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Cultura na rede
JUNHO / 2008 Informativo 009
G G E Geeerrrêêênnnccciiiaaa dddeee TTTeeecccnnnooolllooogggiiiaaasss E Eddduuucccaaaccciiiooonnnaaaiiisss eee IIInnnfffrrraaa---eeessstttrrruuutttuuurrraaa
Criação: Luiz Napoleão Vieira
Confira neste Informativo
As tecnologias que vão mudar a educação
Redes de relações e teia de conhecimento
Desafios aos alunos sobre o ambiente virtual de aprendizagem – MOODLE
Conhecimento coletivo: A interação no processo ensino-aprendizagem em rede
Revisão: Carlos Holbein
As tecnologias que vão mudar a educação - I A
matéria
publicada
site
deixando o produtor se preocupar
http://www.offline.com.br/Edicoes/1/ar
apenas com o conteúdo. A cus-
tigo74926-1.asp, que mostra o relató-
tomização das marcas tem possi-
rio de 2008, editado pelo NMC: The
bilitado a instituições ter sua pró-
New Media Consortium, com a parti-
pria presença dentro destas redes
cipação de Jean Paulo Jacob, traz as
e deve incendiar um crescimento
cinco
prometem
rápido entre organizações focadas
transformar a educação nos próximos
no aprendizado que querem que
anos. Vale conferir.
seu conteúdo esteja onde os es-
tecnologias
que
Vídeos em massa.
no
Virtualmente,
pectadores estão.
qualquer um pode capturar, editar e
Web colaborativa. A colaboração
compartilhar vídeos curtos, utilizando
não mais exige equipamentos
equipamentos baratos (como telefo-
caros e nem muita especialização.
nes celulares) e softwares gratuitos
As novas ferramentas para o tra-
ou de baixo custo. Os sites de com-
balho colaborativo são menores,
partilhamento de vídeo continuam a
flexíveis e grátis e não requerem
crescer em taxas prodigiosas na In-
instalação. Basta abrir os navega-
ternet; é muito comum encontrar cli-
dores para editar documentos em
pes noticiosos, tutoriais e vídeos in-
grupo, tomar parte em encontros
formativos, ao lado de musicais e
online, trocar dados e informações
produções caseiras de cunho pesso-
e colaborar de inúmeras formas,
al, que dominam o conteúdo desses
sem sair da cadeira. As interfaces
sites desde seu surgimento. O que
de programação aberta permitem
costumava ser difícil e caro, e fre-
aos usuários ajustar as ferramen-
qüentemente requisitava servidores e
tas às suas necessidades e então
redes de distribuição de conteúdos
partilhá-las.
especiais, agora se tornou algo que
Banda larga móvel. A cada ano,
qualquer um pode realizar por uma
mais de um bilhão de novos apa-
ninharia. Os serviços de hospedagem
relhos móveis são fabricados, o
oferecem
infra-
que significa um telefone para
estrutura, serviços de busca e mais,
cada seis habitantes do planeta.
decodificação,
Cultura na rede
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As Tecnologias que vão mudar a Educação - II Neste mercado, inovação está
outras ferramentas.
ocorrendo num ritmo sem pre-
dança conceitual promete profundas implicações para o mundo
cedentes. As capacidades es-
Em contrapartida, isto está abrindo as
acadêmico
tão aumentando rapidamente e
portas para centenas de junções de
maneiras como concebemos o
os preços estão se tornando
dados que irão transformar a maneira
mais acessíveis. De fato, os
como entendemos e representamos
celulares estão se tornando
as informações. Inteligência coletiva.
rapidamente a plataforma mais
O tipo de conhecimento e entendi-
acessível por estarem em rede
mento que brota de grandes grupos
e em movimento.
de pessoas é a inteligência coletiva.
Novos mostradores e interfaces
Nos próximos anos, veremos aplica-
tornam possível acessar por
ções educativas tanto para inteligên-
meio deles praticamente qual-
cia coletiva explícita - evidenciada em
quer conteúdo na Internet -
projetos como a Wikipedia e as tags
conteúdo que pode ser entre-
de comunidades -, como para inteli-
gue tanto por uma rede de
gência coletiva implícita, ou agrupa-
telefonia de banda larga, como
mentos de dados das atividades repe-
por uma rede local sem fio.
tidas por muita gente, incluindo os
Junção de dados ("data ma-
padrões de buscas, as localizações
shups"). Aplicações customi-
de celulares, fotografias digitais geo-
zadas onde combinações de
codificadas e outros dados obtidos
dados de diferentes fontes são
passivamente. As junções de dados
darão suporte a novas categorias
congregadas em uma única
irão trabalhar sobre essas informa-
de aplicações que tecem cone-
ferramenta - oferecem novas
ções para expandir nosso entendi-
xões implícitas e pistas que dei-
formas de olhar e interagir com
mento sobre nós mesmos e sobre o
xamos em todos os lugares, en-
coleções de dados. A disponi-
mundo mediado pela tecnologia em
bilidade de grandes quantida-
que vivemos.
des de dados (desde padrões
Sistemas operacionais sociais. Os
de busca ou ofertas de imóveis
ingredientes essenciais da próxima
ou tags de imagens do Flickr)
geração de redes sociais serão os
estão convergindo com o de-
sistemas operacionais sociais que
senvolvimento das interfaces
formarão a base da organização das
A íntegra do estudo está em
de programação abertas para
redes em torno de pessoas, mais do
www.nmc.org/pdf/2008-Horizon-
redes sociais, mapeamentos e
que de conteúdos. Esta simples mu-
Report.pdf (em inglês).
e
para
todas
as
conhecimento e a aprendizagem. Os sistemas operacionais sociais
quanto seguimos com nossas vidas e as usamos para organizar nosso trabalho e nosso pensamento em torno das pessoas que conhecemos.
Cultura na rede
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Redes de relações e teias de conhecimentos
O mundo mudou. Tornou-se mais
Cabe a educação, portanto: capacitar os
complexo e exigente. Para dar
indivíduos, não para acumular, mas para
conta dessas novas demandas, as
navegar no conhecimento, acessando-o à
pessoas se vêem obrigadas a lidar
medida que se torne necessário e faça
com conhecimentos e a dominar
sentido para suas vidas.
ferramentas cada vez mais sofisti-
Criar redes de aprendizagem que lhes
cadas. A escola não conseguiu
permita entrar em contato com novos e
acompanhar
transforma-
distintos conteúdos a toda hora e em todo
ções. A defasagem é perceptível e
essas
lugar. Promover a experimentação, a fim
se traduz principalmente na falta
de que vivenciem a descoberta do conhe-
de interesse e no despreparo dos
cimento, aguçando seus sentidos e ex-
alunos.
pandindo suas habilidades ao mesmo
Processos educacionais que se
tempo em que ampliam sua capacidade
predispuserem a entrar em sinto-
intelectual. Desenvolver a liberdade, au-
nia com a realidade contemporâ-
tonomia e responsabilidade, para que
nea precisam se estruturar com
saibam fazer escolhas, continuem apren-
base em novos parâmetros. A
dendo ao longo de toda a sua existência e
humanidade produz um volume
utilizem os conhecimentos adquiridos para
cada vez maior de informações
se realizar como pessoas, profissionais e
impossíveis
cidadãos.
de
serem
retidas,
mesmo porque estão em constante
Estamos falando de uma educação capaz
e rápida evolução. Filosofo francês
de promover a formação integral e prepa-
radicado no Canadá, Pierre Lévy
rar os indivíduos para serem agentes do
acredita que, com o advento das
seu próprio desenvolvimento e do desen-
novas tecnologias, o conhecimento
volvimento local. Um desafio que só se
deixa de ser matéria para se tornar
mostra capaz de ser alcançado se parti-
uma rede de vasos comunicantes
lhado pelo conjunto da população.
e interativos. Essa nova dinâmica reforça a importância de se aprender a “navegar” e não a “estocar”
ROSA MARIA TORRES
informações. A navegação como
site: http: //www.fronesis.org
processo de aprendizagem rompe a linearidade, favorece a atitude
Artigos, livros e textos
exploratória e lúdica e torna o
TORRES, Rosa Maria. Comunidade A-
conhecer uma aventura prazerosa,
prendizagem: a Educação em função do
marcada pela cooperação e pela
desenvolvimento local e da Aprendiza-
inteligência coletiva.
gem. Instituto Frenesis.
Cultura na rede
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Desafios aos alunos sobre o ambiente virtual de aprendizagem – MOODLE MOODLE poderá encontrar conteúdos de edição de textos postados
Isso gera insatisfação, desânimo e, às vezes, desistência do curso.
pelos professores/tutores, pelos cole-
Mas, por outro lado, as salas
gas e por ele mesmo. Nesse ambien-
de aula virtual facilitam a entrega
te há uma integração de um conjunto
de tarefas, a eliminação das dúvi-
de funções dos cursos à distância
das e a inclusão de alunos com
com o uso da internet, para serem
restrição a tempo e ou distância
desafiado pelos cursistas.
para as aulas presenciais embora,
Fazem parte deste módulo de ati-
seja um grande desafio para es-
vidades para uso dos alunos, exercí-
ses alunos encaixar nos seus
cios, glossário, chat, fórum, agenda,
afazeres, horários comuns para
O MOODLE é um software
calendário, vídeos, comunicação en-
interagir no chat em tempo real.
livre, gratuito e já traduzido
tre eles, com os tutores e professores
para português.
assistentes.
Graciele Silva Belolli Analista Técnica em Gestão Educacional
Outro aspecto a ser desafiado pelos cursistas é a dificuldade no
Nesse ambiente de apren-
O aluno ao participar do fórum de
envio de mensagens que por ve-
dizagem virtual, tem sua linha
debates confere o resultado do seu
zes não funciona como o espera-
sócio-construtivista,
da
aprendizado, possibilitando ao tutor
do, seja, pela configuração dife-
ênfase a aprendizagem colabo-
realizar a sua avaliação, além de
rente do seu computador ou pelo
rativa e a interação de outras
socializar os seus conhecimentos
ambiente virtual em manutenção.
ferramentas como: chat, fórum,
com os colegas, na sala de aula virtu-
Uma vez que esteja resolvido, o
mensagens, agendas, bibliote-
al.
cursista passa a ter o domínio das
que
ca, wiki, entre outras. Podendo
Esse tipo de avaliação, provavel-
ser disponibilizados nesse am-
mente, também incentiva os alunos a
Para finalizar, apontamos co-
biente vários formatos de do-
participarem do fórum, até mesmo
mo grande aspecto positivo a
cumentos,
aqueles que normalmente se omitem
motivação dos cursistas para a
dessa tarefa. No entanto, encontra
conclusão de suas monografias
Com a ferramenta de auto-
certa rejeição daqueles que se sen-
orientadas
ria disponibilizada no MOODLE
tem incomodados em expor, no fó-
virtual de aprendizagem.
o formador poderá criar seus
rum, suas opiniões para serem avali-
próprios conteúdos para pes-
adas pelo tutor.
planilhas,
anima-
ções, imagens e vídeos.
quisa dos cursistas.
O resultado dessa técnica avaliati-
O cursista do Ensino a Dis-
va pela participação nos fórum pela
tancia – EaD, no ambiente
internet nem sempre traz ao aluno o
virtual de aprendizagem
resultado almejado.
ferramentas.
por
este
ambiente
Cultura na rede
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Conhecimento coletivo: a interação no processo ensino-aprendizagem em rede - Parte I onde os valores e os conhecimentos
que possamos divulgá-lo no “Cultu-
passariam a ser acumulados coletiva-
ra na Rede”. Sempre é bom lembrar
mente e on-line. Desse modo, estaría-
que a autoria, a fonte para consulta,
mos criando a nossa própria identidade
será respeitada. Abraços.
de comunidade. Quanto ao surgimento do informativo “Cultura na Rede”, ele se deu a partir do projeto “Ilha meu encanto: um novo olhar sobre a Cultura Açoriana”. Este projeto foi desenvolvido por uma escola da rede pública estadual da
Luz Napoleão Vieira Especialista em Gestão da Informá-
Grande Florianópolis, com apoio da
tica na Educação
GETEI / SED e o NTE da Grande Flori-
Siony Silva
anópolis. O tema central se apóia na
Biomédica especialista em análise de
integração das tecnologias e a história
sistemas e mestre em educação
Olá, Siony!
açoriana, investigada e vivenciada por
Quero cumprimentá-la pela dis-
alunos e professores, com o objetivo de
sertação sobre “A interação no
dar visibilidade à cultura açoriana por
Olá, Luiz,
Processo Ensino-Aprendizagem
meio de um novo olhar, buscando a
A minha dissertação foi um estudo
em Rede: um estudo de caso",
valorização na comunidade escolar e
de caso de um curso a distancia, e
tema este muito interessante!
promovendo novos conceitos no pro-
a proposta foi à interação segundo
Gostaria de conhecer melhor,
cesso educativo. O processo de inclu-
a ótica sócio-interacionista de Vy-
principalmente no que se refere
são digital no Estado de Santa Catarina
gostky, cuja idéia central é a de que
à inclusão de ações integradas,
atende o que dispõe o Programa Na-
todos os processos psicológicos
já que este ambiente oferece
cional de Informática na Educação
aparecem primeiramente nas rela-
assuntos neste contexto.
(PROINFO), criado pela Portaria nº
ções sociais, processos intermen-
Sou integrante da equipe peda-
522, de 9 de abril de 1997, para promo-
tais ou processos interpsicológicos,
gógica da Gerência de Tecnolo-
ver o uso pedagógico das tecnologias
sendo regulados e controlados pela
gias
Infra-
de informação e comunicação na rede
interação com pessoas, que no
Estrutura, da Secretaria de Es-
pública de ensino fundamental e médio.
caso em estudo são as relações
tado da Educação de SC.
Na medida em que as escolas e Nú-
entre o professor e os colegas de
Além disso, coordeno o projeto
cleos de Tecnologias Educacionais se
turma.
que leva o nome de “Cultura na
envolvem no processo de uso das tec-
Neste processo, os recursos tecno-
Rede”.
nologias no ensino aprendizagem, há
lógicos e a linguagem são respecti-
- Por que Cultura na Rede?
necessidade de criar ambientes que
vamente instrumentos e símbolos
Por entender que é possível
propiciem a mediação e a socialização
presentes em um ambiente social,
contribuir para que ações pos-
de projetos e ações implementados em
que ao serem utilizados em um
sam ser desenvolvidas coletiva-
cada região. Forma-se, assim, uma
grupo, com a ajuda e orientação de
mente. Segundo Pierre Lévy, é
grande rede de conhecimento.
pessoas com maior conhecimento,
como
entrando
Por este motivo, solicito a divulgação
propiciam a criação de um ambien-
numa nova cultura colaborativa
de uma síntese de seu material para
te de aprendizado.
Educacionais
estivéssemos
e
Cultura na rede
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Conhecimento coletivo: A interação no Processo Ensino-Aprendizagem em Rede Parte II
Concordo com você sobre a
contemplativa, e principalmente em soft-
Na internet, poderíamos citar o Flickr
importância da inclusão digital,
wares sociais.
como exemplo, onde cada usuário
do conhecimento coletivo e da
Embora o site seja projetado por desig-
contribui publicando suas fotos, mas
importância
ners e desenvolvidos por programadores,
não há um diálogo ou uma negocia-
significado para o aluno.
entre outros, a autoria “final” 2 acaba não
ção entre os mesmos para decidir os
Temos que dar voz aos alunos.
sendo apenas dos que desenvolveram o
rumos do site.
Hoje precisamos ser glocal, ou
site, mas também de todos os usuários
seja, conhecimento global, sem
que inserem o conteúdo ou participam de
Cooperação
perder a nossa importância den-
outra forma.Embora sites como del.icio.us
Para Piaget, a cooperação é um tipo
tro da nossa comunidade.
e Flickr tenham todos os direitos autorais
de interação onde dois ou mais indi-
Parabéns pelo projeto!
reservados aos criadores (e provavelmen-
víduos estão relacionados de forma
No que eu puder colaborar, es-
te, agora também ao Yahoo), o conteúdo,
não-hierárquica, envolvendo a cor-
tou à disposição.
o principal elemento destes sites, é de-
respondência recíproca entre os indi-
Obs.: Este diálogo retrata exa-
senvolvido inteiramente pelos usuários, o
víduos, para chegar à um objetivo em
tamente uma postagem divulga-
que faz deles obras coletivas. Sem a
comum (a obra coletiva). É a intera-
da no
participação do usuário, o site é inútil.
ção mútua. Se a colaboração envolve
http://www.nahipermidia.com/blog/
Dentro deste contexto de obra coletiva,
a contribuição, a cooperação envolve
onde existem três formas de
existem duas formas do usuário participar:
o diálogo.
Conhecimento coletivo quanto à
a colaboração e a cooperação.
interação no processo ensino-
A colaboração pode ser definida como o
aprendizagem em rede. A intera-
tipo de interação no qual cada indivíduo
ção reativa, colaborativa e coo-
contribui com sua parte. Não acontece um
perativa.
diálogo entre os participantes para pensar
Luiz Napoleão Vieira e Syone Silva
O primeiro tipo é o mais conheci-
em conjunto a obra 3, mas uma contribui-
Fonte de pesquisa texto colaborativo
do, aquele no qual o usuário ape-
ção ou ajuda, como diz Vygotsky, para
http://www.nahipermidia.com/blog/
nas reage às opções que o site /
alcançar um resultado que não poderia
aplicativo apresenta ao mesmo. Os
ser alcançado individualmente.
outros dois envolvem o usuário em
Um exemplo fora da internet poderia ser o
criações coletivas. Obra coletiva é
livro Pega pra Kapput, de 1978, escrito
uma produção na qual a autoria é
pelos escritores Luiz Fernando Veríssimo,
atribuída a diversos participantes,
Josué Guimarães, Moacyr Scliar e pelo
ou seja, é uma obra realizada por
ilustrador Edgar Vasques. Cada autor
diversos autores.
escrevia um capítulo e enviava para o
Não é difícil enxergar esse concei-
seguinte para que ele escrevesse o pró-
to em qualquer site que o usuário
ximo capítulo.
do
conteúdo
ter
participe de forma não reativa ou
A interação em Rede Diálogos:
Cultura na rede
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A IMPORTÂNCIA DOS NÚCLEOS DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL Os Núcleos de Tecnologia Educa-
O MEC aprovou todos os projetos enca-
Sabe-se que muitos desses profissio-
cional – NTEs são locais dotados
minhados e reconheceu os novos NTEs,
nais que foram capacitados para
de infra-estrutura tecnológica que
suprindo-os com laboratórios de informá-
atuar nos NTEs não estão mais atu-
reúnem educadores e especialis-
tica e outros equipamentos .
ando e há carência de multiplicado-
tas em hardware e software, espe-
Investiu ainda em curso de Especialização
res.
cialmente capacitados pelo Pro-
em Tecnologias em Educação, em parce-
grama Nacional de Informática na
ria com o Governo do Estado e as univer-
De que adianta investir tanto em re-
Educação - PROINFO, para auxili-
sidades PUC - Rio e UFRGS.
cursos humanos se quando o indiví-
ar as escolas em todas as fases do
O curso de Especialização em Tecnologi-
duo está em pleno exercício de suas
processo
as em Educação formou novos profissio-
atividades é feita uma ruptura?
novas tecnologias no ensino e
nais
Professor-
Precisamos refletir sobre esse com-
aprendizagem.
Multiplicador com o objetivo de agir de
promisso assumido, pois se sabe que
O Programa Nacional de Informáti-
forma autônoma, crítica e criativa, ampli-
a mudança constante não é saudável
ca na Educação - PROINFO foi
ando o conceito de educação, mediada e
para o processo educacional.
criado pela Portaria nº522 de nove
integrada por tecnologias com a incorpo-
de abril de 1997 pelo Ministério da
ração de todos os meios tecnológicos
Educação, em parceria com os
cabíveis e a capacitação dos professores
governos estaduais e municipais,
para utilização destes meios.
com o objetivo de disseminar o uso
Deu ênfase ao uso pedagógico integrado
pedagógico das Tecnologias de
das seguintes mídias: informática, TV,
Informação e Comunicação - TIC,
vídeo, material impresso e rádio, tendo
como ferramenta de apoio ao
como características gerais o estímulo à
processo de ensino e aprendiza-
reflexão crítica, desenvolvimento de proje-
Distribuição dos NTEs nas Regionais
gem nas escolas públicas de edu-
tos pedagógicos, incentivo à multidiscipli-
do Estado de Santa Catarina
cação básica.
naridade, atuação colaborativa e coopera-
Até 2006 Santa Catarina contava
tiva privilegiando a autoria e co-autoria
Texto: Irene Cardoso Althof
com 12 NTEs estaduais e 2 muni-
nas produções da escola.
cipais e atendendo o princípio da
Com a formação desses Especialistas em
Professora Especialista em Tecnologia em Educação GETEI / SED
descentralização do governo do
Tecnologia Educacional, iniciou-se uma
estado foi instituído um NTE em
nova fase na educação em Santa Catari-
cada município sede das Secreta-
na, ou seja, a estruturação dos 31 NTEs
rias de Desenvolvimento Regional,
estaduais com novos “multiplicadores”.
por meio da Portaria 006 de 24 de
A capacitação desses multiplicadores foi
março de 2006, totalizando 31
um grande investimento tanto do governo
Núcleos de Tecnologia Educacio-
federal quanto estadual e os Secretários
nal.
de Educação assumiram o compromisso
de incorporação
das
para
atuar
como
de manter esses profissionais atuando nos NTEs.
Cultura na rede
Página 8
INTEGRADO - Parte I Em pronunciamento na televisão,
O ministro anunciou que, até 2010, todas
Em relação à formação, temos o
no dia 22/05/08, o ministro da
as escolas públicas urbanas terão cone-
Programa
Educação,
xão gratuita de banda larga à internet.
Continuada em Tecnologia Educacio-
disse que uma das missões mais
Sendo assim, para que a tecnologia não
nal – Proinfo Integrado. Esse Progra-
urgentes do MEC é alinhar o mo-
fique parada ou até mesmo desperdiçada
ma caracteriza-se como formação
delo educacional brasileiro à revo-
nas escolas, o Ministério da Educação já
continuada semipresencial, com três
lução digital. A forma encontrada
iniciou a capacitação de professores por
ações articuladas e integradas: Intro-
para atingir essa meta é o investi-
meio do ProInfo Integrado.
dução à Educação Digital (40h), Tec-
mento em infra-estrutura tecnoló-
A meta para 2008 é capacitar mais de 100
nologias na Educação – ensinando e
gica, que vai permitir aparelhar
mil professores em todo o país, em parce-
aprendendo com as TIC (100h) e a
com laboratórios de informática as
ria com os sistemas de ensino estaduais e
complementação local (40h);
escolas urbanas e rurais, capacitar
municipais. O MEC também está cuidan-
O objetivo do 1º Curso - Introdução à
os professores e oferecer conteú-
do dos conteúdos educacionais a serem
Educação Digital (40h) é contribuir
dos educacionais adequados.
oferecidos aos professores,
gestores,
para a inclusão digital de profissionais
Informou que, em 2007, o ministé-
diretores, coordenadores pedagógicos e
da educação, apoiando-os na reflexão
rio equipou as escolas de ensino
estudantes. Esses conteúdos serão colo-
sobre o impacto das transformações
médio públicas e que, em 2008,
cados num banco educacional para con-
provocadas pela evolução das mídias
estão em processo de compra 29
sulta e utilização dos educadores.
e da tecnologia na sociedade e no
mil laboratórios de informática para
Com a oferta de laboratórios de informáti-
desenvolvimento de habilidades a
as escolas do ensino fundamental.
ca para as escolas, conexão gratuita de
partir do uso de recursos tecnológicos
Mas, na sua avaliação, não basta
qualidade e com velocidade, formação
do computador para aprender a a-
ter laboratórios nas escolas, é
continuada aos professores para o bom
prender e dinamizar as práticas pes-
necessário que estejam conecta-
aproveitamento dos instrumentos da tec-
soais e pedagógicas.
dos à internet para produzir os
nologia e conteúdos pedagógicos, disse
Esse Curso é constituído de um Ca-
efeitos esperados no aprendizado
Fernando Haddad, o Ministério da Educa-
derno de Estudo e Práticas (Orienta-
de crianças e adolescentes. A
ção atende a uma das 40 metas do Plano
ções ao Cursista e Unidades de Estu-
conexão à internet possibilitará
de Desenvolvimento da Educação (PDE),
do e Prática), em versão impressa, e
usar todo o potencial dos laborató-
que completou um ano no dia 24/05/08.
CD ROM (com simulações, anima-
rios enquanto ferramentas peda-
O Programa Nacional de Tecnologia Edu-
ções, textos em PDF e vídeos);
gógicas capazes de tornar mais
cacional – Proinfo integra três dimensões:
eficientes os métodos de aprendi-
infra-estrutura
zagem.
continuada e produção de conteúdos
Fernando
Haddad,
digitais.
tecnológica,
formação
Nacional
de Formação
Cultura na rede
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INTEGRADO - Parte II A
estrutura
de
implementação
situações de ensino que focalizem
a-
constitui-se um grande desafio,
prendizagem dos alunos. Será organizado
considerando as nossas metas
em 04 Unidades de Estudo e Prática, terá
para até 2010. Mas, vale ressaltar
ainda um Guia do Formador e será ofer-
que este Curso tem duração de,
tado em Ambiente Virtual de Aprendiza-
aproximadamente, dois meses e
gem com apoio de material impresso.
meio e será implementado, consi-
Terá duração de aproximadamente quatro
derando a realidade local, de for-
meses e será organizado em encontros
ma
quinzenais, com a fase presencial de 04
semipresencial,
conforme
orientação no Guia do Formador
horas;
(4h semanais, sendo duas à dis-
Em relação às 40h finais, o MEC sugere
tância e duas presenciais e/ou 4h
que seja uma complementação local,
presenciais);
preferencialmente, que seja uma etapa do
Serão constituídas turmas com
curso que trate da inserção das TIC no
vinte professores e gestores esco-
Projeto Político Pedagógico – PPP.
lares e cada multiplicador poderá assumir até quatro turmas.
Sugerimos que as experiências vivencia-
Sobre o Curso Tecnologias na
das na(s) Formações sejam socializadas
Educação:
por meio de sites, blogs e informativos.
Ensinando e aprendendo com as TIC (100h), estamos em processo
Texto:
de produção, mas gostaria de informá-los que os objetivos deste
Simone Medeiros
Curso são: compreender o poten-
Ionice Lorenzoni
cial pedagógico de recursos das TIC no ensino e na aprendizagem
Organização:
em suas escolas; planejar estraté-
Dóris Regina França
gias de ensino e aprendizagem integrando recursos tecnológicos disponíveis e criando situações de aprendizagem que levem os alunos à construção de conhecimento, à criatividade, ao trabalho colaborativo e resultem efetivamente no desenvolvimento dos conhecimentos e habilidades esperados em cada série; e utilizar as TIC na prática pedagógica, promovendo
Cultura na rede
Página 10
PESQUISA E DIFUSÃO DE SOFTWARES EDUCACIONAIS - Parte V Olha, não é por nada não, mas o
No bojo daquela peleja, havia quem as-
conta da história do finlandês Linus
que choveu de mensagens sobre o
segurasse que o famigerado sistema
Torvalds, criador do kernel LINUX.
meu último texto no CULTURA NA
operacional Windows era, na verdade,
Mas isso já é outra história...
REDE não está no gibi. Que bele-
uma cópia disfarçada do ambiente Mac
O jeito é aguardar o próximo texto!
za, né?! Bem... mais ou menos. A
OS. De um lado, Bill Gates que garante
bem da verdade, devo confessar,
que pagou o justo valor pelo velho e bom
quase todos os e-mails eram re-
DOS e do outro lado a dupla Steve Jobs /
clamações quanto ao fato de eu
Stephen Wozniak, criadores do projeto
não ter escrito sequer uma linha
Macintosh.
sobre o LINUX. Calma aí, meus
Uma coisa é certa: a rivalidade entre
amigos. Um pouco mais de paci-
Steve Jobs e Bill Gates ficou eternizada
ência, porquanto eu custo a en-
e virou elemento cultural do setor. Aliás,
grenar o raciocínio, sabe como é?
essa disputa pode ser conferida no filme
Talvez seja coisa de velho. Afinal,
produzido pelo canal de TV a cabo TNT,
os meus 56 invernos já dão sinais
"Pirates of Silicon Valley", que aborda a
de cansaço... Fazer o quê?!
biografia deles e das suas empresas. Vale
No entanto, como um bom cearen-
a pena conferir.
se “cabra da peste”, não fugirei
Muito embora o grande público ouça mais
desse compromisso. Sendo assim,
histórias a cerca de Bill Gates e a
aqui vai o texto. Agora, se o artigo
magalômana Microsoft, contudo, Steve
sairá bom ou não, aí são outros
Jobs provou muito mais o seu valor. Isto
quinhentos! O que sei dizer é que
porque após um afastamento do cenário
percebo muita “frustração” envolvi-
da informática, ele retornou em grande
da nesse tema: WINDOWS x
estilo
LINUX. A meu ver, a turma do
comprou da Lucasfilm (daquele outro
LINUX não perdoa o “capitalismo
gênio, George Lucas, criador da saga do
selvagem” praticado pela Micro-
Guerra
soft, achando que sempre há abu-
descobrindo a galinha dos ovos de ouro)
sos nas ações do Tio Sam... ou
um estúdio de computação gráfica, a
melhor, Bill Gates. Céus, será
Pixar Studios. E numa feliz parceria com
realmente assim?! Tudo bem: em
a Disney, ele criou, produziu e lançou
parte procede, uma vez que a
vários
própria história da Microsoft é
sucesso, tais como ToyStory, Procurando
bastante nebulosa. Pudera! Quem
Nemo e o recente Ratatouille. Preciso
não se lembra da peleja judicial
dizer mais?
travada com a Apple, que se arras-
E o que o LINUX tem a ver com tudo isso,
tou por décadas e teve um final de
indagarão alguns. Calma aí, gente. Na
novela mexicana? Melancólico!
verdade, tudo isso me veio à cabeça por
e
competência.
nas
filmes
Estrelas
em
Simplesmente,
e
animação
acabou
3D
de
Prof. Carlos Holbein Analista Técnico em Gestão Educacional DIEB / SED carlosmenezes@sed.sc.gov.br www.poltronaespecial.pro.br
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