Um dia quase esquecido…
Inês Resende Liliana Ferreira Mariana Carneiro Vera Salgado
Ouve
aqui
Era uma vez, um velho frágil por causa da sua idade, que vivia numa casa pequena e muito acolhedora perto da floresta, onde os seus netos o iam visitar duas vezes por semana. Na sua casa havia uma pequena biblioteca com várias histórias que gostava de contar aos seus netos sobre o mundo da magia.
Com o passar dos anos começou a ficar esquecido da magia e dos perigos que o rodeavam. Foi então, que certo dia de verão decidiu ir dar um passeio à floresta, repleta de tons verdes, não se lembrando que esta estava recheada de mistérios e animais especiais.
com
– Ora ora, andas por aqui sozinhozzzzzz! O que procuras nesta florestazzzzz? – perguntou a serpente. Este sem se aperceber das intenções da serpente responde: – Vim só dar um passeio, pois estou à procura dos meus netinhos.
Depois de algum tempo a caminhar pela mesma, o velho passou por vários animais, como um urso com uma mochila amarela, um burro
grandes orelhas e uma serpente cor de rosa, esta que vendo a sua fragilidade decide abordá-lo:
Mas naquele dia os seus netos não iriam estar com ele, o velho tinha-se confundido nos dias. A cobra como era superatenta percebeu que o velho estava um pouco desorientado e disse: m que eu ajudo a procurar os teus netinhoszzzzz! –ndo que já teria o seu jantar.
Os dois seguiram pela floresta adentro, encontrando pelo caminho vários animais misteriosos, até que aparece um gatinho amarelo malhado, sabendo que na floresta toda a gente tinha medo da serpente, pois ela não tinha boas intenções para com ninguém.
Este diz: – Boa tarde cavalheiros, o que fazem aqui ao entardecer? – Nada nada, estamos só à procura dos netinhos do velhozzzz! – disse a serpente. – Eu posso ajudar! Conheço esta parte da floresta como ninguém. – afirmou o gato. – Não! Nãozzzz! Não precisamos de mais ninguémzzzz. – disse prontamente a serpente que não queria que ninguém lhe atrapalhasse o esquema.
Neste momento, o velho apercebe-se que algo de estranho se passa com a amabilidade da serpente e desvalorizando a situação decide ficar atento, pois desconfia da generosidade da mesma. Um pouco mais à frente no caminho, o velho lembra-se que afinal hoje não era o dia de estar com os netos e diz prontamente à serpente:
por me teres ajudado, mas vou
casa! Os
—NÃOZZZZZZ! Agora vais ser o meu jantarzzzz!
– Obrigado
para
meus netinhos certamente irão lá ter. A serpente já a mostrar a sua língua, diz:
Com medo, o velho desata a correr, mas a serpente era mais rápida do que ele, até que aparece novamente o gato malhado que tinha ficado alerta. Este grita de dentro da sua toca:
– Oh senhor velho, oh senhor velho entre aqui rápido, posso ajudá-lo!
Este assustado decide entrar.
– Gato, a serpente quer-me comer! O que faço? – exclamou o velho, ofegante.
– Tenha calma, eu vou ajudá-lo. Eu empresto-lhe uma das minhas capas e calce as minhas botas, sentir-se-á mais forte e capaz de correr mais rápido que uma lebre.
O velho assim o fez e correndo mais rápido que uma lebre, depressa despistou a serpente.
Quando chega a sua casa, qual não foi o seu espanto quando se depara com os seus netos, que o tinham ido surpreender. O velho, tinha-se esquecido que naquele dia, era o seu aniversário.
Os netos vendo o ar assustado do avô ao chegar a casa, questionam-no sobre o que se tinha passado.
O velho conta a sua peripécia e como tinha sido ajudado por um gato muito amável e inteligente, que lhe tinha oferecido a sua capa e o seu par de botas, para que este corresse mais rápido que uma lebre, e assim ele tinha despistado a serpente que o queria comer.
Os netos ao ouvirem esta história, ficam aliviados, mas muito preocupados ao mesmo tempo e decidem que o melhor seria eles passarem a viver com o avô, protegendo-o e ajudando-o, uma vez que já não era seguro o querido velho viver sozinho, pois estava rodeado de perigos e mistérios.