Monografia - Instituição de Tratamento para Pessoas com Doenças Ps

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UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES

LUANA MITYE YAMASAKI

INSTITUIÇÃO DE TRATAMENTO PARA PESSOAS COM DOENÇAS

PSICOSSOCIAIS

A influência da arquitetura no tratamento da depressão e ansiedade

Mogi das Cruzes/ São Paulo
2022

UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES

LUANA MITYE YAMASAKI

INSTITUIÇÃO DE TRATAMENTO PARA PESSOAS COM DOENÇAS

PSICOSSOCIAIS

Trabalho de conclusão de curso apresentado a disciplina de arquitetura e urbanismo na Universidade de Mogi das Cruzes em São Paulo como parte dos requisitos para obtenção do certificado de conclusão

Prof. Orientador(a): Paulo Sergio

Pinhal

Mogi das Cruzes/ São Paulo

2022

LUANA MITYE YAMASAKI

INSTITUIÇÃO DE TRATAMENTO PARA PESSOAS COM DOENÇAS

PSICOSSOCIAIS

Aprovado em

Trabalho de conclusão de curso apresentado a disciplina de arquitetura e urbanismo na Universidade de Mogi das Cruzes em São Paulo como parte dos requisitos para obtenção do certificado de conclusão

BANCA EXAMINADORA

Paulo Sergio Pinhal – Orientador

Universidade de Mogi das Cruzes

Convidado(a)

Universidade de Mogi das Cruzes – Convidado(a)

Universidade de Mogi das Cruzes

AGRADECIMENTO

Agradeço primeiramente a Deus por me dar a capacidade e sabedoria de chegar até aqui. Aos meus pais Kelly e Sergio, minha irmã Nicoly e ao meu namorado Leonardo, por acreditar em meu potencial e me incentivar a passar por essa fase tão importante. Agradeço aos meus professores que sempre estiveram dispostos a me orientar e que contribuíram para o meu aprendizado ao longo dessa jornada.

RESUMO

O propósito deste trabalho foi a preocupação com os espaços destinados a pessoas com transtornos psicossociais, estesqueem suamaioria acabam sendolocais precários,insuficientes que atendam a grande parte da população, ocasionando a falta de suporte e atenção aos pacientes. A concepção do projeto visa compreender questões da evolução histórica, contexto atual, possíveis sintomas e o diagnóstico das doenças psicossociais direcionada a depressão e a ansiedade, com o intuito de demonstrar que a arquitetura pode influenciar na metodologia de tratamento de forma positiva, devido ao desenvolvimento de espaços adequados para a aplicação de atividades individuais, coletivas e o acompanhamento médico, obtendo uma interação social entre os pacientes, ocasionando sua inclusão na sociedade de forma saudável e segura, inerte de risco. Em busca de aprimorar as formas dos tratamentos alternativos, o terreno selecionado para o desenvolvimento do projeto é amplo e possui uma vasta área verde que irá se mesclar com o interior do edifício. A nova instituição irá oferecer aulas recreativas, terapias e atendimento médico em horários alternados para que seja possível atender à necessidade de cada paciente. Por fim, os espaços a serem projetados tem o intuito de solucionar questões ligadas diretamente a saúde e oferecer aos usuários, conforto, qualidade e bem-estar.

Palavras-chave: Projeto arquitetônico, doenças psicossociais, depressão e ansiedade.

ABSTRACT

The purpose of this work was the concern with spaces for people with psychosocial disorders, which mostly end up being precarious, insufficient places that serve a large part of the population, causing a lack of support and attention to patients. The design of the project aims to understand issues of historical evolution, current context, possible symptoms and the diagnosis of psychosocial diseases directed to depression and anxiety, in order to demonstrate that architecture can influence the treatment methodology in a positive way, due to the development of adequate spaces for the application of individual and collective activities and medical follow-up, achieving social interaction between patients, causing their inclusion in society in a healthy and safe way, inert to risk. Seeking to improve the forms of alternative treatments, the land selected for the development of the project is wide and has a vast green area that will merge with the interior of the building. The new institution will offer recreational classes, therapies and medical care at alternate times so that it is possible to meet the needs of each patient. Finally, the spaces to be designed are intended to solve issues directly related to health and offer users comfort, quality and well-being.

Keywords: Architectural design, psychosocial illnesses, depression and anxiety.

Figura 1 - Fachada do Centro de Reabilitação Psicossocial. 37 Figura 2 - Jardim do Centro de Reabilitação Psicossocial. 38 Figura 3 - Estudo dos ambientes do Centro de Reabilitação Psicossocial. .............................38 Figura 4 - Implantação do Centro de Reabilitação Psicossocial. ............................................39 Figura 5 - Fachada do Aigai SPA. 40 Figura 6 - Planta do subsolo de Aigai SPA. 40 Figura 7 - Planta do pavimento térreo do Aigai SPA..............................................................41 Figura 8 - Planta do pavimento superior do Aigai SPA..........................................................41 Figura 9 - Fachada da CASA VERDE. 43 Figura 10 - Fachada da CASA VERDE. 43 Figura 11 - Planta do pavimento térreo da CASA VERDE. ...................................................44 Figura 12 - Planta do 1° pavimento da Casa Verde.................................................................44 Figura 13 - Setorização da Casa Verde. ..................................................................................45 Figura 14 - Fachada posterior da CASA VERDE. 45 Figura 15 - Vista do pátio do edifício. 46 Figura 16 - Planta do pavimento térreo edifício......................................................................46 Figura 17 - Planta do 1° pavimento edifício............................................................................47 Figura 18 - Vista interna do edifício........................................................................................47 Figura 19 - Vista aérea do ambulatório San Lázaro. 48 Figura 20 - Vista do 1° pavimento para o jardim externo de San Lázaro. 49 Figura 21 - Planta do pavimento térreo de San Lázaro. ..........................................................49 Figura 22 - Planta do 1° pavimento de San Lázaro.................................................................50 Figura 23 - Planta do 2° pavimento de San Lázaro. 50
LISTA DE FIGURAS
Figura 24 - Distribuição das Redes Regionais de Atenção à Saúde São Paulo.......................52 Figura 25 - Região Metropolitana de São Paulo......................................................................53 Figura 26 - Equipamentos de saúde psicossocial existentes na região Metropolitana de São Paulo. 53 Figura 27 - Região do Alto Tietê. 54 Figura 28 - Região de Mogi das Cruzes..................................................................................55 Figura 29 - Disposição dos principais equipamentos de tratamento a doenças psicossociais.56 Figura 30 - Lote selecionado para estudo. 57 Figura 31 - Lote em 2015. 57 Figura 32 - Levantamento de equipamentos próximo ao lote.................................................58 Figura 33 - Levantamento de equipamentos próximo ao lote.................................................59 Figura 34 - Equipamentos existentes no entorno do terreno de estudo...................................59 Figura 35 - Gabaritos de altura das construções. 60 Figura 36 - Fluxo viário e acessos...........................................................................................61 Figura 37 - Vista aérea do lote.................................................................................................62 Figura 38 - Vista frontal do lote (frente com a Av. Francisco Rodrigues Filho). ...................62 Figura 39 - Vista lateral do lote (frente com a Av. Yoshiteru Onishi). 62 Figura 40 - Estudo planialmétrico. 63 Figura 41 - Lei do zoneamento................................................................................................64 Figura 42 - Estudo de insolação. .............................................................................................66 Figura 43 - Análise de impacto................................................................................................68 Figura 44 - Croqui da implantação 74 Figura 45 - Organograma. 76 Figura 46 – Fluxograma. .........................................................................................................76 Figura 47 - Volumetria............................................................................................................77
Figura 48 - Setorização............................................................................................................78 Figura 49 - Zoneamento e iluminação natural.........................................................................78
Tabela 1 - Conclusão dos estudos de caso. 51 Tabela 2 - Dados significativos das doenças psicossociais na região Metropolitana de São Paulo. 53 Tabela 3 - Parâmetros Técnicos e Permissão de Uso e segundo o Zoneamento Municipal. 65 Tabela 4 - Cálculo de coeficiente de aproveitamento exigido e obtido para o desenvolvimento de projeto..................................................................................................................................65 Tabela 5 - Radiação solar diária...............................................................................................66 Tabela 6 - Avaliação acústica local. 67 Tabela 7 - Cálculo de ruído. 67 Tabela 8 - Isolantes de ruído. ...................................................................................................67 Tabela 9 - Perfil dos usuários...................................................................................................69 Tabela 10 - Programa de necessidades. 71 Tabela 11 - Carga horária de cada profissional. 73
LISTA DE TABELAS

LISTA DE ABREVIATURAS

OMS - Organização Mundial de Saúde

TDPM - Transtorno Disfórico Pré-menstrual

ABRATA - Amigos e Portadores de transtornos afetivos

TPM – Tensão Pré-Menstrual

ETC - Técnica de eletrochoque

RRAS - Redes Regionais de Atenção à Saúde

RAPS - Redes de Atenção Psicossociais

CAPS - Centro de Apoio Psicossocial

LOUOS - Lei de Ordenamento de Uso e Ocupação do Solo

COE - Código de Obras e Edificações

ZDU - Zona de Dinamização Urbana

SUMÁRIO INTRODUÇÃO 14 1. A EVOLUÇÃO DA DOENÇAS MENTAIS.......................................................................16 2. O QUE SÃO DOENÇAS PSICOSSOCIAIS 18 2.1 Depressão .......................................................................................................................19 2.1.1 Depressão Bipolar 19 2.1.2 Transtorno Depressivo Persistente..........................................................................20 2.1.3 Transtorno Disfórico Pré-menstrual 20 2.1.4 Transtorno Afetivo Sazonal 21 2.1.5 Depressão Psicótica.................................................................................................21 2.1.6 Depressão Pós-parto 22 2.2 Ansiedade.......................................................................................................................23 2.2.1 Fobia 23 2.2.2 Transtorno obsessivo compulsivo (TOC)................................................................24 2.2.3 Ataques de pânico 25 2.2.4 Estresse pós-traumático...........................................................................................25 2.2.5 Transtorno de Ansiedade Generalizada 26 2.3 Contexto Atual....................................................................................................................27 2.4 Tratamentos Alternativos 28 2.4.1 Yoga ........................................................................................................................28 2.4.2 Reiki 28 2.4.3 Acupuntura..............................................................................................................28 2.4.4 Nutrição holística 28 2.4.5 Massagem com terapia ............................................................................................29 2.5 Tratamentos Comuns 30 2.5.1 Medicamentos..........................................................................................................30
2.5.2 Psicoterapia..............................................................................................................30 2.5.3 Psicólogo 30 2.5.4 Eletrochoque............................................................................................................31 3. LEGISLAÇÃO 32 3.1 Código de Obras.............................................................................................................32 3.2 Lei de Ordenamento do Uso e Ocupação do Solo..........................................................35 3.3 Ministério da Saúde 35 3.4 Código Sanitário.............................................................................................................36 4. ESTUDO DE CASO 37 4.1 Centro de Reabilitação Psicossocial...............................................................................37 4.2 Aigai SPA 40 4.3 Centro de Tratamento para Saúde Mental de Jovens Mulheres .....................................43 4.4 Hospital de Psiquiatria Infantil 46 4.5 Ambulatório de Saúde Mental San Lázaro.....................................................................48 4.6 Conclusão de estudo de caso 51 5. MACRO ANÁLISE .............................................................................................................52 6. LOCAL DE INTERVENÇÃO 56 6.1 Morfologia Urbana.........................................................................................................57 6.2 Levantamento de imagens 62 6.3 Topografia ......................................................................................................................63 6.4 Uso e ocupação do solo 64 6.5 Iluminação......................................................................................................................66 6.6 Acústica 67 6.7 Impacto na vizinhança....................................................................................................68 7. USUÁRIOS 69 8. PROGRAMA DE NECESSIDADE 71 9. FUNCIONAMENTO ...........................................................................................................73
10. PROPOSTA PROJETUAL................................................................................................74 10.1 Conceito 74 10.2 Partido arquitetônico ....................................................................................................75 10.3 Organograma e fluxograma 76 10.4 Volumetria....................................................................................................................77 10.5 Acessos e usos..............................................................................................................77 10.6 Setorização 78 11. CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................................79 12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 80 ANEXOS..................................................................................................................................87

INTRODUÇÃO

O presente trabalho irá apresentar como proposta de um projeto arquitetônico uma instituição de tratamento para pessoas com doenças psicossociais no município de Mogi das Cruzes, tendo como principal foco a depressão e a ansiedade. O projeto a ser desenvolvido da ênfase ao devido tratamento e orientação dos pacientes com transtorno psicossocial Com o propósito de apresentar uma temática de tratamento para as pessoas com doenças psicossociais, o trabalho foi organizado em oito capítulos, na seguinte ordem: introdução, histórico, funcionamento, legislação, estudo de caso, localização, proposta projetual e considerações finais.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), até mesmo antes da pandemia do Covid-19, que se iniciou em abril de 2020, já existia muitos casos de depressão e ansiedade no Brasil, porém com o agravamento da situação as estatísticas aumentaram e o número de casos aumentou em 90%. O cotidiano individual acabou adoecendo a população gerando um maior consumo de álcool, drogas, consumo excessivo de alimentos não saudáveis, entre outros. A pandemia gerou impactos, impactos que merecem nossa atenção para que essa porcentagem de pessoas com pensamentos ruins venha a diminuir, evitando que se torne algo pior como o suicídio. As doenças de ordem psicológicas são muitas vezes ocasionadas devido a um aumento gradativodeestresse. A Organização Mundial de Saúde(OMS) citaqueum bom estadomental, físico e social define o que é saúde e que a ausência de algum aspecto está associada a falta do bem-estar. Por este motivo, foram realizados diversos estudos para compreender quais são os equipamentos existentes relacionados ao tema que atendem a região do alto tietê, análise regional enfatizando a acessibilidade, o avanço da doença psicossocial em meio a pandemia do Covid-19, etc. Por ser uma doença silenciosa, muitos ainda não possuem conhecimento da sua periculosidade e acabam sendo preconceituosos com os portadores dessas deficiências, que por fim, acaba agravando ainda mais o estado clínico do paciente

Os cinco estudos de casos selecionados para o desenvolvimento da pesquisa abrangem todo o contexto do tratamento até a formulação do ambiente onde seja possível a inter-relação social entre as pessoas com um certo tipo de transtorno psicossocial. Além de proporcionar um referencial arquitetônico dos projetos, tanto interno quanto externo, sendo possível compreender o espaço, fluxograma e organograma.

Foi utilizado como processo na coleta de dados para a formulação deste trabalho, artigos, teses, documentos oficiais, notícias e vídeos aulas. Além da execução e análise de

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Psicossociais
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alguns aspectos coletados em pesquisa de instituições de tipologia semelhante ao tema da presente monografia que proporcionou maior conhecimento com relação a sua origem, possíveis tratamentos e os espaços estudados ao longo do desenvolvimento projetual da instituição.

Por fim, este trabalho tem por objetivo conscientizar a população e refletir sobre a falta de atenção e o avanço preocupante dessa doença durante a pandemia, enfatizar a importância que o tratamento, incluindo a interação social tem grande relevância na qualidade de vida dos cidadãos. Por isso, a elaboração deste trabalho busca a partir do projeto arquitetônico contribuir para a identificação do panorama geral dos níveis das diferentes patologias do transtorno de depressão e ansiedade, promover a inclusão dos pacientes em meio a sociedade de forma saudável, identificar por análise territorial a melhor localização para a implantação da instituição, desenvolver ambientes funcionais e agradáveis, demonstrar o quanto a natureza pode influenciar, contribuindo no tratamento e bem estar dos usuários.

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para Pessoas com Doenças

1. A EVOLUÇÃO DA DOENÇAS MENTAIS

Na história, muitos deficientes mentais foram descriminados de maneira injusta devido a suas diferenças, na forma de pensar e agir em meio a sociedade, sendo excluídos e considerados incapazes. Na antiguidade eram caracterizadas por possuírem espíritos demoníacos, serem defeituosa, que por fim, eram condenadas à morte. No período Neolítico e Mesopotâmico em 8000 a.C, onde por questões da falta de conhecimento as pessoas com algum tipo de transtorno eram consideradas precitos aos olhos da sociedade. Eram tratados de formas diferentes e até punidos simplesmente pela sua deficiência desconhecida. De acordo com algumas descobertas antropológicas em 5000 a.C. A população acreditava que se fosse realizado o procedimento de perfuração no crânio de pessoas com transtorno psicossocial, libertaria o seu corpo do espírito maligno que o possuía, sendo um procedimento consideravelmente fatal. Além das cirurgias, eram realizados diversos rituais, como exorcismo, orações, encantamento, entre outros.

Já os egípcios (3100 a.C) acreditavam que as doenças de forma geral eram enviadas pelos deuses como um castigo, porém que dependendo do seu grau seria curável. Quando se era reconhecido com algum tipo de transtorno psicossocial a cura para este seria a interação social com músicas, danças, pinturas, para que se tornasse algo “normal” em vista da população Escondidos sob pirâmides, os egípcios possuíam um abundante conhecimento científico e cultural, que costumava a surpreender.

“A medicina no Egito Antigo estava inevitavelmente misturada com a magia. Na época, não havia uma linha clara que demarcasse os limites entre a ciência e a religião.” (BBC NEWS, 2017).

O conceito que envolve a crença de que pessoas com algum transtorno mental era portador da transmissão direta pelos deuses se deu início no século IX a.C. Diante deste, Hipócrates acreditava que tal doença estaria relacionada com a parte fisiológica do ser humano sendo que o avanço da doença pudesse comprometer algum órgão vital e levá-lo a morte. Esta crença fez com que o conceito da “loucura” estivesse o mais longínquo possível da sociedade, sendo que qualquer tipo de alteração no estado de humor, mental fora do normal a melhor dissolução para o problema seria a condenação a morte ou ao exílio. Com o avanço das crenças e no conhecimento, no início do Século V, tanto na Idade Média quanto na Grécia, as doenças psicossociais começaram a ser relacionadas com um “desiquilíbrio do corpo”, que poderia ser tratado de forma alternativa para expelir os excrementos. Foi apenas no início do século XIX que as doenças mentais começaram a ser tratadas como algo que poderia ser curado com

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medicamentos, então passaram a ser algo não fisiológico. A psiquiatria por sua vez, foi uma área namedicinaqueobteveum crescimento mais lentocom relaçãoaoutras áreas damedicina, sendo considerada algo complexo, por ser necessária a total compreensão do cérebro humano e foi por isso que houve uma mescla entre a área da psiquiatria e psicologia, pois elas andavam lado a lado com a filosofia da época.

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de Tratamento para Pessoas com Doenças Psicossociais

2. O QUE SÃO DOENÇAS PSICOSSOCIAIS

São caracterizadas por serem doenças mentais que se desenvolvem devido a um conjunto de aspectos psicológicos e sociais. O termo psicossocial se refere a um agrupamento relacionado a necessidade social, emocional e a saúde mental, buscando um avanço na qualidade de vida de cada indivíduo entre si e o seu meio de trabalho. As doenças psicossociais de modo geral costumam a evoluir silenciosamente de forma lenta e por esse motivo é muito mais complexo evidenciar a doença e realizar o tratamento

Asvezes o cotidianosetorna algo desgastante,que pormuitasvezes acabagerando pressão, ocasionando a desconcentração, desmotivação e por fim levando a um nível alto de frustação. Ambientes de pressão vão degradando o psicológico das pessoas e é por isso que o tratamento para este tipo de problema deve ser realizado o quanto antes, para não desencadear uma depressão ou ansiedade

“Àprimeira vista,podemos atédizerqueoquadro foidesencadeado pelo estresse do trabalho. Porém, como garantir que ele não foi causado por problemas na família, ou por uma situação de endividamento que o indivíduo está enfrentando, ou até mesmo por uma propensão genética?” (SABERALEI, 2020).

Existem algumas situações que podem gerar um certo desconforto ao cotidiano das pessoas, como por exemplo o assédio moral e sexual, que afetam o desempenho e o comparecimento do respectivo usuário ao comprimento de sua função, seja na empresa, em sua vida pessoal ou em uma instituição educacional, sendo necessário uma consulta ao terapeuta para diagnosticar os conflitos internos e orientar o paciente a efetuar um tratamento adequado.

Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde, está doença pode atingir com mais frequência adultos entre 20 e 75 anos, devido as circunstâncias, pois você pode estar se estressando demais no trabalho como um adulto jovem ou se sentir “inútil” por estar em casa o tempo inteiro sendo um idoso.

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2.1 Depressão

É no século XIX que o termo “depressão” surge, caracterizado por ser um tipo de loucura, sendo transcendente a melancolia. Na antiguidade, a melancolia era definida por Hipócrates como sendo o estado de humor do nosso corpo, que poderia ser alterado a qualquer momento, fazendocom quehouvesseodesiquilíbrioedesencadeasseumavarianteemocional considerada algo negativo. Por conta das dificuldades e o cotidiano desgastante, muitas vezes a depressão era confundida com tristeza gerando dúvida até mesmo nos médicos, porém a sua distinção por fim facilita o diagnóstico sendo que, a tristeza é passageira, as vezes ocasionada por um problema no trabalho, rotina cansativa, desapontamento pessoal e outras adversidades. Já a depressão é algo mais contínuo, sendo considerada um transtorno que desregula facilmente o humor sem motivações especificas, além de ser muitas vezes associada ao transtorno de ansiedade.

A depressão é uma doença relativamente grave que ocasiona sentimentos e pensamentos ruins, levando o ser humano a uma profunda tristeza a ponto de pensar em tirar a sua própria vida. Podemos citar que é um sentimento parecido com o sentimento de luto, e por este motivo é importante compreender como ele se desenvolve, quais são os sinais, para não agravar a situação. A depressão ou transtorno depressivo, dependendo do seu nível, é considerado como uma doença psiquiátrica, que pode ter como sintomas o isolamento, baixa autoestima, tristeza avassaladora, dificuldade ao pegar no sono, alteração no apetite, dificuldade ao interagir socialmente e pensamentos de suicídio.

A doença é decomposta em três níveis, leve, moderado e grave, cada nível tem um tratamento específico Pararealizarotratamento deforma eficazénecessáriocompreenderpelo que o paciente vem passando ao longo de sua vida, pois tudo pode influenciar no desenvolvimento dessa doença assim como na forma de tratamento. No entanto, as vezes pode parecer ser um quadro único, porém existem outros tipos de depressão, como;

2.1.1 Depressão Bipolar

Segundo o DSM-VI (Manual de diagnóstico e estatístico de transtornos mentais), A depressão bipolar pode ser caracterizada pela alteração repentina no humor, aceleração no pensamento, irritabilidade, euforia, alterações no sono e agitação. Os episódios deste transtorno podem ser recorrentes devido ao nível de intensidade. A durabilidade também pode variar, podendo durar minutos, horas ou até semanas. Segundo o Dr. José Alberto Del Porto, professor de psiquiatria na Universidade Federal em São Paulo, para se diagnosticar um paciente com

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transtorno de bipolaridade leva tempo e por conta deste, muitos acabam sendo de início diagnosticados com depressão e medicados de forma incorreta.

Umaformadetratamentousualparaestetipodedoençaéousodeestabilizadoresdehumor, considerados medicamentos antipsicótico que auxilia na diminuição da euforia, inibindo gradativamente nas alterações de humor.

2.1.2 Transtorno Depressivo Persistente

Sendo considerado uma doença crônica, este tipo de transtorno possui uma durabilidade mínima de dois anos. Célebre moderado, o paciente com essa doença mante-se triste permanentemente, sem foco e sem vontade de agir no cotidiano. Muitas vezes pode ser até confundido com a própria personalidade da pessoa. Segundo a Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de transtornos afetivos (ABRATA) cerca de 11 milhões de brasileiros sofrem com este tipo de transtorno, sendo considerado algo grave e que precisa de atenção. O transtorno depressivo persistente se assemelha ao bipolar, porém a diferença é que ele se constituí de forma a ter uma durabilidade maior levando a uma depressão e melancólica constante.

A melhor maneira de efetuar o tratamento são presenciar secções de psicoterapia, a qual irá compreender qual é a raiz deste tipo de transtorno e auxiliar no controle das devidas manifestações, desenvolvendo o emocional e reformulando os pensamentos, que passam de negativos para positivos em algumas sessões. Os médicos reforçam que a prática de atividade física favorece no tratamento, sendo considerada um dos elementos importantes para a reabilitação do paciente.

2.1.3 Transtorno Disfórico Pré-menstrual

O TDPM é semelhante aos sintomas causados pela tensão pré-menstrual, conhecida como TPM. No entanto, ao contrário da TPM, este tipo de estresse é tão alto que prejudica o cotidiano das mulheres, gerando uma alta disfunção emocional, podendo levar até a um início de uma crise de ansiedade. O transtorno disfórico pré-menstrual apresenta alguns sintomas, como a ansiedade, crises de pânico, insônia, desestabilidade de humor, tristeza estrema e falta de concentração. Geralmente, estes sintomas aparecem uma semana antes de descer a menstruação e podem permanecer até o final da menstruação.

“Estudos epidemiológicos demonstram que até 80% das mulheres apresentam sintomas físicos e/ou psíquicos no período pré-menstrual e que cerca de 3% a 11% os apresentam de maneira severa, havendo

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prejuízos sociais, familiares ou profissionais, o que caracteriza o transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM).” (SCIELO, 2006).

Da mesma forma que outros transtornos depressivos, esta tipologia de depressão só é diagnosticada quando se tem um acompanhamento com o psicólogo, psiquiatra ou médico ginecologista em específico, pois o médico so poderá compreender do que se trata quando o paciente descrever os sintomas. O tratamento pode ser realizado com o uso de medicamentos indicado pelo médico, como pílula anticoncepcionais, antidepressivos, suplementação e plantas medicinais.

2.1.4 Transtorno Afetivo Sazonal

Este tipo de depressão ocorre geralmente no final do verão e o início do outono, por este motivo foi nomeado como transtorno sazonal. As variações do humor podem mudar de acordo com a estação do ano, o clima Quando os sintomas persistem, podem acabar atrapalhando no desenvolvimento pessoal e profissional do paciente, gerando novas crises de ansiedade e estresse, sendo necessário a procura por um profissional na área da saúde. Existem algumas possíveis causas para o surgimento deste tipo de transtorno que é relacionado a qualidade de sono e a alteração no humor. Entretanto a falta de vitamina D no corpo também pode ocasionar no aumento de estresse, já que quando exposto ao sol, o nível de depressão se estabiliza. O tratamento pode ser realizado por fototerapia, psicoterapia, medicamentos e o tratamento de forma natural, sendo utilizado remédios caseiros.

2.1.5 Depressão Psicótica

A depressão psicótica ocorre quando a depressão se une a psicose, possibilitando o paciente de ver e até ouvir coisas que não existem. Sendo considerada um dos distúrbios mais raros, este tipo de transtorno é classificado como sendo o mais grave e é muito importante o diagnóstico para iniciar o tratamento adequado o quanto antes. A psicose pode afetar a mente de forma com o paciente perca a noção do que é realidade e fantasia, e por ser similar a esquizofrenia, pode ser facilmente confundido quando diagnosticado. Muitas vezes, o que ocasiona este tipo de distúrbio é a frequência com que o paciente se encontra em depressão, ou seja, a falta de tratamento da depressão leve, pode tornar o quadro ainda mais crítico levando a uma psicose. Além do fator psicológico, cientistas afirmam que a depressão pode ser genética, influenciando na vulnerabilidade biológica, porém nem sempre pode ser considerado algo hereditário. De forma geral, a presente doença pode variar os seus sintomas de acordo com cada tipo de

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paciente, porém os mais recorrentes são, delírios, alucinações, bipolaridade, alteração no comportamento, falta de interesse e incentivo.

Para se obter melhor resultado no tratamento, é orientado pelos médicos a permanência do paciente no hospital, para ser supervisionado e garantir de forma segura que o quadro psicótico seja estabilizado. É realizado o tratamento de forma farmacológica com antidepressivos e antipsicóticos.

2.1.6 Depressão Pós-parto

Este tipo de distúrbio acontece por alterações hormonais que podem afetar as mudanças físicas e emocionais das mulheres que acabaram de parir, podendo atingir qualquer idade, etnia e classe social. Durante a gravidez, a produção de hormônio dobra, como o progesterona e o estrogênio, assim como o cansaço, podendo levar a paciente a manter um sono desregulado, gerando uma frustração e um possível início do quadro de depressão. Os médicos recomendam que seja feita uma avaliação para se compreender se existem chances da mãe desenvolver depressão no pós-parto, para se evitar o crescimento desse distúrbio. Os sintomas de depressão pós-parto englobam fortes palpitações do coração, estresse, cansaço excessivo, perda de peso por conta da falta de fome, problema de concentração e sentimento de culpa.

É importante citar que a depressão tem um tratamento a ser comprido de acordo com o seu nível e tipologia e o mais adequado nessa ocasião seria com o uso de medicamentos como o antidepressivo e a psicoterapia.

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2.2 Ansiedade

O transtorno de ansiedade foi reconhecido inicialmente no século XIX, assim como a depressão, foi caracterizado por ser um transtorno mental. Foi através de estudos realizados por Sigmoud Freud (1836 – 1939) que os transtornos de ansiedade começaram a ser classificados de forma psicanalítica, para compreender o seu sintomas. A ansiedade de forma geral pode ser definida como um quadro patológico, que pode provocar nos pacientes, gatilhos, estresse, situações complexas no cotidiano, gerando dificuldade no modo de interação social, seja em casa ou no trabalho. A ansiedade pode causar certas preocupações, gerando pensamentos negativos, fadiga, dificuldade em se concentrar, aumento na pressão arterial, mal-estar e irritabilidade. O principal problema deste tipo de transtorno é a limitação, o medo excessivo, que pode limitar a pessoa a desenvolver certas atividades, prejudicando a em seu cotidiano.

De acordo com o médico Sigmoud Freud, o transtorno de ansiedade afeta excessivamente a vida do ser humano, sendo que este distúrbio se correlaciona as situações estimulantes no cotidiano. Ou seja, com o desenvolvimento tecnológico, o ser humano se sente afetado pelo mundo moderno e as vezes acaba se alto cobrando por falta de informações que o considera relevante.

O tratamento pode ser realizado de três maneiras, com apenas o uso de medicamentos, consultas de psicoterapia com o psicólogo ou o psiquiatra e por fim, a junção de ambos, medicamentos e psicólogo. Visto que, quando se obtém um diagnóstico precoce este tipo de transtorno não possui uma durabilidade longa, sendo possível efetuar o tratamento de forma rápida e eficaz.

A ansiedade pode ser caracterizada por distúrbios emocionais fisiológicos e sobretudo, diagnosticada de diversas formas, sendo que os quadros mais comuns são:

2.2.1 Fobia

A fobia pode ser considerada como um sentimento de medo ao extremo, sendo que cada tipologia de fobia possui um nome específico, como aracnofobia (medo de aranha), acrofobia (medo de altura), catsaridafobia (medo de barata), etc. A fobia pode ser tratada como uma doença psicológica, que muitas vezes pode ocasionar o medo, a angústia e um sentimento ruim.

Mesmo que ainda não reconhecidas as principais causas para o desenvolvimento desse transtorno, podemos citar que o que pode levar a esta situação de medo é o histórico familiar ou até mesmo o histórico de vida, pois o paciente pode ter passado por situações de trauma que lhe ocasionou a uma fobia severa.

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O diagnóstico pode ser realizado de forma simples, sendo que a caracterização da fobia pode se dar pelo medo intenso, incapacidade de viver socialmente, sentimento de pânico incontrolável em algumas situações, terror ou temor, entre outros.

A melhor forma de tratamento é trabalhar com a, chamada de terapia de exposição, na qual é considerada um tipo específico de terapia comportamental, que trabalha com um conjunto de exercícios que relaxam o paciente, ajudando-os a permanecerem calmos e a lhe dar melhor com situações de medo e estresse. O principal objetivo deste tipo de tratamento é melhorar a qualidade de vida, retirando suas limitações e proporcionando melhores reações pessoais, com os próprios pensamentos e sentimentos.

2.2.2 Transtorno obsessivo compulsivo (TOC)

Sendo considerado a 4° doença psicossocial mais comum e possuindo uma prevalência na população geral de 3%, este tipo de transtorno é caracterizado por uma obsessão do paciente em realizar atos compulsivos, constituindo em pensamentos intrusivos, movimentos persistentes e indesejáveis, causando um grande incomodo. Sendo considerado um ato grave, essa obsessão pode causar grandes problemas no cotidiano, pois o paciente com este transtorno possui um nível tão alto de estresse que o fato de efetuar repetições seria a solução para diminuição de sua ansiedade.

Algumas teorias tentam compreender a etiologia deste transtorno, que por fim, pode ser considerada uma doença biológica e genética. Ou seja, o aumento do metabolismo e o fluxo sanguíneo nos gládios da base do cérebro resulta no transtorno obsessivo compulsivo (TOC). O espaço físico do paciente também pode influenciar, já que quando se é analisado este quadro, devemos retornar ao passado e estudar o presente para compreender quais são as situações de estresse exacerbado para ser aplicado o tratamento adequado.

É caracterizado como os principais sintomas desta doença; excesso de limpeza por receio de contaminação, necessidade de revisar ações, ações simétricas, atos agressivos e pensamentos proibidos de atos sexuais ou religião.

Estudos indicam que a melhor forma de efetuar o tratamento de pacientes com esta tipologia de transtorno é a terapia comportamental, que nada mais é do que um acompanhamento com o psicólogo, já que não se possui uma cura, é necessário o acompanhamento com um profissional que ajude a controlar esses impulsos.

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2.2.3 Ataques de pânico

O ataque de pânico é considerado uma doença psicológica que afeta, segundo a OMS cerca de 5,8% da população, resultando em um distúrbio de ansiedade. A crise de pânico ocorre quando o medo é tão intenso, que gera um pico de estresse que pode permanecer por alguns minutos Às vezes é algo tão comum em meio a sociedade que nem se percebe quando uma pessoa está com esta crise, levando a falta de atenção a este tipo de transtorno mental.

Um evento traumático pode desencadear o medo, gerando os constantes ataques de pânico que podem ser sentidos pelo paciente em qualquer circunstância simples, por exemplo, ir ao trabalho, a escola, ao mercado, passear e em outras situações.

Alguns sintomas relacionado a este transtorno pode auxiliar na compreensão da crise para que seja evitada, como o medo constante em ter que sair de casa, medo de morrer, sentimento de perseguição, incomodo em certos locais, medo de perca e medo de enlouquecer.

Como forma de tratamento, tanto para ataques leves quanto para os mais graves, o mais indicado seria a psicoterapia, que pode auxiliar a longo e curto prazo a melhora do paciente, alémdousodemedicamentos.Existemalgumastécnicasquesãoaplicadas pelo psicoterapeutas que podem amenizar os eventos traumáticos ocorridos, ressignificando os essas experiências, resultando em um maior conforto ao paciente.

2.2.4 Estresse pós-traumático

Conhecido como TEPT, este transtorno considerado um distúrbio de ansiedade, é caracterizado por um conjuntos de sintomas físicos e sinais psíquicos e emocionais devido a um evento traumático ocasionado no passado como, agressões, furto, sequestro, assédio moral ou sexual, acidentes, desastres naturais, entre outros. Podendo ser diagnosticado em crianças de após um ano de vida, aplicando – se em crianças, adolescentes e adultos.

Existem alguns sintomas ocasionados em decorrência desta tipologia de transtorno, sendo qualificado como sentimentos perturbadores que podem persistir ao longo de meses e até anos, sendo eles, náuseas, tremores, estresse, em diferentes situações o paciente pode reviver o trauma em seus pensamentos, estar em alerta constante, sentimento de culpa, desinteresse em certas atividades e problemas de insônia.

“Indivíduos com TEPT são 80% mais propensos do que aqueles sem o transtorno a ter sintomas que satisfazem os critérios diagnósticos de pelo menos um outro transtorno mental (p. ex., transtornos

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depressivos, bipolares, de ansiedade ou por uso de substância). Os transtornos por uso de substância e o transtorno da conduta Co mórbidos são mais comuns no sexo masculino do que no feminino.” (DSM-VI, pág. 280, 2014).

Segundo o DSM-VI (Manual de diagnóstico e estatístico de transtornos mentais), a forma de tratamento mais eficiente para este transtorno seria a orientação e avaliação de um psiquiatra e um psicólogo. É comum a aplicação da metodologia de terapia cognitivacomportamental, pois é através dela que se é detectado o nível do transtorno do paciente, sendo checado se necessário o uso de medicamentos e quais

2.2.5 Transtorno de Ansiedade Generalizada

A preocupação constante pode ocasionar o transtorno de ansiedade generalizada que afeta tanto jovens quanto adultos devido a circunstâncias diversas. Infelizmente, ainda é desconhecida sua origem, porém existem algumas teorias que podem explicar melhor as principais causas deste transtorno, como fatores hereditários, eventos traumáticos, uso excessivo de substâncias viciantes, problemas no trabalho e em mulheres, é comum a alteração hormonal.

O desenvolvimento do TAG pode ser algo preocupante, já que pode dar início a outros tipos de ansiedade. Assim como as outras tipologias de transtorno, o medo é o principal sintomas da ansiedade generalizada que domina a mente e que pode atrapalhar no desenvolvimento do paciente no cotidiano, gerando a procrastinação e a falta de vontade de efetuar tarefas simples.

Ao se diagnosticar este tipo de transtorno é importante não o confundir com o a tristeza e o medo, sendo considerado de fácil distinção, já que ele pode permanecer na vida do paciente por cerca de três a seis meses. Sendo assim, o diagnóstico não pode ser realizado às pressas, para não se detectar resultados menos eficazes e gerar dúvida na aplicação do tratamento.

A escolha do tratamento deve ser realizada de forma com que o paciente se sinta confortável e seguro de sua eficácia, principalmente. Geralmente é tratado de forma alternada com o profissional psicoterapeuta e uso de medicamentos.

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2.3 Contexto Atual

As doenças psicossociais, em especifico a depressão e a ansiedade, antes mesmo da pandemia da Covid – 19, segundo a Coordenadora de Saúde do Trabalho da Fiocruz, Sonia Gertnet, já estava em destaque e após a pandemia ela se transformou em algo ainda maior e preocupante. Devido as circunstâncias atuais da doença, que ainda permanece presente no Brasil e que causa grande impacto na sociedade, é exigido um pouco mais de atenção sobre este assunto, pois o número de suicidas vem crescendo cada dia mais.

“Antes dapandemia,levantamentos sugeriam quesintomasdepressivos eram comuns a 12,9% desse grupo. Já durante a crise do coronavírus, essa taxa subiu para 25,2%. Os sinais ansiosos porsua vez, aumentaram de 11,6% para 20,5%. E o índice tendia a ser maior conforme o avanço da pandemia.” (VEJA SAÚDE, 2021).

A grande causa do agravamento da depressão e ansiedade ocorreu devido as mudanças bruscas na rotina, falta do convívio social, luto e desemprego. Sendo importante considerar os cuidados que deveriam ser tomados com relação ao vírus e que deixou muitas pessoas com medo de serem infectadas.

Podemosutilizarexemploshistóricosdeexperiênciasadvindasdesdeoperíodode1346, onde se iniciou a primeira pandemia da Peste Bubônica, a Varíola, entre 1617 e 1619, a Cólera, em 1917 e 1923, a Gripe Suína (H1N1) em 2009 e atualmente a Covid-19. Contudo, percebese a importância que deve se dar aos transtornos psicossociais que foram agravados ao longo das pandemias, a ponto de alcançar uma convenção psicológica saudável. Isto mostra o quanto a vasta carga vivenciada nesses períodos continuam influenciando na qualidade de vida da população de forma geral.

Segundo a pesquisa realizada em 2019 pelo Instituto Nacional de Saúde, apesar de ser associada a jovens, as doenças psicossociais atingem mais jovens entre 18 e 29 anos e idosos entre 60 e 64 anos de idade. Lembrando que a doença não é restrita a outras faixa etárias, podendo estar presente tanto na vida de uma criança até de um idoso.

Devido a este fato, o projeto da instituição de tratamento para pessoas com doenças psicossociais enfatiza efetuar os devidos tratamentos alternativos e clássicos em usuários maiores de 18, não sendo obrigatório permanecer acompanhado ao longo do seu tratamento.

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2.4 Tratamentos Alternativos

A prática deste tratamento pode ser considerado uma medicina alternativa que não utiliza a composição de medicamentos, obtendo maiores resultados de forma natural. Podemos citar que a realização do tratamento alternativo pode tratar diretamente a causa da depressão e da ansiedade, com as terapias associativas e complementares, trabalhando tanto o corpo quanto a mente, reforçando as energias e quebrando o desiquilíbrio. Segundo a informação do Jornal da USP, mesmo que ainda não haja provas de sua eficácia, este tipo de tratamento vem sendo considerado por parte da ciência uma alternativa eficaz, sendo encorajado por se obter grandes benefícios, porém, em alguns casos de avanço grave o tratamento alternativo pode não funcionar

2.4 1 Yoga

De origem indiana, o Yoga é uma disciplina física que trabalha com o corpo e a mente. Sua principal intenção é contribuir para a evolução do ser humano de forma física e mental, introduzindo a compreensão de sua existência na terra. A prática do Yoga pode proporcionar múltiplos benefícios aos pacientes com transtorno psicossocial, como a melhora na parte psicológica, em suas funções físicas, no equilíbrio e na qualidade de vida.

2.4.2 Reiki

O Reiki foi desenvolvido no Japão e consiste na transmissão de energia traves da massagem, sendo possível efetuar o alinhamento de energia do pacientes, proporcionando o equilíbrio e mantendo o seu bem-estar. Sem efeito colateral, esta prática pode ser realizada em pessoas distintas e pode até ser aplicada juntos a outras terapias, como a acunpultura.

2.4.3 Acupuntura

Sendo considerada uma forma medicinal alternativa chinesa, onde agulhas são inseridas na pele, ativando pontos específicos do cérebro, esta forma de tratamento pode ocasionar na ação analgésica e anti-inflamatória. Está técnica tem como principal intuito reforçar o sistema imunológico do paciente, tratando doenças respiratórias, neurológicas, oftalmológicas, ortopédicos, gastrointestinais e insônia.

2.4.4 Nutrição holística

Este tratamento está voltado a que tipo de alimentação é realizada no cotidiano e de que maneira se pode melhorar isto, pois o consumo adequado pode gerar um certo impacto na qualidade de vida. Países orientais foram os pioneiros na utilização desta prática de tratamento, sendo que acreditavam que o corpo estaria interligado com o espírito. Considera-se que

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produtos naturais podem oferecer um benefício maior para a saúde, que pode até ocasionar do rejuvenescimento das células. Contudo, é importante se manter saudável, pois a prática deste tipo de tratamento pode auxiliar no aumento da expectativa de vida.

2.4.5 Massagem com terapia

Diferente da massagem relaxante, a massagem terapêutica é aplicada em pacientes com dores em pontos específicos do corpo, proporcionando uma melhorar gradativa nas partes mecânicas do corpo, como os músculos, deslocando facilmente a linfa e o sangue.

Os médicos citam que este tratamento pode relaxar tanto a mente quanto o corpo, sendo possível o alívio da tensão e do estresse de imediato.

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2.5 Tratamentos Comuns

Foi a partir do século XIX que os tratamentos mais comuns que são utilizados atualmente começaram a ser desenvolvidos e aceitos pela sociedade segundo o livro “A história da doença mental” escrito por Foerchner. Tratamentos que auxiliaram na melhora de diversas pessoas recuperando e controlando sua saúde mental devido aos avanços tecnológico. Tratar os pacientes com algum tipo de transtorno psicossocial é muito importante para se obter o controle das devidas doenças mentais, ocasionando em sua melhora gradativa. Junto ao tratamento é necessário saber o grau do quadro em que o paciente se encontra conforme as seções avançam, para se compreender qual tratamento poderá ser aplicado a partir de um determinado momento.

2.5.1 Medicamentos

Os medicamentos possuem certas substâncias químicas que atinge diretamente o sistema nervoso central, assim acabam efetuando alteração nas emoções dos pacientes portadores de transtorno mental, camuflando por tempo limitado seu comportamento exacerbado. O seu uso depende da recomendação de um profissional, que vai analisar o caso criteriosamente, pois para a aplicação de um determinado medicamento é necessário compreender que existe uma grande variedade de fatores, que acabam fazendo com que o diagnóstico demore um pouco mais para ser realizado.

2.5.2 Psicoterapia

Conhecida como uma terapia mais simplificada, a psicoterapia é um processo que visa auxiliaro pacienteconversando. Muitoconhecido como aconselhamento em outrospaíses, com o diálogo é possível compreender novas formas para lhe dar com o estresse excessivo devido a situações peculiares. O psicoterapeuta pode abordar questões que auxilie no tratamento do autoconhecimento, gerando longas reflexões, permitindo os pacientes a desenvolver hábitos mais saudáveis que os deixem mais felizes.

Pordesacerto,muitospacientesacabamnãoprocurandopelotratamentodepsicoterapia, gerando dificuldade no diagnóstico e ocasionando na evolução da doença. No entanto, é importante considerar que quanto mais cedo se é diagnosticado pelo profissional, mais cedo pode ser tratado e gerar resultados positivos.

2.5.3 Psicólogo

A terapia no cotidiano pode ser um meio importante na prevenção de transtorno, permitida a ser utilizada por todos, já que ao longo da vida adulta ocorrem fatores que contribuem para o desenvolvimento de uma doença mental devido ao cotidiano ser considerado

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algo estressante para a maioria. O profissional na área da psicologia é essencial para o tratamento das doenças mentais, já que ele aborda recursos de análise e diagnóstico, promovendo o equilíbrio emocional dos pacientes.

2.5 4 Eletrochoque

Atualmente conhecida como ETC, esta técnica geralmente é indicada em casos mais graves. Ou seja, quando os tratamentos mais leves não se adequam ao quadro do paciente é necessária uma alternativa plena. Portanto, o ETC é indicado para pessoas com ímpeto suicida, sendo uma alternativa de emergência. O procedimento é considerado algo seguro quando realizado em um ambiente com os equipamentos adequados como no hospital, sob efeito de anestesia e acompanhamento médico. Outro fator importante a ser considerado é que este tipo de procedimento é indolor, pois o equipamento ocasiona estímulos aos neurônios com uma carga elétrica leve, exercendo que o sistema nervoso volte a funcionar de forma corrente.

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3. LEGISLAÇÃO

Sendo acompanhado por projetos de leis, a parte legislativa do desenvolvimento do projeto enfatiza quais são as principais diretrizes que devem ser mencionadas ao desenvolver o projeto arquitetônico, respeitando todas as classificações do espaço onde a instituição será implantada, para que não afete de forma negativa o seu ambiente natural e humano.

3.1 Código de Obras

O Capítulo VI – das classificações da edificações Previsto no art. 140 o uso e em consonância com a Lei de Ordenamento do Uso e Ocupação do Solo, as edificações que classificam instituições de serviço destinada à população, devem cumprir as disposições legais, sendo basicamente elas; normas de segurança e proteção contra incêndio, disposições referente a sustentabilidade, acessibilidade.

O Capítulo VII – da sustentabilidade das obras e das edificações, previsto no art. 144,em edificaçõesnovasouexistente,sefaznecessárioadequaroconceitodesustentabilidade para o alívio de impacto socioambiental, enfatizando o processo de: conservação de água em edificações, gestão de resíduos, uso de materiais sustentáveis, aquisição da infraestrutura verde e aumento da eficiência no uso de energia.

Capítulo VIII – das disposições gerais para edificações. Seção I – Das calçadas. As calçadas devem se adequar as condições legais, garantido acessibilidade e segurança ao pedestre. A construção de calçada deve atender a NBR 9050, sendo regular e estável. Deverão conter uma largura mínima de 2,00 m e uma altura mínima de 0,10 m, utilizada por veículos como transição entre a faixa livre e a faixa do lote. É obrigatória a implantação de rampa às calçadas na mesma altura que a faixa de pedestre.

Seção II – Do terreno. Nenhuma edificação poderá ser construída sobre terrenos: alagadiços, contaminados e que possui declividade acima de 30%.

Subseção I – Do fechamento do terreno. É obrigatória a construção de vedações, sejam elas muros, gradis e outros elementos. Os gradis devem conter no mínimo 1,80 m de altura.

Subseção II – Dos índices técnicos. As construções de edificações devem utilizar componentes que agregam qualidade como: segurança ao fogo, conforto térmico, acústico, iluminação natural, segurança e estanqueidade.

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Psicossociais
para Pessoas com Doenças

Subseção VIII – Das aberturas de portas e janelas. As aberturas devem possuir um mínimo de 0,10 m, com 0,20 m de comprimento e a mais de 2,00 m de altura de cada piso, sendo totalmente resistentes ao fogo.

Subseção X – Das fachadas. As fachadas poderão ter saliências não computáveis, desde queatendam questões arquitetônica,nãoultrapasse as projeções doplano horizontal, adistância de 0,80 m da fachada e garantam uma distância confortável para a circulação.

Capítulo VIX – Dos acessos, circulação e segurança. Segundo o artigo 286, o dimensionamento das saídas de emergência deve ser calculado em função do sistema de escoamento e a quantidade de usuários existentes, conforme a Norma Técnica 9077.

Seção II – Dos espaços de circulação. Os corredores de uso coletivo devem conter no mínimo 1,20 m de largura e espaços de uso privativo, 0,80 m.

Seção II– Das rampas de pedestres. De acordo com NBR 9050, as rampas devem conter uma inclinação máxima 8,33%. Sempre que a inclinação exceder 5% , o revestimento do piso deverá ser antiderrapante. Segundo o art. 300, as rampas devem conter no mínimo uma largura de 1,50 m.

Capítulo X – Dos compartimentos da edificação. Seção III – Das instalações sanitárias. Uso público e coletivo são compartimentos integrados a edificações de uso comercial, de serviço, industrial ou especial, sendo destinada ao uso público. Se faz necessário o uso mínimo nos sanitários de 1 bacia sanitária, 1 lavatório e nos vestiários o uso mínimo de 1 chuveiro, área para troca de roupas, 1 bacia sanitária e 1 lavatório, sendo instalados juntos o separadamente, sendo prevista a instalação do uso do mictório.

As instalações sanitárias devem satisfazer no mínimo, questões como: Dispor de vãos de ventilação e iluminação, peças mínimas necessárias de acordo com a quantidade de lotação da edificação e circulação interna de no mínimo 1,20 m caso haja mais de uma instalação de bacia.

Capítulo XI – De conforto ambiente da edificação. Com base no art. 329 as edificações com longa permanência devem dispor de condições mínimas que gerem conforto ambiental e higiene, definidas como: padrões construtivos mínimos de desempenho de ventilação, iluminação, desempenho térmico e tratamento acústico.

Seção I – De insolação, iluminação e ventilação. Sendo classificado como compartimento de permanência prolongada de “Grupo B” conforme a classificação na Seção I

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– da classificação e dimensões, a edificação deverá dispor de vãos para insolação, iluminação e ventilação direta abrindo para o exterior da construção.

Deverá ser explorado o uso de iluminação e a renovação do ar natural, garantindo o conforto térmico e higienização dos ambientes.

De acordo com o art. 335 para ser considerada a ventilação e insolação de corredores, edificações de até 7,00 m de altura deverão conter um corredor de até 1,50 m. Considerando os pátios, as edificações de até 4,00 m de altura deverão conter uma área de 6,00 m² com uma largura de no mínimo 1,50 m.

Seção II – Do isolamento acústico. As edificações deverão conter o mínimo aceitável de ruido segundo a NBR 15575, sendo vedada as aberturas entre locais como área que gera interações sociais.

Seção II – Do conforto térmico. Considerando as condições climáticas da edificação, se faz necessário o seu desempenho térmico priorizando medidas como: o uso de marquises que evitem a projeção direta da radiação solar, dispor da ventilação cruzada nos ambientes, uso de vegetação e evitar materiais que absorvam incidência solar.

Capítulo XII – Das obras complementares à edificação principal. Seção V – Das portarias e bilheterias. As portarias podem ficar localizados na faixa de recuos obrigatórios mínimo exigidos pela lei de zoneamento, seguindo os requisitos: pé direito mínimo de 2,60 m possuindo uma área mínima de 15 m².

Seção IX – Das marquises, beirais e elementos de proteção. Será permitida o seu uso nas fachadas de forma que deve estar dentro do terreno, nas construções onde a lei de zoneamento exige recuo, a marquise não pode ultrapassar 1,20 m sobre a faixa de recuo, não sendo incluídas ao coeficiente de aproveitamento quando não exceder 0,80 m.

Capítulo XII – De estacionamento e garagens. Os estacionamento da edificação são apresentados com uso privado e público.

Seção IX – Do acesso. Espaços de acesso entre veículos e pedestres sempre serão protegidos para que não haja conflito e atrapalhe a circulação de ambos. Ficam estabelecidas no art. 400 que o acesso de veículos não pode ocorrer em esquinas que não respeitam o afastamento de no mínimo 6,00 m dos alinhamentos de meio fio, esquinas com um raio maior que 6,00 m o acesso deve ser construído no trecho em linha reta, como o mínimo de 3,50 as aberturas de entrada e saída devem ser distintas quando a edificação excede o número de 12

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vagas, os acessos deverão conter guias rebaixadas com rampas avançando transversalmente o passeio com o mínimo de 1,20 da faixa livre.

Visando a segurança do pedestre, o art. 401 cita que a abertura deve estar posicionada de forma que o pedestre consiga visualizar a calçada, provinda de sinalização de “entrada e saída” de veículos.

Seção III – Das vagas. As vagas deverão atender o dimensionamento mínimo de 2,50 m x 4,00 m para automóveis, 3,00 m x 7,00 m para veículos de carga, 1,20 m + 2,50 m x 5,00 m para pessoas com deficiência, 0,70 cm x 1,85 m para bicicletas e por fim 1,20 m x 2,50 cm para motocicletas.

Deverá ser previsto vagas para pessoas com deficiência, idosos, gestantes, motocicletas e bicicletas calculadas sobreo número de vagas dispostas a edificação.

3.2 Lei de Ordenamento do Uso e Ocupação do Solo

Segundo o Art. 1° a presente lei evidencia diretrizes para o devido planejamento municipal ordenando uma função social de qualidade urbana, sendo aprovador pela Lei

Complementar n°46, de 17 de novembro de 2006. Previsto no artigo 158 da Lei Orgânica do Município de Mogi das Cruzes atualizado em 31 de agosto de 2016.

As normas estabelecidas por lei que institui o Plano Diretor Municipal, têm como principal objetivo: Promover e controlar o desenvolvimento da cidade, estimula o adensamento das áreas consolidadas, restringe o uso indevido de acordo com a fragilidade do local, possui controle sobre a permeabilidade, incentiva a dinamização econômica e flexibilização do uso de distintas atividades desde que não cause um impacto ambiental, evitando o risco a população.

3.3 Ministério da Saúde

A portaria N° 336, de 19 de fevereiro de 2002, dispõe de informações referente a consolidação das Redes de Atenção Psicossocial visando o cumprimento dos devidos decretos que visam o aprimoramento na qualidade de atendimento ao paciente com transtornos mentais.

A implantação do serviço de atenção psicossocial deve ser planejada por uma equipe técnica que possui conhecimento avançado na área de serviços de saúde, sendo observado os requisitos de gradação para seguinte implementação de responsabilizar-se pelo desempenho técnico, gestor, coordenador e supervisor de atividades em grupo ou individual.

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O serviço de atenção psicossocial com a capacidade operacional acima de 200.000 habitantes para atendimento em municípios, deve conter as presentes características como serviços ambulatorial de 24 horas, incluindo finais de semana e feriados, organização da demanda na área de saúde, possuir capacidade técnica de atendimento, coordenar por delegação do gestor local as atividades de tratamento, supervisionar as equipes de nível médio e estar referenciado ao atendimento de urgência.

A assistência prestada aos pacientes pode incluir as seguintes atividades como atendimento clínico individual, atendimento coletivo em grupos operativo, atendimento a oficinas de terapia, visitas e atendimentos domiciliares e atendimento a família.

A equipe de atendimento deve ser composta por 1 enfermeiro, 5 profissionais de nível superior sendo eles, psicólogos, psiquiatras, terapeutas e pedagogo, 8 profissionais de nível médio sendo técnico ou auxiliar de enfermagem. Para o período de acolhimento diurno de até 12 horas corridos, a equipe deve ser composta por 3 técnicos ou auxiliares de enfermagem, sendo supervisionados pelo enfermeiro e 1 profissional de nível médio. Por fim, o atendimento realizado aos finais desemanae feriados, a equipe devesercompostapor 1profissional denível superior, 3 técnicos ou enfermeiros sendo supervisionados pelo enfermeiro e 1 profissional de nível médio da área de apoio.

3.4 Código Sanitário

Título IV – Da organização municipal da vigilância á saúde. Segundo o Art.° 35 todos os projetos realizados devem ser supervisionados pela vigilância sanitária a garantir questõescomoadotarmedidastécnicasnocontroledefatores condicionantesquefaçam alguma alteração na saúde das pessoas, efetuar a devida fiscalização, aplicar métodos e técnicas da epidemiologia nos processos para conhecimento dos problemas de saúde de envolve a vigilância sanitária, agregar medidas de gestão técnica direcionada ao campo de atuação da vigilância sanitária, preservar a saúde coletiva através da prevenção e do agravo de certas doenças, principalmente quando a instituições voltadas ao setor da área de saúde.

Caso ocorra alguma infração sanitária pressuposto ao que foi exigido, excluindo a imputação de eventos naturais as sanções de natureza civil, serão punidas, com penalidade como a advertência, multa, apreensão de produtos, inutilização, suspensão de produtos, interdição do estabelecimento, proibição do uso de propaganda e o cancelamento do funcionamento da instituição.

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4. ESTUDO DE CASO

No estudo de caso é referenciado quais foram as cinco tipologias de projeto que auxiliaram na compreensão para a concepção do centro de tratamento. Este termo está diretamente conectado a arquitetura e contribui para o entendimento de como pode ser desenvolvido o fluxograma, organograma, conceito, partido arquitetônico, programa de necessidades e volumetria da futura proposta projetual.

4.1 Centro de Reabilitação Psicossocial

Projetado e construído na Espanha em 2014, o edifício institucional possui 16.657m². O projeto foi idealizado visando desferir a reabilitação de pessoas com doenças psicossociais. Sendo assim, o projeto buscou atender diferentes necessidades, desenvolveu um espaço para habitação de pessoas que possuem o transtorno, mas que não é obrigatório sua hospitalização devido ao seu nível, que pode variar de leve ao moderado e o outro espaço, que é voltado para a reabilitação e integração social de pessoas com o transtorno mental mais elevado.

O edifício é caracterizado como sendo flexível, já que pode atender níveis de transtorno desde leve até o mais grave. O centro de tratamento oferece diversas atividades no período do dia para até 25 pessoas, em regime aberto. Já no período diurno, é possível atender até 50 pessoas,direcionadoaos pacientes comdoençasmentaiscrônicas.Devidoatipologiadoterreno e sua falta de espaço, o escritório responsável pelo desenvolvimento do projeto, A Oxtotorena Arquitetos, pretendeu unificaras atividades em umaúnicaconstruçãoarquitetônica, otimizando o espaço existente. A projeção de um edifício com apenas o pavimento térreo se deu devido a suaparteexterna,jáqueexisteumagrandeáreaverdeemseuentorno,os arquitetosnãoqueriam

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Psicossociais
Fonte: archdaily.com Figura 1 - Fachada do Centro de Reabilitação Psicossocial.

que os usuários perdessem essa visão e chegaram à conclusão de que um projeto térreo valorizaria ainda mais esta paisagem.

Fonte: archdaily.com

A volumetria de forma retilínea possui apenas uma entrada que dá acesso aos dois setores de tratamento seguindo o programa de necessidade. Existe um sistema de pátio que utiliza o sistema de luz natural, ocasionando a radiação solar direta ao espaço interno do edifício. É importante destacar também que na fachada, os brises auxiliam no controle de insolação, deixando os ambientes internos mais confortáveis em diferentes períodos do dia.

Fonte: archdaily.com (Editado pelo autora)

Figura 13 - Implantação do Centro de Reabilitação Psicossocial Figura

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14 - Estudo dos ambientes do Centro de Reabilitação Psicossocial.Figura

15 - Jardim do Centro de Reabilitação Psicossocial

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Figura 1 - Jardim do Centro de Reabilitação Psicossocial Figura 2 - Jardim do Centro de Reabilitação Psicossocial Figura 3 - Jardim do Centro de Reabilitação Psicossocial Figura 4 - Estudo dos ambientes do Centro de Reabilitação Psicossocial.Figura 5 - Jardim do Centro de Reabilitação Psicossocial Figura 6 - Jardim do Centro de Reabilitação Psicossocial Figura 7 - Jardim do Centro de Reabilitação Psicossocial Figura 8 - Jardim do Centro de Reabilitação Psicossocial Figura 9 - Estudo dos ambientes do Centro de Reabilitação Psicossocial. Figura 10 - Estudo dos ambientes do Centro de Reabilitação Psicossocial. Figura 11 - Estudo dos ambientes do Centro de Reabilitação Psicossocial. Figura 12 - Estudo dos ambientes do Centro de Reabilitação Psicossocial. Figura 2 - Jardim do Centro de Reabilitação Psicossocial. Figura 3 - Estudo dos ambientes do Centro de Reabilitação Psicossocial.

Fonte: archdaily.com (Editado pelo autora).

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Figura 4 - Implantação do Centro de Reabilitação Psicossocial.

4.2 Aigai SPA

Realizado em 2014, o Aigai SPA foi projetado pelo escritório Figueiroa Arquitetos no Brasil e possui uma área de 1200 m². Referenciando a mitologia grega, o nome “Aigai” era considerado um reino do fundo do mar que remetia a calmaria dos oceanos, um local onde as pessoas poderiam equilibrar sua energia e deletar memórias ruins. Com relação ao SPA, não se tem como comprovar qual foi sua origem, mas podemos confirmar que existem mais de mil registros que afirmam a qualidade do tratamento com rituais corporais que purificam o espírito.

Fonte: archdaily.com

O projeto foi realizado com a intenção de se tornar um refúgio de relaxamento, devido a rotina estressante do cotidiano das pessoas. Buscando tornar o ambiente mais confortável, a arquitetura interna tenta se misturar com o ambiente externo, utilizando um grande muro feito com moedas, oferecendo uma transição ligeiramente sútil. O concreto da fachada, junto ao painel ripado, emoldura o jardim vertical, mantendo sua estética mais organizada, que se mistura com a arborização do seu entorno.

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Fonte: archdaily.com Figura 5 - Fachada do Aigai SPA. Figura 6 - Planta do subsolo de Aigai SPA.

Com base na análise das plantas, pode ser afirmar que o acesso principal de veículos para funcionários é realizado pelo subsolo e é nesse pavimento que o setor de serviço e administrativo se concentram. Já o acesso para pacientes é feito por uma passarela, no primeiro pavimento, onde se tem um extenso espelho d´água, que tem como intuito gerar uma sensação de conforto e acolhimento aos usuários, levando os respectivamente a recepção do SPA. Próximo as salasdetratamento encontramos uma amplaportadevidroque dáacesso aos pátios, que ficam totalmente descobertos, aproveitando do uso da iluminação e ventilação natural.

Fonte: archdaily.com

No pavimento térreo, após os vestiários, encontramos o vasto corredor que dá acesso as seis salas de tratamento com o pátio externo, espaços confortáveis com vegetação e diferentes espelhos d´água, sendo que nenhum dos 12 pátios possuem a mesma disposição, conceituado como únicos.

Fonte: archdaily.com

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de Tratamento para Pessoas com Doenças Psicossociais
Figura 7 - Planta do pavimento térreo do Aigai SPA Figura 8 - Planta do pavimento superior do Aigai SPA

No pavimento superior encontramos salas de tratamento voltadas diretamente a pessoas mais influentes, com certos privilégios, além da área técnica que possui acesso restrito para o espaço externo, onde é realizado a manutenção do telhado verde.

Segundo o blog The Summer Hunter, escrito pela autora Adriana Setti, as vegetações são uma ótima alternativa no tratamento de doenças psicossociais.

“Os aromas podem nos tirar dos estados de tristeza e, inclusive, da depressão. O contato com o jardim, o ato de tocar a terra e, obviamente, consumir certas plantas ajudam a curar-nos”, disse a naturopata argentina Sara Itkin em entrevista à Vice. Radicada na Patagônia, ela estuda e dá cursos on-line sobre o uso de plantas medicinais. Com base nas suas recomendações, a gente conta como algumas plantas fáceis de cultivar no jardim podem ajudar, bem como a terapia e a medicina tradicional, no tratamento dos estados de tristeza edepressão.Semprevale lembrar,noentanto,que as plantas medicinais também podem ter alguns efeitos colaterais e que vale a pena procurar a ajuda de um especialista para saber como dosá-las corretamente.” (Adriana Setti, The Summer Hunter, 2022)

Estudos realizados na Universidade de Bristol no Reino Unido apontaram que a prática de jardinagem em apenas algumas horas pode ocasionar reduções nos sintomas de depressão e ansiedade, pois existe uma bactéria na própria terra que quando entra em contato com a pele, ocasiona essa redução. De 15 atividades satisfatórias, a jardinagem ficou em 5° lugar, causando impacto na qualidade de vida.

42 Instituição de Tratamento para Pessoas com Doenças Psicossociais

4.3 Centro de Tratamento para Saúde Mental de Jovens Mulheres

Construído na Itália em 2018, pelo escritório de arquitetura LDA.iMdA architetti associat, oCentrode Tratamentoabrangeuma área de1060m²,englobandotodoo terreno. Com o seu conceito e partido arquitetônico, em 2017 o projeto obteve o prêmio internacional de Dedalo Minosse e Tha Plan Award Segundo os arquitetos responsáveis pelo seu desenvolvimento o objetivo principal deste projeto era aprimorar o valor histórico e social que a CASA VERDE já obtinha devido ao orfanato existente. Por estar implantado em uma região montanhosa, o projeto evidencia uma forte relação com a natureza, podendo ser caracterizado como uma região de “refúgio” para que as jovens pacientes se sintam confortáveis e abrigada pela mata verde.

lda.imdaarchitetcs.com (editado pela autora).

Por conta do orfanato existente nesse mesmo local, os arquitetos não queriam mexer muito naestéticaexternadoprojeto, mantendoomais natural possível. Suaestruturaemateriais acabaram seguindo a arquitetura original, mas os ambientes foram expandidos com outras formas e cores. O intuito da cor verde militar na fachada é se misturar com os ambientes internos com facilidade, pois temos grandes vãos que além de auxiliar no aprimoramento da ventilação e iluminação natural, dão a possibilidade de visualizar a parte interna criando uma coerência e fazendo com que o usuário pense que o projeto foi desenvolvido de forma única.

Fonte: lda.imdaarchitetcs.com

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Fonte: Figura 9 - Fachada da CASA VERDE. Figura 10 - Fachada da CASA VERDE.

Fonte: archdaily.com (Editado pela autora).

Acessando a instituição pelo pavimento térreo, o primeiro ambiente é a sala de recepção que dá acesso a outras respectivas salas de apoio, atendimento e ao amplo pátio no centro da construção. Sendo caracterizado como uma construção simples, os espaços internos trazem a sensação de se estar dentro de uma lã cardada, um material muito utilizado em peças de feltragem, para enchimento de acolchoados, o que faz com que os ambientes obtenham um excelente tratamento acústico.

As cores da instituição foram selecionadas para distinguir o nível do transtorno mental entre as meninas, como a verde, azul e a laranja, ou seja, cada sala é de uma cor diferente para quefossemais fácil evidenciarqual oníveldetranstornoecomo elepodesertratado.Asmesma cores estão presentes nos detalhes, como nos mobiliários, portas, paredes e em placas de sinalizações, mostrando onde fica cada ambiente.

Fonte: archdaily.com (Editado pela autora).

44 Instituição
de Tratamento para Pessoas com Doenças Psicossociais
Figura 11 - Planta do pavimento térreo da CASA VERDE. Figura 12 - Planta do 1° pavimento da Casa Verde

Além de ser um projeto onde visa o tratamento das pacientes com o transtorno mental, o seu conforto é crucial, por este motivo os quartos presentes no primeiro pavimento podem ser utilizados como um ambiente de refúgio e descanso, sendo supervisionado pelos profissionais da instituição.

Fonte: archdaily.com (Editado pela autora).

Napresenteplantadesetorizaçãoesquemáticadafigura0,énotório nopavimentotérreo que a circulação vertical está presente principalmente nas extremidades da edificação e se interliga por um corredor horizontal que dá acesso aos setores de serviço, apoio e tratamento. Já no primeiro pavimento, o corredor dá acesso aos espaços de acolhimento, tratamento e serviços.

Fonte: archdaily.com.

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Figura 13 - Setorização da Casa Verde Figura 14 - Fachada posterior da CASA VERDE.

4.4 Hospital de Psiquiatria Infantil

A unidade de Psiquiatria infanto juvenil interligado a um edifício ocupacional foi desenvolvido em 2015, sendo caracterizado como um centro hospitalar com 12 leitos, localizado em Orsay, na França. O escritório responsável pelo projeto foi A+Samuel Delmas Arquitectes e Urbanistes, o qual busca sempre evidenciar o conceito contemporâneo e minimalista, deixando os ambientes mais naturais e calmos possíveis.

O principal intuito desse projeto é trazer o acolhimento as crianças utilizando uma arquitetura mais sóbria, tornando o espaço mais calmo e extrovertido, sendo considerado um espaço “terapêutico”. Situado em um declive, a fachada do edifício é composta por gessos frisados que contam com vidros amplos cintilantes, aproveitando a ventilação e iluminação natural.

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Fonte: a+samueldelmas.com. Fonte: a+samueldelmas.com (Editado pela autora). Figura 15 - Vista do pátio do edifício. Figura 16 - Planta do pavimento térreo edifício.

O acesso dos pacientes acontece pela fachada principal da edificação e o acesso de serviço pela lateral direita. É notável que o pátio central proporciona um movimento contínuo, permitindo o acesso aos outros setores, sendo mais fácil distinguir os espaços voltados ao tratamento, interação social e espaços íntimos. Por conta dos pacientes serem residentes temporários,foiprojetadodiversos quartos paraeles permanecerem porum períodoprolongado com a supervisão dos profissionais.

Oterraçoverde noprimeiropavimento proporcionamais vidaaoedifício epodeauxiliar no tratamento mental dos pacientes, além de ser um espaço de acesso livre, é interligado por extenso corredor acercado por salas multiuso e oficinas ativas, proporcionando maior interação social entre as crianças.

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Doenças Psicossociais
com
Fonte: a+samueldelmas.com (Editado pela autora). Fonte: archdaily.com Figura 17 - Planta do 1° pavimento edifício. Figura 18 - Vista interna do edifício.

4.5 Ambulatório de Saúde Mental San Lázaro

Realizado em 2014, o projeto possui uma área de 1891m² e foi construído em Quito, no Equador, pelos arquitetos Daniel Moreno Flores, Jorge Andrade Benítez e Daniel Moreno Flores. A criação do projeto consiste no desenvolvimento de espaços para o atendimento voltado diretamente a pacientes psiquiátrico.

O município de Quitou adquiriu um terreno com distintas construções que seriam unificadas em um único projeto voltado ao setor de saúde. Sendo assim, devido sua localização em um Centro Histórico, muito dos materiais que compunham a fachada do projeto teriam que ser mantidos.

Fonte: archdaily.com

No interior do projeto foi utilizado o conceito de integração entre os ambientes devotando-se sua arquitetura original contemporânea, sendo efetuado poucas modificações ao longo dos anos. O projeto se tornou algo significativo para a cidade, permanecendo conectado com as ruas que o circundam, a fim de criar sua própria característica arquitetônica. O formato peculiar de seus telhados mantidos, dá “continuidade” a história do local

Além da fachada, no seu interior podemos encontrar diversos pedaços de madeira que foram reutilizados na composição de portas, janelas e divisões de ambientes, mantendo sua arquitetura discreta, mais rústica remetendo ao passado e enfatizando uma arquitetura mais sustentável.

Atualmente, no Equador o edifício é caracterizado como um projeto arquitetônico de excelente qualidade devido seu atendimento à saúde e sua estrutura, que evita o isolamento dos pacientes, deixando tudo o mais confortável possível a ponto de acelerar o processo de tratamento executá-lo com êxito.

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Doenças Psicossociais
para
com
Figura 19 - Vista aérea do ambulatório San Lázaro.

Fonte: archdaily.com

Fonte: archdaily.com (Editado pela autora).

A princípio, temos dois acessos principais, um é direcionado a veículos restritos e funcionários da instituição e o outro para os pacientes, sendo considerado um acesso ao público.

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Figura 20 - Vista do 1° pavimento para o jardim externo de San Lázaro. Figura 21 - Planta do pavimento térreo de San Lázaro.

O hall de entrada no pavimento térreo da instituição se conecta primeiramente ao setor de atendimento emergencial, constituído pela sala de triagem, enfermagem, espaço de recuperação e eletrochoque. No primeiro pavimento, é notório a presença de consultórios médicos, sendo eles a psiquiatria e o psicólogo, além de salas voltadas a análise e coleta de materiais, terapia social e farmácia.

Fonte: archdaily.com (Editado pela autora).

O terceiro pavimento é composto por atividades terapêuticas, sendo fundamental no processo dedesenvolvimento demúltiplasações quevisam aprimoraraautonomia,melhorando a qualidade de vida dos pacientes. E além do espaço de terapia que esta conectado diretamente ao jardim externo, o setor administrativo também está presente, tanto no 1° pavimento quando no 2° pavimento, coordenando as atividades exercidas.

Fonte: archdaily.com (Editado pela autora).

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de Tratamento para Pessoas com Doenças Psicossociais
Figura 23 - Planta do 2° pavimento de San Lázaro. Figura 22 - Planta do 1° pavimento de San Lázaro.

4.6 Conclusão de estudo de caso

Analisando os cinco estudos selecionados para o desenvolvimento da proposta de projeto do centro de tratamento para pessoas com doenças psicossociais, foi concluído que existem pontos que precisam ser destacados por enfatizarem a estética, sustentabilidade e funcionalidade na arquitetura, aprimorando a forma de tratamento peculiar dos pacientes na áreadesaúde.Sendoassim, atabela0foi desenvolvidacom intuitodetranspareceras principais referências que podem ser aplicadas ao projeto futuro.

CONCLUSÃO

Questões

Descrição

Projeto de referência

Materiais

Permeabilidade

Iluminação

Além de ser um material econômico e prático, a utilização do gesso na área internaeexternapodeproporcionarum acabamento perfeito com uma excelente estética, contribui para o aprimoramento do conforto térmico e acústico quando se é agregado a lã de vidro e gerar maior segurança na edificação por evitar a propagação do fogo

Obter um jardim expositivo ou a prática de hortaliças pode auxiliar de forma positiva o tratamento dos pacientes, além de aproveitar melhor ambiente e suprir a porcentagem de permeabilidade exigido pela lei de zoneamento

Janelas amplas com vidro cintilante auxiliam no melhor aproveitamento de iluminação natural para os ambientes internos da edificação

Ventilação

Tratamento acústico

As janelas amplas nas extremidades da edificação proporcionam uma ventilação cruzada que aprimora a ventilação natural entre os ambientes internos

Utilização de lã acordada no interno das paredes de alvenaria pode diminuir o ruído externo entre 38 ou 61 dbs

Hospital de Psiquiatria Infantil

Centro de Reabilitação Psicossocial, SPA Aigai Casa verde, Hospital de Psiquiatria Infantil e Ambulatório San Lázaro

Ambientes

As respectivas salas de atendimento, tratamento e administrativa devem estar mais distantes das vias devido ao intenso ruído ocasionado pelo fluxo e pode ser vedada pelo afastamento por recuos e a utilização de arborização em seu entorno

Fonte: Organizado pela autora.

Centro de Reabilitação Psicossocial, SPA Aigai Casa verde, Hospital de Psiquiatria Infantil e Ambulatório San Lázaro

Centro de Reabilitação Psicossocial, SPA

Aigai Casa verde, Hospital de Psiquiatria Infantil e Ambulatório San Lázaro

Casa verde

Centro de Reabilitação Psicossocial, SPA Aigai Casa verde e Hospital de Psiquiatria Infantil

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de Tratamento para Pessoas com Doenças Psicossociais
Tabela 1 - Conclusão dos estudos de caso.

5. MACRO ANÁLISE

Com o objetivo de esclarecer e justificar a implantação do projeto, foi realizado uma macro análise para se compreender quais são as instituições de tratamento que existem naquela região e se a quantidade atua de forma promissora no sistema de tratamento contra as doenças psicossociais.

Segundo Eugênio Vilanca Mendes, autor do livro “As Redes de Atenção à Saúde”, realizado junto a OMS, novas formas organizativas com relação a saúde foram desenvolvidas, de forma a diminuir as iniquidades. Baseado em análise, foram agregadas visões com relação a parte gestora, técnica e logística da atenção à saúde, de forma a compreender suas particularidades e por fim, gerar integridade e atenção a um obstinado território. A principal proposta com relação ao processo de gestão das Redes de Atenção à Saúde é enfatizar a alta demanda no acesso ao serviço público e focar na população gerando melhor qualidade no atendimento. Sendointegrado aoRRAS, o RAPS (RededeAtenção Psicossocial)éconsiderado um instrumento que visa o cuidado integral da saúde mental da população brasileira, promovendo a assistência, reabilitação e a reinserção de pessoas com transtorno mentais na sociedade. Segundo o levantamento realizado pela rede RRAS, á apontado que atualmente existem 2.742 CAPS (Centro de Apoio Psicossocial) no Brasil, caracterizados como equipamentos urbanos específicos voltado ao tratamentodepessoascom doenças psicossociais.

Fonte: saúde.sp.gov.br (Editada pela autora)

O Estado de São Paulo é composta por 36 diferentes municípios, somandoum total de 17 Redes Regionais de Atenção à Saúde. Já a região Metropolitana de São Paulo, popularmente conhecida como a “Grande São Paulo” possui cerca de 22 milhões de habitantes, sendo considerada uma das regiões mais populosas. Atualmente possui 6 Redes Regionais de Atenção à Saúde.

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Figura 24 - Distribuição das Redes Regionais de Atenção à Saúde São Paulo.

Figura 25 - Região Metropolitana de São Paulo.

Fonte: Google Earth (Editado pela autora)

De acordo com a análise dos mapas e as respectivas regiões onde as RRAS atuam, foram analisados segundo os dados disponibilizados pelo IBGE, a quantidade de pessoas que sofrem com o transtorno de depressão e ansiedade, possibilitando a compreensão da quantidade de equipamentos urbanos específicos que atendem essa população atualmente.

Tabela 2 - Dados significativos das doenças psicossociais na região Metropolitana de São Paulo.

DOENÇAS

PSICOSSOCIAIS

Fonte: IBGE.gov.br (Organizado pelo autora)

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de Tratamento para Pessoas com Doenças Psicossociais
Fonte: Google Earth (Editado pela autora) POPULAÇÃO DEPRESSÃO E ANSIEDADE RRAS TOTAL TOTAL HOMENS MULHERES RRAS - 01 2.825.048 429.407 110.788 318.619 RRAS - 02 3.092.717 213.397 55.057 158.340 RRAS - 03 158.438 7.921 2.043 5.877 RRAS - 04 1.186.936 136.497 35.216 101.280 RRAS - 05 1.922.898 199.981 51.595 148.385 RRAS - 06 12.396.372 1.289.222 2.043 956.602
Figura 26 - Equipamentos de saúde psicossocial existentes na região Metropolitana de São Paulo.

Após a análise dos equipamentos de saúde voltados ao tratamento de pessoas com doenças psicossociais, foi concluído que a quantidade de equipamentos que existem na região Metropolitana de São Paulo é maior do que em outros municípios devido a alta quantidade de habitantes, mas percebemos que a região do Alto Tietê é quem mais sofre com a carência desses equipamentos, já que a taxa de habitantes aumenta gradativamente.

Com uma área de 3.125 km² e um total de 3 milhões de habitantes (IBGE), pertencente a região Metropolitana de São Paulo, o Alto Tietê é uma região geográfica que fica localizado ao entorno no rio Tietê, sendo constituído por 12 munícipios. Podemos considerar que o Alto Tietê se destaca por ser uma região considerada diversificada com relação à economia, devido ao alto desenvolvimento agrícola, industrial, educacional e comercial.

Sendo considerado a segunda maior região da Grande São Paulo com o alto índice de casos de depressão e ansiedade. Idêntico a São Paulo, a porcentagem de pessoas com o transtorno é ocasionada devido a grande quantidade de habitantes existentes na região, já que a população está em busca demaiorqualidadede vida,habitar em uma região quegeraeconomia, acaba se tornando um ponto atrativo.

Com basena análise da figura26, énotório quemesmo queatualmente Mogi das Cruzes disponha de equipamentos voltados ao apoio psicossocial, para uma região de 455.587 habitantes (IBGE 2021), apenas 4 unidades não são o suficiente para suprir suas necessidades,

54 Instituição de Tratamento
Pessoas
Doenças Psicossociais
para
com
Fonte: Google Earth (Editado pela autora) Figura 27 - Região do Alto Tietê.

sendo assim, Mogi das Cruzes evidência que será uma excelente região para a implantação do projeto.

Fonte: Google Earth (Editado pela autora).

Mogi das cruzes fica na região leste da Grande São Paulo, no Alto Tietê. Localizada a 50 km da capital paulista, a cidade é integrada ao Cinturão Verde de São Paulo e é cortada pelas serras do Mar e Itapeti. Devido a facilidade de acesso a capital, Mogi é uma região com clima de interior, que atrai a população por ser um local considerado mais tranquilo, proporcionando melhorqualidadedevida. Acidade estáem constanteevolução econômica, pois contacom uma expansão industrial e agrícola, sendo destaque nacional a produção de caqui, cogumelos e orquídea.

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Figura 28 - Região de Mogi das Cruzes.

6. LOCAL DE INTERVENÇÃO

Para a seleção do terreno onde será realizado a intervenção foram analisados aspectos físicos, permitindo a compreensão da topografia, suas características, interferências construtivas em seu entorno, conforto térmico, acústico e por fim, questões legislativas. Pois a partir dos estudos realizados com relação ao tema, conseguimos enxergar o real obstáculo existente acerca do centro de tratamento para pessoas com doenças psicossociais. Sendo assim, o conceito do futuro projeto será efetuado de forma eficaz, levando em consideração a problemática com relação ao contexto atual.

Fonte: Google Earth (Editado pela autora).

Seguindo a metodologia de análise dos mapas do Congresso Técnico Científico da Engenharia e Agronomia com intuito de efetuar a identificação de áreas com deficiência de tratamento por meio de dados através de software QGIS, foi adotado que um raio de 800 metros seria o ideal para a análise de instituições direcionada ao setor de saúde, sendo capaz de coletar dados através do mapa geográfico Sendo assim, após a apuração da análise da figura 29

utilizando a plataforma de mapa do google, foi levantado 4 equipamentos institucionais de apoio psicossocial abrangendo um raio de 800 metros, sendo notório que os presentes equipamentos de saúde não apresentam quantidade suficiente que atenda a população de forma eficaz, o que se faz necessário o estudo da região onde será realizada a implantação do projeto.

56 Instituição
de Tratamento para Pessoas com Doenças Psicossociais
Figura 29 - Disposição dos principais equipamentos de tratamento a doenças psicossociais.

6.1 Morfologia Urbana

O lote selecionado para estudo está inserido em um bairro considerado pela população um dos melhores para se habitar, já que ele fica localizado próximo a comércios, instituições de ensino, serviço e possui fácil acessibilidade férrea e terminal rodoviário. O bairro da Vila Mogilarvempassandopordesenvolvimentosdesde2008evemsendovalorizado cadavezmais devido ao seu vasto crescimento.

Fonte: Google Earth (Editado pela autora).

Podemos verificar pela figura que em 2015, segundo a ferramenta do Google Earth em ordem cronológica, que o lote era utilizado para estacionar veículos e próximo a ele ainda não havia muitas edificações residenciais. Atualmente o espaço de aproximadamente 53000 m² permanece vazio, sendo utilizado por breves períodos para apresentações culturais (Circos).

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Pessoas
Doenças Psicossociais
para
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Fonte: Google Earth (Editado pela autora). Figura 30 - Lote selecionado para estudo. Figura 31 - Lote em 2015.

Localizado em uma região considerada uma zona de dinamização urbana seguindo os parâmetros técnicos de uso e ocupação do solo do plano diretor do município de Mogi das Cruzes, esta zona orienta o uso de atividades diversificadas, conforme sua categoria funcional de capacidade e fluxo das vias, tendo como principal objetivo o incentivo de ocupação comercial de atividades econômicas, prestação de serviço e redução do deslocamento, enfatizando a acessibilidade, proibindo o uso residencial. Sendo assim, o respectivo terreno foi selecionado devido a alguns pontos vultosos da região, como por exemplo a questão da acessibilidade, já que se tem uma estação férrea, onde a linha 11 da CPTM se inicia na Estação da Luz (Centro de São Paulo) e se conclui na Estação de Estudantes (Centro de Mogi das Cruzes) em frente à Universidade de Mogi das Cruzes, próximo ao terminal rodoviário Contendo uma via de acesso duplicada com ciclovia, a principal via arterial nomeada Yoshiteru Onishi localizada em uma reta concorrente a Avenida Francisco Rodrigues Filho acerca do terreno de estudo é caracterizada como uma das principais vias que dão acesso a Mogi das Cruzes, interligando a Mogi Dutra a região central de Mogi das Cruzes.

Fonte: Google Earth (Editado pela autora).

Além da acessibilidade, podemos mencionar a vasta distribuição arbórea na via principal na lateral do terreno (Avenida Yoshiteru Onishi), onde contém o córrego lavapés, sendo um dos afluentes do Rio Tietê, possuindo cerca de 3,960 km de extensão

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Figura 32 - Levantamento de equipamentos próximo ao lote.

Com base na análise da figura 33, é evidente que os equipamentos comerciais e residenciais existentes na região central de Mogi das Cruzes (Vila Mogilar), de 2008 para a atualidade obteve-se sinais de um amplo crescimento econômico, devido sua expansão subsidial público com relação a projeção habitacional, que está diretamente associada a economia e a qualidade de vida do município, pois tende a aumentar cada vez mais devido a estabilidade da pandemia e o fim das restrições, que após o início da quarentena ocasionou o fechamento de diversos comércios, prejudicando à todos

59 Instituição
de Tratamento para Pessoas com Doenças Psicossociais
Fonte: Google Earth (Editado pela autora). Fonte: Organizado pela autora. Figura 33 - Levantamento de equipamentos próximo ao lote.
0 100 200 300 500m Esc 1:10000
Figura 34 - Equipamentos existentes no entorno do terreno de estudo.

Com base na análise de equipamentos existentes ao entorno do lote em um raio de 1km, é notório que existem ocupações diversificadas, sendo a maior parte voltada a uso residencial e comercial, o que torna esta região do centro de Mogi das Cruzes mais benéfica em questão de desenvolvimento demográfico, urbanístico e econômico.

Além dos equipamentos diversificados, foi observado que o gabarito de altura também é diversificado devido a região onde as edificações estão implantadas. Podemos observar pela figura 35 que os edifícios com mais de 6 pavimentos estão concentrados na região norte, próximo a uma vasta área verde, evitando qualquer interferência negativa com relação a paisagem urbana. Já na região central, é evidente que existem poucas construções de até 3 pavimentos, mas que de certa forma também não ocasiona uma interferência com relação ao sombreamento de construções mais próximas.

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Fonte: Organizado pela autora.
0 100 200 300 500m Esc 1:10000
Figura 35 - Gabaritos de altura das construções.

Fonte: Organizado pela autora.

As principais vias de mão dupla facilitam o acesso ao terreno de estudo, sendo elas a Avenida Yoshiteru Onishi e a Avenida Francisco Rodrigues Filho. Após a análise do fluxo viário no período das 9:00 e 18:20, ficou evidente que o fluxo de veículos nessa região pode ser considerado leve e moderado, pois devido a quantidade de via coletoras e arteriais que fazem a distribuição de veículos acaba auxiliando no andamento do trânsito sem demais interferências.

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0 100 200 300 500m Esc 1:10000
Figura 36 - Fluxo viário e acessos.

6.2 Levantamento de imagens

62 Instituição de Tratamento para Pessoas com Doenças Psicossociais
Fonte: Google Earth (Editado pela autora). Fonte: Própria autoria. Fonte: Própria autoria. Figura 37 - Vista aérea do lote. Figura 38 - Vista frontal do lote (frente com a Av. Francisco Rodrigues Filho). Figura 39 - Vista lateral do lote (frente com a Av. Yoshiteru Onishi).

6.3 Topografia

Fonte: Própria autoria.

A topografia do terreno selecionado para estudo foi verificada sendo utilizado o programa GlobaMapper que possibilita análise planialmétrica do terreno de acordo com sua localidade, dispondo de informações sobre as curvas de níveis existentes. Contudo, foi verificado que atualmente o terreno possui 5 níveis diferentes com uma altura de 10 cm. Sendo assim, pode ser considerado que o terreno possui uma topografia quase plana, com leves inclinações, no qual é intitulado necessário a inclusão de rampas ao longo do projeto segundo a NBR 9050, pois a intenção é trabalhar com o terreno mantendo suas curvas de níveis naturais.

63 Instituição de Tratamento
Pessoas
Psicossociais
para
com Doenças
0 100 200m Esc 1: 6500
Figura 40 - Estudo planialmétrico.

6.4 Uso e ocupação do solo

Sendo caracterizado como um dos principais instrumentos de planejamento, segundo a prefeitura municipal de Mogi das Cruzes, o LOUOS é relevante para que seja realizado a adequação de construções correlacionando o plano diretor do município, sendo instituído pela lei complementar n°7.200, de 31 de agosto de 2016. O novo Plano Diretor de Mogi das Cruzes foi atualizado e aprovado segundo a Lei Complementar n°150, de 26 de dezembro de 2019, visando que segundo a legislação municipal, será necessário a revisão de todas as construções mediante a dispositivos legais pela LOUOS devido sua atualização

Fonte: Prefeitura de Mogi das Cruzes (Editado pela autora).

O local anteposto para o desenvolvimento do projeto, segundo o Seção IV – Lei de Ordenamento do Uso e Ocupação do Solo no Município de Mogi das Cruzes, atende a uma zona de dinamização urbana, com a finalidade de induzir a diversificação de atividade econômicas absorvendo modalidades comerciais, industriais, instituições de saúde e prestação de serviço, utilização rural ou apenas área aberta, seja de pequeno, médio ou grande porte, proibindo sua utilização para uso residencial. A figura 41 mostra no mapa de zoneamento onde será executado a intervenção, e com base para o desenvolvimento do projeto que a tabela 3 concede informações em concordância com a prefeitura para que o projeto seja executado com êxito dentrodos conformes dalei.Osparâmetros técnicosestabelecidos pelaprefeituradeMogi das Cruzes de acordo com o plano diretor visam construções com maior qualidade e conforto aos habitantes da cidade. São redigidos por lei e precisam ser seguidos quando existe a intenção de intervenção.

64 Instituição de Tratamento
Pessoas
Doenças Psicossociais
para
com
Figura 41 - Lei do zoneamento.

Fonte: Prefeitura de Mogi das Cruzes (Editado pela autora).

Critério de implantação – Lote de esquina

▪ Classificação viária – Arterial

▪ TO (Taxa de Ocupação) – 60%

▪ Cab (Coeficiente de Aproveitamento Básico) – 2,5

▪ Cam (Coeficiente de Aproveitamento Máximo) – 3

▪ Área mínima permitida – 175m²

▪ Área mínima de frente – 8,75m²

▪ Rap (Recuo frontal) – 5m

▪ Rdl (Recuo lateral) – 2m

▪ Rdf (Recuo de fundo) – 2m

▪ TP (Taxa de permeabilidade – 20%

Coeficiente de aproveitamento

Fonte: Organizado pela autora.

65 Instituição de Tratamento para Pessoas com Doenças Psicossociais
Tabela 4 - Cálculo de coeficiente de aproveitamento exigido e obtido para o desenvolvimento de projeto.
Parâmetros Exigido Obtido TO (Taxa de Ocupação) 60% 36% Cam (Coeficiente de Aproveitamento máximo) 3 1,79 Área mínima de lote 175m²Recuo frontal 5m 2.310m² Recuo lateral 2m 192,52m² Recuo fundo 2m 3.738m² TP (Taxa de permeabilidade) 20% 24% IE (Índice de Elevação) 0,05 (pav. térreo) Área construída 2.063,22 m² Área ocupada 32.313,87 m²
Tabela 3 - Parâmetros Técnicos e Permissão de Uso e segundo o Zoneamento Municipal.

6.5 Iluminação

Fonte: Organizado pela autora.

Tabela 5 - Radiação solar diária.

Fonte: Organizado pela autora.

Segundo o site Climate, Mogi das Cruzes apresenta um clima quente e temperado, vasta predominância de ventos que vem sentido sul para o norte, com alta pluviosidade ao longo do ano, pois mesmo sendo caracterizado como um município quente sua pluviosidade é de 19,5° C, classificado como uma temperatura na média. Foi observado na figura 42 que existe uma alta variação de incidência solar nessa região devido as mudanças de estações, posicionamento do terreno e a vasta arborização existente, que permite que o terreno se mantenha mais úmido.

Além da localização do terreno proporcionar uma ótima vista para a serra do Itapeti, a intenção de manter a arborização no terreno pode auxiliar no controle térmico, proporcionando também o tratamento de CO2.

66 Instituição de Tratamento para Pessoas com Doenças Psicossociais
Radiação Solar Verão Equinócio Inverno Norte 12:00 - 18:30 10:15 - 18:00 6:45 - 17:30 Sul 5:30 - 12:00 6:00 - 10:15 6:45 - 9:30 Leste 5:30 - 12:00 6:00 - 13:00 6:45 - 13:15 Oeste 12:00 - 18:30 12:30 – 18:00 14:00 - 17:30
Figura 42 - Estudo de insolação.

6.6 Acústica

É importante compreender qual é o limite do ruído a ser considerado saudável para os usuários e os seus principais causadores, para que seja efetuado o devido tratamento acústico gerando maior conforto nos ambientes internos do projeto arquitetônico. Segundo a NBR 10151, redigida em junho de 2000, para espaços de atividade de saúde, o método de avaliação eficiente do ruído é a comparação entre o nível de pressão sonora emitido e o nível do critério de avaliação, envolvendo questões como horário (período diurno e noturno), hábitos da população, eventos etc. A tabela de avaliação de ruídos certifica que para área de uso residencial, de saúde e escolar o nível de ruído diurno não deve ultrapassar os 50 dbs e noturno 45 dbs.

Tabela 6 - Avaliação acústica local.

Fonte: Organizado pela autora.

Tabela 7 - Cálculo de ruído.

Fonte: Organizado pela autora.

Com basenaanálisede ruído externopormeio de um medidor,foirealizadoum cálculo com a presente fórmula na norma NBR 10151, levando a concluir que existe um alto grau de ruido na região devido ao intenso fluxo de veículos e pedestres, podendo assim ser tratado com uso de materiais distintos diretamente produzidos para efetuar o isolamento acústico como materiais que possuam maior espessura e massa, caixilhos e batentes com vedações, utilização depisos flutuanteseparedes deDrywall quepodem serpreenchidos facilmentecom lãdevidro.

Tabela 8 - Isolantes de ruído.

Fonte: mapadaobra.com (Organizado pela autora).

67 Instituição de Tratamento para Pessoas com Doenças Psicossociais
Avaliação Acústica Horários Moto Carros Caminhões Pedestres Ônibus 08:30 65dbs 65dbs 70dbs 46dbs 76dbs 12:30 70dbs 73dbs 77dbs 50dbs 70dbs 17:30 73dbs 70dbs 79dbs 55dbs 77dbs 19:30 66dbs 69dbs 79dbs 52dbs 76dbs Exigido Obtido Diurno 50dbs Diurno 74,7dbs Noturno 45dbs Noturno 68,6dbs Isolantes de ruído Materiais dbs Parede de alvenaria 45dbs Janelas com vidro duplo 4 cm 50dbs Portas isolantes 40dbs Feltro e borracha em batentes 40dbs

6.7 Impacto na vizinhança

O projeto a ser desenvolvido com base nas questões analisadas na região onde será realizado sua implantação, pode gerar impactos positivos, que beneficiam os usuários em geral, como a possibilidade de contemplação da área verde externa a ser desenvolvida, a atração de usuários de outras localidades devido ao fácil acesso ocasionando o aumento econômico, ampliação na demanda de trens metropolitanos, aumento do fluxo de veículos da região, possibilidade de realização de atividades em conjunto por se tratar de uma instituição de uso público e a qualificação do espaço a partir de sua infraestrutura.

68 Instituição de
Psicossociais
Tratamento para Pessoas com Doenças
Fonte: Google Earth (Editado pela autora). Figura 43 - Análise de impacto.

7. USUÁRIOS

Tabela 9 - Perfil dos usuários.

PERFIL DOS USUÁRIOS

Setores Usuários

Diretor

Gerente

Administrativo

Assistente Social

Auxiliar de Enfermagem

Limpeza

Operacional

Secretários

Segurança

Supervisor Educacional

Descrição

O diretor fica responsável por organizar, planejar atividades, identificar oportunidades, expor estratégias de gestão e efetuar sua viabilidade, de forma a atender a saúde e bem- estar dos funcionários da instituição e dos respectivos pacientes.

Diferente do diretor, o gerente é responsável pelo desempenho da unidade, fornecendo liderança aos funcionários em geral, promovendo a ética evalores organizativos formulado pelo diretor.

A assistência social fica responsável pela elaboração e execução de planos políticos e a viabilização dos direitos da população. Geralmente permanece presente quando se trata de cultura, saúde, habitação e educação, auxiliando na aplicação de programas que contribuam para ampliar a qualidade de vida da população de classe baixa.

O auxiliar de enfermagem deve ter cuidado com a limpezas de equipamentos direcionado ao setor de saúde, além de participar de atividades como orientação dos pacientes pós-tratamento e consulta seguindo as instruções médicas.

É necessário processo de limpeza em qualquer que seja o porte da edificação, com o intuito de desinfectar os ambientes, minimizando o risco de propagação de bactérias.

A secretária de atendimento funciona como uma comunicação entre a direção da empresa e a gestão de colaboradores, suas funções de trabalho podem ser bem idênticas ao administrador da instituição

A segurança foi disciplinada pela legislação brasileira com o intuito de intervir em qualquer situação atípica e antijurídico atribuído a função do tratamento de doenças psicossociais, visando preservar a segurança de todos os usuários.

O papel deste profissional é orientar e coordenar as atividades a serem aplicadas na instituição, de forma com que haja a interação social entre os respectivos pacientes.

69 Instituição de Tratamento
Pessoas
Doenças Psicossociais
para
com

Enfermeiro

Exigindo a graduação em enfermagem. Geralmente os enfermeiros dão assistência aos pacientes, efetuam a manipulação de ferramentas tecnológicas eotratamentodeferidas.Possuemocargodegestão em instituições públicas ou privadas, seja de porte grande ou pequeno.

Psiquiatra

Graduado em medicina, esse profissional trata diversas questões relacionada a doenças mentais pela visão técnica da medicina, sendo o principal responsável pelo diagnostico do paciente para determinar qual seria o tratamento mais adequado de acordo com o seu nível.

Terapeuta

A função do terapeuta é buscar encorajar os pacientes com o distúrbio mental prestando o atendimento personalizado dependendo do trauma e do nível de cada transtorno.

Psicólogo

Tratamento

Massagista

Nutricionista

Orientador Educacional

Com graduação na área da psicologia, O psicólogo é responsável por analisar o paciente de forma filosófica para compreender questões da sua mente. Com base neste o profissional consegue efetuar um diagnóstico para recomendar o tratamento.

O massagista utiliza técnicas especificas buscando promover a qualidade de vida do paciente, relaxando o seu corpo, o acalmando do estresse.

O nutricionista efetua o atendimento ao paciente uma supervisionando sua dieta, aplicando o seu conhecimento baseado na ciência da nutrição.

Graduado em psicologia ou pedagogia. A especialidade de OrientadorEducacional édiferente de um professor, que faz a aplicação de apenas uma matéria em específico. O orientador atua no processo de aprendizado envolvendo questões culturais diversificadas, incentivando a interação social entre os alunos, aprimorando sua convivência na sociedade.

Pacientes

A instituição visa o tratamento de pacientes com transtornos psicossociais, tratando em especifico a ansiedade e depressão por meios do relaxamento físico, interação social e cultural. Geralmente atende pacientes adultos, maiores de 18 anos.

Farmacêutico

Fonte: Organizado pela autora.

O farmacêutico designa os medicamentos corretor prescritos pelos médicos psiquiatras da instituição

70 Instituição
de Tratamento para Pessoas com Doenças Psicossociais

8. PROGRAMA DE NECESSIDADE

Tabela 10 - Programa de necessidades.

71 Instituição
Psicossociais
de Tratamento para Pessoas com Doenças
PROGRAMA DE NECESSIDADE Setor de atendimento Ambiente Usuário Quantidade Área (m²) Fonte Área total (m²) Consultório individual Psiquiatra 1 16 Neufert, pág. 302 16 Consultório individual Psicólogo(a) 5 16 Neufert, pág. 302 80 Consultório individual Nutricionista 5 16 Neufert, pág. 302 80 Sala Terapia coletiva Terapeuta 2 20 Neufert, pág 302 40 Sala da assistente social Assistente social 4 12 Neufert, pág. 208 48 Sala de atividades recreativas Orientador(a) educacional 8 30 Neufert, pág. 208 240 Prática de Jardinagem Orientador(a) educacional 1 10.340 Cálculo do coeficiente de aproveitamento 10.340 Prescrição/Consultório Psiquiatra 1 16 Neufert, pág. 302 16 Farmácia Farmacêutico 1 12 Neufert, pág. 303 12 Enfermaria Enfermeiro(a) 1 20 Neufert, pág. 311 20 Posto de enfermagem Enfermeiro(a) 1 30 Neufert, pág. 319 30 Vestiário Funcionários 2 10 NBR 9050, pág. 82 20 Sanitários Todos 2 20 Neufert, pág. 319 40 Sanitários PCD Todos 2 10 NBR 9050, pág. 82 20 Espera Todos 2 20 Neufert, pág. 302 40 Setor terapêutico Ambiente Usuário Quantidade Área (m²) Fonte Área total Espera Todos 2 20 Neufert, pág. 302 40 Sala de Massagem Terapeuta 1 20 Neufert, pág. 302 20 Sala de Acunpultura Terapeuta 1 20 Neufert, pág. 302 20 Sala de Reiki Terapeuta 1 20 Neufert, pág. 302 20 Sanitários Todos 2 20 Neufert, pág. 319 40 Sanitários PCD Todos 2 10 NBR 9050, pág. 82 20 Espera Todos 2 20 Neufert, pág. 302 40 Setor administrativo Ambiente Usuário Quantidade Área (m²) Fonte Área total Sala da diretoria Diretor 1 18 Neufert, pág. 323 18 Sala de administração Gerente 1 18 Neufert, pág. 303 18 Guarita Segurança 1 6 COE Prefeitura SP 6 Copa de funcionários Funcionários 1 12 Neufert, pág. 320 12 Sala de reuniões Funcionários 1 18 Neufert, pág. 323 18 Tesouraria Funcionários 1 18 Neufert, pág. 323 18 Vestiário Funcionários 2 10 NBR 9050, pág. 82 20 Sanitários Funcionários 2 20 Neufert, pág. 319 40 Sanitários PCD Funcionários 2 10 NBR 9050, pág. 82 20 Espera Funcionários 1 20 Neufert, pág. 302 20
72 Instituição
Sala dos orientadores Orientador(a) educacional 1 24 Neufert, pág. 208 24 Setor operacional Ambiente Usuário Quantidade Área Fonte Área total Almoxarifado Funcionários 1 20 Neufert, pág. 328 20 Depósito de lixo Funcionários 1 12 Neufert, pág. 321 12 Sala técnica Funcionários 1 8 Neufert, pág. 319 8 Descanso de funcionários Funcionários 1 16 Neufert, pág. 319 16 Copa de funcionários Funcionários 1 12 Neufert, pág. 320 12 Vestiário Funcionários 2 10 NBR 9050, pág. 82 20 Sanitários Funcionários 2 20 Neufert, pág. 319 40 Sanitários PCD Funcionários 2 10 NBR 9050, pág. 82 20 Depósito de materiais de limpeza Funcionários 1 8 Neufert, pág. 319 8 Cafeteria Ambiente Usuário Quantidade Área (m²) Fonte Área total Cozinha Funcionários 1 8 Neufert, pág. 195 8 Depósito de lixo Funcionários 1 12 Neufert, pág. 321 12 Sanitário Todos 1 8 NBR 9050, pág. 82 8 Salão Todos 1 10 Neufert, pág. 195 10 Fonte: Organizado pela autora.
de Tratamento para Pessoas com Doenças Psicossociais

9. FUNCIONAMENTO

A instituição de atendimento público funciona 24 horas na semana (segunda a sexta) e meio período aos finais de semana (sábado e domingo) e feriado. É voltada diretamente ao tratamento de pessoas adultas (maiores de 18 anos) com transtorno de ansiedade e depressão atendendo uma média diária de 268 pacientes, 1.876 semanalmente e 7.504 mensalmente, compreendendo que é possível o atendimento mensal de até 1,64% da população total da região de Mogi das Cruzes

Tabela 11 - Carga horária de cada profissional.

Setor especializado de atendimento - Acolhimento diurno semanal (das 9:00 às 18:00)

Fonte: bvsms.saude.gov.br (Organizado pela autora).

73 Instituição
de Tratamento para Pessoas com Doenças Psicossociais
Profissionais Carga horária/semanal Quantidade Atividade Tempo de duração/min Atendimento Psicólogo 30 5 Consulta 60 30 pessoas Psiquiatra 20 2 Consulta 60 8 pessoas Nutricionista 30 5 Consulta 15 120 pessoas Terapeuta 30 5 Atendimento 60 30 pessoas Enfermeiro 40 1 Atendimento -Orientador Educacional 45 8 Atividades -Assistente Social 30 5 Atendimento -Auxiliar de enfermagem 45 8 Atendimento -Setor especializado de atendimento
Acolhimento noturno (das 18:00 às 3:00) Profissionais Carga horária/semanal Quantidade Atividade Tempo de duração/min Atendimento Psicólogo 30 1 Consulta 60 6 pessoas Psiquiatra 20 1 Consulta 60 4 pessoas Nutricionista 30 1 Consulta 15 24 pessoas Terapeuta 30 1 Atendimento 60 6 pessoas Enfermeiro 40 1 Atendimento -Orientador Educacional 45 1 Atividades -Assistente Social 30 1 Atendimento -Auxiliar de enfermagem 45 3 Atendimento -Setor especializado de atendimento - Acolhimento diurno semanal (das 3:00 às 9:00) e aos finais de semana e feriado (das 9:00 ao 3:00) Profissionais Carga horária/dia Quantidade Atividade Tempo de duração Atendimento Psicólogo 30 1 Consulta 60 6 pessoas Psiquiatra 20 1 Consulta 60 4 pessoas Nutricionista 30 1 Consulta 15 24 pessoas Terapeuta 30 1 Atendimento 60 6 pessoas Enfermeiro 40 1 Atendimento -Orientador Educacional 45 1 Atividades -Assistente Social 30 1 Atendimento -Auxiliar de enfermagem 45 3 Atendimento - -
-

10. PROPOSTA PROJETUAL

Nesta etapa da presente monografia é representada a ideia de proposta projetual desenvolvida para a concepção do projeto arquitetônico. É realizado a definição de um conceito e partido mais simples, para que o leitor possa compreender o processo de elaboração dos espaços, com a setorização, organograma, fluxograma e estudo volumétrico. Abordar o processo de desenvolvimento de um projeto pressupõe resolução a um eventual problema de disposição da setorização dos espaços e a utilização de determinados materiais, sendo possível sua correção para o aprimoramento do conforto para os usuários.

10.1 Conceito

O projeto arquitetônico da instituição de tratamento para pessoas com doenças psicossociais é um edifício onde busca convidar os usuários com depressão e ansiedade para ser diagnosticado e assim ser realizado o tratamento da doença. Essa relação de conforto aos pacientes se obteve devido a sua arquitetura mais clean e minimalista onde as paredes transparentes mesclam o exterior verde do jardim com os ambientes internos da instituição, trazendo uma sensação de sutileza e paz aos usuário. O seu principal conceito é trabalhar com uma arquitetura mais singela, buscando apostar na simplicidade, naturalidade e funcionalidade do espaço, valorizar os ambientes internos com iluminação natural e a ventilação cruzada, proporcionando maior sustentabilidade ao projeto.

74 Instituição de Tratamento
Psicossociais
para Pessoas com Doenças
Fonte: Própria autoria. Figura 44 - Croqui da implantação

10.2 Partido arquitetônico

Sendo um projeto inspirado na arquitetura contemporânea e minimalista, o formato da edificação foi inspirado de acordo com a circulação predominante, sendo iniciado no setor de atendimento (principal), onde o fluxo pode ser divido entre as extremidades da instituição por um pátio central aberto com vegetação que dá acesso a outros setores, como o operacional e o administrativo. Devido a fachada principal ser voltada para o leste (onde nasce o sol) foi adicionado brises de Prosolve 370°, os quais geram maior economia de energia, são mais resistentes e proporcionam conforto térmico aos ambientes. Sua volumetria externa e interna é composta por materiais como o aço e o vidro, que juntos criam uma composição única, enfatizam a sustentabilidade e agrega conforto aos usuário. O vidro duplo utilizado nas fachada além de aprimorar o conforto acústico com base nos ruídos causados pela avenida Yoshiteru Onishi também possui refletividade, para que quem esteja andando próximo ao edifício não tenha visibilidade da área interna das salas de atendimento, oferecendo privacidade aos pacientes e profissionais, já na área interna os vidros das respectivas salas possuem um sistema Smart Glass, que funciona com sistema elétrico no qual quando submetidas a uma corrente elétrica, as partículas de cristal líquido se alinham e permitem a passagem da luz, tornando o vidro transparente e quando desligado o vidro fica fosco ocasionando privacidade, eliminando a necessidade de se ter persianas ou cortinas. Por fim, buscando dar maior ênfase a questão de sustentabilidade no projeto, a cobertura de todos os blocos terá o telhado verde ecológico, concedendo escoamento de água pluviais e a qualidade de vida. As salas de atividade coletiva estão locadas no extenso jardim, que tem como principal intuito inspirar e conectar os pacientes com a natureza, para que sua recuperação seja mais prazerosa e eficaz Pensando neste, o estacionamento principal para os pacientes e acompanhantes foi pensado para que ficasse o mais longe possível da instituição, com intuito de incentivar os usuários a caminhar pelo belíssimo jardim, propiciando maior reflexão sobre o sentido da vida.

75 Instituição de Tratamento para Pessoas com Doenças Psicossociais

10.3 Organograma e fluxograma

Fonte: Própria autoria.

Fonte: Própria autoria.

Na confecção do organograma e fluxograma, podemos observar que o projeto foi a princípio distribuído de três formas, agregando a área de convívio que seria a cafeteria e o espaço verde (jardim), o bloco de atendimento para o tratamento dos pacientes e as salas de atividade recreativa que também é voltada para o tratamento, porém prioriza a interação social, sendo caracterizado como uma “etapa final” para a conclusão do tratamento e retorno saudável asatividadecoletivasnocotidianodecadapaciente.Além detudo aáreadojardimserábastante valorizada, já que o principal conceito do projeto é aplicar uma grande porcentagem da área permeável para valorizar ainda mais o espaço de forma com que os visitantes também possam aproveitar essa área verde e principalmente requintar a forma de tratamento alternativo que será aplicado na instituição.

76 Instituição de Tratamento para Pessoas com Doenças Psicossociais
Figura 45 - Organograma.
Figura 46 Fluxograma

10.4 Volumetria

Fonte: Própria autoria.

Sua volumetria foi inspirada na arquitetura contemporânea e minimalista, por isso as linhas lineares e cores claras, para que fosse remetido a pureza, conforto estético, modernidade e higiene do local devido ao seu enquadramento dentro da área de saúde Ao projetar uma arquitetura em blocos desconexa, o intuito é fazer com que os setores de tratamento sejam de fácil distinção e acesso, para que os pacientes possam manter sua privacidade e contemplar de forma plena a natureza que os cerca. Sendo assim , de forma separada foi concentrado em um bloco as salas de atendimento e orientação dos pacientes, em outro, o espaço de convívio e consumo de alimentos e por fim as salas que influenciassem no tratamento alternativo.

10.5 Acessos e usos

A princípio, os pacientes acessam o espaço de recepção do setor de atendimento e aguardam alguns minutos até o seu atendimento com o respectivo profissional, enquanto os acompanhantes aguardam, é possível desfrutar e contemplar a paisagem enquanto consomem um café na cafeteria Expresso, localizada no jardim. Já os pacientes que frequentam a salas de atividade recreativa não precisam necessariamente ter que esperar na recepção do bloco de atendimento para serem atendidos e direcionados até as salas devido sua inscrição prévia realizada na recepção do bloco de atendimento para frequentar diariamente ou semanalmente as aulas em sala (dependendo do tempo de tratamento que o profissional da instituição recomendou). Sendo assim, é possível estar presente nas salas de atividade recreativa apenas com documento de identificação formulado pela instituição, no qual que será revisado pelo orientador nos dias de atividades

77 Instituição de Tratamento para Pessoas com Doenças Psicossociais
Figura 47 - Volumetria

10.6 Setorização

Fonte: Própria autoria.

A setorização dos blocos foi realizada de forma estratégica a ponto de manter o fácil acesso dos usuários, maior visibilidade do bloco de atendimento (principal) e o aproveitamento da área verde em seu entorno que ocasiona maior tratamento acústico na região e mantém o espaço refrigerado devido aos ventos que sopram em direção ao norte, favorecendo também a ventilação cruzada.

Fonte: Editado pela própria autora.

Como analisado na figura 49, o sol nasce na fachada frontal do bloco principal e se põe na fachada posterior do bloco principal, devido a este, foi verificado que seria necessário a adição de brises para que as salas de atendimento que são todas de parede de vidro não ocasionasse o efeito estufa e prejudicasse o atendimento dos pacientes. Sendo assim, juntamos a tecnologia com a sustentabilidade e adicionamos o brise Prosolve 370°, que além de ser produzido com material sustentável, mantem os ambientes mais arejados devido ao seu posicionamento e também trata o dióxido de carbono emitido pelos veículos circundantes nas vias mais próximas, aprimorando a qualidade de vida dos usuários.

78 Instituição de Tratamento para Pessoas com Doenças Psicossociais
Figura 48 - Setorização Figura 49 - Zoneamento e iluminação natural

11. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir da importância de compreender aspectos relacionado a saúde mental, no geral para além de sua necessidade, o desenvolvimento do projeto arquitetônico busca encontrar soluções efetuando o planejamento dos espaços de forma adequada, com o intuito de que os tratamentos clássico e alternativos sugeridos sejam eficazes, além de ocasionar a interação social e reinserção do paciente na sociedade.

Na procura por locais existentes que tratassem de forma especifica a depressão e a ansiedade foi selecionado o equipamento institucional CAPS, que de certa forma atende bem aos requisitos de tratamento da região, porém foi concluído que a baixa quantidade desses equipamentos no munícipio de Mogi das Cruzes não atende de forma eficiente a maior parte da população por ser instituições de pequeno porte.

Para melhor aprimoramento no assunto o projeto institucional para tratamento de pessoas com doenças psicossociais foi desenvolvido com o intuito de atrair os pacientes, já que muitos ainda não se sentem confortáveis para efetuar uma consulta com o psicólogo ou até mesmo não possuam o conhecimento de que estejam com depressão ou ansiedade, então o conceito e o partido arquitetônico buscam ser algo convidativo.

Sobre a implantação do projeto ser realizada em uma região central, quando se trata do assunto relacionado a saúde, a localização da instituição deve atender condições que de certa forma priorize aos pedestres, já que atualmente o maior problemática analisada é a falta de acessibilidade dos usuários de classe mais baixa. Evidenciando esta questão, o bairro escolhido para a concepção do projeto possui um vasto crescimento na acessibilidade e economia, sendo dois fatores importantes que atribuídos ao edifício, elevara ocasionalmente o nível de atendimento de pacientes seja qual for sua classe social.

79 Instituição de Tratamento para Pessoas com Doenças Psicossociais

12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Pessoas com Doenças Psicossociais
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Doenças Psicossociais
para Pessoas com
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