Minha Vida com Thais 1º capítulo

MINHA VIDA COM THAIS Romance er贸tico da vida real

Joe Freeman

S茫o Paulo - 2015 -

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Autor: Joe Freeman Diagramação e projeto gráfico: Luciano Spezzia Capa: William Castro Revisão: Sandra Garcia Córtes Avenida Engenheiro Caetano Álvares, 530 conj. 03 - sala 07 Limão - São Paulo - SP CEP 02546-000 www.livrobits.com.br sac@livrobits.com.br

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP).

F855m Freeman, Joe. Minha vida com Thais: romance erótico da vida real./ Joe Freeman. – São Paulo: Livrobits, 2015.

115 p.

ISBN-13 978-85-67519-18-0 1.Literatura. 2.Romance. I.Título.

CDD 82

Impresso no Brasil Printed in Brazil

Agradecimentos Sinceros agradecimentos ao Dr. Jaques B. pela inestimรกvel ajuda que sempre nos prestou e que foi relevante para a feitura desta obra.

- III -

A surpresa A vida é cheia de surpresas. Quando parece que nada mais há para acontecer no ocaso de uma existência, uma surpresa, um fato novo acontece e muda totalmente o modo de viver. O que aconteceu comigo foi algo tão incrível que até hoje, passados muitos anos, custo a acreditar que fui capaz de tomar as atitudes que tomei. Atitudes estas completamente contrárias a minha personalidade sempre racional, calma e ponderada, atitudes ora violentas, ora contrárias à moral, enfim um conflito de sentimentos gerados ora pelo amor, ora pelo ódio, pela paixão e pelo desprezo, sentimentos totalmente opostos e conflitantes que explodiam dentro de mim, desorientando-me totalmente.

Dito isso, inicio minha história.

-V-

Sumário Capítulo 1 - O início de tudo

1

Capítulo 2 - Primeira morada

6

Capítulo 3 - A agência

10

Capítulo 4 - Primeiro ano

13

Capítulo 5 - Segunda moradia

16

Capítulo 6 - A vingança

19

Capítulo 7 - Hector 21 Capítulo 8 - Ananda 24 Capítulo 9 - A balada

26

Capítulo 10 - O canadense

28

Capítulo 11 - A profissão

32

Capítulo 12 - Quarta mudança

34

Capítulo 13 - Vida nova

36

Capítulo 14 - A bagunça

38

Capítulo 15 - O passeio

40

Capítulo 16 - Segunda vingança

45

Capítulo 17 - Nada é eterno

49

Capítulo 18 - Primeiro emprego

51

Capítulo 19 - Clarinha 53 Capítulo 20 - Êxtase 55 Capítulo 21 - A terceira vingança - VII -

57

Capítulo 22 - O retorno

60

Capítulo 23 - Calmaria 62 Capítulo 24 - Vida de casa

65

Capítulo 25 - Emprego novo

67

Capítulo 26 - A doença

69

Capítulo 27 - O lésbico

72

Capítulo 28 - Ano novo, vida nova

75

Capítulo 29 - Dívidas e mais dívidas

80

Capítulo 30 - Última briga

82

Capítulo 31 - Finalmente paz

87

Capítulo 32 - Quinta mudança

88

Capítulo 33 - Férias 91 Capítulo 34 - Terceiro semestre

93

Capítulo 35 - Um novo amor

95

Capítulo 36 - Outono

98

Capítulo 37 - Páscoa

101

Capítulo 38 - Transalésbica 103 Capítulo 39 - Nove anos

105

Capítulo 40 - Ventania 108 Capítulo 41 - Finalmente doutora

110

Capítulo 42 - Final feliz

113

Considerações finais e mensagem ao leitor

115

Capítulo 1 O início de tudo

O

mês era maio e o sol já estava se pondo. Eu, advogado de formação, acabara de atender meu último cliente e pensei no que fazer. Estava aborrecido, o dia tinha sido cheio de problemas e voltar para casa não estava em meus planos.

Pensei em ir a um cinema, mas logo mudei de ideia. Ocorreu-me que há muito tempo minha vida afetiva era péssima, sem amor e sem perspectivas. Eu era desquitado e há muito tempo não tinha uma companhia feminina em minha vida. Já passara há tempo dos 50 anos, e a solidão era minha companheira constante.

Que tal ir até um bordel para quem sabe aliviar-me e alterar um pouco minha rotina? Sim, faria isso.

Pelo jornal localizei a casa que oferecia prazeres aos homens e dirigi-me ao lugar.

Era um sobrado. Toquei a campainha e, ao abrirem a porta, entrei, sendo recebido por uma garota de minissaia que, beijando-me a face, convidou-me a sentar. As moças começaram a entrar, uma de cada vez, dizendo seu nome e beijando-me a face. Eram todas iguais em seus gestos, mostrando profissionalismo. Eu ali era apenas mais um cliente a ser atendido. Não eram feias nem bonitas, apenas frias e prontas para se entregar a troco de dinheiro.

Pensei em ir embora, pois na verdade nenhuma me chamara à atenção. Quando ia me levantando, tocaram a campainha e pensei ser mais um cliente. Qual não foi minha surpresa quando entrou uma moça. A primeira -1-

impressão foi incrível. Era belíssima, estava de calça jeans e ainda não tinha colocado o sumário traje de trabalho que as outras usavam. Estava atrasada. Parecia ter por volta de 18 anos e dirigiu-se para os fundos da casa.

Chamei a responsável e perguntei quem era aquela moça e ela me explicou que era uma garota nova na casa. Pedi para ser atendido por ela e mal pude esperar.

Passados alguns minutos ela reapareceu em trajes sumários e disse: − Sou Thais, você quer subir?

Entramos no quarto, sentamos na cama e comecei a falar: − Escute, Thais, não sou mais moço e tenho muita dificuldade na ereção. Assim vou dizer a você o que quero fazer e você me diz se concorda, ok? Gosto de beijos na boca e não transo de camisinha. Posso te mostrar um exame que prova que não tenho AIDS. Quero só sexo normal, nada mais que isso, você topa? − Está certo − ela respondeu e começou a se despir.

Enquanto tirávamos a roupa, perguntei sua idade. − Tenho 19 anos. − Você é nova aqui, certo? – perguntei. − Sim, você é meu terceiro cliente.

Quando ficou nua, pude ver a menina de 19 anos lindíssima, com seu corpo escultural, coxas grossas bem torneadas, seus seios médios duros e empinados e seu cabelo loiro e longo caindo em suas costas. Era uma escultura rara e cheia de beleza.

Deitamos e fizemos amor. Ao penetrá-la senti uma felicidade que há muito não sentia e percebi que algo muito especial estava acontecendo.

Beijei-a na boca e não fui rejeitado. Ao final, atingi o orgasmo. Foi maravilhoso.

Ficamos deitados, começamos a conversar e perguntei: − Você vem aqui todos os dias?

Olhando-me com candura respondeu: − Eu comecei ontem, mas não vou ficar aqui muito tempo. EU NÃO NASCI PARA ISSO. Aquela frase penetrou-me profundamente.

-2-

Vi nela subitamente uma moça pobre desamparada se prostituindo por necessidade e que com certeza sabia que não era esse o futuro que desejava para si. Pensei por um momento: “Nossa, tão novinha que poderia ser minha filha.”

Encarei-a novamente e perguntei: − Você tem um meio de falarmos fora daqui? − Sim, tenho um e-mail e te passo o endereço. − Vou entrar em contato com você, pois gostaria de te ver de novo, mas não aqui. Você aceitaria? − Pode ser − respondeu Thais.

Talvez por minha vaidade masculina perguntei enquanto me vestia: − Você gostou de mim? − Sim − disse ela −, mas quero dizer a você que sou lésbica e que não sinto prazer com homens.

Nossa, que surpresa! A moça era lésbica e contrariava sua sexualidade se prostituindo para sobreviver. Decididamente eu gostaria de fazer algo para ajudá-la. to?

− Vou entrar em contato com você para marcar algo fora daqui, cer− Ok − respondeu.

Tirando a carteira do bolso paguei a taxa combinada e dei-lhe uma boa gratificação, à qual ela agradeceu com um sorriso.

No dia seguinte entrei em contato com Thais pelo e-mail e conversamos sobre banalidades. No fim perguntei se poderíamos nos reencontrar em outro local que não aquele onde a conheci.

“Vamos nos encontrar perto da minha casa, na Vila Guilherme. Fica bem pra você?”

Claro que ficava bem. Qualquer lugar que ela sugerisse ficaria bem, tamanha era minha ansiedade em reencontrá-la. Ela era realmente cativante.

“Certo encontro você às 8 da noite.” À noitinha comprei um maço de rosas e antes da hora eu já aguardava impaciente no local combinado.

-3-

Pouco depois ela chegou e sorriu ao ver as flores. − Rosas para mim? Que lindas, obrigada! − Bem, o que fazemos agora, para onde vamos? – perguntei. − Vamos para minha casa. − Você mora sozinha? − Moro sim. Vamos até lá.

Chegamos a casa em que Thais morava. Era térrea, com uma ampla sala e um dormitório com uma cama de casal.

Sentamos na sala e conversamos muito sobre a vida dela e ela contou-me que era do litoral e viera para trabalhar, pois lá não havia empregos, depois contou como trabalhara com um patrão que, além de pagar-lhe pouco a assediava, exigindo favores sexuais.

Contou também que estava passando necessidades e, aconselhada por uma amiga garota de programa, comprara o jornal amarelinho que a conduziu para o local onde foi recrutada. Contou que ficava com parte do que os clientes pagavam e que, pagando suas despesas com alimentação aluguel e outras, estava sempre sem dinheiro.

Perguntei quanto ela precisava para se manter e, após pensar, respondeu que não sabia ao certo, só sabia que no momento até as contas de água e luz da casa estavam atrasadas.

Pedi as contas e prometi pagá-las. Perguntei se não pensava em estudar alguma coisa, talvez um curso profissionalizante, e ela respondeu que gostaria, sim, mas que para tudo era preciso dinheiro. Claro, tudo era uma questão de dinheiro. − Vamos deitar um pouco? – convidou. Fomos para o quarto e transamos.

Foi muito bom sentir meu corpo dentro de seu corpo de ninfeta e senti-me remoçado. Thais era carinhosa, embora eu soubesse que ela não estava participando.

Após algum tempo levantamo-nos e enquanto me vestia perguntei se gostaria de ter um relacionamento duradouro comigo. Em troca, eu a ajudaria no que ela precisasse. − Como seria isso? – perguntou.

-4-

− Bem, eu não sou rico, mas acho que posso ajudar você. − Creio que com dois mil reais você poderá sobreviver sem ter que se prostituir.

A ideia veio de repente. Sim, ela era muito delicada para ficar se entregando para todos os homens a troco de dinheiro.

No fundo, o que eu queria era ao mesmo tempo tirá-la da prostituição, protegê-la e porque não tê-la só para mim. Queria afastá-la de ser garota de programa, pois a imaginava como uma filha que não tive e que se tivesse não gostaria de sabê-la prostituta, mas ao mesmo tempo a desejava como amante, pois sua juventude e sua beleza me fascinavam. Queria ser pai e amante ao mesmo tempo, num conflito imenso, pois isso seria incesto, não é mesmo? Pensamentos loucos me atormentaram. Pensei em certo momento em sair fora e deixar tudo como estava, mas não não iria desamparar Thais. Estava decidido a não mais me separar dela e fosse como fosse iria ajudá-la, ou como pai que ajuda a filha desencaminhada ou como amante já entrado em anos que descobre o elixir da longa vida e da eterna juventude no corpo de uma ninfeta deslumbrante.

Sim, estava decidido. Não a abandonaria. − O que você quer que eu faça em troca? − perguntou Thais. − Quero que primeiramente saia da casa onde te conheci e pare de ser garota de programa, e segundo poderíamos nos encontrar aqui duas vezes por semana. Estaria bem para você? − Não posso sair da casa assim, sem mais nem menos e tenho outro problema: Vou ter que me mudar, o dono da casa pediu que eu saia, pois a casa foi vendida e não tenho para onde ir. Teria que dormir lá na casa das garotas. − Então, se é isso, pode ficar tranquila que amanhã mesmo vamos procurar um lugar para você morar e, quanto a casa, simplesmente não vá mais lá. E não se preocupe com dinheiro. − Está certo, vamos ver no que vai dar. − Certo, então me encontre amanhã à noite para que possamos procurar sua nova casa. Combinado? − Sim − respondeu Thais. Estava feito o trato.

-5-