Anuário ARede de Inclusão Digital 2012/2013

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A floresta conectada Tecnologia aproxima comunidades isoladas na Amazônia, promove desenvolvimento local e valoriza identidade cultural

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por um médico, hoje vem se consolidando em uma proposta de desenvolvimento comunitário integrado que gera benefícios a cerca de 30 mil pessoas. Além da saúde, há programas na área de organização social, desenvolvimento territorial, ambiente e geração de renda, direitos das crianças e adolescentes; educação, cultura e comunicação. No campo da educação, cultura e comunicação, o projeto trabalha com uma rede de comunicação popular que existe há mais de dez anos e vem ganhando força com a chegada das tecnologias digitais e da internet. Antes, os principais meios de transmissão da Rede Mocoronga eram o rádio amador e os barcos de linha que levavam jornais comunitários e reportagens de rádio, de uma comunidade para outra. Em parceria com o Programa Telecentros BR, hoje a Rede Mocoronga tem 12 telecentros com

acesso à internet no meio da floresta, onde os jovens podem documentar e divulgar suas realidades e ter acesso a informações que podem ser úteis no seu desenvolvimento pessoal e de suas comunidades. Nos telecentros, que atendem cerca de 13 mil pessoas, acontecem cursos de informática básica e acesso livre de usuários à internet. Empreendedores locais usam as máquinas para divulgar seus trabalhos, como artesanatos, produtos da floresta e roteiros de ecoturismo. Professores e alunos fazem pesquisas e formação continuada. Desde 2010, por meio da parceria com a Vivo | Telefônica, um aporte tecnológico veio expandir essa experiência. Com a chegada de uma antena 3G a Belterra e outra a Suruacá, as comunidades receberam sinal de telefonia celular e internet 3G. É o Projeto Conexão Amazônica, que Fotos Divulgação

Terceiro Setor PROJETO SAÚDE & ALEGRIA; FUNDAÇÃO TELEFÔNICA | VIVO

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ocê conhece paneiro, tucupi, tipiti, taperebá, bacaba? Essas palavras representam apenas alguns dos muitos saberes e sabores que fazem parte do rico repertório cultural das comunidades tradicionais da Amazônia. Antes conhecidos apenas na vida cotidiana entre o rio e a floresta, agora também podem estar disponíveis para o mundo, em um vídeo feito com smartphone ou em um blog das comunidades ribeirinhas dos rios Tapajós, Amazonas e Arapiuns. Essas são as populações atendidas pelo Projeto Saúde & Alegria (PSA), nos municípios de Santarém, Juruti e Belterra, Oeste do Pará. O PSA é um organização não governamental que atua na Amazônia desde 1987. O que começou como um pequeno e ousado projeto de saúde, educação e prevenção em 16 localidades nunca antes visitadas

A proposta é intensificar a documentação e a difusão das expressões culturais amazônicas em rádios, jornais, blogs e núcleos de produção audiovisual.

4º Anuário ARede de Inclusão Digital


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