Elicpse

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surpresa, ele ficou com raiva de repente, furioso. Eu suportei o que quer que fosse que o humor dele queria dizer - ele era um bom lutador, mas não era páreo pra mim. O recém-nascido que eu havia chamado era uma fêmea, que havia acabado de completar um ano. O nome dela era Charlotte. Os sentimentos dele mudaram quando ela apareceu; eles o traíram. Ele gritou pra que ela corresse, e ele mesmo correu atrás dela. Eu podia ter perseguido eles, mas não persegui. Eu senti... aversão a destruí-lo. Maria ficou irritada comigo por isso. Cinco anos depois, Peter voltou pra me ver. Ele escolheu um bom dia pra aparecer. Ela estava confusa com o meu humor já deteriorado. Ela nunca sentia uma depressão momentânea, e eu me perguntei porque eu era diferente. Eu comecei a notar a diferença nas emoções dela quando ela estava perto de mim - as vezes ela ficava com medo... e com malícia. Eu estava me preparando pra destruir a minha única aliada, a semente da minha existência, quando Peter retornou. Peter me contou sobre sua nova vida com Charlotte, me contou sobre opções que eu nunca sonhei que tivesse." "Em cinco anos, eles nunca tiveram uma briga, apesar deles haverem conhecido muitos outros no norte. Outros que podiam co-existir sem viverem em um caos constante. Em uma conversa, ele convenceu. Eu estava pronto pra ir embora, e um pouco aliviado por não ter que matar Maria. Eu fui companheiro dela por tantos anos quantos Carlisle e Edward estiveram juntos, e mesmo assim, o laço entre nós nem de perto era tão forte quanto o deles. Quando você vive para a luta, para o sangue, os relacionamentos que você forma são tenazes e facilmente quebrados. Eu fui embora sem olhar pra trás. Eu viajei com Peter e Charlotte por alguns anos, tento uma sensação desse mundo novo, mas pacífico. Mas a depressão não foi embora. Eu não entendia o que havia de errado comigo, até que Peter começou a reparar que eu sempre ficava pior depois de caçar. Eu pensei nisso. Em tantos anos de matança e carnagem, eu havia perdido praticamente toda a minha humanidade. Eu era um inegavelmente um pesadelo, um monstro do tipo mais odiavel. Toda vez que eu encontrava outra vítima humana, eu sentia uma leve pontada de semelhança com aquela outra vida. Observando os olhos delas se abrirem impressionados com a minha beleza, eu me lembrava de Maria e as outras em minha cabeça, o que elas haviam parecido pra mim na última noite em que eu fui Jasper Withlock. Era mais forte pra mim - essa memória emprestada - do que era para os outros, porque eu podia sentir tudo o que a minha presa estava sentindo. E eu vivia as emoções deles enquanto os estava matando. Você já experimentou a forma como eu consigo manipular as emoções ao meu redor, Bella, mas eu me pergunto se você se já imaginou o quanto as emoções de uma sala me afetam. Eu vivo todos os dias em uma variação de emoções. Pelo primeiro século de minha vida, eu vivi num mundo de vingança sangrenta. Ódio era o meu companheiro constante. Isso se acalmou um pouco quando eu deixei Maria, mas eu ainda sentia o horror e o medo da minha presa". "Isso começou a ser demais. A depressão ficou pior, e eu me afastei de Peter e Charlotte. Mesmo civilizados como eles eram, eles não sentiam a mesma aversão que eu começava a sentir. Eles só queriam paz das lutas. Eu estava cansado de matar matar qualquer um, até meros humanos. E mesmo assim eu tinha que continuar matando. Que escolha eu tinha? Eu tentei matar com menos freqüência, mas aí eu ficava com muita sede e desistia. Depois de um século de gratificação instantânea, eu achava a auto-disciplina... desafiadora. Eu ainda não havia aperfeiçoado isso." Jasper estava perdido na história, assim como eu. Eu fiquei surpresa quando


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