Guia Prático de Matriciamento em Saúde Mental

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É fundamental que o matriciador “vista a pele” do cuidador da equipe, com equidade, não se deixando envolver nas tramas das interações pessoais. Como o matriciamento pode apoiar essas equipes sem que as intervenções se transformem em ações psicoterápicas? Dois pontos são fundamentais para essas ações serem estruturadas dessa forma: o objetivo e a técnica.

CAPÍTULO 5 – Desafios para a prática do matriciamento

não está diretamente trabalhando ou apoiando o grupo. Também pressupõe a pactuação de regras no grupo definindo, na medida do possível, como um espaço protegido das decisões gerenciais diretas e disciplinares ao trabalhador.

Objetivo Segundo a concepção de Pichon-Riviére (1982), mais bem definido como a “tarefa” deve ser a estruturação dessa equipe para que suas “tarefas” possam ser desenvolvidas. Ou seja, trabalhar todos os conflitos e dificuldades, reforçando os aspectos positivos do funcionamento daquele grupo nas suas atividades e interações no cotidiano do trabalho. Técnica Técnicas grupais diversas podem ser utilizadas nesse processo. As primeiras experiências nessa área foram com Balint (2005), cujo foco eram as dificuldades dos profissionais com a abordagem aos problemas emocionais de seus pacientes. Esse trabalho ainda é essencial e muitas vezes é o foco trazido pelos profissionais às reuniões de equipes. Mas atualmente estão sendo utilizadas as técnicas de grupos operativos de Pichon-Riviere (1982) e a produção sobre grupos de reflexão existentes na literatura. Também tem sido aplicada a técnica da terapia comunitária como forma de apoio às equipes da ESF (BARRETO, 2005). 189


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