Well

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MANHÃ DE DOMINGO. Olhando para as prateleiras de livros empoeiradas lembrei que é domingo. E como de praxe é dia de limpa-las. Pego o celular, os fones de ouvido e coloco pra tocar a primeira música e começo a limpar. Limpando um por um, começando pelas prateleiras da parte de cima, às vezes abrindo em uma página aleatória e lendo uma frase ou outra, assim lembrando toda a história do livro e de tudo que senti enquanto estava lendo. Às vezes afundando o nariz nas páginas e sentindo, mais uma vez o cheiro tão bom e todas as sensações boas de quando leio, e mais uma vez viajo para o mundo da imaginação. Terminando de limpar a primeira prateleira passo para a segunda, e o primeiro que pego é “O Pequeno Príncipe”, o primeiro que li na vida, sendo assim, é claro que tenho um apego especial por ele. Nem preciso abri-lo e ler uma frase aleatória, pois só de tocá-lo lembro de toda a história. Mas uma lembrança em especial me vem à mente: a primeira vez que o vi, lembro-me de ter imaginado uma história de um príncipe encantado como todos os outros, salvando sua princesa, e me surpreender com a leitura, assim como acontece quando julgamos alguém pela aparência. Lembrando-me desse fato começo a refletir sobre todas as vezes que leio “O Pequeno Príncipe” e sempre que faço isso tenho uma interpretação diferente, assim como acontece com as pessoas em diferentes estados da vida, sempre se adequando a sua realidade no momento. Com esse pensamento continuo a limpar, mas deixo “O Pequeno Príncipe” em cima da minha cama, para assim que terminar de organizar as prateleiras, começar a organizar os pensamentos em minha cabeça com a leitura desse livro que contém respostas para os que procuram e sabem devora-lo, não só com os olhos, mas principalmente com a alma. Aluna: Wellen Patrícia Reis.



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