Revista Senhora Mesa 2ª edição

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NOSSO INVERNO É QUENTE

Paella: comida que aquece

É FESTA!

MERCADÃO CELEBRA 125 ANOS

DO TIROL PARA O BRASIL PAIS & FILHOS VÃO PARA A COZINHA

26 RECEITAS QUE DÃO CERTO Chef Alexandre De Cerqueira (Empório Bom Peixe)




EDITORIAL

EXPEDIENTE A revista Senhora Mesa é um projeto editorial da jornalista Patrícia Guimarães em parceria com o MBM Escritório de Ideias.

CNPJ 18.319.700/0001-09 Publicação bimestral Diretora Geral Patrícia Guimarães (MTb 52.448) MBM Escritório de Ideias Diretor Bruno Fernandes Chamochumbi Editora Cristiane Sanches (MTb 21.937) Reportagens Cristiane Bonin • crisbonin@mbmideias.com.br Patrícia Guimarães • patricia@senhoramesa.com.br Ronaldo Victoria • ronaldo@mbmideias.com.br Colaboram nesta edição Daniele Pavanelli Diego Arrebola Ilceu Dimer Jorge Queiroz (www.jorgequeiroz.com) Alessandro Maschio

E a festa está só começando... Iniciar o ano com uma novidade deliciosa é sempre bom. Melhor ainda foi a alegria da nossa equipe ao receber o carinho dos leitores que devoraram a primeira edição da Senhora Mesa. E foi com mais inspiração ainda que preparamos esta revista especial de Inverno. Nossas reportagens foram pensadas para deixar a temporada mais charmosa do ano ainda mais gostosa! Já na capa mostramos que o que gostamos mesmo no Inverno é de comer, e comer bem. Por isso selecionamos três paellas imperdíveis para juntar os amigos em casa. As primeiras páginas trazem a história bacana do chef Jefferson Rueda, que caiu no gosto do paulistano com sua cozinha ítalo-caipira e nos recebeu para uma entrevista no Senac Águas de São Pedro. De quebra ainda trouxemos três receitas no caderninho. É com grande orgulho que mostramos que em Piracicaba existem pessoas preocupadas com o acesso a produtos saudáveis a preços justos, como os jovens da Rede Guandu. E como não falar do Mercadão que, ao longo de seus 125 anos comemorados em julho, escreveu sua história junto com a de Piracicaba. Vamos longe e ao mesmo tempo bem perto, nos bairros Santa Olímpia e Santana para contar um pouco da imigração dos tiroleses. Também voltamos de lá com receitas dos livros das nonas. Levamos pais e filhos para a cozinha. Cumplicidade à prova do gosto! E ainda apresentamos clássicos de Inverno que não podem faltar no seu cardápio. Eu provei todos e estão de dar água na boca! Lá de Paris eu trouxe na mala a história da confeitaria Fauchon e a querida Mônica Corazza nos dá dicas da Itália, país ‘tentação’ para os amantes da gastronomia.

Sugestões e comentários: redacao@senhoramesa.com.br Diagramação: MBM Escritório de Ideias Allan Felipe Dalla Villa Lívia Telles Thais Alves Contribuição: Carla Chamochumbi Débora Ferneda Susane Trevizan Diana Cedin Mariano Anuncie na Revista Senhora Mesa: marketing@senhoramesa.com.br • (19) 9933.5005 | 3377-1388 Anúncios e informes publicitários são espaços adquiridos pelos anunciantes e seu conteúdo é de inteira responsabilidade de cada um deles, cabendo à Revista Senhora Mesa apenas reproduzi-los nos espaços comercializados. A opinião de colaboradores não é necessariamente a opinião da revista. Matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores. Senhora Mesa • Rua Dez de Novembro, 409 - Escritório 2, Bairro São Judas Cep: 13.416-380 - Piracicaba-SP Fone: (19) 3377-1388 Tiragem 5.000 exemplares • Distribuição gratuita, exclusiva e dirigida www.senhoramesa.com.br •

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Capa

Foto: Jorge Queiroz Produção: Patrícia Guimarães Paella Marinera pelo Chef Alexandre De Cerqueira Espaço: Empório Bom Peixe

Nesta edição também apresentamos duas novidades: o sommelier consagrado melhor do ano no país, Diego Arrebola, passa a assinar uma coluna, assim como o mestre-cervejeiro Ilceu Dimer. Antes de terminar sua leitura, não esqueça de preencher o cupom para participar do concurso cultural. Vamos presentear cinco leitores com um jantar no Empório Santa Clara, em Piracicaba. É bom começar o ano com novidades. E a festa está só começando... Boa leitura!

Esquecemos: Patrícia Guimarães

patricia@senhoramesa.com.br

*Citar o arquiteto Ricardo Maluf Chaim como autor do projeto da casa e da cozinha do empresário Juliano Dorizotto na matéria Juntando os Amigos na Edição maio/junho.


Pitadas...........................................................................................................6 Salada da Vez...........................................................................................8

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Jefferson Rueda: da coxinha ao caviar.................................10 Mesa Posta...................................................................................................14 Orgânico é bem melhor....................................................................16 Capa: Nosso Inverno é Quente.................................................20 Por dentro do Mercadão.................................................................24 Do Tirol para o Brasil.........................................................................28 Entre pais e panelas...........................................................................36 Uma das 7 Maravilhas...................................................................40 Coma Mais.................................................................................................47 Esse Inverno vai ser sopa!..............................................................48

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Mangia, che ti fa bene.....................................................................52 Fauchon, a Disney das pâtiserries...........................................54 Vinho e Inverno: casamento perfeito...................................56 Saberes do Sabor no Makro.........................................................57 Por um interior (eno) gastronômico!.....................................58

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Viña Tarapacá.....................................................................................60 Social Gourmet........................................................................................62 Antes do Fim...........................................................................................66

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Pitadas Um só lugar para Todos os Pães do

Mundo!

Está passando por Limeira, cidade vizinha à Piracicaba? Anote esta dica: Donna Padeira Panetteria. Lugar simples, charmoso, algumas mesas de madeira de demolição e, em cima, todos os pães do mundo! Você vai se surpreender com a variedade e sabor. Difícil escolher o que levar. Experimente os salgados integrais, baguetes de todos os tipos, foccacia, tortas, croissants, bolos, roscas... Esse paraíso fica na rua Treze de Maio, 576, Centro. Fone (19) 3702-2004. Acesse facebook.com/ donnapadeirapanetteria.

Old Dog

Amamos bagels: E para quem não sabe fa-

A franquia Old Dog Dogueria chegou em Piracicaba combinando a famosa salsicha com recheios caprichados. Vale uma parada para matar a fome do fim da noite ou depois do trabalho. Essa tentação toda fica na rua Dona Eugênia, 402, São Dimas. A casa funciona de segunda a quinta, das 18h à meia-noite, e de sexta a domingo das 18h às 00h30. O telefone é o (19) 3375-9773 / olddog. com.br.

lar, o site logo avisa: “fala-se beigol”. E o bagel é o protagonista da Bagel House, que abriu as portas recentemente em Piracicaba. O pão em formato de anel pode ser encontrado em combinações criativas como bacon crocante e guacamole. Deu água na boca? O horário de funcionamento é de terça a quinta, das 11h30 às 21h e de sexta a sábado das 11h30 às 22h. A Bagel House fica na rua José Ferraz de Camargo, 495, São Dimas. (19) 3375-3442 / bagelhouse.com.br.

Brasil Beer - O guia de cervejas brasileiras O gestor de riscos Henrique Oliveira e o engenheiro metalurgista Hélcio Drumond tinham em comum a paixão por cerveja. Se especializaram no assunto e acabam de lançar o livro Brasil Beer - O Guia de Cervejas Brasileiras, da Editora Gutenberg. Em mais de 300 páginas os autores detalham sobre mais de 450 cervejas e 120 cervejarias, microcervejarias e associações de cervejeiros artesanais atuando no país. Na Livraria Nobel: www.livrarianobel.com.br.

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Pequenos Chefs Pelo Mundo As férias chegaram e tem muita mãe se ‘arrepiando’ com os 30 dias de descanso escolar dos filhos. Temos uma sugestão bacana para os pequenos: manda todos pra cozinha! A Nutriz, em Piracicaba, vai realizar entre os dias 23 e 25 de julho uma oficina culinária preparada especialmente para crianças. Elas vão aprender a preparar pratos como lasanha, ovo em forma de coruja, pizza no palito e até cupcake! Acesse www.nutrizonline. com.br ou ligue (19) 3422-7920 e saiba mais.

Festa da Polenta em Santa Olímpia Marque na agenda: nos dias 19, 20 e 21 de julho acontece a 17ª Festa da Polenta de Santa Olímpia, em Piracicaba. Mais de 15 mil pessoas provam as delícias típicas dos tiroleses apresentadas na festa, além de dança, música e passeio histórico. Não deixe de provar os vinhos de uva e laranja produzidos pela própria comunidade. Mais informações nos sites www.santaolimpia.com.br e www.setur.piracicaba.sp.gov.br.

O ilustrador Christophe Blain passou três anos convivendo com o chef Alain Passard, do restaurante parisiense L’Arpege (3 estrelas no Guia Michelin), e o que viu e ouviu conta no livro In the Kitchen with Alain Passard: Inside the World (and mind) of a Master Chef. O diferente é que toda a história é contada em forma de quadrinhos. Na Livraria Cultura: www.livrariacultura.com.br.

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O inverno chegou e nada melhor do que um risoto e um bom vinho para harmonizar

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(Divulgação)

Na cozinha com Alain Passard


Brasileira Chef Guilherme Abe

Pimenta biquinho amarela, queijo coalho na chapa e folhas do dia. Verde e amarelo já garantidos. Acrescente molho de caipirinha elaborado especialmente pelo restô recém-aberto em Piracicaba, Toque Brasileiro (facebook. com/ToqueBrasileiroRestaurante), e tenha o Brasil no prato. “Esse molho é leve, delicioso e simples de fazer”, conta o Chef e um dos proprietários da casa, Guilherme Abe. E ainda bem que ele pensa que toda boa descoberta merece ser compartilhada! Molho de Caipirinha 2 colheres (sopa) de maionese 1 colher (sopa) de limão 1 colher (sopa) de cachaça 1/2 colher (sopa) raspas de limão 1 pitada de sal 1 pitada de açúcar 1 pitada de salsa

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uma boa ideia

Jorge Queiroz

SALADA DA VEZ



PERFIL

Iefferson ueda:, da O ítalo-caipira busca referências nas memórias afetivas para uma inventiva cozinha

S

e olhar para trás, Jefferson Rueda pode dizer que ‘chegou lá’. Contador de histórias que é, foi protagonista de quase todas as dificuldades que o fizeram entrar para a lista dos melhores chefs do país. Caminho gravado em uma tatuagem no braço esquerdo, mostrando a evolução do homem até se tornar cozinheiro. Em junho foi eleito Chef do Ano pela revista Prazeres da Mesa, em um empate com André Saburó, da Quina do Futuro (Recife). Tanto confete assim não é a toa. Nasceu e cresceu em São José do Rio Pardo, na divisa com o Sul de Minas. Fala ‘bão dimais da conta’, ‘porrrrta’ e tem um porco e um lambari tatuados na pele, duas marcas registradas da cozinha ítalo-caipira praticada no restaurante comandado por ele na capital, o Attimo (attimorestaurante.com.br). Há pouco mais de um mês, o chef esteve no Senac, campus Águas de São Pedro - onde se formou -, para uma aula de resgate das tradições gastronômicas do Estado de São Paulo. Jefferson foi um dos padrinhos do Festival Sabor de São Paulo, realizado pela Secretaria de Turismo do Estado, revista Prazeres da Mesa e Senac em busca da culinária típica dos paulistas.

coxinha ao caviar

Reportagem Patrícia Guimarães * Fotos Jorge Queiroz

ína, inaugurou o Bar da Dona Onça, no Edifício Copan, centro de São Paulo. “O verdadeiro bistrô brasileiro”, diz Jefferson. No dia 30 de julho, o chef completa um ano no comando da cozinha do Attimo, o ‘ítalo-caipira’ que tanto buscou, do também sócio Marcelo Fernandes. Salão sofisticado e comida caipira, mas elaborada, com o uso do que há de mais bacana em equipamento. “A sofisticação não impede de termos uma alma caipira. Aqui é de cachaça a champanhe e de coxinha a caviar”, brinca. Ao todo, uma ‘sinfônica’ de 75 funcionários. Para o futuro, a vontade de ver a gastronomia do Brasil se fortalecer”. “Precisamos resgatar as nossas origens e tradições e nos unir cada vez mais. Falta unir o pequeno produtor, junto com o chef, o empresário e os governantes, tudo num balaio só para falar a mesma língua”.

Lá ele recebeu a nossa reportagem para uma entrevista exclusiva, quando falou sobre passado, presente e futuro. “A minha cozinha está ligada à memória afetiva, à forma como fui criado e isso é o meu alicerce”. Uma das grandes inspirações foi seu pai, com quem pescava na beira do rio Pardo. Depois de concluir o curso, Jefferson foi estagiar em São Paulo com o chef Laurent Suaudeau. A parceria percorreu vários restaurantes e durou cinco anos. “Ele é o meu mestre e mentor”. Seu primeiro restaurante foi o italiano Pomodori. Depois de oito anos, a sociedade foi desfeita e junto com a esposa e também cozinheira, Jana10 ◆

Jefferson Rueda é chef do restaurante Attimo


LAMBARI E CACHAÇA (4 porções) Chef Jefferson Rueda (Restaurante Attimo) INGREDIENTES Lambari 8 lambaris, 200g de sal, 100g de açúcar, 500ml de cachaça branca, 200ml de óleo, 100ml de vinagre de vinho branco Molho 50g de açúcar, 50g de saque, 10g de talo de cebolinha picado, 10g de cogumelo paris picado, saquê-mirin doce e missô a gosto Telha Batata 2 batatas, 1 litro de óleo Montagem 20 folhas de beldroega, 4 cabeças de lambari com as espinhas fritas, 1 batata-doce cozida e amassada no garfo PREPARO Lambari

Retire a escama dos peixes, corte em filés, lave e reserve. Misture o sal com o açúcar e espalhe a metade do preparo, formando uma camada no fundo de uma assadeira. Disponha os filés de peixe sobre a camada, cubra com o restante da mistura e deixe curar por 25 minutos. Retire os filés, lave-os em água e deixe escorrer. Misture o vinagre com a cachaça, coloque os filés e deixe por 20 minutos. Retire-os do líquido, seque bem, arrume-os em uma vasilha, cubra com óleo e reserve na geladeira. Molho Coloque todos os ingredientes em uma panela e leve para ferver. Abaixe o fogo e deixe cozinhar por 10 minutos. Retire do fogo, passe no chinois (peneira cônica) e reserve. Telha Batata Descasque a batata e corte-a formando as redes de batata. Frite no óleo a 160º, escorra e reserve. ◆

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GELATINA DE CACHAÇA DE GRUMIXAMA 200g de polpa de grumixama, 200g de água, 100g de açúcar, 16g de gelatina folha, 40 ml de licor de grumixama, 5ml de suco de limão Sagu de Grumixama 100g de fruta de grumixama congelada, 100g de sagu, 50g de açúcar, 100ml de água Areia de Grumixama 300g de polpa de grumixama, 80g de glucose, açúcar a gosto Farofa de pão-de-ló 100g de manteiga sem sal, 100g de pão-de-ló assado Licor de Grumixama 100g de grumixama, 100g de açúcar, 200ml de cachaça PREPARO Sorvete de Creme Faça um creme anglaise: aqueça o leite com o creme de leite em uma panela. Bata a gema com o açúcar até dobrar de volume. Derrame o leite quente sobre a gema batida e mistura bem. Volte o preparo à panela e cozinhe até atingir 82ºC. Deixe esfriar, bata na sorveteira e leve ao freezer. Espuma de Grumixama Misture a polpa com o açúcar e a clara. Passe a mistura na peneira, coloque em um sifão e carregue com uma carga de gás. Gelatina de Cachaça de Grumixama Hidrate a gelatina e reserve. Coloque os demais ingredientes em uma panela e aqueça até dissolver o açúcar. Retire do fogo e acrescente a gelatina hidratada. Coloque o preparo em uma forma forrada com filme plástico e leve para gelar. Sagu de Grumixama Cozinhe o sagu em água fervente, passe em água fria e reserve. Descongele a fruta e retire as sementes. Misture com o açúcar e a água e leve para cozinhar. Deixe ferver por cerca de 10 minutos, até obter uma calda com a cor da fruta. Retire do fogo, coe e cozinhe o sagu obtido na calda obtida. Areia de Grumixama Derreta a glucose em uma panela e misture com a polpa de grumixama. Deixe descansar por 24 horas e seque em um desidratador ou no forno a 70ºC. Quando a polpa estiver bem seca, bata com açúcar para formar a areia de grumixama. Farofa de pão-de-ló Seque o pão-de-ló em pedaços no forno a 80ºC. Aqueça a manteiga até o ponto de manteiga noisete. Coe a manteiga para retirar as impurezas. Em uma frigideira, refogue o pão-de-ló seco na manteiga noisette para formar a farofa. Licor de Grumixama Coloque os ingredientes em um recipiente de vidro e deixe curtir por pelo menos uma semana. 12 ◆

TOUCINHO DE PORCO EM FORMA DE MACARRÃO Chef Jefferson Rueda

Esta receita vo confere no nosso cê (senhoramesa.comsite .br)



Jorge Queiroz

MESA POSTA

‘Eu quero uma

casa no campo...' Produção Maria Helena e Cristina Kalaf

...e uma mesa linda como essa para receber os amigos. As flores, a madeira e a combinação de cores propostas pela loja Degusta Casa (degusta.com.br) são apostas românticas para a temporada aconchego que o Inverno pede.

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SAÚDE NO PRATO

Orgânico é bem melhor Além de muito mais saudáveis, os produtos cultivados sem agrotóxicos têm sabor infinitamente melhor

Reportagem: Cristiane Bonin * Fotos: Jorge Queiroz

O

consumo de orgânicos vai além de uma boa alimentação. Essa vertente do agronegócio inclui outras duas instâncias: o papel social e a produção responsável. O caxi, da família das abóboras, é um exemplo das possibilidades gastronômicas aos que enveredam pelo mundo dos orgânicos. “Não temos, por exemplo, o tomate ou a manga o ano todo. Os que compramos nos supermercados são frutos manipulados geneticamente para forçar sua produção e suprir a demanda. Consumir orgânicos é uma forma de não entrar nessa homogeneização alimentar”, destaca Rick Barradas Badra, gestor da Rede Guandu – um braço do Instituto Terra Mater, que promove e estimula a comercialização de produtos orgânicos e de base no sistema ecológico em Piracicaba. Rick diz que ainda hoje há uma certa confusão sobre o que é orgânico. “Por vezes, essa nomenclatura é utilizada de forma inadequada e aproveitadora até por conta da falta de legislação. Para ser orgânico, o alimento tem de estar livre de insumos químicos, conter um trabalho social em sua produção e conhecimento dos processos e pessoas.” PRODUZINDO A ideia veio da Bélgica e, em 2011, recebeu a certificação da OIA (Organização Internacional Agropecuária) Brasil. O sítio Cordeiro Imolado, em Piracicaba, da Comunidade Aliança de Misericórdia – obra da Igreja Católica voltada a mo-

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radores de rua –, produz hortaliças e ovos orgânicos com certificação de propriedade agrícola desta organização. Dá muito trabalho, afirma Geremias Rodrigues, coordenador da área de hortaliças, mas o negócio vai, sim, muito bem, afirma a coordenadora da casa, Simone do Menino Jesus. No local, há 80 adultos acolhidos, sendo 25 idosos. “Se não fossem as outras atividades, nós poderíamos crescer com a produção de ovos e verduras” , diz Simone. Por ora, o plantio semanal de mudas vai de 200 a 400 unidades para alface crespa e americana, rúcula, beterraba, almeirão, espinafre, brócolis, repolho, couve, cheiro-verde, entre outros. Para produzir diariamente os 900 ovos, a comunidade cuida para que as 1.000 galinhas pastem todos os dias. Um exemplo de agroecologia é a Moushrooms. Gustavo Franco de Mendonça é engenheiro agrônomo formado pela Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz) e produtor de cogumelo shimeji. O paulistano radicado em Piracicaba já passou por diversas áreas da agronomia – piscicultura, fruticultura, reflorestamento, licenciamento ambiental, entre outras. Com os cogumelos, começou com um capital de giro de R$ 500 e “uma picape velha”. O tempo passou e agora Gustavo tem nove estufas de cultivo e vende o produto nos setores varejista e gastronômico, principalmente de Pi-


racicaba. O tiro certeiro deve-se a uma pesquisa de mercado e à boa qualidade da produção. “O cogumelo é produzido em um ambiente propício para pragas. Assim, muitos produtores aplicam inseticidas por todo o plantio, inclusive no cogumelo. Eu primo por fazer uma agricultura responsável, escolhendo bem os fornecedores e fazendo o combate às pragas de modo que não atinja diretamente os cogumelos”, conta o produtor. COMPRANDO Os cogumelos Moushrooms e a produção orgânica certificada do sítio Cordeiro Imolado podem ser comprados no Instituto Terra Mater, via Rede Guandu Produção e Consumo Responsável, de Piracicaba. A rede é um elo entre o consumidor e produtores. Nascido na Esalq, o instituto cresceu e se firmou, desenvolvendo ações e aliando desenvolvimento econômico e social à conservação dos recursos naturais. Hoje, a Rede Guandu oferece uma variedade de 60 produtos de cerca de 25 produtores ativos.

Para ter acesso à compra é preciso cadastrar-se no sistema (terramater.org.br/compras). Uma lista de produtos disponíveis na semana é enviada por e-mail e os pedidos são efetuados via internet. As entregas são feitas sempre às terças-feiras, das 16h às 19h, na sede do instituto (Rua 13 de Maio, 449, Centro). “A maioria dos produtos é colhida no mesmo dia da venda. A realização da compra aqui também proporciona um bate-papo com o produtor e degustações”, conta Rick, gestor da rede, destacando que às terças também acontecem degustações. Outro destaque para a Guandu é a ausência do atravessador, ou seja, a compra é feita diretamente com o produtor e não há margem de lucros no varejo, fazendo com que o preço seja atraente para produtos de maior valor agregado. As hortaliças e ovos orgânicos do sítio Cordeiro Imolado podem ser encontrados aos sábados nos varejões municipais da Paulista, das 7h às 19h30, e no Central, das 4h ao meio-dia.

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Alguns dos produtos da Rede Guandu • Doce em compota e geleia • Ovos e hortaliças • Bucha natural • Pães e bolos • Broto de alfafa • Leite, ricota e iogurte • Bombom de cupuaçu • Goma de tapioca • Shimeji e shiitake • Mel com ou sem favo • Vinho de jabuticaba; • Chutney • Tempero caseiro e sal marinho

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Sanduíche de shimeji Por Gustavo Mendonça

Ingredientes: - Pão integral - Cebolinha francesa (cebolete) - Salsa crespa - Fatias de muçarela - Porção de shimeji - Azeite, sal, alho e limão para a fritada

mbmideias

Preparo Frite em azeite, alho e sal os cogumelos por cerca de dez minutos até ficarem dourados (o aroma é idêntico ao de um hambúrguer). Quando o shimeji estiver pronto, lance o suco de limão e a cebolinha mais a salsa, chacoalhe a frigideira, cubra-o com a muçarela e abafe para derreter o queijo. Prepare o pão, colocando-o na torradeira e passando uma generosa camada de catupiry.

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CAPA

Nosso Inverno é quente! Produção Patrícia Guimarães * Fotos: Jorge Queiroz

Paella Caipira

Por Paulo Cassaniga Ingredientes: 3 colheres (sopa) de azeite, 250g de bacon em cubos, 250g de lombo em cubos, 300g de peito de frango em cubos, 250g de linguiça calabresa defumada sem pele em rodelas, 2 cebolas picadas, 1 pimenta dedo-de-moça picada, 8 dentes de alho picados, açafrão a gosto, 2 litros de caldo de frango (3 tabletes de caldo de frango dissolvidos em 3 litros de água), 1/2 pimentão vermelho cortado em tiras, 1/2 pimentão verde cortado em tiras, 1/2 pimentão amarelo cortado em tiras, 400g de arroz, 150g de ervilhas frescas, 3 ovos cortados em gomos, salsinha picada, sal e pimenta-do-reino a gosto.

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Preparo: Em uma frigideira grande doure o bacon no azeite, o lombo, o frango, a linguiça, a cebola, a pimenta dedo-de-moça e o alho. Refogue tudo em fogo médio e junte arroz e açafrão. Mexa bem e coloque os pimentões em tiras. Cubra com caldo de frango e vá colocando aos poucos mais caldo se achar necessário. Verifique o sal e a pimenta-do-reino. Quando o arroz estiver quase cozido, junte as ervilhas e mexa. Abafe com papel alumínio por mais 5 minutos. Finalize com salsinha e decore com os ovos.


Paella Valenciana de Cordeiro Chef Saul (chefsaul.com.br) - Americana Ingredientes: 2Kg de pernil de cordeiro em cubos, 1kg de carré de cordeiro, 1kg de peito de frango em cubos, 1kg de pernil suíno em cubos, 1kg de linguiça fina fatiada, 2 latas de milho verde, 3 cebolas médias, 2 pimentões vermelhos, 1 xícara de salsa picada, 1,5kg de tomate picado sem sementes, 250 ml de azeite, 2 xícaras de molho de pimenta (pimentão, cebola, pimenta dedo-de-moça, óleo de girassol e sal batidos no liquidificador), 3 tabletes de caldo de carne, 2 sachês de açafrão para paella, 6 xícaras de arroz (15 xícaras de água), 4 colheres de tempero completo pronto, 1 xícara de suco de limão + 1 xícara de agua, 2 copos de vinho branco seco. Preparo: Para o caldo, leve ao fogo 15 xícaras de água, os tabletes e os sachês de açafrão. Reserve. A carne de cordeiro deve ser temperada com uma colher de tempero completo mais um copo de vinho branco seco e

dois copos de água. Deixe descansar por duas horas. O frango deve ser temperado com uma colher de tempero completo mais o vinagre, a carne de porco deve ser temperada com uma colher de sopa de tempero completo com suco de limão. Deixe descansar por uma hora. As carnes de cordeiro, frango, porco e as linguiças devem ser previamente refogadas chegando a quase fritar e reservadas. Montagem: Leve a paelleira ao fogo e deixe esquentar, adicione o azeite, as cebolas e frite até dourar. Adicione o molho de pimenta e refogue por cinco minutos. Coloque as carnes, os tomate, refogue levemente e adicione o milho, o caldo e cozinhe por cerca de 40 minutos. Em seguida, acrescente o arroz espalhando uniformemente. Deixe cozinhar o necessário para secar o caldo e deixar o arroz pronto. Coloque de forma harmoniosa os carrés e os pimentões decorando o prato. Para finalizar, desligue o fogo antes que seque totalmente, cubra com papel alumínio e abafe com pano de prato por 35 minutos. Salpique a salsa.

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Paella Marinera

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Chef Alexandre De Cerqueira (Empório Bom Peixe) Ingredientes: 400 g camarões rosa grandes e inteiros, 2 caudas de lagosta, 2 lagostas inteiras cozidas, 400g de lulas em tubos, limpas e fatiadas em anéis, 400g de lula em anéis, 1 polvo espanhol inteiro, 400g de camarões cinza limpos, 400g de mariscos limpos, 400g de mariscos inteiros cozidos, 400g de vieiras, 400g de lagostins sem casca, 4 1/2 xícaras de arroz espanhol de grão médio, 10 xícaras de caldo de camarão e mariscos, 1 lata de tomates pelados processados, azeite de oliva extra-virgem, sal, 1 pimenta dedo-de-moça, 2 envelopes de tempero paellera - marinera, 1/2 pacote de açafrão em filamentos, 1 xícara de ervilhas frescas, 1 pimentão assado e descascado, 4 dentes de alho, 1 cebola média, salsa e cebolinha francesa. Preparo: Separe os tentáculos da cabeça do polvo, lave bem e coloque-os em uma panela cobrindo com água fria. Cozinhe em fogo baixo sem ferver por aproximadamente 45 minutos até ficar macia. Corte os tentáculos em pedaços e reserve. Em uma panela aqueça o caldo e acrescente o tempero paellera e o açafrão. Corte as caudas de lagosta ao meio e reserve. Lave o arroz e deixe escorrer até secar. Aqueça a paelleira e acrescente o azeite. Em seguida, sele os camarões cinza e reserve. Sele os lagostins. Reserve. Sele as caudas de lagosta. Reserve. Acrescente mais azeite na paelleira e refogue o polvo por 3 minutos. Em seguida, acrescente toda a lula e refogue por mais 5 minutos. Acrescente as cebolas e o alho. Refogue por mais 5 minutos. Acrescente o tomate, o pimentão e a pimenta dedo-de-moça sem sementes. Deixe cozinhar por 10 minutos. Acrescente o arroz e misture bem. Acrescente o caldo de camarão e mariscos e, assim que começar a ferver, acrescente os mariscos limpos e misture. Cozinhe por 5 minutos. Em seguida acrescente os camarões cinza e os lagostins. Misture. Após essa etapa, comece a montar a decoração da paella. Primeiro distribua os camarões rosa fazendo com que eles estejam submersos para que cozinhem. Depois, coloque as cabeças das lagostas inteiras no meio da paella, espalhe as vieiras e preencha os espaços com os mariscos inteiros e as caudas de lagosta. Terminando esse passo, acrescente as ervilhas e as ervas frescas. Controle a chama para que sua paella fique no ponto certo. No fundo deve estar com uma crosta de arroz caramelizado, no meio, deve estar úmida e na parte de cima al dente.


PARABÉNS

Por dentro do Mercadão 125 anos de tradição e história rumo à modernização

Reportagem: Ronaldo Victoria

E “

m julho, o Mercado Municipal de Piracicaba está em festa, completando 125 anos. Do final do século 19 até agora, marca a paisagem da cidade com um prédio histórico no centro da cidade. A qualidade do que é oferecido no Mercado é inquestionável. Nossos legumes e frutas são fresquinhos, de primeira, como não há em outro lugar”, afirma Nilton Puga, presidente da Ascomep (Associação do Comércio Varejista do Mercado Municipal de Piracicaba). Além disso, a variedade de produtos encontrada nas 61 lojas é uma das maiores da cidade. Após esta comemoração o Mercadão entra em uma nova fase, de mudanças, de modernização. O prédio já está passando por reformas estruturais. A marca também é presença nas redes sociais e no site (mercadaodepiracicaba.com.br) o visitante pode conferir as novidades. Fazer compras também ficará mais fácil com um mecanismo que em breve será anunciado. “Estamos buscando sempre o melhor. Vamos continuar crescendo junto com a cidade”, diz Nilton. Passear por lá é se render às delícias tradicionais como pamonha, doces caseiros e o pastel, símbolo do comer bem em qualquer tradicional mercadão. São seis bancas oferecendo os pastéis com todo tipo de recheio. “E agora tivemos a inauguração de uma barraca especializada em pamonha”, diz Nilton. Pode ser mais a cara de Piracicaba?.

Se o paladar for exótico, o cliente pode encontrar carne de rã ou de cordeiro. É o que oferece o Empório da Cidade, que tem vinhos, chocolate, vodca, geleias variadas, biscoitos e massas. “Abrimos há pouco mais de dois meses e o movimento está sendo muito bom. Também vendemos muito bem o filé de pintado no espeto, pronto para o churrasco, que o piracicabano aprecia muito”, conta o proprietário, André Saito. Formado em engenharia de alimentos, André modernizou o cardápio oferecido por sua família há mais de 60 anos. A tradição dos Saito, que hoje

Paulo Ubices Neto

Marcos Massao Saito Nilton e Débora Puga

Maria Cristina Rolim Araújo

24 ◆


estão à frente de seis bancas, começou com o avô dele. “Aliás, a maioria dos comerciantes é de família antiga do Mercado”, explica. Nilton que é dono do Açougue São João confirma. Mas acrescenta que o Mercado também procura mudar seu perfil administrativo. Trocando em miúdos: há um ano e meio o entreposto comercial funciona em sistema de administração de condomínio. “É assim: temos mais independência. Isso porque a prefeitura não é mais a controladora, mas sim nossa parceira. Assim, os permissionários podem fazer mais investimentos. Mas todo ano prestamos conta”, explica. Acertada essa mudança, Nilton conta que já pensa em um novo desafio: fazer com que o público deixe de pensar que no Mercado tudo é bom... mas caro. “Às vezes, eu vejo os hipermercados, nossos principais concorrentes, com preços muito mais salgados. Mas por quê? Porque eles fazem publicidade. Então, acho que já está na hora de mostrarmos que o Mercado tem os melhores produtos e os melhores preços também.” O Mercado Municipal foi inaugurado em 5 de julho de 1888. No início funcionava apenas com a nave central do atual edifício, com a cobertura sustentada por tesouras metálicas. Só foi ampliado em 1958, quando ficou com o tamanho atual. Em 2006, foi tombado pelo Codepac (Conselho de Defesa do Patrimônio Artístico e Cultural), teve a pintura externa com as cores originais e a calçada reformada.

Claudia Modesto de Paula

O mercado foi construído pelo engenheiro Miguel Assmussen e teve as obras concluídas em 22 de fevereiro de 1887. Mas só pode ser inaugurado no ano seguinte, por conta da falta de um regulamento, elaborado então por Prudente de Moraes e Paulo Pinto.

Trança da Maria Por Dona Maria (Banca Pão de Queijo Mineiro)

Ingredientes 1kg de açúcar refinado 400g de margarina 300g de coco ralado 400g de queijo ralado 5 ovos 1 1/2 colher (sopa) de fermento em pó 1 copo de leite trigo até dar o ponto para enrolar. Preparo Misture todos os ingredientes e amasse. Em seguida, enrole e asse em forno com temperatura alta até dourar.

Fernando Jacob Pachani

Antonio Valdomiro Magro

Francisco Nivaldo Pandolfe

Daniel Tibúrcio Alex Magro

Diretoria busca aliar tradição e modernidade ◆

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RUA DOM PEDRO I

26 ◆ 14. Açougue São João 15. Pastelaria Zé do Mercado 16. Empório das Pimentas 17. Peixaria Mori 18. Casa do Artesão 19. O Comilão 20. Garfo e Faca Utilidades 21. Pão de Queijo Mineiro 22. Açougue Ubices II. Peixaria

4. Pastelaria

5. Cantinho Café

6. Box do Zezo

7. Artigos religiosos

8. Casa do Norte Boa Terra

9. Massa Pet Shops

10. Casa de Pesca Saito

11. Empório Spironello

I. Frios Torina

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13. Chá de Cozinha

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3. Pastelaria do Cenoura

entrada

3

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III

2. Empório Chocolate

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12. Frangos Pandolfe

I

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1. Comercial Lopes

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13

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www.mercadaodepiracicaba.com.br

III. Empório da Cidade

33. Banca do Papai

32. Banca do Carlão

31. Paraíso da Tapioca

30. Frangolândia

29. Tabacaria Packer e Libardi

28. Doceteria Pandolfi

27. Massas e Frios Pandolfi

26. Banca do Jura

25. Banca do Massao

24. Piraovos

23. Açougue Usberti

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entrada PRAÇA ALFREDO CARDOSO

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V

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15

IV. Fábrica di Pamonha

43. Mercearia Nardella 44. Rozada Armazém do Italiano

42. Pandolfinha Arts Presentes

41. A Italianíssima Sorvetes

40. Oscar Frutas

39. Zô Flores

38. Rosa Flores

37. Banca da Marcia

36. Banca do Valdir Pachiani

35. Banca da Eliana

34. Banca do Valter

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IV 45

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TRAVESSA NEWTON DE ALMEIDA MELLO entrada

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45. Banca do Claudio 46. Sementes 47. Pastelaria do Gil 48.Tabacaria Libardi 49. Parolina & Cia 50. Pastelaria Apetit 51. Pastelão do Mercado 52. Doces Martini 53. Stop Sucos 54. Mel Franzoni 55. Box Café 56. Doces Caseiros Jussara V. Banca do Val

entrada

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Em comemoração aos 125 anos do Mercadão, a Revista Senhora Mesa preparou este mapa especial.

RUA DOM PEDRO II

MERCADÃO MUNICIPAL

PARABÉNS



IMIGRAÇÃO

Conheça a história e a culinária típica dos tiroleses que vivem há mais de 100 anos em Piracicaba Reportagem Patrícia Guimarães * Fotos Jorge Queiroz

A

igreja central rodeada por uma praça onde o tempo parece ter congelado é a primeira imagem a ser apreciada sem pressa por quem chega ao bairro rural de Santa Olímpia, em Piracicaba, cerca de 15 quilômetros do Centro. Sentar-se em um dos bancos e simplesmente esquecer das horas traz paz até ao ser humano mais estressado que você conhece. O celular não pega lá. Logo mais à frente surge outro bairro, Santana, onde também vivem os imigrantes tiroleses (vindos da região do Trento), somando juntos cerca de 900 famílias. A região trentina, hoje autônoma, está localizada entre a Áustria e Itália e, no passado, já foi domínio de ambos os países. Quando estavam sob o domíno da Áustria, por volta de 1877, o Império Brasileiro fez propagandas para o recrutamento de imigrantes para substituir a mão-de-obra escrava. Muitas famílias vieram trabalhar nas lavouras de café do Sul e Sudeste. Em 1881, as famílias Correr, Forti, Brunelli, Pompermayer, Degaspari e Christofoletti chegaram ao Brasil. Os colonos trabalharam em Campinas e depois compraram a fazenda Santa Olímpia, em Piracicaba. Cultivaram café, algodão e cana-de-

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-açúcar, além de arroz, milho e feijão. Já o bairro Santana, também com casas reunidas em torno de uma bucólica praça, foi formado pela família Vitti, do patriarca Bartolo Vitti, a esposa Maria Sartori e os dez filhos. Em 1893, eles compraram a fazenda Sant’Ana, ao lado da vizinha Santa Olímpia, e os dois bairros formaram a Colônia Tirolesa de Piracicaba. Em Santana, a reportagem da Revista Senhora Mesa visitou algumas áreas onde os moradores cultivam parreiras para a produção do próprio vinho. Atualmente, 24 cooperados plantam, colhem as uvas e levam para processamento na cooperativa, criada em 2006. Juntos produzem 20 mil litros por ano, consumidos principalmente na Festa do Vinho, em junho, na Festa da Polenta, em julho, e vendidos em comércios do bairro. “Antigamente, cada morador fazia o seu próprio vinho e tínhamos diferentes sabores. Com a cooperativa, conseguimos assessoria do Sebrae para a fabricação e descobrimos os tipos de uva que mais se encaixavam em nossas condições de clima e solo,” conta Maria Justina Vitti, coordenadora da Coopervin. Os cooperados também participaram de um curso de empreendedorismo com o Senac e a Setur (Secretaria Municipal de Turismo).


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A colheita é feita entre dezembro e março, de uvas Bordô e Isabel. Este ano, começaram os testes com Cabernet Sauvignon. O processo de produção é artesanal e o vinho fica seis meses nos tonéis. As garrafas são envasadas uma de cada vez e os rótulos também são colados manualmente. Quem prova os vinhos para testar o sabor é a própria Maria. “Bebo todos os dias uma taça do tinto suave”, conta. Da mesma produção são feitos também o tinto seco, branco seco suave, rosê e um espumante. Nas sextas, sábados e domingos, com exceção do horário da missa, quando fecha as portas demonstrando respeito, o Café Tirol, em Santa Olímpia, recebe os visitantes com comidas tirolesas típicas. Ivan Correr é quem comanda a cozinha e atende os convidados. Foi ele quem recebeu a nossa reportagem para revelar os segredos da cozinha dos antigos colonos.

Soda Italiana Por Ivan Correr

Ingredientes 180 ml de água gaseificada gelo a gosto, 50 ml de xarope de frutas (o da foto é de maçã verde) Preparo Coloque o xarope da fruta em um copo alto. Adicione a água gaseificada e complete com gelo.

Maria Justina Vitti

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Strudel (5 unidades pequenas) Por Ivan Correr

Ingredientes Massa 300g de massa folhada Recheio 1 maçã grande ou 2 pequenas em cubinhos 3 colheres (sopa) de uvas passas 8 unidades de nozes picadas 2 colheres rasas (sopa) de açúcar 1 colher (café) de canela em pó 1 colher (sopa) suco de limão 2 colheres (sopa) de água

Preparo Misture todos os ingredientes e regue com 1 colher (sopa) de suco de limão misturada com 2 colheres (sopa) de água, isso evita que a maçã fique escura. Abra a massa, polvilhe uma camadinha fina de farinha de rosca (para absorver o líquido que a maçã solta) e enrole. Pincele ovo batido (clara + gema) e leve ao forno pré-aquecido em 220º por cerca de 20 minutos ou até dourar. Polvilhe açúcar com canela e sirva com chantilly e sorvete de creme.

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Grostoi ou Grostoli (pastel típico) Por Ivan Correr

Ingredientes 4 ovos 1 e 1/2 xícaras (chá) açúcar 1/2 xícara (chá) óleo 4 colher (chá) fermento 1 e 1/2 xícara (chá) de leite farinha de trigo suficiente óleo para fritar açúcar e canela para polvilhar. Preparo Em uma tigela, bata os ovos com o açúcar, o óleo e o fermento. Junte o leite e vá adicionando a farinha de trigo aos poucos, até a massa desgrudar da tigela. Sove e corte em retângulos. Feche as duas pontas formando um triângulo. Frite em óleo quente e polvilhe com açúcar e canela para servir.

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Bolo de Cholocate da Nona Por Ivan Correr

Ingredientes 3 xícaras de farinha de trigo 2 xícaras de açúcar 1 colher de sopa de fermento em pó 1 e ½ xícara de água quente 3 ovos 1 xícara de óleo 1 xícara de achocolatado em pó Preparo Bata no liquidificador os ovos, o achocolatado em pó, o açúcar, o óleo e a água quente. Depois, vá acrescentando a farinha aos poucos e deixe bater bem. Desligue o liquidificador, acrescente o fermento e mexa com cuidado, mas o suficiente para envolver todo o fermento na massa. Coloque em uma assadeira untada e leve ao forno pré-aquecido (180°) por cerca de 30 minutos. A Colônia Tirolesa de Piracicaba é formada pelos bairros Santana e Santa Olímpia, que recebem turistas aos finais de semana e possuem até uma rota tirolesa, que leva o visitante para conhecer os principais pontos históricos dos bairros, além da tradicional culinária dos colonos. www.rotatirolesa.com.br.




DIA DOS PAIS

Entre pais e panelas Pais e filhos contam (e mostram!) como a gastronomia é capaz de influenciar, unir, agregar e fortalecer a relação. A receita principal continua sendo o amor... Reportagem Ronaldo Victoria * Fotos: Jorge Queiroz

TEMPERO ÁRABE O chef Jota Tacla cresceu apreciando a dedicação à culinária árabe feita por seu pai, o engenheiro aposentado João Tacla. Mas só resolveu seguir a profissão depois de uma viagem a Londres, há dez anos, para aperfeiçoar o inglês. “Comecei trabalhando num restaurante, o The Engineer. O início foi igual ao de todo mundo: lavando prato. Fui crescendo aos poucos: fazendo salada, sobremesa, entrada, sessão fria, sessão quente e depois controlando a cozinha”, lembra. Funcionou como um aprendizado prático de gastronomia, já que se considera autodidata e fez um curso rápido de cozinha no Senac, quando retornou a Piracicaba. “Meu pai teve muita influência, pela ligação da família com a gastronomia, tradição que vem de longe”, conta. A comida árabe está na vida de Jota desde os tempos de sua avó Mariana, que ensinava as filhas a cozinhar. “Naquele tempo os homens não eram incluídos nessas aulas. Com o tempo, eu fui ficando mais próximo de minha mãe, que tinha grande habilidade em pilotar o fogão, e acabei gostando”. O engenheiro lembra que cozinhar tem segredos. Para que o quibe fique mais solto, sem aquele

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aspecto empastado, é preciso usar um trigo para quibe de primeira qualidade e deixá-lo de molho por um dia. Para ele, que atende encomendas por telefone (3301-1207), cozinhar é união. “As famílias árabes são muito unidas. A cozinha das casas árabes sempre foi um lugar quente, um espaço de encontro onde se pode aprender e onde as tradições são passadas entre as gerações”, garante. Por isso, ele fornece aos leitores da Revista Senhora Mesa uma receita das mais tradicionais da família.


CHARUTO DE FOLHA DE UVA Chef Jota Tacla

Ingredientes (40 un.)

Preparo

Folhas de uva frescas

Misture a carne, o arroz e os temperos. Estenda as folhas de uva numa mesa ou numa tábua. Coloque as folhas com o avesso para cima. Coloque um pouco de carne com arroz em cada folha e faça um envelope. Coloque os charutos na panela de pressão forrada com a carne. Cubra com água. Depois coloque um peso ou um prato simples em cima para que eles não se desmanchem durante o cozimento. Cozinhe por 30 minutos. Destampe e esprema o suco de um limão na panela e deixe ferver por mais sete minutos.

Meio quilo de carne moída de primeira Meia xícara (chá) de arroz branco cru lavado Sal a gosto Uma colher (chá) de pimenta síria Uma colher (chá) de pimenta-do-reino Meio quilo de carne cortada em bife para forrar a panela

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HOBBY SABOROSO Caroline Sermarini concluiu o curso de gastronomia da Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba), mas nunca quis trabalhar na área. “Eu fiz mais por hobby, como algo que me complementa”. Ela trabalha com o pai, o empresário Silvio Luiz Sermarini, e veio dele também o gosto de lidar com as panelas. “Ele é quem inventa pratos. Faz um peixe muito bom, e um macarrão na panela de pressão que é muito elogiado”, conta. Esse incentivo foi unido ao que aprendeu na faculdade. “A técnica é interessante, mas eu não perco meu lado curioso, de querer descobrir novos pratos.” Foi natural que Silvio transmitisse esse amor pela gastronomia à filha, já que convive com as panelas desde que tinha 13 anos. “Meu primeiro prato foi macarrão, que é mais fácil. Mas não acho que fazer um macarrão seja só ferver a massa e abrir uma lata de molho de tomate comprado no supermercado”, explica.

Carinho, cuidado, atenção. É disso que Silvio fala na hora de escolher um peixe (ele prefere os mais fibrosos, como abadejo ou linguado), que tempera com alho, cebola e sal, sem inventar muito. Ou de mostrar seus dotes de churrasqueiro, quando reúne amigos na casa que divide com a esposa Magali e a filha Carol. Já Caroline gosta de fazer risotos e também massas. E ensina um prato especial, o Spaghetti Nero com Anéis de Lula

SPAGHETTI NERO COM ANÉIS DE LULA Ingredientes 500g de spaghetti 400g de anéis de lula Medalhões de salmão Para o molho bechamel 1 colher (sopa) cebola 2 colheres (sopa) de manteiga 2 colheres (sopa) de trigo 1 gema 500ml de leite 30g de gergelim preto Alho, sal e pimenta-do-reino a gosto Azeite Preparo Aqueça a água do macarrão com uma pitada de sal. Tempere os medalhões de salmão com sal, alho triturado e pimenta-do-reino. Aqueça a água para os anéis de lula com o vinagre. Quando ferver, corte os anéis de lula, marque um minuto, retire do fogo e dê um choque térmico, com água bem gelada. Para o molho, siga a receita na sequência. Quando estiver quase no ponto, acrescente os anéis de lula e deixe ferver por mais cinco minutos. Passe um lado do medalhão de salmão no gergelim preto. Aqueça o azeite numa panela de teflon. Acrescente o medalhão do lado sem gergelim e deixe grelhar. Vire do lado do gergelim por pouco tempo. 38 ◆

Caroline e Silvio Sermarini


SIMPLES E GOSTOSO O publicitário Maurici Scarpari também tem a gastronomia como hobby. “Eu lembro que meu gosto por cozinhar começou com minha avó. Eu sempre experimento, adoro inventar pratos”, conta. Fora essas experiências, Maurici se define como o tipo ‘rápido e básico’. E aí vem a influência do pai, o bancário aposentado Luiz Antonio Scarpari, que gosta de pratos mais simples. “Eu não diria que sou um especialista no assunto, mas sou dos que não se apertam. Faço um bom peixe, uma macarronada. Não morro de fome”, brinca. Hoje Luiz não passa sufoco na hora de preparar um peixe: prefere piapara, que faz sem pele e inteira, sem abrir ao meio. “Faço assada, com tempero simples, só limão e sal. Vai ao forno baixo por três horas, sem cobrir com alumínio”, ensina. Para Luiz, gastronomia é sinônimo de união. “Além de ser uma arte, é a reunião em família que conta. Como eu sou descendente de italianos e espanhóis, essa união é fundamental”, diz.

MACARRÃO COM FRANGO E ESPECIARIAS Ingredientes Alho ralado a gosto Limão e sal a gosto Noz-moscada e ervas finas 400g de frango (coxa e sobrecoxa) cortado Deixe marinar por duas horas e depois frite Molho 1 lata de tomates pelados 2 dentes de alho Noz-moscada Preparo Frite dois dentes de alho grande sem picar até pegar o sabor. Coloque os tomates pelados com um pouco de sal no fogo baixo e deixe reduzir. Os dentes de alho vão ficando amolecidos. No final, jogue um risco de noz-moscada e três folhinhas de manjericão sem fritar.

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PIZZA

( Uma das 7 Maravilhas ) Em julho celebramos a criação desta saborosa e simples receita italiana, que é um dos pratos mais consumidos no mundo todo

Reportagem Patrícia Guimarães * Fotos Jorge Queiroz

U

m disco redondo é assado rapidamente em forno bem quente. Em poucos minutos os recheios borbulham, as bordas ficam crocantes, a cor dourada e o aroma só de pensar já fazem dar água na boca. Pizza, eu quero uma pizza! Tecnicamente falando, minúsculas bolsas de ar na massa são expandidas pela água em rápida vaporização, o que faz o pão crescer quase sem necessidade de fermentação, sem formação de glúten forte.

Conta a história que a massa foi descoberta no Oriente Médio ao misturarem farinha de cereais com água. Em pouco tempo, os egípcios resolveram acrescentar fermento, ervas e, na sequência, os fenícios e etruscos criaram as primeiras coberturas. Estes últimos ocupavam a região onde hoje é a Toscana, na Itália, e foi lá que a massa achatada ganhou fama. Conta a ‘lenda’ que os gregos tam-

40 ◆

bém deram sua contribuição para esta receita.

Podemos dizer que a pizza é patrimônio mundial e uma das sete maravilhas da gastronomia. É difícil conhecer uma pessoa que não goste de pizza. Na forma redonda é possível acrescentar o recheio que vier à cabeça, fazer combinações inusitadas e agradar até mesmo aos paladares mais exigentes. Simples e extremamente aromático, o primeiro recheio a ficar famoso foi o Margherita, em homenagem à rainha italiana Margherita di Savoia que, em 1889, visitou Nápoles. O pizzaiolo Rafaelle Esposito usou ingredientes para que juntos fizessem referência à bandeira da Itália. Por isso o queijo, rodelas de tomates e manjericão. A convite da Revista Senhora Mesa, as pizzarias Babbo Giovanni, Micheluccio e Forlen mostraram suas coberturas favoritas.


Babbo Giovanni A franquia Babbo Giovanni, em Piracicaba, é comandada pelos sócios André Giovanni e Jheison Oliveira que contam com a referência de uma pizzaria criada em 1917 pelos Tussato, uma família de imigrantes italianos que se fixaram no interior de São Paulo no início do século 20. Além de receber no charmoso salão restaurado na rua Luiz de Queiroz, oferecem o delivery e pizza para eventos. A escolha do sabor é em homenagem à rua em que estão fixados. A combinação ousada é uma das mais pedidas pelos clientes. www.babbogiovanni.com.br Luiz de Queiroz Molho de tomate, linguiça de javali, pistache moído, alecrim e cebola-roxa.

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Forlen Depois de concluir o curso de engenharia mecânica, Carlos Alberto Prochnow resolveu abrir o próprio negócio e, em setembro de 1988, surgiu a pizzaria Forlen em Piracicaba. “Fomos os primeiros a implantar o sistema de rodízio na cidade”. De lá para cá já são quase 25 anos de história. “Alguns clientes vinham quando estavam namorando, depois casados e agora frequentam com os filhos e netos”. A esposa Rosângela Lopes Prochnow entrou em trabalho de parto trabalhando na pizzaria. “Somos uma grande família”, diz ela. Este ano o restaurante ganhou pelo sétimo ano consecutivo o Top of Mind realizado pela Gazeta de Piracicaba e escolheu sabores inusitados para celebrar a conquista. www.forlen.com.br Salmão Molho de tomate, muçarela, lascas de salmão, lascas de gorgonzola, alcaparras, azeitonas pretas e orégano.

Micheluccio Em agosto de 1995, a nutricionista descendente de italianos Daniella Giannetti Delfini abriu as portas da Micheluccio em Piracicaba. “A pizza sempre foi muito presente na mesa da minha família”. Apesar de ser uma franquia, a casa tem liberdade para montar novos sabores e ela aposta em alimentos saudáveis. Nesta criação própria, o blanquet de peru ganha aroma com o alho-poró e a muçarela de búfala. www.pizzariamicheluccio.com.br À Moda do Chef Molho de tomate, muçarela de búfala, cream cheese, alho-poró, blanquet de peru, tomate-cereja e parmesão.

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Massa para pizza forno à gás (5 porções) Ingredientes 1 kg farinha de trigo 1 ovo 20 gr açúcar 10 gr sal 500 ml água 40 ml óleo 15 gr fermento biológico fresco (ou 1 envelope biológico seco)

Preparo Com fermento biológico Adicione primeiro o açúcar e o fermento e misture até que dissolva todo o fermento. Depois acrescente a gema, óleo, água, sal e misture bem. Por último coloque a farinha. Com fermento seco

Massa para pizza forno à lenha (5 porções) Ingredientes

O Chef Máinon Covolam atende u 20 gr sal prontamente o pedido da 20 gr açúcar Revista Senhora Mesa e deu 20 gr fermento para dicas infalíveis de duas pizza 80 ml conhaque receitas de massa. quanto basta de água 1 kg de farinha de trigo

20 ml de azeite de oliva

(para dar o ponto)

Preparo Em um recipiente grande misture a farinha e o fermen-

Primeiro adicione os ingredientes secos (farinha, sal, açúcar) e misture bem. Em seguida adicione os ingredientes líquidos.

to. Adicione na sequência o azeite, o açúcar, conhaque

2º Passo (Para os dois tipos de fermento)

sa em bolas do tamanho de uma laranja e coloque sobre

Misture bem sem apertar a massa até virar uma farofa. Sobe bastante até virar uma massa lisa e homogênea. Cubra com um pano úmido e deixe descansar por 30 minutos ou até dobrar o seu tamanho. Divida a massa em cinco partes iguais. Abra com um rolo e pré-asse os discos de pizza em um forno pré-aquecido em temperatura alta. Depois é só montar o sabor que deseja e assar.

e sal. Adicione água aos poucos até a massa soltar das mãos. Sove bastante a massa. Em seguida, divida a masuma superfície plana untada com farinha e deixe crescer por duas horas. É importante que você cubra as bolas de massa com um pano úmido para que ela não forme uma crosta seca. Depois abra a pizza em uma superfície plana e lisa com um pouco de farinha espalhada na superfície. Use um rolo de mármore se possível. Facilita na abertura da massa e ela fica com uma espessura uniforme.

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MESTRE CERVEJEIRO por Ilceu Dimer

Origens da cerveja A

cerveja é uma bebida muito antiga e estima-se que tenha sido criada por volta de 6000 a.C na Mesopotâmia, onde surgiram as primeiras civilizações e onde atualmente localiza-se o Iraque. Por ali correm dois rios praticamente paralelos, o Tigre e o Eufrates. Entre eles existia um vale repleto de verde e vida, prontinho para ser cultivado.

Quem produzia as cervejas eram as mulheres. Tarefa que lhes era imposta pela cultura da época. Ao homem cabia a busca pelo sustento da família por meio da caça. A mulher era responsável pelas atividades domésticas e pela colheita dos cereias para produção do pão. Por obra do acaso, uma vasilha contendo cevada foi esquecida ao relento e, pela ação da umidade, o cereal germinou.

O processo de germinação e secagem do grão é chamado de malteação, ou seja, transformação da cevada em malte. É durante a germinação que surgem as enzimas (proteínas) que irão transformar o amido do malte em açúcar; resultando na formação de um extrato que, depois de fermentado, resulta na cerveja que apreciamos. As cervejas estavam relacionadas à alimentação. Uma bebida rica em sais minerais, vitaminas e calorias. Por isso, é chamada de ‘pão líquido’, uma vez que eram nutritivas e tinham como origem a produção do pão. Neste espaço iremos abordar nas próximas edições os vários tipos de cerveja encontrados hoje no mercado e vem ganhando cada vez mais espaço no paladar dos gourmets. Fonte: Cervejas; Brejas e Birras, de Maurício Beltramelli Mauricio:

Ilceu Dimer é cervejeiro com 35 anos de experiência, reconhecido pela Câmara da Indústria e Comércio da Baviera.

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COMA MAIS

Nozes Foto Jorge Queiroz

E

ssa oleaginosa pequena tem muito mais poder do que aparenta. A noz possui nutrientes capazes de ajudar a controlar a

pressão arterial, reduzir a taxa de colesterol ruim, além de ser fonte de Ômega 3 e 6, vitaminas C e E, zinco e potássio. Coma pelo menos três por dia. Achou que é muito benefício pra uma noz só?

Agora imagine ela no recheio de uma torta, dentro de uma trufa, no brigadeiro de um bolo...

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CLÁSSICOS DE INVERNO

Esse Inverno vai ser sopa! Confira seis receitas incríveis elaboradas pelo Pavanelli Ristorante

Reportagem Ronaldo Victoria * Fotos: Jorge Queiroz

Os termômetros já mandaram avisar, desde o começo de junho, que o friozinho vai mesmo dar o ar da graça nesse país tropical. Para esses dias (ou noites), nada melhor do que uma sopa para aquecer, seja como prato principal ou como entrada. No Pavanelli Loja e Ristorante em Piracicaba, as sopas fazem parte do cardápio no almoço executivo, que acontece de segunda a sexta-feira,

das 12h às 15h (a casa também abre nesse período aos sábados e domingos). Mas a gerente Daniele Pavanelli Fidélis conta que o restaurante pode incluir novas opções futuramente no cardápio. Enquanto isso, os dois jovens e talentosos chefs da casa, o paulista de Ubatuba Thiago Spin e o barbarense Cristiano Gomes oferecem com exclusividade para os leitores da Revista Senhora Mesa deliciosas e inovadoras opções de sopas e cremes.

De um lado, a criatividade de Cristiano, e do outro, a praticidade de Thiago.

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SOPA CREME DE ABÓBORA COM QUEIJO COALHO E BANANA-DA-TERRA

SOPA DE ABÓBORA COM SHITAKE

SOPA DE CAMARÃO COM ROQUEFORT

RATATOUILLE ◆

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SOPA CREME DE ABÓBORA COM QUEIJO COALHO E BANANA-DA-TERRA Ingredientes Meia abóbora cabotiã média 2 banana- da-terra

Ingredientes 200g de camarão 1 pitada de semente de coentro 1 cebola roxa

1 queijo coalho

2 folhas de sálvia

Salsão, tomilho, orégano, sálvia e cebola roxa a gosto

5 folhas de manjericão

Um copo de cachaça

1 fio de azeite de dendê

Manteiga e azeite a gosto

50ml de leite de coco

Preparo

50g de roquefort

Asse a abóbora a 50ºC, durante meia-hora, com os temperos, a cachaça, o azeite e a manteiga. Acrescente as bananas. Depois puxe na panela com manteiga, creme de leite e fundo de legumes. “Para ficar com a consistência de sopa creme, bata no liquidificador e acrescente o sal. Grelhe o queijo coalho e ponha sobre a sopa. Coloque uma folha de couve bem picadinha para decorar”, orienta Cristiano.

Preparo

SOPA DE ABÓBORA COM SHITAKE

RATATOUILLE

Ingredientes

Ingredientes

Meia abóbora para doce 100g de shitake

Meia berinjela

200g de manteiga

Meio pimentão verde

1 dente de alho

Meio pimentão vermelho

Caldo de legumes

1 tomate sem pele e sem semente

Preparo Descasque a abóbora e coloque para cozinhar com o caldo de legumes. Reserve. Numa frigideira, pique o shitake em cubos pequenos, sem o talo e puxe com a manteiga. Acrescente o caldo. “Acerte o sal e na hora de servir decore com croutons para dar um bom efeito”, diz Thiago.

50 ◆

SOPA DE CAMARÃO COM ROQUEFORT

Puxe o camarão com coentro, cebola, dendê, sálvia e manjericão. Deixe dourar e faça um fundo de legumes. Adicione o leite de coco, deixe refogar por cinco minutos e peneire. “Depois de acertar o sal, na hora de servir coloque o roquefort picado”,

Meia abóbora italiana Meia cebola roxa. Preparo Refogue todos os legumes, coloque 100 ml de vinho branco e duas colheres de molho de tomate. Adicione sal. “Coloque por cima folhas de couve na hora de servir”, aconselha Cristiano.


CALDO DE CAPIM-SANTO Ingredientes 2 batatas médias 2 tiras de capim-santo 300ml de caldo de legumes 30g de manteiga Creme de leite a gosto Preparo

Mais que um espaço gourmet

Loja e Ristorante: Rua Riachuelo, 798 – Centro | Piracicaba/SP • 19 3433.5929 | 3434.9813 casapavanelli.com.br

mbmideias

Junte todos os ingredientes numa panela, espere ferver e passe no liquidificador. Depois peneira. “É fácil de fazer e cai bem no frio”, diz Thiago.


DICAS

Mangia, che ti fa bene...

Fotógrafa premiada e uma das mais conceituadas agentes de viagem do país, Mônica Corazza Stefani entende tudo de comer bem. Afinal, suas andanças pelo mundo a aproximaram da cultura gastronômica de dezenas de países, especialmente a Itália, terra-natal de seu marido Lorenzo Stefani. Aqui ela dá dicas preciosas para quem quer conhecer de fato a mais tradicional culinária italiana.

1-Verona: Na Tratoria la Colonna a grande pedida é o Spaghetti al Ragú e Cotoletta alla Milanese (mas de carne suína!). Peça vinho tinto Valpolicella ou Bardolino. 2- Trento: A dica é o Ristorante e Birreria Pedavena. Além de fabricarem a cerveja, servem deliciosa comida típica regional como Crauti e Goulash. Se preferir vinho, peça o tinto regional Marzemino. 3- Roma: Na capital italiana não deixe de ir ao Alfredo alla Scrofa, onde é servido o legítimo fettuccine. 4- Valeggio Sul Mincio: O restaurante Santa Lucia ai Monti serve o melhor Tortelli de Abóbora que se possa imaginar, entre outras coisas e outros vinhos... 5- Milão: Prato típico napolitano, feito com massa

52 ◆

de pizza, recheado e frito em óleo quente, o panzerotti mais famoso da Milão pode ser degustado no Panzerotti al Luini. Divino! 6- Veneza: Pizza al Taglio (pizzas em formato retangular), via Zaguri, próximo ao Campo San Maurizio. 7- Amalfi: Não deixe de provar o Limoncello di Amalfi , delicioso licor de limão, típico da Península Amalfitana. 8- Taormina: Prove os deliciosos Canolli, doce típico da região siciliana. 9- Padova: O Capeletti Padovano é imperdível. Você encontra no Restaurante Da Giovanni. 10- Firenze: Deleite-se na Pizzaria Funiculi , via Il Prato, 83.



É POP

Fauchon, a ‘Disney’ das pâtisseries Reportagem e Produção Patrícia Guimarães

C

onhecer a loja da Fauchon, em Paris, em seu primeiro endereço, na Place de la Madeleine, é o mesmo que passear pela Disney, porém das confeitarias, e nas cores rosa e preto. Afinal, onde mais venderiam foie gras de canard em latinha pink ou éclair com o rosto da Brigitte Bardot? Tudo ali é lindo e esteticamente perfeito. As cores dos doces saltam aos olhos e as embalagens nos fazem desejar encher a cesta. A haute couture das docerias! Em maio, estive na Cidade Luz, precisamente no feriado da Semana Santa, no que era para ser o início da Primavera por lá. Acabei compartilhando com os europeus um dos Invernos mais longos e gelados dos últimos anos. Já havia programado percorrer mais de cinco confeitarias, mas foi na Fauchon que tomei meu café da manhã, lanche da tarde e sobremesa por mais vezes. Sem planejar, meu hotel ficava a três quadras da Place de la Madeleine e a confeitaria bem em frente à maravilhosa e opulenta igreja de mesmo nome. Quase ao lado da pâtisserie fica a boulangerie, a padaria da Fauchon, onde você pode encontrar pães, queijos, lanches, croissants, doces e até água da marca. Confesso que não havia pesquisado a história da confeitaria, que foi aberta em 1886, por Auguste Fau-

54 ◆

chon. A marca conseguiu se reinventar depois de mais de um século de existência, em 2004, mudando toda a identidade visual. A loja em Madeleine chegou a fechar e reabriu em 2007, redesenhada pelo arquiteto Christian Biecher, que possui trabalhos em todo o mundo.


Em junho deste ano, eles homenagearam os 80 anos da Lacoste com três versões limitadas de éclairs (conhecida aqui no Brasil por bomba), com a textura do algodão piquet, cores e o crocodilo de marshmallow. A vitrine com os tradicionais macarons ativa seus sentimentos mais ocultos por doces, com versões em chocolate, baunilha, caramelo, rosa-framboesa, pistache e maracujá. A marca gosta de surpreender. Provei o doce Le Megève e só consegui pensar em ‘quanta felicidade’ ao comer aquilo: merengue francês com baunilha do Taiti, suave ganache de chocolate escuro, praliné e um biscoito crocante de cacau ligeiramente amargo. Impossível ser ruim. Trouxe para casa alguns kits de presentes que possuem desde especiarias bacanas e incomuns, a foie gras, chocolate e chás. As latinhas de Madeleine (bolinho amanteigado) ou de qualquer outro produto que encontrar lá são lindas e além de comer o que elas trazem dentro, podem ser usadas para decorar a cozinha. A

Fauchon também assina diversos rótulos de vinhos divididos em Séries Limitadas, Grandes Regiões e Grandes Uvas. A Fauchon é pop. E nada mais inventivo e delicioso que tradição, modernidade e gastronomia de qualidade reunidas em um só lugar.


ARTIGO por Daniele Pavanelli Fidelis

Vinho e Inverno:

casamento perfeito

S

e eu tivesse que escrever apenas meia linha na coluna de hoje diria: Vinho e Inverno, o casamento perfeito.

A estação mais charmosa e aconchegante do ano chegou, e junto com ela algumas prioridades na nossa mesa. Quais são as comidinhas que você não deixa de ter à disposição assim que o friozinho chega? Selecionei aquelas que não faltam na minha casa e harmonizei com a bebida mais apreciada do Inverno: o vinho! Acredito que até os cervejeiros de plantão se rendem a uma boa taça nesta época do ano. Deixe seu Inverno mais aquecido e saboroso com estas sugestões: 1) Queijos: a dupla queijo e vinho é consagrada em todo o mundo, mas este casamento considerado perfeito foi colocado em dúvida nos últimos anos, afinal, o sabor e a textura de muitos queijos são muito fortes para a maioria dos vinhos. Para acertar, o segredo é um só: o sabor do queijo deve se sobrepor ao sabor do vinho. Por isso, queijos leves, de massa branca e não-curados, nunca devem ser servidos junto com vinhos encorpados, principalmente com aqueles que passaram por madeira. Há harmonizações clássicas como queijo roquefort com Sauternes, queijo brie ou camembert com champagne, queijo de cabra com um Sancerre, parmesão com um Chianti ou Barolo, e cheddar com vinho do Porto. 2) Caldos e sopas: caldos leves à base de legumes e vegetais devem ser harmonizados com vinhos brancos leves, enquanto que caldos mais espessos

e encorpados casam bem com tintos de mais volume como um Malbec argentino ou um Cabernet Sauvignon chileno. Outra dica muito útil é que você deve servir os vinhos ligeiramente resfriados – tanto os brancos, como os tintos – caso contrário, o álcool dominará todo o paladar. 3) Fondues: Quem é que não aguarda ansiosamente o Inverno chegar para se deliciar com um fondue bem feito? Pra melhorar, só se for servido com um bom vinho. Fondue de carne não tem erro, casa com um tinto mais encorpado como um Malbec, Cabernet Sauvignon ou Carmenere. Já o fondue de queijo divide opiniões. Particularmente gosto de harmonizar com um vinho tinto pouco tânico, leve e fácil de beber. É perfeito na companhia de um Pinot Noir do Novo Mundo ou de um Bordeaux (mistura Cabernet – Merlot). Se você optar por vinhos brancos, escolha os mais estruturados, como um Chardonnay Reserva ou um Chablis. 4) Risotos: Apesar de não ser um prato típico do Inverno, eu ainda prefiro apreciá-lo durante a estação mais fria do ano. O que vai contar para uma boa harmonização é novamente o seu ingrediente principal. Por exemplo, para um risoto de queijos, legumes ou frango, um Chardonnay vai muito bem; para um risoto de frutas (limão, morango), ou de peixes e frutos do mar, aconselho um Sauvignon Blanc que é mais frutado e perfumado. Para risotos encorpados, como funghi e mignon, um tinto das uvas Sangiovese (Chianti), Corvina, Molinara e Rondinella (Valpolicella, Amarone) são perfeitos. Daniele Pavanelli Fidelis é apreciadora de vinhos e da boa gastronomia. Participou de inúmeros cursos de sommelier e atualmente ministra palestras e treinamentos. “Sou uma apaixonada pelas boas coisas da vida em busca constante de aprendizado”. daniele@casapavanelli.com.br

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COMA MAIS

Saberes do Sabor no Makro

alvesgrill.com.br

o d n e c e r e f o s o n a Mais de 15 e variedade qualidade

Foto Alessandro Maschio

Por fora, uma carreta normal parada no estacionamento do Makro Atacadista, em Piracicaba, parecia transportar algum produto comum. Mas por dentro, duas cozinhas superequipadas com fornos, fogões, televisores, geladeiras, adega e eletrodomésticos industriais, revelavam que a carreta levava dentro conteúdo e saber para milhares de clientes.

O evento foi realizado em Piracicaba pela terceira vez, em abril, e contou com lotação máxima. “Oferecemos soluções aos nossos clientes e eles nos veem como parceiros,” diz Ana Carolina Mantovani, gerente geral da loja. “O nosso foco é no cliente profissional. Trabalhamos para o sucesso dos estabelecimentos que gerenciam,” afirmou Marcelo Abrantes Pinheiro, diretor regional de operações. Mais informações no site www.makro.com.br

Projetos personalizados | Churrasqueiras | Lareiras | Acessórios mbmideias

A carreta do Makro percorre durante o ano as lojas do atacadista, realizando a Semana do Cliente Profissional, do projeto Sabor & Saber, quando são oferecidos cursos e palestras em espaços diferenciados. Durante três dias são realizadas oficinas que duram até duas horas. A aula comporta até 50 pessoas. Foi em uma destas aulas que Agostinho Benites, proprietário do famoso restaurante Mirante, de Piracicaba, fez cursos de fluxo de caixa e gerenciamento de compras. “O curso é objetivo e claro. No outro dia já dá para colocar em prática,” disse.

Conheça nossas opções para o seu espaço gourmet! Piracicaba Av. São Paulo, 349 - Paulicéia 19 3437.3322

Limeira Rua Alecrim, 134 - Granja Machado 19 3442.1307


VINHO por Diego Arrebola

Por um interior (eno)gastronômico!

O

lá leitor! Estreio aqui minha participa-

isso tudo como uma introdução à tônica desta co-

ção neste espaço da revista Senhora

luna e à minha própria história. Nasci e vivo no

Mesa, onde vamos conversar sobre vi-

interior, em Campinas; estudei, trabalhei e me de-

nhos, bebidas, gastronomia e outros assuntos afins. senvolvi profissionalmente aqui no interior, e foi É sempre uma grande alegria quando tenho a

vivendo e atuando aqui que alcancei a posição

oportunidade de atingir um público qualificado e

de melhor sommelier do Brasil, vencendo o último

apaixonado, como o que encontramos aqui no nos-

concurso brasileiro, ano passado. Ainda que atu-

so interior. Por muito tempo, a culinária típica, e

ando de forma mais incisiva em São Paulo, ain-

mesmo a alta gastronomia aqui praticadas, foram

da é aqui minha ‘base’ e é aqui que eu aposto no

colocadas à margem daquela execida na capital

crescimento da nossa cultura eno-gastronômica; é

e nos grandes centros. Nossos profissionais tinham

aqui que, creio eu, o mais dinâmico dos cenários se

duas opções: se mudar para cidades maiores ou in-

configura, com novos nomes e novos restaurantes

sistir em perseguir seus sonhos aqui mesmo nesta

surgindo a cada dia.

nossa terra, como um Dom Quixote das panelas,

em particular, cada vez mais os distribuidores e

enfrentando moinhos com uma espátula nas mãos.

importadores voltam suas atenções para cá, fugin-

Do outro lado do balcão, nosso público, muitas ve-

do, em parte, do saturado mercado paulistano, e

zes de forma inocente, desmerecia o trabalho da-

ampliando de modo muito significativo a oferta

queles que aqui atuavam, sempre se dispondo a

de rótulos e de bons eventos ligados ao vinho por

desembolsar seus ganhos nos grandes centros, e

aqui, permitindo que as melhores opções do mer-

nutrindo uma impressão quase que patológica de

cado estejam, cada vez mais, disponíveis aos nos-

que os mesmos produtos, oferecidos aqui em por-

sos consumidores. Neste espaço, nas edições que

ções ainda maiores, eram caros demais. Bom, nem

virão, vamos falar um pouco mais sobre estes bons

tudo (ainda) mudou; ainda temos muitos profis-

eventos, sobre os bons restaurantes, e as muitas

sionais de alto gabarito migrando para as capi-

possibilidades que você tem, hoje, de desfrutar de

tais; ainda temos preços altos e amadorismo em

boa comida e bons vinhos. Sem precisar passar da

nossos restaurantes; ainda temos clientes que al-

Serra do Japi, vamos falar de vinhos e de muito

moçam por R$ 300 em São Paulo, mas acham um

mais daquilo que podemos encontrar de bom em

executivo de R$ 39,90 caro aqui em casa; tudo

nossas cidades; e eu espero, sinceramente, poder

isso ainda é realidade, mas é felizmente um cená-

contar com a sua companhia nesta jornada. Des-

rio em fase de mudança, e para melhor. E s c r e v i

frute do nosso interior (eno)gastronômico!

No que se refere ao vinho,

Diego Arrebola é sommelier profissional formado no Brasil e na Itália; atual vencedor do Concurso Nacional sendo considerado o Melhor Sommelier do Brasil e representante no Mundial de 2013. É hoje Head-Sommelier do grupo Pobre Juan. diego@profissaosommelier.com 58 ◆


Eleito em 2013 o Melhor Blog de Gastronomia do Brasil

pelo Júri Especializado do TOP BLOG - Maior premiação da Internet Brasileira! facebook.com/senhoramesa

@senhoramesa

senhoramesa

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Sorteiam 5 jantares com acompanhante!

Responda a frase:

O que aquece o seu inverno?

As 5 respostas mais criativas serão presenteadas com jantar no valor de R$ 250,00. Recorte o cupom e deposite na urna no Empório Santa Clara (Rua Dom Pedro I, 615 – Centro – Piracicaba). Segunda a sábado, a partir das 10h. Promoção válida até o dia 10 de agosto. Sorteio dia 12 agosto.

O que aquece o seu inverno? Nome: Email: Telefone:

senhoramesa.com.br *veja o regulamento no site


CHILE

Viña Tarapacá

Aos pés da Cordilheira dos Andes, rótulos celebrados pelos brasileiros

F

undada em 1874, a Viña Tarapacá ocupa uma propriedade de 2.600 hectares no consagrado Vale do Maipo, sendo 600 hectares cobertos por vinhedos que produzem brancos e tintos de alta qualidade, complexos e balanceados. É uma das viñas mais importantes do Chile. Os rótulos são trazidos ao Brasil pela importadora Épice e, em Piracicaba, a loja Dandy é a embaixadora da marca. Um dos vinhos que mais se destacam é o Gran Reserva Etiqueta Negra, de produção menor, que possui uma grande complexidade, estrutura e longevidade. O amadurecimento em carvalho por 16 meses reforça o caráter aromático e afina os taninos. Esse vinho acumula altas pontuações em concursos mundiais. A linha Gran Reserva prestigia diversas uvas. As variedades tintas têm sua origem no Vale do Maipo, enquanto as Sauvignon Blanc e Chardonnay são cultivadas no Vale de Leyda, acentuando frescor e frutuosidade. Entre os brancos,

60 ◆

um dos destaques é o Tarapacá Gran Reserva Chardonnay, com aroma intenso, frutado, madeira delicada e baunilha. Possui boa acidez e uma persistência média a elevada. O Gran Reserva Cabernet Sauvignon também acumula boas pontuações. É um vinho profundo, de grande concentração e corpo na boca, mas mantém equilíbrio. Já o Carmenère, uma uva bastante prestigiada pelas mulheres, envolve o paladar com sabores complexos, mas harmônicos. Possui boa acidez, taninos maduros e redondos e um final longo e sedoso. Um passeio à parte para quem visitar o Chile, a Viña fica a menos de uma hora de Santiago. Possui um jardim repleto de árvores centenárias e todos os ambientes internos são climatizados, garantindo clima excelente para a produção dos vinhos. Seus rótulos são exportados para mais de 50 países, sendo o Brasil um dos seus principais mercados. Compre online no site mrdandy.com.br.



Bruno, Carla e Eduardo Chamochumbi

Patrícia e André Martins

Patrícia Guimarães Martins Rodrigo e Millena Huidobro

Mateus e Fernanda Antonelli

Léa Fabris e Antonio Coelho Neto

Manuela Guimarães Martins

Dalva Guimarães e Márcio D‘Andréa Daniel e Lia Hofling

Abril

EXCLUSIVO Mais de 500 pessoas foram recebidas no LeGrand Hall, no lançamento da revista Senhora Mesa...

Patricia Salvaia

Andréa Righetto

Kike Aliberti

Márcio Pires Fernanda Dias

62 ◆

Fotos Alessandro Maschio

Rui Torresan

Leo Spigariol


Lila e Humberto Risi Ton Zé Alves e Cristiane Bonatto

Daniela e Silvio Cordeiro com os filhos Gabriel e Matheus

Fernanda e Marco Antonio Guidotti

Chincho Cabrón

...a comemoração foi até tarde com menu especial e degustação de

Audrey Bassinello

Plínio e Meire Lara

cerveja artesanal, vinho e

Tiago Chaves

espumante...

Ronaldo Victória Cristiane Sanches Edu Oliveira

Dalmo e Sanny Braga

Rose Massarutto

Luiz e Regina André

Leila Paiva

André Carvalho Milena Pupin

Tamires Bizarro

Lucas Silva Camila Gerdes

63


Maria Angélica Oliveira Cely e Augusto Muzilli

Maria Aracy e João Saccomano

Miriam Coelho de Souza

Leninha e Tatá Fidelis Ana Braga

Beto e Ana Luiza Zaratin

Gustavo Dressano e Daniele Pavanelli

Beatriz e Juliano Dorizotto

Beto Fogagnoli

Ines e João Alves

...confira mais em senhoramesa.com.br

Ana Rosa Corrente

Fabio e Juliana Uliana Juliano Piton

Magali Sermarini

Jorge Da Hora Anabel e Marcelo Abrantes

Katia Groppo

Sergio Correa Séfora Viana

Graziella Giannetti

Sabrina Scarpare

64 ◆

Joseane Pires

Sidney Rechelo

Marlene Tobaldini

Felipe Gerdes

Luciana Bonilha Icaro Landgraff Graciana Camattari

Adriana Delfini

Clarinha Tacla

Juliana Franco Victória Tacla

Marcos e Leda Frias


Carmem e José Antônio Cardoso

Lu Benatti Samea Benatti

Lena e Amir Kalaf

Michel e Ana Paula Facuri A Senhora Mesa passou pela Festa das Nações. Confira! Vittoria D‘Abronzo

Valéria e Renata Schnor

Ronaldo e Fabiane Gomes Rafael e Elenice D‘Abronzo com Matheus Sabatim

o s s e r Exp et m r u o G cafés especiais locação, venda e assistência máquinas para café expresso www.cafemorrogrande.com.br


Jorge Queiroz

ANTES DO FIM

Expresso

Chocolate

Pela barista Mariana da Glória (Café Morro Grande)

A

doramos o clássico, o normal, o mais previsível. Mas amamos ir na contramão do que dizem que tem que ser. Nesta temporada de Inverno quente do Brasil, que tal terminar a tarde com um Expresso Chocolate da barista do Café Morro Grande, Mariana da Glória? Em uma taça coloque calda, duas bolas de sorvete de chocolate, uma colher de leite por cima, uma xícara de café quente e, para finalizar, perca o bom senso na hora de cobrir a sobremesa com chantily! Colher grande e canudo vão ajudar você a ficar mais feliz a cada colherada, pode apostar! (cafemorrogrande.com.br)

66 ◆



Há mais de 20 anos produzindo com qualidade. Todos os ingredientes para a sua feijoada você encontra na Loja da Fábrica.

Rua Capitão José Pinto Siqueira, 1711 Unileste - Piracicaba/ SP | Fone: (19)3403.9707


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