Tendencias da populacao brasileira e seu consumo

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Tendências da população brasileira e do seu consumo

Márcia Cavallari Nunes – 13/08/2010


Evolução da população brasileira


Diminui o ritmo de crescimento da população Brasileira

2010

250.000

200.000

193.253

Crescimento da população próximo de 0

150.000

100.000

Decrescimento da população.

118.563

50.000

0 *1.000

1980

1990

2000

2010

Fonte: IBGE – Projeção de População – Revisão 2008

2020

2030

2038

2039

2040

2050

3


Mulheres são maioria  A análise da distribuição por sexo mostra historicamente uma alteração nos percentuais de homens e mulheres.

Comparativo de Sexo 52

51,3

51 50 49

48,7

48 47 46 1872

1890

1900

1920

1940

Masculino 

1950

1960

1970

1980

1991

2000

2008

Feminino

Para essa variável não existe diferença entre as 5 regiões do país.

Fonte: IBGE Séries Estatísticas – Censo e PNAD

4


Maior proporção de homens nas idades iniciais e de mulheres nas idades mais avançadas Homens

2010

Mulheres Homens Mulheres % %

Idade

80+

• 0 a 4 anos

70-74 60-64

7,5%

6,9%

• 5 a 39 anos

60,0%

57,1%

• 40 a 59 anos

22,5%

23,8%

• 60 anos e mais

10,0%

12,1%

Fonte: IBGE – PNAD 2008

50-54 40-44

* Região Norte tem a estrutura etária menos envelhecida

30-34 20-24 10-14 0- 4 - 10 0 0 0 0 0 0

-8000000

-6000000

-4000000

-2000000

0

2000000

Fonte: IBGE – Projeção da População do Brasil – 1980 a 2050

4000000

6000000

8000000

10 0 0 0 0 0 0

5


População Brasileira está ficando mais velha 1999

2010

80+ 75-79

80+ 75-79 70-74 65-69 60-64 55-59 50-54 45-49 40-44 35-39 30-34 25-29 20-24 15-19 10-14 5- 9 0- 4

70-74 65-69 60-64 55-59 50-54 45-49 40-44 35-39 30-34 25-29 20-24 15-19 10-14 5- 9 0- 4 -1 0 0 0 0 0 0 0

- 80 000 00

- 60 000 00

- 400 000 0

- 200 00 00

0

200 000 0

400 000 0

6 00 000 0

8 00 000 0

100 000 00

-10 00 000 0

-800 000 0

-600 000 0

-4 00 000 0

-200 000 0

0

200 000 0

4 000 00 0

6 00 000 0

8 000 000

100 000 00

2000 000

40 00000

60000 00

80 00000

100 00000

2050

2040 80+ 75-79 70-74 65-69 60-64 55-59 50-54 45-49 40-44 35-39 30-34 25-29 20-24 15-19 10-14 5- 9 0- 4

80+ 7 5 -7 9 7 0 -7 4 6 5 -6 9 6 0 -6 4 5 5 -5 9 5 0 -5 4 4 5 -4 9 4 0 -4 4 3 5 -3 9 3 0 -3 4 2 5 -2 9 2 0 -2 4 15 -19 10 -14 5- 9 0- 4 -1 00 000 00

-8 000 000

-60 000 00

-40 000 00

-20 000 00

0

20 00 000

40 000 00

60 000 00

80 000 00

10 00 000 0

Homens Fonte: IBGE – Projeção da População do Brasil – 1980 a 2050

-1 0 0 0 0 0 0 0

-8 0 0 0 0 0 0

- 6000 000

-4 0 0 0 0 0 0

- 20000 00

0

Mulheres 6


Número médio de anos de estudo da população brasileira está crescendo Número Médio de anos de Estudo 7,40 7,20

7,2

7,00

7,0

6,80

6,8

6,60 6,40 6,20 6,00 5,80

6,2 6,0 5,9

5,60 2001

2002

2003

Total

2004

Masculino

2005

2006

2007

2008

Feminino

E as mulheres possuem nº médio superior ao dos homens.

Fonte: PNAD

7


Taxa de Ocupação também é crescente 96%

93,4%

94% 92% 90% 88% 86% 84%

90,1%

91,8% 89,9%

88,3% 86,1%

82% 80% 2002

2003

2004

Total

Taxa de ocupação =

2005

2006

Homem

2007

2008

2009

Mulher

População ocupada . PEA (pop. ocupada e desempregada)

Fonte: PME – Pesquisa Mensal de Emprego – IBGE – mar/02 a nov/09 - RMs Rec, Sal, BH, RJ, SP e POA.

8


Renda média domiciliar também está aumentando 

2.500

A renda média domiciliar no Brasil vem crescendo mas não proporcional ao crescimento do salário mínimo. 6

5,9 5,3

6

5,2

5

4,8

2.000

4,6

4,7 1.942

1.500 1.000

1.077

1.174

1.267

1.363

1.507

1.666

1.762

5 4 3 2

500

1

0

0 2001

2002

2003

2004

2005

Renda média domiciliar

2006

2007

2008

Ano Salário Mínimo 1999 2000

R$ 136,00 R$ 151,00

2001

R$ 180,00

2002

R$ 200,00

2003

R$ 240,00

2004

R$ 260,00

2005

R$ 300,00

2006

R$ 350,00

2007

R$ 380,00

2008

R$ 415,00

Renda em Sálario mínimo

Nº de domicílios - Total 2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

45.867.964 47.073.613 48.630.575 50.397.521 52.240.072 53.068.069 54.293.557 55.850.150

Fonte: PNAD

9


Tendência de queda na desigualdade social

Índice de concentração de renda

Índice de Concentração de Renda =

13,1

11,5

11,4

Rendimento dos 10% Mais Pobres

Indicativo de diminuição, ainda que moderada, da desigualdade social.

10,4

10

9,7 9,6

2001

Fonte: PNAD

12,5

Rendimento dos 10% Mais Ricos

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

10


Economia crescente apesar das crises internas e externas, com controle da inflação

% Crescimento Real do PIB

Crescimento anual (%) do PIB brasileiro de 1995 a 2008

Crise econômica Mundial

Crise econômica da Ásia e da Rússia

Ano

Fonte:IBGE

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Cai significamente a taxa de dependência, período favorável ao crescimento econômico  O Brasil está na chamada “janela demográfica”. Atualmente, o número de pessoas com idade potencialmente ativa está em pleno processo de ascensão, e a razão de dependência total da população vem declinando em conseqüência da diminuição da soma do peso das crianças de 0 a 14 anos e das pessoas com 65 anos sobre a população de 15 a 64 anos de idade.- 3,9 Idade

73,18

• 0 a 14 anos • 15 a 64 anos • 65 anos e mais Total

2001

%

2008

%

48.819.314

28,6%

46.954.185

24,7%

111.492.218

65,2%

128.466.274

67,6%

10.643.709

6,2%

14.532.336

7,7%

170.955.241

100%

189.952.795

100%

Fonte: PNAD

47,86 1980

1991

1995

1996

2004

População dependente

2008

(0 a 14 anos) + (65 anos e +)

15 a 64 anos População potencialmente ativa

Fonte: IBGE – Indicadores Sociais e PNAD 2001 e 2008

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Mudanças também na estrutura familiar….

 Casais com filhos são menos da metade do total de famílias, em 2001 eles representavam 55% e em 2007, 49%;  Em 2007, o Brasil tinha 6,7 milhões de pessoas morando sozinhas e 41% delas eram idosas;  Está crescendo a chamada estrutura “DINC”* (Duplo ingresso nenhuma criança). Esse tipo de família, onde ambos os cônjuges trabalham e não tem filhos representa 3,4% dos domicílios em 2007. O rendimento deles está entre os 10% mais altos, cerca de 3,5 Salários Mínimos per capita;  O número de mulheres (15 a 49 anos) que tiveram filhos se manteve estável. No entanto, o percentual de mulheres que tiveram apenas 1 filho passou de 26% em 1997 para 31% em 2007.

Fonte: IBGE – PNAD

*DINC = Double Income and No Children

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TendĂŞncias de consumo


Somos um país ainda com muitos contrastes

Aumento do PIB Aumento da renda média Diminuição no número de pessoas abaixo da linha da pobreza e indigência

Desigualdades sociais Carências em infraestrutura, educação e saúde Vulnerabilidade ética

Controle da inflação 15


O país é impactado por significativos movimentos globais e regionais! Revolução tecnológica e, especialmente a digital Acentuação de crises ambientais e religiosas  correntes migratórias A formatação de uma Governança Global O desenvolvimento e implantação de um modelo de sustentabilidade eficiente Mudanças significativas na composição demográfica Uma sociedade mais crítica e participativa e melhor informada 16


Blog

Rastreamento de boatos

Links Patrocinados

Cliente 2.0

Nanotecnologia

Advergames

SMS

Mobile Marketing

Redes Sociais

Exabytes

PodCasting

Click to call

Behavioural Targeting

Web 3.0

MSM

Tetabytes

Marketing Viral

Twitter

Que compreensão temos de tudo isto Onde buscar este conhecimento Convergência da computação e da comunicação Integração e “presença universal” dos chips 17


Celular será o grande protagonista da estória da convergência! Passaporte

Rádio

Câmeras

Laptop

MP3 GPS Keys

TV

Alertas médicos

Phones

Celular

Controle remoto

Games consoles Cartão de crédito Monitor de saúde

Acessar qualquer conteúdo em qualquer lugar Integrado a sistemas de pagamentos, de compras e de banco de dados

Dictaphones 18


Seremos seres tecnológicos? Muito tempo on line Grande participação em blogs e redes sociais

Entretenimento e a vida em alta definição: turismo virtual e hipergames Acentuação do Trabalho e principalmente Educação indoor Residências com outra configuração: habitação, lazer, educação e trabalho Intensificação do E-Commerce 19


Estaremos submetidos à “era da informação instantânea”  excessivo volume de informações para as empresas e consumidores! O “ter informações” será privilegiado? Limitará a reflexão? Necessidade de desenvolver programas para captura, integração e análise das informações Agentes Inteligentes serão uma realidade? Como impactar o consumidor? 20


Empresas têm um grande desafio na área de comunicação Fragmentação da audiência será consolidada? Visão 360º?

Comunicação Integrada

Como será o consumo de Mídia?

Qual o efeito dos diferentes meios? Pontos de contato com a marca estão ampliados: redes sociais, sites, blogs, etc. Complexidade dos planos de mídia Mudanças nas atividades dos veículos, anunciantes e agências de propaganda Qual o melhor modelo para uma Agência de Propaganda? Como avaliar o ROI? 21


Mudanças do modelo de comunicação será (é) imperativo! Diálogo e Interação cliente e agência não tem mais o controle das mensagens Consumidores Prosumidores produzem conteúdos, prestam serviços, atuam como vendedores, reforçam escolha das marcas Propagandas mais interativas em mídia impressa e conectadas com a Internet Criação de novas mídias Marketing Atual

Marketing Digital 22


O rítmo das empresas parece ser mais lento do que o observado no consumidor e na sociedade Predomínio do pensamento financeiro no resultado e no presente Budgets

mais focadas

“visão do passado”

Inovação não é tratada de forma adequada e permanente Mudança

inovação

Incentivar o risco, o pensamento livre, a liberdade • estímulo ao pensamento divergente Estruturas autoritárias são inibidoras Valorizar as inovações incrementais e também as radicais

23


Consumidores também incorporarão o conceito de sustentabilidade e exercerão pressão sobre as empresas! Ainda é uma “atitude periférica” e uma prática distante do discurso Não se constitui ainda num critério relevante de escolha de marca e produto mas agrega valor à imagem Pode ser um meio de muitas empresas reconquistarem/ intensificarem a confiança dos “cidadãos consumidores”

24


Meio ambiente não pode ser a única variável do conceito de sustentabilidade mas deve ser considerada no planejamento estratégico das empresas! Agressões ambientais já ocorreram

Hoje e no futuro  compreender a amplitude e velocidade das mudanças e adaptar o modelo econômico

Migração Medidas para evitar catástrofes Mudanças nos padrões de consumo Surgimento de mais doenças Problemas na agricultura e produção de alimentos

Preservação do Meio Ambiente

Desenvolvimento Econômico 25


Inúmeros fatores contribuem para o aumento de expectativa de vida! Farmacologias específicas Prevenção de doenças

Clonagem terapêutica Nanotecnologia

Prolongamento da Juventude

Envelhecimento com qualidade de vida

26


O que ocorrerá? Debates, lobby e leis sobre políticas de saúde

Impactos sobre lazer, vida profissional, previdência privada, medicina, transporte, moradia e consumo Impacto sobre os PDV Oportunidades para as empresas Produtos facilitadores Produtos com apelos ligados à saúde Produtos para práticas esportivas e mobilidade Produtos energéticos e ligados à libido Produtos estéticos Embalagens menores

27


Multiplicidade e mudanças nos canais de venda serão consolidadas! Mudanças no Varejo Tradicional Hiper – Super – Hiper com espaços exclusivos Humanização do canal  demanda por atendimento Novas mídias, especialmente a eletrônica Uso de estímulos sensoriais (luz, espelho, aroma) e interativos  valorização da experiência da compra E-Commerce já uma realidade para muitas categorias de produto  Marketing Eletrônico

Lojas Virtuais/ Lojas de demonstração E-mail marketing com ofertas personalizadas 28


Dois segmentos da população poderão dar importantes subsídios para as empresas!

Jovens

Mulheres

São menos conservadores e as mudanças são mais rápidas Percepção das mudanças nestes dois segmentos permitirão uma melhor compreensão das

tendências e do futuro 29


Uma antecipação de valores e comportamentos ocorre com os Jovens! 8

12

18

24

Independência Acesso a uma gama maior de informações Sexo Consumo de álcool/drogas Cirurgias plásticas Maquiagem Celular Acesso a Internet Decisões de compra Questões ligadas a sustentabilidade Estar conectado 30


A evolução das Mulheres também traz uma luz sobre o futuro delas e da sociedade! Vivem mais Estudam mais Acentua-se participação feminina no mercado de trabalho Ocupam cada vez mais, cargos de chefia Tornam-se pequenas empresárias em maior quantidade do que os homens

Serão ainda mais ativas, menos conservadoras, menos preconceituosas, menos submissas, mais informadas e mais independentes Prazer, sensualidade, afetividade e estética tornarão ainda mais relevantes 31


Algumas consequências!

Novas possibilidades de casamento

Mais pessoas morando sozinhas

Conseguirão maior cooperação masculina

Menor quantidade de filhos Composição familiar será alterada

32


O que as pessoas estarão buscando? Quais necessidades pretendem atender? Prazer » Qualidade de vida » Saudabilidade  Saúde » Estética »

Presente Independência Consumo mais descartável

Liberdade » Poder » Mobilidade » Estar conectado

»

Responsabilidade social e ecológica

Futuro Interdependência  consciência dos limites Consumo responsável

»

»

Espiritualidade

33


Grandes desafios para os formuladores de políticas públicas Os formuladores de políticas públicas devem: 

Aumentar a capacidade da economia em gerar empregos;

Tomar ações no campo da saúde pública;

Repensar o atual sistema previdenciário (idade de aposentadoria, anos de contribuição, etc...)

“...suas conseqüências dependem

das medidas adotadas para enfrentar os desafios que o processo impõe”. (Carta Capital – 15/04/2009 – pg 15)

34


E por fim, relembrando duas afirmações... “É preciso transformar o mundo, depois é preciso transformar o

mundo transformado” Berthold Brecht

“Existem dois tipos de empresas: as que mudam e as que desaparecem” Kotter

35


OBRIGADA marciacavallari@ibope.com.br

36


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