Elicpse

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Eu estremeci, e Esme esfregou o meu ombro. Jasper olhou pra Carlisle. “Nenhum de nós reconheceu ele. Mas aqui”. Ele segurou uma coisa verde e amassada. Carlisle pegou dele e levou até o seu rosto. Eu vi, enquanto ele trocava de mãos, que era uma folha de samambaia partida. “Talvez você conheça o cheiro”. “Não”. Carlisle disse. “Não é familiar. Não é alguém que eu já tenha conhecido”. “Talvez nós estejamos olhando para isso da forma errada. Talvez seja uma coincidência...” Esme começou, mas parou quando viu as expressões incrédulas nos rostos dos outros. “Eu não estou dizendo que é uma coincidência que um estranho tenha escolhida a casa de Bella pra fazer uma visita ao acaso. Eu quis dizer que talvez alguém esteja só curioso. O nosso cheiro está nela inteira. Será que ele estava se perguntando o que havia nos levado lá?” “Porque ele não viria aqui, então? De ele estava curioso?” Emmett quis saber. “Você viria”, Esme disse com repentino sorriso de afeição. “O resto de nós não é tão direto. A nossa família é muito grande – ele ou ela pode ter estado assustado. Mas Charlie não foi ferido. Esse não precisa ser um inimigo”. Só curioso. Como James e Victoria haviam estado curiosos, no começo? O pensamento de Victoria me fez estremecer, apesar de que a única coisa da qual eles tinham certeza era de que não era ela. Não dessa vez. Ela manteria o padrão obsessivo dela. Esse era outra pessoa, um estranho. Eu estava lentamente me dando conta de que os vampiros eram muito mais participantes desse mundo do que eu havia pensado. Quantas vezes os humanos normais passavam por eles, completamente inconscientes? Quantas mortes, obviamente reportadas como crimes e acidentes, eram realmente devido à sede deles? Quão lotado seria esse novo mundo quando eu me juntasse a ele? O futuro sombrio mandou um frio pela minha espinha. Os Cullen ponderaram as palavras de Esme com várias expressões. Eu podia ver que Edward não havia aceitado a teoria, e que Carlisle queria muito aceitar. Alice torceu os lábios. “Eu não acho. O senso de horário foi perfeito demais... O visitante foi cuidadoso demais pra não estabelecer contato. Quase como se ele ou ela soubesse que eu podia ver...” “Ele podia ter outras razões pra não fazer contato”, Esme lembrou ela. “É realmente importante quem ele é?” eu perguntei. “Só a chance de que alguém estava procurando por mim... isso já não é razão suficiente? Nós não devíamos esperar até a formatura.” “Não, Bella”, Edward disse rapidamente. “Isso não é tão ruim. Se você realmente estiver em perigo, nós vamos saber”. “Pense em Charlie”, Carlisle me lembrou. “Pense em como iria machucá-lo se você desaparecesse”. “Eu estou pensando em Charlie! É com ele que eu estou preocupada! E se o meu convidado estivesse com sede ontem? Enquanto eu estiver ao lado de Charlie, ele é um alvo também. Se alguma coisa acontecesse com ele, isso seria minha culpa!” “Dificilmente, Bella”, Esme disse, alisando o meu cabelo de novo. “E nada vai acontecer com Charlie. Nós só teremos que ser mais cuidadosos”. “Mais cuidadosos?”, eu repeti sem acreditar. “Tudo vai ficar bem, Bella”, Alice prometeu; Edward apertou minha mão. Eu podia ver, olhando pra todos os seus lindos rostos um a um, que nada que eu pudesse dizer ia fazê-los mudar de idéia. A viagem pra casa foi silenciosa. Eu estava frustrada. Contra o meu melhor julgamento, eu ainda era humana. “Você não estará sozinha por um segundo”, Edward prometeu enquanto me levava pra casa de Charlie. “Sempre haverá alguém lá. Emmett, Alice, Jasper...”


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