América Latina, como sede de eventos internacionais, o Brasil perde apenas para os Estados Unidos, que recebeu 829 eventos em 2013, segundo dados da International Congress and Convention Association (Icca). Os 315 eventos realizados no ano passado trouxeram ao país cerca de 126 mil visitantes estrangeiros, gerando um movimento de US$ 137 milhões. De acordo com ele, “em um mundo cada vez mais globalizado, esse tipo de reunião contribui não apenas para movimentar a economia, mas também para ampliar o intercâmbio de conhecimento, ajudando com isso a melhorar a qualidade de vida das pessoas. Em 2012, por exemplo, os encontros da área de ciências médicas representaram 17%, seguido da área de tecnologia, com 14,5%”. Segundo Vicente Neto, as expectativas para os próximos anos em relação ao segmento são promissoras. “Além do trabalho desenvolvido pela Embratur nos últimos anos para captar esses eventos para cidades brasileiras, os grandes eventos internacionais (Rio 2012, Copa das Confederações, Jornada Mundial da Juventude, Copa do Mundo 2014 e Olímpiada 2016) projetaram o Brasil no mundo e vão alavancar o mercado. Por outro lado, o aumento da renda do brasileiro, fruto da inclusão social de milhões de pessoas, fez crescer a demanda por eventos artísticos e culturais”.


ENTREVISTA

Embratur - Marco Lomanto

“Todas as nossas ações, a partir de agora, terão foco nas Olimpíadas” >> O ciclo olímpico já começou para a Embratur. Desde o final de outubro o órgão deu início a promoção do Brasil com o mote dos Jogos Olímpicos Rio 2016, incluindo a logomarca do evento nos estandes do país nas feiras internacionais. De acordo com o diretor de Produtos e Destinos da Embratur, Marco Lomanto, tanto as Olimpíadas como o segmento MICE ganham mais importância nas ações do órgão. Veja abaixo a entrevista completa: MERCADO & EVENTOS - Quais são as estratégias da Embratur na promoção do destino Brasil em 2015? Marco Lomanto - Estamos em fase de planejamento para o ano que vem e vamos delinear com a Diretoria de Mercados e a Diretoria de Marketing a nova estratégia para 2015 e em quais mercados e feiras iremos atuar. O presidente da Embratur vai dividir isso com o Fornatur no final de novembro. M&E - As ações envolvem uma nova edição do Goal to Brasil e a promoção dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro? Marco Lomanto - Teremos o lançamento do programa Goal to Brasil para 2015 e também todas as nossas estratégias. O programa irá incluir uma agenda MICE, com um dia dedicado a este setor em algumas edições. A ideia é que estejam presentes, não apenas os CVBx e operadoras, mas também - aproveitando o legado da Copa do Mundo - as arenas e os seus concessionários. Isso também vai valer para os centros de convenções e hotéis. M&E - O que muda em relação ao modelo anterior? Como será a dinâmica do evento? Marco Lomanto - Será um evento de apoio à comercialização, com rodadas de negócios e workshops. Serão atingidos os nossos

os Jogos Olímpicos. Deveremos ter, ainda, alguns outros eventos próprios, que vamos discutir com o Comitê Organizador, Turisrio e Riotur. Um exemplo é o Panamericano do Canadá, que deveremos participar com algum tipo de ação.

mercados emissores prioritários e no caso do MICE, os principais para este segmento, como a Europa e Estados Unidos e alguns países da América do Sul. Algumas edições terão, também, ações voltadas ao público final, com uma exposição que também vai foco nas Olimpíadas. Este é o projeto que passamos a denominar “Brasil Olímpico Sensacional”. Todas as nossas ações, a partir de agora, terão foco nas Olimpíadas. M&E - A promoção dos Jogos Olímpicos também vai acontecer nas feiras? Como isso será feito? Marco Lomanto - Sim. Teremos um espaço nas feiras destinado às Olimpíadas. Estamos customizando isso para que os nossos estandes tenham a marca do evento plotada. Começamos agora na FIT Buenos Aires, em outubro, depois em novembro na WTM de Londres e seguimos em 2015. Aproveitaremos a nossa agenda para divulgar, também, as Olimpíadas, mas o foco não será este. Teremos o calendário tradicional de promoção do Brasil e vamos introduzir nele

M&E - Além da promoção, que outras ações a Embratur realizará com foco nos Jogos Olímpicos? Marco Lomanto - Estamos fazendo, em Londres, um programa de benchmarking para o setor de incentivo com foco em Olimpíadas. É uma ação que tem parceria com o Ministério do Turismo e o Sebrae Rio de Janeiro, visando capacitar operadores, agentes e também hotelaria e organizadoras de eventos. M&E - O setor MICE tem ganhado cada vez mais importância na promoção do Brasil no exterior. Além da participação no Goal to Brasil, que outras ações serão deitas voltadas para este mercado? Marco Lomanto - Estamos acompanhando a tendência do segmento MICE. Por isso estamos participando das principais feiras do setor e temos notado um interesse muito grande pelo Brasil, até pela vitrine gerada com a Copa do Mundo e Jogos Olímpicos. É o momento de se posicionar também como um destino de incentivos e de mostrar a nossa capacidade para os grandes eventos. Temos priorizado esta agenda com uma série de ações, com campanhas focadas neste segmento. Lançamos, por exemplo, um novo site, totalmente atualizado, onde o visitante pode, não apenas ter uma visão do país, como também simular um evento no país e em cada um dos seus destinos, incluindo informações como capacidade e conectividade aérea.

“Estamos acompanhando a tendência do segmento MICE. Por isso estamos participando das principais feiras do setor e temos notado um interesse muito grande pelo Brasil, até pela vitrine gerada com a Copa do Mundo e Jogos Olímpicos” Novembro 2014

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ENTREVISTA

Festuris - Eduardo Zorzanello, Marta e Vinícius Rossi

Festuris conta com 2.500 marcas e inova ao implantar o Buyers Club >> Nesta 27ª edição do Festuris mais de 400 expositores divulgam, numa área de 19 mil metros quadrados, perto de 2.500 marcas, produtos e serviços. Mas além dos nove salões temáticos, incluindo o dos Parques, que estréia nesta edição, a grande novidade é a Rodada de Negócios do Buyers Club, com sua nova modelagem de encontros agendados entre buyers e suppliers. A empresária Marta Rossi, idealizadora do evento, destaca que o foco principal continua a ser os negócios. MERCADO & EVENTOS - Como será a participação internacional nesta edição? Marta Rossi - Nos últimos anos investimos na participação do mercado internacional, de modo a estreitar laços com destinos e empresas de todos os continentes. Este ano foi um período atípico por conta das eleições e da Copa, com um mercado recessivo. Mesmo assim vamos manter o volume de participantes do ano passado. Em 2015, esperamos que mais de 65 destinos estejam representados no evento. A cada ano, buscamos trazer as tendências do mercado turístico e agregar serviços que promovam a agilidade nos relacionamentos e negócios. Mesmo assim estão confirmadas caravanas dos Estados Unidos, Itália e países da América do Sul. M&E - Neste ano os participantes têm oportunidade de participar de uma rodada de negócios diferenciada. Como vai funcionar

o Buyers Club ? Marta Rossi - O foco da nova ferramenta que denominamos como Clube de Compradores é potencializar o fluxo de negócios gerados durante o evento, aproximando profissionais do trade e expositores, que poderão fazer um planejamento de reuniões dentro da feira com antecedência. Somos pioneiros neste sistema, e o mais importante é que é um sistema opcional. Esta é mais uma oportunidade de aumentar os negócios entre buyers e suppliers em encontros previamente agendados.. A ideia é criar o hábito do agendamento fomentando essa cultura, pois isso facilita e agiliza as reuniões de negócios. M&E - O que os agentes de viagens podem

Vanguardismo e inovação Tido como um evento de referência no mercado, o Festuris vem, a cada ano, aprimorando a sua qualidade e trazendo à luz discussões de temas importantes que impactam no desenvolvimento do setor. “O principal do Festuris é a inovação. Buscamos quebrar paradigmas e inovamos sempre com o objetivo criar oportunidades de otimizar os negócios aos participantes na feira. Temos o Buyers Club como principal ferramenta, potencializando seus negócios”, afirma Marcus Vinícius Rossi, um dos organizadores. Ele lembra ainda que nesta edição o agente tem à disposição um aplicativo que proporciona ao expositor estar conectado com os acontecimentos da feira (Into Digital). Já Eduardo Zorzanello, por sua vez, ressalta o aspecto vanguardista do Festival. “O Festuris é considerado como um evento vanguardista e neste quesito trazemos vida ao debate com temas como o Salão de Parques Temáticos. “A cada edição procuramos oferecer aos agentes de viagens e demais representantes do trade novos produtos e serviços que têm se destacado no mercado pelo seu potencial. Isso faz com que sempre haja por parte dos participantes um interesse crescente já que é fundamental estar atualizado com as tendências do mercado”, ressalta.

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esperar da edição deste ano em relação à programação e expositores? Marta Rossi - Essa edição será, sem sombra de dúvidas, o melhor dos eventos já realizados até o momento. Trabalhamos não através de terceiros, mas por nossa própria conta. Sabemos que a expectativa de negócios é sempre grande e estamos atentos a esse fato. Será uma grande oportunidade para que o agente possa debater temas importantes. Aqui posso garantir que o agente e o expositor vão poder conhecer produtos, tratar de negócios e participar de um grande evento. Sempre buscamos estar atualizados com as grandes tendências do mercado, trazendo, inclusive, conceitos como a sustentabilidade, acessibilidade, saúde, entre outros, além de focar em nichos em expansão M&E - E para 2015, o que está sendo pensado e planejado em relação à próxima edição do Festuris? Marta Rossi - Em alguns segmentos precisamos abrir mais espaços, como é o caso do turismo de luxo e também o setor da gastronomia, que cada vez mais é valorizado na área de segmentação. Em relação aos temas é preciso aguardar como o mercado irá se posicionar frente às mudanças políticas. Também temos que avaliar melhor a questão da data da edição, já que este ano ficamos muito próximos a outras feiras.


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ENTREVISTA

Anseditur - Claudia Pessôa

Anseditur: o Turismo no Brasil deve começar pelos municípios >> Responsável pela gestão de fomento dos 65 destinos indutores, a Associação Nacional dos Secretários e Dirigentes de Turismo das Capitais (Anseditur) decidiu pela mudança de estatuto, de modo a ampliar o seu leque de atuação junto aos principais municípios com vocação turística. A medida deve ser adotada já na próxima reunião da diretoria, durante esta edição do Festuris. De acordo com a presidente da entidade, Claudia Pessôa, é preciso que os futuros governantes valorizem a diversidade cultural e gastronômica, respeitando as características regionais, e que o programa de aviação regional seja implantado, gradativamente, como forma de melhorar a acessibilidade às cidades com vocação turística. MERCADO & EVENTOS - Como você vê a importância do processo de municipalização no turismo como fator de desenvolvimento econômico e social, bem como o fomento do próprio turismo doméstico? Claudia Pessôa - Não restam dúvidas que o turismo em nosso país começa pelas cidades e municípios. O Ministério do Turismo precisa ter um olhar mais atento para políticas de fomento em destinos com vocação turística. O próprio ministro Vinícius Lages reconheceu que o turismo deve ser visto como vetor de desenvolvimento de fronteiras. A campanha #PartiuBrasil já é um primeiro passo, mas é preciso fazer mais. Tanto na questão dos investimentos em infraestrutura como capacitação dos gestores públicos e do setor privado. A própria Anseditur, atenta às carências do mercado, vem propondo uma mudança de estatuto no sentido de incluir além dos 65 destinos indutores, outros municípios que não fazem parte desta relação como forma de ampliar a ação das políticas públicas de modo uniforme para desenvolvimento desta atividade. Ter assim um novo mapa do turismo brasileiro com experiências ampliadas. M&E - Você acredita que os megaeventos, como a Copa, trouxeram um novo olhar para essa atividade por parte dos governantes, de modo a entender o turismo como fator 16 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo

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é uma discussão que não é nova e representa um pleito antigo. Num país de grandes distâncias continentais, como é o caso do Brasil, não se pode restringir a política de aviação comercial apenas a um segmento, como acontece atualmente. Os voos regionais vão facilitar as redes de negócios, como também criará facilidades de deslocamentos tanto a lazer como a negócios.

de inclusão social e de desenvolvimento? Claudia Pessôa - Creio que sim. Eu diria que é importante aos governantes terem este novo olhar percebendo que por meio do turismo se pode gerar emprego e renda, promovendo deste modo a inclusão social e também oportunidades para novos investimentos com retorno garantido. A experiência da Copa foi gratificante neste sentido, mostrou que tendo um calendário de eventos bem estruturado e serviços que atendam ao consumidor, isso movimenta a economia. Isso implica no envolvimento de outros setores que passam da economia criativa até o artesanato. Mas tudo isso também envolve um planejamento adequado. A Anseditur tem uma proposta que estamos formatando de modo a obter dados e informações que auxiliem neste planejamento e isso passa pela elaboração de um programa baseado num Observatório do Turismo, onde se possa ter a categorização da pesquisa turística brasileira. Com isso poderemos ter uma unidade de indicadores e ter um planejamento adequado. M&E - Um dos grandes gargalos para o desenvolvimento do turismo doméstico tem sido a questão da acessibilidade. Acredita que com a implantação do programa de regionalização do turismo possamos ter um ganho maior no fomento ao turismo? Claudia Pessôa - Estou certa de que o programa de aviação regional é fundamental. Essa

M&E - Acredita que já é hora de inserir nos programas de divulgação no exterior toda a diversidade cultural e gastronômica, como já vem acontecendo este ano? Claudia Pessôa - O MTur e a Embratur perceberam que essa diversidade é um patrimônio que deve ser divulgado junto aos nossos principais destinos emissores. É preciso haver uma continuidade nesta promoção diversificada, pois se trata de produtos que têm seu apelo. São elementos que servem de pilares na política promocional. Já essa diversidade deve ser trabalhada de modo que se tenha um padrão de qualidade capaz de atender ao mercado internacional. Isso passa por um processo de capacitação onde devem ser incluídos todos os atores, desde o Sebrae ao Senac, passando pelo Cefet e outros órgãos e entidades, no sentido de valorizar o produto regional e dar a ele um padrão de qualidade que possa ser um atrativo aos turistas que nos visitam. É preciso que se criem fatores motivacionais aos profissionais, pois o conhecimento é a grande arma da nossa atividade. M&E - Como os futuros governantes que foram eleitos no último mês devem entender o turismo? Claudia Pessôa - Acredito que as secretarias de Turismo e o próprio ministério devem ter sempre uma equipe capacitada na elaboração das políticas. Infelizmente, em muitos governos, não têm sido assim e os interesses políticos acabam sendo colocados como prioridade. O turismo tem que ser uma atividade com um programa suprapartidário. O próprio ministério tem procurado estabelecer uma interface com o mercado de modo a ouvir suas demandas.


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ENTREVISTA

Fornatur - Oreni Braga

Fornatur busca parceria com MTur para fomentar recursos a estados >> Independente dos rumos políticos do país, o Fornatur tem estimulado o diálogo com o Ministério do Turismo com o objetivo de buscar alternativas que viabilizem recursos direcionados para infraestrutura e promoção dos estados. O tema chegou a ser discutido durante a última Abav. Uma das medidas que deve ser discutida durante o Festuris é a mudança de estatuto do próprio Fornatur, defendida por Oreni Braga, presidente do Fórum, como forma de dar ao Fornatur maior representatividade, agilidade e recursos. Confira aqui sua entrevista onde destaca também a necessidade da redução do chamado Custo Brasil. MERCADO & EVENTOS - Durante a última reunião do Fornatur foram discutidos temas como a mudança de estatuto e uma maior parceria com o MTur. Como está esse processo? Oreni Braga - De fato essa mudança de estatuto do Fornatur pretende tornar nosso Fórum mais eficiente nas decisões. Isso também vai permitir que possamos buscar novos recursos a fim de atender as reivindicações dos estados. Quanto à parceria com o Ministério do Turismo, creio que é fundamental esse trabalho conjunto, de modo que os estados possam receber investimentos em infraestrutura, bem como tenham possibilidade de ampliar suas ações promocionais tanto no mercado doméstico como internacional. M&E - Uma das queixas dos estados diz respeito ao Custo Brasil. Como vê essa questão? Oreni Braga - Para fomento ao turismo doméstico é importante buscar alternativas que venham estimular o brasileiro a viajar. Com o alto preço das tarifas aéreas e hospedagem, bem como os problemas decorrentes da má distribuição da malha aérea e a falta de mais produtos acessíveis ao brasileiro, isso fica complicado. É importante que haja uma política de desoneração das taxas públicas e dos custos, que são altíssimos. É preciso que a Infraero reveja a taxa de embarque, que é a maior do mundo. É necessário que venha 18 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo

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no mínimo, uma década, para começarmos a colher os frutos. Sem dúvida nenhuma, o nosso olhar é de muita preocupação, porque se não houver continuidade no trabalho daqueles secretários nos estados onde a coisa está dando certo, daremos um passo para trás, aí, sem dúvida, o turismo será extremamente prejudicado.

a ser trabalhada também a desoneração do querosene, do combustível da aviação, ou seja, uma série de tributos que oneram agências de viagens, hotelaria e outros setores. Para que realmente essa cadeia possa criar musculatura, ter braços e fazer com que os preços possam ser atrativos e, aí sim, tornar o país mais competitivo. Não basta atrair o turista. Os deslocamentos aéreos domésticos têm um preço nas alturas. Precisamos também criar mecanismos de sedução para que os turistas brasileiros conheçam o país e gastem mais aqui, encontrando um preço acessível a seu bolso. M&E - Com os novos governantes eleitos, qual o olhar que os novos secretários estaduais devem ter sobre o turismo? Oreni Braga - Obviamente a gente sabe que a maioria dos secretários de Turismo do Brasil ocupa os cargos por indicação política, assim como os ministros, assim como qualquer outro cargo que demande responsabilidade. Existem estados que, em apenas um ano, registraram três, quatro cinco secretários. Isso é péssimo para o turismo brasileiro, porque não permite uma política de continuidade. O ideal era que houvesse uma relação de técnicos competentes, compromissados, éticos, para estar à frente das secretarias de Turismo para que tivessem um trabalho a médio e longo prazo. Não se constitui e não se define um destino turístico em quatro anos, é preciso que seja,

M&E - Como fazer para que o Brasil venha traduzir em divisas e volume de turistas o grande potencial que o país tem? Oreni Braga - Temos dois problemas para resolver. O primeiro é a questão da exigência do visto para o mercado americano. Um estudo que fizemos há uma década e apresentamos ao Ministério do Turismo (na época o ministro era o Walfrido dos Mares Guia) mostra que 119 países pobres e miseráveis exigem visto para os Estados Unidos, dentre eles está o Brasil, que é um país emergente. Já 89 países ricos e poderosos e que estão na linha da riqueza não existem visto para os EUA, que é o maior emissor de turistas do mundo. Então porque vou querer reciprocidade com um país que hoje conversa com 89 países no mundo? O segundo desafio é a questão do custo Brasil. M&E - Como os agentes de viagens devem se posicionar diante do aumento da concorrência e das novas tecnologias? Oreni Braga - Fontes jornalísticas e de publicidade, revelam que ainda se busca as agências de viagens não só para consultas mas também para comprar de pacotes turísticos. Obviamente que a tecnologia, em especial a questão da compra direta nos sites reduziu o ganho do mercado, mas 75% dos turistas ainda procuram orientação do seu agente de viagens e 50% fecha a viagem com a agência, ou seja, existe ainda um potencial muito grande para que as agências de viagens possam se verticalizar, possam se adaptar a esse mercado tecnológico. De modo a garantir sempre maior segurança ao turista. Lembro também que ela pode oferecer outros ingredientes dessa viagem que no site ou na venda direta esse turista não vai poder ser contemplado.


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ENTREVISTA

Abottc - Adonai Arruda Filho

Turismo Ferroviário no Sul ganhará uma nova rota a partir de 2015 >> Além do roteiro realizado entre as cidades de Bento Gonçalves e Carlos Barbosa, na Serra Gaúcha, o Turismo Ferroviário ganha em 2015 uma nova rota no estado do Rio Grande do Sul, desta vez operada pela Serra Verde Express. É o programa do Vale do Taquari, interligando Estrela a Guaporé, num trecho de cerca de 55 quilômetros que corta distritos e municípios da região. O projeto faz parte também do programa “Trem é Turismo”, lançado este ano, como resultado de uma parceria entre a Associação Brasileira dos Operadores de Trens Turísticos e Culturais (Abotcc) com o Sebrae. O presidente da Abottc, Adonai Arruda Filho, destaca os benefícios desta parceria e vai mais além, ao planejar novas parcerias com o objetivo de fortalecer a associação. MERCADO & EVENTOS - Recentemente vocês anunciaram uma parceria com o Sebrae. Qual a importância do programa “Trem é turismo” para o setor? Adonai Arruda Filho - Temos dito que essa parceria veio num bom momento porque o setor vem respondendo de modo positivo, com um crescimento de 15% a 18%, mas a gente percebe que esse segmento tem um potencial ainda inexplorado e, certamente, os programas de capacitação e de gestão vão ajudar muito. O programa contempla também novos projetos que ainda não estão em operação e que, com o apoio do Sebrae, tornarão mais fácil a implantação dos mesmos. O projeto conta com um orçamento de mais de R$ 2,2 milhões, repartido entre o Sebrae; Abottc e seus 19 associados. No total, o Trem é Turismo englobará 24 linhas espalhadas por 11 estados, do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul. Entre os mais conhecidos estão o Trem do Corcovado (RJ); o Trem do Vinho (RS); o Trem do Pantanal (MS); o Trem do Forró (PE); Viação Férrea Campos do Jordão; Trem da Vale Ouro Preto Mariana (MG) e o Trem da Serra do Mar (PR). M&E - Entre estes projetos o roteiro ferroviário que estava sendo idealizado para o Vale do Taquari será um dos contemplados? 20 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo

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supera os 15%. Devemos fechar o ano com 10% a mais, transportando cerca de 230 mil passageiros, que é um número significativo.

Adonai Arruda Filho - Sim, faz parte do projeto e a ideia é reativar a linha de passageiros, atualmente utilizada apenas para cargas, que deixou de operar em 1982. O trajeto acontece entre as cidades de Estrela e Guaporé, num trecho de pouco mais de 50 quilômetros num trajeto que deve levar cerca de três horas. O investimento deve girar entre R$ 1 milhão e R$ 1,5 milhão. O modelo de vagão será Litorina Standard, que conta com ar-condicionado, janelas panorâmicas, motor Diesel e condutor próprio (independente de locomotiva tracionadora) levando cerca de 55 passageiros a cada viagem. Isso vai dinamizar o turismo local. M&E - Acredita que o turismo ferroviário poderia ser também um meio de transporte capaz de ajudar no fortalecimento do turismo doméstico? Adonai Arruda Filho - Certamente que sim. No momento em que o MTur diz que pretende fortalecer o turismo doméstico, os trens não podem ser esquecidos como meio de transporte e atração turística. Apesar do brasileiro ainda não ter a mesma cultura do europeu no uso de trens, até mesmo por falta de alternativas, o Turismo Ferroviário regional deve ser incentivado e a própria Associação vem trabalhando para buscar novas parcerias. Existe um interesse crescente dos brasileiros pelos passeios de trem e até no exterior. Lembro que para a Serra Verde Express o volume de turistas estrangeiros já

M&E - Quais as ações previstas pela Abotcc para fortalecimento da Associação e do próprio Turismo Ferroviário? Adonai Arruda Filho - Estamos procurando explorar mais comercialmente uma linha de produtos que possa ter relação com o Turismo Ferroviário. Neste sentido, estamos em negociações com empresas para produção de uma linha de produtos a serem comercializados junto aos passageiros que vão desde DVDs, passando por artigos de lembrança e presentes e que de alguma forma estejam relacionados com os destinos onde os trens passam e também com o próprio programa em si, sempre relacionados aos trens. Também estamos revendo o estatuto a fim de criar maiores facilidades que permitam o ingresso de novos associados. Atualmente temos um número ainda tímido que só chega a 19 e a nossa meta é trazer novas empresas do setor para nossa associação. M&E - Como fazer com que os agentes possam incluir os trens nos pacotes de viagem? Adonai Arruda Filho - Um dos objetivos da nossa parceria com o Sebrae é a capacitação do agente de viagem e outros profissionais, de modo a fazer com que eles possam vir a conhecer melhor o nosso produto. Por outro lado, estamos, no caso da Serra Verde Express, já com o nosso portal em testes para implementá-lo ao longo do próximo ano, de modo a facilitar o acesso à informações e à comercialização dos nossos produtos. O Turismo Ferroviário pode e deve ser também mais um produto a ser oferecido aos clientes das agências e operadoras. Agora mesmo estamos incluindo nos passeios de trem em Paranaguá, bloqueios para hospedagem na Ilha do Mel. Existe até mesmo a possibilidade de se incluir passeios como opcionais e isso passa até pelos passageiros de cruzeiros, setor que a operadora BWT começou a trabalhar recentemente. Enfim, é todo um trabalho de médio e longo prazo.


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ENTREVISTA

Tap- Mario Carvalho

Voos que ligam Porto Alegre a Lisboa registram ocupação média de 87% >> No ano passado, a Tap transportou 1.541.723 passageiros nas linhas do Brasil, com uma taxa média de ocupação dos aviões (load-factor) elevada, da ordem dos 84,2%. Agora, a companhia portuguesa espera aumentar em até 5% esse número, de acordo com o diretor no Brasil, Mario Carvalho. Para ele, diante de um ano atípico no país, marcado pela Copa do Mundo de 2014 e pelas Eleições, que geraram incertezas no mercado como um todo, o resultado estimado pode ser considerado bom. Além de Manaus e Belém, este ano a companhia reforçou o número de voos para alguns destinos no Brasil, como a rota entre Lisboa e Rio, com mais 1 frequência, chegando a 14 voos por semana. Salvador passou a ser diário; enquanto Natal e Porto Alegre ganharam mais uma frequência cada, passando, respectivamente, para quatro e cinco voos semanais. MERCADO & EVENTOS - Neste ano de 2014, a Tap ampliou sua operação no Brasil com novas frequências em rotas já consolidadas. A rota que liga Porto Alegre a Lisboa, por exemplo, ganhou mais um voo. Esse é o caminho para que ele possa se tornar diário? Mario Carvalho - A nossa intenção é essa, mas ainda não temos como afirmar isso. Tudo sempre vai depender da demanda existente. No ano de 2013 foram transportados na rota LIS-POA, 85.581 passageiros. A taxa de ocupação da rota em 2013 foi de 87%. Já entre janeiro e setembro de 2014 já foram transportados 87.538 passageiros, mais 18,54% do que em igual período de 2013. A taxa de ocupação taxa de ocupação da rota manteve-se em 87%. M&E - Em junho a Tap começou a operar nas cidades de Manaus e Belém. Passados cinco meses, qual a avaliação que a companhia faz? Foi uma aposta certeira? Mario Carvalho - Sim. Esta nova operação

a operar lá? Mario Carvalho - Esse interesse é consequência natural de ter infraestrutura adequada. Havendo demanda, obviamente, que as companhias se animam para lançar novas rotas. Estamos lá há três anos e a coisa tem andando bem. Numa avaliação geral, posso dizer que perdemos um pouco, que os resultados poderiam ter sido melhores, caso houvesse melhor infraestrtutura desde o começo. O fato é que pagamos o preço por sermos pioneiros lá.

está indo bem, está dentro das nossas expectativas. Por enquanto vamos manter esse mesmo número de voos e continuar avaliando. M&E - Como o senhor avalia a infraestrutura aeroportuária do país atualmente e como vê os investimentos e privatizações que vem sendo feitos? Mario Carvalho - Vejo com bons olhos as melhorias e investimentos que vem sendo feitos na estrutura da aviação nacional. Mas ainda sim estamos aguardando um pouco mais para avaliar o real impacto disso tudo. A infraestrutura atual está bem melhor em relação ao passado, mas falta, por exemplo, maior atenção a determinados aeroportos importantíssimos para o país. Estamos acompanhando de perto tudo que vem sendo feito porque os passageiros têm muito a ganhar com isso, assim como as companhias. M&E - A Tap já opera em Viracopos há alguns anos. No entanto, recentemente, temos visto a grande procura de outras companhias para operar voos neste aeroporto. Como vê esse recente interesse e o que mudou desde que a Tap começou

M&E - A Tap foi a primeira companhia internacional a se associar a Abear. Qual a motivação dessa decisão? Mario Carvalho - Nós somos um grande player do Brasil e acreditamos ser importante estarmos juntos com mercado nacional. Essa é uma forma de todos contribuírem para debater os entraves e tentar garantir uma melhoria nas condições existentes atualmente na aviação do Brasil. M&E - Algum sinal de que o processo de privatização da Tap seja reaberto pelo Governo português em breve? Mario Carvalho - Tudo está nas mãos do Governo português. Há a intenção de privatizar no momento oportuno, no momento correto. Mas o único acionista da empresa, que é o próprio Governo português, é que vai decidir isso. M&E - Como resume a atuação da Tap no Brasil em 2014? Mario Carvalho - A Tap transportou 1.541.723 passageiros nas linhas do Brasil em 2013, com uma taxa média de ocupação dos aviões (load-factor) elevada, da ordem dos 84,2%. Nossa previsão é ter aumento na ordem de 4% ou 5% neste ano. Dentro da situação do país em 2014 acho este um bom resultado.

“Vejo com bons olhos as melhorias e investimentos que vem sendo feitos na estrutura da aviação nacional. Mas ainda sim estamos aguardando um pouco mais para avaliar o real impacto disso tudo” 22 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo

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AVIAÇÃO

Números do setor

Brasil registra 109,2 milhões de passageiros na aviação País vem registrando, desde 2011, mais de um milhão de voos por ano, o que representa aumento de 81% em relação há dez anos A aviação brasileira registrou em 2013 um recorde histórico, com 109,2 milhões de passageiros. Desse total, 90 milhões foram em voos domésticos e 21 milhões em voos internacionais. No ano passado, a demanda por voos domésticos cresceu 13% em relação a 2012. Quanto à demanda por voos internacionais, o crescimento foi 8,4%. Os dados fazem parte do Anuário do Transporte Aéreo de 2013 divulgados pelo diretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Marcelo Guaranys. Segundo avaliação da Anac, em 2013 a aviação se tornou o principal meio de transporte dos brasileiros em viagens interestaduais, com distância superior a 75 quilômetros. A taxa de passageiros domésticos por 100 habitantes no período foi a maior dos últimos dez anos, com crescimento de 1,56% na última década.

Evolução da quantidade de voos realizados mercados doméstico e internacional (2004-2013)

Variação da quantidade de voos com relação ao ano anterior – mercados doméstico e internacional (2004-2013)

Companhias brasileiras aumentaram participação no mercado internacional em 2013 Em 2013, o mercado internacional atingiu o maior nível de oferta dos últimos 10 anos, chegando a 140 mil voos realizados. As empresas brasileiras foram responsáveis por 29,9% dos voos internacionais, ante uma participação de 29,5% em 2012. Isto se deve a um aumento de 2,61% na quantidade de voos ofertados pelas nacionais ante a um aumento de apenas 0,9% do número de voos ofertados pelas estrangeiras. O continente com o maior número de voos com origem ou destino no Brasil foi a América do Sul, seguido de América do Norte e Europa. Considerando os países individualmente, o maior volume de voos se concentrou entre Brasil e Estados Unidos com 28,5 mil voos, sendo a Argentina o segundo destino, registrando 26,8 mil voos. Europa, América do Sul e América do Norte foram os continentes que registraram a maior quantidade de passageiros pagos transportados em voos internacionais com origem ou destino no Brasil em 2013, com 5,76 milhões, 5,67 milhões e 5,40 milhões, respectivamente. Estados Unidos (4,95 milhões), Argentina (2,82 milhões) e Portugal (1,57 milhões) foram os países com a maior movimentação de passageiros de ou para o Brasil em 2013. 24 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo

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Oferta de transporte aéreo Variação da quantidade de voos com relação ao mesmo mês do ano anterior – mercados doméstico e internacional (2013)


AVIAÇÃO

Números do setor

Frota Assentos - Quilômetros Ofertados (ASK) Evolução do ASK – mercados doméstico e internacional (2004-2013)

Ao final de 2013, a frota das empresas brasileiras atingiu 563 aviões, um acréscimo de 8,7% em relação ao número apresentado em dezembro de 2012. Aeronaves com capacidade entre 101 e 150 assentos de passageiros representaram 31%, enquanto aquelas com capacidade de 151 a 200 assentos representaram 40%. A Airbus foi a líder em quantidade de aeronaves operadas por empresas brasileiras no país em 2013, com 37,3% do total, seguida da Boeing, com 32,5%. A Embraer foi a terceira fabricante com mais aeronaves em operação no Brasil em 2013, com 14,6% de participação.

Aeroportos de São Paulo

Variação do ASK com relação ao ano anterior – mercados doméstico e internacional (2004-2013)

Os 20 maiores aeroportos brasileiros abrigaram 79,61% das decolagens de voos domésticos do país em 2013. Destes aeroportos, oito encontram-se na Região Sudeste, quatro na Região Nordeste, três na Região Centro-Oeste, três na Região Sul e dois na Região Norte. Os dois aeroportos com maior número de decolagens foram os de Guarulhos e Congonhas, respectivamente, que juntos representaram 18,55% das decolagens em etapas domésticas de voos. Os aeroportos de São Paulo movimentaram cerca de 254 mil voos, mais do que o dobro dos registrados pelos aeroportos do Rio de Janeiro, estado que foi o segundo colocado do ranking de aeroportos com aproximadamente 106 mil voos movimentados.

Voos domésticos

Participação das cinco maiores empresas no número de voos – mercado doméstico (2013)

Gol TAM Azul Trip Avianca Outras

Um total de 147 aeroportos recebeu voos domésticos regulares e não-regulares em 2013. O estado com o maior número de aeródromos públicos utilizados foi o Amazonas, com 19, seguido por Minas Gerais (15), Pará (12) e São Paulo (11). A Região Norte movimentou cerca de 80.6 mil voos em 2013 e registrou o embarque de aproximadamente 5,6 milhões de passageiros que pagaram por seus bilhetes. No transporte de cargas domésticas, a rota Manaus – Guarulhos (SP) foi a mais utilizada dentro do país, atingindo 43,7 mil toneladas transportadas.

Região Nordeste

Os aeroportos do estado da Bahia foram os que mais movimentaram voos domésticos na Região Nordeste do país em 2013. Foram cerca de 55,6 mil voos domésticos (entre decolagens e pousos) registrados contra 34,9 mil voos domésticos do segundo estado colocado, Pernambuco (PE). Em toda a Região Nordeste foram registrados cerca de 166 mil voos domésticos.

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HOTELARIA

Números do setor

Investimento e renovação modificam hotelaria brasileira >> Em 2013 o desempenho do setor hoteleiro no Brasil já dava sinais de sucesso. Em relação ao ano anterior – 2012 - o RevPar (receita média diária por quarto disponível) tinha uma projeção de crescimento entre 5% e 7%. Isso tudo um ano antes da realização da Copa do Mundo no país, que impulsionou ainda mais o avanço de performance e infraestrutura no setor. O parque hoteleiro do Brasil veio crescendo e se renovando desde que foi anunciado como sede do Mundial de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016. De acordo com dados do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (Fohb), os investimentos entre 2009 e 2016 ultrapassam os R$ 12 bilhões, o que representará um crescimento de 21% em oito anos na capacidade. O número de empreendimentos terá um avanço de 6% ao final deste período. Já após a realização deste primeiro evento, a entidade mostra que a Copa do Mundo impulsionou o segmento. A média de ocupação dos hotéis das redes associadas

à entidade foi de 61% durante todo o evento, com mais de 980 mil diárias comercializadas. Se forem considerados apenas as vésperas e dias de jogos, a ocupação foi de 77%

Hotéis faturam mais com ajuda de turistas estrangeiros O aumento da demanda de hospedagem por visitantes estrangeiros foi um dos fatores que contribuíram para a expansão do faturamento dos hotéis brasileiros no segundo trimestre do ano, de acordo com o Boletim de Desempenho Econômico do Turismo, produzido pela Fundação Getúlio Vargas. O fluxo deste público no período, que inclui os primeiros 18 dias de realização da Copa do Mundo, superou as expectativas dos empresários do setor. Mesmo com o aumento da ocupação dos leitos por estrangeiros, o turista nacional foi responsável por 80% da demanda por hospedagem no país no período de abril a junho. Na comparação com trimestre anterior (jan/mar) houve estabilidade na procura de hotéis por brasileiros, após três trimestres sucessivos de crescimento. Os empresários aponta-

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ram também como fatores favoráveis ao aquecimento dos negócios o aumento de preços da hotelaria, os investimentos realizados pelas empresas e a maior divulgação dos atrativos e roteiros turísticos. Para o terceiro trimestre, constatou-se otimismo em relação à evolução do faturamento para 47% e estabilidade para 23%. Desta vez, a projeção é de aumento da demanda de hospedagem pelo turista brasileiro. O boletim se baseia em informações fornecidas por gestores de 678 empresas, com faturamento de R$ 8,2 bilhões no trimestre e quadro de 72.367 funcionários. Os segmentos pesquisados são: parques e atrações turísticas; transporte aéreo; turismo receptivo; meios de hospedagem; agências de viagens; organizadoras de eventos e operadoras de turismo.

nas cidades onde ocorreram as partidas. Embora não tenha registrado a maior taxa de ocupação entre as cidades-sede, São Paulo foi a que mais comercializou diárias no período. Foram, ao todo, 353.350, contra 181.596 do Rio de Janeiro. O parque hoteleiro carioca, no entanto, foi melhor aproveitado, com uma ocupação média de 87%, seguida de Fortaleza, com 72%; Brasília com 68% e Recife com 68%. A Copa é considerada como um grande evento corporativo, com grupos de empresas do mundo todo. Como exemplo, Match Conections, do Grupo Águia e operadora brasileira oficial do programa de hospitality da FIFA, atendeu no país cerca de 2 mil grupos, de aproximadamente 1,2 mil corporações, o que demonstra a capacidade da infraestrutura do país para o segmento MICE. Além das redes hoteleiras, setor MICE também avança dentro dos resorts brasileiros. Muitos deles chegam a registrar 70% do seu faturamento neste segmento. As infraestruturas e facilidades logísticas são os aspectos que mais atraem os eventos para esses empreendimentos. Segundo a Resorts Brasil, que representa 47 dos maiores resorts do país, em média, os eventos já representam 40% do faturamento dos resorts.


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TURISMO DE NEGÓCIOS E EVENTOS

Números do setor

Cresce o Turismo de Negócios no Brasil >> Os turistas de Negócios e Eventos gastam em média US$ 304 por dia no Brasil, segundo a “Pesquisa de Impacto Econômico dos Eventos Internacionais Realizados no Brasil”, feita pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) para a Embratur (Instituto Brasileiro do Turismo). Esse valor é quatro vezes maior que as despesas dos visitantes internacionais que visitam o país em viagens de Lazer, que tem um gasto diário de US$ 73,77. A pesquisa foi feita em 16 eventos internacionais realizados nas cinco regiões do país, entre os meses de março e agosto deste ano, e ouviu 1.659 participantes. O estudo mostra que as cidades mais visitadas por turistas estrangeiros de Negócios e Eventos são: Rio de Janeiro (33,2%), São Paulo (16,7%), Foz do Iguaçu (6%), Manaus (6%), Belém (4,5%), Salvador (4,4%).

Perguntados sobre a cidade sede do evento, 74% dos entrevistados disseram que a imagem é positiva. Entre os que planejam ficar na cidade do evento, a permanência média é de 3 dias. A organização da viagem também foi tema do estudo, que mostrou que para 64,6% dos entrevistados, o fato do evento ter sido realizado no Brasil influenciou positivamente a decisão de participar. A maior parte dos entrevistados (52%) tem a viagem organizada por eles mesmos. Ao todo, 45% dos participantes buscaram a organização do evento no Brasil para colher informações sobre serviços e produtos turísticos, enquanto 20% procuraram a internet. Os resultados mostram a importância que o segmento tem para o turismo e como ele deve ser priorizado nas políticas de promoção

turística do Brasil no mercado internacional. Os grandes eventos esportivos realizados confirmam de vez a vocação do País como um grande realizador de eventos estrangeiros. Em dez anos, os congressos e convenções de negócios realizados no Brasil registraram um aumento de 408%. Conforme os dados divulgados em maio pela ICCA (Internacional Congress and Convention Association), entre 2003 e 2013, o total de eventos passou de 62 para 315. No mesmo período, o número de cidades que sediaram esse tipo de evento subiu 145%, passando de 22 para 54. O ranking divulgado mostra que o Brasil permaneceu entre os dez países que mais recebem congressos e convenções associativas, liderado pelos Estados Unidos.

Pesquisa de Impacto Econômico dos Eventos Internacionais Realizados no Brasil feita pela FGV para a Embratur Primeira vez que visita o Brasil?

Se não foi a primeira vez ao Brasil, qual razão da viagem anterior? 59,8% viajaram anteriormente para o Brasil por motivos de negócios e/ ou eventos

Eventos Lazer Negócios SIM NÃO

Primeira vez na cidade de realização do evento?

Outros Pergunta respondida apenas por aqueles que já visitaram o país anteriormente

O fato do evento ter sido realizado no Brasil influenciou a sua vinda? Para 64,6% dos entrevistados influenciou positivamente

SIM NÃO SIM NÃO

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TURISMO DE NEGÓCIOS E EVENTOS

Números do setor

Qual foi o tipo de meio de hospedagem utilizado?

Qual sua percepção sobre o custo do meio de hospedagem?

A imagem em relação à cidade sede do evento após esta viagem?

Pretende retornar ao país dentro de quanto tempo?

Para 73,9% dos entrevistados a imagem é positiva

38,2% pretendem retornar em até 2 anos

Perfil dos turistas

Cidades mais visitadas

Receptividade dos atendentes locais

Avaliação

Infraestrutura da cidade

Sinalização da cidade

Muito boa

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Boa

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Regular

Ruim

Muito Ruim

20,5% América do Norte; 15,7% América do Sul; 19,4% América Latina; 58% homens; 42% mulheres; 57,4% casados; 36,2% solteiros; 25 e 44 anos correspondem a 55%; 97,3% têm nível superior; 39 % têm renda acima de US$ 4.000; Gastos de Viagem: US$ 304,57, 316% a mais que a média de gastos de um turista a lazer (US$ 73,77); US$ 2.122,86 - Gasto médio no total da viagem, por pessoa, considerando a permanência média de 7 pernoites no Brasil; Valor estimado de gasto realizado por esse total de visitantes internacionais nos 16 eventos, com 3.913 participantes: US$ 8.306.751,18


TURISMO LGBT

Números do setor

Turismo LGBT cresce mais do que o dobro da média do setor >> Organização líder em estudos de mercado do Turismo LGBT em termos mundiais, a Out Now Global anunciou que o segmento atingirá em 2014 uma despesa superior aos US$ 200 bilhões pela primeira vez. Neste ano, o Brasil e os Estados Unidos serão os dois países mais procurados por turistas LGBT internacionais, de acordo com a pesquisa, com previsão de que quase metade do lucro com o Turismo LGBT mundial será faturado pelos dois países. Os Estados Unidos respondem por US$ 56,5 bilhões desses gastos, de acordo com os números, seguidos pelo Brasil, com US$ 25,3 bilhões. Já os europeus devem gastar US$ 66,1 bilhões em dólares em turismo. Cerca de 26% dos visitantes de São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Florianópolis (SC), Salvador (BA), Fortaleza (CE) e Manaus (AM) são turistas LGBTs. O Brasil tem mais de seis mil hotéis e albergues registrados em agências de viagens voltados ao público

LGBT e, principalmente, especializados em sites orientados ao público gay, que são a principal fonte de informações para os viajantes. O fato é que o Brasil é o destino LGBT mais importante da América Latina, recebendo, principalmente, cidadãos norte-americanos, britânicos, alemães, franceses e holandeses. De acordo com o aplicativo gay Grindr, a cidade do Rio de Janeiro tem a melhor praia gay do mundo e a cidade de São Paulo tem a melhor Parada Gay do mundo. A cada ano, a Parada do Orgulho LGBT de São Paulo tem a participação de cerca de 3,5 milhões de pessoas, atraindo 400 mil turistas LGBTs, movimentando cerca de US$ 70 milhões. Na “Cidade Maravilhosa”, o turista LGBT gerou impacto econômico direto de R$ 461 milhões durante o Carnaval 2014, respondendo por 30,75% da receita da folia no Rio de Janeiro, apesar de serem apenas 15% do público que visitou a cidade no período, de acordo com

pesquisa da Riotur. O levantamento foi feito pela primeira vez neste ano, e contou com a colaboração da Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual do município, e do Observatório de Turismo da Universidade Federal Fluminense. Enquanto o turista médio gastou R$ 198 por dia na cidade, os turistas homossexuais e bissexuais brasileiros deixaram R$ 302,10, e os estrangeiros R$ 548,82, ou seja, 270% a mais que a média do público geral. Além de consumirem mais, os LGBTs também ficaram mais dias: enquanto o turista teve permanência média de sete dias, os gays brasileiros ficaram 9,4 dias e os LGBT estrangeiros 12,4 dias.

Além do Brasil De acordo com uma pesquisa da Out Now Consulting, realizada em 2010, os turistas LGBT da Argentina gastaram um total de US$ 4 bilhões em viagens de lazer. No México,o valor foi de US$ 8 bilhões.

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ABEOC

Números do Setor

Eventos movimentam mais de R$ 200 bilhões ao ano no país >> Os números impressionam. O setor de eventos cresceu, nos últimos 12 anos, aproximadamente 14% ao ano, aumentando a sua participação no PIB do país de 3,1%, em 2001, para 4,32%, em 2013. Somente no último ano a movimentação econômica chegou a R$ 209,2 bilhões. Os dados fazem parte do II Dimensionamento Econômico da Indústria de Eventos no Brasil. A pesquisa foi realizada pelo Observatório do Turismo da Faculdade de Turismo e Hotelaria da Universidade Federal Fluminense, com apoio da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA) e ForEventos (Fórum do Setor de Eventos). A iniciativa é da Associação Brasileira de Empresas de Eventos e do Sebrae Nacional, através do Programa de Qualidade ABEOC Brasil. “Este estudo coloca à disposição do mercado de turismo e eventos informações fundamentais para o planejamento dos negócios”, analisa a presidente da ABEOC Brasil, Anita Pires. “Graças a visão da ABEOC Brasil, Sebrae, CNC, FBHA e ForEventos podemos oferecer ao país o cenário preciso de um dos setores que mais cresce na economia nacional”, acrescenta. Em entrevista ao M&E, ela afirmou que ter um olhar inteligente para estes eventos e o impacto que eles causam no país é fundamental para perceber as oportunidades, potencializar

os negócios e ter uma ação de planejamento de políticas de mercado e de políticas públicas de promoção do Brasil. “É muito importante, também, criar estratégias para desenvolvermos um ambiente profissional, de bem receber, com serviços de qualidade para que a gente possa transformar estas oportunidades em negócios e geração de emprego e renda. A ABEOC já tem um plano em desenvolvimento, que é buscar a qualificação e profissionalização do mercado através do Programa de Qualificação em Gestão e Certificação de Empresas de Eventos, além deste Dimensionamento Econômico do setor de eventos, fundamental para traçar qualquer planejamento e estratégia”, explicou. Segundo ela, o Brasil já é um destino entre os grandes de feiras internacionais e no mercado corporativo. “Diversas empresas europeias e norte-americanas estão se instalando aqui em busca do mercado brasileiro, que é o oitavo no mundo no ranking mundial de viagens corporativas e está em vias de ultrapassar a Itália, França e o Reino Unido, nos próximos dois anos, segundo o estudo da GBTA 2013 (Global Business and Travel Association). Isso ocorre principalmente devido ao potencial do mercado, estabilidade econômica e o Brasil ter investimentos em tecnologia e pesquisa, o que é fundamental para o setor”, justifica. Para Anita, historicamente, o Brasil tem mostrado vocação e competência para rece-

ber grandes eventos, como a Copa, a visita do Papa, e mesmo o Rock in Rio e Carnaval. “O Brasil tem know how para grandes eventos. Mas, isso tudo tem que ser acompanhado de políticas e incentivos do governo federal e dos governos estaduais na promoção do destino Brasil e com estímulo e financiamento específico do Ministério do Turismo”.

Dados mais relevantes: Em 2013, o Brasil sediou 590 mil eventos, 95% deles nacionais e metade realizada na região Sudeste. Participação de 202,2 milhões de pessoas em eventos no país em 2013. Gatos dos participantes em média de R$ 161,80 por dia (o que somou gastos de R$ 99,3 bilhões). O país tem 9.445 espaços para feiras, congressos e eventos de diversas naturezas. 10,2 milhões de metros quadrados e 9,2 milhões de assentos para realização de eventos. A locação desses espaços gerou, em 2013, mais de R$ 37 bilhões.

Locais contratados pelas empresas organizadoras para realização de eventos - 2013 Fonte: ABEOC Brasil/Sebrae/Observatório do Turismo-FTH-UFF-2014

Número de eventos segundo as regiões brasileiras - 2013

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Folia Rentável

Carnaval gera R$ 6,1 bilhões em receitas >> Nesta época do ano já começam os ensaios das escolas de samba e a expectativa para a festa de 2015. E toda a ansiedade tem justificativa.Quatro dias de folia, 6,6 milhões de turistas e R$ 6,1 bilhões em receitas geradas para o Brasil. Essa movimentação financeira, verificada pelo Ministério do Turismo em levantamento preliminar sobre o Carnaval de 2014, corrobora um fato cada vez mais evidente: a solução para o Brasil fazer frente à crise econômica mundial, gerar emprego e renda e continuar sustentando o seu crescimento passa, necessariamente, pelo desenvolvimento da atividade turística. Considerando o trabalho necessário para a preparação das festas e a recepção dos visitantes, tanto por parte do setor público quanto do privado, podemos afirmar que o Carnaval brasileiro já derrubou a velha máxima de que, por aqui, o ano só começa depois de encerrada a folia. O fato é que o Brasil não descansa em sua tarefa de satisfazer o turista. Trata-se de uma cadeia produtiva que responde por 3,7% do Produto Interno Bruto (PIB) e 2,9 milhões de empregos diretos. E que deve à festa mais popular do Brasil aproximadamente 5% de seu faturamento. O levantamento do Ministério do Turismo mostra que os turistas se distribuem de maneira relativamente uniforme pelos sete estados que mais atraem foliões, e considera um gasto médio de R$ 920,86, com transporte e hospedagem pelos quatro dias. O Rio de Janeiro é o estado que mais recebe 34 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo

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turistas: 1,280 milhão de pessoas, que respondem por R$ 1,181 bilhão em movimentação financeira. Quem ainda tem coragem de duvidar de São Paulo quando o assunto é samba pode se surpreender ao saber que o estado tem o segundo maior carnaval do país: atraiu neste ano cerca de 960 mil pessoas. Os visitantes se distribuíram pelo litoral, além da concentração tradicional na festa no Anhembi e de um fenômeno novo na capital, uma presença crescente dos blocos de rua. Pernambuco, sobretudo Recife e Olinda, vem logo atrás, com cerca de 850 mil visitantes, seguido pela Bahia, com 690 mil. A movimentação financeira em cada um desses estados foi, respectivamente, de R$ 787 milhões e R$ 639,4 milhões. Minas Gerais, Santa Catarina e Ceará também respondem por contingentes significativos de visitantes e vêm contribuindo para o crescimento do turismo doméstico a cada Carnaval. Minas contou com 190 mil visitantes que movimentaram R$ 177,1 milhões. Santa Catarina atraiu 180 mil turistas que geraram R$ 167,3 milhões. No Ceará, os 140 mil turistas fizeram circular R$ 128,9 milhões. Outros estados receberam 2,3 milhões de turistas, e responderam por um fluxo financeiro de R$ 2,133 milhão. Outras pesquisas, realizadas pelos órgãos locais, agregam informações que reforçam a importância do turismo para a economia brasileira. O estudo Cadeia Produtiva da Economia do Carnaval, de Luiz Carlos

Prestes Filho, superintendente da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado do Rio de Janeiro, aponta que os festejos geram, a cada ano, mais de 250 mil novos postos de trabalho, que respondem por 30% da geração esperada de divisas. Pesquisa da Riotur (Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro) com os números coletados durante a folia deste ano mostra que o turista que aproveita a festa na capital fluminense quer voltar, um dado fundamental para subsidiar futuras políticas e estratégias para o setor turístico. Entre os entrevistados no Sambódromo, 95% recomendariam o Carnaval carioca a algum amigo, percentual que sobe para 98% dos abordados nos blocos de rua. Já 89% pretendem retornar e 97% tiveram expectativas superadas. Vinte transatlânticos levaram à cidade 70 mil turistas, que por lá deixaram US$ 21 milhões. Se para o Rio o turista quer voltar, em São Paulo ele quer ficar: uma pesquisa feita pela prefeitura paulistana, no ano passado, mostrou que os visitantes do Carnaval ficam cinco dias em média. O acréscimo de um dia ao tempo de permanência, em relação ao ano anterior, é mais um sinal do crescimento do setor turístico no país. As pessoas que “esticam” a estada na capital paulista são em sua maioria mulheres assalariadas, com idade entre 30 e 39 anos e nível superior completo, com avaliação positiva tanto da cidade quanto dos desfiles no Sambódromo.

Gary Yim / Shutterstock.com

IMPACTOS DO CARNAVAL


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CRUZEIROS

Temporada 2014/2015

Começa a Temporada de Cruzeiros 2014/2015

Roberto Fusaro, presidente da Clia Abremar

>> A Temporada 2014/2015 de cruzeiros marítimos no Brasil começa neste mês e vai até abril do ano que vem com a presença de dez navios no litoral do país. A expectativa da Clia Abremar Brasil (Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos) é de que 640 mil cruzeiristas aproveitem 239 roteiros de viagens. A oferta será até 2% menor se comparada aos 648 mil leitos disponíveis na temporada 2013/2014. O número de roteiros, no entanto, cresceu quase 4% na comparação como último período de navios no país. Mesmo com o número crescente de roteiros, a temporada terá um navio a menos do que em 2013/2014, com isso, o setor deve experimentar, pelo segundo ano consecutivo, uma queda de dois dígitos em receita. “Teremos uma receita 10% menor do que a obtida na temporada passada. Com relação ao número de passageiros, teremos uma queda de 1% a 2%. Essa queda está ligada aos entraves ainda encontrados no país, tirando a competitividade do Brasil junto aos cruzeiros internacionais”, disse o presidente da Clia Abremar, Roberto Fusaro. “Os entraves estão ligados diretamente 36 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo

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aos custos, infraestrutura e regulamentação. Precisamos de uma regulamentação bem clara e uniforme no Brasil. Hoje, a fiscalização nos portos é diferente e os custos de ‘praticagem’ na América do Sul são muito caros”, emendou Fusaro. Segundo ele, isso acontece não só no Brasil, mas, por aqui, as taxas portuárias também influenciam muito, uma vez que, a maioria dos portos não possui infraestrutura adequada para receber navios e passageiros. Por outro lado - contra a corrente - os armadores estão otimistas com o ano, principalmente com o fechamento deste segundo semestre. “Tivemos um bom início de ano, antecipamos nossas vendas e mesmo com a Copa não tivemos queda no volume de vendas, ao contrário, tivemos um excelente primeiro semestre”, disse o vice-presidente regional América Latina da Royal Caribbean, Ricardo Amaral. Ele ressaltou ainda que o crescimento da Royal está ligado ao aumento de oferta de 4% em relação a temporada anterior. Para o diretor da Comercial da MSC Cruzeiros, Adrian Ursilli, as vendas já mostram um reaquecimento. “Teremos cerca de 85

roteiros e uma previsão de 269 mil leitos ofertados. Mesmo com uma queda de 9%,na oferta total de leitos em relação à temporada passada, o ano será bom”, afirmou. Com a maior aposta na temporada, a Pullmantur incrementou em 41% a oferta de leitos. “Isso fez com que déssemos um salto de 140 mil e passamos para 180 mil passageiros a serem embarcados no Brasil”, disse o presidente da companhia no país, Alexandre Zachello. “A expectativa é vender os 180 mil passageiros que temos como oferta para o mercado doméstico”, acrescentou. Com o lançamento de temáticos, a temporada 2014/2015 na América do Sul para a Costa Cruzeiros está 43% maior em oferta. “Estamos prevendo o embarque de 128 mil passageiros durante toda a temporada. Segundo o diretor geral da Costa Cruzeiros para a América do Sul, Renê Hermann, como a temporada de cruzeiros tem início somente no final do ano e início de 2015, o brasileiro normalmente demora mais para definir sua próxima viagem.


CRUZEIROS

Renê Hermann

Temporada 2014/2015

Alexandre Zachello

Ricardo Amaral

Orlando Giglio

Adrian Ursilli

Costa Cruzeiro

Pullmantur Cruzeiros

Royal Caribbean

Iberostar

MSC Cruzeiros

Navios: Costa Favolosa e Costa Pacifica. Números: Para a temporada 2014/2015 na América do Sul, a Costa Cruzeiros prevê transportar mais de 128 mil passageiros a bordo dos dois navios. Serão, ao todo, 34 cruzeiros visitando localidades como Ilhabela, Angra dos Reis, Porto Belo, Salvador, Rio de Janeiro, Búzios, Buenos Aires e Montevidéu, destinos bem procurados pelo público da Costa Cruzeiros. Na temporada anterior, a Costa embarcou um total de 102.277 passageiros.

Navios: Zenith, Sovereign e Empress. Números: A companhia decidiu mudar o embarque dos cruzeiros que estavam previstos para a Argentina. Isso fez com que a armadora desse um salto de 140 mil para 180 mil passageiros a serem embarcados no Brasil. A expectativa é vender de novembro a fevereiro de 2015 cerca de 40% a 50% da temporada ou o equivalente a 90 mil passageiros. A armadora anunciou ainda que os navios deixarão de ser all inclusive e passarão a vender pacotes de bebidas.

Navio: Splendour of the Seas. Números: Com uma oferta 4% maior em relação à temporada passada, a Royal Caribbean acredita que - mesmo com a queda dos cruzeiros na costa brasileira - o ano será rentável ao setor. No mundo, a armadora apresentou um incremento recorde com os resultados do segundo trimestre do ano, em que obteve lucro de US$ 137,7 milhões, registrando crescimento acima de 456% se comparado ao mesmo período do ano passado.

Navio: Iberostar Grand Amazon. Números: O Grupo Iberostar investiu cerca de R$ 2 milhões em melhorias no Iberostar Grand Amazon, o navio-hotel que faz itinerários a partir de Manaus. A ocupação média do navio é de 60% e a tripulação varia de acordo com o número de passageiros. O Iberostar Grand Amazon conta com 73 cabines e duas suítes, tendo capacidade para 150 pessoas. O navio já embarcou mais de 20 mil passageiros em nove anos de funcionamento.

Navios: MSC Preziosa, MSC Poesia e MSC Lirica. Números: Na temporada 2014/2015 serão 85 roteiros e uma previsão de 269 mil leitos ofertados na região. A MSC Cruzeiros trará o MSC Poesia pela primeira vez ao Brasil, garantindo novidades aos clientes e hóspedes. Além disso, retornará ao Brasil com o MSC Lirica e MSC Preziosa. Haverá uma pequena redução, de 9%, na oferta total de leitos em relação à 2013/2014, por razão da substituição do MSC Orchestra pelo MSC Lirica no Rio de Janeiro.

www.costacruzeiro.com

www.pullmantur.com.br

www.royalcaribbean.com.br

www.thegrandcollection.com

www.msccruzeiros.com.br

Para agentes, falta inovação e mais roteiros de curta duração Em enquete realizada durante a 42ª Expo Abav, em São Paulo, o M&E quis saber a opinião dos agentes de viagem sobre o mercado de cruzeiros no Brasil. As respostas tiveram um teor diversificado e mostram que algumas regiões ainda não estão bem cobertas pelas principais armadoras que aqui comercializam seus roteiros. Por outro lado, para alguns profissionais a diminuição da oferta de cruzeiros na costa brasileira está dentro da demanda e as vendas, tanto de rotas nacionais quanto internacionais, vão bem neste começo de temporada. Confira a opinião de alguns profissionais do segmento. Edmílson Rodrigues, titular do Conselho Fiscal da Abav “O mercado brasileiro é muito promissor no segmento de cruzeiros. Só não podemos restringir essa oferta apenas ao eixo RJ-SP. Temos uma costa muito grande e não sabemos explorar isso. Se o mercado nordestino resolve fazer um cruzeiro, será necessário pagar passagem para viajar até o porto mais perto, que pode ser Salvador, Rio de Janeiro ou Santos, sendo que temos uma costa enorme para atracar mais navios e construir mais portos.” Davi Cortada, da Yataro Turismo “Acredito que o grande problema do mercado de cruzeiros no Brasil tem a ver com a infraestrutura de nossos portos, como o Porto de Santos, por exemplo, que não é dos melhores. Apesar disso, creio que a redução

no numero de ofertas de cruzeiros na costa brasileira não atrapalhou minhas vendas, uma vez que a demanda encontra-se de acordo com a oferta.” Elaine Carvalho, da Cariocas Tour “Acredito que o mercado de cruzeiros no Brasil está encolhendo. Inovar é preciso. Se pararmos para pensar, as armadoras só realizam os mesmos roteiros há várias temporadas.” Amynthas Dias, da Abeltour “Acredito, que antes de qualquer coisa, que está faltando representação para comercializar cruzeiros em algumas áreas do país. Não podemos ficar nas mãos de quem tem exclusividade, já que estes, nem sempre, oferecem qualidade no atendimento e atenção para com o cliente.” Afrânio Martins, da AM Viagens e Turismo “Acredito que o mercado brasileiro de cruzeiros ainda tem uma boa condição de expansão. Acredito, também, que para muitas pessoas que moram no interior, a questão do deslocamento até o porto sem um sistema ou auxílio das companhias pesa um pouco e isso poderia ser mudado.” Augusto Moura, da Criar Viagens e Eventos “O mercado sempre esteve bem. Acho que agora estamos passando por um momento de crescente na qualidade de serviço. Não posso

me queixar do mercado de cruzeiros, já que tenho um nível bom de vendas e todo ano constato bastante procura dos meus clientes.” Ana Paula Chagas, da FlyVip Viagens e Turismo, e Laura Prosdocimi, do Express Viagens e Turismo “Para se fazer um cruzeiro no Brasil, o preço desestimula o agente e o próprio cliente. Por exemplo, vender uma cabine externa para uma rota internacional, muitas vezes, é mais barato do que vender uma cabine interna para uma rota nacional. Não dá para competir. O fator preço somado a diminuição na oferta de cruzeiros faz com que o mercado apresente uma natural queda.” Thais Maia, da TSM Viagens “Eu acredito que o mercado de cruzeiros está mais atingível atualmente. Acredito que essa redução na oferta de cruzeiros pela costa brasileira não afetou as vendas. Não podemos deixar passar essa redução na oferta de cruzeiros mas, também, não podemos deixar de citar a melhoria nas formas de pagamento junto às agências, operadoras e armadoras.” Leila Cutrim e Ricardo Pestana, da T E B Turismo “Penso que deveríamos ter uma maior assistência na região Nordeste. Acredito que a oferta de minicruzeiros deveria aumentar. Nossos clientes não querem gastar sete noites dentro da costa brasileira. Nos Estados Unidos, essa oferta é abundante.”

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TECNOLOGIA

Internet, Redes Sociais e Aplicativos

Meios digitais têm se consolidado como a principal fonte de informações dos turistas >> A internet está presente em todas as fases de uma viagem: da pesquisa à reserva, do registro das imagens ao compartilhamento de informações. Para turistas estrangeiros e brasileiros, os meios digitais têm se consolidado, nos últimos anos, como a principal fonte de informações, de acordo com pesquisa do Ministério do Turismo (MTur). A cada hora, internautas de todo o mundo realizam 625 mil buscas no site Google sobre viagens, de acordo com dados da empresa. Segundo Leonardo Vieira e Vinicius Landucci, da área de Novos Negócios do Google, 105 milhões de brasileiros estão conectados à Internet. Deste total, cerca de 82% a utiliza como fonte de informação para fechar a viagem.

Internet agregando valor

Como principais oportunidades, verifica-se que a Internet permitiu aos agentes de viagens reservar seus serviços de forma muito mais rápida, segura e econômica, pois esse profissional pôde agora “visualizar” com mais facilidade o serviço que está intermediando, como um hotel ou casa de espetáculo através de suas homepages. Além disso, o agente de viagens pode se comunicar com meios de hospedagem, transportadoras, operadoras de viagens e destinos turísticos de forma mais simples e barata, através de e-mails, ao invés de ter que ligar para centrais de reservas ou diretamente em empresas localizadas, muitas vezes, em pontos distantes do mundo, por um custo altíssimo de ligação internacional ou interurbano em horário comercial. Outro ponto favorável propiciado pela Internet aos agentes de viagens consiste na rapidez e facilidade de informações, que estão disponíveis na rede de forma mais organizada, rápida e clara, tornado desnecessário o armazenamento nas agências de infinitos folders empoeirados, que se desatua-

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lizam e se deterioram em pouco tempo. Além disso, os GDSs puderam oferecer o acesso ao seu banco de dados pela Internet, sem a necessidade de disponibilizar seus terminais nas agências de viagens. Tal fato reduziu sensivelmente os custos de operação e manutenção de um GDS em uma agência de viagens, tornando esse produto mais acessível para essas empresas. Os custos de comunicação também reduziram-se sensivelmente nas agências de viagens através da utilização mais intensa da Internet.

OTAs x agentes

No turismo, a Internet, pela suas próprias características inerentes, representa uma mudança na distribuição dos produtos por meios diretos, excluindo, muitas vezes, os intermediários, como as agências de viagens, pois a Internet permite que os grandes fornecedores de turismo (operadoras internacionais, cadeias hoteleiras, destinos internacionais, empresas aéreas) comercializem diretamente seu produto ao consumidor. Um tema que vem causado polêmica. As empresas aéreas tomaram a dianteira e passam a oferecer opções de compra direta de seus produtos pela Internet. Prova disso, são os grandes portais de viagens idealizados pelas empresas aéreas americanas e europeias. Esses portais permitem ao turista comparar os preços das empresas aéreas, além de reservar serviços inerentes às agências de viagens reais e virtuais, como hotéis, locação de carros e contratação de seguros. As agências de viagens devem se adaptar ao avanço dessa nova tecnologia, transformando esse potencial concorrente em uma poderosa ferramenta de trabalho.

Redes Sociais e Aplicativos

O Ministério do Turismo investe em suas nove

mídias sociais, um meio importante de troca de informação com o cidadão e com o viajante. O MTur ultrapassou o número de 630 mil conexões, entre fãs, seguidores e assinantes. Significa que uma informação divulgada pelas redes eletrônicas do MTur atinge meio milhão de perfis de usuários, sem considerar os milhares de compartilhamentos. O número de seguidores no Instagram do Visit Brasil, por exemplo, cresceu 189% entre julho e agosto deste ano.

Viagem e Facebook

De acordo com informações de uma pesquisa realizada pela Sparkle, o turista utiliza o Facebook em todos os estágios da viagem, por meio de cinco ciclos. O objetivo do estudo foi identificar o comportamento dos viajantes, além de revelar que o tema “viagem” é o tópico mais discutido no Facebook. Sonhar é o primeiro ciclo detectado pela pesquisa, revelando que 80% das pessoas se influenciam por fotos de amigos para realizar uma viagem e 42% acessam os álbuns para conhecer mais sobre aquele destino. O segundo ciclo é o de planejamento, apontando que 85% dos usuários da rede social ficam propensos a escolher um destino depois de conversar com os amigos que estiveram naquele local e 89% escolhem por indicação. Comprar compõe o terceiro ciclo da pesquisa, indicando que os indecisos buscam referências nos amigos antes de tomarem qualquer tipo de decisão. Viver o momento se refere ao quarto ciclo, indicando que os usuários estão a todos os momentos conectados ao Facebook, apontando que 98% se conectam durante as férias e 92% acessam a rede social todos os dias da viagem. Pastore apontou o quinto ciclo como o momento de relembrar a viagem, indicando que 93% compartilham o álbum da viagem ao chegar em casa e 38% compartilha ainda em trânsito.


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GASTRONOMIA

Especialidades regionais

Cores e sabores: um passeio pela gastronomia brasileira >> Cada vez mais a gastronomia tem se destacado como um importante ingrediente nas ações promocionais do Brasil no exterior. A ideia da Embratur é fazer com que este segmento possa ganhar maior representatividade entre os atrativos que o país oferece, a exemplo do que já acontece em outros países, como o caso da gastronomia peruana, um expoente entre os atrativos daquele país. De Norte a Sul do Brasil cada região tem sua característica principal, fruto das influências de colonização por parte dos primeiros imigrantes, bem como em função da miscigenação de raças e culturas. Neste quesito foram escolhidos alguns dos pratos típicos que se destacam na culinária dos estados, numa mistura de ingredientes que tiveram influência dos povos indígenas, africanos e europeus.

Região Norte A forte influência indígena está presente diretamente no tempero dos pratos a base de peixes e frutas exóticas. Há que se saborear receitas preparadas com tucunaré, pirarucu, pacu, tambaqui e até outros menos conhecidos como a Caldeirada de Filhote servida nos restaurantes de Manaus, e o Pato com Tucupi, tradicional na gastronomia paraense. Nas sobremesas e sucos o uso de frutas como cupuaçu, açaí e guaraná e também os deliciosos tucumã e pupunha.

Região Nordeste A presença de mariscos e os frutos do mar dividem com a gastronomia regional a preferência nos restaurantes das nove capitais nordestinas. Destaques para a tapioca, vatapá, buchada de bode, carne de sol,entre outros. Entre os frutos do mar a preferência pelas caldeiradas e pratos a base de lagosta, camarão, siri, caranguejo, entre outros. O tempero mais forte certamente é o da Bahia, que em sua cozinha inclui ingredientes como o leite de coco, azeite de dendê e a tradicional pimenta. 40 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo

Gramado

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Café Colonial, tradição em Gramado

Região Norte Região Centro-oeste Região Sul Região Nordeste Região Sudeste

Região Centro-Oeste Na parte central do Brasil se tem também os pratos a base de peixes de rio e a presença da gastronomia regional, que tem entre seus destaques o arroz carreteiro. O empadão goiano e o arroz com pequi estão entre as delícias da culinária goiana.

Região Sudeste É certamente a região do país que tem a culinária mais diversificada. Alguns dos pratos podem ser considerados típicos. É o caso da moqueca capixaba, no Espírito Santo, da feijoda, no Rio de Janeiro, dos petiscos dos botecos, do feijão tropeiro com lombo ou galinha ao molho pardo em Minas. Já São Paulo é conhecida como capital nacional da gastronomia em função do grande número de restaurantes. Entre os destaques a cozinha italiana, onde a pizza é certamente uma referência.

Região Sul Não há como negar a forte influência europeia presente nas três capitais do sul. Tanto a colonização alemã quanto a italiana estão presentes no bairro típico de Santa Felicidade e nas casas de massa em Curitiba. Em Santa Catarina, a presença alemã na gastronomia local é inegável, sobretudo nas festas típicas, que sofrem ainda influência açoriana e de outros imigrantes. Na região Sul, o prato típico gaúcho é o churrasco.

Gramado é conhecida também pela diversidade e riqueza da sua gastronomia, sem esquecer o chocolate, marca registrada para quem visita a cidade. Mas entre os produtos típicos tradicionais está certamente o café colonial, que continua a despertar o interesse e o apetite dos turistas. Um dos pioneiros foi o Café do Coelho, do empresário Zanis Coelho, e que hoje em dia segue a tradição familiar por meio de seus três filhos, Cleber, Claudio e Juliana. O Café vai oferecer 10% de desconto aos participantes deste Festuris. No café colonial, você paga uma taxa fixa com direito a saborear e repetir os pratos que mais lhe agradarem, além das bebidas – sucos e vinhos, chás e chocolates também já incluídos no preço. “Seguimos os padrões rigorosos estabelecidos pela Prefeitura e hoje em dia temos uma casa que é referência. Doces e salgados, dois tipos de vinho (branco seco e tinto suave), suco de uva natural, bebidas quentes como leite, café, chá e chocolate, ou geladas acompanham salgados quentes e frios e uma variedade que inclui picles, pães e geléias e os tradicionais doces coloniais, como bolos de laranja, chocolate, limão, cerveja, requeijão, rocambole e waffles. São de tirar do sério e certamente a garantia de uns quilinhos a mais, mas também doces lembranças da rica gastronomia de Gramado”, ressalta Zanis.

Origem

O Café Colonial teve sua origem na cultura e cozinha dos primeiros imigrantes alemães. As mesas repletas eram apreciadas por viajantes e turistas, que ao chegarem tarde da noite em cidades onde não havia hotéis, ou mesmo restaurantes, eram recepcionados por colonos que ofereciam alojamento e refeições. Todas essas iguarias traduziam também a fartura à mesa das casas de colonos, que antes de irem cedo para seus afazeres em suas pequenas propriedades rurais, saboreavam as iguarias.

Café do Coelho

www.cafecoelho.com.br Av. das Hortênsias, 5433 - Carniel Gramado - Telefone:(54)3286-2538 Horário:10h/21h


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ABRACORP

Números da Abracorp

Turismo Corporativo no Brasil AGÊNCIAS DE VIAGENS CORPORATIVAS

A Associação Brasileira das Agências de Viagens Corporativas (Abracorp) representa 31 agências especializadas neste segmento que estão entre as maiores do país. Somente no primeiro semestre de 2014 as suas vendas representaram R$ 6,45 bilhões, um aumento de 5,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Para o presidente da entidade, Edmar Bull, o segundo semestre deve ser ainda melhor, com um avanço de dois dígitos, dada a retomada dos eventos e viagens corporativas após a Copa do Mundo. Ele acredita que no ano o incremento deve ficar na casa dos 10%.

HOTELARIA

Também no primeiro semestre, as agências Abracorp venderam 1,2% mais diárias em hotéis dentro do Brasil. O faturamento deste segmento cresceu 13,1% em relação ao mesmo período do ano passado. Os hotéis independentes ainda são a maioria com 50% do total e a diária média foi de R$ 232, 12% a mais do que no primeiro semestre do ano passado. Entre os dados, o que chamou a atenção foi a forma de compra. Houve uma queda de 67,5% nas vendas feitas por meio de brockers. Já no internacional a venda de diárias cresceu 22,2% e o faturamento 18,5%. Fonte: Gráficos retirados do estudo da Abracorp

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ABRACORP

Números da Abracorp

EVENTOS E DESTINOS

A realização de eventos foi também um dos destaques da Abracorp no primeiro semestre deste ano. As agências associadas à entidade realizaram 30,6% mais eventos do que na primeira metade de 2013. Isso demostra a força que o segmento vem tomando no Brasil. Somente esta atividade gerou uma movimentação de R$ 272 milhões, contra R$ 208 milhões no mesmo período do ano passado. Em relação aos destinos mais visitados pelos executivos brasileiros, São Paulo e Rio de Janeiro são os líderes no nacional. Fora do país, a preferência fica por Buenos Aires e Miami.

AVIAÇÃO

Um recorte do primeiro semestre das vendas das agências Abracorp mostra que a maior fatia dos serviços ainda corresponde a passagens aéreas, com 71,6% do total. Somente no doméstico foram vendidas 4,5 milhões de bilhetes neste período, o que representou um montante de R$ 2,6 bilhões, cifra 7% maior do que a registrada no mesmo período do ano passado. A tarifa média também está em alta. Ela teve um incremento de 12,2%, chegando a R$ 595. Na primeira metade do ano foram emitidas 644.304 passagens internacionais, a um custo total de R$ 1,9 bilhão, um avanço de 4,9% em relação ao mesmo período de 2013. A tarifa média no período foi de R$ 3.050, um crescimento de 7%.

Aluguel de carros - mercado doméstico Empresa

Aluguéis em

Aluguéis em

Aluguel de carros - mercado internacional

Var Empresa

Outras

Outras

TOTAL

TOTAL

Aluguéis em

Var

Aluguéis em

LOCAÇÃO E TRANSFERS

A locação de automóveis vem ampliando a sua participação nas vendas das agências Abracorp. No nacional, o número de diárias comercializadas cresceu 19% em relação ao mesmo período do ano passado, ultrapassando a marca dos 700 mil. No internacional, no entanto, houve um decréscimo de 1,3%, também deviso a queda das viagens no período por conta da Copa do Mundo. Com um faturamento de R$ 12,7 milhões, os transfers também estiveram entre os destaques.

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ESPORTES

Olimpíadas 2016

Contagem regressiva para Rio 2016 Cidade agiliza os preparativos e investimentos já somam R$ 37,6 milhões

>> A Copa do Mundo da FIFA 2014 confirmou o Brasil como local com condições de organizar e sediar grandes eventos internacionais. Os visitantes estrangeiros aproveitaram o Mundial para conhecer o país, incluindo o Rio de Janeiro, sede das Olimpíadas de 2016, e não economizaram elogios à capital fluminense. Mas, a dois anos do evento, que ocorre entre os dias 5 e 21 de agosto de 2016, a cidade corre agora para cumprir os prazos e fazer jus às expectativas que foram depositadas sobre ela. “A cada R$ 1 investido em equipamentos olímpicos, R$ 5 são aplicados em obras de legado. Barcelona que me perdoe, mas nenhuma outra cidade se transformará tanto em tão pouco tempo quanto o Rio de Janeiro”, garantiu o prefeito Eduardo Paes. De acordo com ele, o investimento total já chega a R$ 37,6 bilhões. Em relação às hospedagens dos turistas, Eduardo Paes lembrou que a cidade chegará ao início dos jogos com 37 mil quartos, dez mil a mais do que acordado com o Comitê Olímpico Internacional (COI).

Rio 2016, demorando cerca de um ano para a conclusão. Segundo a diretora do COI, Beth Lula, o look se inspirou em pontos turísticos da capital fluminense como o Corcovado, o Cristo Redentor e o Pão de açúcar. A imagem é multicolorida, com predominância do verde por ser a cor de destaque da bandeira nacional e lembrar as paisagens do Rio. Para sua realização, foram feitos estudos sobre na identidade do Brasil presente no Rio. Além das quatro outras cidades do futebol: Belo Horizonte, São Paulo, Brasília e Salvador

Medalhas

Serão quase 100 mil pessoas envolvidas diretamente na organização do evento, até 60 mil voluntários, 36 mil colaboradores terceirizados e quatro mil funcionários. Isso sem levar em conta os serviços indiretos, como hotéis, restaurantes. E são esperadas quase 500 mil pessoas no Rio, entre jornalistas e turistas e aproximadamente 10 mil atletas.

A dois anos da Cerimônia de Abertura das Olimpíadas do Rio, o objetivo do Brasil é dar um salto agressivo na classificação geral, deixando o 15° lugar para figurar no top 10. O número parte de 27 medalhas, 10 a mais do que a melhor campanha da história - sem contar o total de ouros -, em Londres 2012. O que pelo estudo representaria a necessidade de ter medalhistas em até 15 modalidades. Para o COB, o ano-chave, capaz de dar um bom retrato do cenário internacional e do que poderá ser a campanha brasileira, será 2015. O Brasil trabalha para repetir a teoria da vantagem em casa. Na história olímpica, os países-sede deram um salto de qualidade no quadro de medalhas devido ao investimento na preparação. Nas duas edições anteriores, China e Grã-Bretanha brilharam. Os chineses passaram de um total de 63 pódios (32 ouros) para 100 (51), em 2008. Já os britânicos saíram de 47 (19 ouros) para 65 (29).

Identidade Visual

Em tópicos

Números das Olimpíadas

A identidade visual das Olimpíadas consiste na decoração de todos os ambientes e instalações da competição. O projeto foi desenvolvido pelas equipes de design e gestão de marca do Comitê

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Serão 18 dias de competição São esperados 380 mil visitantes estrangeiros 55% dos locais de competição já estão prontos para o evento


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ESPORTES

Balanço da Copa do Mundo FIFA 2014

COPA DO

MUNDO Evento supera previsão inicial e atrai um milhão de estrangeiros >> O volume de turistas estrangeiros no Brasil durante a Copa do Mundo de 2014 superou a marca inicialmente prevista (600 mil) e alcançou o patamar de 1 milhão. Os dados estão sendo muito comemorados pelo Governo. “Vivemos nesses dias uma festa fantástica. Mais uma vez o povo brasileiro revelou toda sua boa capacidade de receber. Mais uma vez, os brasileiros, o governo federal, os governos estaduais, os prefeitos das 12 cidades-sede e, sem sombra de dúvidas, os torcedores e todos os amantes do futebol, asseguraram uma festa que, tenho certeza, foi uma das mais bonitas

do mundo”, disse a presidente Dilma Rousseff. Já Vinícius Lages, ministro do Turismo, destacou os avanços do Pronatec e os financiamentos que permitiram a ampliação da oferta hoteleira no país. “Creio que eventos desta magnitude são importantes para a economia do país. Fomos reconhecidos pela imprensa francesa como a melhor das Copas”, explicou. O dirigente destacou uma pesquisa com 6,2 mil turistas sobre a experiência. “Desse total, 61% deles visitaram o país pela primeira vez. Tivemos 202 países representados e pudemos verificar que

Copa elevou ocupação dos resorts brasileiros A Copa do Mundo foi um bom negócio para o segmento de resorts. A taxa de ocupação em junho ficou em 43%, um acréscimo de 9% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo a Associação Brasileira de Resorts (Resorts Brasil). O aumento se deve, sobretudo, pela presença de seleções e suas delegações no país. Os empreendimentos localizados próximos às cidades-sede foram os que mais se beneficiaram, segundo a Associação Brasileira de Resorts. “De forma geral, os resorts tiveram um junho acima da média. Porém, foi uma alta localizada. O Nordeste e o Sudeste tiveram uma performance melhor que a do Sul”, afirma Daniel Guijarro, presidente da Resorts Brasil. No ano passado, 1,45 milhão de pessoas se hospedaram em resorts no Brasil, das quais 164,8 mil eram estrangeiros. A Resorts Brasil, que reúne os maiores empreendimentos do gênero no país, aposta em mercados como Alemanha, Holanda, Chile, Argentina, Colômbia e Uruguai.

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83% reconheceram que suas expectativas foram superadas e 95% querem voltar”. O ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, completou: “A Copa foi um sucesso e foi a melhor de todas as edições já realizadas”. O dirigente destacou a segurança e a acolhida do povo brasileiro aos turistas. Lamentou o fracasso do desempenho da seleção que classificou como “tragédia”. Em 2010, cerca de 1,4 milhão de estrangeiros entraram na África do Sul no período da Copa, sendo 310 mil exclusivamente para o evento. Em 2006, na Alemanha, foram cerca de dois milhões, metade atraída pelo Mundial.

Economia Os estrangeiros nunca gastaram tanto no país quanto na Copa do Mundo. De acordo com balanço divulgado pelo Banco Central, os visitantes internacionais deixaram no Brasil US$ 1,406 bilhão, se somados os meses de junho completo e julho até o dia 23. O valor é 41,59% superior aos gastos feitos nos dois meses completos do ano passado (US$ 993 milhões). A Visa revelou os gastos dos turistas internacionais com todos os produtos da empresa, incluindo crédito, débito e cartões de pagamento pré-pagos durante a Copa do Mundo no Brasil. Durante os 32 dias do evento (12 de junho a 13 de julho), os visitantes internacionais movimentaram U$380 milhões com seus cartões Visa no Brasil, um aumento de 143% em relação ao mesmo período do ano passado. Os turistas gastaram ainda US$ 122 milhões a mais se comparado à Copa da África do Sul, em 2010 (11 de junho a 11 de julho de 2010), onde U$ 258 milhões foram movimentados com cartões Visa.


ESPORTES

Balanço da Copa do Mundo FIFA 2014

Filipe Costa / Riotur

Números finais do Mundial Grande movimentação nos cartões-postais O Cristo Redentor recebeu 295.917 visitantes durante a Copa do Mundo. A segunda semana do evento quase bateu o recorde de visitação da Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Foram 73.716 visitantes entre 16 e 22 de junho no Mundial contra os 74.021 pessoas durante o evento religioso. O Corcovado tem uma média de cinco mil turistas por dia, mas durante a Copa foram registrados picos de até 12 mil visitantes/dia. Com uma média diária de três mil turistas por dia na alta temporada, o Bondinho do Pão de Açúcar também não ficou para trás. Na Copa, o atrativo turístico recebeu 174.830 visitantes, sendo o recorde de oito mil turistas em um único dia.

Mais de 1 milhão de estrangeiros de 202 países estiveram no Brasil Os turistas estrangeiros permaneceram em média 13 dias no país Cerca de 95% dos estrangeiros que vieram ao Brasil pretendem voltar no futuro 64% dos ingressos foram alocados para brasileiros e 36% para estrangeiros 378 municípios brasileiros foram visitados por estrangeiros Espaços das Fan Fests receberam 5,1 milhões de pessoas para os jogos Cerca de 16,7 milhões de passageiros estiveram nos aeroportos brasileiros Na aviação, o índice médio de pontualidade do período nas cidades-sede foi de 92,54%

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Fotos: SETUR

Recife

Pernambuco

>> Do Litoral ao Sertão, Pernambuco enche os olhos de seus visitantes devido sua grande oferta de atrativos turísticos e beleza natural. Com uma costa de cerca de 187 km de extensão, as praias são apreciadas por suas águas mornas e cristalinas. Cenários convidativos e paradisíacos como Tamandaré e Porto de Galinhas são apenas alguns dos inúmeros atrativos que se sobressaem. A importância histórica do local, marcado por prédios antigos e tombados, que contam um pouco do passado do Brasil, assim como suas tradições culturais, a exemplo dos festejos carnavalescos e juninos, regados a muito frevo, aliados à gastronomia única, fazem deste estado um dos preferidos tanto pelos brasileiros quanto pelos turistas estrangeiros.

No Recife Antigo, bairro mais tradicional da capital pernambucana, um verdadeiro polo cultural e de animação presenteia os visitantes com bares, restaurantes, boates e feirinha de artesanato. É neste local que está o Marco Zero da cidade. A capital do estado também se destaca pelo turismo de Sol e Praia. A praia de Boa Viagem é famosa no mundo inteiro por suas piscinas naturais e suas deliciosas águas mornas e transparentes. O Museu Cais do Sertão, no Bairro do Recife, conta com a ajuda da tecnologia para guiar os visitantes através da obra do cantor e compositor Luiz Gonzaga e da cultura do Sertão. Já o Museu Paço do Frevo é um espaço para perpetuar a riqueza de um dos principais ícones da identidade pernambucana, reconhecido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como patrimônio cultural e imaterial brasileiro: o frevo.

Turismo de Lazer

Entre praias e falésias, zonas urbanas e locais praticamente intocados, o litoral de Pernambuco representa o principal atrativo turístico do estado. O arquipélago de Fernando de Noronha, formado por 21 ilhas, é um paraíso para os turistas que apreciam o Turismo Ecológico e de Aventura. Praias de água cristalina, enseadas, baías, rochedos, grutas, corais, trilhas e áreas para mergulho submarino, são apenas algumas das opções da região. Já para os sedentos por cultura, o Sítio Histórico de Olinda é uma atração à parte. A cidade recebeu o título de Patrimônio Cultural da Humanidade, concedido pela Unesco, e de primeira capital brasileira da cultura. Suas ladeiras contribuem para o charme da cidade, que também é palco de uma das festas mais populares do Brasil: o Carnaval. No Agreste pernambucano está o paraíso dos esportes radicais.

MICE

Piscinas naturais de Porto de Galinhas, Carnaval em Recife e a Baía dos Porcos, em Fernando de Noronha

SERVIÇO Capital: Recife Região: Nordeste Clima: Tropical Atlântico no litoral e Semiárido no interior Site: www.empetur.com.br/web/setur Telefone: (55-81) 3182-8300

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O segmento de Eventos e Negócios vem crescendo muito nos últimos anos, e assumindo uma importante posição junto aos meses da baixa temporada de Pernambuco. Em Recife, uma nova campanha de marketing do Recife Convention & Visitors Bureau foi lançada para divulgar o Turismo de Negócios na cidade. O foco é mostrar que o estado é um dos mais preparados no país para receber viajantes deste segmento. Segundo pesquisa realizada pelo Recife CVB, 92,5% dos participantes de eventos realizados em 2013, na Região Metropolitana do Recife, afirmaram ter intenção de voltar a Pernambuco.


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Rita Barrreto/Bahiatursa

Salvador

Considerada uma das cidades mais negras fora da África, Salvador concentra uma grande diversidade étnica, marcada pela sua herança africana. No Centro Antigo estão os principais atrativos religiosos, como a Igreja e o Convento de São Francisco, além do famoso Pelourinho. Artesanato, manifestações populares e a tradicional culinária afro-baiana também são encontradas com facilidade no Mercado Modelo e na Feira de São Joaquim, na Cidade Baixa. Já a praia da Barra é o local ideal para descansar das intensas festas que acontecem todas as noites na cidade.

Bahia

Turismo de Lazer

>> Um dos destinos mais procurados no Brasil, a Bahia é conhecida pelo seu Axé, pelas pessoas calorosas, por sua dança, cultura marcante e gastronomia única. Um estado colorido, que contagia com sua festa e alegria. As praias estão entre as mais belas do país e atraem, todo os anos, milhares de visitantes. Cachoeiras, riachos, trilhas em meio a mata atlântica e cidades históricas tombadas pela Unesco também compõem o cenário do estado. Conhecer a Bahia é se aventurar na cultura brasileira. Na Bahia vale degustar o acarajé, provar da melhor cocada e experimentar a autêntica moqueca baiana, regada a muito dendê. Certamente esse estado tem muito a oferecer aos seus turistas. Ministério do Turismo

A Bahia também é palco de rara beleza, onde a natureza reina absoluta e agracia os visitantes com todo o seu encanto. Com 90 quilômetros de praias, Porto Seguro é um dos destinos mais procurados. É onde começa o roteiro da Costa do Descobrimento. Formado pelos municípios de Porto Seguro, Santa Cruz Cabrália e Belmonte, a região é considerada o berço da história e da cultura brasileira. Tombada como patrimônio da humanidade, são 150 km de litoral, com lugares intactos desde 1500. Seus atrativos variam desde inúmeras atividades de Ecoturismo e passeios náuticos a hospedagens em pousadas de charme. Trancoso, Morro de São Paulo e Chapada Diamantina são outros exemplos de lugares imperdíveis.

MICE

Praia de Trancoso, em Porto Seguro e toda natureza da Chapada Diamantina

SERVIÇO Capital: Salvador Região: Nordeste Clima: Tropical Atlântico no litoral e Semiárido no interior Site: www.setur.ba.gov.b/ Telefone: (55-71) 3116-4131

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Ao contrário do que muitos imaginam, a Bahia não é só lazer. É também capital dos negócios. O Turismo Corporativo tem registrado um crescimento contínuo nos últimos anos. No ranking da International Congress and Convention Association (Icca) divulgado este ano, a capital baiana ocupa o oitavo lugar entre as 10 cidades brasileiras que mais promoveram eventos padrão Icca em 2013. A hotelaria conta com centros de convenções equipados e o Convention and Visitors Bureau de Salvador e Região Norte captou 57 eventos no ano passado, dos quais 10 foram internacionais.


Setur CE

Fortaleza

A capital cearense proporciona uma variedade de opções para quem busca diversão. Em Fortaleza, o turista encontra verdes mares e céu azul. Com temperatura média de 27° C, o destino possui o clima perfeito para um mergulho nas águas mornas da bela Praia do Futuro, cuja principal atração, além do mar, são as inúmeras barracas ao longo da areia que oferecem uma gastronomia diversificada. Praia de Iracema, Barra do Ceará, Praia do Náutico, Praia do Mucuripe e Praia do Meireles são outras opções que se destacam entre as preferidas dos visitantes. A ponte Metálica, cartão-postal da cidade, é uma excelente opção para ver o pôr do sol. Caminhar pelo calçadão da Av. Beira Mar ou passear de barco pela orla são algumas opções para quem visita Fortaleza.

Ceará

>> O Ceará é o estado brasileiro com mais dias de sol por ano, sendo os meses de outubro a fevereiro os mais quentes e ideais para aproveitar as dezenas de praias e os 25 km de orla que o destino oferece. O estado é conhecido nacionalmente pela beleza de seu litoral, pela religiosidade popular e pela alegria e receptividade de seu povo, que dá as boas vindas aos turistas nacionais e internacionais. A jangada, ainda comum ao longo da costa, é considerada um dos maiores símbolos do povo e da cultura cearense. O estado também é muito procurado por seus festejos, recheados de comidas típicas, músicas, roupas tradicionais e muita diversão. É durante os meses de junho e julho que o Ceará recebe as festas juninas em homenagem a São João, sendo um dos estados com o maior número de comemorações do país.

Turismo de Lazer

As praias são o principal produto turístico do Ceará, com seu céu claro, o leve balanço das palhas do coqueiro e o barulho relaxante das ondas do mar quebrando na areia. Entre os destinos mais famosos do Ceará estão Jericoacoara, Canoa Quebrada e Cariri. O primeiro é um verdadeiro tesouro para os aventureiros. Graças aos seus ventos constantes, as praias do Litoral Oeste são excelentes para a prática de surf, windsurf e kitesurf. Já as dunas possibilitam a prática de sandboard. Em Canoa Quebrada, falésias e dunas avermelhadas, de até trinta metros acima do nível do mar, se elevam imponentes criando um cenário único. Marcado por sua vila de pescadores e sua beleza rústica, o local rejuvenesce o espírito. Já o Cairiri é ideal para a prática de Ecoturismo. Encravado na Chapada do Araripe, Cairiri é o berço da cultura nordestina, sendo um destino plural. Uma mistura de costumes, lendas, belezas, crenças e sabores.

MICE

Praia de Canoa Quebrada, bairro de Iracema, em Fortaleza, e a Pedra Furada, em Jericoacoara

SERVIÇO Capital: Fortaleza Região: Norte Clima: Tropical (região litorânea) e semi-árido (interior) Site: www.setur.ce.gov.br / www.fortaleza.ce.gov.br/turismo Tel: (55-85) 3101- 4669 / (55-85) 3255-8300

O Centro de Eventos do Ceará já recebeu mais de 220 encontros, incluindo shows, convenções e feiras. Os reflexos do impulso no Turismo de Negócios, após a inauguração do complexo, se traduzem no surgimento de novos hotéis e empresas especializadas no segmento de serviços voltados a convenções e feiras. O PIB também cresceu 1% e o setor de eventos 300% nos últimos três anos. No ranking da International Congress and Convention Association (Icca) divulgado neste ano, Fortaleza, que em 2012 ocupava a 15ª colocação, subiu sete posições no ano passado.

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Luiz Eduardo Vaz

Maceió

Os cartões-postais mais tradicionais de Maceió, capital de Alagoas, são as praias de Pajuçara e Ponta Verde, que contam com uma boa infraestrutura para os turistas e paisagens belíssimas. O passeio mais tradicional é para as piscinas naturais, mas para chegar até elas é necessário contratar os serviços de um jangadeiro. Chegando lá, águas mornas e cristalinas represadas por corais dão visibilidade para milhares de peixinhos coloridos. A cidade conta ainda com outras praias, como Jatiúca, Cruz das Almas, Jacarecica, Guaxuma, Riacho Doce, Mirante da Sereia e Ipioca.

Turismo de Lazer

Alagoas

>> O turismo é uma das principais atividades econômicas do Alagoas. A cor do mar de Alagoas é quase que indescritível. Por vezes azul, por vezes verde, e em muitos momentos e lugares uma variação de tons entre essas duas cores. Além das praias, outros pontos de atração turística se destacam. Na capital, vale conhecer o Museu Théo Brandão, para conhecer a história alagoana, o bairro de Jaraguá, onde estão construções antigas e históricas, a Catedral Metropolitana de Maceió, o Palácio Floriano Peixoto e o Pontal da Barra, onde é possível ter contato com artesanato local.

As suas belas praias e piscinas naturais, com águas mornas e areia fina, estão entre os principais atrativos. Ao norte do estado está a Costa dos Corais. Carro Quebrado e São Miguel dos Milagres são praias com pouca movimentação, que atraem visitantes em busca de tranquilidade. A 130 quilômetros de Maceió está a badalada Maragogi, o segundo destino mais procurado de Alagoas. Com uma rede hoteleira que agrega resorts e pousadas aconchegantes e charmosas, a antiga vila de pescadores chama a atenção pelas suas piscinas naturais. Entre os passeios imperdíveis estão as chamadas Galés, localizadas a 6 quilômetros da costa. O sul do estado, o destaque é a Praia do Francês, localizada em Marechal Deodoro, que já foi capital de Alagoas. A 20 quilômetros de Maceió, ela é uma das mais frequentadas e se destaca pela estrutura, que inclui restaurantes e bares rústicos. Há ainda, a 34 quilômetros de Maceió, Barra de São Miguel, e a 45 quilômetros, a praia do Gunga, também muito procuradas pelos visitantes.

MICE

São Miguel dos Milagres, mergulho com snorkel e banho nas águas cristalinas de Alagoas

SERVIÇO Capital: Maceió Região: Nordeste Clima: Tropical quente Site: www.turismo.al.gov.br Telefone: (55-82) 3315-5700

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Alagoas possui um moderno centro de convenções, o Centro Cultural e de Exposições de Maceió, que foi projetado com o que há de melhor em infraestrutura de suporte. Com um pavilhão de feira de aproximadamente 7.400 m², o espaço está preparado para receber desde pequenos até megaeventos. No interior do Centro Cultural fica o teatro Gustavo Leite, com capacidade para 1.270 pessoas sentadas. A rede hoteleira também está bem equipada para receber pequenos e médios eventos. O Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares é um dos mais modernos do Brasil, oferecendo serviços com excelência, sendo referência em acessibilidade.


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Cacio Murilo

João Pessoa

Uma das menores e mais antigas capitais do Nordeste, João Pessoa reúne ruas arborizadas, povo hospitaleiro, belas praias e badalação light. Com natureza impecável e mar azul turquesa, a capital da Paraíba se destaca por suas nove praias cristalinas e belíssima arquitetura. Considerada pela ONU uma das cidades mais verdes do mundo, João Pessoa possui parques que preservam a beleza natural brasileira. Embora emoldurada por uma bela orla, a cozinha da capital não se limita aos frutos do mar. As receitas do sertão, à base de carne de sol e de bode, macaxeira, arroz de leite, feijão-de-corda e manteiga de garrafa, também tem seu lugar na mesa. Para a sobremesa, dá-lhe rapadura!

Paraíba

>> O litoral do estado da Paraíba, com cerca de 130 km de extensão, está entre os mais belos do Brasil, com muitas praias tranquilas, areia fina e coqueirais. O interior faz parte do sertão do Nordeste, onde predomina a caatinga. As paisagens mais rústicas e bonitas, entretanto, encontram-se no litoral Sul. Águas mornas, areias douradas, muito azul, verde, água de coco e gente interessante. É lá que está Tambaba, o mais consagrado endereço naturista do Brasil. Já o litoral Norte é point dos surfistas. As águas formam excelentes ondas. Quem viaja com crianças deve incluir no roteiro um mergulho nas piscinas naturais de Picãozinho, repletas de peixes coloridos.

Turismo de Lazer

Na região onde praia e sol andam de mãos dadas, os turistas aproveitam o clima tropical e se concentram, principalmente, nas praias urbanas de Tambaú, Manaíra e Cabo Branco, com barracas, bares e restaurantes. Na capital o turista pode conhecer ainda um rico acervo histórico arquitetônico que guarda imponentes construções barrocas datadas do século 16. A devoção, ainda nos dias de hoje, é bastante forte e representada pelo espetáculo da Paixão de Cristo, que atrai fiéis e turistas na Semana Santa. O frevo e maracatu animam o pré-carnaval nas ruas de João Pessoa e o forró marca presença nas festas juninas. A lagoa no centro do Parque Sólon de Lucena é um dos cartões-postais da cidade.

MICE

Praia de Tambaú, Praia de Ponta do Seixas e a arborizada cidade de João Pessoa

SERVIÇO Capital: João Pessoa Região: Nordeste Clima: Tropical úmido no litoral e semi-árido no interior Site: www.setde.pb.gov.br / www.pbtur.pb.gov.br Telefone: (55-83) 3218-4400 / (55-83) 3218-9852

54 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo

Gramado

Novembro 2014

João Pessoa está na lista dos destinos corporativos. A capital da Paraíba está entre as 15 cidades brasileiras que mais realizam eventos internacionais, segundo o ranking da International Congress and Convention Association (Icca). Não é a toa que já é possível visualizar grandes investimentos no segmento MICE. Um exemplo é a evolução da infraestrutura constatada pelo estado durante os últimos anos. A cidade oferece um aeroporto internacional renovado e um recém-inaugurado centro de convenções e exposições. O Novo Centro de Convenções Poeta Ronaldo Cunha Lima, com capacidade superior a 10.000 pessoas, lidera a lista dos principais empreendimentos para receber médios e grandes eventos. O Espaço Cultural José Lins do Rêgo e o Centro de Convenções Tropical Hotel Tambaú integram uma lista recheada de opções.


Brasília

Capital federal, Brasília não é apenas a cidade do poder com seus majestosos monumentos. O destino tem roteiros ecológicos belíssimos que agradam a todos. O Cerrado é a vegetação típica da região e é adaptado ao clima seco, apresentando flora e fauna diferenciadas. Um dos grandes destaques do turismo de Brasília são os passeios em parques urbanos e nos arredores da cidade, onde podem ser visitadas fazendas e cachoeiras. A capital federal com sua arquitetura moderna foi planejada também com muitas áreas verdes. O Jardim Botânico, único jardim no cerrado, desenvolve vários projetos de conservação e é o lugar ideal para passar o dia e apreciar a abundante fauna.

Turismo de Lazer

Distrito Federal SeturDF

Gov DF

>> A capital do Brasil é um marco da arquitetura e urbanismo moderno. Entre os monumentos que merecem destaque estão as construções projetadas por Oscar Niemeyer, arquiteto centenário consagrado, entre eles o Palácio da Alvorada, o Palácio Itamaraty, o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e a Catedral Metropolitana. Impossível, porém, não incluir no circuito o Templo da Boa Vontade, a Feira dos Importados, a sede do Ministério Público, do Superior Tribunal de Justiça e a Ponte JK, premiada como uma das mais bonitas do mundo. Reserve seu tempo para outras atrações que devem ser visitadas na capital, como o Teatro Nacional Cláudio Santoro, o Centro Cultural da República e o Memorial dos Povos Indígenas, todos projetados por Niemeyer.

Ir de encontro à natureza, praticar esportes, ver de perto uma caverna e andar em uma gruta. São privilégios para quem deseja fazer ecoturismo nas diversas trilhas e cavernas na região que circunda o Distrito Federal, não muito distante de Brasília. Um bom exemplo é a Chapada Imperial. Uma propriedade particular cortada pela Chapada da Contagem, que dá origem a mais de 30 quedas d’água que, no quesito beleza, não perdem em nada para cachoeiras dos estados vizinhos. O contato direto com a natureza é um dos diferenciais. Uma parceria com o Ibama permite a criação de animais silvestres. O local é ideal para a prática de esportes radicais como o rappel, trekking e arvorismo. Sem praias, o Distrito Federal dispõe de cachoeiras, córregos, rios, lagos e lagoas.

MICE

Palácio do Planalto, Catedral Metropolitana e passeio de bike pelo Cerrado de Brasília

SERVIÇO Capital Federal: Brasília Região: Centro-Oeste Clima: Tropical Sazonal Site: www.setur.df.gov.br Telefone: (55-61) 3364-9102

A cidade de Brasília dispõe de auditórios, clubes sociais, estádios, ginásios de esportes, salas e espaços em hotéis, business centers, salões de festa, salas de espetáculo, parques de exposição e mansões para encontros. A capital brasileira possui 460 pontos para eventos de todos os tipos e dimensões. No centro da cidade está o Centro de Convenções Ulysses Guimarães, com 54 mil metros quadrados distribuídos em três alas e com capacidade para 9,4 mil pessoas. O espaço, totalmente reformado e ampliado em 2005, está entre os três maiores do Brasil e conta com equipamentos de última geração. Fica a menos de 1 km dos setores hoteleiros e a 15 minutos do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek.

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Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 55


Rico

Campo Grande

Cidade limpa, organizada, planejada e arborizada. Não, não estamos falando de nenhuma região europeia. Essa é a cidade de Campo Grande, que tem seus costumes fracionados e misturados entre as tribos indígenas, com um belo artesanato que engloba peças de cerâmica, madeira e as coloridas tapeçarias, e o vizinho Paraguai, com sua influente e exótica culinária que vai desde a chipa - espécie de pão de queijo - e a sopa paraguaia - que na verdade mais se parece com uma torta salgada. Um dos pratos que mais chamam a atenção é o Sobá, macarrão com omelete desfiado. A receita é japonesa e está presente no estado desde o início do século 20.

Mato Grosso do Sul >> Flutuação em águas cristalinas, trilhas ecológicas, passeios de barco noturnos, observação de pássaros; são diversas as atividades que o Mato Grosso do Sul oferece aos turistas interessados em imergir completamente na natureza. Paisagens de biomas como o Pantanal e o Cerrado são deslumbrantes e frágeis, por isso, o cuidado com a sustentabilidade desse paraíso natural é uma preocupação de governantes, empresários e moradores do estado. O Mato Grosso do Sul é considerado referência nacional em ecoturismo, prática que consegue aliar visitações turísticas ao cuidado integral com o meio ambiente.

Turismo de Lazer

Guto Moreira

Além do famoso City Tour para conhecer as particularidades de Campo Grande, a visita ao Parque das Nações Indígenas pode se tornar um bom passatempo. Lá é possível dar uma caminhada tranquila e, com um pouco de sorte, ver animais como tatu, quati e capivaras. O Museu de Arte Contemporânea e o Museu das Culturas Dom Bosco, com bom acervo sobre os povos indígenas, também se encaixa no roteiro pela capital. Conhecida como a “capital brasileira do ecoturismo”, Bonito é um município com diversas atrações para quem gosta de estar em contato com a natureza e praticar atividades como mergulho, rapel, ciclismo e cavalgada.

MICE Vista Aérea do Pantanal do Mato Grosso do Sul e o Parque das Nações, em Campo Grande

SERVIÇO Capital: Campo Grande Região: Centro-Oeste Clima: Subtropical, tropical de altitude e tropical Site: www.turismo.ms.gov.br Telefone: (55-67) 3318-7600

56 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo

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Novembro 2014

Em Bonito, a infraestrutura para eventos é completa, com vários tipos de acomodação, um moderno centro de convenções e acesso por ar e por terra. O principal pilar MICE da cidade está instalado no Centro de Convenções de Bonito, que pode receber até 2000 pessoas. Ainda no espaço, cinco auditórios e um grande pavilhão de exposições, ambos climatizados, completam a oferta. Além disso, é possível encontrarmos salas multiuso, restaurantes, amplo estacionamento e área verde.


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Manaus

Manaus é a capital do estado e abriga uma boa parte da Floresta Amazônia. Este fato por si só já seria um belo motivo para conhecer o destino, mas o que não faltam são atrativos turísticos a esta cidade que une uma rica cultura, modernidade e natureza. Além de ser palco do encontro das águas do Rio Negro e do Rio Solimões, Manaus tem também um dos teatros mais imponentes do Brasil, o Teatro Amazonas. São esses contrastes que fazem deste um destino especial. O Teatro Amazonas foi inaugurado em 1896. Ainda na capital, que tal pegar uma praia? Claro, não é uma praia tradicional, a praia de Ponta Negra é fluvial e fica às margens do Rio Negro. O entorno conta com um amplo calçadão, restaurantes e um mirante, além de ciclovia e quadras poliesportivas.

Amazonas

>> O estado do Amazonas possui o cenário perfeito para quem busca Aventura e Ecoturismo. Através de cruzeiros, todos os passeios nos rios da Floresta Amazônica levam para paisagens deslumbrantes em um dos ecossistemas mais bonitos do mundo. Tais quais desbravar os rios Amazonas, Negro e seus principais afluentes. Para quem deseja sentir como é diferente viver uns dias na selva Amazônica, os hotéis de selva são as melhores opções. São construções feitas com base nas características arquitetônicas regionais. Em termos de cultura, o Amazonas também se destaca através do Festival de Parintins, por exemplo, uma das maiores manifestações folclóricas do Brasil.

Turismo de Lazer

Ao norte de Manaus, localizado a 107 quilômetros, com acesso pela BR 174, o município de Presidente Figueiredo compreende reservas ecológicas, reservas indígena (Waimiri Atroari), sítio de mineração, a usina hidroelétrica de Balbina (distante 70 km de Figueiredo), cavernas, grutas, lagos, rios, igarapés e muitas cachoeiras e corredeiras. É possível também fazer algumas trilhas demarcadas em extensas áreas de floresta e pescar no Lago da hidrelétrica. Também em Presidente Figueiredo, a gruta do Maroaga é ponto de visitação de turistas que procuram aventura na Floresta Amazônica. Para chegar nela é preciso ainda caminhar um bom tempo por uma trilha na mata até chegar a boca da gruta. A entrada da caverna tem mais de 30 metros de altura e um filete de água cristalina escorre filtrado pelos sedimentos e pelas raízes da vegetação. O lugar é também preferido pelos amantes do rapel que descem pendurados em cordas do ponto mais alto até tocarem o solo.

MICE

Cachoeira na cidade de Presidente Figueiredo e o desfile dos Bois Garantido e Caprichoso no Festival de Parintins

SERVIÇO Capital: Manaus Região: Norte Clima: Equatorial úmido Site: www.amazonas.am.gov.br / www.visitamazonastour.com Telefone: (55-92) 2123-3800

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Novembro 2014

Os eventos em Manaus receberam uma casa nova com a inauguração, em julho de 2014, do Centro de Convenções do Amazonas Vasco Vasques. O complexo recebeu investimentos de R$ 47,69 milhões, financiados pelo governo estadual e pelo Ministério do Turismo. O local possui oito mil metros quadrados e capacidade para até 4,5 mil pessoas. O projeto inicial sofreu alterações para que o centro de convenções tivesse acesso integrado à Arena da Amazônia, estádio onde foram realizados jogos da Copa do Mundo e que fica ao lado do Sambódromo de Manaus e da Arena Poliesportiva Amadeu Teixeira.


Jean Barbosa

Belém

A cidade de Belém tem inúmeros atrativos culturais e históricos, como o famoso complexo Ver-o-Peso, a Basílica Santuário de Nossa Senhora de Nazaré e o Forte do Presépio. Para quem busca diversão, destaque para a Estação das Docas, que possui bares e restaurantes e atrai tanto visitantes quanto moradores de Belém. Mas a capital paraense também é um destino bastante procurado pelos amantes de ecoturismo. Explicase: mesmo sendo uma metrópole, sua geografia peculiar, entrecortada pelos rios Amazonas, Maguari e Guamá, resulta em uma série de reservas naturais ao redor da cidade. Dentro do perímetro urbano está o Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi, fundado em 1895 e instalado em uma área de 5,2 hectares.

Pará

Turismo de Lazer

Jean Barbosa

Adriana Vilhena /Paratur

>> Diversidade Cultural. É assim que podemos definir o estado mais populoso do Norte brasileiro, com atuais 7,8 milhões de habitantes, e que traz a todos os turistas aspectos da profunda religiosidade da região, tendências dos países vizinhos, uma natureza exuberante com encontro de rios, praias, fauna e flora, e claro, uma exclusiva e saborosa gastronomia. Estamos falando do Pará, que investe significativamente em atividades religiosas, acreditando ser o principal pilar da promoção turística da região, sem deixar de lado a sua musicalidade, culinária, natureza exuberante e o folclore, marcas registradas do estado.

A ilha de Marajó está entre os mais importantes cenários ecológicos do Brasil. Com cerca de 3 mil ilhas e ilhotas, é o maior arquipélago flúvio-marítimo do planeta e uma Área de Proteção Ambiental (APA). O viajante tem a oportunidade de se hospedar em fazendas tradicionais e viver experiências radicais, enfrentando as ondas da pororoca, por exemplo. Na ilha, o turista poderá conhecer uma diversidade de fauna e flora que a tornam um dos destinos turísticos mais cobiçados do Pará. Um dos principais cartões-postais do estado, o Marajó é o destino ideal para quem também aprecia uma rica culinária, complementada com queijos de leite de búfala, além de uma enorme variedade de peixes e frutas.

MICE Complexo Feliz Lusitânia, em Belém; búfalos em Marajó; e Alter do Chão, em Santarém

SERVIÇO Capital: Belém Região: Norte Clima: Equatorial Site: www.paraturismo.pa.gov.br Telefone: (55-91) 3223-8193 / 3212-0575

O estado do Pará possui estrutura completa para sediar eventos através do Hangar Convenções e Feiras da Amazônia. O espaço situado em Belém tem capacidade para abrigar reuniões e feiras de diferentes portes. É lá que acontece a Feira Internacional de Turismo da Amazônia (FITA). O município de Marabá, que fica a cerca de 500 quilômetros da capital, terá o segundo maior Centro de Convenções e Eventos do estado. O novo centro já tem 50% de suas obras concluídas.

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Robert Serbinenko

Belo Horizonte

Minas Gerais

Fotos: Sérgio Mourão - Acervo SETUR/MG

>> Minas Gerais é um grande estado, mas ainda guarda suas raízes. Oferece aos seus visitantes cultura, variedade de atrativos naturais e um rico patrimônio histórico. Suas cidades contam a história do país, como por exemplo, Diamantina, Ouro Preto, Tiradentes. Além do famoso Triângulo Mineiro, que tem Uberlândia e Uberaba como principais cidades. “Beagá”, como a capital é chamada por seus moradores, possui botecos espalhados por toda parte da cidade, sempre com o famoso pão de queijo, o torresmo e a conhecida cachaça mineira.

Belo Horizonte é a capital de Minas Gerais e possui aproximadamente 2,4 milhões de habitantes. Com forte impacto cultural, econômico e político, BH é reconhecida nacional e internacionalmente. Em 2014, foi eleita a Capital Brasileira da Hora do Planeta, uma disputa entre cidades que visa amenizar os efeitos das mudanças climáticas. Possui importantes parques, museus e monumentos, tais como o Conjunto Arquitetônico e o Museu de Arte da Pampulha, o Mercado Central, Circuito Cultural Praça da Liberdade, entre outros. A cidade é hoje um dos maiores polos industriais do país, com empresas de conhecimento nacional nas mais diversas áreas.

Turismo de Lazer

São muitas as opções de lazer e entretenimento no estado. Impossível não viajar no tempo e na história no sobe-e-desce das ladeiras de Ouro Preto. Entre um atrativo e outro, tudo remete ao período colonial - são igrejas que exibem a genialidade de Aleijadinho; minas de ouro exploradas com o suor dos escravos; museus que contam a saga dos inconfidentes. As vizinhas de Ouro Preto também guardam belas relíquias do barroco brasileiro. Enquanto Mariana exibe casario colonial preservado, além de minas de ouro abertas à visitação; Congonhas abriga uma das mais perfeitas obras de Aleijadinho - os 12 profetas, esculpidos em pedra-sabão. Os programas feitos em Tiradentes evidenciam as principais características da região: as riquezas históricas e o clima de cidadezinha do interior de Minas.

MICE

Parque Municipal, Maria Fumaça na Estação de Tiradentes e o Passadiço da Glória, em Diamantina

SERVIÇO Capital: Belo Horizonte Região: Sudeste Clima: Tropical de altitude Site: www.turismo.mg.gov.br Telefone: (55-31) 3270-8501

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Belo Horizonte é a 3ª maior cidade do país e vem se destacando no turismo de negócios por sua capacidade e boa infraestrutura para acomodar os eventos. Possui cerca de 31 áreas prontas para receber congressos, feiras e exibições de diversos setores econômicos. Tem uma grande estrutura hoteleira com 232 hotéis (2 a 5 estrelas), outros em categorias abaixo de 2 e flats. O Minascentro e Expominas se destacam como modernas locações com grande capacidade para realização de eventos. Além de Belo Horizonte, Minas possui outros cinco centros de turismo de negócios: Juiz de Fora, Ouro Preto, Araxá, Uberlândia e Uberaba.


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Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 61


Setur-SP

São Paulo

A cidade que “pulsa” concentra 15% do Produto Interno Bruto (PIB) e 6% da população do Brasil. A cidade possui, nada mais, nada menos, que o maior parque hoteleiro do país, com 42 mil quartos. São mais de 400 mil metros quadrados diários para realização de feiras, exposições e convenções. Números expressivos e que fazem a capital de São Paulo ser, também, a capital da economia, infraestrutura e da abundância de serviços. Além de reuniões, eventos, congressos e tudo o que interessa ao mundo corporativo, São Paulo ainda oferece opções de diversão, gastronomia e entretenimento para todos os gostos, desde os menos exigentes até os mais requintados.

São Paulo

Turismo de Lazer

>> Se a cidade de São Paulo já é grande e com centenas de atividades profissionais e de lazer, imagine o estado inteiro? Com 44 milhões de habitantes espalhados por 645 municípios, São Paulo oferece um leque de rotas e roteiros turísticos que não se reservam apenas a capital. Muito pelo contrário, desde o litoral, com Ubatuba, Taubaté e Santos, até o aconchego de Campos do Jordão é possível encontrar atividades pelo caminho. O Caminho da Fé, o Caminho das Águas Nascentes, o Caminho do Sol, o Circuito das Frutas, Circuito da Mantiqueira são apenas alguns exemplos do segmento de lazer que se espalham por todo o estado. É claro que o mundo corporativo não poderia ficar de fora. O estado tem a segunda maior cidade no mundo dos negócios. O destino recebe mais de 20 grandes eventos por ano e conta com um dos mais completos centros de convenções da América Latina. Setur-SP

Jose Cordeiro

A cidade de São Paulo também é berço da diversão e do entretenimento. Embora muito atrelados à gastronomia, com cerca de 13 mil restaurantes, e às compras, concentradas nos cerca de 80 shopping centers, o lazer em São Paulo também faz o convite para as “nights paulistanas”. São boates, pub’s, restaurantes, pizzarias especializadas e os bairros boêmios conhecidos por habitantes e turistas, como Vila Madalena e Vila Mariana. A arte e a história não ficam de fora dessa. Entre os imperdíveis museus da cidade está o Masp, localizado na Avenida Paulista. Há ainda o Museu do Ipiranga, com objetos da Família Real Portuguesa e de Dom Pedro I, e o Museu do Futebol, atração localizada no Estádio do Pacaembu. E não se esqueça da Fórmula 1 invadindo Interlagos anualmente. O GP Brasil na cidade pode movimentar até R$ 260 milhões este ano.

MICE

Catedral da Sé, Parque da Independência e Teatro Municipal

SERVIÇO Capital: São Paulo Região: Sudeste Clima: Tropical Atlântico; Tropical de Altitude Site: www.cidadedesaopaulo.com / www.spturis.com Telefone: (55-11) 2226-0400

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Novembro 2014

A capital paulista está entre as 10 cidades mais bem colocadas no ranking das Américas – 2013, com 90 mil eventos anuais. Esse mercado é responsável por movimentar R$ 2,4 bilhões por ano só em equipamentos e serviços. Com uma média de uma feira de negócios a cada três dias, São Paulo ainda retém cerca de R$ 8 bilhões em viagens corporativas, meios de hospedagem e traslados. O Calendário de Eventos do São Paulo Convention & Visitors Bureau, sempre repleto, não deixa nenhuma dúvida quanto à vocação de São Paulo para o MICE.


Vitória

Espírito Santo

>> O estado possui uma extensa faixa litorânea, formada por 73 ilhas. O turismo no Espírito Santo está organizado em Rotas Turísticas, com caminhos que levam o turista a desfrutar do litoral, do turismo religioso, náutico, ecoturismo e do agroturismo. Os destinos são divididos em oito rotas, quatro delas com acesso pela capital Vitória, onde fica localizado o principal aeroporto do estado.

A capital é limitada por dois importantes portos: o de Vitória e o de Tubarão, com isso, o turismo de negócios é um dos que mais se destaca, mas a dinâmica econômica da cidade também possibilita o turismo de eventos, o turismo náutico e o turismo gastronômico, no qual o prato mais pedido é a moqueca capixaba. Vitória possui três áreas principais: o Centro (Cidade Alta), onde se concentram as atrações históricas; o bairro Praia do Canto, que concentra hotéis, restaurantes e lojas e a Praia de Camburi, a mais famosa e movimentada da cidade.

Turismo de Lazer

A histórica Vila Velha, orla urbanizada da Praia da Costa e de Itaparica concentra atividades populares. Conceição da Barra e Itaúnas, ao norte, e Guarapari, 65 quilômetros para o sul, têm aproveitado o movimento da capital e atraído mais turistas. Esta última é circundada por pequenas praias, umas mais escondidas e outras mais urbanizadas.

MICE

Vista panorâmica de Vitória, Parque Nacional do Caparaó e a natureza marcante na capital capixaba

SERVIÇO Capital: Vitória Região: Sudeste Clima: Tropical Site: www.es.gov.br Telefone: (55-27) 3636-4360

O potencial turístico é marcado pela infraestrutura da rede hoteleira, restaurantes e espaços para eventos, dos quais podemos destacar os eventos de entretenimento e os eventos culturais e musicais. Em Vitória, no mês de fevereiro, ocorre a Feira Internacional do Mármore e Granito, na qual os hotéis costumam ficar lotados e existe também a Vitória Stone Fair, maior exposição de Rochas Ornamentais do mundo. Um dos espaços mais utilizados é o Pavilhão de Carapina, que foi construído pelo governo do estado para sediar eventos no município de Serra.

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Riotur

Rio de Janeiro

A cidade do Rio de Janeiro dispensa apresentações. A Cidade Maravilhosa é a mais conhecida internacionalmente e serve de referência para a imagem do país. É a segunda maior metrópole do Brasil e tem o 2º maior PIB, somente atrás de São Paulo. Possui aproximadamente 6,3 milhões de habitantes e abriga a maior floresta urbana do mundo, a Floresta da Tijuca. O destino possui uma das sete novas maravilhas do mundo moderno, considerado o símbolo da cidade, o Cristo Redentor. Além disso, sua paisagem foi considerada Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO e tem a maior rota de turismo internacional do Brasil.

Rio de Janeiro

Turismo de Lazer

>> A cidade do Rio de Janeiro é conhecida mundialmente, mas poucos conhecem as belezas por trás das outras regiões do estado, que tem muito a oferecer além das atrações turísticas da capital. O Rio de Janeiro conta com uma vasta costa litorânea, grande diversidade de climas e paisagens e possui opções para todo tipo de público. Na Costa Verde ficam Angra dos Reis e Paraty. Na Costa do Sol destaque para Búzios e Arraial do Cabo. Na Serra Verde Imperial, cidades como Petrópolis e Teresópolis se destacam.

Alexandre Macieira

O Rio de Janeiro conta com as mais variadas opções de lazer. Na capital, temos desde as mais famosas praias, como Copacabana, Leblon e Ipanema, até trilhas ao topo da Pedra da Gávea e Pedra Bonita, para os mais aventureiros. Os atrativos mais procurados e conhecidos são o Cristo Redentor, o bondinho do Pão de Açúcar, o Jardim Botânico e o Maracanã, palco de grandes jogos e eventos. A cidade também oferece diversas opções culturais no Museu de Arte Moderna (MAM), no Theatro Municipal, entre outros. A noite carioca também é muito diversificada, com destaque para Lapa.

MICE

Vista aérea da capital fluminense, as palmeiras imperiais do Jardim Botânico e praia no Arpoador

SERVIÇO Capital: Rio de Janeiro Região: Sudeste Clima: Tropical marítimo Site: www.turisrio.rj.gov.br Telefone: (55-21) 2333-1073

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Novembro 2014

O Rio de Janeiro, cada vez mais, se torna a porta de entrada para os executivos no Brasil. Isso se dá porque uma viagem de negócios consegue ser também uma viagem de lazer, pelas praias e outras atrações. Com isso, o Rio desbancou São Paulo e se tornou a capital de turismo de negócios do Brasil. A capital fluminense sediou a final da Copa das Confederações 2013, alguns jogos e a final da Copa do Mundo 2014 e em 2016 receberá as Olimpíadas e os Jogos Paralímpicos. Com uma infraestrutura diversificada para eventos, tem o Riocentro como principal centro de convenções.


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Florianópolis

Natureza, gastronomia, cultura, agitação e história. Um pouco de cada coisa encontramos na bela Florianópolis, capital de Santa Catarina. Com um território de 436 quilômetros quadrados e com pouco mais de 400 mil habitantes, Floripa, como é chamada carinhosamente pelos amantes dessa cidade, é um destino muito procurado por sua beleza e atrativos variados, com destaque para as inúmeras praias de águas mornas e cristalinas que compõem o litoral do município. Ambientes calmos, rústicos, familiares e badalados compõem um catálogo com mais de 30 opções para se deslumbrar e aproveitar os dias de sol com estilo. Surfistas, crianças, idosos, esportistas e jovens se dividem entre o sossego e as festas mais movimentadas da cidade, que transformam a areia fofa em grandes palcos culturais.

Santa Catarina >> Com 560 km de extensão, o litoral catarinense possui praias belíssimas, com características bem diferentes umas das outras. Algumas estão localizadas em balneários movimentados. Outras, quase desertas, são acessíveis somente por trilhas no meio da Mata Atlântica ou por barco. Para os mais aventureiros, o estado conta com alguns dos melhores pontos do Brasil para a prática do rafting. É o caso do Rio Itajaí-Açu e seus afluentes, no Vale do Itajaí, onde a emoção é garantida. Se é beleza natural e um pouco de tradição que você procura, a diversidade do estado não vai lhe decepcionar. Os cânions catarinenses impressionam por sua grandiosidade. Neste caso, a dica é o turismo rural, com destaque para os passeios a cavalo que podem durar até uma semana.

Turismo de Lazer

Santa Catarina dispõe de diversos parques e centros de lazer e entretenimento, bares, casas noturnas e muitos outros locais para passear, curtir o tempo livre e se divertir. Além das incontáveis praias ideais para descansar com a família e aproveitar os mais belos visuais naturais, ou se aventurar através dos esportes náuticos como surf, kitesurfe windsurf e stand-up paddle. A observação da baleia Franca, que visita o litoral para amamentar os filhotes, também é uma atividade bastante comum pela orla do Estado, em especial na praia do Rosa e na Ilha de Porto Belo. Seja no inverno ou no verão, a cultura europeia é muito presente nas festas tradicionais que acontecem o ano inteiro pelo estado. Festivais de cerveja, danças, músicas e comidas típicas são algumas das atividades desses festejos populares.

MICE

Ponte Hercilio Luz, cartão-postal de Florianópolis, construções em Blumenau e a praia do Forte, na capital catarinense

SERVIÇO Capital: Florianópolis Região: Sul Clima: Subtropical úmido Site: www.turismo.sc.gov.br / www.santur.sc.gov.br Telefone: (55-48) 3212-6300

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Vistos como uma alternativa para compensar o movimento fraco da baixa temporada, os congressos vêm desempenhando um papel indispensável no faturamento do setor. No ranking da Icca, Florianópolis ocupa a 4ª posição no Brasil, empatada com Porto Alegre, com 14 eventos realizados. Além da capital, há boa expectativa de crescimento em outros polos do estado. Balneário Camboriú trabalha com expectativa de expansão de 20% e Joinville vive um bom momento com realização de eventos tradicionais com a revitalização do Expoville. O Centro de Eventos de Canasvieiras, previsto para o fim do ano, teve investimentos de R$ 50,6 milhões do governo estadual, o centro conseguirá receber 3 mil pessoas em um só local.


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Camila Domingues

Porto Alegre

A capital dos gaúchos é também a capital brasileira mais arborizada e oferece excelentes opções para os turistas: são belas paisagens, cultura, entretenimento e lazer. Há coisas imperdíveis para quem quiser conhecer o melhor do destino, como o histórico Mercado Público Central, movimentado espaço de compras e gastronomia, ou os 72 km do Lago Guaíba e seu consagrado pôr do sol. O cardápio gaúcho é diversificado e tem como tradição a carne de charque, o churrasco e as influências sofridas pela imigração italiana e alemã. E o clássico Chimarrão? A bebida característica, feita a base de mate, é um hábito legado. Difícil é encontrar quem não bebe por aqui. Reserve um dia para o famoso citytour. Para quem não sabe, Porto Alegre foi a primeira cidade brasileira a colocar em circulação um ônibus de dois andares panorâmico para passeios turísticos.

Rio Grande do Sul

Turismo de Lazer

>> O Rio Grande do Sul é um dos mais incríveis estados do Brasil, tanto por suas tradições culturais quanto pelos seus recursos naturais. Sua posição geográfica reforça os laços com argentinos e uruguaios, particularizando o estilo de vida dos gaúchos. A capital é Porto Alegre, com 1,5 milhão de habitantes. As cidades da Serra Gaúcha, Gramado e Canela, são clássicas e não poderiam passar despercebidas. Separadas apenas por 8 km, ambas apresentam belezas naturais associadas a uma excelente rede hoteleira e a uma variada gastronomia, fazendo da região um dos destinos turísticos mais desejados no Brasil. Gramado e Canela preservam a cultura nas construções, culinária e festas típicas. Maria Cerny

Alina Souza

Reserve um tempo para visitar o Museu de Ciências e Tecnologia da PUC-RS. O ponto turístico foi vencedor do Travellers’Choice 2014, do Tripadvisor, e mistura conhecimento, divertimento e interatividade. Um dia inteiro é pouco para conhecer todas as atrações do museu, que promete e transforma conceitos de química, física e matemática em brincadeiras com espelhos, sombras e até um leve choque elétrico. Não deixe de conhecer as cidades de Gramado e Canela. Em Canela, não deixe de ir até a Cascata do Caracol, com 131 m de altura, é a mais famosa do Rio Grande do Sul. Entre as belas paisagens do interior, as mais impressionantes estão nos arredores de Cambará do Sul, porta de acesso ao Parque Nacional de Aparados da Serra e à sua grande atração, o Cânion do Itaimbezinho.

MICE

Vista aérea de Porto Alegre, Lago Negro, em Gramado, e Praça da Matriz, na capital gaúcha

SERVIÇO Capital: Porto Alegre Região: Sul Clima: Subtropical úmido Site: www.turismo.rs.gov.br Telefone: (55-51) 3288-5400

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Gramado

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Não só a capital, mas também as cidades próximas possuem uma rede hoteleira diversificada e oferecem espaços para eventos, congressos e convenções. É o caso do Centro de Eventos FIERGS, em Porto Alegre, do Expo Gramado e do Centro de Feiras e Eventos Serra Park, ambos em Gramado, com capacidade para 8 mil, 7 mil e 6 mil pessoas, respectivamente. Outros empreendimentos que se destacam são o Centro de Eventos PUC-RS e o Hotel Plaza São Rafael, ambos em Porto Alegre e com capacidade para até 3 mil pessoas.


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Gramado

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Curitiba

A capital paranaense se destaca pela qualidade de vida e a diversidade de atrativos que começam pela sua grande área verde de 55 metros quadrados por habitante, concentrada nos mais de 25 parques como o Barigui e Tanguá, ruas e bosques. Tudo isso com direito a saborear a rica culinária que se destaca, entre outras coisas, pelos rodízios de massa italianos do bairro de Santa Felicidade. No roteiro dos pontos turísticos o Jardim Botânico, a Ópera do Arame e o Teatro Guaíra fazem parte do programa da Linha Turismo, que é realizada diariamente por ônibus especiais que circulam pelos principais pontos turísticos da cidade. Com ela, é possível conhecer os parques, praças e atrações.

Paraná

>> O Paraná se localiza em um lugar estratégico para o turismo. Faz divisa com Argentina e Paraguai, o que facilita aos brasileiros que pretendem viajar a algum desses países de carro. Além disso, conta também com um grande número de parques nacionais, em principal o Parque Nacional do Iguaçu. O Jardim Botânico de Curitiba possui um dos famosos cartões-postais do estado, a estufa iluminada. O Museu Oscar Niemeyer, por sua vez, tem um anexo em forma de ‘’olho’’ e desperta curiosidade dos visitantes. Os principais destinos são Foz do Iguaçu, por suas cataratas consideradas Patrimônio Natural da Humanidade, Ilha do Mel e a capital, Curitiba.

Turismo de Lazer

O eterno espetáculo das Cataratas é sempre um cenário capaz de tirar o fôlego de quem chega a Foz do Iguaçu. Seja a bordo de botes infláveis ou mesmo por meio das passarelas, não há como ficar indiferente a magia deste cenário localizado no Parque Nacional do Iguaçu. Outros atrativos desta região incluem obrigatoriamente uma visita ao Parque das Aves, bem como a Usina Elétrica de Itaipu. Já o portão de entrada para o litoral paranaense é Paranaguá. De lá se chega às praias que enfeitam a Ilha do Mel. O acesso se dá a partir de Curitiba, seja pela Serra da Graciosa ou pela Serra do Mar. As belas paisagens que enfeitam esse roteiro ficam ainda mais deslumbrantes a bordo da litorina da Serra Express, que diariamente deixe a capital paranaense para um passeio que inclui uma parada na estação de Morretes.

MICE

Cataratas do Iguaçu, Jardim Botânico de Curitiba e Itaipu Binacional, em Foz

SERVIÇO Capital: Curitiba Região: Sul Clima: Frio e úmido Site: www.turismo.pr.gov.br Telefone: (55-41) 3352-6443

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No Paraná, duas cidades se destacam no turismo de negócios: Curitiba e Foz do Iguaçu. O maior centro de convenções em Curitiba é o Expo Unimed Curitiba, localizada a menos de 30 minutos do centro da cidade e do aeroporto. O centro de exposições e as salas multiuso somam 11.535 m² de área construída, distribuídos em dois pisos. Conta também com espaços menores como o Teatro Positivo - Grande Auditório, o maior teatro do Paraná. Em Foz do Iguaçu, além da estrutura, as atrações turísticas da região atraem visitantes. Os principais centros de eventos da cidade ficam dentro de hotéis, além do Centro de Convenções de Foz do Iguaçu.


Santa Catarina

espera por você

Praia da Solidão, em Florianópolis (SC)

S

anta Catarina oferece inúmeras opções de lazer e entretenimento aos turistas. O estado possui algumas das praias mais belas do país, onde esportes náuticos como surf, winfsurd, kitesurf e stand up paddle vêm ganhando destaque a cada dia. O destino abriga uma das principais competições de surf do Brasil. Santa Catarina também se diferencia por sua área de preservação ambiental, sendo possível a observação de baleias, pássaros e animais marinhos. Próximo às tradições

alemãs, devido ao período de colonização, o estado também conta com o maior número de festas à moda europeia, que relembram e mantém a cultura viva. Torres de chope, danças e músicas folclóricas, comidas e roupas típicas são apenas algumas das atrações que nos transferem para outra época, e nos fazem acreditar que a Alemanha é “logo ali do lado”. Entre praias e festas, esportes e relax, Santa Catarina está pronta para o verão, pronta para você.do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 71 Novembro 2014receber Gramado Festival 


Convention & Vistors Bureau de Florianópolis

Qlitoral

Jurerê

Jurerê Internacional

Forte

Epa Machado/Santur

Praias de Florianópolis

AREIAS PARA

descansar e badalar Lagoinha

>> Natureza, gastronomia, cultura, agitação e história. Um pouco de cada coisa encontramos na bela Florianópolis, capital de Santa Catarina. Com um território de 436 quilômetros quadrados e com pouco mais de 400 mil habitantes, Floripa, como é chamada carinhosamente pelos amantes dessa cidade, é um destino muito procurado por sua beleza e atrativos variados, com destaque para as inúmeras praias de águas mornas e cristalinas que compõem o litoral do município. Ambientes calmos, rústicos, familiares e badalados compõem um catálogo com mais de 30 opções para se deslumbrar e aproveitar os dias de sol com estilo. Surfistas, crianças, idosos, esportistas e jovens se dividem entre o sossego e as festas mais movimentadas da cidade, que transformam a areia fofa em grandes palcos culturais.

Lagoinha No extremo Norte da Ilha, Lagoinha é uma pequena praia com característica de enseada, por ser protegida por costões. Abriga uma tradicional colônia de pescadores e um visual estonteante. É ideal para aqueles que desejam ter sossego, ficar longe da agitação e curtir a simplicidade das praias de Florianópolis. 72 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo

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A região abriga poucas casas residenciais, muitas delas à beira da praia, e possui poucos serviços de hotelaria e utilidades. Entretanto, fica próxima de zonas que possuem forte infraestrutura para receber turistas, dando tranquilidade e sossego para quem deseja descansar durante o dia, mas quer curtir a noite agitada da cidade.

Praia Moçambique Praia mais extensa de Florianópolis e uma das maiores de Santa Catarina, Moçambique possui 8,5 km de areias claras e macias que garantem uma beleza natural intocada. Parte do Parque Florestal do Rio Vermelho, uma reserva de aproximadamente 400 mil m², não há nenhuma construção no local e nem no caminho. A paisagem torna-se ainda mais deserta com as dunas, que cortam a linha entre a vegetação rasteira e o oceano. Por sua tranquilidade e boas ondas, a praia é um dos principais points dos surfistas, que são os principais frequentadores do local.

famílias e idosos, que aproveitam para descansar ao som suave do mar. Durante a noite, Jurerê é palco de atrações musicais e boas festas.

Jurerê Internacional A praia de Jurerê Internacional tem ares de Miami Beach. O bairro é planejado, com mansões milionárias e desfile de carrões. O pedaço é o epicentro do luxo em Florianópolis, sede de descolados beach lounges onde, no verão, as festas fervem regadas a espumante e ao som de batidas eletrônicas.

Praia da Joaquina Próxima à Praia Brava fica a Praia da Joaquina ou Joaca, como é apelidada pelos moradores. Conhecida por suas ondas perfeitas, geralmente geladas, Joaquina é o lugar preferido de muitos surfistas, sendo sede de campeonatos nacionais e até mundiais. Os eventos de surfe, realizados desde a década de 70, deram reconhecimento internacional à Joaquina.

Jurerê

Praia do Forte

Jurerê conta com ondas longas e calmas, areia fina em tom amarelo-claro e uma água morna e agradável durante o verão. O lugar é ideal para

Uma pequena estrada separa a Praia do Forte dos grandes centros turísticos do Norte da ilha de Florianópolis. O local é um recanto de


Florianópolis C&VB

Florianópolis C&VB

Moçambique

Lolita Cunha

Praia Brava Qlitoral

Lagoa da Conceição

tranquilidade, com uma paisagem única e águas mornas. Por ser uma região onde há cultivo de ostras e mariscos, os frutos do mar chegam fresquinhos aos restaurantes, dando um toque especial na gastronomia local. A prática de esportes na areia, como corrida, alongamento e yoga são comuns e muito procurados por turistas e habitantes da cidade ligado à saúde e bem-estar.

Praia Brava Águas límpidas, gente bonita na areia, música, eventos e uma comunidade ativa, este é o universo que envolve a Praia Brava, que ganha destaque no verão de Florianópolis pela boa infraestrutura, além, é claro, do visual privilegiado. Nos meses de verão, muitos jovens em busca de diversão ocupam as areias da praia, pois é lá que se realizam eventos com DJs e bandas. Sempre há música e lugares que servem bebida e petiscos. O mar é local de diversão de surfistas, uma vez que as ondas criam um ambiente perfeito para a prática do esporte.

Armação A apenas 25 km do centro de Florianópolis, a Praia da Armação ainda mantém um clima de pequena vila. É um dos principais núcleos

Joaquina Convention & Vistors Bureau de Florianópolis

Armação

de pesca artesanal da ilha, com várias comunidades pesqueiras que exploram o mar. Junto a Campeche e Pântano do Sul, forma o maior complexo pesqueiro da cidade. Convivendo com esta pitada de antiguidade, estão bares, restaurantes, empresas de turismo e surfistas. As noites de verão são caracterizadas por muita movimentação nas ruas do centrinho. Passear a pé, observar artistas de rua e escolher um estabelecimento para jantar é a atividade de lazer preferida de quem escolheu o Sul da ilha para viver.

Lagoa da Conceição Formada pelo Canto da Lagoa, Canto dos Araçás, Sertão Grande e Retiro da Lagoa, a Lagoa da Conceição reúne praias, dunas, montanhas e a maior lagoa de Florianópolis. Piqueniques, caminhadas, passeio de pedalinho, escunas e caiaque fazem parte do cenário composto por construções preservadas da época colonial, fazendo um belo contraste com a natureza rústica e os dias movimentados do local. Para quem vem em turma e quer badalação à noite, o Centrinho da Lagoa é a aposta certa.

Naufragados No extremo Sul da ilha, antes das águas do

Naufragados

mar tomarem conta da paisagem, uma última praia guarda mistérios históricos, ruínas de edificações de outros séculos e uma natureza praticamente intocada. É a Praia Naufragados, em que só é possível chegar por trilha ou por barco. Sua areia branca é tomada por alguns poucos restaurantes e bares locais que oferecem bebidas e pratos típicos dos pescadores aos visitantes. Por ser mais isolada, não há carros, barulho de cidade ou poluição, ideal para esquecer os problemas na civilização e se renovar com a natureza exuberante.

Ribeirão da Ilha Localizada na Baía Sul, tem um mar calmo e de pouca profundidade, fugindo à regra das praias do Sul. A areia é grossa e escura, formada por pedaços de conchas. Na orla, a arquitetura dos séculos 18 e 19 se destaca aos olhos e dá um charme especial a esse pequeno pedaço paradisíaco. Tradicionalmente açoriana, a cultura, os hábitos e as tradições da população lusitana se mantêm vivos nas pequenas ruelas que se misturam com a modernidade. Os restaurantes de tradição familiar servem frutos do mar de boa qualidade. Novembro 2014

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Sobre as águas: o estado dos esportes náuticos 74 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo

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>> O surfe e suas variações – windsurf e kitesurf – são muito praticados em Santa Catarina, atraindo legiões de adeptos com um estilo de vida diferente, que valorizam o contato e o respeito com a natureza. No total, o estado oferece 560 km de costa e cerca de 130 praias indicadas para o esporte. É difícil destacar qual a melhor praia para a prática do surf, devido à quantidade de opções. Entre as mais conhecidas e populares estão Joaquina, Mole, Moçambique, Morro das Pedras e Campeche, em Florianópolis; Guarda do Embaú, em Palhoça; Vila (única praia da América Latina que sedia o Campeonato Mundial de Surfe – WCT) e praia do Rosa, em Imbituba; Silveira e Ferrugem, em Garopaba; Prainha, em São Francisco do Sul; Atalaia e Brava, em Itajaí; Estaleiro, no Balneário Camboriú; e Mariscal e Quatro Ilhas, em Bombinhas. Já para os outros esportes, como o windsurf e o kitesurf, a praia preferida dos praticantes é Ibiraquera, com destaque para a Lagoa de Ibiraquera, em Imbituba. Com um cenário composto por dunas, rios, ilhas e lagoas, Ibiraquera abriga uma tranquila vila de pescadores. O local é muito procurado por suas pousadas de charme e por seus bons restaurantes, onde se destacam os pratos com camarões-rosa, que são pescados à moda artesanal, na própria Lagoa de Ibiraquera. A região é considerada uma das melhores em ondas para a prática do kitesurf e do windsurf em todo o Brasil. A cada ano, no mês de outubro, a elite mundial de ambos os esportes se reúnem


Adrenailha

Adrenailha

Cachoeira em Itoupava, rafting na Praia dos Ingleses, trekking e canoagem pelas belas paisagens de Santa Catarina

nas areias de Ibiraquera para a mais esperada competição de vela wave latino-americana, o Ibiraquera Wave Contest. Aqueles que arriscam manobras nas ondas de Ibiraquera podem, inclusive, dar de cara com o campeão mundial de WIND 2005, Kauli Seadi, que mora no local. Por sua vez, a Lagoa de Ibiraquera possui excelentes condições para a prática de Slalom (manobras em ziguezague), além de ser ótima para o stand-up paddle (esporte realizado em cima de uma prancha de surf com remos). O entorno da Lagoa conta com operadoras que oferecem aluguéis de equipamentos para práticas de esportes náuticos.

Rafting

Makito

Descidas de corredeiras em botes de borracha infláveis proporcionam grandes emoções em contato direto com a natureza. O rafting, esporte procurado pelos viciados em adrenalina, movimenta, cada vez mais, o Ecoturismo e o Turismo de Aventura. Santa Catarina oferece diversas opções de passeios, com vários

níveis de dificuldade, disponibilizados por operadoras credenciadas, que incluem treinamento básico e os equipamentos de segurança necessários. O ducking (caiaque inflável para duas pessoas) e a canoagem em rios e lagoas também são uma boa opção para quem deseja entrar em contato com a natureza catarinense. O rafting do rio Itajaí-Açu e seus afluentes, no Alto Vale do Itajaí, na região turística do Vale Europeu, é considerado um dos melhores do Brasil. O trecho básico possui 7,5 km, intercalando corredeiras nervosas, trechos calmos, cachoeiras e paisagens espetaculares. Existem percursos leves para iniciantes e outros radicais, que devem ser feitos somente por veteranos no esporte. Os 350 metros de altitude podem ser vencidos por diferentes trilhas. No topo, o mirante do Cânion do Rio Itajaí-Açu proporciona uma bela vista da Cachoeira Santa Luzia, que possui 100 metros de altura e vários lances de quedas-d’água, algumas delas favoráveis ao rapel e ao cascading. Na parte inferior, há piscinas naturais formadas pela cachoeira.

Trekking, rapel e tirolesa: aventura para todos os perfis Um dos principais destinos para a prática do trekking e do rapel, Urubici conta com uma grande variedades de lugares, montanhas e serras para serem exploradas. Emoções fortes aguardam quem pretende conhecer a Serra do Corvo Branco. Situada a 30 quilômetros do centro de Urubici, tem um visual impressionante, que começa na fenda que corta dois enormes paredões de pedra. A estrada que desce em direção a Grão Pará é vertiginosa, revelando paisagens deslumbrantes e inteiramente selvagens. O destino encanta os turistas, proporcionando atividades como trekking, rapel e outros esportes radicais. No Balneário Camboriú, o destaque fica para o parque Unipraias. O local oferece percurso de arvorismo com 130 metros, culminando em uma tirolesa de 32 metros de extensão e 15 metros de altura. Dispõe também de passarelas suspensas para caminhadas ecológicas pela mata Atlântica. Por fim, com 998 m de altitude, o Castelo dos Bugres, em Joinville apresenta boas condições para a prática de escalada. Há duas trilhas que levam ao topo, passando por cavernas, corredores rochosos e mirantes, como a Pedra do Sofá. No cume, é possível avistar toda a região norte de Santa Catarina e parte do território paranaense.

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Makito

Aureo Berger

Vista da Orla de Porto Belo

Makito

Centro Histórico de São Francisco do Sul

Observação de baleias e o Museu do Mar estão entre os atrativos do estado Ilha de Porto Belo Lugar único no litoral Sul do Brasil, a Ilha de Porto Belo encanta pela beleza paradisíaca. Sua natureza preservada é um atrativo especial em meio à comodidade da infraestrutura oferecida ao visitante. Sua capacidade máxima diária é de apenas 1.879 pessoas. A trilha ecológica da “Pedra da Cruz” é o passeio ideal para conhecer a ilha. Repleto de belezas da flora e da fauna nativas, o trecho é circular e possui, aproximadamente, 1.300 metros de distância em meio a Mata Atlântica. O ponto alto da visita guiada são as curiosidades e lendas contadas pelos guias, relacionadas à história de ocupação da ilha. O mergulho também tem destaque na Ilha de Porto Belo. Em alguns pontos é possível observar uma infinidade de espécies. Elefantes marinhos, orcas e baleias Francas também já foram avistadas na baía. Outros esportes aquáticos, em especial os radicais, estão entre os preferidos dos visitantes que buscam um pouco de adrenalina e aventura durante a estadia. Passeios de caiaque, esqui-aquá-

Das areias da Praia do Rosa é possível avistar as baleias 76 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo

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tico, tirolesa, passeios de lancha, banana boat e disco maluco, são apenas algumas das opções que são oferecidas na ilha.

de barcos e instrumentos de pesca e navegação. Há também uma biblioteca e cenas do cotidiano do mar em tamanho natural.

São Francisco do Sul

Praia do Rosa

São Francisco do Sul é um dos destinos turísticos mais visitados de Santa Catarina. A cidade respira história em seu conjunto urbanístico e arquitetônico, com mais de 400 imóveis tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). O município ainda preserva o clima tranquilo de outros tempos, apesar de possuir um dos mais importantes e movimentados portos do país. Além do Centro Histórico, outras atrações merecem ser apreciadas, como as praias, cachoeiras, manguezais, dunas, restingas, lagoas e florestas de Mata Atlântica. Entre os muitos destaques da cidade, está o único museu de embarcações do Brasil, o Museu Nacional do Mar. O espaço possui exemplares de várias regiões do país, modelos exclusivos como o usado por Amyr Klink para atravessar o Oceano Atlântico a remo, miniaturas

Reconhecida pela Unesco como uma das mais belas baías do mundo, a Praia do Rosa ainda lembra uma antiga vila de pescadores, com suas canoas, carros de boi, pesca artesanal de tainha e pousadas rústicas, que dão um charme ao local. Localizada a 22 km do centro de Imbituba e a 18 km de Garopaba, o Rosa faz divisa com a Praia Vermelha, ao Norte, e com a Praia do Portinho, ao Sul. O destino foi descoberto pelos surfistas na década de 70 e hoje é um dos principais points para a prática do esporte, especialmente ao Sul do Rosa, na Praia da Vila. No período de agosto a novembro é possível avistar a baleia Franca que migra para a Praia do Rosa para alimentar seus filhotes nos seus primeiros meses de vida. O local vira uma espécie de berçário natural e atrai muitos curiosos, movimentando o turismo da região.


É possível conhecer o Estado pedalando. São diferentes rotas montadas para o Cicloturismo

Pedalando, explore as belezas naturais de Santa Catarina >> Muitas belezas naturais e emoções aguardam os turistas nas trilhas de mountain bike catarinenses. O litoral e o interior do estado possuem centenas de locais para serem explorados sobre uma bicicleta, verdadeiros paraísos à beira-mar ou nas encostas de montanhas, cânions, vales e campos. Na maioria das localidades, há operadoras de turismo que organizam passeios, expedições e alugam bicicletas e acessórios. Santa Catarina é também pioneira no cicloturismo brasileiro, que consiste em viagens curtas de bicicleta, normalmente acompanhadas de guias e empresas especializadas. Os roteiros ligam várias cidades, passando por trilhas e estradas secundárias, com pouco movimento. O circuito mais conhecido é o do Vale Europeu, que passa por Timbó (a cerca de 30 km de Blumenau), Pomerode, Indaial, Rio dos Cedros, Benedito Novo, Doutor Pedrinho, Rodeio, Apiúna e Ascurra. Já Circuito Costa

Verde & Mar traz a possibilidade de conhecer, de bicicleta, um dos mais recortados e belos litorais do país, percorrendo ainda tranquilas cidades do interior, com matas preservadas, rios e cachoeiras. É o primeiro circuito de cicloturismo do Brasil a abranger uma região do litoral. E, ao mesclar trechos de litoral com o interior, oferece uma grande diversidade cultural e de paisagens. O roteiro passa ainda por pontos turísticos de destaque nacional e locais de incomparável beleza cênica. Praias badaladas alternam-se com outras desertas e rodeadas pela verde mata atlântica. Entre uma praia e outra, estão os morros, que dão o desafio da viagem e também oferecem visuais magníficos. De colonização, principalmente açoriana, o litoral guarda fortes traços culturais portugueses, expressos principalmente nos festejos e na culinária. No interior, a paisagem dos arrozais e as casas de madeira dão o tom da viagem. São

marcantes aqui outras influências culturais, notadamente a alemã e a italiana. Ao percorrer o circuito, o cicloturista passa por 11 municípios, sendo oito no litoral: Balneário Camboriú, Balneário Piçarras, Bombinhas, Itapema, Itajaí, Navegantes, Penha e Porto Belo e mais três no interior: Camboriú, Ilhota e Luís Alves. Num total de 270 km, o percurso dá preferência a estradas de terra e vias urbanas, evitando ao máximo as estradas asfaltadas. O Circuito foi planejado para ser finalizado em seis dias, para dar tempo suficiente para curtir as inúmeras opções que a região oferece. Em cada trecho existem inúmeras oportunidades de praticar outras atividades como caminhadas, mergulho, caiaque, surf, windsurf, voos de ultraleve, entre outras. Há ainda riquezas culturais e ecológicas a serem exploradas, como sítios arqueológicos, construções históricas e trilhas para observação de aves. Novembro 2014

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Castelo das Nações no Parque Beto Carrero e esportes como arvorismo no Parque Unipraias

Se aventure nos parques de Santa Catarina da Broadway que vão encantar, não só os pequenos, mas toda a família.

Beto Carrero World O Beto Carrero World foi considerado o sexto melhor parque de diversões do planeta e o primeiro da América Latina segundo pesquisa do TripAdvisor. Por ano, o lugar recebe mais de dois milhões de visitantes. E não é para menos. As atrações encantam pais e filhos. Situado numa área de 14 milhões de m², o complexo está localizado no município da Penha. As famílias, com crianças pequenas ou não, vão se divertir nesse espaço que conta com mais de 100 atrações, incluindo zoológico, circo, shows temáticos e brinquedos de avançada tecnologia. O parque é dividido em sete áreas: Avenida das Nações, Mundo Animal, Vila Germânica, Velho Oeste, Ilha dos Piratas, Aventura Radical e Terra da Fantasia, onde cada espaço possui decorações e brinquedos temáticos, que ambientam os visitantes em um mundo que parece ter saído da imaginação. Quem gosta de aventura não pode deixar de experimentar a Big Tower (maior torre de queda livre do Brasil) ou os elevadores da Torre do Terror e a FireWhip (primeira montanha-russa invertida do Brasil e a maior da América Latina). O Beto Carrero abriga também um zoológico, com diversas opções de animais, inclusive espécies em extinção. Além de um impressionante parque aquático, o Império das Águas, onde botes deslizam num rio sinuoso de quase um quilômetro de extensão, com subidas e descidas entre cachoeiras, redemoinhos, cavernas, desfiladeiros, cenários e efeitos de luz e som. Para os adultos, o parque oferece um grande número de lojas e até um outlet. E ainda, shows e espetáculos com padrão 78 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo

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Unipraias As palavras ecoturismo e adrenalina definem o Unipraias. O parque é um complexo turístico com trilhas, circuitos de arvorismo, mirantes, auditório ao ar livre, anfiteatro, quiosques de alimentação e completa infraestrutura de lazer, compras e serviços. Situado entre duas praias – Central e de Laranjeiras -, o parque possui teleférico com acesso a ambas e uma parada intermediária no alto de um morro de onde se tem uma vista deslumbrante da cidade. A estação inicial de Barra Sul conta com um centro de compras e lazer. O espaço é interativo e de múltiplo uso, comportando exposições artísticas, artesanato e manifestações populares. A vista é panorâmica. Já a estação Mata Atlântica reúne quiosques, loja de souvenirs, circuito de arvorismo, o Auditório

Ângelo Bogo e o Parque Ambiental, que possui 500 metros de passarela em meio à mata. Ao longo do caminho, dois mirantes recarregam as energias com o visual estonteante. Já a estação Laranjeiras, a última parada, leva os visitantes à praia de mesmo nome da estação. Sendo considerada uma das praias mais bonitas de Santa Catarina, o mar é tranquilo, de águas claras. Na orla, uma estrutura completa de bares e restaurantes atendem aos turistas. O melhor programa é degustar um cardápio de frutos do mar, culinária típica da região, ou alugar caiaques e boias para se divertir nas águas de Laranjeiras. Mais duas paradas são obrigatórias: o Youhooo!, um trenó de montanha com um percurso de 710 metros em meio à Mata Atlântica. O brinquedo pode atingir uma velocidade de até 60 km/h, oferecendo um sistema de freios que permitem ao condutor controlar a velocidade. E o ZipRider, uma tirolesa que desce 710 metros em velocidade de 60km/h.



Gramado 

Brasil

FOLHA DO TURISMO

Edição Especial Festival do Turismo Gramado  Novembro 2014

MERCADO & EVENTOS Edição Especial Festival do Turismo

Um ano histórico

para o Turismo

Superadas as incertezas,

setor estima fechar 2014 com balanço positivo

Novembro 2014

EVENTOS Movimentação chegou a R$ 209,2 bilhões em 2013

AVIAÇÃO Em um ano, país registra 109,2 milhões de passageiros

E MAIS Novas pesquisas revelam dados da cadeia turística


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