Anuário ARede de Inclusão Digital 2012/2013

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Programa de capacitação em informática ajuda jovens a otimizar suas produções rurais e melhorar suas perspectivas de sucesso Divulgação

Setor Privado FUNDAÇÃO ODEBRECHT ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO E FUNDAÇÃO ODEBRECHT

Ferramentas para semear o futuro

Nos cursos promovidos nas Casas Familiares, jovens agricultores são preparados para utilizar recursos de tecnologia nas atividades do campo.

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os 15 anos, Deiziane Gomes de Jesus já tem planos para o futuro. Quer ser médica. A jovem, que ainda está no 1º ano do ensino fundamental no Colégio Estadual João Cardoso dos Santos, em Valença (BA), também sabe de outra coisa: independentemente da profissão, entender de tecnologia hoje é mais do que essencial. Foi em busca desses conhecimentos que Deiziane procurou a Escola Tiro de Guerra, em seu município. “Eu já mexia em computador, mas não tinha tanta afinidade, só usava a internet. Agora sei fazer slide, planilha, sei o que é memória RAM”, conta, orgulhosa. Com o certificado nas mãos, a adolescente garante que não vai parar por aí: “O computador te deixa para trás a cada dia, então você tem sempre que estar aprendendo”. A Escola Tiro de Guerra, onde Deiziane estudou, é uma das parcei4º Anuário ARede de Inclusão Digital

ras do Programa de Inclusão Digital Caia na Rede, mantido pela Fundação Odebrecht. O projeto foi criado em 2005, inicialmente com a meta de melhorar a qualificação dos trabalhadores da construção civil da obra da Odebrecht PRA-1, plataforma fixa da Petrobras para exploração de petróleo no Recôncavo Baiano. Mas a proposta acabou sendo de interesse também dos moradores da comunidade e a iniciativa terminou por capacitar um total de 1,9 mil pessoas com um curso básico de informática. Foi assim que o Caia na Rede começou a se expandir aos demais canteiros de obra da corporação. Primeiro no Baixo Sul da Bahia, em função da dificuldade de acesso a tecnologias pelas famílias dessa região. Conhecida como Costa do Dendê, a área é predominantemente rural, abrangendo 11 municípios e 285 mil habitantes. Em 2008, surgiu uma nova unidade,

Eu aprendi que a gente nunca sabe demais, nunca sabe tudo. O conhecimento que eu tinha aumentou à medida que eu fui dividindo os conteúdos e recebendo informações novas dos próprios alunos. E a metodologia que a gente aplica aqui é uma coisa mais próxima, não é aquele negócio de passar tudo e o aluno só ouvir e repetir. Só tem agregado ao conhecimento que eu já tinha antes, não só conhecimento técnico, mas também de lidar com as pessoas da comunidade. Sou uma apaixonada de carteirinha por tudo isso. ROSANA COUTINHO 36 anos, monitora da instituição Construir Melhor.


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