Cartas de Hans

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Escola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos de Vale de Milhaços

“Saga”

Cartas de Hans

8.º A


Mares da China, 20 de Agosto Querida mãe e querido pai! Presentemente, encontro-me na China e já viajei por quase todo o mundo. Como é que vocês estão? A minha irmã já acabou o curso? Gostava muito que vissem como os chineses se vestem e até como eles comem. Eles usam um quimono com umas cores características de cada região, pois cada uma tem um deus característico. Estes chineses têm uma forma estranha de se alimentarem, pois comem de tudo: cão, gato, escaravelhos e até baleias e substituem os talheres por dois paus de bambu para comer. Depois deste meu destino, vou ver se passo pelo Brasil, pelas as ilhas do Atlântico e, ainda, pelas costas de África. Por fim, regresso a Portugal, à minha cidade, para me juntar à minha família. Gostaria muito de regressar a Vig e mostrar essa ilha maravilhosa à minha mulher e aos meus filhos. Tenho a certeza de que iriam gostar de vos conhecer. Fico a aguardar a uma resposta. Tenho muitas saudades vossas. Um abraço do vosso filho Hans.

Hans (Alexandre e Tânia)


Brasil, 21 de Abril Queridos pais,

Como vão? Espero que se encontrem bem. Anseio regressar a Vig o mais rápido possível. Já viajei muito, já passei pelas costas do Atlântico e, agora, escrevo-vos da costa do Brasil. Nesta zona do mundo, sinto-me tonto de descobrimento. Os rostos estrangeiros, os cheiros, os sons, é tudo maravilhoso. Escrevo-vos, sentado a cear na varanda. Vou levar-vos estas loiças e estas especiarias, para que possam experimentar os sabores do mundo. Já sou capitão de um navio, pai. Agora, manobro velas e dirijo-as, descarrego fardos, e dirijo embarques e desembarques de mercadorias. A imensidão azul do mal é extremamente calmante. Amanhã irei começar a minha viagem para os mares da China. Despeço-me com imensas saudades e esperança de que vos irei reencontrar em breve.

Os meus melhores cumprimentos, Hans (Angélica, Tiago Morais e Tatiana)


Costa do Brasil, 14 de Janeiro Queridos pais: Eu estou na costa do Brasil como capitão de um navio. Eu sei que fiz mal em fugir de casa e também sei que o pai não me perdoa, mas sinto-me muito feliz a desempenhar as actividades de marinheiro. Estou no Rio de Janeiro. Aqui as pessoas falam uma língua parecida com a daquela ‘’cidade desconhecida’’ que me acolheu e cujo nome é Porto, como já referi na carta anterior. Cá a comida e temperada de um modo diferente, come-se muito feijão, arroz e mandioca (não sei bem o que isto é, mas que sabe bem, sabe). À noite, o luar é espectacular. Embora seja Janeiro, está um calor infernal. Explicaram-me que quando em Vig é Inverno, cá no Brasil é Verão. Termino, assim, esta carta e espero que o pai me entenda e me perdoe. Abraços para todos. Hans (o marinheiro) (Helena e Ludmila)


Brasil, 2 de Julho

Querida família,

Olá, como está isso aí por Vig? Espero que esteja a correr tudo bem. Eu, agora, estou no Brasil e, de seguida, vou para a China. Esta viagem está a ser um espanto. Já passei pelas ilhas do Atlântico e pelas costas de África, comprei muitas lembranças para todos que espero, um dia, ter a oportunidade de entregar. Neste momento, está um calor que não se aguenta. A comida tem sabores diferentes, mas agradáveis, gostava que estivessem cá comigo. Antes desta viagem, desembarquei numa cidade desconhecida, na qual fui adoptado por um senhor, armador e negociante, bastante simpático, sem filhos que me acolheu em sua casa. Agora sou capitão de um dos seus navios e faço muitas viagens. Beijos e abraços para Vig e para a família, espero uma carta de resposta, e anseio que o meu pai me perdoe e me permita voltar a Vig, à sua casa. Adoro-vos e tenho saudades vossas. Hans (Inês Jorge e Marta)


Brasil, 21 de Fevereiro

Queridos pais, Tenho navegado por muitos mares e tenho conhecido muitas terras. Agora sou capitão do meu próprio navio. Cheguei à costa brasileira, há uns meses onde vi muita escravidão. Os mares são muito calmos e azuis. Este país, ainda, está muito pouco desenvolvido, os habitantes vivem em cabanas de troncos de árvores, mas tem muitas belezas naturais, existem muitos rios onde pescar, extensas florestas com muitos animais e árvores com os mais diversos frutos. Agora já sou um homem com uma vida estável e o que mais desejava era voltar a casa, se o pai permitisse. Peço perdão pela minha fuga, mas era muito imaturo, e aquilo que mais queria era navegar livremente. Se o pai me deixar regressar, terei inúmeras histórias para contar e mostrarvos-ei a minha riqueza e objectos fascinantes que descobri durante este tempo. Só peço um perdão… Um abraço, do vosso sempre Hans (João, Fábio e Daniela)


Pequim, 14 de Julho Queridos pais, Desde que parti de Vig, tenho viajado por imensos sítios. Fui desde as ilhas do Atlântico, às costas de África e até à China.

Em Portugal, encontrei um grande amigo chamado Hoyle, que me acolheu em sua casa e me tornou capitão dos seus navios. Neste momento, encontro-me no país maior do mundo, a China. Dos locais mais bonitos que visitei, destaco a Muralha da China onde percorri milhares de km, só para apreciar a vista. A paisagem é linda. No artesanato, gostei essencialmente da pintura chinesa. Ensinaram-me karaté e as suas tradições. O meu nome em mandarim escreve-se 漢斯. Também aprendi a escrever os caracteres chineses.

Desejo chegar a Vig, para vos contar pessoalmente tudo o que eu vi e tudo o que eu visitei. Estou muito feliz por ter concretizado o meu sonho, mesmo sem o vosso consentimento, consegui ser marinheiro e um capitão de um navio. Estou com imensas saudades vossas, espero que me perdoem e que possa voltar em breve para a nossa casa. Muitos abraços, Hans (Mariana e Cátia)


Mares da China, 22 de Abril Queridos familiares, Escrevo-lhes esta carta e peço desculpa por tão alargada ausência, pois desde que me alistei na expedição do cargueiro Angus, não tenho conseguido viver de consciência tranquila. Desde que fiz a referida viagem, vivi novas experiências e ideias e a minha forma de ver a vida mudou significativamente. Provavelmente, podem pensar que estou arrependido de a ter feito, mas não totalmente, dado que esta viagem foi muito importante para mim. Passados poucos dias de chegar a uma cidade desconhecida, fui acolhido por um negociante inglês, Hoyle, homem muito importante e influente nessa cidade. Ele ajudou-me bastante na minha educação e formação pessoal. Neste momento, aos 21 anos, sou capitão de navios e encontro-me nos mares da China, onde a maneira de vestir e de comunicar dos seus habitantes é completamente diferente da nossa. A paisagem deste local é extremamente bonita e atraente. As pessoas possuem olhos bicudos e rosto de cor amarela, que simbolizam pessoas de extrema bondade. A cozinha tradicional deste país e a alimentação das populações tem o arroz como o principal alimento que, por sinal, é extremamente saboroso. No quinto dia de viagem, eu e a minha tripulação descontraímos um pouco e visitámos um enorme e majestoso monumento, a Muralha da China. Aproveito o momento para suplicar o vosso perdão e que me deixem regressar a Vig, a terra do meu coração. Sinto muito a vossa falta. Abraços saudosos do vosso querido filho, Hans (Pedro e Simão) P.S: Gostaria também de saber se Cristina se encontra bem de saúde e se gosta de estudar em Copenhague.


China, 1 de Abril Queridos pais, Espero que esteja tudo bem por Vig. Meu pai, sei que não queria que eu fosse um marinheiro, mas eu estou feliz, vivo e a saudar-vos. Este mês vou ficar na China. Graças à minha vida de marinheiro, já vivi muitas aventuras. Estou um pouco espantado com os costumes do mundo inteiro. Aqui, neste país, come-se com uns pauzinhos. É muito difícil, não tentem aí em Vig, por favor! As pessoas daqui são muito diferentes, pois têm uma tonalidade de pele clara a puxar para o amarelado, gostam muito de dragões, um dos seus animais sagrados. Neste país a especialidade são as especiarias. O meu desejo era poder regressar a Vig, mas sei que não irei ser bem recebido. Fico a aguardar o vosso perdão. Espero que recebam esta carta e a resposta seja a que eu tanto ambiciono. Um beijo do vosso filho arrependido. Hans (Raquel e Sara)


Mares da China, 21 de Abril Queridos pais, Como têm passado? Eu tenho estado muito bem de saúde e de trabalho. Graças a Deus ainda não me faltou nada, arranjei um trabalho como capitão de um navio. Tenho pensado muito em vocês os dois e tenho saudades daqueles pequenosalmoços que a mãe me preparava logo de manhã. Estou capaz de ir aí para o Natal. Tenho viajado constantemente por locais que nunca me tinham vindo ao pensamento. Espero que leiam esta carta o mais rápido possível. Um grande abraço, Hans (Rita, Bruna e David)


Mares da China, 21 de Abril Queridos Pais, Como sabem eu agora sou um marinheiro, apesar de o pai não o querer. Mas mudando de assunto, está tudo bem por aí? Estou na China a navegar por mares desconhecidos. Apesar de gostar muito da profissão que segui, aconteceram-me várias coisas que parecem que cada vez me afastam mais do meu rumo. Após estar no Angus, fui chicoteado e obrigado a abandonar o navio. Agora sou um homem feliz, Holye, um grande amigo que me acolheu, ajudou-me bastante. Agora ando com ele a navegar pelos mares chineses. Isto aqui na China é muito bonito. Actualmente, estou a estudar alguns temas relacionados com o mar para me ajudarem a desenvolver as minhas capacidades de orientação. Espero que um dia me perdoes, pai. Responde a esta carta mesmo que a resposta seja negativa, só para eu ter a certeza de que tu leste o que te digo. Apesar de não concordares comigo e com as minhas opções, eu ainda gosto muito de ti e não quero que estejas chateado comigo. Só te peço que me perdoes e que não fiquemos assim. Beijinhos, gosto muito de vocês.

Hans, O Marinheiro (Ruben e Igor)


Carta Mares da china, 21 Abril Queridos pais: Estou na China numa viagem de negócios e estou a aprender muito sobre esta cultura. Gostava imenso que estivessem aqui comigo para poderem ver como as culturas daí e daqui são totalmente diferentes. Quero também dizer-vos que tenho o desejo de voltar a Vig, para vos ver e contar-vos todas as minhas aventuras e as viagens que eu fiz. Aqui, uma das festas que assisti foi a festa do dragão, comi muito arroz, gafanhotos, cão frito e digo-vos que até é bastante saboroso. Vi templos budistas cujos discípulos passam o dia inteiro em mediação. Eles levam uma vida de pleno isolamento de todo o mundo. Como vêm há muito para contar. Espero que um dia me perdoem por ter fugido de casa. Beijos do vosso filho Hans (Miriam e Tiago Constantino)


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