Revista Série A n° 9 (2015)

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04 - Saudação do presidente da Lierj 05 - Mensagem do vice-presidente da Lierj 06 - Palavra da Riotur 08 - Os 450 anos do Rio de Janeiro contados em forma de Carnaval 10 - Desfiles da Série A reúnem 15 grandes espetáculos 12 - Unidos de Bangu 14 - Em Cima da Hora 16 - Império Serrano 18 - Paraíso do Tuiuti 20 - União do Parque Curicica 22 - Porto da Pedra 24 - Caprichosos de Pilares 28 - Alegria da Zona Sul 30 - Santa Cruz 32 - Inocentes de Belford Roxo 34 - Unidos de Padre Miguel 36 - Império da Tijuca 38 - Renascer de Jacarepaguá 40 - Cubango 42 - Estácio de Sá 48 - Lierj transforma os desfiles das séries B, C e D

Informativo da LIERJ - Ano 7 - Número 9 - Fevereiro de 2015

Editor-chefe: Ralph Guichard / MTB: 33498RJ Coordenação-geral: Higor Amaral Fotografia: Barbara Alejandra, Diego Mendes, Evandro Teixeira, Ricardo Neves e Riotur Textos: Ralph Guichard Diagramação e projeto gráfico: Green House Ltda. Designer: Fábio Alex Jr. Desenho da capa: Arte de Ricardo Neves sobre fotografia de Evandro Teixeira Colaborações: Antonio Pedro Figueira de Mello, Déo Pessoa e Renato Thor Agradecimentos: AESM-RIO, LIESA, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e Riotur Representantes comerciais: Brasília: Seven BSB Representação: Tel: (61) 3321-4304 sonia@sevenbsb.com.br São Paulo: Montichel Assessoria - José Carlos Montichel - Tel: (11) 98689-5747 - montichel@globo.com Minas Gerais: R8 Comunicação - Tel: (31) 3245-4060 - roberto.santos@r8com.com.br Impressão: Ediouro | Tiragem: 60.000 exemplares

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Vamos viver o hoje como se não houvesse o amanhã. Mesmo se estivermos cansados, vamos cair na folia, atravessando a madrugada em um ritmo que só o samba pode marcar. E por falar em marcar, esse Carnaval acontece quando a cidade está prestes a completar 450 anos, rompendo barreiras e transformando o cidadão. Os desfiles das séries A, B, C e D não vão apenas contagiar. As apresentações acontecerão diante dos festejos pelo aniversário do Rio de Janeiro e ratificarão a importância do Carnaval, não apenas para a cidade, mas, ao Brasil e ao mundo. Após dois anos organizando apenas os desfiles da Série A, que acontecem na sexta-feira e no sábado, na Marquês de Sapucaí, agora a Lierj vai organizar também os desfiles das séries B, C e D no domingo, segunda e terça-feira na Intendente Magalhães, em Campinho. São 15 escolas de samba na Série A e outras 42 nas séries B, C e D, num total de 57 agremiações de diversos bairros e comunidades com muita história e memórias em uma cidade abençoada por Deus e bonita por natureza. São milhares de pessoas, das mais diversas classes sociais, que interagem em um convívio prazeroso ao longo de cada ano para transbordar o amor pelo samba e pela agremiação. Convidamos a todos para acompanhar esse espetáculo e poder se emocionar na sua mais sublime fantasia. Viva a cidade do Rio de Janeiro, o povo e sua cultura. Viva o Carnaval! Déo Pessoa Presidente da LIERJ

A FORÇA DO SAMBA E DO CARNAVAL O ano de 2015 chegou e com ele novos espetáculos serão apresentados pelas escolas de samba. Com os desfiles das 15 agremiações da Série A no Sambódromo e das outras 42 na Intendente Magalhães, o público terá um cenário de muita força e criatividade de profissionais que merecem os nossos aplausos pela forma em que atuam. Mas as conquistas que todos procuramos colher neste Carnaval só serão possíveis graças à história construída no passado. Antigamente, os sambistas eram marginalizados, tratados às margens da sociedade. Mas o tempo foi passando e, graças a artistas do naipe de Donga, Noel Rosa, Candeia, Cartola, Zé Keti e Silas de Oliveira, o ritmo acabou ganhando respeito. Assim, ao longo das décadas, devemos saudar a valentia e o talento de personalidades como Nelson Cavaquinho, Nelson Sargento, Monarco, Martinho da Vila, Paulinho da Viola, Dona Ivone Lara e tantas outras estrelas da música. Precisamos manter essa chama acesa. O Carnaval é uma das poucas coisas ainda sérias no Brasil, já que possui data, hora e local para acontecer. Devemos sempre buscar o melhor para que a festa possa evoluir cada vez mais, trazendo não só a admiração ao povo, mas o orgulho para as comunidades. Os desfiles das escolas de samba são como filhos: vemos nascer e os acompanhamos até eles crescerem e se desenvolverem. Não vejo o Carnaval como produto, mas como Cultura. Basta olhar nos olhos dos componentes das agremiações, desde a ala das crianças até a velha-guarda, que podemos sentir o amor que cada um tem pela folia. Desejo que o ritmo do samba possa contagiar a todos com boas energias!

Foto: Ricardo Neves

Foto: Ricardo Neves

O CARNAVAL É EMOÇÃO; O VIVER É PURO PRAZER

Renato Thor Vice-presidente da LIERJ

LIGA DAS ESCOLAS DE SAMBA DO RIO DE JANEIRO Presidente: Déo Pessoa Vice-presidente: Renato Thor Diretor Jurídico: José Carlos Pereira de Almeida Diretor-secretário: Luiz Felippe Fonseca Diretores de Carnaval: Alcides de Lima e Jorge Ipanema Diretor de Comunicação: Ralph Guichard Marketing: Higor Amaral Colaboradores: Fábio Freitas, Maria Lucia de Souza, Ricardo Neves e Rodrigo Amaral Rua Beneditinos, 10 - salas 702 e 703 - Centro - Rio de Janeiro / RJ. CEP: 20081-050 TEL: (21) 2223-0915

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Site: www.lierj.com.br Facebook: www.facebook.com/lierj Twitter: www.twitter.com/lierjcarnaval WhatsApp: (21) 99688-9242

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Foto: Pedro Kirilos / Riotur

MENSAGEM DA

O maior espetáculo da Terra vai começar! E as escolas de samba da Série A do Carnaval carioca preparam dois dias de desfiles que prometem encantar o público e emocionar sambistas do mundo inteiro. Aos foliões, um aviso: preparem-se para cantar e sambar em dois dias de muita diversão e cultura. Em 2015, as escolas filiadas à Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Lierj) vão contar na Marquês de Sapucaí grandes histórias. Algumas delas levarão para a avenida biografias e momentos de grandes sambistas cuja existência se confunde com a história do Carnaval, tais como Nelson Sargento, Candeia e os três tenores do samba:

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Arlindo Cruz, Martinho da Vila e Monarco. A trajetória e o comportamento carioca também foram transformados em enredo, assim como nossas raízes africanas e a fé do povo brasileiro.

Aos foliões, um aviso: preparem-se para cantar e sambar em dois dias de muita diversão e cultura

Este ano, o desafio da Lierj é ainda maior, uma vez que a liga encara o desafio de organizar também o carnaval das Séries B, C e D do carnaval carioca.

Os desfiles da Estrada Intendente Magalhães, em Campinho, terão direção artística da Lierj e esquema operacional da Riotur, que também se responsabiliza pelo corpo de jurados. O palco está pronto. A cidade está preparada e tem festa para todos os gostos, em todos os cantos para receber os foliões de todas as partes do planeta. Os blocos já estão nas ruas e a alegria está garantida, ainda mais num ano tão especial para a Cidade Maravilhosa, que em 1º de março festeja seus 450 anos. Então, seja bem-vindo e aproveite a festa! Antonio Pedro Figueira de Mello Secretário Especial de Turismo


Rio festeja 450 anos com a história contada através do Carnaval ESCOLAS DE SAMBA REGISTRAM MOMENTOS INESQUECÍVEIS DA CIDADE ATRAVÉS DE GRANDES HOMENAGENS

No dia 1º de março de 1565, os portugueses desembarcavam em um istmo entre o Morro Cara de Cão e o Pão de Açúcar com um objetivo atribuído: garantir o domínio do território. E assim, sob a liderança de Estácio de Sá, foi fundada no local a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. O que os europeus nem poderiam imaginar, entretanto, é que 450 anos depois o local passaria por tantos momentos extraordinários ao longo da história, sendo alguns desses marcados por um espetáculo popular repleto de euforia, emoção e, principalmente, animação: o Carnaval. A própria família de Estácio de Sá, na época, ficaria surpresa ao descobrir que, tantos séculos depois, em 1983, a Unidos de São Carlos, oriunda da primeira escola de samba do Brasil, a Deixa Falar, faria uma homenagem ao primeiro

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governador-geral da Capitania Real do Rio de Janeiro ao mudar de nome. E assim, batizada justamente de Estácio de Sá, manteve viva a memória desse período.

vandro Foto: E

a Teixeir

A Portela foi a escola que conquistou mais títulos na história do Carnaval do Rio de Janeiro

E a história que começou a ser construída por Estácio, Mem de Sá e tantos outros personagens que vieram com o passar do tempo é responsável pela felicidade de diversos torcedores da Portela. Afinal de contas, a agremiação simbolizada pela águia foi campeã do Carnaval em 1960, ainda na Avenida Rio Branco, com o enredo “Rio, capital eterna do samba”. É bem verdade que o título veio junto com outras quatro escolas, em um ano tumultuado e protagonizado por uma briga de Natal da Portela com o chefe do policiamento. Por outro lado, apesar dos contratempos, a azul e branca veio com alegorias que retratavam a cidade, desde a fundação, aonde não faltaram lembranças e exaltações. “A Portela já era tricampeã e lutava pelo tetracampeonato.

O que causou um grande impacto foi um efeito que a escola conseguiu com um dos morros da cidade, surgindo uma nova cidade por trás”, conta o atual diretor cultural da azul e branca, Luis Carlos Magalhães. O tempo foi passando e, quase 200 anos após a fundação, a cidade do Rio de Janeiro foi elevada à categoria de capital do Brasil. Mas, durante esse período, nem tudo foi motivo para comemoração, como contou a São Clemente em 1964, ainda no antigo Grupo 3. Com o enredo “Rio dos vice-reis”, a irreverente escola de Botafogo relembrava como os antigos governantes patrocinavam festas populares enquanto o povo sofria. Enredo com o mesmo título, aliás, o Império Serrano já havia apresentado dois anos antes no Grupo 1, quando foi vice-campeão. Outro momento importante na história do país que tem o Rio de Janeiro como cenário aconteceu em 1817, com a chegada de Maria Leopoldina. Filha do último imperador do Sacro Império Romano-Germânico, Francisco II, casou-se de forma arranjada com Dom Pedro I, príncipe do já decadente Império Português. Mas Dona Leopoldina, que mais tarde viria a se tornar a primeira imperatriz do Brasil, acabou sendo de suma importância no processo de Independência. Ela exerceu a regência justamente quando o marido viajou a São Paulo para apaziguar o conturbado momento político da época. E como uma mulher forte e de enorme cultura, acabou inspirando o nome da escola de samba Imperatriz Leopoldinense. A verde e branca, aliás, que vinha de dois títulos seguidos em 1996, já no Sambódromo, bateu na trave ao ficar em segundo lugar com um enredo justamente sobre Leopoldina. Mas foi em 1965 que a história do Rio se misturou aos adereços, alegorias e fantasias luxuosas do Carnaval. No ano do IV Centenário, as escolas de samba prepararam temas

especiais para homenagear o cenário que tanto as inspirava. No fim, melhor para o Salgueiro, que abraçou carinhosamente a Cidade Maravilhosa com “História do Carnaval Carioca – Eneida”. Segundo um dos integrantes do departamento cultural do Salgueiro, Gustavo Melo, a leveza e a inovação foram fundamentais para um grande impacto na avenida: “Foi um momento especial. A comissão de frente veio com burrinhas feitas em vime pelo Joãosinho Trinta e mostrava Foto: Marco Antonio Cavalcante / Riotur

Foto: Barbara Alejandra

O Salgueiro voltou a falar de Rio de Janeiro em 2008 e ficou com o vicecampeonato

a festividade que aconteceu na chegada de Dom João VI ao Brasil, em 1808. O Salgueiro trouxe signos diferentes, como pierrôs, arlequins e colombinas que, por incrível que pareça, eram elementos inéditos naquele ano. Você não via a história do Carnaval dentro do Carnaval, e foi exatamente essa proposta que o carnavalesco Fernando Pamplona quis fazer”, ressalta o jornalista. Assim, com uma sequência de momentos honoráveis durante tantos anos, os desfiles das escolas de samba acabaram mesmo deixando a desconfiança para o papel de protagonista. Tanto que a Estação Primeira de Mangueira, em 1972, na Candelária, mostrou ao mundo “Rio, Carnaval dos Carnavais”, provando que “em todo o universo não existe outro igual. Só neste Rio tradicional”. A verde e rosa foi a vice-campeã naquele ano. Apesar dos enredos que envolvam o Rio não terem

garantido mais títulos na década de 90 e nos anos 2000, a história carioca continuou estampando a Passarela do Samba. Em 1997, por exemplo, a União da Ilha mostrou o início do século XX com “Cidade Maravilhosa, o sonho de Pereira Passos”, prefeito que ficou conhecido pela política de reforma urbana popularmente chamada de “Bota-abaixo”. Enquanto isso, na área do futebol, dois tradicionais times cariocas, Flamengo e Vasco, recebiam homenagens de Estácio de Sá e

A Portela levantou a Sapucaí em 2014 com o enredo “Um Rio de Mar a Mar: do Valongo à Glória de São Sebastião”

Unidos da Tijuca, respectivamente, em 1995 e 1998. Já o Salgueiro voltou a exaltar o Rio em 2008, com a Portela cantando o bairro de Madureira em 2013 e a Região Portuária em 2014. E com tantas homenagens mais do que merecidas, a maravilhosa cidade do Rio de Janeiro chega no próximo dia 1º de março aos 450 anos. Se ainda estivessem por aqui, Estácio, Dom Pedro, Dona Leopoldina, Pereira Passos e tantos outros personagens com certeza estariam caindo no samba junto com passistas, ao som das baterias, no Sambódromo carioca, ou, quem sabe, no alto de carros alegóricos como destaques, aguardando os próximos 50 anos. Ninguém ainda sabe como será o V Centenário, porém, podemos ter a certeza que o samba estará no meio. Ralph Guichard imprensa@lierj.com.br

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Foto: F ernand o

Maia / Riotur

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Foto: Raphael David / Riotur

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Disputa entre

promete contagiar a Sapucaí

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dos r dentro Fique po ando” pelas “samb s desfiles s página ró p xima

O espetáculo da Série A da Lierj está prestes a começar. Após quase um ano de intensa preparação, as comunidades entram em cena no Sambódromo carioca para representar muita história, beleza, garra, alegria e empolgação na avenida. Em 2014, a Unidos do Viradouro chamou a atenção do público e dos jurados com um enredo sobre a relação entre Niterói e Rio de Janeiro. Como prêmio, acabou conquistando o troféu e garantindo um lugar no Grupo Especial. O sonho da vermelha e branca agora é alimentado por 15 agremiações. Neste ano de 2015, os desfiles acontecem na sexta-feira e no sábado de folia, dias 13 e 14 de fevereiro. A primeira data está reservada para sete escolas de samba, enquanto a segunda está especialmente preparada para as outras oito. A ordem de apresentações foi estabelecida a partir do regulamento do ano anterior e de sorteio. O tempo de exibição na Passarela do Samba está mantido. Cada escola tem entre 45 e 55 minutos para cruzar a pista. Assim, cada uma deve brindar o público com uma quantidade entre duas e quatro alegorias, sendo uma delas, opcionalmente, acoplada. Outra grande novidade que surgiu em 2014 e, devido ao grande sucesso, será mantida, será a proibição da utilização de tripés. Na ocasião, as comissões de frente puderam se reinventar e promover coreografias em que o integrante foi o grande valorizado. Os espectadores aprovaram e a medida segue valendo para este Carnaval. A tendência é que, visualmente, os desfiles fiquem mais “limpos”, com fantasias e alegorias ganhando o verdadeiro destaque. A avaliação será feita por 40 jurados, que atribuirão notas de 9 a 10 em dez diferentes quesitos. As mais baixas serão descartas, com as outras 30 sendo válidas para a pontuação. O júri foi escolhido e coordenado pela Riotur. Após a apuração, marcada para quarta-feira, dia 18 de fevereiro, a escola que obtiver a maior pontuação será declarada a campeã da Série A, subindo ao Grupo Especial em 2016. As duas últimas colocadas serão rebaixadas para a Série B.

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Foto: Diego Mendes

Autores: Serginho Aguiar, Dudu Senna, Bruno Ferraz,

INFORMAÇÕES TÉCNICAS

Miúdo da Bahia, Walace Harmonia, Diego R., Leozinho Nunes, Allan Santos e Rodrigo Barbosa Intérpretes: Marcelo Rodrigues e Alex Soares

G.R.E.S. Unidos de Bangu Sexta-feira, 13 de fevereiro Concentração: Correios 1ª a desfilar 21h

Divina luz da criação O poder do amor reluz no Oriente

Endereço da quadra: Rua Santa Cecília, 570 Bangu

Aurora da vida, na terra do sol nascente

Fundação: 15 de novembro de 1937

Da Pérsia a tapeçaria

Honra e glória marcadas na história E do faraó ciência e sabedoria A caravana a nos guiar

Cores: Vermelho e branco

Nas Índias as especiarias Tem cheiro de essência no ar

Presidente: Rafael Marçal

Um brinde ao sultão pra comemorar

Carnavalesco: Rodrigo Almeida

Lutar, vencer e conquistar é a missão Na arte e na fé, guerreiro do samba

Diretores de Carnaval: Gustavo Barros e Marcelo Chaves Diretoria de Harmonia: Comissão Mestre de bateria: Zumbi

A emoção vai nos levar

“Imperium”

Rainha de bateria: Não revelada Mestre-sala e porta-bandeira: Bira e Laís Moreira Coreógrafo da comissão de frente: Carlos Fontinelle Alas: 18 Carros alegóricos: 4 Classificação em 2014: 1º (Grupo B)

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pelos ocidentais. Já a China cultivava o

No mar foi preciso navegar

princípio do equilíbrio, através do dia e da

Estrelas conduziram o destino

noite, do corpo e da mente e da bondade e

Um novo mundo, paraíso a encontrar

da maldade.

A humanidade foi marcada durante

Já o Brasil tem a representação através

muito tempo por enormes civilizações, com

do período conhecido como “Brasil Império”,

diferentes marcas, crenças e povos. Algumas,

que durou entre 1822 e 1889. Durante dois

entretanto, construíram verdadeiros impérios,

reinados, apesar de algumas crises, sempre

relembrados neste Carnaval da Série A

existiam

através do desfile da Unidos de Bangu.

engrandecimento da pátria.

O enredo ressalta dinastias com

riquezas

que

possibilitavam

Maias, Astecas e Incas Mistérios além da razão A colônia serviu de refúgio após a invasão Vieram aclamar império do Brasil Lindo país tropical Sapucaí, “Imperium” do Carnaval

o

E com a mesma valentia de impérios

aspectos bem peculiares. O Japão, por

que deram certo, a comunidade de Bangu

exemplo, carrega a tradição do Xintoísmo,

retorna à Sapucaí querendo respeito ao

que também é considerada uma religião

manto vermelho e branco com “Imperium”.

Vem ver quem chegou de vermelho e branco Avante Bangu, respeite meu manto Valente e guerreira, eu vim brilhar Vem sentir meu calor, cheguei pra ficar

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Foto: Alexandre Macieira / Riotur

INFORMAÇÕES TÉCNICAS

Intérprete: Ciganerey

G.R.E.S. Em Cima da Hora Sexta-feira, 13 de fevereiro Concentração: Balança 2ª a desfilar Entre 21h45 e 21h55

Num cenário de magia Além da imaginação Mil e uma noites de alegria Um mundo de fascinação Gênios, marujos, princesas Cultura que o tempo preservou Histórias de amor que fazem sonhar A inspiração vai nos guiar Deixando os palácios e desertos Cruzando os sete mares, rumo incerto Até o paraíso encontrar

Endereço da quadra: Rua Zeferino da Costa, 556 Cavalcante Fundação: 1º de março de 1993 Cores: Azul e branco Presidente: Heitor Fernandes Carnavalesco: Marco Antônio

E te encontrei... Cidade maravilhosa Que encanta meu olhar Canta, Em Cima da Hora... Inshalá

Diretores de Carnaval: Allan Ferreira e Junior Santos Diretor de Harmonia: Reginaldo Cruz (Tikinho) Mestre de bateria: Novato Rainha de bateria: Angela Santos Mestre-sala e porta-bandeira: Luís Augusto e Naninha Coreógrafo da comissão de frente: Jardel Augusto Lemos Alas: 26 Carros alegóricos: 4 Classificação em 2014: 13º

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Autores: Thiago Meiners, Glaucio Guterres, Gilson Souza, Carlos Botafogo, André Kaballa, Alexandre Gordão, R10, Shazam e Wilson Bizzar

No coração da cidade: uma história das mil e uma noites - O Rio das Arábias Os contos de “As mil e uma noites” ficaram marcados internacionalmente com grande sucesso. As histórias são narradas pela lendária rainha persa Xerazarde, que agora desembarca na Marquês de Sapucaí para contar aos foliões uma nova aventura da escola de samba Em Cima da Hora. Através da imaginação, todos deixarão os portões dos grandes palácios da

Arábia rumo ao Rio de Janeiro. Encantadores de serpentes, marujos de Simbad, sultões, odaliscas e califas partem em direção à Cidade Maravilhosa. Mas não é apenas a ficção que está presente na história. Entre 1850 e 1950, por exemplo, a proliferação de jornais árabes no Rio ajudou a mudar a forma do povo ver e entender o mundo. Atualmente, oriundos do local e descendentes levam a tradição ao Saara, um espaço de comércio popular que se tornou um pólo econômico da cidade. Com esse cenário recheado de magia em um mundo de fascinação, a agremiação da Zona Norte apresenta neste Carnaval o enredo “No coração da cidade: uma história das mil e uma noites - O Rio das Arábias”.

Do Oriente, a esperança Saalam Aleikum! Aqui cheguei Fiz da arte, a herança Os costumes e as danças, eu recriei Nos jornais, o dia a dia, são mensagens de saudade Com os mascates, o comércio prosperou Eu vou fazer da passarela o meu Saara A mais perfeita joia rara, com as marchinhas vem a emoção Vou comprar a fantasia e cair nessa folia Solta a voz do coração Deixa a festa rolar, vem ser feliz O samba é raça, é minha raiz Com a benção dos bambas e do Redentor Meu Rio das Arábias chegou

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Foto: Gabriel Santos / Riotur

INFORMAÇÕES TÉCNICAS

Intérprete: Cremilson Silva

G.R.E.S. Império Serrano Sexta-feira, 13 de fevereiro Concentração: Correios 3ª a desfilar Entre 22h30 e 22h55

Andar com fé Na minha peregrinação Vai ter muita festa, muita emoção Além dos limites da religião Imperiano… Sambista devoto do santo guerreiro Passo na avenida em romaria Buscando a vitória, levando alegria Lá vou eu…

Endereço da quadra: Rua Ministro Edgard Romero, 114, Madureira Fundação: 23 de março de 1947 Cores: Verde e branco Presidente: Vera Lúcia

Vou no pau de arara, de chapéu de palha Barriga vazia… Purificação Cheio de esperança, sai pra lá pecado Tô de corpo e alma nesta procissão

Carnavalesco: Severo Luzardo Filho Diretor de Carnaval: Paulo Roberto Santi Diretores de Harmonia: Rodrigo Ferreti e André Marins Mestre de bateria: Gilmar Rainha de bateria: Ângela Bismarchi Mestre-sala e porta-bandeira: Feliciano Júnior e Raphaela Caboclo Coreógrafo da comissão de frente: Handerson Big Alas: 24 Carros alegóricos: 4 Classificação em 2014: 6º

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Autores: Arlindo Cruz, Arlindo Neto, Lucas Donato, Alex Ribeiro, Rogê, Carlos Senna, Beto BR, Andinho Samara, Zé Glória, Wagner Rogério e Chico Matos

Poema aos peregrinos da fé Já dizia a música de Gilberto Gil: “andar com fé eu vou, que a fé não costuma ‘faiá’”. E com a crença de que “peregrinar” pode transformar a vida de uma pessoa, o Império Serrano mostra na Sapucaí a importância de reforçar os laços de afetividade e amor à religião. A verde e branca da Serrinha percorre na Marquês de Sapucaí uma verdadeira romaria de alegria e satisfação

em agradecimento aos santos padroeiros por tantas graças alcançadas. Todos os anos, diversas pessoas chegam em locais considerados sagrados. Alguns, inclusive, percorrem estradas de terra trajando chapéu de palha, trazendo na bagagem a barriga vazia e o coração repleto de esperança. E a relação com o Carnaval não fica de fora. O romeiro é um religioso que caminha em busca de dias melhores e, assim como o povo do Carnaval, faz do samba uma religião. O sambista também é um peregrino, caminhando por quadras, barracões e, é claro, pela Passarela do Samba. O manto é a fantasia, enquanto o batuque é a oração. Desta forma, o Império Serrano pede passagem para que a fé se renove em cada coração apaixonado pela escola e pela folia, através do enredo “Poema aos peregrinos da fé”.

Por todos os cantos, com todos os santos Valei-me padim ciço, oxalá nossa senhora Tá na hora, adorando minha escola Peço a deus pra abençoar Hoje a fantasia é o manto Nossa sinfonia um encanto Meu samba nunca vai morrer E a Serrinha vem dizer... O branco é a paz e o verde é esperança De ver o mundo só fazer o bem Senhor rogai por nós amém No toque do agogô Eu vou com fé e amor E pode acreditar A fé não costuma falhar

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Foto: Raphael David / Riotur

INFORMAÇÕES TÉCNICAS

Autores: Anderson Benson, Leandro RC, Minuetto, Flazil Câmara e Flavinho Segal Intérprete: Daniel Silva

G.R.E.S. Paraíso do Tuiuti Sexta-feira, 13 de fevereiro Concentração: Balança 4ª a desfilar Entre 23h15 e 23h55

Navegou... Singrando os mares, vindo de além-mar O vento soprou novos rumos No afã de encontrar riquezas...

Endereço da quadra: Rua Figueira de Melo, 33, Campo de São Cristóvão

Um eldorado de rara beleza Reflete no olhar, o esplendor da natureza

Fundação: 5 de abril de 1952

E quando aqui chegou, Batalhas enfrentou

Cores: Azul e amarelo

Cercado pelo índio brasileiro

Presidente: Jorge Honorato

Aprisionaram o bravo aventureiro

Carnavalesco: Jack Vasconcelos

É noite de luar... Clareia

Diretor de Carnaval: Leandro Azevedo Diretor de Harmonia: Luiz Carlos Amâncio Mestre de bateria: Ricardinho Rainha de bateria: Pamela Santos Mestre-sala e porta-bandeira: Vinícius e Jaqueline Coreógrafo da comissão de frente: Junior Scapin Alas: 22 Carros alegóricos: 4 Classificação em 2014: 8º

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Desperta a ira dos tupinambás

O índio canta e dança a noite inteira

Cunhatã chama Curumin que eu vou contar… O Paraíso do Tuiuti resgata na história e na literatura o enredo para o Carnaval de 2015. De uma maneira bastante carnavalizada, a agremiação convida o povo para acompanhar um pouco da jornada do alemão Hans Staden no Brasil. Apesar do desejo de chegar às Índias Orientais, o europeu acabou alterando a rota e indo parar nas Américas.

Mesmo assim, embora tenha aportado inicialmente em Pernambuco, foi a segunda aventura pelo país que acabou marcando para sempre a trajetória. No período em que servia na artilharia de um forte português, no litoral paulista, Staden acabou sendo cercado por índios tupinambás durante uma caça. Essa tribo era conhecida por praticar antropofagia, comendo partes de seres humanos. Desesperado, tentou provar que não era português, no entanto, tudo foi em vão. Até que, nove meses depois, o alemão conseguiu fugir com a ajuda de franceses. Ele, então, retornou à Europa e escreveu um livro contando a experiência, criando um verdadeiro best-seller. E com a história de Hans, heroico e guerreiro, a “tribo” do Tuiuti apresenta na Série A o enredo “Cunhantã chama Curumin que eu vou contar…”.

“Selvagens” com desejo canibal Na magia do seu ritual Caminhando na floresta viu... O nativo e sua bravura Mistérios na “terra Brasil” “Devorando” sua cultura Fugiu... No balanço das ondas do mar Escreveu sua história Para o mundo encantar Hans, heroico, guerreiro é devorado pelo artista brasileiro Te amo Tuiuti És amor pra vida inteira Eu quero ser índio, valente e feliz No “paraíso” que eu sempre quis

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Foto: Diego Mendes

Autores: Arlindo Neto, Leo Guimaraes, Ronaldo Nunes, Marcelinho Moreira e João Diniz

INFORMAÇÕES TÉCNICAS

Intérprete: Ronaldo Yllê Abrem-se as cortinas O show vai começar No Municipal a emocionar Uma bateria audaciosa vai tocar Sinto a alegria se espalhar No ar... Lindo banjo, poesia Cacique o seu império de magia O santo guerreiro a lhe abençoar Inesquecível linda festa no arraiá

G.R.E.S. União do Parque Curicica Sexta-feira, 13 de fevereiro Concentração: Correios 5ª a desfilar Entre 0h e 0h50 Endereço da quadra: Rua Arauá, 385, Curicica Fundação: 1º de março de 1993 Cores: Vermelho, azul e branco

(Da Vila...Da Vila) Partideiro devagar, devagarinho E não vacila Traz no sangue a negritude Vai cumprindo seu papel O poeta escritor da Vila Isabel

Presidente: Fábio Martins Carnavalesco: Paulo Menezes Diretores de Carnaval: Wanderson Sodré e Paulinho Santos Diretores de Harmonia: Vitor Hugo e Xande Dias Mestre de bateria: Lolo Rainha de bateria: Nanda Guimarães Mestre-sala e porta-bandeira: Jefferson Souza e Mara Rosa Coreógrafo da comissão de frente: Helder Satiro Alas: 20 Carros alegóricos: 4 Classificação em 2014: 7º

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Os 3 tenores... do samba! O samba volta a ser valorizado no Carnaval de 2015 com o enredo da União do Parque Curicica. A fim de unir três grandes nomes da música brasileira, a agremiação convida os cantores e compositores Arlindo Cruz, Martinho da Vila e Monarco para uma grande homenagem na Sapucaí. Arlindo Cruz é oriundo do Fundo de Quintal, grupo de pagode famoso por revelar talentos. Sempre com o inseparável banjo, escreve versos que rapidamente se transformam em grandes hits. Torcedor do Império Serrano, também já escreveu

sambas-enredo para outras escolas, como a Unidos de Vila Isabel. Agremiação essa, aliás, que tem como o maior ídolo Martinho da Vila, que leva o bairro e a azul imperial até mesmo no nome artístico. Com mais de 40 álbuns lançados, coleciona prêmios e muitas reverências no mundo do samba. A criatividade do autor também ultrapassa a música e vai até a literatura, já que tem mais de dez livros publicados. Já Monarco é um dos mais experientes sambistas da atualidade. Além de presidente de honra da Portela e dos vários discos lançados, o artista chama a atenção pelas parcerias e duetos com outros grandes nomes da música, como Ratinho, Zeca Pagodinho e Marisa Monte. E assim, sob a inspiração dessa verdadeira casa de bamba, a Curicica “bate na palma da mão” e traz “Os 3 tenores... do samba!”.

De Oswaldo Cruz e Madureira Fiel guardião da águia altaneira Encantando a passarela Baluarte da Portela “Personagem” singular Se eu falar de Monarco não vou terminar Bravo! Aplausos! Três tenores cantando Nos fazem sonhar Fecham-se as cortinas Meu samba hoje vai vadiar Canta forte canta alto O show tem que continuar Chegou a Curicica, Bate na palma da mão e vem sambar de coração No meu lugar a casa é de bamba Todo mundo bebe todo mundo samba

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Foto: Raphael David / Riotur

INFORMAÇÕES TÉCNICAS

Autores: Dudu Nobre, Evaldo, Floriano do Caranguejo, Jedir Brisa, Miltinho, Manolo, Diego Tavares, Ricardo Neves e Lequinho Intérprete: Anderson Paz de Deus

G.R.E.S. Unidos do Porto da Pedra Sexta-feira, 13 de fevereiro Concentração: Balança 6ª a desfilar Entre 0h40 e 1h45

Luz que nunca se apaga Porto da Pedra gerando emoção

Endereço da quadra: Rua João Silva, 84, Porto da Pedra São Gonçalo

Olhar que navega no in-verso

Fundação: 8 de março de 1978

Nessa festa multicor

Brincando com a ilusão Nossa usina produz alegria Renova a história, irradia

Cores: Vermelho e branco

Corrente no calor da bateria

Presidente: Fabio Montibelo

Na transição a marcação O repique modulando a conversão

Carnavalesco: Wagner Gonçalves

Meu ritmo feroz vai me levar Evoluindo pra vitória conquistar

Diretor de Carnaval: Paulo Brandão Diretor de Harmonia: Amauri de Oliveira Mestre de bateria: Celinho Rainha de bateria: Bianca Leão Mestre-sala e porta-bandeira: José Roberto e Thais Romi Coreógrafo da comissão de frente: Marcio Moura Alas: 23 Carros alegóricos: 4 Classificação em 2014: 4º

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“Há uma luz que nunca se apaga...”

A escuridão passará longe do desfile

de 2015 da Unidos do Porto da Pedra.

A apresentação faz uma viagem por

diversos momentos da tecnologia, sempre guiados pela luz. De fogos de artifício até a imagem óptica, o tigre fotônico vai enriquecendo culturalmente os foliões.

Um dos episódios retratados mostra

que até mesmo das cinzas é possível obter novas formas e cores. Essa energia tecnicolor também

inspira

seres

predestinados

a

desabrochar no firmamento, mostrando que existe uma luz no fim do túnel. À luz do luar que ilumina a Marquês

Me diz... Se a luz da razão vai perder a essência Se der apagão na sua consciência Que exemplo iremos deixar Sob o clarão do luar Luminescente é a vida a brilhar Recordação, eterno elo de emoção A chama da esperança Na ampla visão do artista É a fé que ilumina o meu ser Das cinzas me faz renascer.

Com muita luminosidade, a agremiação

promete brilhar na Marquês de Sapucaí

de Sapucaí, o Tigre de São Gonçalo energiza

Meu grande amor, Porto da Pedra

com uma comunidade carregada de força

a passarela com o enredo “Há uma luz que

Mostrando as garras a desfilar

de vontade e animação.

nunca se apaga...”.

Nos olhos do Tigre vai brilhar

É São Gonçalo energizando a passarela

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Foto: Diego Mendes

Autores: Lee Santana, Geraldo Rodrigues, Marcelo Schimidt, Anderson Rodrigues e Fernando de Lima

INFORMAÇÕES TÉCNICAS

Intérprete: Thiago Brito G.R.E.S. Caprichosos de Pilares Sexta-feira, 13 de fevereiro Concentração: Correios 7ª a desfilar Entre 1h30 e 2h50

Índio quer trocar... É toma lá dá cá que ninharia O português levou nosso pau brasil Por um caco de espelho quem diria Quem quer banana a dez réis negro gritou Meu tabuleiro tem quindim Logo a mulata pregoou Só cinco vinténs Por menos eu não vendo pra ninguem

Endereço da quadra: Rua Faleiro, 1, Pilares Fundação: 19 de fevereiro de 1949 Cores: Azul e branco Presidente: Gilberto Nilo

Quem vai querer? Quem quer levar? Ô meu sinhô minhã sinhá... É sensacional Tem xêpa no brasil colonial

Carnavalesco: Leandro Vieira Diretor de Carnaval: Jeferson Carlos Diretores de Harmonia: Marcos Mendes e Cláudio da Vovó Mestre de bateria: Alexandre Rainha de bateria: Milena Nogueira Mestre-sala e porta-bandeira: Paulo Roberto e Raessa Alves Coreógrafos da comissão de frente: Hélio e Beth Bejani Alas: 20 Carros alegóricos: 4 Classificação em 2014: 9º

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Na minha mão é mais barato A Caprichosos de Pilares mostra neste ano que o comércio está marcado na história do Brasil desde a época em que o país foi descoberto. Índios e portugueses realizavam escambo com todas as riquezas existentes no território. E os europeus levavam a melhor, na medida em que o pau-brasil e as pedras preciosas saíam por um caco de espelho ou por alguns artigos baratos de metal. Ou seja, tudo a preço de banana.

O tempo foi passando e, com ele, o comércio de rua surgindo. Ex-escravos vendiam frutas, doces e até mesmo flores em espaços improvisados. Atualmente, toda a cidade do Rio pode ser considerada um enorme mercado a céu aberto. Desde a praia até a Rua Uruguaiana, é possível encontrar quase todo o tipo de produto. E o Carnaval? Está totalmente enganado quem acha que o comércio não chega até os desfiles das escolas de samba. Quem paga mais, leva o mestre-sala. E o carnavalesco? Quem quer comprar? Assim, muitas vezes, fica no ar o dilema entre a ética profissional e o valor financeiro. Com muito “artigo” de primeira, “peça” rara e “coisa” fina, a Caprichosos apresenta no Sambódromo o enredo “Na minha mão é + barato”.

Com vinte tostões se comprava Meu Rio antigo saudades traz Na rua imigrante chegou O tempo foi quem transformou Tem mate com limão no Arpoador Quem dorme sonha, quem trabalha conquista Diz o artista... Que a banca de Pilares é aqui Hoje a Uruguaiana é Sapucaí Depois que o dinheiro comprou O sambista a bandeira rasgou Eu sou Caprichosos, tá dentro do peito, Meu amor não tem preço, não tem jeito! É artigo de primeira, peça rara, coisa fina Tem escritório de samba quebrando a firma! Quem dá mais no mestre sala? Quanto vale a tradição? É mais barato aqui na minha mão!

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Conheça a programação da SuperVia para o Carnaval e vá de trem.

No sábado, a operação será com a programação de sábados. Nos outros dias, a operação seguirá a programação de domingos. Além disso, nas madrugadas de sexta para sábado, sábado para domingo, domingo para segunda e segunda para terça, teremos trens extras paradores e com ar condicionado. Embarques somente na Central do Brasil: Ramal

Partidas da Central do Brasil

Japeri

23h (dia anterior)2, 1h, 3h e 5h.

Santa Cruz

22h (dia anterior)2, 0h, 2h e 4h.

1

21h e 23h (dia anterior)2, Saracuruna 1h, 3h e 5h3. 1 De 13/02 às 20h35 do dia 17/02 a estação Central do Brasil funcionará 24h. A partir de 18/02, a estação voltará a funcionar em seu horário normal. 2 Na sexta-feira (13/02), a operação seguirá a programação de dias úteis. 3 No sábado (14/02), este horário será atendido pelo trem da grade horária (5h10).

Quarta-feira (18/02) Após às 10h a operação seguirá a programação de trens para os dias úteis, antes desse horário o intervalo da operação funcionará com ajustes. Para conhecer a programação completa, acesse nosso site ou ligue para o SuperVia Fone.

Programação especial Bola Preta (14/02) No sábado (14/02), também teremos programação especial para ida e volta do Bola Preta: IDA: Trens extras partirão de Santa Cruz às 07h53, 08h23 e 08h43 e de Japeri às 07h38 e 07h59. VOLTA: Trens extras partirão da Central do Brasil conforme demanda de passageiros.

Programação para o Desfile das Campeãs (21/02) IDA: Consulte a programação de sábados no nosso site ou pelo SuperVia Fone. VOLTA: Na madrugada de domingo (22/02), teremos trens extras paradores e com ar condicionado. Ramal

Partidas da Central do Brasil4

Japeri

3h40, 4h40 e 6h5

Santa Cruz

4h, 5h e 6h205

Saracuruna 4h, 5h e 6h245 4 Na madrugada de domingo (22/02) a estação Central do Brasil abrirá para embarque às 3h. 5 Trens

da grade de domingos.

Fique ligado: na madrugada de domingo (22/02) acaba o horário de verão. Os horários acima já estão considerando a mudança.

SuperVia Fone 0800 726 9494 www.supervia.com.br facebook.com/superviaRJ @SuperVia_trens superviafone@supervia.com.br (Deficientes auditivos)

AGETRANSP 0800 285 9796

Sábado (14/02), domingo (15/02), segunda (16/02) e terça (17/02):


Foto: Fernando Maia / Riotur

INFORMAÇÕES TÉCNICAS

Autores: Márcio André Filho, Vaguinho, Thelmo Augusto, Adelson, Vagnão e Hebert Rocha Intérprete: Alexandre D’Mendes

G.R.E.S. Alegria da Zona Sul Sábado, 14 de fevereiro Concentração: Correios 1ª a desfilar 21h

Olha, olha só O meu batuque não tem pra ninguém Sou carioca da gema Do lindo poema que a gente tem

Endereço da quadra: Rua Saint Roman, 176 Copacabana

Eu sou o cara que paquera na lapa

Fundação: 28 de julho de 1992

Moro nos braços do Redentor

E vou pro “Maraca” ser campeão Tenho na “alegria” meu primeiro amor

Cores: Vermelho e branco

Sempre dou meu jeitinho, se chego atrasado O culpado é o sinal que fechou

Presidente: Marcus Vinicius de Almeida

Na fé do bicho tentei a sorte, Acendi vela para oxalá e outra para São Jorge

Carnavalesco: Eduardo Minucci Diretores de Carnaval: Mauricio Dias e Cosminho Magnata

Curto um funk, sou bamba no samba

Diretores de Harmonia: Carlos Jorge, Gilberto Moura e Uiliam Esteves

“Mermão” se liga no papo, sou do balacobaco

Mestre de bateria: Esteves Rainha de bateria: Veronice de Abreu Mestre-sala e porta-bandeira: Hugo César e Bárbara Falcão Coreógrafa da comissão de frente: Renata Monnier Alas: 20 Carros alegóricos: 4 Classificação em 2014: 14º

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Bom malandro e piadista “Tiro onda com paulista”

Kari’Oka

“X” e a saudável brincadeira com os

pauslistas, por exemplo, são algumas das características marcantes.

Que o Rio de Janeiro é a Cidade

Outro ponto que o carioca não abre

Sou carinhoso com meu lugar Amante do sol, mas, adoro beijar o luar Digo muito prazer a todo turista

Maravilhosa ninguém mais tem dúvida. O

mão é o lazer. Embora tenha diversas praias

Tenho ginga no corpo e pinta de artista

local, porém, além das belezas naturais,

para escolher, é comum que cada pessoa

Feliz por natureza

também chama a atenção pelo jeito diferente

tenha a rotina de frequentar sempre as

E a “cerva” “suada” na mesa

daqueles que vivem no município. Com isso, a

mesmas. E mesmo que não conheça ninguém

Pago uma devo três, vai chegando o fim do mês

ginga, o modo de se vestir e a malandragem

daquele lugar, certamente termina o dia com

Vou dar um porre na tristeza outra vez

do carioca serão alguns dos protagonistas

novas amizades.

neste desfile da Alegria da Zona Sul.

O

enredo

retrata

o

povo

E sob o melhor clima do futebol e do

A alegria chegou por toda cidade

com

Carnaval, a Alegria da Zona Sul convida o

Um rio de amor e felicidade

muitas gírias, de uma forma descontraída.

Brasil inteiro para conhecer um pouco do

É praia, é verão, lindo céu azul

O “R” arrastado, o “S” com o som de

jeito “Kari’Oka” de ser.

Canta zona sul!

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Foto: Tata Barreto / Riotur

Autores: Ziéco Santa Cruz, Rony Remandiola,

INFORMAÇÕES TÉCNICAS

D´Araújo, Marquinho Beija Flor, Zé Glória e Dudu da Tijuca Intérpretes: Davi do Pandeiro e Carlos Pavaroti

G.R.E.S. Acadêmicos de Santa Cruz Sábado, 14 de fevereiro Concentração: Balança 2ª a desfilar Entre 21h45 e 21h55

Menino pequeno sim Gigante em teu caminhar Sem eira, nem beira, venceu as barreiras

Endereço da quadra: Rua do Império, 573, Santa Cruz

Correu pelo mundo pra se libertar Em Uberlândia, a pele negra, ama branca

Fundação: 18 de fevereiro de 1959

Palhaço na arte seguiu compasso Tambores da fé, o samba no passo da vida

Cores: Verde e branco

Um boêmio apaixonado No Cassino da Urca uma Pequena Notável

Presidente: Moyses Antonio Coutinho Filho (Zezo)

Ao tê-lo de novo vou cantar

Carnavalescos: Munir Nicolau, Lane Santana e Flávio Campello Diretores de Carnaval: Riec Santos e Lúcio Costa Diretor de Harmonia: Carlson Renato Mestre de bateria: Riquinho Rainha de bateria: Jaqueline Maia Mestre-sala e porta-bandeira: Mosquito e Luana Coreógrafo da comissão de frente: Carlos Muvuca Alas: 21 Carros alegóricos: 4 Classificação em 2014: 12º

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Otelo “O Grande” legado popular O verso indolente abraça a rima

O pequeno menino que se tornou Grande Otelo O dia 18 de outubro de 1915 parecia normal em Uberlândia. Os moradores da cidade, no entanto, nem imaginavam que naquela data nascia uma das principais estrelas do humor brasileiro: Sebastião Bernardes de Souza Prata. Como em 2015 completaria 100 anos, se fosse vivo, Grande Otelo receberá uma homenagem da Acadêmicos de Santa Cruz no desfile da Série A.

Ainda jovem, Sebastião ficara encantado quando viu o filme “O Garoto”, de Charles Chaplin. Depois, quando o circo chegou em Minas Gerais, foi fisgado pela magia do humor no palhaço que se apresentava. A partir daquela ocasião, traçou um sonho: virar artista. De palhaço de circo até os palcos e as telas da televisão e do cinema, o humorista arrancou diversas gargalhadas de milhares de pessoas. Participou de obras como “Noites Cariocas”, “Saltimbancos” e até de novelas, como “Bandeira 2”, aonde interpretou o sambista Zé Katimba, e “Sinhá Moça”. E com o legado de Grande Otelo, a Santa Cruz leva a emoção para a Passarela do Samba com “O pequeno menino que se tornou Grande Otelo”.

Herói dessa gente é Macunaíma ÔÔÔÔ Mais um sucesso da Atlântida Das ondas do rádio à televisão A vida imita a arte então Eustáquio que queres moleque Os louros da fama, o dia de graça És Prata da Noite, a estrela negra Talento, exemplo da raça No seu Centenário o povo te abraça Se você está feliz, dá um grito, Vem comigo e cai no samba Com Grande Otelo eu vou, que emoção A Santa Cruz é a dona do meu coração

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Foto: Tata Barreto / Riotur

INFORMAÇÕES TÉCNICAS

Intérprete: Nino do Milênio

G.R.E.S. Inocentes de Belford Roxo Sábado, 14 de fevereiro Concentração: Correios 3ª a desfilar Entre 22h30 e 22h55

Salve a natureza És realeza em seu olhar... Na estação do amor bem vindo Faça mais lindo o meu cantar Salve a boêmia A nostalgia das madrugadas ao luar És numero baixo, graduado O sargento refinado Por talento na essência Digno da mais alta patente, Das vielas sua gente, vem prestar a continência

Endereço da quadra: Av. Boulevard, 1.741, Parque São Vicente Belford Roxo Fundação: 11 de julho de 1993 Cores: Azul, vermelho e branco Presidente: Rodrigo Gomes Carnavalescos: Márcio Puluker e Walter Guilherme Diretor de Carnaval: Marcelo Varanda Diretor de Harmonia: Greg Tavares Mestre de bateria: Washington Paz Rainha de bateria: Luana Caetano

Nelson Sargento Samba, Inocente pé no chão

Mestre-sala e porta-bandeira: Douglas Valle e Priscila Costa Coreógrafa da comissão de frente: Vivian Borges

No dia 25 de julho de 1924, nascia

em uma casa de saúde da Praça XV um bebê

Alas: 18

que, anos mais tarde, ficaria registrado como

Carros alegóricos: 4

Rosa Maria e Olímpio José, Nelson Mattos

Classificação em 2014: 10º

com a música, passando, mais tarde, a ser

um dos principais artistas do país. Filho de foi crescendo e cada vez mais se identificando conhecido como Nelson Sargento, já que serviu ao Exército na década de 40.

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Autores: Tico do Gato, Cláudio Russo, Altamiro, Hélio Porto, Chiquinho do Bar, Abílio Mestre Sala, Almir Há Há, Juruno Zona Sul, Manelão, Paulo, Ricardo Barbosa, Sidney Pinto e Vinícius Ferreira

O artista viveu por muitos anos em dois locais recheados de sambistas: os morros do Salgueiro e da Mangueira. Foi na escola de samba verde e rosa, aliás, que compôs o clássico “Cântico à natureza”, ao lado de Alfredo Português e Jamelão. E os sucessos não pararam ao longo dos anos. Com parceiros ilustres, como Cartola, Carlos Cachaça, Zé Keti e Paulinho da Viola, gravou cerca de 30 discos. Algumas músicas, como “Agoniza mas não morre”, permanecem até hoje nas rodas de samba e, principalmente, na cabeça daqueles que admiram uma boa canção. Assim, a Inocentes de Belford Roxo oferece flores em vida para celebrar os 90 anos desse admirável artista, através do enredo “Nelson Sargento - Samba, Inocente pé no chão”.

As flores em vida amores em versos Lastro da inspiração A primavera reflorece No coração No sonho do sambista Arautos multi-cores Compositores toda Mangueira A tropa inteira, faz a reverência a este bamba Oh meu poeta pelos quintais da poesia Sempre que regas melodia veio brotar a flor do samba Nelson bendito seja este dia Em que a lágrima profana O negro forte em toda sua fidalguia Inocentes é teu calor que me socorre Nos becos da favela pé no chão Fere a nota ao violão O samba agoniza mas não morre

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Foto: Diego Mendes

Autores: Júnior Beija Flor, Ribeirinho, Toninho do Trailer, Cabeça do Ajax, Diego Rodrigues, Lauro Silva, Carlinho e W. Correia

INFORMAÇÕES TÉCNICAS

Intérprete: Marquinho Art’Samba G.R.E.S. Unidos de Padre Miguel Sábado, 14 de fevereiro Concentração: Balança 4ª a desfilar Entre 23h15 e 23h55

Chora a poesia Pra cotovia que não voa mais Depois que o calango se escondeu Quando apareceu o ferrabrás Ao lado de caetana a mais de uma semana Plantando o medo nos palmos de chão Nasce o cavaleiro Suassuna Ariano traz o canto da graúna A carruagem chegou a cidade Gregório da asas a imaginação No circo um palhaço o verbo afiado na fé redenção

Endereço da quadra: Rua Mesquita, 8 Padre Miguel Fundação: 12 de novembro de 1957 Cores: Vermelho e branco Presidente: Lenilson Leal Carnavalesco: Edson Pereira

No Cariri a imagem do cão O cramulhão que maltrata o destino Mas há também a criança do bem (amor, amém) A bandeira do divino

Diretores de Carnaval: Cícero Costa e Nana Costa Diretores de Harmonia: Luiz André Sá e Renata Cristina Mestre de bateria: Dinho Rainha de bateria: Ana Paula Evangelista Mestre-sala e porta-bandeira: Vinícius Antunes e Jéssica Ferreira Coreógrafo da comissão de frente: David Lima Alas: 20 Carros alegóricos: 4 Classificação em 2014: 3º

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O cavaleiro armorial mandacariza o Carnaval A arte do Nordeste brasileiro chega com força na Marquês de Sapucaí neste Carnaval. Através da Unidos de Padre Miguel, o público acompanha no desfile de 2015 uma fábula criada a partir da cultura típica dessa importante região do Brasil. A apresentação da vermelha e branca começa com uma homenagem a um filho ilustre do local: o escritor Ariano

Suassuna. Quando ainda era vivo, o autor costumava contar que, se pudesse escolher algo para ser, optaria por um palhaço de circo, animando o “respeitável público”. Além disso, também haverá espaço para o “Auto da Compadecida”, uma das criações mais famosas do paraibano. Mas nem tudo é fácil no Nordeste. O local sofre constantemente com a seca, afetando milhares de moradores e agricultores. Em meio ao drama, porém, surge o mandacaru, uma planta que acabou inspirando Luiz Gonzaga, que a transformou em uma famosa canção. E assim, nesse duelo imaginário do “cramulhão” com a criança bem, a Unidos de Padre Miguel pretende chamar a atenção da Série A com o enredo “O cavaleiro armorial mandacariza o Carnaval”.

É no Nordeste que a “bataia acuntece” Sai pra lá cabra da peste, vá de retro assombração Mandacaru a uma flor na caminhada Ha no cabo da enxada O suor do meu Sertão Mas João Grilo desembesta a gritaria De que vale a romaria se essa noite esta no fim Compadecida, dia de graça altaneiro Chicó responde sorrateiro Não sei, só sei que foi assim! Olhai por nós, oh virgem do céu Mandacariza o meu carnaval Eu sou Unidos de Padre Miguel Bendito seja o cavaleiro armorial

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Foto: Marcelo Regua / Riotur

INFORMAÇÕES TÉCNICAS

Intérprete: Roosevelt da Cunha (Pixulé)

G.R.E.S.E. Império da Tijuca Sábado, 14 de fevereiro Concentração: Correios 5ª a desfilar Entre 0h e 0h50

Brilha a coroa imperial Nas águas doces de axé Cai a chuva de orum Abençoa o aiê... Nasceu oxum A dona do ouro e da beleza A força da natureza que odudúa gerou ô ô ô Com ogum venceu batalhas Com oxossi, rei das matas, viveu seu grande amor Exú deixou se enganar pelo poder da sedução O segredo da magia no jogo de adivinhação

Endereço da quadra: Rua Medeiros Pássaro, 84 Tijuca Fundação: 8 de dezembro de 1940 Cores: Verde e branco Presidente: Antônio Marcos Teles (Tê)

Lá vem a iabá disputar Com obá a paixão de xangô Caô é o rei maior Depois virou pomba dourada e voou Do alafim de oió

Carnavalesco: Júnior Pernambucano Diretoria de Carnaval: Comissão Diretor de Harmonia: Ailton Freitas Mestre de bateria: Capoeira Rainha de bateria: Laynara Teles Mestre-sala e porta-bandeira: Antônio Carlos Nunes (Peixinho) e Jaçanã Ribeiro Coreógrafa da comissão de frente: Raphaela Machado Alas: 24 Carros alegóricos: 4 Classificação em 2014: 12º (Grupo Especial)

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Autores: Bola, Dudu, Marcão Meu Rei, Gallo, Alexandre Alegria e Márcio André

“O Império nas águas doces de Oxum” De acordo com a religião ioruba, Oxum é um orixá que reina sobre a água doce dos rios. Já no candomblé, é a dona do ouro e da nação ijexá. É com essa força que o Império da Tijuca retorna à Série A neste Carnaval de olho em mais um título para ficar marcado na história.

O enredo conta, em determinado momento, que é dada a Oxum a missão de salvar a aiê, ou seja, a Terra, personificada em uma ave encantada, que voa em direção ao Sol para suplicar a bênção de Olorum. Assim, com pena, ele acaba devolvendo a chuva ao planeta, que havia desaparecido. Já as saudações são recordadas através das oferendas. O melhor dia para lhe oferecer presentes é em um sábado de lua crescente. Bons exemplos são pulseiras, perfumes, espelhos, bebidas, mel, doces, frutas e até o olocum, uma iguaria especial. E com o desaguar da padroeira, a escola do Morro da Formiga tenta colocar a fé no coração de cada um. Tudo através do enredo “O Império nas águas doces de Oxum”.

À rainha de nossa fé Sinfonia dos afoxés O presente das águas à luz do luar Renasce do ventre de iemanjá Senhora tão belo seu ilá Com seu abebê encantado ela dança Fertilidade, esperança, deusa, menina, mulher Mãe das mães reflete a luz da vida Nesta avenida... Axé Como é bom te ter a formiga é você O samba em oração é nossa voz... Rogai por nós Ô ô ô oxum oraieieô, é oxum Nossa padroeira a desaguar A fé no coração de cada um

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Foto: Diego Mendes

Autores: Claudio Russo, Teresa Cristina e Moacyr Luz

INFORMAÇÕES TÉCNICAS

Intérpretes: Diego Nicolau e Evandro Malandro Ôô Tambor de Angola, batuque de jeje - nagô ô ô ô Vou chamar Zé Tambozeiro pra versar Oxalá! Dia de graça vai chegar! É jongo! É camafeu! É capoeira! Olha o peixeiro na feira! Jurema no catimbó! Antonio filho da flecha certeira O seu grito a ecoar, Okê arô odé maior!

G.R.E.S. Renascer de Jacarepaguá Sábado, 14 de fevereiro Concentração: Balança 6ª a desfilar Entre 0h40 e 1h45 Endereço da quadra: Avenida Nelson Cardoso, 82 Tanque Fundação: 2 de agosto de 1992 Cores: Vermelho e branco

Sereia: A Portela reunida vem cantar Clareia: O seu verso criou asas pra voar...

Presidente: Katia Paz Carnavalesco: Jorge Caribé

O mar serenou na areia Candeia! Candeia!

Diretor de Carnaval: Saulo Tinoco Diretores de Harmonia: Leandro Germano e Julio Cesar Mestre de bateria: Dinho Santos Rainha de bateria: Mylla Ribeiro Mestre-sala e porta-bandeira: Thiago Mendonça e Amanda Poblete Coreógrafo da comissão de frente: Rafael Felix Alas: 17 Carros alegóricos: 4 Classificação em 2014: 11º

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Candeia! Manifesto ao povo em forma de arte Com o samba circulando pelas veias desde cedo, Antonio Candeia Filho sempre foi apaixonado pelo Carnaval. Seus pais, Antonio Candeia e Maria, eram conhecidos por promover grandes encontros musicais na casa aonde viviam, no bairro de Oswaldo Cruz. E foi justamente na escola de samba da região, a Portela, que Candeia viu o

nome ser escrito na história. Obras como “Seis datas magnas” e “Festas juninas em fevereiro”, criadas especialmente para o desfile da agremiação, são consideradas inesquecíveis pelos foliões. Mas o sucesso foi além dos desfiles. Dono de uma criatividade ímpar, o artista gravou cinco discos próprios, fora as participações que teve em outros LP’s, como no caso do álbum “Quatro grandes do samba”, que também contava com Nelson Cavaquinho, Guilherme de Brito e Elton Medeiros. Desta forma, sob o ecoar dos tambores de Angola e de Gegê e Nagô, a comunidade da Renascer de Jacarepaguá mostra o eterno carinho com o músico, que semeou o amor e deixou muitas saudades ao partir, com o enredo “Candeia! Manifesto ao povo em forma de arte”.

Não basta ter inspiração Pra cantar samba é preciso muito mais A rima suada pra ganhar o pão Lamento em louvor aos orixás Ioiô! Vem bater samba de roda pra iaiá! Que eu preciso neste samba me encontrar Alegrar o meu viver Um rei, guardião de uma cultura popular Ouça agora a voz de toda a Renascer! Renascer de Jacarepaguá! Axé! Candeia, axé! A luz do quilombo no chão do terreiro Axé! Irmão de fé! Orgulho do sambista brasileiro

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Foto: Diego Mendes

Autores: Sardinha, Gustavo Soares, Wagner Big, Junior Fionda, Lequinho, Gabriel Martins e Igor Leal

INFORMAÇÕES TÉCNICAS

Intérprete: Preto Jóia

G.R.E.S. Acadêmicos do Cubango Sábado-feira, 14 de fevereiro Concentração: Correios 7ª a desfilar Entre 1h30 e 2h50

Dádiva, tesouro Herança dos meus ancestrais Me embala no teu colo oh mãe Do Congo eu sou guerreiro Raiz que atravessou o mar, África Aqui chegou Aos olhos da lei clandestino Mudando de vez seu destino Um novo caminho brilhou Em nossa terra a semente germinou

Endereço da quadra: Rua Noronha Torrezão, 560 Santa Rosa, Niterói Fundação: 17 de dezembro de 1959 Cores: Verde e branco Presidente: Olivier Luciano Vieira (Pelé)

Lerê, lerê, tem batuque eu quero ver Hoje a festa do quilombo vai até o amanhecer Laiá, laiá, se baixou deixa girar Pro ritual continuar

Carnavalesco: Jaime Cezário Diretor de Carnaval: Jorge Ripper Diretor de Harmonia: Décio Bastos Mestre de bateria: Maurão Rainha de bateria: Cris Alves Mestre-sala e porta-bandeira: Diego Falcão e Jackeline Gomes Coreógrafo da comissão de frente: Roberto De La Costa Alas: 22 Carros alegóricos: 4 Classificação em 2014: 5º

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Cubango, a realeza africana de Niterói A África é considerada o grande berço da humanidade e, assim, a matriarca também da comunidade do Cubango, em Niterói, que abriga a homônima escola de samba. O nome, por sinal, veio de uma província do grande Império Negro do Congo, atualmente pertencente a Angola. Assim, a verde e branca de Niterói relembra a história para construir um enredo marcante no Carnaval de 2015 da Série A.

O desfile mostra que a relação com o continente africano, primeiro, começou através dos portugueses, que articulavam o tráfico de escravos para o Brasil. Com o tempo, houve a proibição e, para burlar as leis, traficantes buscavam alternativas, como o desembarque clandestino de pessoas nas praias da região oceânica. Desta forma, Niterói surgiu como um novo mercado negro. Na medida em que o comércio ilegal foi crescendo, muitos escravos acabaram fugindo e estabelecendo quilombos. Um deles ficou exatamente na região do Morro do Cubango, gerando um novo reduto de resistência cultural. E com uma festa de exaltação ao africano ancestral e aos que vieram escravizados para o nosso país, a Cubango pede um Brasil mais justo e digno, com cidadania plena e sem corrupção, através do enredo “Cubango, a realeza africana de Niterói”.

Negro mantém a esperança De ver um dia a bonança chegar Negro tem força e não cansa É a essencia africana a lutar, a lutar Vai meu samba cantar em uma só voz Exaltar a glória dos nossos heróis Não foi em vão nossa fé Sou carregado de axé, axé Somos uma corrente de irmãos orgulho de uma negra nação Ouçam a nossa oração Ô, ô, ô, o canto do negro ecoou A liberdade já raiou Ressoa em niterói, cidade que eu amo Sou realeza, sou quilombola Cubango

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Foto: Diego Mendes

Autores: Dominguinhos do Estácio, Tinga, Merica, Adriano Ganso, Dani Maroneze e Eduardo Martins

INFORMAÇÕES TÉCNICAS

Intérpretes: Dominguinhos do Estácio e Leandro Santos

G.R.E.S. Estácio de Sá Sábado, 14 de fevereiro Concentração: Balança 8ª a desfilar Entre 2h15 e 3h45

Eu sei que você me conhece Meu nome é Estácio de Sá Reconquistei com orgulho esse chão Muito mais que inspiração Escolhi pra ser meu lugar O pôr do sol mais dourado Deita-se na Guanabara Dorme entre o mar e a montanha Nos braços do criador Que abençoa a todos com o nosso jeito De ser carioca, alegre, festeiro Levando o rio pra sempre no peito

Endereço da quadra: Rua Salvador de Sá, 204/206 Estácio Fundação: 12 de agosto de 1927 Cores: Vermelho e branco Presidente: Leziário do Nascimento

Quando a pomba anunciou, A festa começou Chovem confetes pela cidade Na fé do negro, Ê povo batuqueiro Ecoa aqui o grito de liberdade

Carnavalescos: Amauri Santos e Tarcisio Zanon Diretoria de Carnaval: Comissão Diretores de Harmonia: Marcos Alexandre e Julinho Fonseca Mestre de bateria: Chuvisco Rainha de bateria: Luana Bandeira Mestre-sala e porta-bandeira: Marcinho e Alcione

De braços abertos, de janeiro a janeiro. Sorrio, sou o Rio, sou Estácio de Sá

Coreógrafa da comissão de frente: Claudia Mota Alas: 22 Carros alegóricos: 4 Classificação em 2014: 2º

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O Rio de Janeiro completa 450 anos no dia 1º de março deste ano. São quatro séculos e meio repletos de grandes conquistas, episódios marcantes e uma beleza natural cada vez mais admirada por pessoas do mundo todo. A Estácio de Sá não fica fora da comemoração e presenteia a cidade com mais uma homenagem especial.

Neste verdadeiro paraíso tropical, cenário que reúne uma mistura de povos e culturas, nasceram inspirações para a arte e, principalmente, para a felicidade, uma característica marcante da população. Desta forma, não resta alternativa diferente de festejar! Com tanta comemoração, não poderia ficar fora da lembrança o maior espetáculo do planeta: o Carnaval. A vermelha e branca lembra também Ismael e a fundação da primeira escola de samba, a Deixa Falar, hoje chamada justamente de Estácio de Sá. Assim, para desejar parabéns ao Rio, bem no compasso, o berço do samba mostra todo o amor pela cidade com “De braços abertos, de janeiro a janeiro. Sorrio, sou o Rio, sou Estácio de Sá”.

No Rio, a poesia e os violões Passeam nas canções e o samba fez escola A emoção de um gol se espalha no ar Aros do esporte se entrelaçam E o mar de esperança encontra Iemanjá Se você quer matar-me de amor que seja aqui Olha meu povo chegando Medalha de ouro na Sapucaí Pra cantar, e cantar, e cantar Não dá mais pra segurar A saudade apertou e agora vou voltar Deixa falar, aqui é Estácio Bem no compasso, O berço do samba eu sou Parabéns meu Rio continua lindo Continua sendo meu amor

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O N I V E R P E M EU O T S E T E M U E VAL

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ELZA SOARES SERÁ A GRANDE HOMENAGEADA DO PLUMAS & PAETÊS CULTURAL 2015

Prêmio

A cantora de voz inconfundível, escolhida pela BBC de Londres como a melhor do milênio, que foi a primeira mulher a puxar um samba na avenida, e que também tem o histórico de apostar em artistas desconhecidos, será a grande homenageada da única premiação a valorizar os trabalhadores dos bastidores do carnaval. O Plumas & Paetês Cultural, que em 10 anos já distribuiu 511 troféus, para aderecistas, carpinteiros, carnavalescos, gurinistas, ferreiros e muitos outros prossionais, traz, para a edição deste ano, 28 categorias, distribuídas em todas as divisões da folia. Nada mais adequado que, na ocasião dos 450 anos da cidade do Rio, exaltar Elza Soares, uma artista que exala carioquice mundo a fora. A premiação tem data marcada pra 11 de abril, às 20 horas, na Cidade do Samba, com entrada exclusiva para convidados.


Foto: Elisangela Leite / Riotur

LIERJ TRANSFORMA OS

DESFILES DAS

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SÉRIES B, C e D

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A Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro promove em 2015 uma reformulação no Carnaval dos grupos de acesso. As divisões agora passam a ser denominadas séries B, C e D, com novos dias de desfiles. A Lierj será a responsável pela direção artística do espetáculo, enquanto a Riotur gerenciará o corpo julgador e a parte operacional. As atividades na Estrada Intendente Magalhães iniciam no domingo, dia 15 de fevereiro. A partir das 21h, 12 escolas de samba da Série D desfilam para o povo, que pode acompanhar tudo de perto sem qualquer custo de entrada. As duas primeiras colocadas sobem para a Série C, enquanto as duas últimas passarão para o Grupo de Avaliação. No dia seguinte, na segundafeira, dia 16 de fevereiro, no mesmo horário, começam as apresentações da Série C. As 12 agremiações lutam por duas vagas no Grupo B de 2016, enquanto as quatro últimas colocadas serão rebaixadas. Já a terça-feira, dia 17 de fevereiro, está reservada para os desfiles da Série B. A partir das 18h, 18 escolas tentam ganhar as melhores notas dos jurados para conquistar a única vaga disponível para a Série A do ano seguinte. Por outro lado, as últimas seis colocadas serão rebaixadas. Os desfiles do Grupo de Avaliação encerram a festa em Campinho no sábado, dia 21 de fevereiro.

de a ordem Confira CeD , B s das série 0 s le sfi e d a5 na págin


SAMBÓDROMO SEXTA-FEIRA, DIA 13 DE FEVEREIRO 21h - Unidos de Bangu Entre 21h45 e 21h55 - Em Cima da Hora Entre 22h30 e 22h55 - Império Serrano Entre 23h15 e 23h55 - Paraíso do Tuiuti Entre 0h e 0h50 - União do Parque Curicica Entre 0h45 e 1h45 - Porto da Pedra Entre 1h30 e 2h50 - Caprichosos de Pilares

SAMBÓDROMO DOMINGO, DIA 15 DE FEVEREIRO 21h30 - Viradouro Entre 22h35 e 22h52 - Mangueira Entre 23h40 e 0h14 - Mocidade Entre 0h45 e 1h36 - Vila Isabel Entre 1h50 e 2h58 - Salgueiro Entre 2h55 e 4h20 - Grande Rio SEGUNDA-FEIRA, DIA 16 DE FEVEREIRO 21h30 - São Clemente Entre 22h35 e 22h52 - Portela Entre 23h40 e 0h14 - Beija-Flor Entre 0h45 e 1h36 - União da Ilha Entre 1h50 e 2h58 - Imperatriz Leopoldinense Entre 2h55 e 4h20 - Unidos da Tijuca

ESTRADA INTENDENTE MAGALHÃES CAMPINHO

SEGUNDA-FEIRA, DIA 16 DE FEVEREIRO 21h - Unidos da Villa Rica Entre 21h30 e 21h40 - Boca de Siri Entre 22h e 22h20 - Unidos das Vargens Entre 22h30 e 23h - Mocidade de Vicente de Carvalho Entre 23h e 23h30 - Leão de Nova Iguaçu Entre 23h30 e 0h10 - Império da Praça Seca Entre 0h e 0h50 - Lins Imperial Entre 1h e 2h - Arrastão de Cascadura Entre 1h30 e 2h40 - Mocidade Unida da Cid. de Deus Entre 2h e 3h20 - Acadêmicos do Dendê Entre 2h30 e 4 - Unidos de Manguinhos Entre 3h e 4h40 - Difícil é o Nome

Sambódromo TERÇA-FEIRA, DIA 17 DE FEVEREIRO HORÁRIO: 17H ÀS 23H59 1ª – Golfinhos da Guanabara 2ª – Herdeiros da Vila 3ª – Infantes do Lins 4ª – Império do Futuro 5ª – Filhos da Águia 6ª – Ainda Existem Crianças de Vila Kennedy 7ª – Tijuquinha do Borel 8ª – Corações Unidos do Ciep 9ª – Miúda da Cabuçu 10ª – Pimpolhos da Grande Rio 11ª – Inocentes da Caprichosos 12ª – Mangueira do Amanhã 13ª – Petizes da Penha 14ª – Nova Geração do Estácio de Sá 15ª – Aprendizes do Salgueiro 16ª – Estrelinha da Mocidade

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SÁBADO, DIA 14 DE FEVEREIRO 21h - Alegria da Zona Sul Entre 21h45 e 21h55 - Santa Cruz Entre 22h30 e 22h55 - Inocentes de Belford Roxo Entre 23h15 e 23h55 - Unidos de Padre Miguel Entre 0h e 0h50 - Império da Tijuca Entre 0h45 e 1h45 - Renascer de Jacarepaguá Entre 1h30 e 2h50 - Cubango Entre 2h15 e 3h45 - Estácio de Sá

ESTRADA INTENDENTE MAGALHÃES CAMPINHO

DOMINGO, DIA 15 DE FEVEREIRO 21h - Chatuba de Mesquita Entre 21h30 e 21h40 - Mocidade Ind. de Inhaúma Entre 22h e 22h20 - Unidos do Anil Entre 22h30 e 23h - Unidos de Cosmos Entre 23h e 23h30 - Coroado de Jacarepaguá Entre 23h30 e 0h10 - Gato de Bonsucesso Entre 0h e 0h50 - Vizinha Faladeira Entre 1h e 2h - Corações Unidos do Amarelinho Entre 1h30 e 2h40 - Acadêmicos de Vigário Geral Entre 2h e 3h20 - Boi da Ilha Entre 2h30 e 4 - Flor da Mina do Andaraí Entre 3h e 4h40 - Matriz de São João

ESTRADA INTENDENTE MAGALHÃES CAMPINHO

TERÇA-FEIRA, DIA 17 DE FEVEREIRO 18h - Acadêmicos da Abolição Entre 18h30 e 18h40 - Unidos de Lucas Entre 19h e 19h20 - Unidos da Vila Kennedy Entre 19h30 e 20h - Unidos da Ponte Entre 20h e 20h40 - Unidos do Jacarezinho Entre 20h30 e 21h20 - Favo de Acari Entre 21h e 22h - União de Jacarepaguá Entre 21h30 e 22h40 - Unidos do Cabuçu Entre 22h e 23h20 - Arranco Entre 22h30 e 0h - Rosa de Ouro Entre 0h30 e 2h10 - Arame de Ricardo Entre 1h e 2h50 - Mocidade Unida do Santa Marta Entre 1h30 e 3h30 - Tradição Entre 2h e 4h10 - Sereno de Campo Grande Entre 2h30 e 4h50 - Unidos da Vila Santa Tereza Entre 3h e 5h30 - Acadêmicos do Engenho da Rainha Entre 3h30 e 6h10 - Acadêmicos da Rocinha Entre 4h e 6h50 - Acadêmicos do Sossego




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