Propaganda Moderna

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8cm

15,7 x 23,5cm

15,6mm

15,7 x 23,5cm

8cm

´ Uma obra única que apresenta a origem e a evolução da propaganda desde a Grande Guerra até à atualidade russa: A propaganda na Primeira Guerra Mundial, as suas consequências e aplicações; Contextualização da propaganda soviética e nazi;

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Apresentação de autores importantes

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na teorização da propaganda;

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Descrição dos diversos tipos,

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regras e técnicas de propaganda;

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As funções da propaganda em diferentes contextos sociais

CARLOS BRAS ` Licenciado em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Fez a sua carreira no Serviço de Informações de Segurança (SIS),

Este livro, além de contextualizar a origem e diferentes conotações do próprio conceito de propaganda, desde o século XVII até hoje, pretende descrever algumas das perspetivas de teóricos conceituados dentro da área da história da propaganda, bem como algumas das técnicas psicológicas e sociológicas criadas por figuras relevantes após a Primeira Guerra Mundial. A problemática da propaganda na Rússia é, igualmente, um dos principais focos deste livro, nomeadamente, pela sua influência e relevância não só na sociedade russa, mas também no Ocidente.

onde acompanhou matérias relacionadas

Por se tratar de um tema intemporal, é uma obra de leitura imprescindível para todos os profissionais da segurança e áreas sociais, políticos, jornalistas e leitores interessados em questões relacionadas com a verdade e a liberdade.

mantém até hoje.

primeiro com a URSS e depois com a Federação da Rússia. Entre 2002 e 2020, a sua atividade profissional centrou-se exclusivamente nesta temática. A partir de 2010, começou a acompanhar e a analisar diariamente a propaganda russa, atividade que

e políticos; O soft power, a antipropaganda, a censura e a contrapropaganda.

ISBN 978-989-693-163-6

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9 789896 931636

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O termo propaganda remonta a um passado que nos parece longínquo, porém, mantém-se presente na atualidade e sob diversas formas. Ao longo dos anos, a propaganda tem inovado e servido propósitos políticos e sociais concretos, sobretudo, para dirigir o seu público-alvo na tomada de decisões.

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PACTOR – Edições de Ciências Sociais, Forenses e da Educação Av. Praia da Vitória, 14 A – 1000-247 LISBOA Tel: +351 213 511 448 pactor@pactor.pt www.pactor.pt

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Av. Praia da Vitória, 14 A – 1000-247 LISBOA Tel: +351 213 541 418 livraria@lidel.pt Copyright © 2023, PACTOR – Edições de Ciências Sociais, Forenses e da Educação ® Marca registada da FCA PACTOR Editores, Lda. ISBN edição impressa: 978-989-693-163-6 1.ª edição impressa: novembro de 2023 Paginação: Carlos Mendes Impressão e acabamento: Tipografia Lousanense, Lda. – Lousã Depósito Legal n.º 524686/23 Capa: José Manuel Reis Imagem de capa: a partir de um original de © Denis Todos os nossos livros passam por um rigoroso controlo de qualidade, no entanto, aconselhamos a consulta periódica do nosso site (www.pactor.pt) para fazer o download de eventuais correções. Não nos responsabilizamos por desatualizações das hiperligações presentes nesta obra, que foram verificadas à data de publicação da mesma. Os nomes comerciais referenciados neste livro têm patente registada. Reservados todos os direitos. Esta publicação não pode ser reproduzida, nem transmitida, no todo ou em parte, por qualquer processo eletrónico, mecânico, fotocópia, digitalização, gravação, sistema de armazenamento e disponibilização de informação, sítio Web, blogue ou outros, sem prévia autorização escrita da Editora, exceto o permitido pelo CDADC, em termos de cópia privada pela AGECOP – Associação para a Gestão da Cópia Privada, através do pagamento das respetivas taxas.


Índice Nota Prévia.............................................................................................................. XIII

Parte I – Origem e Definição de Propaganda..................................

1

1. Introdução à Propaganda...............................................................

3

1.1. Origem da propaganda......................................................................... 1.2. Reduções do conceito............................................................................ 1.3. Dificuldade de definição....................................................................... 1.4. Reconhecer a propaganda....................................................................

3 5 8 9

Parte II – Teóricos e Práticos................................................................. 13 2. Mudança de Paradigma................................................................... 15 2.1. A propaganda de atrocidades............................................................... 16 2.2. A história da fábrica de cadáveres....................................................... 18

3. George Creel...................................................................................... 23 3.1. Suspeitas de censura.............................................................................. 3.2. Propaganda total.................................................................................... 3.3. Divisão de Discursos............................................................................. 3.4. Divisão de Filmes.................................................................................. 3.5. Secção do estrangeiro............................................................................ 3.6. Balanço....................................................................................................

24 24 26 28 29 31

4. Walter Lippmann.............................................................................. 33

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4.1. Biografia.................................................................................................. 4.2. O antipropagandista.............................................................................. 4.3. Os estereótipos....................................................................................... 4.4. Os símbolos............................................................................................ 4.5. Fabricar o consentimento.....................................................................

33 33 34 37 39

5. Edward Bernays................................................................................ 41 5.1. Biografia.................................................................................................. 41 5.2. O vendedor de sonhos.......................................................................... 42 VII


PROPAGANDA MODERNA

5.3. Cristalizando a Opinião Pública........................................................... 46 5.4. Ordenar o caos....................................................................................... 49 5.5. Engenharia do consentimento............................................................. 51

6. Lenine, Trotsky e Sucessores.......................................................... 55 6.1. Biografias................................................................................................ 6.2. A propaganda revolucionária............................................................... 6.3. Teses sobre propaganda de produção de Lenine............................... 6.4. O inimigo ideológico............................................................................ 6.5. A guerra permanente............................................................................ 6.6. Medidas Ativas....................................................................................... 6.7. Exemplos de Medidas Ativas...............................................................

55 57 61 62 63 65 68

7. Hitler e Goebbels.............................................................................. 73 7.1. Biografias................................................................................................ 7.2. Adolf Hitler............................................................................................ 7.3. Joseph Goebbels..................................................................................... 7.4. Princípios da propaganda de Goebbels.............................................. 7.5. Ministério do Estado para a Iluminação Popular e Propaganda..... 7.6. Mitos e realidade.................................................................................... 7.7. O líder mítico.........................................................................................

73 75 78 84 86 88 92

8. George Orwell................................................................................... 95 8.1. Biografia.................................................................................................. 95 8.2. Censura................................................................................................... 96 8.3. Morte do espírito crítico....................................................................... 97 8.4. O poder do ódio.................................................................................... 98 8.5. A realidade e a sua imagem.................................................................. 100 8.6. Novilíngua.............................................................................................. 101 8.7. Fontes de inspiração.............................................................................. 102 9.1. Biografia.................................................................................................. 105 9.2. Necessidade de pré-propaganda.......................................................... 106 9.3. O indivíduo e a massa........................................................................... 108 9.4. Caraterísticas da propaganda moderna.............................................. 111 9.5. Propaganda e informação..................................................................... 112 9.6. A necessidade de propaganda.............................................................. 114 9.6.1. A necessidade de propaganda para o poder............................ 114 9.6.2. A necessidade de propaganda para o indivíduo...................... 115 VIII

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9. Jacques Ellul....................................................................................... 105


Índice

9.7. Efeitos psicológicos da propaganda.................................................... 116 9.8. Propaganda e ideologia......................................................................... 118 9.9. Propaganda e democracia.................................................................... 118 9.10. Propaganda e verdade......................................................................... 123 9.11. Eficácia da propaganda....................................................................... 127

10. Seguidores Modernos.................................................................... 131 10.1. Propaganda política............................................................................ 131 10.2. Propaganda e opinião pública............................................................ 132 10.3. Propaganda e entretenimento............................................................ 139 10.4. Propaganda e publicidade.................................................................. 145 10.5. Propaganda populista e nacionalista................................................ 148

11. Putin e Associados......................................................................... 153 11.1. Fases da propaganda russa................................................................. 155 11.2. Caraterísticas da propaganda russa................................................... 158 11.3. Guerra de informações....................................................................... 161 11.4. Maskirovka e a herança das Medidas Ativas.................................... 163 11.5. Propaganda externa............................................................................. 167 11.5.1. RT................................................................................................ 167 11.5.2. Ruptly.......................................................................................... 169 11.5.3. Rossiya Segodnya....................................................................... 170 11.5.4. Sputnik News.............................................................................. 172 11.6. Propaganda interna............................................................................. 174 11.7. Estratégia e narrativas......................................................................... 176 11.8. Narrativas dominantes........................................................................ 178 11.9. Conclusão............................................................................................. 181

Parte III – Teoria da Propaganda......................................................... 183 12. Analisando a Propaganda............................................................. 185

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12.1. O propagandista.................................................................................. 185 12.2. Finalidades da propaganda................................................................ 186 12.3. Propaganda e educação...................................................................... 188 12.4. Propaganda e credibilidade................................................................ 190 12.5. Metodologia científica da propaganda............................................. 192

13. Tipos de Propaganda..................................................................... 195 13.1. Política e social..................................................................................... 196 IX


PROPAGANDA MODERNA

13.2. Agitação e integração.......................................................................... 198 13.3. Vertical e horizontal............................................................................ 200 13.4. Irracional e racional............................................................................ 202 13.5. Interna e externa.................................................................................. 202 13.6. Aberta e encoberta.............................................................................. 204 13.7. Propaganda democrática, totalitária e marxista.............................. 205

14. Regras da Propaganda................................................................... 209 14.1. Regra da continuidade e da duração................................................. 209 14.2. Regra da simplificação........................................................................ 210 14.3. Regra do inimigo único...................................................................... 211 14.4. Regra da orquestração........................................................................ 211 14.5. Regra do exagero e deturpação.......................................................... 212 14.6. Regra da unanimidade e do contágio............................................... 213 14.7. Quase regra da coerência................................................................... 213

15.1. Apelo às emoções e aos desejos......................................................... 217 15.2. Apelo ao preconceito........................................................................... 218 15.3. Apelo aos valores morais e éticos...................................................... 219 15.4. Argumentum ad nauseam................................................................... 220 15.5. Assertividade........................................................................................ 220 15.6. Generalização equívoca...................................................................... 221 15.7. Falso dilema......................................................................................... 222 15.8. Mal menor............................................................................................ 223 15.9. Vitimização.......................................................................................... 224 15.10. Descontextualização......................................................................... 225 15.11. Testemunho........................................................................................ 225 15.12. Apelo à autoridade............................................................................ 226 15.13. Falsa bandeira.................................................................................... 226 15.14. Apontar o inimigo............................................................................. 227 15.15. Ataque pessoal................................................................................... 228 15.16. Transferência...................................................................................... 229 15.17. Gente comum.................................................................................... 230 15.18. Card-stacking...................................................................................... 231 15.19. Band wagon........................................................................................ 232 15.20. Deificação........................................................................................... 233 15.21. Falácias lógicas e recursos de retórica............................................ 235 X

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15. Técnicas de Propaganda................................................................ 215


Índice

16. Soft Power......................................................................................... 237 16.1. O que é o soft power segundo Joseph Nye?...................................... 237 16.2. Para que serve o soft power?............................................................... 240

Parte IV – Contrapropaganda................................................................ 243 17. Contrapropaganda......................................................................... 245 17.1. Antipropaganda................................................................................... 245 17.2. Censura................................................................................................. 246 17.3. Contrapropaganda.............................................................................. 247 17.4. Resistir à propaganda.......................................................................... 250

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Bibliografia.............................................................................................................. 253

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Nota Prévia

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Esta obra apresenta a evolução das estratégias da propaganda ao longo da história. Além de documentar a evolução dessas estratégias utilizadas ao longo do tempo, demonstra o papel crucial que desempenharam na formação de narrativas, a influência em eleições e na condução dos destinos da humanidade. Ao apresentar as técnicas empregadas por líderes e movimentos, oferece insights valiosos que proporcionam uma visão crítica sobre o uso da comunicação para atingir objetivos políticos. A capacidade deste livro em revelar como a propaganda moldou a opinião pública, impactando não apenas eleições, mas também o curso mais amplo da história, destaca a sua importância única. Mais do que uma mera análise histórica, a presente obra assume um papel proativo na capacitação da sociedade. Ao compreender as estratégias históricas de propaganda, os leitores são equipados com uma perspetiva informada e resistente contra manipulações contemporâneas. A análise crítica dessas práticas passadas serve como um antídoto vital contra a desinformação, permitindo que as pessoas consigam desvendar mensagens políticas com clareza e participem de maneira mais consciente no processo democrático. O livro oferece não só um fascinante panorama do passado, como também se constitui como uma ferramenta essencial para promover a alfabetização política, construir resiliência contra manipulações e fornecer um contexto fundamental para a compreensão da sociedade e das transformações políticas ao longo do tempo. O conteúdo desta obra é ilustrado por algumas imagens de teor propagandístico usadas como apoio à doutrina e metodologia apresentadas neste livro. Trata-se, sem dúvida, de uma obra que enriquecerá o entendimento dos leitores, capacitando-os a enfrentar os desafios políticos contemporâneos com sabedoria e discernimento.

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Introdução à Propaganda 1.1. Origem da propaganda O termo propaganda surgiu pela primeira vez em 1622, no nome de uma congregação da Igreja Católica que superintendia a propagação da fé nas terras das missões evangelizadoras – Propaganda Fide (hoje, Congregação para a Evangelização dos Povos) (Figura 1.1).

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Figura 1.1 Propagando a doutrina no novo mundo

De 1572 a 1585, o Papa Gregório XIII reunia-se com bastante frequência com três cardeais, numa congregação, para estudar os meios de ação e organização mais adequados para combater a Reforma. Clemente VIII estabeleceu esta congregação como um corpo permanente. Finalmente, 3


em 1622, a bula do Papa Gregório XV, Incrustabili Divinae, organizou-a completamente. A Congregação Propaganda Fide era uma organização da Igreja destinada expressamente a difundir a fé católica por meio da ação missionária e implicitamente combater a Reforma protestante. Estava encarregada da missionação em terra pagã, enviava missionários e nomeava os bispos para as missões, mas a sua atividade também envolvia tudo o que dizia respeito a uma estratégia da Igreja, como a implementação de novos meios, caraterizando uma verdadeira propaganda, ao mesmo tempo que recolhia informações. Esta congregação tinha um poder muito amplo administrativo, judicial, coercitivo e até legislativo: os seus decretos eram obrigatórios. No mundo católico, era encarado positivamente; já no mundo protestante, era compreendido de forma muito negativa. Deste modo, não é assim tão surpreendente que o termo propaganda tenha nascido envolto em polémica. Até ao fim do século XVIII, esta palavra esteve reservada ao vocabulário eclesiástico. Com a Revolução Francesa, surgiu a necessidade de difundir novas ideias e, dada a semelhança entre essa difusão e a pregação religiosa, à falta de outra palavra para descrever tal difusão, a Revolução tomou à Igreja o termo propaganda. Progressivamente, foi entrando na linguagem laica, mas só perdeu a conotação religiosa no século XX. Logo no início do século XX, com a Grande Guerra, que após a eclosão da Segunda Guerra Mundial foi rebatizada de Primeira Guerra Mundial, não só a palavra se tornou comum, como as ações desenvolvidas sob a sua designação foram encaradas de modo negativo. Após a cessação das hostilidades, a palavra “propaganda” tornou-se numa palavra de conotação profundamente negativa. Como veremos, há muitas definições, explícitas e implícitas, do termo propaganda. O termo continua a fazer parte do arsenal das guerras de palavras. É comum identificar as comunicações de um oponente como propaganda, assegurando, ao mesmo tempo, a veracidade e isenção das notícias difundidas pelo nosso lado. Lenine e Goebbels não se importavam de aplicar o termo propaganda para descrever as suas tentativas de moldar opiniões. Os Aliados, em ambas as guerras mundiais, caraterizaram tal atividade de formação de opinião pelo inimigo como propaganda e trataram-na como sendo composta em grande parte de mentiras, enquanto a sua própria disseminação de notícias era tratada como a verdade. A carga negativa associada à palavra “propaganda” foi ainda acentuada pelas atividades propagandísticas 4

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Introdução à Propaganda

executadas por bolcheviques e nazis. Esta negatividade chegou até aos dias de hoje, de modo que o termo se tornou sinónimo de mentiras, enganos e interpretações erróneas. Contudo, houve alguns teóricos, principalmente norte-americanos, que persistiram em utilizar a palavra para enquadrar outras atividades que utilizavam os métodos da conceção original do termo. Por exemplo, em 1928, Edward Bernays não teve dúvidas em publicar um livro no qual abordava técnicas de publicidade, de relações-públicas e de obtenção de consentimento político, designando todas estas práticas como propaganda, que corresponde também ao título do livro. Podemos estar seguros de que a propaganda nunca deixará de existir. Continuará a refinar-se e a inovar, mas existirá sempre, porque mentes inteligentes entendem que isso lhes oferece a ferramenta moderna para criar “ordem a partir do caos” (Bernays, 2007). Assim, o estudo da propaganda e dos seus efeitos é importante na atualidade e continuará a sê-lo no futuro.

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1.2. Reduções do conceito A propaganda, enquanto uma mera ferramenta, não é mais moral ou imoral do que o suporte de bomba. Porém, devido à negatividade associada a esta palavra, o seu uso na linguagem corrente contém, segundo certos autores, alguns erros. Na nossa opinião, não se trata de erros, pois as conceções popularizadas não estão erradas, mas de reduzir a propaganda a estereótipos. Portanto, em vez de erros, iremos designar estes lapsos por reduções. A primeira redução, quando se aborda a temática da propaganda, é partir do princípio de que apenas o adversário recorre a esta metodologia. Não importa qual seja o nosso lado. Será sempre superior ao adversário. Essa presumida superioridade dispensa a necessidade de recorrer à propaganda. Creel (1920) afirma que a propaganda é alemã. No entanto, a informação relativa aos livros contradi-lo. Há muito mais livros publicados sobre a propaganda ocidental do que sobre a propaganda bolchevique ou nazi. Porém, devido à conotação negativa do termo, os autores recorrem a outras palavras como “relações-públicas”, “publicidade” ou “marketing” para se referirem à propaganda ocidental. Concorre também, para a confirmação desta redução, a constatação de que as democracias precisam mais da propaganda e de melhor propaganda do que 5


as autocracias, pela simples razão de que estas dispõem de meios intimatórios e repressivos para atingir os seus fins, sem necessidade de obter consentimento ou consenso dos cidadãos. A segunda redução é a presunção de que a propaganda é a arte da persuasão para mudar atitudes e ideias. Este é o objetivo último de todo o propagandista, todavia, difícil de alcançar, pelo que o propagandista tem de se contentar com objetivos mais limitados. Estes objetivos limitados são mais facilmente alcançáveis manipulando preconceitos e tendências já existentes, aprimorando-os, focalizando-os e alinhando-os com o seu objetivo final. Hitler não inventou o antissemitismo, nem a teoria da “facada nas costas” (que defendia que o exército alemão fora traído na retaguarda pela burguesia judaica) e, ainda menos, a ideia da “escravatura dos juros”. No entanto, ainda antes de ser nacional-socialista, quando ainda era apenas propagandista do Partido Operário Alemão (Deutsche Arbeiterpartei – DAP), soube utilizar os preconceitos e ideias existentes que o guindariam à posição de grande líder da Alemanha (mais tarde, quando Hitler chegou à presidência do partido, mudou-lhe o nome para Partido Nacional-Socialista Operário Alemão (Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei – NSDAP). A terceira redução é a convicção de que a propaganda consiste apenas em mentiras e manipulações. Contudo, a maior parte do que é difundido pela propaganda é verdade, mas não toda a verdade. Pode ser uma verdade descontextualizada, isto é, um acontecimento que se passou num certo local e em determinado momento e ser apresentado como tendo ocorrido noutro local e/ou noutro momento. Pode ser uma meia-verdade, ou seja, revela apenas os pormenores que apoiam a narrativa propagandística e oculta os restantes. Pode também, em alguns casos, ser uma mentira completa, mas, neste caso, tem de ser muito bem urdida para ser verosímil. Por vezes, o propagandista pode ter conhecimento de uma mentira demasiado boa para aproveitar e nem se dar ao trabalho de verificar a sua veracidade. Se a mentira ou o boato já estiver muito difundida/o entre a audiência-alvo, há toda a vantagem em aumentar a sua difusão e dar-lhe contornos de verdade. Porém, o propagandista trabalha com factos e notícias verídicas, preferindo envolvê-las numa interpretação original, criar o que ele chama de verdade alternativa, se necessário, descontextualizando, omitindo pormenores comprometedores, conjugando notícias não relacionadas, etc. Em qualquer dos casos, a propaganda difunde a verdade do seu autor, a que ele efetivamente acredita ser a verdade ou então a verdade que ele deseja. A propaganda não pode modificar opiniões ou 6

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Putin e Associados A propaganda russa voltou a ser aquilo que fora a propaganda soviética: uma arma numa guerra híbrida que, novamente, a Rússia trava contra o Ocidente. A União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) desenvolveu uma batalha ideológica em nome da luta de classes, da revolução, da construção do socialismo e de um futuro melhor para a humanidade. Na guerra que o Kremlin hoje move com o Ocidente, as ideias vão sendo criadas, renovadas e adaptadas, tal como as armas do seu exército. O resultado desta soma de ideias é uma ideologia egoísta, claramente, russocêntrica, frequentemente assente em falsas premissas e em interpretações tendenciosas da história. Os males que os russos hoje afirmam combater são o fascismo/nazismo, a russofobia, o mundo unipolar e o Ocidente, que representa todos esses males em simultâneo. Se a guerra que a URSS travou com o Ocidente foi fria, também hoje a guerra da Rússia de Putin não é uma verdadeira guerra. Porém, após a invasão da Ucrânia pela Rússia, este novo conflito já não é uma Guerra Fria como a anterior. Será, talvez, uma guerra morna. Tal como a Guerra Fria, também esta se faz, sobretudo, com palavras e notícias, isto é, com propaganda. Sem pretender faltar ao respeito e consideração por aqueles que lutam, sofrem e morrem nos campos na Ucrânia, a verdade é que pouco importa o que lá acontece. Primeiro, porque a verdade sobre os acontecimentos militares, ninguém a diz – só a saberemos alguns anos após o termo do conflito. Quaisquer que fossem as razões e objetivos iniciais da Rússia, já não são esses que levam à manutenção do conflito. Provavelmente, essas novas razões foram escritas por Goebbels no seu diário: “temos tanta culpa no cartório que precisamos de vencer; de contrário, todo o nosso povo, nós e tudo o que amamos será apagado do mapa” (Longerich, 2010). Esta guerra faz-se em várias frentes e a frente militar é apenas uma delas. Igualmente importantes são as frentes diplomática, económica e noticiosa. Lembramos que a Primeira Guerra Mundial, há um século, 153


não foi decidida no campo de batalha, apesar dos milhões de mortos nas várias frentes. O mais provável é esta guerra que decorre na Ucrânia também terminar numa mesa de negociações e não através de um triunfo militar de qualquer um dos beligerantes. Assim como na Primeira Guerra Mundial, na Guerra da Ucrânia, os que nela morreram, morrem e morrerão, morrem em vão, pois não havendo condições para a vitória de nenhuma das partes, todo o combate é apenas desgaste, destruição, prejuízo e morte. Todavia, até que haja um vencedor nas outras frentes, é necessário manter a frente militar e suportar o respetivo custo. É certo que sabemos das atrocidades cometidas a não combatentes, e que parecem não ter sido praticadas por ninguém. Sabemos dos bombardeamentos a hospitais, escolas e zonas residenciais, mas ambos os países afirmam sempre que é o inimigo quem os fez. Ambos os lados reconhecem diariamente vitórias no campo de batalha e mesmo os recuos são movimentos estratégicos para uma posição fortificada. Portanto, não sabemos ao certo o que se passa e, uma vez mais, também não interessa. O que realmente importa é aquilo em que as populações dos Estados em guerra acreditam. O que realmente importa é aquilo em que a opinião pública internacional acredita. Que importa perder uma pequena batalha, se toda a gente em casa e no estrangeiro acreditar que foi uma vitória? Esta é uma frente de guerra que é possível abordar: a batalha da palavra na guerra da propaganda. O cidadão comum de um país ocidental não tem consciência da dimensão de tal guerra, apesar de haver uma verdadeira guerra contra o Ocidente na propaganda russa. Esta é uma guerra que não decorre no território da Ucrânia, mas no terreno mediático e no universo cibernético. Esta guerra é travada com tal raiva e desacerto pelo lado russo que podemos estudá-la olhando apenas para ela. Tudo quanto é necessário para aferir a veracidade, comparar versões e obter conclusões, o lado russo fornece – basta estar atento e saber procurar. Contudo, para compreender a frente da propaganda na guerra híbrida, após 2022, temos de olhar para a evolução da propaganda russa sob as presidências de Vladimir Putin. Tal como a guerra da Ucrânia não começou em 2022 (mas sim em 2014), a guerra da propaganda russa contra o Ocidente começou antes, em 2009.

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Putin e Associados

11.1. Fases da propaganda russa A propaganda russa, após o colapso da URSS, não foi uma constante da nova Rússia. Na fase inicial até 2005, praticamente, não existiu. O conhecimento soviético sobre a matéria não se perdera e os meios, apesar de terem sofrido cortes orçamentais, ainda existiam. Não havia uma ideologia para “vender” aos russos, nem interesses para promover no estrangeiro. A segunda fase começou em 2005, com a criação do canal de televisão Russia Today. A sua missão era a promoção do soft power russo e mostrar que a Rússia era um país excelente para acolher investimentos estrangeiros, sobretudo, ocidentais. A terceira fase teve início em 2008, quando Putin e o resto da elite russa perceberam o quanto a Rússia estava atrasada relativamente aos média internacionais. A cobertura ocidental da guerra na Geórgia atribuiu toda a culpa à Rússia e prejudicou criticamente o prestígio pessoal de Putin entre os líderes ocidentais. Em 2009, a imagem da Rússia fora severamente afetada: havia suspeitas do envolvimento do Kremlin no assassinato da jornalista Anna Politkovskaya1, a 7 de outubro de 2006; do assassínio de Aleksandr Litvinenko2 no mês seguinte; em 2008, com a descoberta e detenção do oficial estónio Herman Simm, que espiava a North Atlantic Treaty Organization (NATO) em favor da Rússia3; e, finalmente, a detenção, em 2008, seguida da morte na prisão, em novembro de 2009, de Sergey Magnitsky4. A defesa da imagem russa tornava-se cada vez mais difícil e insuficiente, pelo que urgia passar à ofensiva e começar a denunciar os crimes ocidentais que a imprensa global encobria, isto é, “dizer o que não pode ser dito”.   Nunes, L., & Thurler, L. (2007, 28 de agosto). Presos 10 suspeitos da morte de Anna Politkovskaya. Observatório da Imprensa, 1248(448). http://www.observatoriodaimprensa.com.br/educacao-e-cidadania/caderno-da-cidadania/presos-10-suspeitos-da-morte-de-anna-politkovskaya/ 2   Caetano, E. (2015, 8 de abril). No leito de morte, Litvinenko acusou Vladimir Putin de o assassinar. Observador. https://observador.pt/2015/04/08/no-leito-de-morte-litvinenko-acusou-vladimir-putin-de-o-assassinar/ 3   Por exemplo: Warsaw Institute. (2019, 28 de dezembro). An importante Russian spy in NATO released. Warsaw Institute. https://warsawinstitute.org/important-russian-spy-nato-released/; FilmIsNow. (2023, 6 de maio). RUSSIAN SPY IN NATO for 13 years undetected: Herman Simm Convicted KGB Spy Documentary. [Vídeo]. YouTube. https://www.youtube.com/watch?v=0LnW5WbldBQ; Postimees. (2019, 6 de dezembro). Court decides to release traitor Herman Simm from jail. Postimees. https://news.postimees.ee/term/19857/ herman-simm. 4   Goncharenko, R. (2019, 16 de novembro). Magnitsky a symbol of sanctions – and not just in Russia. DW. https://www.dw.com/en/magnitsky-a-symbol-of-sanctions-and-not-just-in-russia/a-51267181

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A quarta fase ocorreu no rescaldo dos acontecimentos do Euromaidan, em 2014, com a criação da Rossiya Segodnya. Seria expetável que a cobertura ocidental dos acontecimentos fosse contrária aos interesses do Kremlin, levando-o a agir preventivamente para a guerra de informação sobre os acontecimentos que o Kremlin sabia que ocorreriam em 2014. Em dezembro de 2013, o Kremlin decidiu centralizar a propaganda oficial na Rossiya Segodnya, o que se efetivou um ano mais tarde. Os ataques ao Ocidente tornaram-se a norma, sendo a defesa do soft power russo cada vez mais difícil de realizar, passado para segunda prioridade. A 24 de fevereiro de 2022, com a invasão da Ucrânia, a propaganda russa entrou numa quinta fase. As narrativas são cada vez mais agressivas, irracionais e incoerentes, e a linguagem cada vez mais violenta e carregada de indignação, raiva, ódio e intolerância. Se houver tempo suficiente para que os símbolos e mitos utilizados sejam interiorizados pela massa russa, está aberto o caminho para a fanatização da população russa. Também aqui parece que os russos começaram a guerra de propaganda contra a Ucrânia dois anos antes da “operação militar especial”. A 19 de fevereiro de 2020, foi criado um site de notícias chamado Ukrayna.ru, inserido na estrutura da Rossiya Segodnya. Desde a sua origem, este site dedica-se quase exclusivamente à divulgação de notícias e abundantes comentários sobre a Ucrânia – sempre seguindo a visão oficial. A mudança de narrativa na propaganda russa no início desta quinta fase pode ser percebida através das notícias veiculadas pelos órgãos afetos ao Kremlin durante o mês de fevereiro de 2022. Até 20 de fevereiro, dia em que terminaram os Jogos Olímpicos de Inverno, em Pequim, não havia motivos nem intenções da Rússia de atacar a Ucrânia. Após essa data, segundo a propaganda russa, a Ucrânia, de modo muito conveniente para Moscovo, começou a bombardear o Donbass, sendo a libertação do Donbass a primeira razão para a “operação militar especial” de 24 de fevereiro de 2022. A este propósito, convém lembrar que já em 1939 a propaganda alemã disseminara intensamente notícias sobre supostas atrocidades polacas, sobretudo contra a minoria alemã, sendo que, na maior parte dos casos, eram histórias de terror inventadas ou extremamente exageradas. Após o início das hostilidades, os russos descobriram que a Ucrânia tinha planeada uma operação para conquistar o Donbass e aniquilar toda a resistência dos russófonos. A partir de então, a “operação militar especial” foi descrita como uma prevenção relativa à invasão ucraniana 156

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PROPAGANDA MODERNA


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Técnicas de Propaganda A propaganda recorre a técnicas de manipulação psicológica. Algumas delas são bem simples e não exigem qualquer conhecimento científico. Outras são mais elaboradas e baseadas em experiências científicas que exigem outros conhecimentos por parte do propagandista. Finalmente, há outras que, não sendo técnicas de manipulação, são igualmente importantes, pois a forma como a mensagem é apresentada pode ser tão determinante quanto o seu conteúdo. A própria negação da eficácia da propaganda é uma técnica de propaganda. Se não obtivesse resultados, a propaganda não existiria, nem a política, nem a comercial. Claro que, de vez em quando, a propaganda, como qualquer outra atividade humana, regista um insucesso. Uma campanha mal preparada, uma ideia ou um produto difícil de se impor, uma campanha adversa bem-sucedida, etc., são motivos que explicam o insucesso propagandístico. Não se põe em causa a eficácia da cirurgia, apesar das pessoas que morrem na mesa de operações. As técnicas de propaganda visam um dos seguintes objetivos:

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Despertar simpatia e inspirar generosidade; Promover responsabilidade cívica; Provocar medo e hostilidade; Causar discriminação e violência; Desumanizar adversários; Deificar o líder. Todas estas técnicas estão sujeitas a técnicas de redação ou de apresentação que consistem em salientar o que é favorável aos objetivos da propaganda e adulterar, quando não for possível omitir, o que não é favorável. Estes recursos de linguagem e falácias lógicas são também técnicas de propaganda. A propaganda atual utiliza como matéria-prima notícias verídicas que podem ser verificadas através de outras fontes, uma vez que o fundamental não são as notícias em si, mas sim a narrativa construída em seu redor. 215


A veracidade e possibilidade de confirmação das notícias implicam uma maior credibilidade da narrativa. As técnicas que serão discriminadas a seguir são as habitualmente utilizadas em todas as propagandas, independentemente do respetivo cariz. Deve, no entanto, referir-se que outras técnicas usadas na China e na URSS, tendo sido eficazes sob esses regimes, não são fáceis de replicar. Mao enfatizou, em 1928, uma técnica eficaz de propaganda que era a libertação de prisioneiros depois de doutrinados. O mesmo acontecia com os cuidados dispensados ao inimigo ferido; tudo isso era para mostrar a boa vontade dos comunistas. Tudo podia servir como meio de propaganda e tudo devia ser utilizado. Desta forma, a diplomacia tornava-se inseparável da propaganda. Na China, Mao, numa batalha contra o analfabetismo, descomplicou a escrita e um alfabeto simplificado foi criado. Isto não teria nenhum interesse em particular se os textos usados para ensinar os alunos adultos a ler – e que eram os únicos textos a que tinham acesso – não fossem exclusivamente textos de propaganda. Eram panfletos políticos, poemas glorificantes do regime comunista, extratos do marxismo clássico. Entre os tibetanos, os mongóis, os uigures e os manchus, os únicos textos na nova escrita eram as obras de Mao. Assim, vemos aqui uma maravilhosa ferramenta de modelagem: os analfabetos são ensinados a ler apenas a nova escrita e nada mais é publicado nessa escrita, exceto textos de propaganda. Portanto, os analfabetos não podem ler, nem sabem ler qualquer outra coisa. A própria lei na União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) era um instrumento de propaganda com a finalidade de fazer com que as pessoas gostassem da ordem soviética. Os julgamentos – espetáculos da era estalinista nos quais o veredito era determinado de antemão – eram um instrumento de propaganda e o tribunal era um meio de pregação ao público. A propaganda retoma a interpretação e a literatura do passado, fornecendo-lhe explicações e contextos destinados a integrá-lo no presente. A história é uma ferramenta útil ao propagandista, estudando um passado que os historiadores querem fazer presente através dos documentos escritos (paleográficos e epigráficos), arqueológicos, arquitetónicos e artísticos. O propagandista não tem qualquer interesse em respeitar o conteúdo e contexto desses documentos, pelo que pode interpretá-los da forma que lhe for mais conveniente, sabendo que as suas manipulações nunca serão desmentidas pelos factos já ocorridos. 216

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PROPAGANDA MODERNA


Técnicas de Propaganda

A única oposição que o propagandista enfrenta ao manipular a história é a do historiador científico, mas disfarça as divergências entre ambos como uma mera diferença de opinião. No fundo, é disso mesmo que se trata, mas a grande diferença é que o historiador considera todos os factos e todos os documentos conhecidos, ao passo que o propagandista faz uma seleção prévia dos factos e dos documentos que irá considerar.

15.1. Apelo às emoções e aos desejos O elemento predominante nas técnicas de propaganda é o apelo ao binómio desejo/medo. Enquanto a publicidade comercial pretende despertar o desejo no seu público, a propaganda política prefere o medo. Este binómio também se encontra presente na propaganda religiosa, na qual as ameaças de castigos eternos complementam as promessas de eterna boa-ventura (Figura 15.1).

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Figura 15.1 Apelo às emoções: negativas (à esquerda) e positivas (à direita)

Talvez a ansiedade mais profunda em todos nós esteja relacionada com a morte e a vida após a morte. Não é surpreendente que as religiões que oferecem paliativos para tais ansiedades também possam convencer as pessoas a separar-se de grande parte das suas posses para apoiar 217


8cm

15,7 x 23,5cm

15,6mm

15,7 x 23,5cm

8cm

´ Uma obra única que apresenta a origem e a evolução da propaganda desde a Grande Guerra até à atualidade russa: A propaganda na Primeira Guerra Mundial, as suas consequências e aplicações; Contextualização da propaganda soviética e nazi;

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Apresentação de autores importantes

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na teorização da propaganda;

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Descrição dos diversos tipos,

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regras e técnicas de propaganda;

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As funções da propaganda em diferentes contextos sociais

CARLOS BRAS `

Este livro, além de contextualizar a origem e diferentes conotações do próprio conceito de propaganda, desde o século XVII até hoje, pretende descrever algumas das perspetivas de teóricos conceituados dentro da área da história da propaganda, bem como algumas das técnicas psicológicas e sociológicas criadas por figuras relevantes após a Primeira Guerra Mundial. A problemática da propaganda na Rússia é, igualmente, um dos principais focos deste livro, nomeadamente, pela sua influência e relevância não só na sociedade russa, mas também no Ocidente.

onde acompanhou matérias relacionadas

Por se tratar de um tema intemporal, é uma obra de leitura imprescindível para todos os profissionais da segurança e áreas sociais, políticos, jornalistas e leitores interessados em questões relacionadas com a verdade e a liberdade.

mantém até hoje.

e políticos; O soft power, a antipropaganda, a censura e a contrapropaganda.

Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Fez a sua carreira no Serviço de Informações de Segurança (SIS), primeiro com a URSS e depois com a Federação da Rússia. Entre 2002 e 2020, a sua atividade profissional centrou-se exclusivamente nesta temática. A partir de 2010, começou a acompanhar e a analisar diariamente a propaganda russa, atividade que

Licenciado em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Fez a sua carreira no Serviço de Informações de Segurança (SIS), onde acompanhou matérias relacionadas primeiro com a URSS e depois com a Federação da Rússia. Entre 2002 e 2020, a sua atividade profissional centrou-se exclusivamente nesta temática. A partir de 2010, começou a acompanhar e a analisar diariamente a propaganda russa, atividade que mantém até hoje.

ISBN 978-989-693-163-6

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Licenciado em História pela

CARLOS BRÁS

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O termo propaganda remonta a um passado que nos parece longínquo, porém, mantém-se presente na atualidade e sob diversas formas. Ao longo dos anos, a propaganda tem inovado e servido propósitos políticos e sociais concretos, sobretudo, para dirigir o seu público-alvo na tomada de decisões.

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