Lisboa Cultural | 9 a 22 de outubro ´12

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9 a 22 de outubro


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Índice #261

9 a 22 de outubro´12

Destaque

Ficha técnica

DocLisboa´12 | Pág. 2

Edição: CML | Direcção Municipal de Cultura Departamento de Acção Cultural | Divisão de Promoção e Comunicação Cultural Editor: Frederico Bernardino Redação: Frederico Bernardino, Raquel Antunes, Sara Simões Designer: Rute Figueira Capa: Kit Garden - foto Francisco Levita Contactos: Rua do Machadinho, 20, 1249-150 Lisboa | Tel. 218 170 600 lisboa.cultural@cm-lisboa.pt

Exposição O Principio da Inércia | Pág. 6 Cinema Linhas de Wellington | Pág. 8 Teatro Noites no Teatro | Pág. 10 Arte Pública Kit Garden | Pág. 12 Curtas | Pág. 14 Em Agenda | Pág. 16


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Destaque DocLisboa 10.ยบ Festival Internacional de Cinema

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18 a 28 de outubro Culturgest | Cinema Sรฃo Jorge Cinema Londres | Cinemateca Portuguesa www.doclisboa.org

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Dez anos volvidos sobre a primeira edição, o DocLisboa apresenta-se, em 2012, sob o signo do balanço e da renovação. Encarado pela sua nova direção - constituída por Susana de Sousa Dias, Cinta Pelejà, Cíntia Gil e Ana Jordão – como “um festival de resistência”, o Doc surge com novas secções (Cinema de Urgência, Verdes Anos e Passagens) e a certeza de celebrar o cinema sem descurar “uma prática de cidadania”. O festival arranca já no dia 18 de outubro, na Culturgest, com o último filme da dupla João Pedro Rodrigues/João Rui Guerra da Mata, A última vez que vi Macau. Até 28 de outubro, “o mundo inteiro cabe em Lisboa”.

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Apesar das “condições extremamente duras” em que se realiza esta edição, o DocLisboa 2012 apresenta argumentos de peso para continuar a marcar nacional e internacionalmente o nome do certame. Exemplo disso mesmo são as duas fabulosas retrospetivas que enriquecem a edição deste ano. A primeira, é a mostra integral da obra da cineasta belga Chantal Akerman, mestre absoluta no “questionamento do documentário na relação com outras práticas cinematográficas e artísticas”. A segunda, mais do que uma mostra de filmes raros, representa uma reflexão surpreendente sobre o cinema coletivo das décadas de 60, 70 e 80 do século passado. Destaque muito especial para a exibição de Vladimir et Rosa, assinado pelo Groupe Dziga Vertov, onde militava Jean-Luc Godard, ou o interventivo Caminhos da Liberdade, realizado em 1974 pelo coletivo português Cinequipa.

competição portuguesa de longas-metragens surgem seis primeiras obras: Cativeiro, de André Gil Mata; Deportado, de Nathalie Mansoux; O Sabor do Leite Creme, de Rossana Torres e Hiroatsu Suzuki; Seems so long ago, de Tatiana Macedo; Sobre Viver, de Cláudia Alves; e Terra de Ninguém, de Salomé Lamas. Uma nova secção do Doc, Verdes Anos passa a partir de agora a dar visibilidade a filmes de produção nacional produzidos no contexto de escolas de vídeo, de cinema, de audiovisuais e comunicação.

Esta edição do Doc representa ainda a passagem por Lisboa de algumas grandes figuras do cinema mundial. Para além de Chantal Akerman, que acompanhará algumas das sessões da retrospetiva que lhe é dedicada, os irmãos Paolo e Vittorio Taviani vão estar presentes na sessão de encerramento do festival, a 28 de outubro, para apresentar Cesare deve morire, e o realizador romeno Andrei UjiNaquele que é considerado o “ano terrível do cinema ca, autor de Autobiografia de Nicolae Ceausescu, orientaportuguês” não deixa de ser surpreendente a presença rá uma masterclass, dia 23, na Culturgest. nacional nas diversas secções do festival. Para além de A última vez que vi Macau, de João Pedro Rodrigues e GuerFrederico Bernardino ra da Mata, que integra a competição internacional, na

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Exposição O princípio da inércia

Pavilhão Branco | Museu da Cidade Entrada livre www.museudacidade.pt

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foto @Humberto Mouco

Até 4 de novembro


Mafalda Santos, por sua vez, apresenta All that is solid melts into air. Um colorido tríptico – ou não fossem estes movimentos democratizantes frequentemente denominados Revoluções Coloridas por adotarem o nome

de uma cor ou flor específica – realizado propositadamente para o Pavilhão Branco, que parte da decomposição de formas geométricas retiradas de cartazes de propaganda política de inspiração construtivista. No seu conjunto, as telas seguem uma sequência de movimento, procurando estabelecer um paralelo entre as forças descritas no Princípio da Inércia de Newton e o poder da composição e da imagética visual na mobilização e exaltação políticas. Numa altura em que o país sofre e reage às medidas de austeridade, fica o convite ao combate à inércia. Até 4 de novembro, no Museu da Cidade, através da arte.

Sara Simões

foto @Humberto Mouco

Mais do que as obras, o conceito. Patente no Pavilhão Branco, do Museu da Cidade, O princípio da inércia é uma mostra coletiva que evoca a primeira lei de Newton como metáfora para uma reflexão sobre movimentos sociais democratizantes que marcaram não só o século XX como também o início do século XXI. A substância das palavras consome-se nas chamas das ruas, de Margarida Dias Coelho, é disso exemplo. Um projeto que reproduz originais de cartazes, faixas e inscrições de parede de manifestações e revoltas que acontecem desde 2001 em países como a Alemanha, Bélgica, Chile e até Portugal, entre outros.

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Cinema Linhas de Wellington


Um dos filmes mais aguardados da temporada está já em exibição nos cinemas de Lisboa. Linhas de Wellington nasceu de uma encomenda da Câmara Municipal de Torres Vedras ao produtor Paulo Branco, por alturas do bicentenário das Linhas de Torres, e depressa se tornou num dos projetos mais ambiciosos do cinema português. Com argumento de Carlos Saboga (Um Amor de Perdição, Mistérios de Lisboa), a escolha para o dirigir recaiu no realizador chileno Raul Ruiz. Porém, com a sua morte, em agosto de 2011, foi a sua viúva, Valeria Sarmiento, quem acabou por trazer para a tela a epopeia dos soldados e civis que resistiram à última vaga das invasões francesas em Portugal, em 1810. Reunindo um elenco internacional com mais de quatro dezenas de atores – onde se incluem os portugueses Nuno Lopes, Carloto Cotta, Marcello Urgeghe, Soraia Chaves, Vitória Guerra ou Adriano Luz, e estrelas internacionais como Michel Piccoli, Catherine Deneuve, Isabelle Huppert, Marisa Paredes, Chiara Mastroianni, Mathieu Amalric ou John Malkovich, no papel do General Wellington –, esta grande produção teve antestreia no Festival de Cinema de Veneza e já passou pelos festivais de cinema de Nova Iorque, Toronto e San Sebastian, onde foi exibida pela primeira vez a versão televisiva em três episódios.

Frederico Bernardino

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Teatro Noites no Teatro

Foto @Humberto Mouco

A iniciativa da Direção Municipal de Cultura da Câmara Municipal de Lisboa Noites no Teatro volta esta quinzena com novos espetáculos gratuitos para os estudantes dos ensinos secundário e superior. Para marcares presença basta ligar o número de telefone 218 170 593, e indicar o nome, estabelecimento de ensino que frequentas e o número do cartão de estudante. Não percas tempo e sê bem-vindo ao mundo mágico do teatro…

Londres Londres valeu à escritora e realizadora Cláudia Clemente o Grande Prémio de Teatro Português SPA/ Teatro Aberto, em 2011, e surge agora em palco numa encenação de João Lourenço, com dramaturgia de Vera San Payo de Lemos. Carla Maciel assume a interpretação deste monólogo autobiográfico que, nas palavras do encenador, “é uma confissão poderosa capaz de tocar o público pela sua sensibilidade e verdade.” 10

Teatro Aberto 17 de outubro | 21h


Foto @Humberto Mouco

Feliz Aniversário Os Artistas Unidos abrem a temporada com um dos mais famosos textos de Harold Pinter, Prémio Nobel da Literatura de 2005. Uma peça com história para o encenador Jorge Silva Melo, que guarda bem presente na memória a primeira vez que a viu, no Capitólio em 1968, logo após a sua saída de Caxias: “na altura, só me ocorreram os PIDES e os interrogatórios.” E, hoje, “é impossível não pensar nos tipos da troika, com todas aquelas perguntas absurdas e a fixação pela normalização. Porque é precisamente sobre a tirania da `normalização´ do indivíduo que o texto trata.”

Teatro da Politécnica 12 de outubro | 20h30 inclui comentário de Jorge Silva Melo no final do espetáculo

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Arte PĂşblica Kit Garden

foto @flevita

foto @Humberto Mouco

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Há algo novo e diferente no Largo do Intendente. Da autoria de Joana Vasconcelos, Kit Garden é a peça escultórica galardoada com o Prémio Tabaqueira de Arte Pública que está, desde o dia 5 de outubro, instalada no coração do recentemente intervencionado largo lisboeta. Para além de escultura, Kit Garden é também um jardim composto por um elemento vegetal – o loureiro –, um elemento arquitetónico – o ferro forjado – e um elemento de mobiliário – um conjunto de bancos em ripado de madeira articulado.

foto @flevita

foto @flevita

foto @flevita

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Curtas

Laboratório Associado

Roteiro virtual do fado disponível a partir de novembro

Design . João Pedro Silva

Design . João Pedro Silva

Novembro será o mês de arranque de um roteiro virtual dedicado ao Fado. Neste roteiro constarão informações sobre os diversos estabelecimentos dedicados a este género musical (tascas e casas de fado), sobre o Museu do Fado e sobre algumas oficinas que constroem os vários instrumentos utilizados. Está, também, prevista a digitalização de fonogramas do fado. O lançamento do roteiro virtual faz parte do plano de salvaguarda que a candidatura do fado a património da Humanidade apresentou à UNESCO.

Numa Ciro Espetáculo ICS-UL 17OutNuma 18hCiro

no Instituto de Ciências Sociais 2012

Roteiro: Numa Ciro / Encenação: Numa Ciro / Cenografia e Figurino: Hildebrando de Castro / Apoio Cénico: Claudio Hochman / Co-Produção: ICS-UL e A Gente se Fala, Produções artísticas /

www.ics.ul.pt O Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa vai comemorar os seus 50 anos com o espetáculo Numa Ciro, Monólogo Cantante: A peleja da voz com a língua, no âmbito das comemorações do Ano de Portugal no Brasil. Um espetáculo de canto a cappella com elementos de teatro, poesia, artes plásticas e literatura que será apresentado no dia 17 de outubro, às 18 horas. A entrada é livre. Apoio Institucional

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Comunicação


Música no subterrâneo O Festival Música a Metro, que decorre até ao dia 27 de novembro, acontece pela primeira vez, em diversas estações do Metropolitano de Lisboa. Contará com cerca de 40 concertos nas estações do Cais do Sodré, Marquês de Pombal, Campo Grande e Aeroporto, de quarta a sábado, entre as 17h e as 20h30. O objetivo da iniciativa é criar novos ritmos aos cerca de três milhões de utentes que diariamente se deslocam neste meio de transporte. Consulte a programação em www.facebook.com/FestivalMusicaAMetro/app_348171085272224.

Inscrições abertas para o simpósio João Antunes e a Arte no seu Tempo O Instituto de História da Arte da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, em conjunto com o Panteão Nacional, organiza, a 17 e 18 de outubro, um simpósio sobre o arquiteto régio de D. Pedro II e D. João V, João Antunes, no Panteão Nacional. Entre os oradores vão estar um conjunto de professores e investigadores que se têm dedicado ao estudo do Barroco Nacional. João Antunes foi o autor de algumas obras em Lisboa como é o caso da Igreja de Santa Engrácia (dentro do Panteão Nacional) e da Igreja do Menino Jesus (em Alfama). Inscrições e programação em: http://ww3.fl.ul.pt/unidades/institutos/ iha/index.html.

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em Agenda

Cinema Exposições - Arquivos Secretos | Fotografia, vídeo, instalação | 12 de outubro a 30 de novembro | Arquivo Municipal de Lisboa – Fotográfico http://arquivomunicipal.cm-lisboa.pt - O Chiado há cem anos (1912-2012) | Banda desenhada | 19 de outubro a 15 de dezembro | Hemeroteca de Lisboa | hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/ - Megaparsecs | Instalação de Samuel Rama | Até 20 de outubro Teatro da Politécnica | www.artistasunidos.pt - A Arte do Previsível | Coletiva de arte contemporânea do Chipre Até 21 de outubro | Galeria Torreão Nascente da Cordoaria Nacional - A Viagem, caricaturas de António para a estação do Aeroporto do metropolitano Até 31 de outubro | Museu Bordalo Pinheiro | www.museubordalopinheiro.pt - Design Brasileiro | Mobiliário moderno e contemporâneo | até 4 de novembro MUDE | www.mude.pt - Teatros de Java | Até 16 de dezembro | Museu da Marioneta www.museudamarioneta.pt - Lowbrow | Até outubro | Calçada da Glória | galeriaurbana.com.pt - Raphael Blum – Suites Brasileiras | fotografia | Até 30 de novembro Casa da América Latina | www.casamericalatina.pt - Prémio de Fotojornalismo 2012 ESTAÇÃO IMAGEM | MORA e Cultura Magra fotografia | Até 20 de dezembro | Torreão Nascente da Cordoaria Nacional www.estacao-imagem.com

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- Festa do Cinema Francês | vários locais Até 14 de outubro | www.festadocinemafrances.com

Conferências - Construção Naval em Lisboa: séculos XV a XVII | Até 31 de outubro | Gabinete de Estudos Olisiponenses geo.cm-lisboa.pt

Música - Visitas Cantadas | Sábados e domingos, às 16h30 | Museu do Fado | www.museudofado.pt

Teatro - Quem é Hecuba para Ele e Ele para Hécuba? 19 a 21 de outubro | Teatro Taborda http://www.teatrodagaragem.com - Feliz Aniversário | de Harold Pinter Até 27 de outubro | Teatro da Politécnica www.artistasunidos.pt - Londres | de Cláudia Clemente | Até 28 de outubro | Teatro Aberto | www.teatroaberto.com


Teatro As Bodas de Fígaro. Uma Tradução Da autoria de Miguel Castro Caldas, que não esqueceu o texto de Beaumarchais, nem o libreto de Da Ponte, nem mesmo a música de Mozart, As Bodas de Fígaro. Uma Tradução está em cena até dia 18 de outubro no Maria Matos Teatro Municipal. Um espetáculo onde o teatro e a ópera se encontram e se dividem. www.teatromariamatos.pt

Exposição Memórias da Índia Portuguesa Está patente até 30 de dezembro, no Padrão dos Descobrimentos, Álbum de Memórias - Índia Portuguesa 1954/ 1962. A exposição assinala os 50 anos do regresso do último contingente militar na Índia Portuguesa. Uma documentação feita à base de recordações de militares e fotografias que retratam a vida dos prisioneiros de guerra. www.padraodosdescobrimentos.egeac.pt

Cinema Orquestra Geração Já está em exibição, no Cinema City Alvalade, o documentário de Filipa Reis e João Miller Guerra sobre o projeto Orquestra Geração (título do filme), aplicado em Portugal e inspirado numa iniciativa de inclusão social através da música que começou na Venezuela. O filme é protagonizado por Diogo, Ana, Daniel e Mónica, jovens da periferia de Lisboa que dividem o seu dia entre a escola e as aulas de música. 17


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