Cidade Viva n.º 48

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O JORNAL COM NOTÍCIAS • DIRECTOR: LUÍS GALRÃO • ANO 3 • QUINZENAL •

20 DE MAIO DE 2009 • N.º 48

D I S T R I B U I Ç Ã O G R AT U I TA

Governo quer concluir o IC16 até Setembro

PACIÊNCIA DOS FEIRANTES DE AGUALVA TERMINA NO FIM DO MÊS O prazo dado à Câmara pelos feirantes de Agualva para a mudança do mercado de levante actualmente a funcionar no Cacém, termina no final de Maio. “Mantém-se o acordado, ou seja, vamos aguentar no local onde estamos sem condições, porque julgamos que vai ser concretizada uma solução provisória na baixa de Agualva-Cacém”, explica o presidente da Associação de Feirantes. No entanto, avança, “se a resposta não vier, os feirantes serão novamente mobilizados”.

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O ministro das Obras Públicas garante que o IC16 estará pronto até Setembro, três meses antes do previsto, mas recusa atribuir a antecipação ao calendário eleitoral. Este troço do IC16, juntamente com o IC30, também em construção, constitui a futura auto-estrada A16, uma via com portagens que pretende ajudar a descongestionar o IC19.

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PARQUES DE SINTRA NÃO FOI CONSULTADA SOBRE OBRA FRENTE A SETEAIS O presidente da Parques de Sintra - Monte da Lua lamenta não ter sido consultado no âmbito do projecto em curso na Quinta Vale dos Anjos, frente a Seteais. No local está a nascer uma casa do empresário Pais do Amaral, num projecto envolto em alguma polémica. “Fomos questionados pela UNESCO que nos perguntou o que pensávamos sobre o assunto. Respondi que não fomos consultados, embora pense que devíamos ter sido, ao abrigo do Plano de Ordenamento do Parque Natural”, explicou António Lamas durante um jantar debate promovido pela Alagamares.

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BASE AÉREA DE SINTRA VAI RECEBER FESTIVAL AÉREO INTERNACIONAL A Força Aérea Portuguesa vai assinalar o seu 57º aniversário com um festival aéreo internacional na Base Aérea nº. 1, em Sintra. O evento terá lugar a 5 de Julho, numa organização em parceria com o Aero Club de Portugal. As comemorações arrancam dias antes, a 26 de Junho, com uma grande exposição aeronáutica nas instalações do pólo de Sintra do Museu do Ar.

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Câmara “desconhece” proposta sobre a Rua Marcelo Caetano Uma rua com a designação de professor Marcelo Caetano, no Alto de Colaride, em Agualva, está a causar polémica em Sintra. Apesar do nome ser usado há mais de 30 anos, nunca houve uma decisão camarária que o oficializasse, o que levou a junta de freguesia de Agualva a colocar novamente a questão à Câmara. O assunto foi levantado na última reunião pública do Executivo, onde o presidente Fernando Seara garantiu não ter recebido ainda qualquer pedido. No entanto, o Cidade VIVA sabe que a proposta da Junta foi aprovada por maioria em Dezembro e chegou à autarquia a meio de Janeiro. “Eu próprio já lá estive na Câmara para tratar disto várias vezes”, assegura um morador enquanto mostra cópia do ofício da Junta de Agualva. Segundo explica, a pequena rua que não chega aos cem metros nem às dez casas, tem esta designação desde 1973, por escolha dos moradores. “Nunca houve uma formalização por embirração da Câmara”, conta Manuel Pereira.

“Nunca conseguimos legalizar o nome. No tempo da presidente Edite Estrela ela disse-nos que não aprovava o nome de uma pessoa que fez tanto mal e desde então nunca pudemos regularizar as moradas, e ainda temos números pares e ímpares do mesmo lado da rua”, lamenta. No entanto, o morador salienta que a população não faz finca-pé naquela designação. “Podem mudar o nome, assim como este é que não pode ficar”, reclama. O vizinho Hélio Seabra tem a mesma opinião. “Se quiserem venham cá pôr outro nome e dar um jeito à rua, mas não me estraguem a parede”, pede. O morador recorda que há várias ruas no bairro com

nomes escolhidos pelos residentes, como a paralela rua Sá Carneiro e estranha o interesse político sobre o assunto. Os dois moradores alertam, no entanto, que qualquer mudança vai representar muita burocracia, “porque implica trocar as moradas em todo o lado, desde os bancos, às finanças”. Antes da reunião de Câmara, os partidos de oposição em Agualva aprovaram duas moções contra aquela designação. CDU e Bloco de Esquerda reprovaram a proposta “com veemência”, tendo obtido o apoio do PS. Para o BE, “o branqueamento das figuras responsáveis pelo regime fascista é atentatório da dignidade dos que lutaram pela liberdade”.

A Assembleia recebeu também uma carta da União dos Resistentes Antifascistas Portugueses, que manifesta “indignação e revolta” por esta alteração toponímica. “É uma clara exaltação dos símbolos do fascismo em Portugal e com este tipo de decisões a Junta coloca-se ao lado dos criminosos que oprimiram e violentaram o povo português”, denuncia. No entanto, segundo Felisbela Bernardo, da Coligação Mais Sintra (PSD/ CDS) “o Executivo da Junta apenas tentou legalizar uma situação que já existe e que é reconhecida pelos correios e pela própria polícia”. Mas ao contrário de Agualva, onde toda a oposição alinhou nas críticas à proposta, os vereadores socialistas no Executivo da Câmara lembram que “o assunto é antigo e precisa de solução”, tendo o deputado João Soares admitido que não o repugna “que se dê o nome de Marcelo Caetano a uma rua que já é conhecida por essa designação”. No entanto, para a CDU tratase de “uma autêntica provocação com fins políticos”. Luís Galrão

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Destaques

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edição digital de Maio O Cidade VIVA tem duas edições: a que está a ler, impressa, e uma edição digital exclusivamente em formato pdf , lançada na primeira quinzena do mês em www.cidadeviva.pt. A edição digital foi pensada para que a possa ler no computador ou imprimir apenas as páginas que lhe interessam. Estes são alguns dos destaques da última edição:

Oposição em Agualva aprova auditoria a “gastos vergonhosos” A última Assembleia de Freguesia de Agualva ficou marcada pelas críticas da oposição às contas apresentadas pelo Executivo, tendo sido aprovado um requerimento socialista que exige uma auditoria aos documentos de prestação de contas de 2008. “Quem analisar esta documentação vergonhosa fica com a ideia que os políticos são uma espécie de malfeitores que andam a viver à custa do Estado”, afirmou Manuel Rocha, do PS.

Rua Marcelo Caetano lança polémica em Agualva A Assembleia de Freguesia de Agualva pronunciou-se contra a atribuição do nome Marcelo Caetano a uma rua do Alto de Colaride. Na última reunião, a 28 de Abril, a maioria dos vogais aprovou duas moções, da CDU e do Bloco de Esquerda, que repudiam a proposta do Executivo. O nome é usado há mais de 30 anos, mas nunca houve uma decisão camarária que o oficializasse, o que levou a junta de freguesia de Agualva a colocar novamente a questão à Câmara.

Assembleia aprova contas “chumbadas” pelo PS Os documentos de prestação de contas municipais de 2008 foram aprovados na última Assembleia Municipal, apesar do chumbo do Partido Socialista, que fez um balanço negativo dos quase oito anos de mandato de Fernando Seara. “Foram dois mandatos secos de obra”, acusou a deputada Piedade Mendes. Em resposta, o presidente acusou os socialistas de hipocrisia.

Duas escolas vão ter vistorias de segurança A Assembleia Municipal de dia 23 chumbou uma proposta da CDU para a abertura de um inquérito ao acidente na Escola EB1/ JI nº2 de Monte Abraão, mas aprovou uma proposta do PS para a realização de uma vistoria externa a esta e outra escola em Belas. Sobre esta matéria, a presidente da Junta de Monte Abraão lamentou que os avisos que fez não tivessem sido levados a sério.

Novo regulamento municipal impede apoio a touradas

F O T O LEGENDA

Trabalhadores da Papelaria Fernandes pedem salários em atraso Cerca de 120 trabalhadores da Papelaria Fernandes concentraram-se há uma semana junto às instalações da fábrica, no Cacém, para exigir o pagamento de salários em atraso. “Protestamos porque os trabalhadores não receberam o ordenado de Abril e não há garantia nenhuma por parte da administração de que vá haver esse pagamento”, explicou o sindicalista Joaquim Silva. A empresa tem em curso um processo de insolvência devido aos 63,5 milhões de dívidas e ainda não pagou os salários de Abril. “O processo de insolvência vai pôr em causa muitos postos de trabalho”, realça o porta-voz dos trabalhadores. Segundo Joaquim Silva, 80 trabalhadores do sector industrial instalado em Sintra “já têm o destino traçado: o desemprego”.

Uma proposta de aditamento feita pelo Bloco de Esquerda ao novo Regulamento de Animais do Município de Sintra, gerou polémica na última Assembleia Municipal. A CDU chamou-lhe “um acto de censura ao espectáculo taurino”, mas o documento acabou por ser aprovado por maioria com o artigo que impede a Câmara de apoiar espectáculos que envolvam o sofrimento físico e psíquico de animais.

Aluno esfaqueado numa rixa em escola do Cacém Um jovem de 15 anos foi esfaqueado no dia 23 de Abril na Escola Secundária de Matias Aires, no Cacém, durante uma rixa entre alunos de bairros diferentes. O incidente, que provocou dois feridos ligeiros, foi desvalorizado pelos professores e pelo Ministério da Educação. “Foi um pequeno ferimento e a imprensa tenta empolar estas questões”, lamentou uma docente.

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Feirantes de Agualva aguardam mudança até ao final do mês O prazo dado à Câmara pelos feirantes de Agualva, para proceder à mudança do mercado de levante, termina no final de Maio. “Mantémse o acordado com os vereadores, ou seja, vamos aguentar no local onde estamos sem condições, porque julgamos que vai ser concretizada uma solução provisória na baixa de Agualva-Cacém”, explica Francisco Saramago, presidente da Associação de Feirantes do Distrito de Lisboa. No entanto, avança, “se a resposta não vier, os feirantes serão novamente mobilizados”. A feira de Agualva realiza-se “temporariamente” desde 2005 num terreno agrícola perto do IC19, já na freguesia do Cacém, mas os vendedores queixam-se da falta de condições e querem regressar ao centro da cidade, a uma área inserida no Programa Pólis. No final de Abril, os feirantes ameaçaram ir em peso à reunião de Câmara, mas “por respeito aos autarcas” acabaram por desmobilizar o protesto. No entanto, o dirigente explicou a Fernando Seara que “muitos feirantes estão a viver o pior momento da vida” e que se for preciso irão “medir forças” com a autarquia, convocando uma manifestação com as viaturas de trabalho. O presidente da Junta de Agualva esteve ao lado do grupo e acabou por intervir no período reservado aos munícipes. “É estranho que

um autarca seja obrigado a vir aqui para poder comunicar com a Câmara”, lamentou Rui Castelhano. A Junta concorda com a instalação da feira no centro da cidade, mas lembra que “será sempre uma solução provisória que terminará quando as obras do futuro edifício de serviços do Polis tiverem de avançar”. Em resposta, o presidente da Câmara garantiu que está “totalmente disponível para ceder um espaço para a instalação de uma feira municipal diária, gerida pelos comer-

ciantes”, mas não indicou qualquer localização, remetendo o assunto para os vereadores Luís Duque e Lacerda Tavares. Este último, considera que “o Presidente Seara deu uma resposta inequívoca de apoio à actividade dos feirantes e a soluções futuras”. Para Lacerda Tavares, que tem o pelouro das actividades económicas, o assunto “será articulado com o vereador responsável pelo departamento de obras municipais” e dependerá de uma deliberação posterior da Câmara. No entanto, o vereador reafirmou o apoio à pretensão dos feirantes. “Vejo com interesse que a feira se possa localizar dentro da cidade, por razões que têm a ver com a própria actividade económica, mas há um conjunto de condicionantes que tem a ver com a Refer, com o Polis e com o trânsito que não estão ainda esclarecidas”. Os feirantes reuniram entretanto com os vereadores socialistas, que em Abril lançaram uma

petição contra a mudança da feira para a baixa da cidade. “Contestámos o teor da petição e explicámos que nos parece fácil colocar lá os feirantes na medida em que aquele é o melhor sítio para cumprir a legislação.”, explica Francisco Saramago, acrescentando que os vereadores mostraram-se “receptivos”. Na petição, o PS lembra que o parque de estacionamento na Rua António José de Almeida está inserido na área de intervenção do programa Cacém Polis e considera qualquer mudança para aquele local “grosseiramente lesiva dos interesses dos cidadãos”. “A deslocação, provisória ou definitiva da feira, para o coração da área requalificada pelo Cacém Polis põe em causa a elevação da qualidade de vida urbana da Cidade de Agualva-Cacém e pode mesmo inviabilizar o investimento privado para aquele local”, afirmam os socialistas. Luís Galrão

| Feira de FFanares anares muda para a Tapada das Mer cês Mercês Começaram este mês as obras de construção do novo espaço para a feira de Fanares, na freguesia de Algueirão-Mem Martins. A obra decorre na Tapada das Mercês, num terreno situado entre a Escola Alberta Meneres e a Casa da Juventude e vai ser feita por administração directa pela Junta de Freguesia e pela Câmara Municipal. “Está prestes a chegar ao fim o sofrimento e o incómodo que a feira provoca a todos os moradores da zona de Fanares, que durante 30 anos suportaram uma feira que não dispunha das condições mínimas para a sua normal funcionalidade”, acredita Manuel do Cabo. “É um dos momentos mais marcantes do mandato desta Junta, uma vez que a mudança vai permitir uma maior fluidez aos negócios e uma tranquilidade aos moradores da zona de Fanares”, afirma o presidente da Junta. Segundo Manuel do Cabo, a construção do novo espaço terá duas fases. “Será feita a limpeza do espaço, o alinhamento das terras e a colocação de um tapete de alcatrão. Numa segunda fase, que já tem o projecto aprovado, o espaço será requalificado com a construção de um pequeno edifício, com casas de banho, secretaria e alojamento da fiscalização.” “A urgência na transferência da feira está relacionada com as exigências que a nova legislação coloca a este tipo de negócios, uma vez que a mesma permitiria a manutenção da feira nos actuais moldes até 10 de Agosto de 2009, a partir dessa data a feira corria o risco de não se poder realizar”, explica.


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A Câmara Municipal de Sintra, em colaboração com a Associação Atlética de Pego Longo, realiza no próximo dia 24 de Maio, a sétima edição da Meia Maratona dos Palácios, competição que liga dois dos mais reconhecidos monumentos Nacionais. A prova, considerada por muitos como uma das mais emblemáticas do atletismo nacional de estrada, conta com a participação de alguns dos melhores atletas nacionais desta especialidade, bem como atletas africanos de renome internacional. A Meia Maratona dos Palácios inicia-se junto ao Palácio Nacional de Sintra, pelas 10h, e termina junto ao Palácio Nacional de Queluz, numa extensão de 21975 metros. O Programa contempla ainda a organização de uma Mini Maratona, iniciativa de 5000 metros, sem carácter competitivo, com partida e chegada junto ao Palácio Nacional de Queluz. Mais informação e inscrições em www.meiadospalacios.com.

300 mil euros para munícipes manterem espaços verdes

Sintra e Loures registam mais vítimas mortais na estrada Em 2008, Sintra e Loures foram os concelhos onde se registaram mais vítimas mortais em acidentes rodoviários, com 17 e 14 respectivamente, apesar do relatório de Sinistralidade Distrital de Lisboa do Governo Civil revelar uma redução comparativamente a 2007. O documento conclui que em 2008 houve menos 12 vítimas mortais, bem como uma redução de 228 acidentes e 83 feridos graves. Para o Governo Civil, os números revelam a eficácia da campanha de prevenção rodoviária lançada no ano de 2008.

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Chumbada proposta do PS para criação do Conselho Municipal de Juventude

Meia Maratona dos Palácios em Sintra e Queluz

A Câmara de Sintra vai transferir 300 mil euros para associações particulares assegurarem a manutenção de espaços dos espaços públicos de lazer. O objectivo é envolver os munícipes na preservação destes espaços e desenvolver o seu espírito de cidadania. “Dado o crescente número de espaços verdes criados e/ ou recepcionados pela Câmara e uma vez que já está concluído o trabalho de caracterização da metragem dos espaços verdes, decidiu a autarquia delegar responsabilidades na desmatação e manutenção em associações de moradores”, informa a autarquia. Assim, perto de trezentos mil euros vão ser distribuídos à Cooperativa “O Nosso Lar”, à Cooperativa de Educação da Criança com Deficiência, à Associação dos Amigos e Benfeitores Praceta Serpa Pinto, à Associação de Moradores da Urbanização Cidade Desportiva e à Associação de Proprietários e Moradores da Serra da Silveira que vão ter a ser cargo perto de 200 mil m2 de área de manutenção de espaços verdes.

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A recomendação apresentada pelo Partido Socialista na última Assembleia Municipal de 15 de Maio para a criação do Conselho Municipal de Juventude foi chumbada pela Coligação Mais Sintra

(PSD/PP), tendo contado com os votos favoráveis do Partido Socialista, CDU e do Bloco de Esquerda. A proposta visava “a criação daquela estrutura fundamental, destinada à participa-

Assembleia Municipal quer que os moradores da Coopalme sejam ouvidos A Assembleia Municipal de Sintra aprovou por unanimidade uma proposta do Bloco de Esquerda que recomenda à Câmara que esclareça a população do Bairro da Coopalme sobre as obras de construção da ligação Cavaleira/Ouressa. Os moradores “devem ser envolvidos na procura de soluções para os problemas decorrentes da construção da estrada”, lêse no documento aprovado na última sessão extraordinária de 15 de Maio. A iniciativa surge depois dos moradores do Bairro se terem dirigido à Assembleia Municipal, a 27 Abril, para explanar as suas preocupa-

ções sobre a obra, não tendo, desde então, obtido respostas do Executivo, justifica o BE. As obras de construção da ligação Ouressa/Cavaleira, na freguesia de Algueirão Mem Martins, foram retomadas após alguns anos de paragem, mas “a população desconhece pormenores da intervenção, tendo já demonstrado publicamente receio que a estrada traga alterações significativas para a sua qualidade de vida e que afecte a segurança do Bairro, nomeadamente pela limitação da circulação de viaturas de socorro”.

ção dos jovens na vida autárquica sintrense.” Segundo os socialistas, a criação dos Conselhos Municipais de Juventude assenta no princípio de que as políticas municipais voltadas para a Juventude devem oferecer uma resposta adequada às necessidades dos jovens, com o objectivo de melhorar a sua qualidade de vida, e a possibilidade de uma plena participação na comunidade. O PS recorda que os Conselhos Municipais são estruturas consultivas do Município, “que dão voz às associações juvenis e aos jovens munícipes, proporcionando-lhe um espaço aberto ao debate e à partilha de opiniões”. Por essa razão, os socialistas defendem que “a Juventude não pode ser perspectivada como uma categoria genérica, devendo as Políticas Municipais de Juventude passar por disponibilizar uma resposta global e integrada às necessidades dos jovens, tendo por objectivo melhorar o seu quotidiano e fomentar a sua participação social.” “Só assim é possível o incremento da área da Juventude e a acção fundamentada na transversalidade e na união de sinergias. Sintra marca, assim, o afastamento do conjunto das Políticas Municipais de Juventude, cuja base foi lançada pelos Vereadores Socialistas, responsáveis pelo Pelouro até Setembro de 2008”, lamenta o PS.


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Sintra precisa de jardineiros do território Uma das principais conclusões do debate promovido pela Associação Cultural Alagamares sobre os 15 anos de Sintra como Património da Humanidade é que a Paisagem Cultural precisa de “jardineiros”. Num jantar debate realizado a 7 de Maio no âmbito das comemorações dos 75 anos do Jornal de Sintra, a Alagamares juntou especialistas e munícipes interessados na gestão deste património. “Não se podem conservar paisagens históricas como conservamos as pedras ou certos materiais de longa duração. A coisa mais importante para uma paisagem é ter um bom jardineiro e tratá-lo bem. E nós não temos sido bons jardineiros, nem nos jardins nem nos territórios, todos sabemos disso. E uma das razões é que as plantas não se dão bem com tanto betão…”, considerou o arquitecto José Aguiar. O presidente da Comissão Nacional do Conselho Internacional dos Monumentos e dos Sítios (Ico-

mos) recordava palavras de uma especialista estrangeira e deixou um lamento. “Os ambientalistas conseguiram uma coisa que nós não conseguimos ainda: se o Governo quer intervir, ouve primeiro as associações, independentemente disso passar para a prática. Nada disto se passa na Cultura e isso é estúpido, não tem lógica”, considerou o especialista em património. Num debate moderado pelo presidente da Alagamares, Fernando Morais Gomes, a noite ficou também marcada pela intervenção do Professor António Lamas, presidente do conselho de administração da Parques de Sintra-Monte da Lua (PSML), a empresa pública que gere grande parte da mancha não urbana do perímetro classificado como Paisagem Cultural. Este res-

ponsável fez um balanço da classificação de Sintra e do historial da empresa criada em 2000, sobretudo da administração que integra, que tomou posse em 2006 e foi reconduzida recentemente. Sintra tem alguns problemas de gestão, desde logo pela dimensão das duas zonas anexas. “São um problema sério na gestão. Apesar da zona tampão ser uma espécie de protecção natural, fácil de explicar e compreender, há ainda uma zona de

Parques de Sintra não foi consultada sobre obra frente a Seteais O presidente da Parques de Sintra-Monte da Lua (PSML) lamenta não ter sido consultado no âmbito do projecto em curso na Quinta Vale dos Anjos, frente a Seteais. No local está a nascer uma casa do empresário Pais do Amaral, num projecto envolto em alguma polémica. “Fomos questionados directamente pela UNESCO que nos perguntou o que pensávamos sobre o assunto. Respondi que não fomos consultados, embora pense que devíamos ter sido, ao abrigo do Plano de Ordenamento do Parque Natural”, explica. Para António Lamas, “a construção frente a Seteais parece vir a perspectivar ofensa à paisagem cénica do local”. No entanto, este responsável admite ter pouca informação sobre o projecto. “Não sei o que vai sair dali porque não conseguimos ter informação. Sabemos que foi licenciado pela Câmara e pelo Instituto de Conservação da Natureza,

mas não sei com que base, porque a placa colocada no local teve várias versões e a área de construção variou ao longo do tempo”. Segundo explica, “o ICNB respondeu à UNESCO dizendo que cumpria o Plano porque usaram uma regra que foi somar os metros quadrados das construções dispersas existentes na propriedade”. De qualquer forma, diz, “aquela escavação é extremamente violenta e a montanha de saibro [visível da estrada] é uma questão de convivência complicada. Custa-me pas-

sar ali e sofro todos os dias quando desço de Monserrate”, desabafa. “É a primeira construção na zona da Paisagem Cultural com aquele impacto visual do processo construtivo, o que abre um precedente. Preocupa-me porque é um sítio de relevo, dentro da área de Património da Humanidade, apesar do processo ter aparentemente seguido a burocracia correcta e ter sido licenciado. Há um Estado proprietário (a PSML) e um Estado licenciador ao lado e os dois têm de estar em diálogo permanente”, defende.

transição que cobre quase dois terços do concelho”. Acresce que parte desta área “não está dentro do Parque Natural Sintra Cascais (PNSC) e não tem qualquer mecanismo de protecção no PDM”. “É a única Paisagem Cultural com estas duas zonas de protecção e se existem devem ser úteis, caso contrário tornam-se num problema”, defende. A empresa espera vir a ter “um progressivo protagonismo”, sobretudo em matéria

de competências, já que o Regulamento do PNSC “contém várias referências ao parecer prévio da entidade gestora da paisagem cultural, mas nunca foi usado”. A emissão de pareceres está prevista na Lei, “há que dar clareza ao que está escrito de forma difusa e está nos objectivos da empresa pedir ao Governo esta clarificação”, avança António Lamas. Este responsável recordou que a empresa não recebe verbas do Orçamento de Estado, e vive das entradas e dos alugueres de espaços, candidatando-se a Fundos para realizar projectos. Apesar disso, “as propriedades que gere são o terceiro pólo de atracção turística do país a seguir ao castelo de São Jorge e aos Jerónimos. Em 2008, a PSML recebeu perto de 860 mil visitas, um número elevado que se deve a um cres-

cimento de 40% entre 2006 e 2008”, avança. Números que permitiram que no ano passado as receitas atingissem 6,3 milhões de euros, dos quais 4,5 foram investidos. “Ajudamos a criar uma zona económica de influência porque gerimos valores patrimoniais que sustentam a economia local, e é preciso que esta economia contribua para a sustentação do património, porque sem ele nenhuma dessas indústrias seriam sustentáveis”, defende. Outros contributos do debate incluíram uma apresentação sobre a evolução da biodiversidade de Sintra por parte de Fernando Louro Alves. Para este dirigente da Sociedade Portuguesa para o Desenvolvimento da Educação e do Turismo Ambiental (SETA), “conservar nunca é colocar uma redoma”. Já Fernando Gomes, da Alagamares, defendeu que “Sintra tem condições para ser um cluster de indústrias criativas e é necessário federar os criadores culturais”. Luís Galrão


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B R E V E S Administração dos SMAS deve “cessar funções” A Caixa Geral de Aposentações quer que os três administradores dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS) de Sintra cessem funções imediatamente por alegada acumulação de remunerações ao recebimento de pensões, informa o jornal Público na edição de 11 de Maio. Segundo a mesma fonte, o presidente Baptista Alves e os vogais Luís Simões e Joaquim Cardoso Martins negam qualquer ilegalidade e já pediram uma reunião urgente para clarificar a situação. “Foi com estupefacção que tivemos conhecimento dessa posição e iremos tomar todas as medidas no sentido de esclarecer o assunto”, afirma Baptista Alves, que garante ter sido o primeiro a pedir o esclarecimento da sua situação. A intervenção da Caixa Geral de Aposentações decorre de uma queixa apresentada em Fevereiro pelos vereadores do PS de Sintra. Os socialistas participaram ao procurador da República junto do Tribunal Administrativo e Fiscal que a nomeação da administração dos SMAS está “ferida de ilegalidade, pondo até em causa os princípios que devem estar subjacentes à boa gestão dos dinheiros públicos”.

Foi constituída a Plataforma Cultural de Sintra Decorreu a 12 de Maio a escritura de constituição da Plataforma de Associações e Agentes Culturais de Sintra (PAACS), com a participação de 13 associações fundadoras. O próximo passo irá realizar-se dia 21 de Maio pelas 21h, na Associação de Professores de Sintra, com uma Assembleia Geral para eleição de corpos sociais e aprovação do Regulamento Interno, logotipo, valor de quota e composição de núcleos de trabalho previstos no Regulamento. A PAACS “convida as associações ainda não parceiras, bem como aos agentes culturais individuais que queiram desde já integrar a PAACS para comparecerem nesse dia e local para, depois de se associarem, poderem participar, eleger e ser eleitos para os órgãos da Plataforma e engrossarem este projecto, que sem desvirtuar ou interferir nas agendas individuais de cada grupo ou artista os visa reforçar, apoiar e mobilizar em prol de mais organização, promoção e voz activa”. São fundadoras da PAACS as organizações: Associação de Professores de Sintra, Danças com História, Alagamares, Dínamo, Weather Report, TenChi Internacional, Utopia Teatro, Teatro Tapafuros, Púrusha, Pranima, Voando em Cynthia, Projecto Terra e Chão de Oliva.

Seara inaugura refeitório em Albarraque O Presidente da Câmara de Sintra, Fernando Seara, inaugurou há uma semana o refeitório da EB1 de Albarrraque nº 1, situada na freguesia de Rio de Mouro. O edifício, construído de raiz destina-se a dotar de refeitório esta escola frequentada por 36 crianças dos 6 aos 10 anos. A partir de agora serão servidas diariamente refeições a alunos, docentes e auxiliares. As obras, que representaram um investimento total de 120 mil euros, iniciaram-se em Janeiro deste ano e terminaram em finais de Abril. A autarquia salienta que “diariamente são servidas mais de 14 mil refeições nas escolas municipais do concelho”.

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Base Aérea de Sintra vai receber Festival Aéreo O 57º Aniversário da Força Aérea Portuguesa (FAP) vai ser comemorado na Base Aérea nº. 1, em Sintra, com um festival aéreo internacional. O evento terá lugar a 5 de Julho, numa organização em parceria com o Aero Club de Portugal. “Além do nosso aniversário, vamos assinalar os cem anos da aviação em Portugal com um espectáculo que ficará na memória de todos”, assegura o tenente-coronel Paulo Gonçalves. As comemorações vão ter início a 26 de Junho, com uma exposição aeronáutica nas instalações do pólo de Sintra do Museu do Ar, sedeado em Alverca. “Vamos receber patrulhas acrobáticas de outros países e esperamos milhares de visitantes”, acrescentou o porta-voz da FAP, recusando esclarecer a polémica sobre a passagem definitiva do Museu do Ar para Sintra. O festival foi anunciado no dia 14 durante a apresentação das patrulhas acrobáticas da FAP. Os Asas e os Rotores de Portugal iniciaram oficialmente a época de 2009 com uma exibição na BA1. Em duas curtas demonstrações de 20 minutos, os caças Alpha-Jet e os helicópteros Alouette III deram a conhecer ao comandante operacional da FAP a sequência de manobras que mostrarão ao público em várias demonstrações ao longo da época, em Portugal, França, Inglaterra e Espanha. Os Asas de Portugal, que operam o avião caça-bombardeiro, estão inseridos na Esquadra 103 “Caracóis”, da Base Aérea de Beja (BA11), a mesma sede dos Rotores de Portugal, que operam o Alouette III da Esquadra 552 “Zangões”. “Ser Asas de Portugal significa representar a Força Aérea ao seu mais alto nível. Tentamos transmitir ao público uma imagem de exemplo do nosso ri-

gor, da nossa disciplina. Basicamente tentamos transmitir o valor da Força Aérea”, explicou o major Loureiro Videira. O piloto número um da patrulha acrobática garante que “não há medo” durante a exibição. “Estamos preparados para qualquer circunstância para que consigamos superar tudo da melhor maneira possível”, explica o major, que confessa ter um “orgulho vaidoso” em pertencer “à nata dos pilotos” desde 2002. O evento assinalou também o Dia da Unidade da BA1, situada na Granja do Marquês. As comemorações deste ano incluíram uma visita posterior do Presidente da República, Cavaco Silva, que condecorou aquela unidade – a mais antiga da FAP – com as insígnias da Ordem Militar de Torre e Espada.

As origens da BA1 remontam a 1914, após promulgação pelo Presidente da República Manuel de Arriaga, a 14 de Maio, da lei que cria a Escola Militar de Aviação, com base em estudos efectuados pelo Aero Club de Portugal. Inicialmente construída em 1915 em Vila Nova da Rainha, a escola foi transferida para a Granja do Marquês em 5 de Fevereiro de 1920. Posteriormente, em 1928, viu o seu nome alterado para Escola Militar de Aeronáutica, até à sua extinção em Outubro de 1939, altura em que passa a designar-se por Base Aérea nº1. Durante anos, a FAP formou pilotos e especialistas na Granja do Marquês, até Junho de 1993, altura em que foi transferida para a Base Aérea de Beja a Esquadra de Instrução 101 (Epsilon). Esta esquadra foi criada em 1989, após a extinção da Esquadra 102 de Instrução Básica de Pilotagem (T-37), onde se formaram várias gerações de pilotos da Força Aérea, e de onde saiu a patrulha acrobática “Asas de Portugal”. Na área da BA1 existe uma delegação do Museu do Ar, bem como as instalações da Academia da Força Aérea e do Instituto de Altos Estudos da Força Aérea. Luís Galrão

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Monte Abraão comemora 103 anos de Filipina Vida Rodeada de mais de uma centena de amigos e familiares, a D. Filipina Vida comemorou o seu 103º aniversário, no passado dia 14 de Maio, numa festa-surpresa organizada pela Junta de Freguesia de Monte Abraão, freguesia onde reside. A data foi assinalada com grande alegria num almoço-convívio no Salão Paroquial da Igreja Nossa Sra. da Fé, a que se seguiu à actuação do Grupo Coral As Flores do Monte do Centro de Convívio de Nossa Senhora da Fé. As velas correspondentes aos 103 anos de vida foram apagadas no bolo oferecido pela Pastelaria Mandarina, em Monte Abraão. Associaram-se a esta celebração a Presidente da Junta de Freguesia, Fátima Campos e o Padre Jacob Puthiyaparampil, pároco da Freguesia de Monte Abraão.

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Sintra no top da certificação energética O Município de Sintra é o segundo concelho do distrito de Lisboa com maior número de Certificados Energéticos emitidos, contribuindo, assim, para que Portugal faça parte do “Top 5” dos países com os melhores processos de certificação energética a nível europeu, informa a autarquia. Segundo o Relatório do 1.º trimestre de 2009 elaborado pela Agência para a Energia (ADENE), Sintra apresentava até 31 de Março de 2009 um total de 1.631 Certificados Energéticos emitidos, dando, desta forma, uma valiosa prestação que coloca o nosso país ao nível da Dinamarca, Holanda, Alemanha e Irlanda. Em Sintra, de um total de 1.631 de certificados energéticos a novos edifícios, 50% estão classificados com classe A e 35% classe A+, enquanto em termos nacionais existem 44% com classe A e 14% com classe A+, o que é revelador da mudança operada em Sintra em termos da qualificação construtiva dos novos edifícios, dados que levaram o Director-Geral da

Martin Elsberger, responsável na Comissão Europeia pelos trabalhos de implementação da Directiva Comunitária (referente à certificação energética), é o homem que indica Portugal como fazendo faz parte do “Top 5”. “O que vimos em Portugal é que as autoridades encontraram uma solução para implementar a Directiva de forma eficiente e pragmática”. A qualidade dos certificados, o nível de exigência nos requisitos para os especialistas de certificação e a formação específica que recebem foram alguns dos pontos destacados pelo responsável europeu. Fonte: CMS

ADENE, Alexadre Fernandes a congratular o município. “Os meus parabéns pelos resultados, pois mostram que também na Certificação Energética, Sintra está na linha da frente”, salientou o responsável aquando do envio deste relatório a Sintra.

O Diário do Ambiente é um manual de conselhos práticos sobre as inúmeras contribuições que cada pessoa pode dar para melhorar o ambiente. A publicação resulta de uma parceria entre o Continente e a Quercus e é um convite à participação da população, porque um Ambiente sustentável exige o empenho pessoal de cada um de nós. O manual insere-se no programa Hipernatura Continente, uma iniciativa de responsabilidade social que propõe a requalificação de 20 espaços verdes em 20 cidades portuguesas. O Diário do Ambiente é um convite à mudança de atitudes e comportamentos, ajudando a construir Cidades saudáveis, ecológicas e criativas.

diário do

ILUMINAÇÃO Sabia que… -

A iluminação numa casa é responsável pelo menos por 10 a 15% do consumo total de electricidade da habitação? Uma lâmpada fluorescente compacta (economizadora) pode durar 5 a 10 anos, enquanto para o mesmo período de tempo são necessárias várias lâmpadas incandescentes? Em 5 anos, com uma utilização diária de 4 horas, o consumo das lâmpadas incandescentes pode chegar aos 730 Kwh, ao passo que uma lâmpada fluorescente compacta consome apenas 131 Ku/h? Apesar de serem mais caras, as lâmpadas fluorescentes compactas são um investimento recuperado em muito pouco tempo, devido ao seu baixo consumo? Pode poupar até 75% de energia optando por lâmpadas economizadoras. Uma lâmpada fluorescente normal (economizadora) pode durar até 12000 horas?

O que posso fazer? Quando comprar novas lâmpadas, escolha sempre as de classe A, também conhecidas por lâmpadas economizadoras, de alta eficiência ou fluorescentes. Substitua aos poucos a iluminação de sua casa, instalando lâmpadas economizadoras nas divisões mais frequentadas, como a sala, a cozinha ou o escritório. Em zonas menos utilizadas como os átrios, os corredores ou arrecadações mantenha por enquanto as lâmpadas clássicas, desde que sejam pouco utilizadas. Desligue sempre a luz quando sai de uma divisão. Tire partido da luz solar durante o dia nas divisões com janelas e evite acender a luz. Limpe as lâmpadas e os encaixes com regularidade. Estima-se que 30% da luz se perca desta forma. No quarto, coloque lâmpadas mais fracas na luz de tecto, deixando as de maior potência para pontos específicos, como a secretaria ou a mesade-cabeceira.

Fonte:

Conselhos práticos para viver o seu dia a dia em equilíbrio com a natureza.

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Quercus lança novo site do Projecto Ecocasa

A Quercus assinalou o Dia Mundial da Terra, a 22 de Abril, com o lançamento do novo site do Projecto Ecocasa, que pode ser consultado em www.ecocasa.pt. Neste portal, mais moderno e funcional, pode ser encontrada informação detalhada sobre diversas áreas do quotidiano de modo a incentivar o cidadão comum a tomar decisões vantajosas do ponto de vista financeiro e ambiental. Seja imediatamente no dia-a-dia ou a médio/longo prazo, o incentivo a uma alteração de comportamentos que se traduza em práticas mais sustentáveis nos vários quadrantes da rotina diária é o grande propósito do site Ecocasa. Neste momento, encontram-se disponíveis conteúdos nas áreas da Energia e da Construção Sustentável, sendo que brevemente poderão ser consultadas mais duas categorias: Água e Mobilidade. Relativamente às duas áreas já publicadas, em Energia pretende-se informar o cidadão sobre como reduzir a sua factura energética, anulando desperdícios e aumentando a eficiência nos hábitos diários de consumo. Esta secção conta ainda com informação sobre as diversas tecnologias de energias renováveis/alternativas que já se encontram disponíveis no mercado para aplicação numa casa ou edifício. Em Construção Sustentável, é dado um conjunto de orientações para quem esteja a construir uma habitação

ou pretenda melhorar a componente construtiva de uma habitação já existente. Desde o correcto isolamento das superfícies à orientação da moradia/edifício, passando pela climatização passiva, os conselhos dados pretendem ser ferramentas úteis para melhorar a eficiência energética da habitação. Uma componente inédita neste novo site Ecocasa são os vários simuladores que permitem fazer uma estimativa das poupanças energéticas e financeiras possíveis através da introdução de dados reais associados à substituição de lâmpadas incandescentes e de halogéneo por lâmpadas fluorescentes compactas, comparação de electrodomésticos e equipamentos, e anulação de consumos de standby e off-mode. Nesta secção é possível simular ainda a aquisição de equipamentos de energias renováveis/alternativas e perceber os benefícios energéticos e económicos destes investimentos. O site conta ainda com outras áreas informativas como o calendário de divulgação de eventos internos e externos relacionados com os temas chave do projecto; o espaço juvenil “Sabe mais sobre Energia”, para a sensibilização dos mais novos e uma área dedicada ao projecto EcoFamílias, que já passou por duas edições e alcançou um reconhecimento público notável. Fonte: Quercus


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Governo quer acabar IC16 até Setembro As interrupções de trânsito, o pó e o corrupio de máquinas amarelas e de camiões são constantes ao longo dos mais de 11 quilómetros que separam a CREL, junto a Massamá Norte, do início do IC30, no Lourel, às portas de Sintra. Neste troço está a ganhar forma o último lanço do IC16, uma promessa eleitoral antiga, cuja conclusão foi antecipada três meses, para pleno período eleitoral.

A data de abertura anunciada nos cartazes colocados em pontos estratégicos da futura via é 30 de Setembro e não 31 de Dezembro, a data inicialmente prevista, um facto que o ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações recusa estar ligado às eleições. “Não há aqui alguma data que tenha a ver com calendários eleitorais. Já inaugurei muitas obras desde 2005 e há muitas obras que vou deixar para inaugurar até 2012”, afirmou Mário Lino durante uma visita às obras da concessão rodoviária da Grande Lisboa.

Segundo o ministro, “cada obra tem de terminar na altura em que deve terminar e se puderem ser antecipadas, devem sê-lo, porque são obras com muitos benefícios”. Mário Lino admite que a obra estará concluída antes do previsto e justifica que a construção de novas infra-estruturas também traz alguns prejuízos e afecta os cidadãos, pelo que “quanto mais depressa acabar, melhor”. No entanto, Jorge Coelho, o Presidente da Comissão Executiva da Mota-Engil, a maior accionista da LusoLisboa, a empresa

concessionária, admitiu recentemente “pressões do Governo e das autarquias de Sintra e Cascais” para ter a obra pronta mais cedo. Por seu lado, o presidente da Câmara de Sintra não avança datas, mas assume parte das pressões. “Sempre pressionei todos para o alargamento do IC19 e o avanço do IC16”, revela Fernando Seara. “Quanto cheguei a Sintra demorava muitas vezes uma hora e meia no IC19, hoje demoro 20 minutos. O que significa ganhar uma hora por dia. Este tipo de pressão acontece desde que cheguei, não tenho problemas em dizê-lo”, reforça o autarca. A conclusão antecipada da obra não surpreende a Comissão para a Mobilidade Sustentável no Concelho de Sintra (CMSCS), ex-comissão de utentes do IC19. “Se houver condições, quanto mais rápido melhor. Mas temos que ter a certeza que as obras estão a ser feitas como deve ser e não de forma apressada para cumprir uma promessa eleitoral que deve ter mais de 15 anos”, afirma Guadalupe Gonçalves. Com a maioria das pontes e viadutos em avançado estado de construção, os trabalhos centramse nas vias propriamente ditas. Este lanço do IC16 terá três faixas de rodagem em cada sentido e sete nós de ligação. O troço vai permitir a conclusão da radial da Pontinha, o outro nome dado ao IC16, cujos primeiros quatro quilómetros abriram em 1998, entre a Pon-

tinha (CRIL) e a CREL. No entanto, este segmento não tem ligação directa ao anterior, sendo necessário percorrer três quilómetros na CREL. Juntos, estes dois troços constituem a primeira parte da auto-estrada A16, que englobará ainda o IC30, também em construção entre Ranholas, em Sintra e Alcabideche, em Cascais. A auto-estrada pretende ser uma via radial alternativa ao IC19, com o qual cruzará no nó de Ranholas, o local onde têm ocorrido condicionamentos de tráfego praticamente diários. Segundo o Governo, a A16 vai trazer “melhorias significativas na qualidade de vida dos habitantes da Área Metropolitana de Lisboa (AML)”, nomeadamente através da “redução de emissão poluentes e da redução em cerca de 20 % do tráfego em vias que se encontram saturadas como a auto-estrada de Cascais e o IC19, onde circulam 120 mil veículos por dia”. As novas vias deverão também reduzir a sinistralidade, os congestionamentos e os tempos de acesso a Lisboa em cerca de 50 por cento. Em Sintra, Seara faz contas ao número de novas vias. “Quando cheguei a Sintra era confrontado com seis vias de acesso ao concelho, quatro no IC19 e duas na EN9. Em 2009, no final do mandato, Sintra estará servida por 16 faixas: seis no IC19, quatro na EN9 e outras seis no IC16/IC30”, contabiliza. “O IC16 é uma alternativa rápida para dois elementos fundamentais:

o desenvolvimento logístico, comercial e industrial; e a capacidade de atractividade turística”, explica Fernando Seara. Para as freguesias de Sintra, trata-se de uma obra ansiada. “Já devia ter sido feita há muito tempo, porque faz muita falta à cidade e ao concelho e irá permitir descongestionar os acessos locais e o IC19”, acredita Rui Castelhano, presidente da Junta de Freguesia de Agualva. O autarca deixa, no entanto, críticas à empresa concessionária. “Sentimos falta de informação ao longo de todo o processo, foi sempre impossível falar com alguém da empresa e até hoje nunca recebemos resposta aos ofícios”, lamenta. Luís Galrão

A16 – Uma auto-estrada com dois IC

A auto-estrada A16 será composta pelos IC16 e IC30. A via terá seis lanços entre Benfica, em Lisboa, e Alcabideche, em Cascais, incluindo três quilómetros comuns à CREL, entre Belas e o novo nó do IC16 junto a Massamá Norte. O IC16 fará a ligação ao Lourel, junto a Sintra, onde começa o IC30, que assegurará o restante percurso até à A5, em Alcabideche.


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Portagens e atraso nas circulares reduzem procura Um aspecto que promete manter alguma polémica são as portagens. A A16 terá vários troços pagos porque faz parte de uma concessão atribuída em 2007, por um período de 30 anos, à Lusolisboa - Auto-Estradas da Grande Lisboa, S.A., uma empresa do Grupo Aenor. “Há quem aceite, porque vai poupar tempo, mas também há quem se queixe da falta de dinheiro”, conta um comerciante de Agualva. A Comissão para a Mobilidade Sustentável fala em “contra-senso”. “Estamos satisfeitos porque finalmente está a ser concretizada uma obra que há muito esperávamos e pela qual também lutámos. Mas também estamos frustrados, porque vai ter portagens, o que irá fazer diminuir a procura porque é normal haver diminuição quando as vias são portajadas, sobretudo porque vivemos uma situação de crise”, lamenta Guadalupe Gonçalves. A Comissão teme que este custo prejudique esta alternativa. “Portajar o IC16 vai manter tudo na mesma, porque o tráfego vai continuar a cair no IC19”, avisa. O pagamento de portagens foi também discutido em Fevereiro na Assembleia Municipal de Sintra, onde a CDU viu rejeitada uma moção que apelava à sua “reavaliação e abolição”. Os comunistas, que apenas tiveram o apoio do Bloco de Esquerda, consideram que “as portagens são uma medida discriminatória e incompreensível uma vez que o troço do IC16 já construído não tem portagens”, razão pela qual lançaram também uma petição online. Já Fernando Seara diz tratar-se de “um assunto encerrado”. O autarca recorda que a A6 insere-se no âmbito de uma concessão, e “só há duas hipóteses: ou o Estado in-

demniza o concessionário, mas não acredito que nos próximos dois a três anos haja dinheiro para o que quer que seja, ou respeita o contrato de concessão”, diz. Guadalupe Gonçalves, que também foi vereadora do ambiente em Sintra aponta também a necessidade de descongestionar o interior das freguesias, sobretudo através das circulares nascente e poente ao Cacém, “que continuam no papel”. A empreitada do IC16 integra a construção dos nós de Idanha e

Mira Sintra destas duas circulares, mas a construção das vias municipais terá de ser assegurada pela Câmara de Sintra. “São fundamentais para fazer a ligação entre o IC19 e o IC16, para que o trânsito não passe no interior das freguesias”, explica. Nesta matéria a Câmara explica que “os projectos só agora podem ser concluídos, depois de estabilizado o traçado do IC16”. O vereador Luís Duque salienta que no caso da circular nascente foi necessário “reformular tudo por causa do enterramento da linha de alta tensão”. Mas Fernando Seara alerta para eventuais constrangimentos orçamentais. “Não vale a pena

ter ilusões. Terão de ser tomadas opções a curto/médio-prazo, porque a receita da Câmara está a baixar entre 15 a 17 por cento e é fácil perceber que sem actividade económica não há receitas, principalmente numa autarquia que depende em mais de 80% das receitas próprias”, diz Outro aspecto que preocupa a Comissão é o perigo da especulação imobiliária. “Por si só, o IC16 é só mais uma via que eu espero que a Câmara não aproveite para aprovar desordenadamente tudo o que o PDM permite para a zona da Carregueira e zonas limítrofes “, avisa Guadalupe Gonçalves. Segundo diz, Sintra corre esse risco “se

não forem previstas medidas como a revisão urgente do PDM, tendo por base o Plano Verde, que já está feito mas o Executivo ainda não aprovou”. Seara responde com o exemplo da sua gestão. “Quando fomos eleitos tínhamos milhares de metros quadrados previstos para o eixo do IC16. Não licenciámos nenhum e não criamos nenhuma situação de obstáculo ao projecto, porque sem isso era impossível concretizar esta obra neste prazo”. Quanto ao ordenamento, “é evidente que no âmbito da revisão do PDM importa ter em atenção todos os eixos de desenvolvimento estratégico”. L.G.


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saúde

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Educar para a empatia Por: Paula Barbosa – Psicóloga Clínica, Psicoterapeuta Deparei-me há dias, num contacto profissional, com uma criança muito triste por não conseguir fazer amigos. Ao meu pedido, esta criança falou-me que, para ela, “ser amiga era como nos livros ou nos filmes das princesas ou fadas: amigas para sempre, as melhores amigas!”. “E o que será que te entristece? Porque será que não sentes as outras meninas como amigas assim?” – perguntei eu. Esta foi a sua resposta: “Na escola brincamos juntas e somos amigas. Mas as melhores amigas também têm saudades umas das outras quando não

estão na escola, quando são os fins-de-semana ou as férias, e nas festas de aniversário.” Encontrei a mãe desiludida pela forma como a maior parte dos pais banalizava o contacto interpessoal entre as crianças. Após algumas tentativas, conseguiu combinar três convívios com outras meninas, cujas mães nunca retribuíram, isto apesar dos pedidos incessantes e diários feitos por estas na escola. Esta atitude relaciona-se frequentemente com a desvalorização por parte dos adultos das utopias e dos sentimentos inerentes a esta

fase do desenvolvimento. As crianças irão crescer e aperceber-se da realidade com todas as suas desilusões e revoltas, mas serão adultos vazios, egocêntricos e pouco empáticos se nunca os ti-

verem motivado para sentimentos verdadeiros e profundos, ou seja, para a importância dada às pessoas que se amam e para o respeito aos compromissos, o que se aprende nestas idades.

A criança que não é estimulada para a amizade contínua e consistente, porque ouve dos adultos que “ainda vais ter tempo para ter amigos”, ou que “isso é o que dizes agora, daqui a pouco já te distrais com outra coisa”, desenvolve relações instrumentais, pontuais e superficiais, pelo que será amiga na escola e indiferente à amiga na rua. Brincar com uma amiga, construir uma cumplicidade partilhada, torna-se igual a brincar com um brinquedo diferente todos os dias e, mais tarde, na juventude, não sabe-

De olho na cintura Por: Raquel Ferreira – Dietista É do conhecimento geral que o excesso de peso é um factor de risco para a saúde. A Organização Mundial de Saúde recomenda a utilização do Índice de Massa Corporal (IMC) para classificar o peso de um indivíduo. Esta recomendação deriva de diversos estudos que encontraram fortes correlações entre os valores de IMC e taxa de doença e mortalidade. Assim, os indivíduos com IMC superior ou igual Como calcular o IMC? Peso (kg) Altura (m) x Altura (m)

a 30 são considerados obesos e apresentam um risco elevado de várias doenças, tais como a diabetes, hipertensão e doença cardíaca. Contudo, o IMC nada nos diz acerca da forma como a gordura está distribuída no nosso corpo. No decorrer das investigações, verificou-se que a forma como a gordura corporal se distribui pelo corpo também representa um importante indicador de saúde. As pessoas que apresentam uma menor acumulação de gordura no tronco, nomeadamente na zona abdominal, têm melhores valores de pressão arterial, açúcar no

sangue e perfil das gorduras no sangue. Por isso se diz que a gordura típica das mulheres (ginóide), que se acumula sobretudo nas ancas, coxas e nádegas, representa um menor risco para a saúde, contrariamente à gordura típica dos homens (andróide), que se acumula mais frequentemente na zona do abdómen e que por isso acarreta um maior risco para a saúde. Assim, manter a cintura abaixo dos 102cm no caso dos homens (sendo o ideal 94cm) e 88cm nas mulheres (sendo o ideal 80cm) é uma forma de prevenir a diabetes tipo II, a hipertensão e as doenças cardiovasculares.

Faça o seu cálculo do IMC, meça a sua cintura e avalie o seu risco de doença. É fácil, não custa di-

nheiro e é uma forma de se prevenir! Clínica Lírio Bravo Rua dos Lírios, Mem Martins Tel.: 219207526

rá ser amiga porque a base não lhe foi dada para compreender o que isso seja. As crianças são seres capazes de pensar e atribuir significados afectivos umas às outras. Serem melhores adultos amanhã é o produto dos valores feitos importantes no presente. Não as ensine a perder o que começa a fazer tanta falta ao mundo actual.

pcrb@clix.pt dialogicos.lda@dialogicos.pt

Na próxima edição: Suicídio na adolescência


opinião

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Fórum Sintra

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NA BLOGOSFERA DE SINTRA

e pequeno comércio Por Fernando Castelo A peça publicada neste Jornal em 9 de Abril dá conta das preocupações com que são vistas as obras de remodelação e ampliação do espaço conhecido como Feira Nova de Rio de Mouro. Compreendem-se as palavras do presidente da Associação Empresarial de Sintra, surgidas sobre o acontecimento, com destaque para o facto do novo Centro Comercial ir “concorrer com o pequeno comércio”, não ficando muito claro quais os núcleos habitacionais e de pequeno comércio mais vulneráveis à concorrência por parte desta grande superfície. Se tivermos em conta os dados divulgados, a nova área de retalho, com 38.000 metros quadrados, também dará lugar a novas lojas e comércio diversificado, o que não deixará de agradar ao entrevistado. A nova área de restauração (2000 m2), pouco excederá a que existia. Salvo melhor opinião, de cada vez que o comércio tradicional se fecha na sua concha, mais desejoso que nas proximidades não apareçam concorrentes do que com a evolução, os consumidores são empurrados para outras alternativas, pelo menos aqueles que, vivendo por Sintra, não andam à procura de Galos de Barcelos.

Sintra, Acerca de, 17 de Maio “Na guerra complexa entre amor e ódio às árvores que por estas terras se trava, e estando nós bem alinhados do lado dos enamorados, gostamos por vezes de nos comparar com as culturas mais arbófilas em busca de encorajamento. Até há pouco tempo era necessário viajar para lá dos Pirenéus para nos apercebermos da muito maior importância da arborização urbana noutros locais deste continente, mas hoje podemos, sem sair de casa, sobrevoar cidades inteiras com olhos de satélite e ver até que ponto somos diferentes. Resolvemos trazer para um pequeno apontamento comparativo a mais arborizada das capitais europeias, Berlim. Escolhemos um fragmento de um bairro médio da nossa metrópole – um bairro que está longe de se contar entre os nossos mais áridos, como, por exemplo, a Portela de Sintra, de bom desenho urbano com origem nos anos 40 do século passado. Depois procurámos, ao acaso, um fragmento indiferenciado da periferia de Berlim, de aparência próxima (…) como a Portela, com um campo de futebol. Em Reinickendorf as árvores estão por todo o lado, em espaços públicos e privados, cobrindo a maior parte do espaço livre com as suas copas. Na Portela de Sintra, à excepção da mancha do jardim, aliás desastrosamente podada este ano, a pobreza arbórea é confrangedora - veja-se como os dois campos de futebol são envolvidos, um de alcatrão, outro verde luxuriante! (…) O que se passa com esses berlinenses, que não se passa connosco?” http://sintracerca.blogspot.com

Vivo-em-Sintra, 16 de Maio

Sabem as grandes superfícies que as regras de relacionamento implicam novos conceitos e, daí, estarmos a assistir a novas práticas que, até agora, eram exclusivas do comerciante de bairro. Em várias secções de grandes superfícies – o Feira Nova é uma delas – é possível encomendar-se com antecedência e aferir-se da qualidade, sem estarmos sujeitos a que, disfarçadamente, nos metam uma ou outra peça em mau estado no meio das outras. Neste campo, o comércio local tem deixado vazio o espaço que os grandes aproveitam. O presidente da AE de Sintra terá conhecimentos mais amplos sobre a matéria.

Outro Projecto para um JUMBO Em Fevereiro de 2008 esteve em Discussão Pública um Estudo sobre o Impacte do Centro Comercial JUMBO – SINTRA, prevendo a implantação em 25.542 m2 de um Hipermercado e um Centro Comercial com Lojas e Restauração, mesmo em frente ao LIDL. Apesar do JUMBO estar previsto na confluência das freguesias de Algueirão-Mem Martins e S.Pedro de Penaferrim, nem a primeira, cujo presidente também o é da AE Sintra, nem a segunda, onde outro comerciante de Sintra

foi eleito para esse cargo, tomaram iniciativas para a indispensável análise e avaliação do Projecto por parte dos cidadãos interessados. Um debate patrocinado pelas duas autarquias teria sido determinante para a defesa do comércio local de uma grande área do concelho, permitindo uma maior sensibilização para esta problemática que – agora e ainda bem – parece ter gerado preocupações. Por falta de intervenção institucional, um grupo de cidadãos promoveu uma reunião pública de esclarecimento, da qual resultaram opiniões e sugestões que foram enviadas à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo. Nessa altura, a sociedade civil – sem calendários – assumiu o papel do Poder Local.

“Já aqui o referi mas nunca é demais relembrá-lo - as obras de construção de novo nó de ligação entre o IC19 e Rio de Mouro continuam a arrastar-se e a prejudicar diariamente muitos milhares de cidadãos desta freguesia. A “aceleração” que foi visível para terminar o posto de combustíveis já ali construído (patrocinador da obra de alargamento deste nó, como contrapartida para a abertura do referido posto) não se verifica nas actuais obras em curso - agora já não se vêem trabalhos durante a noite ou aos fins de semana, por exemplo. É caso para dizer - primeiro o negócio, depois as pessoas...” http://www.vivo-em-sintra.blogspot.com

Serra de Sintra, 11 de Maio “O Blog Serra de Sintra está hoje em destaque no diário gratuito “Destak”. Trata-se de uma notícia que me alegra, sobretudo por colocar em evidência os problemas de Sintra, motivando os muitos leitores do Destak a procurar neste Blog - como noutros igualmente atentos, ou com actividade bem mais regular - informação sobre a actualidade do património serrano de Sintra. Vou tentar reavivar o Serra de Sintra, e (re)começar a publicar todo o (muito) material que tenho sobre os Capuchos, no Blog SOS Capuchos. Vamos ver se consigo...” http://serradesintra.blogspot.com

Beijo da Terra, 1 de Maio “Rumei ontem a Santa Eufémia, para ver o novo caminho de ligação à antiga pousada Azevedo Gomes, entretanto, ao que parece, entregue à GNR. A Parques de Sintra justifica a pavimentação desta antiga via pedonal com a melhoria das condições de segurança que a possibilidade de circulação de viaturas da GNR traria ao local. No entanto, no edifício anexo à antiga pousada, que se encontra completamente abandonado, os arcos que dão acesso ao interior estão desentaipados, permitindo o acesso a uma ampla e escura galeria onde se acumulam o lixo e os graffitis nas paredes. Da presença da GNR é que não há vestígios. Cá fora, mesmo em frente aos anexos arruinados, a vista é estupenda. Os mouros espreitam ao longe. Mas toma-nos um sentimento de insegurança perante a escuridão que nos acena do interior das ruínas, acessível a quem quer que seja. Quando me deparo com estes pardieiros, vem-me sempre à memória o que se passou no chalet da Condessa…” http://beijodaterra.blogspot.com


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comunidade

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“Aventura na Escola” Secundária de Mem Martins A Escola Secundária de Mem-Martins promoveu a 28 de Abril uma actividade denominada “Aventura na Escola” onde participaram centenas de alunos do 2º e 3º Ciclo bem como várias entidades do concelho de Sintra. O objectivo principal do evento foi dinamizar toda a comunidade escolar, estreitar a relação entre professores, alunos e funcionários e a escola,”promovendo o desporto, incentivando um estilo de vida saudável e estimulando a interdisciplinaridade e a cooperação entre os vários intervenientes no processo educativo” referem os responsáveis pela iniciativa. O projecto colocou todos os participantes, incluindo pais, professores e alunos em acção e interacção, criando um ambiente de amizade e cooperação entre todos. A “Aventura na Escola”, projecto que tem vindo

a ser realizado ao longo de três anos, consiste na criação de cerca de 50 estações nas quais decorrem várias actividades relacionadas com determinado tema. Em cada estação decorrerem actividades diferentes. No momento da credenciação é entregue a cada equipa um conjunto de instruções, o cartão de controlo e o mapa da escola com as estações marcadas. Cada equipa tem a possibilidade de escolher a sequência das estações a que se pretende dirigir, optando pela melhor estratégia. Em cada estação, as equipas serão submetidas a uma tarefa, a qual terão que superar para conquistarem a pontuação máxima. As actividades incluíam radiomodelismo, apoiado pela empresa Rotação Máxima, Paintball com a presença da empresa “Troca-Tintas”, matraquilhos humanos,

jogo da malha, gincanas, perguntas de química e física, BTT, entre dezenas de outras actividades interactivas que finalizaram com um fantástico espectáculo de pequenos e grandes artistas. Os parâmetros de concretização estão definidos e são apresentados à equipa pelo elemento da organização presente. A actividade global teve cerca de 50 estações diferentes, incluindo jogos de cooperação, jogos tradicionais, desportos de aventura e ainda estações multidisciplinares. No final, a equipa que apresentar a pontuação superior, no resultado do somatório obtido nas diferentes estações, será a vencedora da “Aventura na Escola”. Assistiram ao evento empresas e convidados como o presidente da Junta de Freguesia de Rio de Mouro, Filipe Santos que segundo os professores tem sido “um

pessoa excepcional e apoiado bastante as actividades.” Para o autarca, estas iniciativas contribuem para “o bom ambiente escolar e espírito comunitário.” Também no âmbito de apoio aos jovens, a Junta de Rio de Mouro desenvolve anualmente actividades de Verão como é o caso das colónias de férias. A comunicação social também marcou presença com emissão em directo na Rádio Clube de Sintra. Para os alunos, tratou-se de uma iniciativa “engraçada”. O melhor, dizem, “é poder jogar com amigos e professores”. O fim de tarde ventoso foi animado por professores, alunos e funcionários com música e dança revelando grandes talentos como os grupos de hip-hop das escolas secundárias de Mem Martins e Leal da Câmara e o conjunto de professores e funcionários que

deram um novo tom à música “Não há estrelas no céu” de Rui Veloso. O dia repleto de emoções terminou

com a entrega dos prémios às equipas vencedoras desta “Aventura na Escola”. Andreia Fernandes


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Escritor Augusto Carlos apresenta Historiador de Agualva promove em Sintra “O Cântico dos Melros” bolo de homenagem a D. Domingos O escritor Augusto Carlos apresenta dia 23 o seu mais recente trabalho “O Cântico dos Melros”, da Nova Vaga Editora, numa iniciativa que terá lugar na Biblioteca Municipal - Casa Mantero, pelas 16h. O autor moçambicano vive em Sintra há alguns anos e tem trabalhado com diversas escolas do concelho e algumas das suas publicações foram escolhidas pelo Plano Nacional de Leitura. “O Cântico dos Melros”, lançado no início de Maio, é uma história que fala de adormecimento e de despertar. E se o Homem vivesse ao contrário, contra ele próprio, contra a Natureza de que faz intimamente parte? E se a sociedade actual fosse uma ´Hibernolândia´

habitada, em grande escala, por cidadãos adormecidos que se demitem de reflectir e de seguir os seus próprios instintos e desejos? E se houvesse um conjunto de cidadãos que, contra a corrente dominante e guiados por

uma inteligência superior, conectada com o Universo e as leis da Natureza, zelasse pelo natural bem-estar da Humanidade? Ficção? Só em parte, pois o "O Cântico dos Melros", o nono livro de Augusto Carlos, é um grito de cor, e de alerta, contra um paradigma que torna o Homem infeliz. É, mais do que teoria, um manual prático para aplicar à vida e evoluir. Augusto Carlos, nasceu em 1955, em Gaza, Moçambique, vive em Sintra, é empresário, formado em Engenharia e apaixonado por Filosofia. Autor de romances em que aborda temas relacionados com o amor, a paz, a felicidade e o diálogo inter-cultural, é um humanista e um pacifista.

Dia dos Museus assinalado no Palácio Nacional de Sintra

Integrada nas comemorações do dia internacional dos museus, o Instituto dos Museus e Conservação promo-

veu a 16 Maio no Palácio Nacional de Sintra, a Noite dos Museus. O Palácio esteve aberto

ao público das 20h às 24h e centenas de pessoas assistiram às representações das Associação Danças com História que recriou danças da corte de D. João I com danças e musica ao vivo e o Grupo ARdeCORO apresentaram música vocal da renascença. O dia internacional dos museus, uma iniciativa do ICOM (Conselho Internacional de Museus da UNESCO) celebra-se em todo o mundo, no dia 18 de Maio, este ano sob o tema “Museus e Turismo”. Texto e Foto: Paulo Escoto

Festival Gímnico da Tuna Operária de Sintra À semelhança das últimas épocas, a Tuna Operária de Sintra organiza mais um Festival Gímnico. “É aquele momento do ano em que a Tuna Operária de Sintra abre as suas portas e, perante o público assíduo do Festival, os atletas das classes de ginástica infantil, iniciação, manutenção e exibição mostra todo o trabalho desenvolvido durante a última época”, revela a organização.

O Festival Gímnico 2009 realiza-se no próximo dia 23

de Maio, pelas 21 horas no pavilhão dos Bombeiros Voluntários de Almoçageme, e conta com os apoios da Junta de Freguesia de Sintra (Santa Maria e São Miguel) e da Seth. Além das suas classes, irão participar as classes de ginástica dos seguintes clubes: Clube Desportivo da Escola Secundária Miguel Torga, Associação dos Moradores de Ribamar, Casa do Povo do Cadaval e o cluble Atlético de Queluz.

Na Pastelaria Mina dos Amigos, em Agualva, existe à venda um bolo à base de coco e limão que pretende homenagear D. Domingos Anes Jardo, cónego de Évora, conselheiro e capelão de el-rei D. Afonso III, chanceler mor do rei D. Dinis, Prior de Guimarães, oitavo bispo de Évora (1284-1289) e décimo oitavo de Lisboa (1289-1293). A ideia partiu de Jorge Trigo, investigador da história local, que anteriormente já tinha conseguido junto da mesma pastelaria o renascimento dos célebres Agualvas. Tanto estes como os D. Domingos estão à venda naquele estabelecimento às sextas-feiras, sábados e domingos com sucesso garantido. “O bolo era anunciado como sendo de coco e limão, mas não tinha um nome próprio atribuído, então lembrei-me, porque não aproveitar para homenagear D. Domingos Jardo?”, disse Jorge Trigo, que resolveu

propor ao gerente da pastelaria a atribuição deste nome que de imediato foi aceite. 716 anos depois do seu falecimento, ocorrido em 1293, procura-se através da doçaria lembrar esta figura relevante da História de Portugal que nasceu na Quinta dos Lóios, junto à ribeira das

Jardas, na cidade de Agualva-Cacém. Nesta cidade existe um agrupamento de escolas e uma rua com o seu nome. D. Domingos Jardo foi sepultado na capela do Santíssimo Sacramento, na igreja de Santo Eloy de Lisboa de que ele foi fundador.

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A G E N D A Olho Vivo realiza Festa de África 24 de Maio, Casa dos Povos

A Associação Olho Vivo promove este Domingo, dia 24, pelas 13 horas, a Festa de África, um encontro de música, dança, artesanato e gastronomia africana. A iniciativa realiza-se na Casa dos Povos, situada na Avenida da Igrela, nº. 21, no Pego Longo, em Belas, junto à Escola EB2,3 Galopim de Carvalho. Mais informações em www.olho-vivo.org.

IV Encontro de Alternativas de Sintra

M A I O / J U N H O Exposição Medula: A Fábrica da Vida Até 7 de Junho, Centro Ciência Viva

29 a 31 de Maio, Biblioteca de Sintra

A Voando em Cynthia, Associação Cultural, irá pelo quarto ano consecutivo produzir, organizar e realizar, em parceria com a Câmara Municipal de Sintra, o IV ENCONTRO DE ALTERNATIVAS EM SINTRA nos dia 29, 30 e 31 de Maio. O evento decorrerá nos Jardins da Biblioteca Municipal de Sintra (Casa Mantero), junto à estação da CP e juntará diversas actividades, desde oficinas, terapias alternativas, palestras, exposições, animação infantil, teatro e música. Mais informações em www.encontroalternativas.blogspot.com

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O Centro Ciência Viva de Sintra em parceria com o Centro de Histocompatibilidade do Norte (CHN) inaugura a 7 de Maio, às 19h, uma exposição de Painéis de Azulejos sobre o tema “Medula: A Fábrica da Vida”. Esta exposição, que estará patente até 7 de Junho, resulta de um concurso lançado às escolas de todo o País, pelo Centro de Histocompatibilidade do Norte (CHN). No âmbito desta iniciativa foram abordados e discutidos, nas aulas de Ciências Naturais, temas como a Leucemia e a Dádiva de Medula Óssea, envolvendo crianças, jovens e professores de Educação Visual na criação dos painéis de azulejos. Com as imagens destes painéis e textos de 23 personalidades de diversos países, com prefácio do Prof. Daniel Serrão, foi elaborado um livro bilingue, (Português e Inglês) e um CD com o mesmo nome. Mais informações em www.cienciavivasintra.pt.

DOIDA NÃO E NÃO Maria Adelaide Coelho da Cunha Manuela Gonzaga Bertrand

Lê-se como um romance e fica-nos como apontamento histórico de uma época da nossa história em eu as mulheres ainda lutavam por igualdade de direitos, em que a ciência ainda se contornava ao sabor dos desejos dos homens preteridos e em que o amor das mulheres ainda era visto como “loucura lúcida”.

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Criar, Fotografar e Inovar em Monte Abraão Inscrições até dia 12 de Junho

livro do mês

“Doida Não e Não!” relata com a história de vida Maria Adelaide Coelho da Cunha, Senhora de São Vicente, filha mais velha e herdeira do fundador do Diário de Notícias e mulher de Alfredo da Cunha, também jornalista no DN. Traçado com grande rigor histórico e solidamente ancorado em documentação contemporânea, “Doida Não e Não!” é, na verdade, o testemunho da vontade indómita de uma mulher que tudo arriscou por amor. Estamos no início do século vinte. Vive-se o princípio da liberdade de imprensa. Portugal assiste a vários acontecimentos revolucionários e, de certa forma, Maria Adelaide Coelho da Cunha protagonizou um deles. Os factos relevantes têm início em Novembro de 1918, quando Maria Adelaide foge de casa, trocando o marido, escritor e poeta, por um amante. Do Palácio para um modesto apartamento em Santa Comba Dão, aos quarenta e oito anos: tudo por amor a um homem com praticamente metade da sua idade. Numa sociedade e num tempo onde a aparência era mais importante do que qualquer desejo e com a ajuda dos maiores psiquiatras da época, marido e filho conseguem interná-la num manicómio, com o diagnóstico de “loucura lúcida”. Maria Adelaide Coelho da Cunha foi presa num manicómio, impedindo assim a concretização do seu amor. História já antes escrita por Agustina Bessa Luís e até já retratada em filme (“Solo de Violino”) esta história, viu-se agora enriquecida pela descoberta de um espólio descoberto pelos proprietários do Palácio outrora habitado pelo casal.

A Junta de Freguesia de Monte Abraão encontra-se a promover, pelo 3º ano consecutivo, o Concurso de Fotografia, subordinado ao tema "Criar, Fotografar e Inovar". A actividade está enquadrada nas comemorações do Ano Europeu da Criatividade e Inovação, visando a promoção da originalidade na expressão e captação de habilidades fotográficas em todos os amantes desta arte. As inscrições devem ser efectuadas até dia 12 de Junho nas instalações da Junta de Freguesia de Monte Abraão, de Segunda a Sexta-Feira, entre as 09h e as 12h30, e as 14h30 e 17h30. Mais informações em http://jf-monteabraao.pt.

«Artes na Rua» na Praia das Maçãs Aos sábados, de Junho a Agosto

Arranca em Junho a edição de 2009 da Feira de Artesanato Urbano «Artes na Rua», desta vez na Praia das Maçãs. A iniciativa é um convite a conhecer o artesanato do concelho, sempre aos sábados de 15 em 15 dias, durante o verão. A organização promete a presença de artesãos da zona de Sintra e não só, de moda, bijuteria, pintura, découpage, artesanato moderno, artesanato tradicional, novas tendências em artesanato, entre outras artes. Calendário: Junho dias 13 e 27; Julho - dias 11 e 25; Agosto - dias 8 e 22. Mais informações em www.artesnarua.pt.vu.


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Variante à EN9 em consulta pública até 5 de Junho O estudo de avaliação de impacte ambiental (EIA) do projecto da variante à EN9, a futura estrada entre o Lourel e Fervença, está em consulta pública até dia 5 de Junho. O projecto, consiste na construção de uma variante à actual EN9 entre o Nó de Lourel (IC16) e o Nó de Fervença, (Via de Cintura da Área Metropolitana de Lisboa - Norte) numa extensão de cerca de 2,6 quilómetros. O proponente é a Câmara Municipal de Sintra (CMS), através do Departamento de Obras Municipais, que pretende captar o actual tráfego de passagem da EN9, numa zona com características marcadamente industriais, criando uma alternativa de circulação rodoviária com maior segurança e fluidez.

A autarquia acredita ainda que a Variante vai melhorar a acessibilidade rodoviária local e regional, sobretudo na interligação dos os actuais IC16 e Via de Cintura da Área Metropolitana de Lisboa Norte, em melhores condições de segurança, de circulação e de velocidade, dando continuidade ao perfil transversal de 2x2 vias com separador central, uniformizando as características do traçado. Os documentos do Estudo de Impacte Ambiental estão disponíveis para consulta na Câmara de Sintra, nas Juntas de Freguesia de Terrugem e Santa Maria e São Miguel (Junta de Freguesia de Sintra), e na internet, na página da Agência Portuguesa de Ambiente.

Sintra participa em iniciativa inédita contra a Esclerose Múltipla O Gang da EM, grupo informal de auto-ajuda de portadores de Esclerose Múltipla (EM), organiza no próximo dia 27 de Maio o “Move-te pela Esclerose Múltipla”, uma iniciativa a nível nacional, inédita em Portugal, que inclui Sintra. A Esclerose Múltipla é uma doença auto-imune, degenerativa do Sistema Nervoso Central que afecta jovens adultos com idades entre os 20 e os 40 anos, mas sobretudo mulheres jovens. No primeiro Dia Mundial da Esclerose Múltipla, o Gang da EM organiza dois percursos de passeio, um pedestre e outro de bicicleta, em várias cidades e vilas, incluindo Sintra. O evento será aberto a toda a comunidade com o objectivo de sensibilizar para esta doença degenerativa do sistema nervoso central que, em Portugal, afecta cerca de cinco mil pessoas. A iniciativa terá início às 19h em simultâneo em todas as cidades, sendo que a recep-

ção dos participantes será feita uma hora antes, ou seja, às 18h. O percurso de caminhada terá cerca de três quilómetros e o de bicicleta, perto de 8 km. Os participantes sairão todos do mesmo sítio e regressam também ao mesmo local, praticamente ao mesmo tempo, daí os dois percursos com distâncias diferentes e tempos diferentes. Em Sintra, o local de concentração é a Praça D. Fernando II (largo da Feira de São Pedro). A inscrição é gratuita mas obrigatória devido ao seguro de participação mas também para a entrega de t-shirts da iniciativa. Inscrições através do email gang.da.em@gmail.com ou do telemóvel 918789153.


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