Jornal alpes da mantiqueira edição n.11

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ANO 2 - Nº 11 - Março de 2012.

As eleições sem o padre Arlindo O povo da cidade de Delfim Moreira e de todo o município vai experimentar este ano uma nova realidade na política local. Até a ultima eleição passada o padre Arlindo era uma referência religiosa e política entre nós. Quando aproximava as eleições e às vezes até bem antes disso lá vinha o padre com seu sermão religioso e político para dar suas opiniões em plena missa. Apesar de algumas críticas a esta atitude do padre, mesmo assim o povo delfinense o respeitava como autoridade eclesiástica e muitos se deixavam levar pelo seu argumento político-religioso e social. Este ano não teremos mais a participação do padre nas eleições e acredito que as pessoas que estão um pouco desanimadas com a política, talvez não estejam assim só pela falta do padre. Atualmente temos uma administração controladora, autoritária e exclusivista que ameaça e persegue os que questionam tais métodos. Não atende a todos de forma igual e faz ameaças e toma atitudes de repressão a liberdade de opinião e expressão. Um modelo quase medieval e arcaico de fazer política de forma centralizada e sem a participação ativa da população organizada. Muitos políticos delfinenses usam de forma errada a oração de São Francisco e ao invés de usá-la apenas na igreja passaram a abusar dela aplicando descaradamente a política do tipo “É dando que se recebe”. Assistimos a cada dia um desvio de material ou serviço que deveria ser feito em benefício do povo e que é desviado para atender aos amigos do prefeito e vendo que os vereadores atuais nada têm feito para mudar essa bandalheira, aos poucos vamos pensando que algo tem que mudar para que possamos ter gente séria na prefeitura e que entenda de política de verdade. Alguém que não mistura política com religião, pois hoje em dia temos eleitores das mais diversas religiões, crenças e seitas e para ser prefeito ou vereador que represente todos os munícipes, tem que tratar a política de forma moderna e civilizada para atender as necessidades de todos e promover a convivência harmoniosa entre os que pensam diferentes. Mas voltando ao padre Arlindo. Ele comentava em suas ultimas aparições no altar de que “o prefeito Carlos foi o melhor prefeito que Delfim Moreira já teve”. Mas com certeza o padre não tinha conhecimento suficiente para afirmar isso. Afinal, quem deve fiscalizar o que o prefeito faz é a câmara de vereadores e a nossa não faz o seu dever bem feito. Recentemente um vereador nos informou que “Lá na câmara quase ninguém sabe nada, tem um ou dois que sabem um pouco sobre o que estão votando e os outros apenas assinam”. “Assinam tudo que o Prefeito manda para lá”. “Não adianta fazer campanha contra eles que eles reelegem, tem um que elege porque é bonitinho e a mulherada vota nele sem saber o que ele faz lá, tem outro que elege dando abraço e cumprimentando as senhoras depois da missa”. “São poucos os interessados em política séria em Delfim Moreira, algumas exceções são os intelectuais, os moradores novos e alguns jovens estudantes e empreendedores”. Diante deste quadro acreditamos que não deveríamos reeleja nenhum vereador de Delfim Moreira e chamar a atenção especialmente das mulheres que agora podem e devem se candidatar e aprender a política de forma responsável, honesta e sincera. E por outro lado deixar de votar por estas razões subjetivas que nada tem a ver com política. Que as mulheres jovens e senhoras pensem antes de apoiar um vereador que ficou ai por alguns anos comendo na mão do prefeito e que em ultima instancia são os responsáveis e serão responsabilizados pelos desvios de conduta cometidos pela administração atual. O padre Arlindo se foi para junto do Criador e certamente de lá ele saberá orientar a cada um de nós para que possamos eleger quem trabalha em favor do povo com sinceridade e que “respeita o próximo como a ti mesmo”.

Índice Editorial Página 2

Responsabilidade Social Página 2

Comunidade em Festa Página 3 e 4

Azeitonas e Azeite de Oliva Extra Virgem Brasileiro Página 5

O que disseram os participantes da mesa diretora do evento Página 6

Azeitonas e Azeite de Oliva nos Alpes da Mantiqueira Página 7

A árvore da saúde, da vida e da “eternidade” Página 8

Publicidades Página 9

Festival de Gastronômico de Maria da Fé - MG Página 10

Homenagem pelo dia Internacional da Mulher Página 11

Publicidades Página 12


ANO 2 - Nº 11 -

Editorial Na edição anterior deste jornal escrevemos sobre o maniqueísmo na política e citamos que alguns prefeitos tentam reduzir as diferenças entre as pessoas, reprimindo e limitando o direito de ir e vir, o direito á liberdade de opinião e expressão, inventando regras, ameaçando e punindo os que tentam discutir e dialogar. O maniqueísmo é uma forma simplista de pensar de forma a ver o mundo como se fosse dividido em dois: Ou é a favor ou contra e esta simplificação é uma forma deficiente de pensar. O político maniqueísta não admite opiniões contrárias à dele e parte para cima como se fossem inimigos do povo. O que na verdade é uma projeção da maldade dele contra o povo. Como exemplo foi citado a propaganda que os nazistas fizeram plantando no inconsciente do povo alemão o preconceito e o racismo, enquanto prendia, roubava e matava os judeus. Com a proximidade das eleições de 2012 certamente levará o prefeito e seus cúmplices a divulgar coisas que supostamente fizeram nestes anos de governo. E certamente acusarão de oposição os que não concordam ou questionam “seus feitos milagrosos”. Foi citado que o prefeito de Delfim Moreira divulgou no jornal Voz da Montanha que cumpriu tudo que prometeu em termos de realização de exames e cadastros de pacientes e ai indagamos o que tem isso a ver com saúde? E respondemos. Nada! Mas na verdade podemos fazer algumas correções no texto anterior e poderíamos dizer que o Governo Lula e o Governo Aécio fizeram muito por Delfim Moreira, mas o prefeito não. Basta citar que o prefeito Carlos não cumpriu tudo que foi pactuado e ainda não concluiu a construção das Unidades de Saúde da Família dos bairros Biguá e do São Bernardo e nem cuida das casas que são usadas para atender o povo. Tem unidade que a Agente de Saúde chega cedo para limpar as fezes dos pássaros que dormem na casa que não é totalmente forrada e as fezes caem toda no chão. Quando o povo chega parece tudo limpinho, mas na verdade é uma casa imunda. Tem unidade de saúde em que durante as chuvas rodam fezes humanas do esgoto a céu aberto que vem pela enxurrada e passa na entrada da unidade. Foi publicado que o serviço de saúde faz os exames de Papanicolau nas mulheres conforme prometido ao governo, mas ao mesmo tempo devemos pensar que fazer exames não garante saúde e que muitas dessas mulheres fazem mais de um exame por ano porque muitas vezes são obrigadas a fazer sexo sem vontade para não apanhar do marido que chega bêbado do bar. Mas o serviço de saúde e o prefeito não combate o alcoolismo porque o prefeito é aliado dos donos de bar e jamais vai atacar este problema, pois isto não dá votos. Afinal, para entender bem as coisas e tomar a decisão mais acertada, recomenda-se uma atitude cética como o melhor remédio contra o maniqueísmo. O cético não toma partido às pressas e não se rende ao simplismo, prefere ouvir ambos os lados e ampliar o conhecimento para agir com sabedoria. Para mudar esta situação, sugerimos que o eleitor não reeleja nenhum desses políticos na próxima eleição. E que alem de votar procure saber o que os vereadores estão ganhando para aprovar as contas do prefeito sem discutir o mérito e nem conferir os gastos e a real aplicação dos recursos. Procure a informação correta, faça uma observação critica da realidade para se prevenir contra o maniqueísmo e para não ser enganado nas próximas eleições.

INSTITUCIONAL 2

Responsabilidade Social neste espaço reservado aos bons exemplos vamos publicar uma crônica enviada pelo leitor alex da silva almeida. *

rovadores,

Cancioneiros, t da idade Contemporânea Com a alma de Guerreiros fomos gerados, obrigados a nascer, um desejo imenso em viver incutido sobressaia em cada gesto. a vida nos deu diamantes, mas, no entanto nos torceu contorceu muitas diversas vezes, deveras então o sistema com seu jeito sedutor que induz as pessoas a serem mais do que melhor que podem nos condicionou a ser mais trovador cancioneiros do que mesmo guerreiros, porque de forma inconsciente fomos como os cancio neiros imaginando sempre como é linda aquela princesa, de modo como deve ser glamouroso seu castelo, e assim fomos os excluídos da idade con temporânea, seguimos então desta vez cantando canções de escárnio e maldizer assim como na idade media difamamos a nossa princesa que não nos ama o sistema, até porque em contrapartida nunca queremos aceitar e não temos que aceitar ser limitados, seguindo pensamentos teorias de quem esta de fora, por isso estamos aqui, pra conquistar esta tal princesa, pois nem que seja a contragosto a realeza haverá de enxergar um dia o nosso talento pra vida, pois nós nada mais somos do que a forma mais sublime e vital do milagre da vida somos quando nos colocamos a par do que ocorre ao nosso redor e agimos como transformadores de nossa realidade o verdadeiro show da vida. avante companheiros! Alex da Silva Almeida tem 31 anos e é formado em Propaganda e Marketing. Atualmente trabalha em vaga prevista pela lei que garante uma cota dos empregos aos portadores de necessidades especiais.

ExpEdiEntE Onde encOntrar O O Jornal Alpes da Mantiqueira é uma publicação da Praia News Empresa Jornalística S/C Ltda., CNPJ: 02.273.956/0001-92 JOrnal alpes da Mantiqueira Editor: Dr. Tarcísio Marcos de Almeida, CRM/MG 21086 - Jornalista responMinas GErais: sável: Armando Barreto, MTB 23108 Colaboradores: - Diagramação: Daniela Lima Delfim Moreira, Marmelópolis, Virginia, Wenceslau Braz, Itajubá, Piran- Fotografia: Edvaldo Carniati e Tarcísio Almeida - Publicidade: Luiz Carlos guçu, Maria da Fé, Cristina, Carmo de Minas, São Lourenço, Conceição Campos e Edvaldo Carniati - Revisão de textos: Rodrigo Bitencourt - Email: das Pedras, Pedralva, São José do Alegre, Piranguinho, Brazópolis, Santa jornalalpesdamantiqueira@hotmail.com - Edições anteriores: www.alpesdaRita do Sapucaí e Pouso Alegre. mantiqueira.com.br - Tiragem desta edição: 5.000 exemplares são p aulo: Ressalva legal: Artigos assinados não correspondem Piquete: Fábrica de Chocolate Chocovales - t elefone (12) 3156-3517 necessariamente à opinião do jornal. Lorena: Café da Morga - telefone (12) 3152-7536 ENDEREÇOS PARA CORRESPONDENCIA: São José dos Campos: Banca do Jonas - telefone (12) 8808-7770 e no Rua: Luiz da Ponte, Nº 12 - Delfim Moreira - MG Centro de informações turísticas CEP: 37514-000 - Tels.: Editor: 35 - 9974 1580 Se no seu Município ainda não existe a distribuição do JAM, contate-nos Reportagem: 35 - 9865 0445 pelo e-mail: jornalalpesdamantiqueira @hotmail.com


COMEMORAÇÃO

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O jornalista e fotógrafo Edvaldo Carniati esteve no bairro São Bernardo para dar continuidade ao projeto “Comunidade em Festa”, iniciado em 2011 pelo nosso editor Dr. Tarcísio Almeida, com a finalidade divulgar as festas de bairros de todo o município de Delfim Moreira, dentro daquilo que o Dr. Tarcísio idealizou para que o Jornal Alpes da Mantiqueira se torne uma ferramenta de registro da história do povo e de suas relações familiares e sociais.


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FESTA

Em campanha?

Festeiro - Sr. José Augusto

Ao centro, Gore翿� Ferreira, Gestora Municipal da Saúde

Miguel, o Leiloeiro.

Ex-Vereador Fernando Coura

N

este ambiente entre amigos e familiares encontramos também alguns dos prováveis pré-candidatos a Prefeito de Delfim Moreira: Fernando Coura, Goretti Ferreira e Tuti Siqueira, que neste momento se preparam para o próximo período eleitoral.

Realizada entre os dias 16 e 18 de março, a festa em homenagem a São José no bairro São Bernardo em Delfim Moreira – MG foi organizada pelo Sr. José Augusto de Souza junto com cerca de 120 famílias que compõem a comunidade do bairro e sua região de influencia. A festa é uma tradição há mais de 40 anos e é a primeira do ano nos bairros do Município. É uma festa beneficente e que recebeu este ano em torno de 5.000 visitantes da região do sul mineira e muitos turistas de outras regiões de Minas e de outros Estados.

A comunidade se prepara com muita dedicação e todos con tribuem para que os salgados, doces e assados possam atender ao gosto dos visitantes que são muito bem recebidos com muita musica (Que este ano esteve aos cuidados da empresa Planeta Som Produções), num ambiente agradável e com muita conversa entre os participantes. A festa foi para todas as idades e as crianças se divertiram também na cama elástica no domingo 18, quando também hou-

ve um leilão de bezerros aos cuidados do leiloeiro Miguel Alves de Souza e os visitantes tiveram a oportunidade de sabo rear as leitoas e frangos assados, tudo muito bem preparado pela comunidade do bairro.


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Azeitonas e Azeite de Oliva Extra Virgem Brasileiro I

sto mesmo! Nós já temos azeite brasileiro e de qualidade comparável aos melhores azeites do mundo. Resultado de muitos anos de pesquisa e trabalho no Sul de Minas Gerais. É o constatamos no inicio de março na cidade de Maria da Fé – MG

Azeite de Maria da Fé N.E. “A pesquisa para o de senvolvimento da Olivicultura teve início no sul de Minas Gerais por volta de 1950 na cidade de Maria da Fé e depois em Delfim Moreira, por apresentarem características climáticas favoráveis. (Altitude acima de 1000 metros e período de clima frio com temperatura abaixo de 7 graus Celsius). O trabalho técnico e científico foi lento em decorrência da falta de recursos governamentais. No Governo Lula foi dada a retomada do crescimento econômico e desenvolvimento sustentável, alicerçado no conhecimento científico e tecnológico preconizados pelo Plano Plurianual 2004-2007 que neste caso favoreceu o desenvolvimento da olivicultura na região a partir de 2005, atendendo ainda a premissa da agricultura sustentável e redução de danos ambientais”. A EPAMIG (Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais) realizou no dia 2 de março, na Fazenda Experimental da EPAMIG em Maria da Fé (Sul de Minas) um dia de campo sobre “a cultura da oliveira” com o objetivo de difundir a tecnologia de cultivo, manejo e produção de azeitona de mesa e azeite de oliva. O evento recebeu produto res, empreendedores, técnicos e interessados na olivicultura que vieram de várias partes dos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina. (Registramos também a presença e participação ativa do Sr. João Carlos Saad, presidente da Rede Bandeirante, durante as atividades de campo e sua participação na mesa oficial do encontro). Os participantes conheceram por meio de palestras e dinâmicas de campo um panorama da oliv-i cultura em Minas Gerais: plantio, trato e manejo da olivicultura, anatomia vegetal da oliveira, preparo

da azeitona de mesa e do azeite extraído de cultivares de azeitona desenvolvida pela EPAMIG. A EPAMIG pesquisa há mais de 50 anos a cultura da oliveira na região da Serra da Mantiqueira e em 2008 realizou a primeira extração de azeite de oliva no Brasil. O produto obtido alcançou índices de acidez entre 0,2 e 0,7% e foi classificado como Extra Virgem, e com a qualidade similar aos melhores azeites do mundo. Atualmente cerca de 50 mu nicípios da região (40 em Minas Gerais e 10 em São Paulo) utili zam as tecnologias da EPAMIG. O gerente do Núcleo Tecnológico EPAMIG Azeitona e Azeite, nilton Caetano de oliveira, afirma que 90% dos olivais são voltados para a produção de azeite. “Neste ano a estimativa é que a produção seja de 20 toneladas de azeitonas e três mil litros de azeite. Mas vale ressaltar que ainda estamos no começo da produção, grande parte das lavouras estão com apenas cinco anos”, informa Nilton, destacando que esta é a fase inicial de produtividade da oliveira.

Azeitonas produção de azeite em MG O primeiro processamento de azeite em 2008, foi feito em máquina artesanal desenvolvida e construída em Maria da Fé pela família Mostarda. Em 2009 o Núcleo Tecnológico EPAMIG Azeitona e Azeite adquiriu um extrator de azeite, importado da Itália, e passou a processar o azeite da Associação de Olivicultores dos Contrafortes da Mantiqueira (Assolive), constituída em 2009 e que reúne 55 produtores de 43 municípios da região. De acordo com o agrônomo da EPAMIG Luiz Fernando de Oliveira, já foram processados no Núcleo cerca de sete toneladas de azeitonas, que produziram cerca de 1.000 litros de azeite. Segundo o agrônomo, apenas este ano, foram processadas mais de seis toneladas de azeitona, produzindo cerca de 800 litros de azeite. “O processamento teve rendimento médio de 13%, ou seja, para se extrair

1 litro de azeite são necessários 7,40 kg de azeitonas”, disse. Para o engenheiro agrônomo, 2012 será um divisor de águas na produção comercial. “Estamos no pico da colheita e acredito que dobraremos esses valores até o fim da safra”, completa.

de azeitonas de mesa foi assunto apresentado durante o dia de campo através do projeto “Ciência Móvel EPAMIG”, em que os participantes puderam conhecer técnicas para conservação da azeitona e puderam degustar a azeitona de mesa e o azeite da Empresa. Apresentado dentro de um ônibus da EPAMIG preparado com equipamentos de laboratório que tem como objetivo popularizar a ciência e a tecnologia agropecuária com demonstrações das pesquisas e divulgação das publicações técnicas da EPAMIG.

Olival O olivicultor Fernando José Soares da Silva, de Maria da Fé, que soma cinco anos de cultivo da oliveira, extraiu azeite pelo terceiro ano consecutivo em pequena escala, mas acredita em boas perspectivas. “Estamos desenvolvendo nossa marca e nos preparando para o mercado”, afirma. O pro dutor conta que no ano passado teve uma grande perda devido às chuvas de granizo na região, mas que neste ano a produção foi satisfatória. “Ainda não conseguimos colher a metade da nossa produção prevista. Estamos progredindo a cada ano”, destaca. Ele cultiva a variedade “Arbequina”, desenvolvida pela EPAMIG, que tem características favoráveis a produção de azeite. “Adquirimos as mudas na EPAMIG e estamos sempre buscando atualização na pesquisa”, diz. Fernando, que possui mais de mil plantas em sua propriedade. No ano passado, ele testou o uso de derriçadeira mecânica na colheita, mas acredita que precisa de mais conhecimento técnico no assunto. “Neste ano colhemos manualmente”. Ciência Móvel da EpaMiG Recomendações para o preparo

Árvore da azeitona Festival de Gastronômico de Maria da Fé - MG A produção de azeite também será destaque no 2º Festival Gastronômico de Maria da Fé, que será realizado entre os dias 5 e 8 de abril. A EPAMIG apresentará em seu estande pesquisas em olivicultura e produção associada de azeite de oliva. Também contará com a presença e a programação do projeto “Ciência Móvel da EPAMIG”. Na programação do festival inclui outros pratos preparados principalmente com os dois principais produtos da região: batata e azeite. Terão ainda eventos musicais e exposição de arte e artesanato. Mais informações em: www.mariadafe.mg.gov.br ou pelo telefone: (35) 3662-1463


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O que disseram os participantes da mesa diretora do evento

Da esquerda para direita: Newton Kraemer, Plínio Soares, Adilson Santos, João C. Saad, Nilton Caetano Oliveira

Demonstração da colheita com a derriçadeira adaptada da colheita de café.

Grupo de participantes em atividade de campo, recebendo orientação de agrônomos e pesquisadores.

newton Kraemer litwink, Empresário e olivicultor Ressaltou que é muito promissora esta atividade e com certeza trará muito lucro ao investidor que seguir corretamente as tecnologias desenvolvidas na Epamig. Afirmou que muita plantação existente hoje não vai progredir por falta de estudos adequados da terra e clima de cada região. “Não basta pegar as mudas e sair por ai plantando que não vai dar certo, muita gente já perdeu dinheiro com isso”. (Leia mais na entrevista da pagina 07) plínio Cesar soares, diretor e pesquisador da EpaMiG Afirmou que a Epamig vem se destacando na pesquisa e divulgação de tecnologias para o desenvolvimento da agricultura e para que o Brasil se torne autossustentável na produção de azeite e azeitona. adilson santos, prefeito de Maria da Fé Iniciou as atividades do dia de campo na olivicultura deu boas vindas aos participantes e afirmou que a administração atual de Maria da fé tem se dedicado ao desenvolvimento do Município e da região, contribuindo com o que for necessário para que seja uma referencia em agricultura e gastronomia. Que a cultura da azeitona dá lucro e gera emprego alem de que os seus produtos são excelente para a saúde. Garantia de desenvolvimento sustentável e melhora na qualidade de vida.

Uma das variedades de azeitona precoce desenvolvidas em Maria da Fé, a Arbequina que nesta foto tem 2 anos e um metro de altura e já produziu cerca de 70 azeitonas este ano.

João Carlos saad, Jornalista e presidente da rede Bandeirante Em sua opinião a discussão entre os ecologistas e empresários do agronegócio é de caráter apenas ideológico. Afirmou que há como plantar e produzir alimento e riqueza sem destruir a natureza e que a olivicultura é uma atividade lucrativa para o agronegócio brasileiro, que pode ser desenvolvida com outras atividades consorciadas tanto agrícolas quanto da pecuária de pequeno porte. Disse que o Programa Terra Viva é um canal de agronegócios inaugurado 2005 com telejornais voltados ao setor agropecuário, que faz a cobertura das principais feiras agropecuárias do país com o padrão de credibilidade do Grupo Bandeirantes. nilton Caetano de oliveira, Gerente do núcleo azeitona e azeite da Epamig Contou um pouco da história da olivicultura na região e da sua experiência para o desenvolvimento da olivicultura para produção de azeite. Afirmou que a produção do azeite depende muito do trabalho de campo e de tecnologia e que a Epamig tem condições de orientar os interessados para a produção da azeitona de mesa e do azeite. Afirmou ainda que existe mais de 10 variedades de azeitonas em estudo, para poder diversificar a plantação e verificar cada variedade conforme o clima, as condições da terra, plantio consorciado com outras plantas, etc.

Demonstração da colheita manual da azeitona.


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Azeitonas e Azeite de Oliva nos Alpes da Mantiqueira O Município de Delfim Moreira vem se destacando na produção de azeitona e azeite e tem apresentado resultados promissores o que tem transformado o principal produtor de azeitonas do município de entusiasta em otimista. Foi em clima de quase euforia de tama nha felicidade que encontramos e conversamos com o Sr. Newton Kraemer Litwinski, Produtor de azeitona e proprietário da cervejaria Kraemerfass em Delfim Moreira, durante um encontro nos olivais da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, EPAMIG, em Maria da Fé, MG. O Sr. Newton Litwinsk nos disse que quando soube que a EPAMIG tinha um projeto na Fazenda Experimental em Maria da Fé sobre o cultivo da oliveira ele pensou em comprar uma fazenda que fosse adequada para o cultivo das oli veiras, isso aconteceu em 2008 e inicialmente pensou nos estados do sul, no estado de Santa Catarina, por ser nascido lá, achava que o clima seria mais apropriado. E saindo de Belo Horizonte, onde morava, passou pelo sul de Minas, pela Serra da Mantiqueira, dormiu em Camanducaia - MG e de manhã viu que o para-brisa do carro ficou com dois cm de gelo e foi então que resolveu estudar a região da Serra da Mantiqueira e acabou chegando até Maria da Fé – MG onde conheceu e conversou com o Sr. Nilton Caetano de Oliveira (presidente da EPAMIG) e em agosto de 2008 encontraram em Delfim Moreira as condições mais adequadas para a olivicultura, onde comprou a fazenda e iniciou

a plantação de oliveiras. Hoje ele tem 4.500 pés de oliveiras divididos em 22 Terroir (áreas com características para o plantio das oliveiras, um terreno que tem sol o dia todo em todas as estações do ano, inclinado, pedregoso, favorável para infiltração da água, com a face voltada para o norte, com ocorrência de geadas e com temperatura abaixo de 7°C em pelo menos 200 horas por ano, com chuvas bem distribuídas, com cerca de 1.200 mm/m² de chuvas por ano). “A minha plantação tem cerca de dois anos e meio e já tem uma produção anual entre 300 a 350 Kg de azeitonas com produtividade em torno de 15% de azeite (45 litros) e nem todos os pés produziram azeitona este ano” afirma com satisfação o Sr. Newton. “Esse número muda de ano para ano, a tendência das oliveiras é que quanto mais velha, mais óleo por quilo de azeitona vai produzir e com a qualidade cada dia melhor. E a tendência para o ano que vem (terceiro ano) é de estar produzindo em torno de uma tonelada de azeitonas e no sexto ano a produção prevista é de 100 toneladas e de 20% de azeite Extra Virgem de qualidade comparável aos melhores azeites do mundo”. Garante com ar professoral o Sr. Newton e vai além. “As oliveiras que estou plantando são orgânicas, as características do solo são ótimas, o clima é o ideal e a colheita será manual e terão cuidados especiais para que a azeitona não perca suas propriedades nutricionais benéficas para saúde, dentre elas os flavonóides que são antioxidantes naturais, um anti-cancerigeno, uma das grandes qualidades da azeitona para o ser humana é a presença destes flavonóides”. O sr. Newton explicou que no seu olival haverá o cuidado na colheita da azeitona para evitar a oxidação e preservar os flavonóides, coisa que não é feito em muitas plantações em Portugal, Italia e na Grécia que colhem um pouco de madrugada para manter o flavonóide, mas usa o sistema mecanico de chacalhar a arvore e os frutos caem em uma lona como é feito com o café. “Aqui, colhemos manualmente para não machucar o pé da planta e para não colher a azeitona que ainda não esteja completamente madura, pois existe um conceito de que para a azeitona pro-

duzir um azeite com ótima qualidade ela precisa es tar no ponto de amarelho para o roxo e não com pletamente roxo ou completamente amarela, 50% dela amadu recida para roxo. Isso só visualmente, depois ela vai para um caixa devidamente protegida contra o raio solar e em seguida para caixas de isopor para manter a temperatura ideal e em seguida, terminada a colheita, delas já são extraidas o azeite Extra Virgem”. Na experiência do Sr. Newton, o investimento necessário para iniciar no ramo da agricultura sustentável para produção de azeitona é muito grande, na casa de R$15.000,00 por hectares para o plantio, para a implantação do olival e um custo anual de R$7.000,00 a R$8.000,00 por hectare. “A plantação do olival é mais caro que a compra da terra”. O seu investimento foi de re cursos próprios e a sua idéia é de mais um investimento de aproximadamente R$500.000,00 para obtençao de um extrator de azeite. “Aqui em Delfim Moreira já existem novos produtores se estabelecendo, por influência do meu trabalho bem sucedido e que vem mostrando bom resultado. Como o Dr. Renato esta decidido a plantar em torno de 30.000 arvores ainda em 2012 aqui na Fazenda Alegria. Com isso, Delfim Moreira passará a ser o 4º municipio na produção de azeitona e vamos trabalhar para que seja ainda o 1º lugar no Brasil”. “É muito bom o mercado para as azeitonas orgãnicas cultivadas desta forma desenvolvida aqui em Delfim Moreira, onde já existe uma associação de produtores de organicos, uma azeitona produzida nestas condições, com este manejo, é um azeite que chegará ao mercado no valor de R$200,00 o litro, então se você produz 2.000 litros por hectares, com 400 plantas, terá uma renda de R$400.000,00 por ano, o que representa R$30.000,00 por mês por hectare plantado e em

plena produção” O sr. Newton se dispoe a repassar tecnologia e experiencia para aquele empreendedor que tenha interesse neste negócio nos contrafortes da Serra da Mantiqueira e declara que a sua luta é para que Delfim Moreira se torne o maior produtor de azeitona do Brasil. Podem entrar em contato com ele pelo Email: contato@kraemerfass. com.br. Finalizando a conversa, o sr. Newton advertiu que dos cerca de 600 hectares com o plantio de azeitona na região, apenas cerca de 100 hectares estão plantadas corretamente. “Tem é muito oba oba e aqui em Delfim Moreira já teve um projeto fracassado onde se produziu pouca azeitona porque foi totalmente errado, na altitude errada, nas faces erradas, eles achavam que as oliveiras precisam apenas de frio para se produzir mas onde não pega sol consequentemente se pega fungos e pragas, e produz menos. Concluindo, completou sua aula de olivicultura. Se plantado corretamente não tem nenhuma praga e ainda aumenta a produtividade, se os galhos das oliveiras forem amarrados para baixo no sentido de abrir a copa para receber a luz solar, na quantidade certa de três a quatro vezes por ano, e se for feito o plantio do amendoin forrageiro entre as oliveiras, que é uma legu minosa que pega o nitrogênio do ar e fixa no solo, assim nitrogena o solo dispensando o uso de adubos quimicos, assim ela produz muito mais e com boa qualidade na saúde das plantas e na qualidade do azeite e da azeitona.


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A árvore da saúde, da vida e da “eternidade” A oliveira, conhecida como a árvore da eternidade, pois pode viver até 700 anos e é cultivada desde os primórdios da civilização. Fenícios, Gregos e Romanos disseminaram o uso alimentar e medicinal de seu fruto, a azeitona, tendo aprendido com árabes e hebreus a técnica de extração do azeite. Mas foi necessário que mais de cinco mil anos se passassem até ser comprovado cientificamente que o azeite de oliva é a gordura mais saudável e um verdadeiro aliado da saúde. Ajuda a controlar o colesterol, tem vitamina E, que tem ação antioxidante e assim ajuda a prevenir doenças cardíacas e da circulação. Contém ainda flavonóides aos quais são atribuídos diversos efeitos bioló gicos que incluem, entre outros: ação anti-inflamatória, hormonal, anti-hemorrágica e antialérgica. Pesquisadores e consumidores têm demonstrado interesse nos compostos flavonóides pelo seu papel na prevenção do câncer e doenças cardiovasculares, suas

propriedades antioxidantes e por não aumentar os níveis do mau colesterol no sangue entre outros benefícios para a saúde. O consumo do óleo da oliveira, o Azeite de Oliva, em toda a região do Mar Mediterrâneo costuma ser associado à alta expectativa de vida dos seus moradores. Uma pesquisa feita no interior da Grécia, por exemplo, relaciona a média de 100 anos de vida das pessoas ao hábito de ingerir um cálice do azeite diariamente. Na verdade, o maior mérito do azeite de oliva é a predominância de até 83% de gordura monoinsaturada. O que faz a diferença entre os óleos vegetais que competem com o azeite de oliva - como os de soja, milho e canola que têm predominância de gordura poliinsaturada, que, em termos de efeitos à saúde, está numa posição intermediária, entre o azeite e outros óleos e gorduras animais que têm gorduras saturadas e prejudiciais à saúde.

Plínio Soares (Diretor da EPAMIG), João Saad (Rede Bandeirantes) e Adilson dos Santos (Prefeito de Maria da Fé)

Fique de olho para saber o que é bom Óleos, azeites e gorduras são quimicamente chamados de ácidos carboxílicos, ácidos graxos ou lipídios e uma boa forma de avaliar a quantidade destes em cada produto é verificar a sua consistência. Quanto mais líquido é prova de que contem os ácidos insaturados e se for sólido ou consistente é sinal da presença de gordura saturada. Assim o azeite de oliva e os chamados óleos vegetais são benéficos e as gorduras ou óleos que ficam endurecidos ou densos são os prejudiciais à saúde. Informa o médico da família, Dr. Tarcísio Almeida

Tarcísio Almeida (Editor do Alpes da Mantiqueira), João Saad (Presidente da Rede Bandeirante) e Nilton de Oliveira (Gerente da Epamig)

Como saber qual é o melhor azeite de oliva? O melhor azeite é o extra virgem por apresentar um grau de pureza maior e menor acidez, pois vem da primeira prensagem da azeitona. Recomendado para servi-lo cru, em saladas, queijos e pães. O Segundo na hierarquia é o azeite virgem, que é extraído da segunda ou terceira prensagem do fruto. Por isso, perde um pouco no sabor e quanto mais recente, mais saboroso é o azeite. As qualidades nutritivas, porém, são preservadas e recomenda-se guardar as embalagens em temperatura ambiente e constante, em locais de pouca luz, O azeite de oliva é o único azeite que é extraído de uma fruta, os

demais azeites são extraídos de um grão, uma semente ou noz. Há aqueles que acreditam que o azeite de oliva deveria ser catalogado como um “vinho de azeitonas”, no lugar de ser considerado um azeite e estar agrupado com os azeites procedentes de sementes. Estima-se que existam ao redor de 60 tipos de azeitonas e o sabor e as características são as mais variadas devido aos climas e região onde estão plantadas. As azeitonas devem ser recolhidas cuidadosamente à mão. As que caem das árvores são muito mais ácidas e o azeite sofre uma decomposição mais cedo.

Plínio Soares, diretor da Epamig, homenageando o Sr. Ítalo Mostarda pelo desenvolvimento da máquina de prensagem de azeitona em Maria da Fé

Definições Internacionais As definições abaixo foram adaptadas de países produtores de Azeite de Oliva no Acordo Internacional de Azeitonas e Derivados. azeite de oliva Virgemé o óleo obtido da fruta da árvore de oliva (Olea europaea) somente por processos mecânicos ou outros processos também físicos sob condições, particularmente térmicas, que não levam à alterações no óleo e a qual não sofreu processos diferentes de lavagem, decantação, centrifugação e filtração.

I - Azeite de Oliva Extra Virgem: Este tipo tem odor e sabor perfeitos e acidez máxima, em termos de ácido oleico, de 1g/100g - (1%). II - Azeite de Oliva Virgem Fino: Este tipo tem odor e sabor perfeitos, e acidez máxima, em termos de ácido oleico, de 2g/100g – (2%). III - Azeite de Oliva Virgem Semi-Fino (Virgem Normal): Este tipo tem bom sabor e odor, e acidez máxima, em termos de ácido oleico, de 3g / 100g – (3%), com 10% de margem de tolerância.

Ao centro, Ana Paula Torres Santos, secretária de Cultura e Turismo de Maria da Fé. Dedicada ao desenvolvimento do município e responsável pelo Festival gastronômico.


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Festival de Gastronômico de Maria da Fé - MG A produção de azeite também será destaque no 2º Festival Gastronômico de Maria da Fé, que será realizado entre os dias 5 e 8 de abril. A EPAMIG apresentará em seu estande pesquisas em olivicultura e produção associada de azeite de oliva. Também contará com a presença e a progr-a mação do projeto “Ciência Móvel da EPAMIG”. Na programação do festival inclui outros pratos preparados princi palmente com os dois principais produtos da região: batata e azeite. Terão ainda eventos musicais e exposição de arte e artesanato. Mais informações em: www.mariadafe.mg.gov.br ou pelo telefone: (35) 3662-1463.


HOMENAGENS

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ara homenagear todas as mulheres pelo transcorrer do dia 8 de março, dia internacional da mulher vamos destacar algumas experiências de vida na região da Serra da Mantiqueira no sul de Minas. Começamos por uma moradora de Marmelópolis que tem na sua história de vida uma vivencia de heroísmo e dedicação exclusiva para a família, e tem na lembrança um passado em que não havia estrada, nem serviço de saúde, nem tampouco boas condições de vida. Conta a Dona Chica que lutou muito para ajudar o marido, a família, os vizinhos e depois criar seus filhos e

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ainda ajuda a criar os netos. E vamos destacar o trabalho de uma mulher guerreira, que todos os dias encontramos no trecho da obra de asfaltamento da estrada entre Delfim Moreira e Marmelópolis, onde trabalha atualmente. Daniele é técnica de segurança no trabalho e mais um exemplo do alcance do trabalho das mulheres nos dias atuais. Tempo em que a mulher e o homem vêm aprendendo a conviver em profissões que antes eram exclusividade dos homens. A mulher moderna e empre endedora, que alem de cuidar da casa é uma, uma profissional da educação. Aqui representada pela

Aline Aparecida Marcondes Alves É Professora de Biologia e de uma família tradicional de Delfim Moreira-MG. É uma profissional da educação e empreendedora. Trabalha atualmente em seu próprio negócio na cidade de Delfim Moreira (Pousa da Solar da Mantiqueira). No mês da mulher ela teve o melhor presente da sua vida, o nascimento de sua filha Annelise Marcondes Alves Azevedo no dia 04 de março de 2012. Aline diz que ela divide o trabalho com o seu marido tanto na pousada quanto em casa, seja na administração de ambas ou cuidando dos clientes ou dos filhos. Afirma que a mulher não entrou no mercado de trabalho para competir com o homem e sim para ajudá-lo a complementar a ação e dividir a responsabilidade. Francisca Ribeiro de Oliveira Conhecida em Marmelópolis como Dona Chica, nasceu em março de 1925 em Delfim Moreira-MG. Sua mãe faleceu quando tinha sete anos, e a partir dai, ajudou a sua irmã mais velha a cuidar dos irmãos. Aos 18 anos conheceu seu marido o Sr. Noé, com quem viveu 67 anos. Toda sua vida foi voltada a servi-lo, era comida, roupa lavada e tudo feito com muito amor. Naquela época a mulher tinha um papel diferente na sociedade, era apenas dona de casa. Foram tempos difíceis e ela nunca estudou porque o papel da esposa era cuidar da casa e do marido. Juntos criaram uma família e ajudaram a construir uma cidade (Marmelópolis). Seu marido e outros cerca de 100 homens abriram a primeira estrada entre Marmelópolis e Delfim Moreira com enxadas, pás e picaretas, e ela cuidava de alimentar cerca de 30 trabalhadores por dia durante a construção da estrada. E morando em frente à igreja matriz da cidade, relata que todos os padres conheciam sua casa e principalmente o seu famoso bolinho de chuva. Ela sempre foi uma pessoa ativa e diz que “a mente que se abre para o conhecimento jamais volta, ela sempre vai expandir e nunca mais para no tempo”.

professora Aline Alves que divide seu tempo entre sua atividade de profissional, dona de casa e ad ministradora de uma pousada em Delfim Moreira. A mulher intelectual, estudio sa e dedicada na luta em prol da mudança de paradigma na saude da família. A Enfermeira Tatiana Bitencourt a responsável pela implantação e desenvolvimento do serviço de saúde de Marmelópolis. Para continuar o trabalho e a vida nesta região montanhosa com a natureza que a todos encanta, apresentamos a pequena Annelize, filha da professora Aline, que nasceu neste mês e que representará

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a mulher no futuro. Futuro em que talvez a convivência entre homens e mulheres se torne tão normal que não mais falaremos dos avanços na redução das diferenças e sim dos resultados obtidos com o trabalho conjunto de todos nós. A mulher tem muito a conquistar ainda, há que se lutar contra a desigualdade salarial, essa realidade injusta do ponto de vista trabalhista, que faz com que as mulheres ganhem muito menos que os homens para fazer o mesmo trabalho. Esta é uma conquista que depende de todos nós que lutamos pelo res peito aos direitos constitucionais e pela cidadania.

Daniela Carvalho de Souza É Técnica em Segurança do Trabalho e atualmente exerce a profissão na obra de asfaltamento da estrada, no trecho entre Marmelópolis e Delfim Moreira onde é responsável pela segurança de toda a equipe de trabalhadores, a grande maioria do sexo masculino. Daniela nos disse que nos últimos cinco anos, a mulher começou a ocupar este espaço no mercado de trabalho, e que anteriormente era ocupada mais pela população masculina. Relata que a atividade de Técnico de Segurança é rotulada como antipática e até hostil, mas ela prefere “trabalhar a cabeça” do trabalhador para que eles entendam que ela está ali para ajudar e não para prejudicar ou tomar o seu lugar. “O meu objetivo diário é de que os trabalhadores voltem para casa do jeito que saíram de manhã, com saúde e com sua integridade física preservada”. Tatiana Silva Bitencourt É de Marmelópolis, é Enfermei ra, tem especialização em Saúde da Família, MBA em administração de serviço de saúde e atualmente está fazendo mestrado em Alfenas. Foi a enfermeira responsável pela construção do PSF de Ma-r melópolis, atualmente casada com nosso colaborador Rodrigo Bitencourt. Com quem divide a responsabilidade do lar e da administração dos empreendimentos da família.


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