Anticonvulsivantes (carbamazepina e acido valproico) Muitas vezes os médicos generalistas sentem-se mais seguros utilizando anticonvulsivantes como estabilizadores de humor, pois são medicações a que estão mais habituados a manejar. Também nesses casos é preconizado o monitoramento sérico, mas não há riscos graves de intoxicação como no lítio. Os principais efeitos a serem monitorados por exames complementares envolvem alterações hepáticas e hematológicas. As doses preconizadas são de 400 a 800 mg/dia de carbamazepina e 900 a 1.200 mg de ácido valproico.
3.5.2.4 Antipsicóticos
CAPÍTULO 3 – Intervenções em saúde mental na atenção primária
Outros efeitos colaterais a longo prazo incluem lesão de tireoide e renal, cuja função deve ser regularmente monitorada durante o tratamento. O uso de lítio associado a diuréticos e antiinflamatórios também requer um monitoramento especial.
A utilização dos antipsicóticos por médicos de família abarca transtornos mentais graves e transtornos mentais orgânicos, como os quadros demenciais. Medicar transtornos mentais graves requer o trabalho integrado com um psiquiatra, embora este seja, por sua gravidade, um dos casos em que o médico generalista poderá iniciar a medicação em uma situação aguda, de crise, até que haja um atendimento especializado. O importante papel que a atenção primária desempenha no acompanhamento e manutenção do tratamento desses pacientes requer dos generalistas um nível mínimo de conhecimento sobre essas drogas. Entre as medicações mais importantes destacam-se haloperidol, clorpromazina e risperidona, a seguir comentadas.
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