Caso 17 – Joana e João Joana vai ao posto do ESF com seu filho João, de 4 meses, porque ele está com prisão de ventre. Na consulta com a enfermagem, observou-se que a criança está “molinha demais” e ainda não se vira sozinha. A enfermeira posteriormente conversa com a fisioterapeuta e elas fazem uma interconsulta numa visita domiciliar. Fica constatado o atraso no desenvolvimento psicomotor e a fisioterapeuta orienta Joana sobre como estimular o filho. A enfermeira vai acompanhar e depois, se necessário, farão outra interconsulta para avaliar a necessidade de estimulação precoce.
Os profissionais da ESF estão mais próximos das famílias na comunidade, tendo elementos da história e de vínculos muito importantes para abordagem do transtorno e seu diagnóstico precoce. Dessa forma, os profissionais da atenção primária devem ficar atentos aos “problemas” em saúde mental da criança e do adolescente para que o matriciamento possa ajudá-los a entender e manejar a situação.
CAPÍTULO 4 – Situações comuns da saúde mental na atenção primária
e/ou fonoaudiólogo. Se necessário, a família deve ser orientada e/ou a criança deve ser encaminhada para um serviço de estimulação precoce.
No manejo das situações-problema da infância e da adolescência, é preciso ter em mente que: ♦quanto ♦ mais precoce o diagnóstico, mais rapidamente iniciaremos o tratamento e as orientações à família, o que facilita a resposta da criança ou adolescente. ♦a ♦ abordagem à situação da criança ou adolescente deve ser de uma forma ampliada e sistêmica: abertura para ouvir muitas pessoas (família, escola, instituições cuidadoras). Qual é o território dessa criança ou adolescente? 143