Manutenção y Qualidade - Edição 76

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Diretora Responsável Raquel Rodrigues (Reg. Mtb RJ 12705JP) Diretora Dilze Silva Redação Flávia Sanches (RJ) priscila botelho (SP) Projeto Gráfico e editoração Marigilio santos Impressão Stamppa gráfica & editora Tiragem desta edição 15.000 exemplares Conselho Consultivo Técnico Alexandre Fróes (NSK) Attílio Bruno Veratti (Icon Tecnologia) Bendt Lassé Hansen (Vitek) Kleber Siqueira (SQL Systems) Lourival Augusto Tavares (Consultor) Marcelo Ávila Fernandes (Astrein) Marcelo Salles (remosa) Renato Herrera (Shell Services) Sérgio Nagao (Rede Família Manutenção)

A

cada nova edição do Congresso Brasileiro de Manutenção e da Expoman, muitas novidades aguardam os seus participantes. No congresso deste ano, a diversificação temática por setor é o ponto alto: estão lá representados setores industriais e não industriais distribuídos em palestras que compõem as mesas-redondas. E isto sem falar nas conferências nacionais e internacionais, na apresentação de trabalhos técnicos e nos workshops. A feira bate o seu recorde: cresceu em tamanho e contabiliza o maior número de expositores de todas as suas edições, trazendo um bom número de empresas que participa pela primeira vez. E mais: o pavilhão de um país, no caso o da França, é fato inédito no evento. Como sempre, a MyQ se faz presente para registrar este e outras fatos relevantes deste grande mundo da Manutenção, com encontro marcado de 1º a 5 de setembro em Santos (SP) – e desde já convidamos os participantes dos dois eventos a visitar o nosso estande no 32. E, para os que têm a revista em mão, não importa onde estejam, confiram ainda a seção “Manutenção de Válvulas”, na qual o consultor técnico Osmar José Leite da Silva dá continuidade à sua coluna iniciada na edição 74 (foi feito um pit stop estratégico na de no 75) intitulada ‘Principais tipos de válvulas de bloqueio’. Importante também a leitura do artigo “Uso da água subterrânea na indústria”, de autoria de Mario Wrege, presidente do Núcleo Sul da Associação Brasileira de Águas Subterrâneas (Abas). E vale a pena conferir também o excelente artigo “Análise de vibrações em motores de corrente contínua”, tema que sempre desperta tanto interesse. Boa leitura a todos.

Nesta edição 4 ISO 9000 LUCAS SIQUEIRA 6 Lubrificação Industrial SHELL

rio de janeiro sede própria Av. Venezuela, 131 Grupos 906 a 908 Cep 20081-901 - Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2516-0004

8 Seção Técnica MTA ENGENHARIA

myq@myq.com.br

20 Manutenção de Válvulas OSMAR LEITE

depto. comercial São paulo Valdir Dalle Déa

22 Capa 01 DB BRASIL

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22 Especial Parada QUATTOR

Tel/fax: (11) 6408-4727 internet

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14 Estratégias de Manutenção MIGUEL SELLITTO 18 Artigo Especial AKIRA KATO

26 Manutenção do Meio Ambiente ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 28 Especial Biocombustível ALAN KARDEC 30 Capa CONGRESSO E EXPOMAN

Se você ainda não recebe e/ou quer indicar um amigo para receber, basta encaminhar um e-mail para myq@myq.com.br com a palavra CADASTRAR no assunto e será incluído no mailing de nossa publicação virtual, que já é enviada para mais de 30 mil profissionais.

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Publicação bimestral da Novo Polo Publicações e Assessoria Ltda

índice


sistema de gestão integrado Sistema de Gestão Integrado em Organizações de MANUTENÇÃO ISO 9001, ISO 14001, OHSAS18001, SA 8000

A Manutenção e a Preservação do Meio Ambiente

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planeta Terra passa por uma grande transformação causada pelo desequilíbrio ecológico, espécies em extinção, o lançamento direto de CO2 na atmosfera decorrente da queima de combustíveis fósseis, destruição de florestas, alteração do clima, poluição dos corpos de água, falta de controle dos resíduos gerados decorrentes em grande parte da atividade industrial e de outras atividades geradas pelo atual progresso e tecnologia.

Para as Empresas ou Organizações prestadoras de serviços de Manutenção, seus Clientes e a Sociedade, as principais vantagens, dentre outras, podem ser:

Na busca por minimizar ou eliminar os impactos ambientais adversos decorrentes de suas atividades, as empresas brasileiras de todos os ramos e portes, com potencial poluidor, estão transformando a sua gestão de negócios adequando-a ao Sistema de Gestão Ambiental (SGA) em conformidade com os requisitos da Norma Internacional ISO 14001:2004.

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seguir são apresentados os 8 (oito) passos de forma simples e objetiva que se deve seguir para Implantação do Sistema de Gestão Ambiental em Prestação de Serviços de Manutenção Industrial: 1º Passo: A alta Direção está determinada a implantar o Sistema de Gestão Ambiental com base nos requisitos da Norma ISO 14001:2004. A Gestão Ambiental é fator chave de sucesso. Este passo é fundamental. Sem ele qualquer ação pode ficar dispersa e sem sentido. A direção assume a liderança do processo, define recursos necessários, define a equipe de implantação, prepara e monitora o cronograma de atividades que deve ser cumprido por todos os envolvidos. Prepara uma ampla campanha e comunica a toda organização. 2º Passo: Definir a Política, os Objetivos e Programa de Gestão Ambiental e realizar a gestão.

Este passo define os rumos da organização. Quais são os objetivos e a política de SGA? O resultado deste passo é uma integração de objetivos sócio-ambientais à sobrevivência e ao sucesso da organização. Alinhe a Política e Objetivos com a do Cliente. Neste momento é exigida a participação de pessoas chaves: diretores, gerentes, coordenadores e supervisores. Todos devem contribuir para a determinação dos objetivos, fatores críticos de sucesso, indicadores de desempenho, metas, responsáveis, prazos e planos de ação. Neste passo criam-se as condições para uma Manutenção inteligente, competitiva, eficiente e eficaz. 3º Passo: Incluir o SGA nos processos. Resultados positivos nos negócios são conseqüências de processos claros, integrados, controlados, voltados para o cliente, à sociedade e do conhecimento das pessoas. Muitas vezes as empresas criam organogramas, (“personogramas”) e colhem áreas “cinzentas” pois os “quadradinhos” não se

comunicam. Em conseqüência há falta de sinergia e eficiência. Incluir o SGA em cada processo (Gestão e Direção, Comercial, Serviços, Suprimentos, Logística, Recursos Humanos, Administrativo e Financeiro) permite a identificação de aspectos e impactos ambientais e métodos de controle, a identificação da legislação associada ao SGA e seu cumprimento, a prevenção da poluição nos processos, fácil identificação de problemas, incidentes e acidentes ambientais e soluções de SGA, elaboração de fluxogramas, definição de metas de SGA, identificação de necessidade de procedimentos e instruções necessários ao SGA. Com o SGA incluído em cada processo criam-se condições ambientais seguras de trabalho para uma Manutenção ágil, de elevada produtividade, eficaz e eficiente. 4º Passo: Padronização. Procedimentos e instruções de SGA escritos são fundamentais para manter os processos isentos de impactos negativos ao


meio ambiente. Eles permitem que as pessoas conheçam claramente o que fazer e como fazer sua atividade, evitando não conformidades, incidentes e acidentes ambientais. Tornam os executores de serviços de Manutenção autocontrolados em SGA. Permitem aos gerentes, coordenadores e supervisores ter mais tempo para gerenciar os processos. Com uma padronização definida e atualizada criam-se condições para um Serviço de Manutenção com a prevenção de poluição, previsível e cumpridora de legislação, cronogramas e prazos com a produção e o cliente. 5º Passo: Conscientização, Competência, Treinamento, Habilidades e Reconhecimento. Cada vez mais é preciso que o pessoal que executa atividades de Manutenção conheça seus aspectos e impactos ambientais e os métodos de controle para evitar a poluição. O profissional de Manutenção e sua Qualificação são outro fator chave de sucesso de uma organização de Manutenção. Conscientizar as pessoas da importância que sua atividade tem para o meio ambiente, sociedade, na satisfação do cliente, no resultado da organização e na prevenção da poluição é o primeiro passo para o tratamento de Recursos Humanos. Depois é necessário, em função da complexidade dos equipamentos, plantas, processos operacionais, riscos ambientais e sistemas de controles, definir quais são as competências necessárias em SGA que deve ter o profissional de Manutenção. Uma avaliação da competência e abordagem comportamental existente em cada profissional devem ser realizadas e comparadas com as competências que são necessárias. A diferença é um input para que a organização determine seu plano treinamento e qualificação para o SGA. Quanto mais habilidades técnicas e de SGA possuir um profissional de Manutenção, mais eficiente, eficaz e lucrativa será a organização. A Organização deve ter um processo de reconhecimento sobre seus profissionais de Manutenção, fazendo uma ligação de

seu plano de cargos, salários, premiações e benefícios às competências técnicas e de SGA e habilidades destes profissionais. 6º Passo: Implantar, monitorar processos e fazer registros da Gestão Ambiental. Neste passo efetivamente se criará a condição para mudanças. Este talvez seja um dos passos mais difíceis, pois efetivamente as pessoas passarão a mudar a sua forma de atuar com relação ao SGA. Cumprir processos, metas, procedimentos e instruções técnicas e de Gestão Ambiental passa a ser obrigatório em toda organização. Monitorar o processo, coletar dados a partir de registros da Gestão Ambiental e relatórios da Manutenção são fundamentais para o controle do processo e sua melhoria contínua. No dia-adia o monitoramento do processo relacionado ao SGA, ações imediatas de correções de desvios, ações corretivas e preventivas impedem que incidentes e acidentes ambientais venham atingir o meio ambiente, promovendo a satisfação do cliente, sociedade e os resultados da organização. 7º Passo: Auditoria Interna e Ações Corretivas As Auditorias Internas da Gestão Ambiental desempenham um importante papel na preservação de todo o sistema de Gestão Ambiental e na sua melhoria contínua. Muitos programas de Gestão Ambiental morrem por falta de um processo estruturado e sistemático de auditorias internas e externas. A partir de auditorias realizadas com auditores qualificados criam-se condições de se descobrir desvios e falhas reais e potenciais no SGA antes que elas atinjam o meio ambiente, afetem o cliente, a vizinhança e os resultados da organização. Este processo de auditoria Interna atua sobre todo o sistema de gestão e complementa o monitoramento do processo de SGA realizado diariamente. 8º Passo: Análise crítica do Sistema de Gestão Ambiental. A diretoria, gerentes, coordenadores e

supervisores neste passo avaliam periodicamente (pode ser mensal, bi-mensal etc.) os resultados de SGA coletados em cada processo da organização e devem comparar com os objetivos e programa de Gestão Ambiental previamente definidos no 2º passo. O resultado desta comparação proporciona condições reais para tomada de decisão. Fatos e dados são essenciais para decisões confiáveis e corretas. Nesta fase fecha-se o ciclo da gestão devendo o próximo ciclo ser iniciado em um nível de Gestão Ambiental superior, e a cada ciclo deve ser alcançada a melhoria necessária. Desta forma a organização assegura sobrevivência, se perpetua, se expande e colhe os resultados de SGA esperados, demonstrando eficácia e eficiência junto aos seus clientes, colaboradores e a todos os stakeholders envolvidos. Como se pode ver até alcançar uma certificação na ISO 14001:2004, a empresa passa por um período de reestruturação na sua forma de Gestão de SGA. São passos a serem conquistados nas organizações de Manutenção. Estes passos implantados propiciam o crescimento da empresa, alcançando novos mercados e conquistando novos clientes sempre de forma organizada, e o principal, sem poluir o meio ambiente e preservando a vida. O período, desde o início da implantação até a obtenção da certificação ISO 14001:2004, pode levar de 06 a 08 meses a depender da determinação e prioridade da alta direção.

O AUTOR Lucas da Silva Siqueira Auditor líder ISO 9001:2000 CQE, CQA, CRE- ASQ

ImproQuality Ltda Consultoria para Excelência na Gestão Empresarial Consultoria, Treinamento e Auditoria em: ISO9001, ISO14001, OHSAS18 001, SA8000, 5S, TPM, PNQ

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sistema de gestão integrado


Shell VideoCheck e Shell e-Quip Eficiência e economia em inspeções de equipamentos

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otores de combustão interna requerem inspeções em componentes de difícil acesso para identificar falhas relacionadas com a combustão e com a lubrificação. O procedimento geralmente utilizado para detectar danos na câmara, nas válvulas, paredes dos cilindros e pistões é a desmontagem do motor em um intervalo de tempo ou quilometragem pré-definidos. Em alternativa aos métodos de inspeções tradicionais – que são muito trabalhosos e lentos –, a Shell trouxe para o Brasil uma técnica mais eficiente e econômica: o Shell VideoCheck. Trata-se de um diagnóstico que possibilita a análise visual das superfícies de peças não-visíveis a olho nu. Uma lente colocada em uma sonda, em processo semelhante ao realizado no exame médico de endoscopia, envia as imagens internas captadas a um monitor de alta resolução. O Shell VideoCheck é uma das soluções disponibilizadas para os clientes da Shell nos segmentos industrial, transporte, aviação, marítimo e agrícola. Esta ferramenta permite que a Manutenção da frota deixe de ser corretiva, para se tornar preditiva. Isto significa mais economia. Entre outros benefícios do serviço, além da redução dos custos, está o monitoramento da eficiência funcional e o fato de ser desnecessário tirar de operação o equipamento que está em avaliação. O Shell VideoCheck facilita programar a Manutenção e apresenta maior confiabilidade em relação ao método tradicional de análise, pois alcança partes que são inacessíveis mesmo com o motor desmontado. Uma análise interna detalhada do motor é capaz de revelar o estado de componentes como cabeça de pistão, camisa, cabeçote, válvula, assim como verificar o comportamento da combustão. Dependendo do tipo de resíduo encontrado ou do tipo de desgaste verificado nos componentes é possível identificar a origem do mau funcionamento do motor. Quando se certifica um excesso de carbonização ou presença de resíduos, por exemplo, significa que há falhas no sistema de injeção, lubrificação ou que produtos de baixo desempenho estão sendo utilizados. Entre os equipamentos já analisados nas mais de 500 inspeções realizadas, aque-

les que utilizam a linha Shell de óleos e lubrificantes, sob Manutenção adequada, apresentam imagens, conservação e sinais de desempenho superiores. A primeira inspeção do Shell VideoCheck foi realizada em março de 2004. Pioneira no Brasil, a Shell é a única empresa que oferece este serviço no setor de frotas de veículos pesados e máquinas agrícolas. Quando se identifica algum problema, tanto os mecânicos quanto o responsável pela Manutenção são avisados para que a empresa decida quais procedimentos serão adotados em relação àquela máquina. Posteriormente envia-se um laudo revisado pelo supervisor, contendo fotos da videoscopia. O serviço também está disponível em outros países da América Latina, como Peru e Argentina. Empresas de médio e grande porte, com frota superior a 100 veículos representam em média o perfil mais comum dos clientes do Shell VideoCheck. No entanto, o tamanho da frota não é um fator determinante para a utilização do serviço. Na realidade, será a demanda operacional da empresa que vai definir a necessidade da ferramenta. Uma empresa com apenas 10 veículos, por exemplo, pode decidir por utilizar o Shell VideoCheck como suporte de segurança, para garantia da disponibilidade operacional da frota. O equipamento do Shell VideoCheck é composto por uma sonda de fibra óptica com uma câmera digital, guiada por um controle manual (joystick). Há também uma caixa emissora de luz e uma unidade de processamento de dados, aparelhagem perfeitamente operável por um único técnico. De modo geral, com os equipamentos ou veículos devidamente preparados, em oito horas é possível avaliar seis motores. Outra ferramenta de Manutenção preditiva que a Shell disponibiliza a seus clientes é o Shell e-Quip, que permite monitorar as condições de um motor a combustão ou equipamento industrial por meio da análise do lubrificante usado. O foco do Shell e-Quip é nas condições dos ativos do cliente, ao contrário de outros serviços semelhantes que em geral visam conhecer simplesmente as condições dos lubrificantes.


O processo começa com a coleta de uma amostra de óleo usado, que é enviada ao laboratório da Shell. Durante a fase de análise são feitos diversos ensaios para verificar a condição do lubrificante, o desgaste de componentes do equipamento e também eventuais contaminações, como água, poeira, diluição de combustível e outros lubrificantes. Em seguida, engenheiros especialistas em diagnósticos de falha em equipamentos analisam as informações dos ensaios e estudam a causa fundamental dos problemas detectados, sugerindo ações corretivas para eliminar as falhas em sua origem. As informações das análises e dos diagnósticos podem ser gerenciadas pelo cliente por meio de uma página na Internet. Assim, o gestor da Manutenção é capaz de acompanhar a qualquer hora em tempo real o status de seus equipamentos, mesmo que não esteja próximo aos ativos. A Manutenção deixa de ser baseada no tempo, o que requer longas paradas para substituição de componentes, e passa a ser gerenciada pela condição dos equipamentos. Isto permite a tomada de ações precisas, que irão garantir que as máquinas operem com segurança e que as intervenções sejam realizadas atendendo às necessidades reais. É comum o uso associado das ferramentas Shell e-Quip e Shell VideoCheck em equipamentos críticos, vitais ou únicos, que tenham papel importante na produção ou mesmo uma função associada à segurança. Em geral é feito o acompanhamento sistêmico dos ativos com o Shell e-Quip e na medida em que são detectadas condições anormais agrega-se os benefícios visuais do Shell VideoCheck para ter uma visão completa da situação. Uma das grandes vantagens da utilização associada do Shell e-Quip e do Shell VideoCheck é possibilitar a

extensão do período entre retíficas dos motores movidos a diesel. Habitualmente, a execução deste serviço é definida por alguns sinais de problema dos motores (alto consumo de lubrificantes ou de combustível, perda de potência e a quilometragem rodada do motor). Com as ferramentas de diagnóstico da Shell é possível definir com precisão se realmente será necessária a retífica do motor ou se os problemas têm origens distintas. A economia proporcionada por evitar a abertura desnecessária de um motor pode variar de R$ 4 mil a R$ 10 mil por motor. Entretanto esta é uma despesa pequena quando comparada ao custo da indisponibilidade dos equipamentos por problemas de Manutenção, quando o equipamento parado para intervenção deixa de gerar receita para o cliente. Além de evitar custos de intervenções desnecessárias de Manutenção, o Shell e-Quip e o Shell VideoCheck permitem ainda alcançar outros importantes benefícios adicionais:

• aumento da confiabilidade dos equipamentos • melhoria da disponibilidade da frota • extensão da vida útil dos ativos • economia de combustíveis • aumento da segurança operacional

O AUTOR Cezar Galate Cerbam Gerente de Serviços da Shell Lubrificantes Atua há 17 anos na área de projetos e contratos de serviços de engenharia e montagens e no gerenciamento da Manutenção de instalações industriais nos segmentos químico, petroquímico, papel e celulose e metal-mecânico.

Manutenção yy qualidade qualidade Manutenção

A Manutenção deixa de ser baseada no tempo, o que requer longas paradas para substituição de componentes, e passa a ser gerenciada pela condição dos equipamentos.


seção técnica

Análise de vibrações em motores de corrente contínua

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Introdução – A análise de vibração tem a capacidade de identificar as freqüências provenientes de excitações e então relacioná-las aos componentes específicos da máquina. Portanto, tantos os defeitos mecânicos ou elétricos de componentes de máquinas podem ser identificados pela análise em freqüência. É importante que o analista, além de conhecer as fontes de vibrações de origem eletro-magnéticas dos motores, conheça também detalhes tanto do equipamento que este motor está acionando, bem como da fonte de alimentação elétrica do motor.

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uando três RETIFICADORES CONTROLADOS DE SILÍCIO - SCRs (meia onda retificada) são usados para converter AC para DC, então uma onda com freqüência de 180 Hz (3 x freqüência da rede) é gerada no sistema retificador de corrente. Quando seis SCRs são usados para converter AC em DC (onda plena retificada ou sistema de alta eficiência), então uma onda de freqüência 360 Hz (6 x freqüência da rede) é gerada no sistema retificador de corrente. Quando as vibrações nestas freqüências existirem dentro de seus respectivos sistemas, elas serão consideradas normais se suas amplitudes forem menores que 2,5 mm/s – pico (este é um valor usado comumente na prática). Se as amplitudes forem maiores, então isto usualmente significa que poderá haver um problema no sistema elétrico retificador. Sistemas Retificadores de Corrente e Controles – Geralmente os motores de corrente contínua alimentados por pontes retificadoras de corrente AC para DC podem variar suas velocidades através de sistemas de controle. Estas velocidades podem ser controladas manualmente ou ser ajustadas automaticamente através de um sistema de controle para monitorar a velocidade de rotação do motor. O sistema é realimentado através de um tacômetro e de um auto-ajuste da fonte de potência que regula o sistema para alcançar a velocidade desejada. Os sistemas autocontrolados ou sistemas de malha-fechada usam componentes de controle de baixa tensão para disparar ou abrir os SCRs da ponte retificadora da corrente que irá alimentar o motor. Isto permite que o motor gire em uma velocidade desejada, para atender as necessidades de velocidade do equipamento acionado pelo motor. Os problemas elétricos associados com estes sistemas são: a fonte de alimentação AC, os componentes do sistema retificador de AC para DC, os componentes de controle DC e as falhas no próprio motor de corrente contínua. O sistema gerador de DC alimenta o motor, que gera um campo magnético nos pólos, que faz girar a armadura do motor numa rotação proporcional à potência DC fornecida. Quando o motor gira, o tacômetro também gira e cria um sinal de baixa tensão proporcional à sua velocidade. O sinal de baixa tensão do taco é comparado com uma tensão constante ou predeterminado (sinal de referência) pelo Cartão Comparador. O Cartão Comparador, baseado no diferencial entre o sinal de referência e o sinal enviado pelo tacômetro, sinaliza o Cartão de Disparo dos SCRs. Existe um Cartão de Disparo para cada SCR que controla o fluxo de potência através do SCR. Os disparos ou aberturas dos SCRs geram e fornecem potência DC ao motor regularizando sua velocidade, até chegar naquela desejada para o processo. Veja figura 1.


seção técnica

Figura 1 - Circuito Básico de um Siste Fonte de Alimentação

Cartões de Controle e Disparo – Os cartões de disparo, que controlam as aberturas e fechamentos dos SCRs, devem atuar corretamente para permitir que o sistema opere suas funções em condições normais. Por isso há uma ordem de disparo por SCR. Portanto, defeitos nos cartões de disparo podem causar desordens nos disparos dos SCRs, ou seja, disparos em uma ordem errática. A análise de vibração tem sido usada para determinar defeitos ou mau funcionamento destes cartões ou dos próprios SCRs, baseando-se nas freqüências correspondentes dos sub-múltiplos da freqüência dominante no sistema DC usado. Freqüências em sistemas DC com onda plena retificada possuem sempre uma freqüência predominante constante de 360 Hz, e sistemas com meia onda retificada possuem uma freqüência predominante constante de 180 Hz. Se encontrarmos no espectro de vibração picos com grandes amplitudes na freqüência de 60 Hz e/ou outros picos espaçados de 60 Hz ou na freqüência de 120 Hz e/ou outros picos espaçados de 120 Hz, então a causa da vibração será provavelmente defeito no cartão de disparo ou nos SCRs. Cartão comparador DC – O cartão comparador é um outro componente do sistema em baixa tensão que é responsável pela determinação da diferença entre a velocidade atual do sistema e aquela predeterminada pelo sistema. Quando este componente funciona mal, tem sido observado que há bandas laterais presentes em torno das freqüências fundamentais do sistema DC. Estas bandas laterais representam uma modulação em freqüência sobre a freqüência portadora (freqüência de disparo do SCRs). Também tem sido observado que estas bandas laterais crescem ou diminuem quando a rotação do motor varia; contudo, elas permanecerão igualmente espaçadas. Ainda não existe uma certeza absoluta se estas bandas laterais estão relacionadas com a flutuação da rotação do motor ou flutuação no cartão comparador, procurando o ponto de rotação predeterminado; ou se uma constante correspondente

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DC com 6 SCRs.


seção técnica à freqüência com que o campo magnético entre em colapso e regenera. Tudo isto precisa ser analisado. As bandas laterais, contudo, quando estão presentes no espectro, podem ser consideradas como um aviso que este componente não está funcionando bem. Uma outra razão possível para haver estas características no espectro de vibração poderia ser falha ou mal funcionamento do tacômetro que “mascararia” a tensão de saída para o cartão. Testando a tensão de saída do taco pode-se se confirmar esta situação.

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CASO ANALISADO Uma análise de vibração foi realizada em um motor de 200 CV girando com 715 RPM. Um dia antes do pedido desta análise, o sistema não conseguia manter a velocidade de operação esperada, e o motor girava com um torque pulsante. Um problema mecânico dentro da caixa de engrenagens que este motor acionava foi a primeira suspeita, porque aparentemente o sistema elétrico funciona normalmente. A análise foi realizada revelando o espectro da figura 2. As freqüências dominantes no espectro são 120 Hz, 240 Hz e 360 Hz. Estas freqüências estão relacionadas com problemas elétricos e não defeitos mecânicos nos mancais.

Figura 2 - Espectro correspondente ao sistema com onda plena retificada. Altos níveis em 120 HZ indicando problemas elétricos associados com o controle DC suspeita de defeito nos cartões de disparo ou cartão comparador.

Figura 3 - Espectro após o reparo no cartão de disparo (conectores folgados) - as freqüências 120 HZ e 240 HZ são praticamente iguais deixando somente o componente em 360 HZ - que é considerado normal no sistema com 6 SCRs.


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seção técnica Este sistema de controle DC usa três cartões de disparo para controlar seis SCRs — isto é típico de muitos sistemas de controle DC. Quando um dos cartões de disparo não está funcionando, então 1/3 da freqüência fundamental do sistema domina a vibração do motor. As freqüências dominantes de 120 Hz e 240 Hz ou freqüências equivalentes aos múltiplos de 1/3 de 360 Hz são representativas nesta situação. Os cartões de disparo foram examinados e uma conexão solta em um dos cartões foi encontrada e reparada. Após o reparo, foi realizada outra análise de vibração, e as vibrações em 120 e 240 Hz praticamente desapareceram, ficando um componente em 360 Hz (6SCRs) considerada normal para este sistema. Veja figura 3.

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CONCLUSÕES Para fontes de potência DC, em sistemas com meia onda retificada tenderão gerar vibrações em 1/3 de 180 Hz e múltiplos ou componentes de vibração separadas de 60 Hz. Para sistemas com onda plena retificada também pode haver separação entre os componentes de vibração com um espaçamento de 60 Hz, se o sistema tiver: l Um cartão de disparo para cada SCR e um cartão esteja fora (não funcionando). l Um sistema de três cartões e um cartão está parcialmente inabilitado. l Um SCR não está funcionando. Sempre que possível tomar as leituras com o motor girando sob condições de carga. l Uma outra possível razão para estas vibrações nos múltiplos de 1/3 da freqüência fundamental do sistema será a falta de uma das fases da fonte de corrente alternada AC. Isto afetaria um terço do sistema de potência e virtualmente significa um banco de SCRs inativo. Um simples teste de tensão nas três fases de entrada no sistema de corrente AC poderá confirmar se o problema está presente ou não.

Referências Bibliográficas

OS AUTORES: Dr. Márcio Tadeu de Almeida mtaev@uol.com.br Dr. Fabiano Ribeiro do Vale Almeida mtaev@mtaev.com.br Professores da Universidade Federal de Itajubá MTA Engenharia de Vibrações

[ 1 ] Márcio Tadeu de Almeida - Mini Curso de Vibrações em Motores Elétricos de Corrente Contínua - MTA Engenharia de Vibrações - Itajubá/MG, Brasil. [ 2 ] William L. Rinehart - Vibration frequency of DC drive systems - Palestra na Packard Electric Division of General Motors - 1995 - Warren - Ohio - USA. [ 3] “Magnetic Vibration Analysis in Tree - Phase Induction Electrical Motors” - Márcio Tadeu de Almeida, Electricidade, 317, 401-405 (1994) - Portugal. [ 4 ] Taylor, J. L., 1991, “Evaluation of Machinery Condition”, Chapter Four, Vibration Institute, New Orleans, USA. [ 5 ] Almeida, M. T e Almeida, F.R.V., 2006, “Curso Customizado e Avançado de Análise de Vibrações”, Fupai - Itajubá/MG, Brasil.


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seção técnica


estratégias da manutenção

Modelagem e ciclo de vida de equipamentos industriais

N

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a coluna anterior, abordei a modelagem de duas importantes variáveis aleatórias em Manutenção: os tempos até a falha e até o reparo em equipamentos industriais. Nesta coluna, abordarei como usar a modelagem do tempo até a falha para identificar em que ponto do ciclo de vida o equipamento se encontra. Antes, é necessário apresentar a curva da banheira (bath-tube curve), um conceito qualitativo que descreve as taxas de falhas h(t), o número de falhas por unidade de tempo em um equipamento ao longo do seu ciclo de vida. A taxa de falha pode ser constante, decrescente ou crescente. A curva é qualitativa, pois dificilmente um equipamento não sofrerá intervenções reparadoras ou preventivas, que mudam as relações entre as taxas de falha. Na figura, as fases estão associadas a γ, o parâmetro de forma de uma eventual distribuição de Weibull que descreva a confiabilidade do item.

Curva da banheira e ciclo de vida de equipamentos

A curva é qualitativa, pois dificilmente um equipamento não sofrerá intervenções reparadoras ou preventivas, que mudam as relações entre as taxas de falha.

Ao entrar em funcionamento, o equipamento apresenta alta taxa de falhas devido a erros intrínsecos, tais como: erros de projeto, fabricação de componentes, montagem ou especificação. É a mortalidade infantil. Uma estratégia adequada de Manutenção é a corretiva (ou engenharia de Manutenção). Neste caso, não se reparam os defeitos, mas se corrigem os problemas que os geraram. Os problemas não se repetem e a taxa de falha decresce. Após algum tempo, a taxa de falha pára de decrescer e o equipamento entra na maturidade. As falhas ocorrem por causas aleatórias, imprevisíveis e independentes umas das outras (a ocor-

rência de uma falha não influencia na ocorrência da próxima falha). As falhas são extrínsecas, ligadas ao mau uso do equipamento ou a acidentes. Sugerese uma estratégia de organização do chão de fábrica, tal como na TPM, ou de Manutenção preditiva: monitoração permanente de algumas variáveis que indiquem que não iniciou a próxima fase, a de mortalidade senil. Na mortalidade senil, as falhas voltam a ser intrínsecas, porém causadas por processos internos de desgaste dos componentes. Nesta fase, a taxa de falha cresce devido ao surgimento de problemas até então inexistentes, causados pela degradação e uso acumulado do


estratégias da manutenção

ros Luciano Auad da Silva e Fabiano Faccini, meus ex-alunos da disciplina Manutenção dos cursos de Engenharia de Produção e Engenharia Mecânica da UNISINOS. Os engenheiros obtiveram dados de campo e modelaram o tempo até a falha de uma extrusora de polímero que opera em planta petroquímica. A máquina é gargalo da instalação fabril. Os dados estão na tabela. Com o uso do Proconf, obtiveram a função de confiabilidade mais provável da extrusora, expressa na equação. O fator de forma é 0,51, o que caracteriza a mortalidade infantil.

Manutenção yy qualidade qualidade 15 15 Manutenção

equipamento. Uma estratégia adequada para a fase é a Manutenção preventiva. Uma forma de interpretá-la é: dado que a taxa de falha cresce, se o item frágil não quebrar agora, aumenta a chance de quebrar na seqüência. Portanto, na primeira chance que tivermos, troquemos o item frágil. Máquinas mecânicas, tais como bombas e compressores, passam da mortalidade infantil diretamente para a senil. Softwares e materiais elétricos, tais como lâmpadas ou capacitores apresentam taxa apenas decrescente de falhas. Equipamentos complexos ou sistemas de produção, muitas vezes, passam pelas três fases em processo evolutivo até que, após uma preventiva importante ou reforma, voltam à mortalidade infantil, em ciclo contínuo. Observe-se o risco ao não conectar a estratégia de Manutenção com a fase do ciclo de vida. Seja um equipamento em mortalidade infantil e uma estratégia de Manutenção preventiva. As peças fortes não vão quebrar. Corre-se o risco de trocar, preventivamente, estas peças fortes por peças mais fracas, no mínimo, perpetuando a fase e talvez recuando no ciclo. Na outra ponta, na mortalidade senil, é quase inútil a engenharia de Manutenção. A falha ocorrerá agora ou mais tarde, pois é devida à degeneração acumulada. A engenharia de Manutenção só seria eficaz se propusesse modificação no projeto conceitual do equipamento, o que supera seu objetivo. A localização do equipamento no ciclo de vida é possível, se for possível descrever o tempo até a falha por uma distribuição de Weibull. Exemplificarei com um estudo feito pelos engenhei-

Tempo entre falhas da extrusora (horas) 3 21 119 605 4 21 120 658 6 21 300 1169 6 44 445 1279 , 51   t t  0 ,051 −−  174     174 

RR(t()t )==ee

, , t t==tempo tempode deoperação; operação;

O sistema encontra-se próximo ao ponto marcado na figura da banheira. Conclui-se que uma estratégia adequada é a de Manutenção corretiva. Como a taxa de falhas é decrescente, o sistema ainda não atingiu o patamar definitivo de desempenho e modificações nos materiais empregados e em itens de projeto parecem ser promissoras. Aplicando a equação, com t = 100, conclui-se que a probabilidade do sistema operar por cem horas ininterruptas sem falhas é de 47%. Convido o amigo leitor a repetir o exemplo e certificar-se que dominou o processo. Após, convido-o a aplicar o mesmo método em uma máquina gargalo na sua empresa. Havendo dúvida, podem me contatar que ajudarei.

Na próxima coluna continuamos. Até lá e boa leitura de MyQ a todos.

Miguel Afonso Sellitto Doutor em Engenharia, professor e pesquisador do PPGEPS UNISINOS sellitto@unisinos.br


especial índices

Indicadores de Manutenção

16 Manutenção y qualidade

Setor de celulose e papel realiza levantamento para conhecer desempenho das fábricas brasileiras

A

Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel (ABTCP), através de sua Comissão Técnica de Engenharia e Manutenção e em parceria com a consultoria Bachmann & Associados, está conduzindo um projeto denominado “Indicadores ABTCP” que objetiva levantar o desempenho das empresas do setor de celulose e papel. Serão avaliados tópicos como performance de equipamentos, resultados de segurança e meio ambiente, produtividade e custos. Com o país contando com cerca de 25 fábricas de celulose e 220 de papel, o trabalho, através de amostragem representativa, permitirá a identificação dos melhores resultados do setor (benchmarks), incentivando a troca de experiências entre as empresas e a busca das melhores práticas. Com a finalidade de garantir a comparabilidade dos dados, são usados indicadores padronizados desenvolvidos com as comissões técnicas da ABTCP. Já foram feitos levantamentos iniciais nas áreas de fabricação de papel (2004 e 2006) e de automação de fábricas de celulose. No momento, está em andamento a coleta de dados

para um estudo de benchmarking de fábricas de celulose e outro de custos de Manutenção em unidades desse mesmo ramo de atividade. Um relatório preliminar deve ser conhecido até o final deste mês (set/2008) que servirá para testar a metodologia aplicada de modo a dar continuidade ao levantamento junto ao mercado. O resultado final da pesquisa será divulgado somente em 2009. O levantamento “Benchmarking de Custos de Manutenção de Fábricas de Celulose” irá levantar os seguintes indicadores:

• Custo Total da Manutenção • Custo de Manutenção Terceirizada em Rotina

• Custo de Manutenção

Terceirizada em Paradas

• Custo Próprio Total em Rotina • Custo Próprio Total em Paradas

• Custo Próprio da Manutenção Total

• Custo da Manutenção Terceirizada Total

• Custo Total da Manutenção em Rotina

• Custo Total de Manutenção em Parada

• Custo Próprio de Pessoal de Manutenção

• Custo Próprio de Materiais de Manutenção em Rotina

• Custo Próprio de Materiais de Manutenção em Paradas

A partir desta pesquisa, será possível realizar análise detalhada dos custos de Manutenção em rotina ou em paradas gerais, bem como de custos próprios ou com terceiros. Além dos dados necessários ao cálculo dos indicadores, na pesquisa são solicitadas informações adicionais necessárias ao agrupamento das informações em conjuntos semelhantes para melhor comparação entre os resultados obtidos. A ABTCP e a Bachmann & Associados acreditam que a divulgação de parâmetros de excelência é uma forma de incentivar as empresas a buscarem as melhores práticas do setor, contribuindo para a competitividade e rentabilidade.


17 Manutenção y qualidade


artigo especial

Em busca da eficiência energética Por Enio Akira Kato, engenheiro civil, diretor da Nittoguen

18 Manutenção y qualidade

N

a primeira quinzena de agosto, em 10 cidades paulistas, foi realizado o Fórum Regional de Eficiência Energética em Empresas, iniciativa do Conpet (Programa Nacional de Racionalização do Uso de Derivados do Petróleo e do Gás Natural) da Petrobras, Fiesp, Ciesp e Abesco (Associação Brasileira de Empresas de Serviços de Conservação de Energia). A convite da MyQ Online, Enio Akira Kato, um dos palestrantes do evento que discorreu em torno de temas como “eficiência energética como fonte de lucros e mais competitividade”, escreveu o artigo publicado nesta edição. Diretor da empresa Nittoguen, ele é engenheiro civil membro da Association of Energy Engineers (AEE) e professor convidado do PECE (Programa de Educação Continuada) da Escola Politécnica da USP no curso de atualização de automação predial.

E

m um cenário mundial de preços crescentes para a eletricidade e derivados de petróleo, a gestão eficiente do consumo de energia é um importante instrumento para redução de custos e aumento dos lucros, ao mesmo tempo em que concorre para a redução da emissão de carbono no mundo. O primeiro passo a ser dado é analisar como, quando e onde a energia é utilizada nos processos, utilidades e em todas as áreas de apoio. Apenas o registro e o acompanhamento do consumo geral da planta não são suficientes, pois as variações de consumo ocorrem em função de horas de operação, da produção e de outras variáveis associadas ao uso da energia. Desta análise é possível identificar as áreas mais promissoras na redução de custos. O Projeto de Eficiência Energética procura explorar todo o potencial de redução de gastos de energia, bem como de custos operacionais e de Manutenção nas empresas. As oportunidades que são detectadas, até então, passavam despercebidas ou eram ignoradas na rotina diária das empresas, em um ambiente tradicionalmente regido pela Manutenção da produção. É na chamada fase de Auditoria de Energia do Projeto de Eficiência Energética que são levantadas oportunidades em diversas áreas na empresa, através de análise técnica e financeira, com apresentação de resultados esperados e custos estimativos. Neste ponto é importante ressaltar que as medidas de Eficiência Energética devem sempre manter ou mesmo elevar a produtividade, segurança e conforto dentro da empresa, o que requer soluções inovadoras, um perfeito entendimento e acompanhamento contínuo do uso da energia, a aplicação de novas tecnologias, freqüentemente requerendo a revisão de procedimentos e práticas adotadas.

Os resultados da fase pós-implantação podem ser auferidos na chamada etapa de Medição e Verificação do Projeto de Eficiência Energética. A Eficiência Energética é um dos alicerces que está presente em todos os Sistemas de Qualidade, Meio Ambiente e de Sustentabilidade. O propósito do fórum foi o de apresentar formas práticas e objetivas de aplicação deste conceito, nos chamados Projetos de Eficiência Energética. A eficácia destes projetos foi atestada em pesquisa realizada pelo Banco Mundial desde 2006, reunindo cerca de 400 projetos deste tipo em todo o mundo, inclusive no Brasil. Esta pesquisa mostrou que a energia economizada através dos projetos de Eficiência Energética, convertida para unidades equivalentes de barril de petróleo, era obtida com investimentos que equivaleriam a comprar um barril de petróleo a US$ 11, enquanto o valor no mercado internacional do barril do petróleo na época da pesquisa era de cerca de US$ 60. Este resultado mostra que, através de um projeto de Eficiência Energética, era possível adquirir energia a cerca de 1/6 do valor de mercado por unidade de energia. Ao observarmos a recente alta do preço do petróleo, este resultado dobra, pois a comparação passa a ser contra os atuais US$ 120 do valor do barril do petróleo no mercado internacional. O fórum apresentou ainda alguns fatores comuns a todos os casos de projetos bem-sucedidos. Por exemplo, nota-se que os melhores resultados são obtidos quando há a participação de todos os níveis da empresa, sendo a alta gerência, através de sua liderança, responsável por apontar a todos os stakeholders*, a importância do projeto nos resultados da empresa. Desta forma, cada agente pode contribuir para o sucesso do projeto, dentro de sua responsabilidade e autonomia, em um esforço coletivo e coordenado. *

partes interessadas (Project Management Institute, 2004).


19 Manutenção y qualidade


capa manutenção de válvulas

Principais tipos de válvulas de Bloqueio (continuação da edição 74, abril/maio 2008)

20 Manutenção y qualidade

Prezados Leitores, É com muita satisfação e gratidão que nesta coluna concluo o assunto iniciado na edição anterior a respeito das Válvulas Gavetas. Este modelo de válvula é utilizado em todas as plantas industriais. Faço minha as palavras dos sábios da área de educação: “Tenha cuidado com que você pensa, pois sua vida é dirigida pelos seus pensamentos”. Componentes: Haste Elemento que transmite a translação, possibilitando a abertura e fechamento da válvula, o acabamento superficial e a sua concentricidade são muito importantes para a perfeita vedação da válvula, já que esse elemento recebe a força mecânica do ajuste das gaxetas — a integridade e a lubrificação da rosca na extremidade superior da haste são vitais para o acionamento macio da válvula. Tipos de Haste Haste com Rosca Interna e Fixa: • O Volante é fixo na Haste, e os dois giram juntos, nem subindo nem descendo. A Haste possui uma rosca macho cortada na parte inferior, que encaixa com uma rosca fêmea cortada dentro da própria Cunha ou Disco. • Quando o Volante e a Haste são girados, o Disco sobe na parte inferior da Haste, assim saindo do fluxo do fluído. As guias laterais da Válvula impedem que o Disco gire junto com a haste.

As vantagens deste tipo de Haste são:

• Construção mais leve; • Menor preço de custo; • Não precisa ser projetado espaço

acima da Válvula para permitir que o Volante suba.

As desvantagens deste tipo de Haste são: • As roscas da Haste e do Disco estão em contato contínuo com o fluído. Se o fluído for corrosivo, logo as roscas serão corroídas; • Não é possível, olhando para a Válvula, saber se está aberta ou fechada, sem o indicador de posição fixado na haste; • Como o Disco é vazado, para receber a rosca da Haste, somente deverá ser utilizada com baixas pressões e temperaturas. Haste com Rosca Interna • O Volante é fixo na Haste e os dois sobem, giram e descem juntos. A Haste possui uma rosca macho, cortada na parte inferior, que encaixa numa rosca fêmea, cortada no próprio Castelo da Válvula. O Disco ou Cunha é encaixado na parte inferior da Haste, de uma maneira solta que permita que suba e desça juntamente com a Haste, mas sem girar juntos. As guias laterais no Corpo impedem que o Disco gire. As vantagens deste tipo de Haste são: • Construção leve; • Menor preço de custo. As desvantagens deste tipo de Haste são: • A rosca da Haste fica em contato com o fluído. Se o fluído for corrosivo, logo as roscas serão corroídas. • Não é possível, olhando para a Válvula, saber se está aberta ou fechada, sem a inclusão de um dispositivo para este fim. Haste com Rosca Externa • O Volante é fixo na Haste e os dois giram, sobem e descem juntos; • A Haste possui uma rosca cortada na parte superior, que encaixa numa Bucha, situada acima do Castelo e, portanto, fora do Corpo da Válvula. A rosca também fica acima da preme-gaxeta isolando-a do contato com o fluído. O Disco fica encaixado na parte inferior da Haste, de uma

maneira solta, que permita que suba e desça. As guias laterais no Corpo impedem que o disco gire junto com a Haste. As vantagens deste tipo de Haste são: • As roscas da Haste ficam completamente fora de contato com o fluído, evitando assim corrosão excessiva. • É possível, com prática, olhando para a Haste, saber se a Válvula está na posição aberta ou fechada. • A Válvula pode trabalhar com pressões mais elevadas. As desvantagens deste tipo de Haste são: • Como o Volante sobe, é necessário prever espaço maior acima da Válvula na fase de projeto; • Construção um pouco mais pesada. Sede Área de contato de vedação do corpo da válvula, estas podem ser metálicas ou resilientes. As sedes podem ter as seguintes formas construtivas: Sede com vedação resiliente

• Anéis Integrais ao Corpo – É feito um rebaixo no corpo e posteriormente feito revestimento através dos processos arcoelétrico, mig ou tig. Esta forma é recomendada para serviços em altas temperaturas. Este tipo de anel é utilizado em válvulas de pequenos diâmetros. Esta característica limita muitas vezes a Manutenção dessa válvula.


manutenção de válvulas • Anéis roscados – Adequados para altas velocidades e temperaturas com fluidos muito agressivos, estes são de fácil substituição, o que facilita muito a Manutenção e o reaproveitamento da válvula. Essas sedes podem ser construídas com materiais das mais variáveis ligas.

Manutenção Preventiva em Válvulas Gaveta 1. Plano de Manutenção / Inspeção. 2. Limpeza da haste. 3. Lubrificação da bucha de acionamento, a maioria dos modelos de válvulas gaveta possui pino para injeção de graxa no castelo.

• Anéis prensados e soldados – De-

pois de prensados nos alojamentos dos mesmos na carcaça, os anéis são soldados nas paredes do corpo da carcaça. Esta forma é recomendada para serviços em altas temperaturas.

Caix a de sel agem ou Caix a de Gaxetas – É uma das partes mais importantes de qualquer válvula. Defeitos na sua construção ou Manutenção podem impedir o bom funcionamento da válvula. Caixa de Selagem tem por função proteger a válvula de vazamentos nos pontos onde a haste passa através do castelo.

Contra-Vedação Conjunto formado por bucha de contato angular com superfície lapidada e superfície da haste de acionamento de mesmo ângulo. Quando a válvula está totalmente aberta, o casamento destas duas superfícies sela a área da caixa de vedação, possibilitando o engaxetamento da válvula pressurizada, sem a necessidade de parar o sistema.

5. Ajuste de gaxetas. Pino graxeiro para rotina de lubrificação

Haste roscada deve estar limpa, a fim de não travar a bucha de acionamento

caixa de gaxeta básica...

Castelo É a parte superior da carcaça, a tampa (bonnet), este contém a caixa de selagem e o suporte da bucha de acionamento, o castelo que é desmontado para acesso ao interior da válvula.

4. Movimentação da válvula para amaciamento, se possível, após a lubrificação.

com anel lanterna

com câmera de refrigeração

Ajuste do engaxetamento

Molas Prato São arruelas em forma de prato que funcionam como molas, mantendo sempre tencionada a preme-gaxeta da caixa de selagem, minimizando emissões fugitivas.

Bucha de acionamento Elemento que transforma o movimento de rotação do volante em movimento ascendente e descendente do obturador (cunha). Serve também de fusível da válvula gaveta em caso de mau uso, como a utilização de uma grande chave de válvulas no acionamento desta válvula.

Na próxima coluna continuaremos com um novo modelo de válvula. Até lá se DEUS quiser. Através do site www.myq.com.br as matérias anteriores podem ser consultadas.

O AUTOR Osmar Jose Leite da Silva Consultor Técnico de Válvulas osmarvalvula@yahoo.com.br

21 Manutenção y qualidade

Tipos de contra-vedação


artigo especial

22 Manutenção y qualidade

Tecnologia, Solução, Inovação, Parceria & agora Sustentabilidade

A

evolução da tecnologia tem propiciado muitas alterações no mercado de manutenção preditiva. A 01dB acompanha atentamente estas tendências e prioriza os investimentos em novos produtos em função destas tendências. Entretanto, gostaria de abordar neste artigo um aspecto que nunca mudou em todos estes anos em que trabalho na empresa: sempre primamos por trabalhar com Tecnologia, Solução, Inovação & Parceria. Estes são os nossos pontos fortes e neles procuramos focar o nosso trabalho. Agora, após 8 anos, estamos processando a primeira alteração deste princípio corporativo e incorporando a sustentabilidade corporativa ou do planeta como querem alguns e, portanto, sem muitas pretensões, vamos abordar os vários aspectos deste novo trabalho e parceria que ora se inicia. Parceria de Valor A 01dB Brasil sempre trabalhou focada em um portfólio de produtos e serviços que prioriza a Tecnologia, Solução, Inovação, Parceria & agora com a “Sustentabilidade Corporativa e/ou do Planeta”. A parceria entre a 01dB e a Icro Tecnologia segue estes mesmos princípios e valores. Temos uma PARCERIA DE VALOR e, sob todos os aspectos, pretendemos agregar valor aos negócios de nossos clientes. Por que Sustentabilidade? Em princípio pode parecer muita pretensão falar em “Sustentabilidade do Planeta”. Entretanto, acreditamos que somente através de mudanças de comportamento e de pequenas e/ou grandes ações corporativas podemos contribuir com o futuro do planeta. As ações isoladas

não podem mudar o mundo, mas, de uma coisa temos certeza: a soma de todas as pequenas ações podem contribuir em muito para este fim. A sustentabilidade corporativa baseia-se em um modelo de gestão dos negócios, onde a atuação nas dimensões social e ambiental, aliada às boas práticas de governança, interfere positivamente na dimensão econômica, agregando valor à empresa e redução de impacto sobre o planeta. Dessa forma, a sustentabilidade corporativa é uma visão de negócios de longo prazo que incorpora a dimensão social e ambiental à estratégia de negócios da empresa e, conseqüentemente, ganhos para o meio ambiente e o planeta.

Fonte: Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável - FBDS

A pressão para que as empresas estejam inseridas na busca de soluções inovadoras, avaliando riscos e mapeando oportunidades, é feita pela sociedade civil, cada vez mais de forma exigente e organizada. A sustentabilidade é, portanto, uma conseqüência do uso de tecnologia de ponta, soluções inovadoras e parcerias de valor. E mais do que nunca estamos buscando agregar valores ao nosso trabalho e de nossos parceiros.


artigo especial

Tecnologia As soluções incluem tecnologia, onde as empresas compram a solução de acordo com a necessidade de cada uma, incluindo serviços, produtos ou produtos e serviços. Assim, se a sua empresa não tem uma especialização em manutenção preditiva, ou se tem dúvidas de como obter o máximo de eficiência do investimento, a nossa equipe pode ajudar, fazendo um estudo das necessidades de curto, médio e longo prazo. Desta forma serão especificados produtos conforme a sua necessidade do momento, reduzindo os investimentos iniciais e fazendo uma evolução conforme a necessidade de cada momento – e conforme a própria evolução. Pode parecer banal, mas se considerarmos o número de combinações do pacote básico de um coletor de dados de vibração com os módulos adicionais que podemos realizar, verifica-se que uma grande quantidade de erros pode ser gerada. A tabela abaixo apresenta um exemplo de combinações.

Outra dúvida freqüente e que cada vez mais vem acirrando a discussão entre os especialistas é onde e

quando aplicar o monitoramento on-line. Os principais aspectos e os mais discutidos são:

 O custo, sem dúvida alguma, já foi um fator limitante na implantação de sistemas de monitoramento on-line de vibração. Entretanto, hoje em dia o custo dos sistemas de monitoramento está muito acessível.

Manutenção dos sistemas on-line. O maior erro na instalação destes equipamentos está na definição de quem fica responsável por sua manutenção. As equipes de manutenção preditiva conhecem muito de análise de vibração, mas não detêm o conhecimento sobre a operação dos sistemas e não estariam qualificadas para este fim. Portanto, a estas equipes estariam reservados a análise e o diagnóstico destes sistemas. As equipes de manutenção da instrumentação conhecem sobre instalação e manutenção de sensores diversos, tem estrutura e somente necessitariam de um pouco de conhecimento sobre os sensores de vibração. Portanto, podem e devem assumir a responsabilidade de manutenção dos sensores. As equipes de automação ficariam responsáveis pela comunicação destes sistemas e disponibilização das informações para operação e equipe de manutenção preditiva. Inovação Os sistemas, sem dúvida alguma, têm de ser inovadores. A 01dB é a empresa que mais apresentou inovações no mercado de manutenção preditiva nos últimos anos. Um novo coletor de dados, um novo sistema de monitoramento de vibração e um novo software que integra em uma única plataforma sistemas on-line e off-line. Temos o que há de melhor no mercado. Estamos trabalhando atualmente na integração da condição de máquina e dados do processo. Com o desenvolvimento da eletrônica digital e da informática aplicada aos sistemas on-line, tornou-se possível integrar todas as máquinas em tempo real através da rede de automação do processo. A inovação vai propiciar grandes alterações de nossa manutenção nos próximos anos. Entretanto, isto nunca acontecerá isoladamente. Nosso trabalho sempre vai ser pautado no princípio corporativo de Tecnologia, Solução, Inovação, Parceria & agora Sustentabilidade.

O AUTOR: Rua Domingos de Morais, 2.102 - 1º andar Vila Mariana - São Paulo/SP • Tel. 11 5089-6460 comercial@01db.com.br • www.01db.com.br

Domingos Guerra é Engenheiro Eletricista, formado em 1992 pela PUC Minas, diretor de Negócios de Manutenção Preditiva da 01 dB Brasil, braço da gigante francesa Areva.

23 Manutenção y qualidade

Qual é a Solução? Não existe uma solução pronta e/ou única. A solução a ser trabalhada exige uma mistura balanceada e customizada para cada caso, onde podemos ter serviços, produtos ou um pouco de cada. As soluções trabalham com melhoria contínua e técnicas que promovem o uso eficiente de energia, a redução de custos, os ganhos de produtividade e de lucratividade, sempre com foco na perspectiva do desenvolvimento sustentável. A Solução engloba um pacote de produtos e serviços com o tamanho da empresa para a qual o mesmo está sendo desenvolvido, onde os nossos técnicos após análise detalhada dos problemas vão propor as medidas a serem implementadas. Não existe uma solução pronta ou única que pode ser aplicada indiscriminadamente a todas as empresas – cada uma tem uma solução a ser customizada.


especial parada

Para manter a força

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Principal pólo petroquímico do país faz parada geral de Manutenção por 45 dias, que se soma a obras de ampliação.

A

pós a realização este ano de duas grandes paradas de Manutenção, que teve início em março com a central de matérias-primas gaúcha seguida (maio) da executada em Camaçari (BA), uma nova mega parada petroquímica está em andamento e deve terminar no dia 6 de outubro, no Pólo Petroquímico do Grande ABC (SP). Além de serviços de Manutenção, a parada geral servirá para consolidar a ampliação de capacidade produtiva de diferentes unidades do pólo. Na até então conhecida Petroquímica União, uma das empresas que compõe a recém criada companhia Quattor, estão sendo alocados investimentos totais da ordem de R$ 1,5 bilhão, dos quais R$ 1,250 milhão destinam-se à ampliação e R$ 250 milhões à parada. Esta é considerada uma das mais complexas paradas da história das indústrias petroquímicas do Pólo do Grande ABC, por juntar ações simultâneas relacionadas à parada geral para Manutenção e ampliação. A Quattor - Unidade Químicos Básicos ABC (ex-Petroquímica União) vai inaugurar nova unidade produtiva e, na parada, vai integrá-la ao restante da planta. O mesmo ocorrerá com as empresas Quattor - Unidade Polietileno ABC (ex-Polietilenos União), Solvay Indupa, Oxiteno, Quattor - Unidade Químicos Básicos ABC (ex-Unipar Divisão Química), Cabot e Quattor - Unidade Polipropileno ABC (ex-Nova Petroquímica). Para possibilitar a execução de todos os trabalhos previstos durante os 45 dias de parada, cerca de 10 mil trabalhadores adicionais de empresas terceirizadas, entre soldadores, mecânicos, eletricistas e outras especialidades se juntarão aos 5 mil colaboradores já existentes, além de veículos, caminhões e máquinas pesadas. Expansão - Na Quattor - Unidade Químicos Básicos ABC (ex-PQU), um novo forno de gás de refinaria vai aumentar a produção de eteno (matéria-prima para produção de resinas plásticas e outros insumos petroquímicos), que passará de 500 mil para 700 mil toneladas/ano. A obra

Centro de controle da Quattor - Unidade Químicos Básicos ABC (ex-PQU)

envolve a construção de duto de 97 km, com capacidade para transportar até 1 milhão de m³ de gás por dia das refinarias da Petrobras em São José dos Campos e Mauá para a central de matérias-primas. A expansão da central ampliará o fornecimento de matéria-prima para as empresas de segunda geração, como a Quattor - Unidade Polietileno ABC, Solvay Indupa, Oxiteno, Quattor - Unidade Químicos Básicos ABC e a Quattor - Unidade Polipropileno ABC. A partir do gás de refinaria, mistura produzida durante a cadeia de refino de petróleo, a Quattor - Unidade Polietileno ABC ampliará sua linha de produtos e mais que duplicará sua produção atual de 170 mil toneladas/ano de polietileno, com investimentos de US$ 140 milhões. Já a planta de cumeno da Quattor - Unidade Químicos Básicos ABC vai concluir a utilização da rota de produção via catalisador de zeólito, que substituirá o atual catalisador SPA. O projeto vai aumentar a produção de cumeno de 210 mil para 310 mil toneladas/ano – o investimento é de R$ 100 milhões. Para ampliar a capacidade produtiva e modernizar as unidades de PVC e soda cáustica, a Solvay Indupa investe o equivalente a US$ 150 milhões. Estes investimentos têm ainda o objetivo de acompanhar a evolução do mercado sul-americano, especialmente do Mercosul, com a expansão do mix de produtos. Já a Oxiteno terá ampliada sua capacidade de produção de isetionato de sódio (matéria-prima para produção de sabonete com propriedade hidratante) e produtos etoxilados para produção de detergentes, cosméticos e outros. Os investimentos são da ordem de US$ 90 milhões na obra de ampliação da unidade de óxido de eteno, que passará a produzir 112 mil toneladas anuais. Outra empresa que vai aumentar a produção é a Quattor - Unidade Polipropileno ABC. Com investimento de US$ 42 milhões, a capacidade de produção de polipropileno passará de 360 mil para 450 mil toneladas anuais.


25 Manutenção y qualidade


manutenção do meio ambiente

O uso da água subterrânea na indústria

26 Manutenção y qualidade

Por Mario Wrege, Presidente do Núcleo Sul da Associação Brasileira de Águas Subterrâneas (Abas)

A

s indústrias já começam a se conscientizar da importância da água potável. Esta assume papel de bem “precioso” nos processos industriais. Por outro lado, a água potável é um bem caro e esgotável – com clara tendência de diminuir as reservas e de continuar com custo crescente. No futuro, cada vez mais presente, a água assume posição estratégica na sociedade e economia. Segundo Anícia Pio, da Fiesp, “já está havendo desindustrialização em algumas áreas por carência de água”. Em matéria publicada na edição o n 3 da Revista Abas sob o título “Águas Subterrâneas e Indústrias”, pode-se ler que “A Fiesp não possui estimativa sobre o número de indústrias que utilizam esse tipo de recurso, mas calcula ser grande ...”. Tal uso é estimulado por vários fatores. Um deles é o preço. O custo

da água subterrânea é 80% menor do que o da fornecida pela concessionária, segundo Mário Gravanich, da Yamaha Motos e Motores. Outro é a estabilidade. A água subterrânea estará disponível tanto em volume como em qualidade, independente da variações climáticas imediatas, como salienta Fernando de Barros, da General Water. Ou seja, a água subterrânea tem características altamente competitivas e podem sofrer um processo predatório. Isto tem que ser evitado, tanto para a máxima utilização do recurso como para a preservação do sistema aqüífero subterrâneo para as próximas gerações. A intervenção nestes sistemas requer ação qualificada e consensuada. Algumas empresas acabam lançando mão da água subterrânea sem critério, por ser altamente vanfoto:Agência Petrobras

tajoso, tanto como insumo quanto como processo. A água subterrânea pode ainda ser uma commoditie em si: as águas minerais; ou pode ser material terapêutico em si a exemplo das águas termais. Porém, duas condições têm no mínimo que ser satisfeitas previamente. Uma: contratar uma firma idônea para conduzir os estudos (reservas, qualidade, reações); outra, solicitar ao Estado a autorização para acessar, extrair e rejeitar o recurso hídrico subterrâneo. E, para finalizar, contratar uma firma idônea para conduzir os procedimentos de perfuração, de construção e de teste do poço – tal firma pode ser a mesma que realizou os estudos e poderá ser a mesma que proverá os serviços de Manutenção do poço, quando implementado. A Abas tem um processo de credenciamento através do Selo de Qualidade Abas. Os estudos hidrogeológicos irão avaliar a disponibilidade dos recursos (vazão, volume, profundidade) e a condição de acesso e de retirada dos mesmos, além das importantes características de qualidade (químicas, físicas e biológicas). Estes estudos necessitam conhecimentos especializados e, legalmente, um registro junto ao Crea (ART – Anotação de Responsabilidade Técnica). Dois tipos de técnicos podem realizá-los: geólogo e engenheiro de minas.


Normalmente, são feitos em questão de dias – sendo altamente dependentes da disponibilidade de acesso físico à área de estudo e dos dados já levantados no entorno; além de experiência da equipe técnica. Até aqui não está garantida a existência da água subterrânea ou, existindo, não está garantida a disponibilidade ou a disponibilização da mesma (física, química, legal). Há riscos que só serão dissolvidos após os necessários estudos e após vencida a fase seguinte. Nesta primeira aproximação as restrições são dadas pela natureza; na fase seguinte, pelo Estado. Ou seja, há que se ter uma avaliação prévia sobre a possibilidade de obter sucesso neste investimento inicial, o que pode ser feito com o técnico que possivelmente irá realizar os estudos.

A autorização do Estado – no caso da água subterrânea, o estado federado – baseia-se na visão e na necessidade da gerência dos recursos hídricos, o que inclui, ainda, aspectos de saúde pública, do ambiente natural e de uso do território. Aí entram considerações sobre a preservação dos recursos hídricos e do ambiente natural, consignadas tanto pelos governos como pelos comitês de gerenciamento de bacia hidrográfica. Tudo dentro do Plano Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos, aprovado pelo legislativo. Aqui entram leis e regulamentações sobre gerenciamento, saneamento, saúde pública, além da cultura legalista da região. Afora isto, pode haver pressões externas ao sistema, como grupos ambientalistas ou de conteúdo ideológico. Ou seja, há que se

montar um processo e dar entrada no órgão, ou órgãos – é, pode ser mais de um –, dito competente. É um processo complexo, apesar de regulamentado, mas tecnicamente solúvel. Toda a tramitação pode levar meses, dependendo da área onde será localizada a obra e do fim a que a mesma se destina. Mas, como sempre, estamos no Brasil, país do futuro e das maravilhas – ou seja, pode acontecer de outro modo, porém sendo este um país sério, tudo sairá conforme previsto e dentro dos prazos, sem nenhuma exigência absurda. Estudos consumados e promissores; anuência governamental concedida; obras concluídas, Manutenção prevista. Ligue-se a bomba e usufrua-se o resultado previsto e/ou permitido. Consuma com moderação.

27 Manutenção y qualidade

manutenção do meio ambiente


especial biocombustível

Um bom e estratégico negócio

28 Manutenção y qualidade

U

ma nova companhia, com a marca Petrobras, por si só agita o mercado e dá partida a unidades para a produção estratégica de biodiesel e etanol com investimentos equivalentes a US$ 1,5 bilhão até 2012 que podem aumentar a partir de revisão de planejamento que está para ser divulgado em breve. Uma das metas originais é produzir 938 milhões de litros/ano de biodiesel e 4,75 bilhões de etanol em 2012 para exportação. Em entrevista exclusiva à MyQ, Alan Kardec, presidente da nova Petrobras Biocombustível, dá uma visão sobre a nova empresa e destaca que a Manutenção merece atenção especial, com ênfase à confiabilidade de equipamentos, instrumentos e sistemas. Um dos ex-presidentes mais atuantes da Abraman tem participação programada na mesa-redonda exatamente sobre Biocombustível, no dia 03/09, às 10h30m.

fotos: Stéferson Faria Agência Petrobras

MyQ – No final de julho, foi inaugurada a primeira (Candeias, BA – foto) de três usinas da empresa que entram em operação este ano. Quais as outras duas e quais os investimentos? Alan Kardec – A segunda usina de produção comercial de biodiesel foi inaugurada dia 20/08, em Quixadá (CE). A terceira usina, localizada em Montes Claros, Minas Gerais, será inaugurada em breve. Cada usina produzirá 57 milhões de litros de biodiesel por ano, totalmente automatizadas e com flexibilidade para operar com matéria-prima extraída de diversos tipos de oleaginosas. As três usinas somam investimentos da ordem de R$ 295 milhões.

do o fornecimento da matéria-prima nos mercados agrícolas regionais. Para isto, a empresa investe na estruturação da agricultura familiar por meio de iniciativas como assistência técnica e distribuição de sementes. A empresa já conta com uma rede de 55 mil agricultores familiares que atuam como fornecedores de oleaginosas como girassol, mamona, dendê, algodão entre outros. A tendência é de que, no curto e médio prazos, novos grãos reduzam a utilização da soja. As usinas também utilizam sebo bovino e óleos e gorduras residuais provenientes dos processos de fritura, compradas de cooperativas de catadores e ONGs, o que gera emprego e renda também no meio urbano.

MyQ – Que tipo de tecnologia está sendo adotada nas usinas para que elas apresentem eficiência operacional? Alan Kardec – A empresa utiliza a tecnologia da companhia americana Crown Iron Works, uma das líderes mundiais em engenharia de processamento de óleos vegetais. A obra foi realizada pela empresa de engenharia Intecnial S.A. (Erechim - RS).

MyQ – À frente de unidades novas e considerando justamente a sua experiência nesta área, quais as lições que o Sr. pretende difundir para que a Petrobras Biocombustível possa mais à frente ser reconhecida como excelência na área de Manutenção? Alan Kardec – Mão-de-obra qualificada e certificada; Plano de Manutenção preventiva e preditiva efetivamente implantado, monitorado por indicadores de disponibilidade e confiabilidade operacional; Política de sobressalentes considerando a vida útil e confiabilidade dos componentes e disponibilidade por parte dos fornecedores; Segurança, Meio Ambiente e Saúde como um valor em todo o ciclo do trabalho, incluindo: planejamento integrado com a operação e equipe de SMS e processo da Permissão de Trabalho; Criação de um banco de modos e efeitos de falhas de equipamentos e componentes para análise de tendência e vida útil dos equipamentos e sistemas.

MyQ – A aquisição do biodiesel costuma ser feita através de leilões, sendo que a quase totalidade tem como fonte de matéria-prima a soja. As usinas da Petrobras Biocombustível utilizarão biodiesel de determinada(s) matéria-prima(s) ou haverá diversificação? Alan Kardec – Um dos diferenciais das usinas de biodiesel da Petrobras Biocombustível é a flexibilidade de matérias-primas. Vamos estimular a produção diversificada de grãos, priorizan-


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Manutenção em busca de patamar mais alto

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Ritmo econômico impõe novos desafios

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pós longo período em marcha lenta, a economia nacional vem apresentando crescimento e a indústria em geral tem sua capacidade ociosa revertida, somada à expansão de várias unidades (algumas recentemente concretizadas e outras ainda em curso). E é inspirado neste novo cenário de aquecimento, na expectativa de vida longa, que a Abraman estruturou seus eventos – 23º Congresso Brasileiro de Manutenção e Expoman 2008, de 1º a 5 de setembro, no Mendes Convention Center, em Santos (SP) –, regidos pelo tema central “Manutenção e os desafios do crescimento econômico”. As conferências e mesas-re dondas do congresso espelham de maneira plural os novos tempos, com a contribuição cada vez mais estratégica que a atividade Manutenção oferece aos mais diferentes negócios, independente do porte das empresas, de modo a se manterem altamente rentáveis em um mundo globalizado que não dá vez aos que se deixam ficar à margem das exigências mercadológicas. Estão lá programados debates relacionados a setores e áreas como farmacêutico e hospitalar, infra-estrutura portuária, shopping centers e empresas varejistas, biocombustível etc. A Expoman recebe pela primeira vez um pavilhão que congrega empresas de um mesmo país: França.

“Com o crescimento do Brasil na década atual, voltaram os investimentos na indústria em todos os segmentos, desde a indústria de base até a manufatureira, passando pela de serviços, em intensidade jamais vista anteriormente. As expansões das unidades industriais e novas unidades advindas deste crescimento caracterizam-se pela utilização de tecnologia de ponta para a obtenção de desempenho compatível com as exigências do mundo atual em produtividade e lucratividade. Para o homem de Manutenção, estas duas palavras são traduzidas por confiabilidade”, pondera José Eduardo Lobato de Campos (Petrobras), presidente da Associação Brasileira de Manutenção (Abraman). Para se ter uma dimensão dos desafios que a Manutenção tem pela frente, o intenso processo de exploração em águas ultraprofundas (entre 5 mil a 7 mil metros de profundidade) da camada pré-sal na Bacia de Santos – tema inclusive de uma das mesas-redondas que certamente atrairá as atenções dos participantes do congresso – ilustra bem todas as nuances em torno da questão. Afinal, a complexidade da atividade envolve em um mesmo ‘guarda-chuva’ capacitação de ponta seja de fornecedores de materiais e equipamentos, prestadores de serviços, inovação tecnológica entre outros aspectos. A Petrobras, por exemplo, planeja


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A força da Manutenção

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ob a ótica do tema central “Manutenção e os desafios do crescimento econômico”, o Congresso Brasileiro de Manutenção e a Expoman em suas versões 2008 têm como marco a pluralidade ao reunir em um mesmo evento os mais diferentes setores econômicos, entre industriais e não-industriais. O congresso traz palestras relacionadas à Manutenção em equipamentos para construção pesada; na indústria farmacêutica e hospitalar; infra-estrutura portuária; gestão de Manutenção em shopping e empresas de varejo; a Manutenção e a inovação tecnológica; paradas de Manutenção etc. Com destaque, inclusive, para um tema atualíssimo de uma das mesas-redondas: “os desafios da Manutenção em águas ultraprofundas na camada de pré-sal da Bacia de Santos”, 32 Manutenção y qualidade

Quanto à Expoman, a edição deste ano já é considerada a maior tanto em número de expositores – mais de 80 empresas, das quais 14 delas participam pela primeira vez – quanto em área comercializada. E, também inédita, é a montagem de um pavilhão, no caso o da França que reúne empresas que já atuam no Brasil e outras que pretendem investir em nosso país. Por conta desta participação, o congresso abriu espaço para a apresentação de trabalhos técnicos de empresas francesas, além de uma conferência sobre a Manutenção do monumento-símbolo francês – a Torre Eiffel. Conforme ressalta José Eduardo Lobato de Campos (Petrobras), presidente da Abraman, a edição 2008 dos dois eventos tem relevância redobrada para a área de Manutenção, pois foi pautada em alinhamento ao crescimento econômico pelo qual atravessa o Brasil e também em função da grande importância que cada vez mais a atividade de Manutenção vem alcançando no cenário econômico como um todo.

Como o recente crescimento econômico do Brasil tende a continuar, um outro ponto importante que diz também respeito à área de Manutenção refere-se à questão de mão-de-obra qualificada, que “não está sobrando” no mercado.

Segundo ainda Lobato, “a Manutenção está deixando de ser uma preocupação exclusiva da indústria de base, expandindo-se para a área de serviços como o predial”. “Este é um momento muito importante para a Manutenção como um todo que já começa a se refletir, por exemplo, na realização de seminários a partir de especificidades como os voltados para a área hospitalar e setor de cosméticos. E o congresso da Abraman deste ano traduz um pouco desta realidade”. Como o recente crescimento econômico do Brasil tende a continuar, um outro ponto importante que diz também respeito à área de Manutenção refere-se à questão de mão-de-obra qualificada, que “não está sobrando” no mercado. Tanto que o tema, que já vem sendo alvo de debate desde o congresso do ano passado, continua a ganhar foco no evento atual e ganha expressão no painel que é tema central do congresso 2008. O presidente da Abraman salienta que “é preciso investir sempre na qualificação profissional”, tarefa que deve ser praticada por todo tipo de empresa e independente de seu porte. Por isto mesmo, argumenta, esta é uma conta também a ser bancada por empresas de pequeno, médio ou grande porte, seja na formação de profissionais de nível técnico ou superior.


investir o correspondente a cerca de US$ 2 bilhões (o valor está sujeito à correção por conta da divulgação ainda em setembro do plano estratégico revisado da companhia) nos próximos cinco anos na exploração petrolífera na Bacia de Santos. E os desafios passam por itens como a necessidade da indústria nacional estar preparada para oferecer em futuro próximo aço de alta resistência (API 5L X70/80) para a fabricação de dutos submarinos de forma a diminuir a carga na instalação. No mesmo sentido crescem os desafios da Manutenção com a incumbência chave de dar o devido suporte ótimo aos ativos industriais. Desafios centrais – Para o presidente da Abraman, o crescimento econômico tem imposto às indústrias e a toda cadeia que envolve o processo produtivo o seguinte conjunto de desafios macro que precisam ser enfrentados e superados:

“O Primeiro desafio causado pelo crescimento econômico está na necessidade de reposição da mãode-obra migrada para a área de investimentos. Como no mercado não existem mais profissionais qualificados ou experientes, e como as empresas têm o compromisso com a continuidade operacional, algumas se viram impelidas a montar programas emergenciais de qualificação de mão-de-obra e outras têm optado a pagar pela contratação dos qualificados ou experientes de outras empresas, provocando um aumento nos salários médios praticados e nos custos de Manutenção.” “O Segundo desafio causado pelo crescimento econômico está na ponta do fornecimento de bens para a Manutenção, pois com o aumento da demanda por equipamentos para atender os investimentos, os fabricantes estão com suas carteiras completamente tomadas, com reflexos diretos nos prazos de en-

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34 Manutenção y qualidade

capa trega dos sobressalentes bem como nos custos dos mesmos. Este fato obriga as manutenções a se planejarem com maior detalhamento e antecedência para que possam reduzir os riscos à confiabilidade das instalações.” “O Terceiro desafio causado pelo crescimento econômico se traduz na resposta à seguinte pergunta: - Como iremos manter a continuidade operacional das futuras novas fábricas e plantas, já que a indústria hoje, além de manter o existente, já deveria estar trabalhando na estrutura de Manutenção das novas unidades e, por falta de pessoal qualificado, prioriza o curto prazo sacrificando o médio e longo prazo? Algumas indústrias e profissionais da Manutenção ainda não foram sensibilizados para esta nova realidade. Foi pensando nisto que a Abraman escolheu este tema (‘Manutenção e os desafios do crescimento econômico’), buscando alertar sobre estes desafios e também buscando soluções para o seu equacionamento sem grandes futuras perturbações.” “Os três desafios se aplicam aos tomadores de serviços, mas principalmente aos fornecedores de serviços de Manutenção, pois serão eles os responsáveis por responder aos desafios no futuro. Se os prestadores de serviços de Manutenção não começarem a buscar novas tecnologias, qualificação da mão-de-obra, no futuro muito próximo poderão ser surpreendidos com sua atividade fim ameaçada pelas novas exigências da indústria, tanto numa visão qualitativa quanto quantitativa”, acrescenta. José Eduardo Lobato de Campos alerta ainda: para uma empresa continuar competitiva “é necessário ter processos que assegurem confiabilidade, qualidade e segurança operacional, assim como preservar o meio ambiente e ter pessoal altamente qualificado e motivado. Esta idéia passou de uma simples retórica para uma ação que

necessita ser praticada por todos, independentemente do setor e da atividade econômica.” E em mercado globalizado, uma empresa que pretenda se equipar como as melhores organizações internacionais tidas como “de classe mundial”, a Manutenção é área que faz grande diferença. O presidente da Abraman reconhece que algumas indústrias nacionais ainda apresentam “gargalos em relação a uma Manutenção chamada de classe mundial, mas são bem menores (em número) do que na década passada, tanto que este conceito de confiabilidade já permeia alguns setores da economia que na década passada achava-se não ser aplicável”. Alguns destaques da programação Este ano o que marca a realização do congresso é a diversificação. Já na conferência de abertura sente-se isto: a conhecida jornalista Lucia Hipólito vai falar sobre “Cenários e Dilemas da Política Brasileira 2008-20014. O segundo dia do evento será marcado pela profusão de palestras e mesasredondas. Os temas são: Confiabilidade, Bacia de Santos, Segurança e Meio Ambiente, Manutenção em Equipamentos de Construção Pesada, Manutenção na Indústria Farmacêutica e Hospitalar, Manutenção da Torre Eiffel, “Afinal, o que é Manutenção Classe Mundial”?, Crescimento Social, “O Mercado de Terceirização da Manutenção Industrial na França e na Europa - Tendências e Perspectivas”, “Perspectivas para o Balanço de Gás do Cone Sul sob a Ótica da Teoria dos Jogos”, “Implantação de um Modelo de Gestão de Manutenção de Ativos em uma Companhia Integrada de Óleo e Gás”, “A Manutenção e os Desafios da Cadeia de Valor”, “Excelência em Paradas de Manutenção”. No dia 3 de setembro, as apresentações são sobre “Infra-Estrutura Por-


tuária e a Eficiência da Cadeia Logística Mundial”, Biocombustível, “Gestão da Manutenção em Shopping e Empresas do Varejo”, “Gestão do Conhecimento”, “A Manutenção e Inovação Tecnológica”. Este mesmo dia é marcado pela realização do painel central do evento. Este ano sob o tema “Manutenção e os Desafios do Crescimento Econômico”, o painel será presidido pelo presidente da Abraman, José Eduardo Lobato de Campos e terá a coordenação do diretor da regional SP, anfitrião do evento, Maurício Rodrigues, além das apresentações de Luiz Alberto Gaspar Domingues (Petrobras), José Erasmo Andrade Pereira (Cosipa), Maurício Tolmasquim (EPE) e Celso Knijnik (Casa Civil da Presidência da República) Duas conferências internacionais estão programadas para este último dia de evento: “Os Novos 5 S” (Kenji Nakata) e “The EFNMS Maintenance Professionals Certification in Europe”

(Jan Franlung). Na cerimônia de encerramento, onde serão divulgados os nomes dos autores dos melhores artigos técnicos apresentados durante o evento, haverá uma conferência de um dos mais importantes atletas do Brasil, que honrou o nome de nosso país em várias partes do mundo ao jogar com maestria o seu basquete inesquecível. Trata-se, é claro, de Oscar Schmidt, que vai mostrar aos presentes como “Atingir o Sucesso”. A sexta-feira, dia 5, ficou reservada para a realização de dois workshops: um sobre Gestão de Paradas e outro sobre Auto-diagnóstico em Asset Management (Gerenciamento de Ativos Industriais). Mais de 100 trabalhos técnicos foram selecionados para apresentação durante os 4 dias de congresso.

mgs@mgstecnologia.com.br • www.mgstecnologia.com.br

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capa França tem pavilhão especial na Expoman 2008

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Durante o 23º Congresso Brasileiro de Manutenção, a Missão Econômica da Embaixada da França e a Abraman vão receber especialistas franceses em Manutenção para um dia dedicado à tecnologia Francesa. Durante o evento, que deverá ocorrer dia 2 de setembro, 5 apresentações procurarão mostrar o know how técnico francês em Manutenção e gestão de ativos industriais passando ainda por controle e instrumentação e estratégias de negócios. Graças ao apoio da Abraman a jornada será finalizada com uma apresentação do Diretor Técnico da Torre Eiffel, Yves Camaret, exatamente sobre Manutenção naquele importante monumento mundial. Na Expoman 2008 a Missão Econômica da Embaixada da França reúne 13 conceituadas empresas francesas em um “Pavilhão França” (estandes 64, 65 e 74). A seguir apresentamos um pequeno perfil de cada uma delas (em ordem alfabética).

01DB: filial do grupo Areva, oferece soluções e transferência de tecnologia no segmento de vibro-acústica, com um time de mais de 50 profissionais altamente especializados para atender às suas necessidades. O grupo é número 1 na França, com mais de 10.000 clientes, de 35 milhões de Euros de vendas anuais, 10% do volume de vendas reinvestido em pesquisa e desenvolvimento, 7 plantas na França, 4 filiais e 40 distribuidores no mundo.

Assetsman: com mais de 15 anos em mais de 100 anos de experiência, está

Com o crescimento do Brasil na década atual, voltaram os investimentos na indústria em todos os segmentos, desde a indústria de base até a manufatureira, passando pela de serviços, em intensidade jamais vista anteriormente.

de experiência na área de Manutenção, a Assetsman é especializada na gestão de ativos industriais (Industrial Asset Management), oferecendo aos seus clientes uma série de recursos de auxílio às decisões na gestão de ativos industriais. Tais recursos têm por finalidade a melhoria da relação custo/risco, ajudando os gestores a decidirem sobre itens como: compra de grandes equipamentos, otimização da Manutenção, otimização dos estoques de reposição ou cálculo da vida econômica de ativos.

Camka Systems: empresa especializada em sistemas de vídeo conferência para o setor da Manutenção industrial. Utilizados nas indústrias, laboratórios e centros técnicos, os sistemas desenvolvidos pela Camka permitem uma relação direta entre sua empresa e os fabricantes de seus equipamentos, para qualquer tipo de operação de Manutenção industrial sem necessidade de deslocamento, economizando tempo e dinheiro.

Converteam: líder mundial em engenharia de conversão de energia. Com base

firmemente consolidado como fornecedor de tecnologia de ponta e inovação, com uma reputação global por sua excelência na conversão de energia. O Grupo desenvolve e fornece soluções construídas sobre três componentes principais: motores e geradores, acionamentos e automação de processos. Servindo setores especializados, bem como seus mercados principais – Indústria (Siderurgia, Mineração), Marine & Offshore, Petróleo & Gás e Energia - seus 4600 empregados fornecem soluções em conversão de energia em todo o mundo. No ano de 2007, o faturamento da Converteam atingiu 875 milhões de euros.

CTP Environnement: fundada em 1926, a CTP é uma empresa de Manutenção industrial especializada na limpeza de fornos, tubos, torres de resfriamento e permutadores de calor. Sua tecnologia inovadora possibilita a limpeza de fornos sem a necessidade de parar o processo de produção, aumentando a eficiência sem gerar perdas. Sua atuação é principalmente nos setores de petróleo, químico e petroquímico.


capa Dalkia: Empresa do grupo Veolia, pre- ria de Projeto (estudo de prospecção, básico, tratamento de efluentes, limestudos conceituais e de viabilidade, engenharia básica e de detalhamento), Serviços (gerenciamento de projeto, suprimento e assistência técnica) e até mesmo Contratos turn-key (com EPC ou EPCI no desenvolvimento de projetos de portes médio ou complexo). A expertise da empresa cobre todos os tipos de ambientes, inclusive ambientes perigosos, locações remotas e águas ultraprofundas.

Degrémont: Líder mundial em engenharia de águas e efluentes, a Degrémont, com base em seu programa de pesquisa e desenvolvimento de novos processos, projeta, constrói e opera instalações de tratamento de águas para consumo humano e industrial, assim como para sistemas de tratamento de esgotos domésticos e industriais. A Degremont atua principalmente em 04 especialidades: Água Potável, Dessalinização, Águas Industriais, Urbanas e de Reuso e Tratamento de Lodos através das seguintes possibilidades de fornecimento: EPC (Engineering, Procurement and Construction), Equipamentos, Comissionamento e Start-up de plantas, BOT (Built, Operate and Transfer) e O&M (Operação e Manutenção). No Brasil, tem mais de 50 anos de presença com escritórios em São Paulo e fábrica em Cajamar-SP, contando com aproximadamente 350 colaboradores.

Matis: a Consultoria e engenharia

Doris: empresa de engenharia do setor de óleo e gás offshore. Suas atividades compreendem a Engenha-

Matis é especializada em altas tecnologias para os setores aeronáutico, de defesa, automotivo, ferroviário e energético. Acompanha seus parceiros tecnológicos em projetos estratégicos de diversificação e acolhimento de transferências de tecnologias, em todos os processos, desde a concepção até a fabricação e a comercialização.

Missler Softwares: Especializada

em soluções CAD, CAM e ERP, segunda maior empresa de CAD/CAM na França e está entre as 10 maiores do mundo. Implantados comercialmente no Brasil desde 2006, fornece solução de softwares integrados para o design do produto, manufatura e gerenciamento de dados. A Missler oferece uma solução única e integrada para as indústrias de engenharia mecânica e caldeiraria desde a concepção até a industrialização.

Proactiva: atua com serviços de recuperação ambiental, saneamento

peza urbana além de coleta, transporte, reciclagem e destinação final de resíduos. Disponibiliza serviços de limpezas técnicas ou convencionais de ambientes industriais com uso de tecnologias como, por exemplo, a limpeza criogênica (utilização de gelo seco para remoção de sujeiras difíceis).

Siveco: fornece desde 1986 solu-

ções de Gerenciamento da Manutenção e Ativos. Sua competência e experiência permitem aumentar a vida útil e a confiabilidade dos ativos, melhorar o gerenciamento dos serviços, reduzir os custos de Manutenção e estoque e otimizar o gerenciamento da mãode-obra. Líder no mercado europeu de gestão de ativos e Manutenção, conta com um moderno departamento de Pesquisa & Desenvolvimento. Presente em mais de 65 países tem seu sistema traduzido em 16 idiomas e uma equipe de consultores experientes prontos para atender o cliente.

USE: é especializada no setor de instrumentação e automação, desenvolvendo tecnologia e fornecendo produtos para os diversos segmentos da indústria, entre os quais destacam-se os setores do petróleo e gás, petroquímica, siderurgia, mineração, saneamento e meio ambiente. Oferece soluções de medição ultra-sônica, city-gates e equipamentos para estações de entrega de gás natural, analisadores de qualidade de água, detectores e analisadores de gases e serviços.

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sente no Brasil desde 1998, atua como prestador de serviço na área da Manutenção e operação de utilidades visando a otimização energética das instalações. Sua atuação passa pelo estudo, engenharia, compra, transformação e operação de energia sempre dentro de uma ótica de desenvolvimento sustentável, ocupandose também da gestão da logística dos empreendimentos (Manutenção, segurança, limpeza, recepção).


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Artigos Técnicos Aprovados Aqui apresentamos a listagem dos artigos técnicos aprovados para apresentação durante o 23º Congresso Brasileiro de Manutenção. Também nos trabalhos selecionados a tônica é a diversificação. Vale a pena conferir.

001 Torqueamento para Garantia de 034 Dispositivo para Monitoramento Integridade no Sistema Industrial (Critérios na Utilização e Escolha de Ferramentas com Controle de Torque)

e Determinação da Vida Útil Remanescente de Baterias Chumbo-Ácido Estacionárias

002 Desenvolvimento de Metodolo- 035 Peritagem Judicial Mecânica em gia de Contratação por Performance Baseada em Eficiência Energética e Disponibilidade Operacional

Falha de Sistemas Automotivos: Análise Crítica

003 Determinação do Intervalo

da a Instalação com Aceleradores Lineares de Feixe de Elétrons Industriais

Ótimo para Manutenção: Preventiva, Preditiva e Detectiva

004 Evaluación de Corrosión Inducida por Bacterias en Recipientes de NGL: Caso de Estudio - Argentina

005 Estudio de Resonancia en Sistema Soporte de Ventilador en Motor Alternativo de Bombas Centrifugas - Argentina 006 Planejamento da Manutenção - Uma função Estratégica 010 A Falha Não é uma Opção 017 Programa de Monitoração da Eficácia da Manutenção - PMEM

019 Gestao da Manutenção Um Novo Enfoque

039 Gestão de Manutenção Aplica042 Pontos Estratégicos para o Gerenciamento de Pequenas Empresas Dedicadas à Manutenção de Ferramentas Industriais

043 O Planejamento Logístico para a Programação da Manutenção num Empreendimento em Local Sazonalmente Acessível

044 Melhoria no Processo de Manutenção das Unidades Hidráulicas das Reduções da Albrás

046 Análise e Identificação de Falhas em Motores de Indução Trifásicos Através da Técnica de Análise da Assinatura Elétrica - ESA

047 Aumento da Produtividade e da

de Distribuição de Energia Elétrica da ArcelorMittal Tubarão

Qualidade na Manutenção dos Trens Metrô com a Modernização dos Porta-Escovas e Escovas dos Motores de Tração

022 Retífica dos Rolos

048 Harmônicos nas Instalações

do Roller-press

Elétricas de Baixa Tensão - Problemas, Causas e Soluções

021 Novo Sistema de Supervisão

023 Sistema Baseado em Conhecimento para Implantação da Manutenção Centrada na Confiabilidade

050 Reforço Estrutural a Frio em Va-

031 O Óleo Diesel como Fator Im-

054 Elaboração de uma Matriz de

pactante na Confiabilidade dos Sistemas de Geração de Emergência

Decisão para Definição do Tipo de Manutenção a ser Implantada nos Equipamentos de uma Central de Utilidades

033 Mensuração da Disponibilidade do Sistema de Automação da Celpe, através da Análise dos Dados Produzidos pelo Sistema SCADA

sos e Tanques Eduardo


capa 057 Implantação do SAP R/3 Mó-

093 Monitoramento dos Motores

103 Gestão de Reparo de Motores

dulo de Manutenção PM na Unidade de Negócios da Petrobras na Bacia de Campos

Elétricos de Corrente Contínua de Tração através do Ensaio de Excentricidade

Elétricos com Foco em Confiabilidade e Otimização de Custos

058 Análise RAM +L: Um Estudo

094 Gestão de Peças Sobressalen-

Integrado de Várias Unidades de Produção de uma Refinaria

tes: Solução Para um Problema Crônico e Universal

060 Ganhos de Produtividade com Liderança Servidora

096 Termografia e Análise de Vibração: Ferramentas para Otimização da Manutenção

jeto de Expansão da Companhia Siderúrgica Tubarão através da Análise de Intercambiabilidade de Motores de Alta Tensão

visão e Abordagem Prática do Método dos Coeficientes de Influência

097 A Manutenção na Cadeia de Valores de Empresas do Varejo

066 PDCA de Customer Satisfaction Survey Ferramentas Unidas Buscando um Processo de Soluções de Problemas e Ciclo de Melhoria Contínua da Satisfação do Cliente

068 Informatização de Caminhões de Manutenção: Controle e Gestão dos Insumos em Atendimento a Lei sox

073 Terceirização da Manutenção - Estudo de Case

075 Estimativa do Tempo de Parada em Plantas Industriais Através de Redes Neurais e Simulação de Monte Carlo

079 Manutenção em Sistemas de Transmissão: dos Conceitos às Estratégias Adotadas no Brasil

080 Metodologia para Implantação de um Sistema de Gerenciamento de Manutenção em uma Planta Termelétrica

084 Adequação à NR-10: Estudo Comparativo Entre Unidades de Produção Antigas e Novos Projetos

092 Aplicação de Religadores Automáticos na Mineração

nutenção Usando Simuladores para Análise Técnica e Financeira

112 Maximizando a Disponibilidade

mado em Indústrias de Produção de Celulose

de Ativos através da Melhoria no Sistema de Vedação das Válvulas Pertencente ao Gasoduto Terrestre denominado “GASBEL”

099 Impacto da Estocagem na Vida

114 A Manutenção Criando Ferra-

Útil de Baterias Chumbo-Ácidas Reguladas por Válvula - (VRLA)

mentas para Elevar o Nível de Conhecimento da Equipe Técnica

063 Hotelaria - Excelência em Servi- 098 Durabilidade do Concreto Arços de Manutenção Predial

111 Otimização de Estoques de Ma-

39 Manutenção y qualidade

062 Balanceamento Dinâmico: Re-

104 Otimização de Custos no Pro-


capa 120 Capacitação de Equipes de

161 Vantagens em Contratar Ser-

Operação, Lubrificação e Almoxarifado em Motores Elétricos

viços Terceirizados para Execução da Manutenção Preventiva Periódica Geral em Unidades e Reparos de Cavitação

121 Melhorias nas Ferramentas de Descoqueamento das Unidades de Coqueamento Retardado da Refinaria de Paulínia

123 Precisão em Acertar a Data Correta da Falha - Até Onde Devemos Exigir dos Sistemas de Monitoramento

125 Aplicação da Aspersão Térmica 40 Manutenção y qualidade

na Soldagem em Operação de Tubos com Pequena espessura Remanescente

126 Estudo de Confiabilidade do Sistema de Expansão a Frio de Tubos de Aço com Costura

Simulação na Manutenção de Locomotivas da MRS Logística S.A.

163 Avaliação da Viabilidade do Projeto Modernização/Manutenção de Locomotivas de Manobra da Frota da MRS Logística S.A.

164 Introdução do Uso Correto do Bloqueio e Etiquetagem nos Trabalhos de Manutenção Industrial

165 Definição da Estratégia de Ma-

128 Desenvolvimento de Técnicas

nutenção para Frota de Bombas de Polpa através do Conceito de Criticidade e Característica das Falhas

para Conservação de Equipamentos nas Termelétricas

170 Aplicação Prática de um Pro-

de Movimento

grama Motivacional de SSMA no Ambiente de Manutenção Industrial: Um Exemplo de Como Motivar Colaboradores Através de Dinâmicas de Grupos Baseadas nos Riscos Existentes nos Processos Fabris

145 Aumento da Confiabilidade da

173 Previsibilidade na Aquisição e

Proteção de Sistema de Retificação das Reduções I e II de uma Planta de Produção de Alumínio ALBRAS

Estoque de Correias Transportadoras

133 Intervalo Ótimo de Inspeções em Sistemas Off Line

138 Solução Integrada em Controle

A Petrobras, por exemplo, planeja investir o correspondente a cerca de US$ 2 bilhões (o valor está sujeito à correção por conta da divulgação ainda em setembro do plano estratégico revisado da companhia) nos próximos cinco anos na exploração petrolífera na Bacia de Santos.

162 Aplicação de Teoria de Filas e

147 O Papel da Evolução Tecnológica na Política de Substituição de Equipamentos de Informática

148 Plano de Carreira para Manutentores Baseado nas Competências

153 Efeitos da Inspeção Termográfica na Manutenção de Redes de Barramentos Dotados de Cofres de Derivação

158 Detecção de Falhas em Conjuntos Motor-Bomba Acionados por Inversores de Freqüência através da Análise de Vibração e Redes Neurais Artificiais

174 O Uso da Tecnologia Móvel para o Gerenciamento Eficaz dos Ativos

176 Monitoramento da Condição: Uma Estratégia de Integração de Tecnologias na Busca da LCM - Lubrificação de Classe Mundial

177 Estruturação da Problemática da Gestão do Conhecimento na Área de Manutenção da Diretoria Técnica da Itaipu Binacional

179 Sistema de Gestão da Qualidade Aplicado à Área de Engenharia de Manutenção Eletromecânica da CESP


capa Tempo é Dinheiro, Economize Ambos: Como esta Filosofia se Aplica às Atividades de Inspeção de Equipamentos e Avaliação de Integridade?

203 Estrutura da Informação para

228 Aplicação da Manutenção Cen-

Diagnóstico de Falhas em Equipamentos

trada em Confiabilidade no Setor de Fundições

206

Manutenção Móvel Utilizando

o PDA

185 Postos Avançados de Manuten- 208 Avaliação de Performance de ção

187 Programa de Garantia de Desempenho de Equipamentos e Sistemas Industriais

Contratos: como Construir um Mapa de Indicadores com os Clientes

230 Atestado de Conformidade com o Exercício Profissional - Concedido Pelo Crea-RN para a Petrobras / UNRnce em 31 de Agosto de 2007

209 Nova Geração da Terceirização

235 Evolução da Manutenção Planejada na Cosipa

de Serviços - Transformando Oportunidades em Ganhos Reais aos Clientes

238 Planejamento para Implantação

Pelotas Queimadas

210 Aplicação do FMEA no Desen-

190 Análise do Ciclo de Equipa-

volvimento de Procedimento de Pesquisa de Pane

de Grande Reparo e Melhorias na Área da Redução durante Reforma do Alto Forno nº 1 da Cosipa

mentos Dinâmicos para Definição dos Requisitos do Projeto

214 Integração de Sistemas Com-

192 Limpeza Industrial “Classe

putacionais das Áreas Fabris e Manutenção Buscando a Otimização de Operacionais e Financeiros

189 Novo Sistema para Controle de

Mundial” e o Respeito ao Meio Ambiente

195 Auditorias Técnicas Aplicadas à Manutenção Preventiva e Preditiva de Equipamentos e Instalações do Sistema Elétrico

256 Gestão de Serviços de Manu-

Modelo de Gestão de Manutenção

216 Supervisórios e Historiadores

200 Conservação de Energia e

de Dados de Utilidades e Climatização da Renault do Brasil

Avaliação de Custos na Iluminação de Ambientes Comerciais

201 Verificação de Operação e

247 Esquema Utilizado pela Petrobras/Un-Rio Para Nivelamento de Recursos em Tarefas Cíclicas de Manutenção: Garantindo a Exeqüibilidade dos Planos de Manutenção 248 Aplicação de Ferramenta Estruturada para Avaliar as Melhores Práticas no Gerenciamento da Manutenção Usando Conceitos do TPM

198 Aplicação da Técnica de Descargas Parciais como Ferramenta Suporte a Tomada de Decisões Técnicas e de Gestão 199 A Necessidade de um Novo

244 Desenvolvendo Equipes de Manutenção: da Avaliação de Desempenho à Gestão por Competência

tenção: Uma Ferramenta Simples e Eficaz

258 Monitoramento da Qualidade da Energia Elétrica Fornecida pela Concessionária à Renault do Brasil

218 Integração de Sistemas Informáticos na Gestão da Manutenção na Indústria Farmacêutica e Construção de KPI´s - Portugal

vermelha na Detecção de Falhas Mecânicas em Escavadeiras Elétricas

261 A Utilização da Inspeção Infra-

Análise de Desempenho da Malha de Aterramento da S/E 440kV Jupiá através de Ensaios sem Desligamento Total da UHE Engenheiro Souza Dias (JUPIÁ)

222 A Importância das Competên-

264 Melhoria da Qualidade das Di-

cias Gerenciais no Planejamento Estratégico do Setor de Manutenção

202 Vento na Vela - Educar para

225 Suas Máquinas de Alta Tensão

mensões das Chapas para Latas dos LTF 1 e 2 da CSN usando Vibração e Planejamento de Experimentos - Chatter

Capacitar

têm Torrado Ultimamente? O Monitoramento das Descargas Parciais como Ferramenta da Manutenção Preditiva

267 Detecção de Trincas de Fadiga por Emissão Acústica

41 Manutenção y qualidade

184


capa 280 Aplicação da Metodologia MCC

343 Benefícios Obtidos Com a

na Revisão de Planos de Manutenção do Sistema de Circulação de Fluidos da Sonda Modulada 5

Substituição de Acoplamentos Utilizados em Misturadores de Tanque

287 Planejamento e Otimização da

e Acompanhamento de Projetos com Foco em Manutenção de Grandes Máquinas

Manutenção de Tubulações de Óleo e Gás Baseada na Confiabilidade Calculada de Dados Obtidos de PIG Instrumentado

290 Sea Proactivo. La Ingeniería De Confiabilidad Comienza En El Diseño

42 Manutenção y qualidade

296 Metodologia para Preenchimento dos Catálogos de Falha das Notas ZF - Módulo PM - SAP R/3

307 Jogo do Conhecimento - Uma

344 Aspectos Relevantes na Análise

345 Batimento e Ressonância Durante Serviço de Balanceamento de Campo : Um Caso Prático 346 Quebra de Paradigmas: MCC do Sistema de Água Quente da Plataforma P-47

347 Estudo de Confiabilidade para

Forma Criativa de Aprender Brincando

Validação da Operação Desabitada da Plataforma de PPER-1

309 Inspeção Baseada em Risco

350 Gerenciamento de Ativos em

Aplicada a Casco de FPSO

Manutenção Eletroeletrônica

312 Integridade de Cabos de Aço de 351 Substituição dos Painéis SupeGuindastes: Gestão do Plano de Inspeção Visual e Eletromagnética da Petrobras / Bacia de Campos: Resultados, Conclusões e Recomendações

raquecedores da Caldeira SG-2002 com o Processo de Soldagem TIG-Orbital

324 Definição de Técnicas Não-Des-

Implementación Del Proceso de Análisis de Causa Raíz (RCA) - Colômbia

trutivas para Inspeção de Parafusos e Estojos quanto a Presença de Trincas

329 PGP - Plano de Gerenciamento de Paradas

330 Mapa de Sobressalentes por Taxa de Falha

335 Projeto de Manutenção de Válvulas de Processo: Administração de Materiais para a Engenharia de Manutenção e Inspeção

341 Aumento da Confiabilidade dos Revestimentos Refratários através da Correta Cura e Secagem dos Refratários

342 Plano de Manutenção de Válvulas de Bloqueio

352 Factores Claves de Éxito En La 353 Asset Managemant: O Doce e o Amargo Benchmark Internacional

354 Programa de Treinamento para a Manutenção Classe Mundial

355 Planejamento Integrado de Parada com Utilização do Sofware PDMS (Plant Design Management 356 Inspeção Vertical de Risers de Perfuração

358 Distorções Harmônicas: Seus Efeitos e Soluções Propostas Mais de 100 trabalhos técnicos foram selecionados para apresentação durante os 4 dias de congresso.


43 Manutenção y qualidade


44 Manutenção y qualidade


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