Elicpse

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para a água azul. “E tudo isso não é suficiente pra fazer você voltar a morar com a sua mãe boba?” Eu bati a minha mãe dramaticamente na minha testa, e depois fingi estar torcendo os meus cabelos. “Você se acostuma com a umidade”, ela prometeu. “Você também pode se acostumar á chuva”, eu apontei. Ela me acotovelou de brincadeira e depois pegou a minha mãe enquanto caminhávamos de volta para o carro. Apesar das preocupações dela comigo, ela parecia feliz o suficiente. Contente. Ela ainda olhava para Phil com olhos abobalhados, e isso era reconfortante. Com certeza a vida dela era plena e satisfatória. Com certeza ela não sentia a minha falta tanto assim, mesmo agora... Os dedos gelados de Edward alisavam a minha bochecha. Eu olhei pra cima, piscando, voltando para o presente. Ele se inclinou e me deu um beijo na testa. “Você está em casa, Bela Adormecida. Hora de acordar”. Nós estávamos parados na frente da casa de Charlie. A luz da varanda estava acesa e a viatura estava parada na entrada de carros. Enquanto eu examinava a casa, eu vi a cortina se mexer na janela da sala de estar, jogando uma linha de luz amarela através da grama escura. Eu suspirei. É claro que Charlie estava esperando para reclamar. Edward deve ter pensado a mesma coisa, porque a expressão dele estava rígida e os olhos dele estavam remotos enquanto ele vinha abrir a porta pra mim. “Quão ruim?”, eu perguntei. “Charlie não vai ser difícil”, Edward prometeu, o nível de voz dele não continha humor. “Ele sentiu a sua falta”. Os meus olhos se estreitaram duvidosamente. Se esse era o caso, então porque Edward estava tenso como se para batalhar? A minha mala era pequena, mas ele insistiu em carrega-la até em casa. Charlie segurou a porta aberta para nós. “Bem vinda ao lar, guria!” Charlie gritou como se estivesse falando sério. “Como foi Jacksonville?” “Úmido. E com insetos”. “Então Renée não te convenceu a ir para a universidade da Flórida?” “Ela tentou. Mas eu prefiro beber água do que inalá-la”. Os olhos de Charlie se moveram sem vontade para Edward. “Você se divertiu?” “Sim”, Edward respondeu numa voz serena. “Renée foi muito hospitaleira”. “Isso é... hum, bom. Fico feliz que você se divertiram”. Charlie virou de costas pra Edward e me puxou em um abraço inexperado. “Impressionante”, eu suspirei no ouvido dele. Ele abafou um riso. “Eu realmente senti sua falta, Bells. A comida aqui é uma droga quando você não está”. “Eu vou cuidar disso”, eu disse enquanto ele me soltava. “Você poderia ligar para Jacob antes? Ele esteve me enchendo a casa cinco minutos desde as seis horas dessa manhã. Eu prometi que te faria ligar pra ele antes mesmo de desfazer as malas.” Eu não tive que olhar pra Edward pra saber que ele estava rígido demais, frio demais ao meu lado. Então esse era o motivo da tensão. “Jacob quer falar comigo?” “Muito, eu diria. Ele não quis me dizer sobre o que era – só disse que era importante”. Então o telefone tocou, barulhento e insistente. “É ele de novo, eu aposto o meu próximo salário”, Charlie murmurou. “Eu atendo”. Eu corri para a cozinha. Edward me seguiu enquanto Charlie desaparecia na sala de estar.


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