Elicpse

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"Eu não posso acreditar que estou caindo nessa. Quando eu penso em Charlie... e Renée! Você consegue imaginar o que Angela vai pensar? Ou Jessica? Ugh. Eu já posso ouvir a fofoca agora". Ele ergueu uma sobrancelha pra mim, e eu sabia porque. O que importava o que eles dissessem sobre mim quando eu estaria indo embora em breve pra nunca mais voltar? Será que realmente eu era tão sensível que eu não poderia agüentar umas semanas de olhares de lado e de ser motivo de perguntas? Talvez isso não me incomodasse tanto se eu não soubesse que eu estaria fofocando tão condescendentemente quanto eles se outra pessoa estivesse se casando nesse verão. Gah. Casada esse verão! Eu estremeci. E depois, talvez isso não me incomodasse tanto se eu não estremecesse só de pensar em casamento. Edward interrompeu as minhas irritações. "Não tem que ser uma grande produção. Eu não preciso de festa. Você não precisa dizer a ninguém e nem mudar nada. Nós vamos à Las Vegas - você pode usar jeans velhos e nós iremos à uma capela com uma janela drive-thru. " "Eu só quero que seja oficial - que você pertença a mim e a mais ninguém". "Isso não podia ser mais oficial do que já é", eu murmurei. Mas a descrição dele não soava tão mal. Só Alice ficaria desapontada. "Nós veremos isso" Ele sorriu complacentemente. "Eu suponho que você não queira o seu anel agora?" Eu tive que engolir antes de poder falar. "Você supôs corretamente". Ele riu da minha expressão. "Está bem. Eu vou colocá-lo no seu dedo em breve." Eu o encarei. "Você fala como se já tivesse um". "Eu tenho", ele disse, sem vergonha. "Pronto pra ser forçado em você ao menor sinal de fraqueza." "Você é inacreditável". "Você quer vê-lo?", ele perguntou. Seus olhos líquidos de topázio estavam brilhando de repente com excitação. "Não!", eu quase gritei, uma reação em reflexo. Eu me arrependi imediatamente. O rosto dele ficou um pouco abatido. "A não ser que você realmente queira me mostrar", eu emendei. Eu apertei os meus dentes pra evitar que o horror ilógico aparecesse. "Está tudo bem", ele levantou os ombros. "Eu posso esperar". Eu suspirei. "Me mostra a droga do anel, Edward". Ele balançou a cabeça. "Não". Eu estudei a expressão dele por um longo minuto. "Por favor?", eu pedi baixinho, experimentando essa minha nova arma recémdescoberta. Eu toquei o rosto dele levemente com as pontas dos meus dedos. "Por favor, eu posso vê-lo?" Os olhos dele se estreitaram. "Você é a criatura mais perigosa que eu já conhecí", ele murmurou. Mas ele se levantou e se moveu com uma graça inconsciente pra se ajoelhar perto do pequeno criado da cama. Ele estava de volta á sua cama em uma instante, se sentando ao meu lado com um braço nos meus ombros. Na sua outra mão havia uma caixinha preta. Ele a equilibrou no meu joelho esquerdo. "Vá em frente e olhe, então", ele disse bruscamente. Pegar a caixinha inofensiva foi mais difícil do que deveria ser, mas eu não queria magoá-lo de novo, então eu tentei evitar que as minhas mãos tremessem. A superfície era de um cetim preto macio. Eu o alisei com os dedos, hesitando. "Você não gastou muito dinheiro, gastou? Minta pra mim, se você gastou".


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