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O JORNAL COM NOTÍCIAS • DIRECTOR: LUÍS GALRÃO • ANO 3 • QUINZENAL •

19 DE MARÇO DE 2009 • N.º 44

D I S T R I B U I Ç Ã O G R AT U I TA SIMULACRO APARATOSO TESTA RESPOSTA DA PROTECÇÃO CIVIL

Televisão saloia nasce na Internet

O aparato visível no dia 7 na Portela de Sintra fazia temer o pior. Quatro viaturas acidentadas e uma dezena de feridos, entre os quais dois peões. A resposta de emergência foi assegurada por 74 elementos e 17 viaturas. Felizmente, era tudo a fingir, apenas um simulacro inserido nas comemorações do Dia Nacional da Protecção Civil.

Notícia

Arranca no dia 1 de Abril a edição experimental da saloia.tv, um projecto que pretende divulgar a alma, a cultura e as potencialidades do povo saloio. Mafra, Loures e Sintra são os três concelhos abrangidos pelos objectivos desta nova estação digital, emitida apenas na Internet.

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POLÉMICA SOBRE INSEGURANÇA MARCA ASSEMBLEIA MUNICIPAL A sessão extraordinária de Assembleia Municipal de dia 12 ficou marcada pelas críticas do PS à ida do autarca de Rio de Mouro a um programa de televisão sobre criminalidade. O tema da insegurança foi também levantado pela CDU, que denunciou existirem “problemas graves nas estações da Linha de Sintra”, que à noite “ficam votadas ao abandono e à actuação de grupos mais ou menos marginais”.

Notícia

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URGÊNCIA BÁSICA DE ALGUEIRÃO ATRASADA TRÊS MESES O Serviço de Urgência Básica prometido pela ministra da Saúde para Sintra deverá entrar em funcionamento “dentro de três meses, no máximo”, garantiu há uma semana Ana Jorge. A “derrapagem” deve-se “à complexidade do processo”, explica a ministra, que em Janeiro prometeu a abertura das instalações provisórias no final de Março. Segundo a Câmara de Sintra, as obras devem arrancar esta semana.

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Sintra aguarda hospital e novos centros de saúde Pág. 8

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FARMACÊUTICA HIKMA PROMETE MAIS INVESTIMENTO EM SINTRA O grupo farmacêutico Hikma está a equacionar a instalação de uma nova unidade no complexo que a empresa jordana tem em Sintra. “Estamos a reinvestir e a expandir-nos e pensamos já num quarto alargamento”, avançou ao Cidade VIVA Samih Darwazah, o fundador da empresa. Na terça-feira, o Rei Abudullah II da Jordânia inaugurou a segunda fábrica da empresa no concelho, junto a uma terceira unidade que ficará pronta até ao final do ano.

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BE e televisões reduzem fila do desemprego em Sintra

O Centro de Emprego de Sintra abre sempre às nove e quase sempre com filas de dezenas de desempregados. Na manhã de dia 12 havia fila, mas às nove já tinha desaparecido. “Em alguns casos, o Governo preocupa-se com as pessoas, como hoje, em que a presença do Bloco de Esquerda fez com que este serviço público abrisse excepcionalmente mais

cedo. Ainda bem que vim, pelo menos desta vez os desempregados não tiveram de esperar tanto tempo”, ironizou Francisco Louça. O líder do Bloco de Esquerda escolheu Sintra para fazer o balanço dos quatro anos do actual Governo e denunciar a “política de desrespeito” de Sócrates. Em Sintra existem 16 mil desempregados registados e “ou-

FOTO DENÚNCIA

Sintra inaugura nova central de reciclagem de entulhos

tros tantos que não têm emprego mas não contam para as estatísticas”, denuncia Louçã. A nível nacional, diz, “são mais 100 mil a juntar aos 440 mil desempregados oficiais”. Para o líder bloquista, que visitou o mesmo local em Julho, “o que se passa em Sintra é o retrato do país”. “É impressionante o aumento do número de desempre-

gados e a precarização extrema do emprego desde então”, reforça. “Sintra está a ter um disparar do desemprego e é um dos exemplos em que há muitos desempregados que não são reconhecidos, porque só conta quem teve uma iniciativa nas quatro semanas anteriores, como uma visita ao Centro de Emprego, caso contrário são apenas considerados como inactivos”, afirma. Carlos Segredo, de São Marcos, é um dos desempregados. “Cheguei há cinco minutos e estou prestes a entrar, provavelmente por causa da presença das televisões”, afirmava às 8h35. À semelhança de outras dezenas de pessoas, o jovem de 24 anos está desempregado. “Vim procurar um curso ou um emprego, porque estou em Portugal desde Agosto, depois de quatro anos em Inglaterra, e ainda não consegui nada”, conta o licenciado em Ciências Políticas. “Já não tenho esperança de encontrar trabalho na minha área e aceito qualquer tipo de emprego”, desabafa. Luís Galrão

O concelho de Sintra tem desde ontem uma nova central de reciclagem de resíduos de construção e demolição, vulgarmente conhecidos como entulhos, instalada em Pêro Pinheiro. “É o virar de uma página para todos os que não conseguem ficar indiferentes aos problemas ambientais, como os despejos ilegais à beira da estrada”, considerou o administrador Vítor Santos. A Vimajas consegue separar e transformar os entulhos em matérias primas como areão, britas e “tout-venant”. Sintra já contava com uma empresa a operar nesta área, embora com menor capacidade. A nova unidade tem um parque superior a 10 hectares e uma capacidade de tratamento “ideal” de 80 tonelados por hora. A partir de agora, particulares e empresas podem encaminhar para aqui todos os seus entulhos e adquirir as matérias recicladas, que custam cerca de metade dos produtos originais.

FICHA TÉCNICA

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Destaques

da

edição digital de Março O Cidade VIVA tem duas edições: a que está a ler, impressa, e uma edição digital exclusivamente em formato pdf, lançada na primeira quinzena do mês em www.cidadeviva.pt. A edição digital foi pensada para que a possa ler no computador ou imprimir apenas as páginas que lhe interessam. Estes são alguns dos destaques da última edição digital:

Desempregados vão ter água gratuita A Câmara de Sintra aprovou a criação da tarifa “Sintra Solidária” para a água, uma forma de ajudar as famílias em maiores dificuldades económicas. “Vamos atribuir gratuitamente os primeiros cinco metros cúbicos de água às pessoas que mais necessitam, que são os desempregados”, explicou na última reunião de Câmara o presidente do conselho de administração dos Serviços Municipalizados.

PS de Agualva retira confiança a dois vogais O ex-líder de bancada do Partido Socialista na Assembleia de Freguesia de Agualva, Luís Roberto, anunciou esta quarta-feira a demissão de militante do partido. A decisão deve-se à retirada de confiança do PS a dois vogais socialistas na sequência de votações contrárias à da restante bancada.

Já abriu a extensão de saúde de São Marcos Mais de cem pessoas esgotaram na última terça-feira as senhas de atendimento na nova extensão de saúde de São Marcos. Apesar de já estar a funcionar, a nova unidade só será inaugurada no próximo dia 10 de Março, na presença da Ministra da Saúde.

Sintra reduz taxas municipais devido à crise A Assembleia Municipal de Sintra decidiu isentar e diminuir para metade algumas das taxas municipais para 2009. A proposta partiu da Coligação Mais Sintra (PSD e CDS-PP) e destina-se a fazer face à crise financeira e económica que também atinge o concelho. A moção, aprovada por unanimidade, já foi saudada pela Associação Empresarial do Concelho de Sintra (AESINTRA), que a registou “com muito agrado”.

Câmara deve esclarecer população sobre parquímetros A Assembleia Municipal aprovou por unanimidade uma recomendação da autarca Fátima Campos para que a Câmara “esclareça e informe a população sobre os projectos de colocação de parquímetros nas freguesias”. Em resposta, o vereador Luís Duque garantiu que a Câmara está disponível para continuar a discutir o assunto.

Autarca critica “mentiras” sobre acidente do Jamor A presidente da Junta de Freguesia de Monte Abraão acusa a Câmara de Sintra de “mentira e deturpação dos factos relativamente à autoria da assistência dada aos familiares da vítimas” das inundações de Belas, em 2008. Na última Assembleia Municipal, Fátima Campos disse-se “forçada a denunciar algumas falsidades” e relembrou o apoio prestado pela sua Junta.

Mais em

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Vai nascer uma televisão saloia para três concelhos Arranca no dia 1 de Abril a edição experimental da saloia.tv, um projecto que pretende divulgar a alma, a cultura e as potencialidades do povo saloio. Mafra, Loures e Sintra são os três concelhos abrangidos pelos objectivos desta nova estação on-line, cuja programação vai do documentário às entrevistas, do humor à gastronomia, do desporto às preocupações ambientais. Sediada em Odrinhas, a www.saloia.tv tem a direcção de Guilherme Leite e de João Rodil. Os jovens e os seniores vão ter especial atenção, com programação específica para estas duas faixas etárias. Para conhecermos melhor este novo canal, o Cidade Viva esteve à conversa com os dois mentores deste projecto. Como nasceu este projecto e porque se focaliza na região saloia? Guilherme Leite – Nasceu da vontade de querermos contribuir para o desenvolvimento e para a divulgação da região saloia. Também queremos informar as pessoas de que os saloios são um povo com grandes tradições, com uma cultura imensa, com gente honrada e empreendedora... e não uns idiotas, como muitas vezes erradamente se utiliza o termo saloio! Por isso, a máxima que usamos como abertura da saloia.tv é “Palavra de saloio vale mais que uma escritura”. É que nós os dois somos saloios e orgulhamo-nos muito disso. João Rodil – De facto os saloios são um povo milenar, que os árabes, quando aqui chegaram, apelidaram de çaharoi, o termo que deu origem ao nome. E nós, como pessoas atentas e interessadas na cultura e na vida da nossa região, sentimos o dever de divulgarmos esses valores, sejam eles de carácter humano, patrimonial ou cultural. É isso que vamos tentar fazer, com a melhor qualidade possível, num misto de formar, informar e divertir aqueles que vejam a saloia.tv.

Que tipo de programação vamos poder ver neste novo canal? GL – Temos já uma grelha definida, muito embora ela vá sofrendo alterações e inovações de forma a conseguir a atenção do espectador. Vamos ter uma programação geral, com notícias diárias, documentários, entrevistas e muito humor. Teremos depois informação específica para cada um dos concelhos – Mafra Loures e Sintra. Isto para que se uma

pessoa apenas estiver interessada num dos concelhos, possa aceder apenas a essa informação. Dentro de cada um dos concelhos, daremos também particular atenção às freguesias, nomeadamente através das Juntas que aderirem ao projecto.

bodyboard, BTT, e outros desportos de aventura, bem como algumas dicas sobre locais de divertimento. Também esperamos ter uma colaboração íntima com as escolas, nomeadamente com as associações de estudantes, para que nos enviem notícias, vídeos, projectos, para que possamos divulgar o que acontece nas nossas escolas. Outra preocupação serão as questões ambientais. GL – Por outro lado, também estamos muito interessados nos seniores. As pessoas mais idosas são um poço de sabedoria, e é essa enorme experiência de vida, essa memória viva, que queremos divulgar. E, ao mesmo tempo, podermos encetar parcerias com as Universidades da 3ª Idade, com os Centros de Dia, as colectividades, para difundirmos as suas actividades. Queremos que nos enviem imagens das suas excursões, dos bailaricos, enfim, de tudo o que possa interessar ao público.

Pretendem chegar a públicos alvo?

Como pensam suportar o projecto?

JR – Teremos informação especial direccionada para os jovens, com reportagens e notícias sobre surf,

JR – Por enquanto, ainda estamos numa fase de concepção gráfica do site. Mas já solicitamos reuniões

de trabalho com as Câmaras Municipais, cujo apoio será fundamental, bem como com as Juntas de Freguesia. Também já estamos a operacionalizar uma equipa de comerciais, com vista à angariação de anúncios. Sabemos que a internet é hoje um meio excelente de divulgação e um modo prático e eficaz de chegar às pessoas. Estamos esperançados que os empresários da região acreditem nesta nossa aposta. Para quando a emissão em pleno da www.saloia.tv? GL – Bom, no próximo dia 1 de Abril – e não é mentira – contamos lançar a emissão experimental. E no que respeita à programação geral, vamos inserir cada vez mais conteúdos logo a partir dessa data. Quanto à programação específica para cada concelho, gostaríamos de lançar a emissão plena de cada um deles nos seus dias de ferido municipal. Ou seja, 26 de Maio para Mafra, 29 de Junho para Sintra e 25 de Julho para Loures. Este é o nosso desejo e as metas que colocamos a nós próprios.


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Acidente a fingir testa resposta da Protecção Civil O aparato visível no dia 7 na Portela de Sintra fazia temer o pior. Quatro viaturas acidentadas e uma dezena de feridos, entre os quais dois peões. Felizmente, era tudo a fingir, apenas um simulacro inserido nas comemorações do Dia Nacional da Protecção Civil, assinalado a 1 de Março. O dispositivo de Protecção Civil de Sintra mobilizou 74 elementos e 17 viaturas para o exercício. Os “actores” no teatro de operações incluíram além dos figurantes (10 vítimas), bombeiros de todas as corporações do concelho, GNR, Polícia Municipal e elementos do Serviço Nacional

de Protecção Civil. Mas a resposta de emergência acabou por ser facilitada pelo facto do local servir apenas de acesso ao Palácio da Justiça. “Sendo um simulacro, que tem uma organização prévia, o balanço é positivo, mas é evidente que numa situação real algumas coisas não decorreriam desta forma”, admite o comandante operacional municipal. O objectivo, explica, é testar a capacidade de interacção entre os diversos agentes. “Desde que todos os intervenientes compreendam o que é a Protecção Civil, a interacção é fácil”, considera Pedro Ernesto Nunes.

O cenário envolveu uma tentativa de libertação de um prisioneiro à saída do Tribunal. “O veículo dos sequestradores é projectado para uma ravina, mas um dos homens tenta a fuga com a carrinha celular. Pouco depois, um carro da polícia colide com a carrinha e um quarto veículo de passageiros acaba envolvido no acidente, assim como dois peões que são apanhados no passeio”, explica. As 10 “vítimas” eram jovens, sobretudo familiares de bombeiros. E as queixas, reais, iam só para o vento. “Está muito frio aqui”, lamentava um dos “peões”.

O incómodo acabou por ser curto, menos de dez minutos, até à chegada de ajuda. “Correu tudo dentro do que estava previsto, nomeadamente de acordo com o Plano Municipal de Emergência de Protecção Civil, que prevê todas as situações bem como na actuação e interligação dos meios”, considera o comandante municipal. O documento, revela, está neste momento em consulta pública e pode ser consultado na página da autarquia. No total, foram mobilizadas 12 ambulâncias, o que atraiu alguns mirones, poucos, dado o trabalho da GNR e a dificuldade de estacionamento no local. “Começámos a ouvir as ambulâncias e viemos ver o que era, porque as sirenes continuavam e parecia um acidente a sério”, conta uma moradora, acompanhada pelos dois filhos.

Sintra foi apenas um de quatro locais onde se realizaram simulacros, conforme explicou ao Cidade VIVA o comandante distrital de operações de socorro, presente apenas como observador. “Realizam-se hoje outros três simulacros em Azambuja, Odivelas e Amadora. Neste caso, além de ser um exercício de desencarceramento numa situação específica, a finalidade é o treino da gestão das operações de socorro”, explica Elísio Oliveira. Neste exercício testaram-se “equipamento, mas acima de tudo homens e mulheres com formação técnica que sabem que a prioridade são as vítimas”. Em Maio, avança o comandante, será realizado um novo exercício regional para avaliar os progressos em relação ao grande simulacro de sismo realizado em Novembro na área de Lisboa. Luís Galrão

Sintra quer Quinta Nova de Queluz ao serviço da população Os deputados municipais reunidos na última Assembleia Municipal de Sintra aprovaram uma moção e uma recomendação contra a alienação da Quinta Nova de Queluz, um espaço propriedade do Ministério da Defesa até agora ocupado pela Estradas de Portugal. As propostas do Bloco de Esquerda e da CDU surgem na sequência do anúncio de que a empresa pretende abandonar

aquelas instalações para concentrar serviços em Almada. O BE considera que a Quinta Nova, situada junto ao Palácio de Queluz, é “um espaço verde fundamental para a cidade”, mas receia que a propriedade seja alienada. “O imóvel está disponível para rentabilização nos termos da Lei de Programação das Infra-Estruturas Militares”, alerta André Beja. Por isso, a moção bloquista propõe que “o Ministério da

Defesa ceda o edificado à Câmara de Sintra ou a outro Ministério para instalação de serviços para a comunidade e ceda o espaço verde à autarquia para utilização como zona de l a z e r . ” A CDU, por seu lado, pede que seja cumprida uma deliberação da Câmara sobre o assunto. “Em 2003, o executivo aprovou uma proposta de intervenção operacional estratégica em Queluz que pretendia transforma

aquele espaço em Parque Urbano”, recorda o deputado Miguel Carretas. A CDU salienta que a Estradas de Portugal fez recentemente “um investimento público avultado na reabilitação do antigo edifício” da Quinta e que o espaço deve servir “para usufruto pleno da população”. O actual autarca de Queluz manifestou-se favorável às propostas mas alertou que “não chega transformar tudo em espaço público”.

Para António Barbosa, “esta mata, como outras, deve ser tratada, acarinhada e não destruída pelo usufruto indiscriminado porque a abertura ampla à população pode representar a perda de património vegetal”, alerta o presidente da Junta. As duas propostas foram aprovadas apenas com os votos favoráveis dos proponentes e a abstenção das restantes bancadas. L. G.


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Polémica sobre insegurança marca Assembleia Municipal A sessão extraordinária de Assembleia Municipal de dia 12 ficou marcada pelas críticas do PS à ida do autarca de Rio de Mouro a um programa de televisão sobre criminalidade. O líder da bancada socialista manifestou “a mais profunda indignação pelos termos da participação do presidente da Junta num recente programa da SIC”. Para Paulo Marques, a iniciativa “foi nefasta para a imagem do concelho, para a imagem da freguesia e prejudicial para a concertação existente entre diferentes órgãos”. No entendimento do PS, “o papel dos autarcas não é criar alarmismo, é arranjar soluções”. Os socialistas defendem que Filipe Santos deveria ter trazido o problema à Assembleia Municipal, “porque ter aquele tipo de postura num programa de televisão lança um sentimento de insegurança e de alarmismo”. O PS afirma que “a questão da insegurança não se resolve só com polícias” e lamenta que o assunto seja pouco discutido a nível autárquico. “Não vejo ninguém pedir que reúnam órgãos básicos de tomada de decisão, como o Conselho Municipal de Segurança”, exemplifica Paulo Marques. A intervenção provocou várias reacções da bancada da Coligação Mais Sintra, levando o líder, António Rodrigues, a invocar a defesa da honra. “Fiquei revoltado com o que acabei de ouvir. Acho inacreditável como é que alguém que se diz socialista e democrata faça uma avaliação destas”, disse. “O presidente tem o direito de dizer o que pensa e de transmitir as suas preocupações, independentemente de quem está no Governo, porque são os presidentes de Junta que dão a cara pelos seus cidadãos e sabem, até melhor do que

a polícia, quais são os problemas de insegurança”, afirmou. Também José Faustino, presidente da Junta do Cacém, defendeu o autarca. “Não ouvi o que o meu colega disse na televisão, mas sei que sentimos na pele todos os dias os problemas da pessoas. Sabe quem é que muitas vezes tem de substituir a PSP? Tenho de ser eu que tenho de ir para a rua tentar mediar os conflitos entre cidadãos”, conta. Em Agualva-Cacém, recorda, duas freguesias com mais de 70 mil habitantes, existem apenas 39 agentes.

Já o PCP reforçou que “a responsabilidade exclusiva sobre as forças de segurança é do Ministério da Administração Interna”. António Filipe lamentou o atraso nas medidas anunciadas pelo Governo, como a retirada de 4800 polícias de funções burocráticas ou o investimento em novas instalações. “É justo manifestar a nossa preocupação enquanto autarcas relativamente à capacidade do Estado para garantir a segurança dos cidadãos, porque com esta intranquilidade não há qualidade de vida”.

Para André Beja, do Bloco de Esquerda, “há um problema de segurança real mas que é ampliado”. Por isso, defende, “como autarcas temos de ter algum sangue frio e bom senso para não ampliar a histeria em torno do problema”. Devido ao calor da discussão, o próprio presidente da mesa, Ângelo Correia, pediu a palavra para uma intervenção enquanto deputado municipal. “A responsabilidade pela segurança não é exclusiva das forças de segurança, mas de um conjunto de políticas e em Portugal têm falhado algumas políticas nos últimos anos”, disse, dando como exemplo a “falha dramática” da reforma do Estado. Para Ângelo Correia “também não está resolvido o problema do Código do Processo Penal, que trouxe aberrações, porque hoje em dia só em flagrante delito pode ser preso alguém”. O deputado defendeu uma “polícia de proximidade, porque é mais dissuasora” e criticou o actual quadro legal por ser “permissivo”. “Vivemos numa situação em que se defende mais o criminoso do que a vítima, porque confundiu-se presunção da inocência com libertinagem jurídica”, afirmou. Quanto às críticas ao presidente Filipe Santos, lembrou que “a indignação é fundamental e o silêncio é cúmplice da criminalidade”. Filipe Santos, o autarca visado, optou por não responder durante a sessão. No entanto, em declarações ao Cidade VIVA, criticou a postura socialista. “Demonstra que posso não ter atingido o alvo, que era o Ministro da Administração Interna, que quando inaugurou o posto da PSP prometeu 50 agentes de imediato e mais melhorias e neste momento tenho 34 agentes

e um carro patrulha, mas atingiu o alvo do PS de Sintra, que se sentiu fragilizado”. O autarca de Rio de Mouro salienta que “a Junta colabora em tudo o que a PSP faz, desde equipamentos a material, porque esse apoio não é prestado pela Administração Interna”. Luís Galrão

CDU preocupada com Linha de Sintra O tema da insegurança foi também levantado por Miguel Carretas, da CDU, que denunciou existirem “problemas graves nas estações da Linha de Sintra”. Segundo o deputado municipal, há “um sentimento de medo” sobretudo em Algueirão-Mem Martins. “A partir de uma determinada hora, as estações deixam de ter funcionários e ficam votadas ao abandono e à actuação de grupos mais ou menos marginais”, alerta. A CDU considera a situação “dramática” e alerta que “o sentimento de quem tem medo de voltar para casa deve ser uma situação grave e deve preocupar-nos a todos porque gera uma tremenda falta de qualidade de vida”. O deputado apelou à Câmara para que “faça os possíveis e os impossíveis para intervir”, nomeadamente para “que se junte à voz do PCP na Assembleia da República a pedir a intervenção de diversos Ministérios”. A Linha de Sintra “precisa de uma solução integrada, porque não basta pôr polícias nas estações ou apenas funcionários que ficam também numa situação da insegurança, as estações têm de continuar a funcionar durante a noite com mais pessoal e segurança”, defende.


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Monte Abraão contra a Discriminação Racial No Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial, assinalado a 21 de Março, a Junta de Freguesia de Monte Abraão vai dar o exemplo aos mais novos e encarregar um grupo de cerca de 20 crianças de elaborar um documento escrito ou desenhado espelhando a sua perspectiva sobre a discriminação racial e o que pode ser feito para combater a mesma. Outra iniciativa será a construção de candeeiros com mensagens sob o mote “todos diferentes, todos iguais”. Estes trabalhos terão lugar no dia 25 de Março e serão posteriormente expostos para que toda a comunidade possa admirar esta iniciativa de sensibilização para os problemas raciais.

O documento irá também passar por todas as escolas freguesia de modo a que todas as crianças e jovens tenham contacto com a realidade da discriminação racial e para que ponderem sobre este assunto. É a data perfeita para, num concelho com uma população tão heterogéneo, reflectir sobre as relações humanas, o preconceito, a discriminação e as atitudes. Quando questionada relativamente ao sucesso das práticas implementadas em Monste Abraão, Fátima Campos, presidente da Junta de Freguesia afirma que “é o resultado de uma equipa com elementos focados na acção social” e “ de uma grande vertente humana por parte da direcção”. “Não há ninguém que venha pedir ajuda e

que saia daqui de mãos a abanar” acrescenta a autarca com orgulho. Em Monte Abraão são inúmeras as actividades sociais e os departamentos exclusivamente destinados a auxiliar as muitas famílias que sofrem de carências de cariz económico, alimentar e até emocional. A verdade é que na freguesia todos parecem ser importantes e há apoios a vários níveis, nomeadamente apoio jurídico, apoio psicológico, auxilio a famílias monoparentais, apoio relativamente ao desemprego e à saúde, e mais um sem numero de iniciativas que permitem que, de facto, todos sejam diferentes mas ao mesmo tempo iguais. Andreia Fernandes

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B R E V E S PCP lança petição contra portagens na A16 O PCP é contra a privatização da gestão de estradas na Grande Lisboa e anunciou o lançamento de uma petição on-line contra as portagens da futura IC16/A16. “É mais um exemplo de uma política que é seguida de forma quase idêntica pelo PS e pelo PSD: a privatização, com a Estradas de Portugal a servir de leiloeira da gestão das vias da Grande Lisboa”, disse o deputado Bruno Dias numa iniciativa realizada na Portela de Sintra como forma de alerta para os problemas da mobilidade. “Estamos a falar da única ligação com perfil de Itinerário Complementar (IC) entre os concelhos de Sintra e de Cascais”, afirmou, adiantando que a colocação de portagens “não contribui para melhorar a mobilidade” das pessoas destes concelhos. A petição está disponível na Internet em www.petitiononline.com/ic16ic30/petition.html.

BE saúda reabertura do Palácio de Seteais O Bloco de Esquerda de Sintra saúda a reabertura do Palácio de Seteais e dos seus jardins “fechados de forma injustificada” devido às obras de reabilitação. “A reabertura assinala também a devolução do jardim de Seteais à população de Sintra. Por estar em causa um direito secular de livre utilização do espaço, o encerramento sem aviso prévio durante as obras provocou reacções de repúdio por parte da população e do movimento associativo local. O BE faz votos que o livre acesso aos jardins nunca mais volte a ser limitado e que a população possa continuar a usufruir de um espaço que é seu e pelo qual, em diversas ocasiões ao longo da história, teve de se levantar em revolta”, afirma em comunicado.

PS de Sintra desmente convite a Ana Gomes

Associação “Amigos de São Marcos” comemora 16 anos de existência No passado dia 7 de Fevereiro a Associação “Amigos de São Marcos” celebrou 16 anos de vida. Esta associação é uma Instituição Particular de Solidariedade Social, sem fins lucrativo e que tem como principal objectivo apoiar os idosos e dependentes ou ca-

renciados das freguesias de São Marcos e do Cacém no concelho de Sintra. Actualmente tem perto de 500 associados e conta com serviços como o apoio domiciliário, centro de convívio, centro de dia e cantina social. Conta ainda com duas viaturas ao

dispor dos utentes para deslocações até às instalações da Associação, localizadas na parte antiga da freguesia de São Marcos, e tem ainda uma parceria com o Centro de Saúde do Olival (Cacém) de modo a que os idosos possam esclarecer as suas dúvidas junto de uma equipa de profissionais de enfermagem. Outra das iniciativas é o jornal “O Amigo” onde se podem encontrar várias informações não só sobre o trabalho desenvolvido mas também sobre problemas relacionados com os idosos. Para usufruírem destes serviços, os cerca de 30 utentes, pagam o valor de 1 euro mensal e é essencialmente com as contribuições dos associados e do subsidio da Segurança Social que “Os Amigos de São Marcos” sobrevivem. Segundo Rute Rodrigues, a “falta de apoios e subsídios por parte do concelho condiciona a acção da Associação”. Quanto ao futuro, o foco principal é o melhoramento do apoio domiciliário que cada vez mais é requisitado pelos idosos, nomeadamente ao nível da higiene pessoal e da alimentação. A. F.

O Secretariado da Comissão Politica do Partido Socialista de Sintra desmentiu este mês “ter realizado qualquer tipo de convite à eurodeputada Ana Gomes” para candidatar-se a Sintra, conforme foi divulgado na imprensa. “A Concelhia encontra-se a desenvolver um processo de escolha dos candidatos às próximas eleições autárquicas e em devido tempo fará o anúncio público do nome desses candidatos”, informaram os socialistas. O PS diz “compreender as motivações inerentes à necessidade de publicar notícias recreativas e especulativas” mas esclarece que apenas “emitem informações sobre a actividade do partido os órgãos legitimamente eleitos e não uma qualquer ‘fonte socialista’”.

Nasce Plataforma Cultural em Sintra Desde dia 14 de Março Sintra tem uma Plataforma de Associações e Agentes Culturais, “uma estrutura que pretende ser uma voz de união e organização das centenas de grupos e artistas que pululam no concelho”. Depois de varias reuniões preparatórias, um conjunto de agentes culturais reuniu na Escola Profissional Alda Brandão de Vasconcelos, em Colares, e lançou as bases da Plataforma. A iniciativa juntou representantes de mais de 20 associações e grupos culturais que subscreveram “uma proposta de união e organização de esforços para optimizar resultados e iniciativas”. O documento fica aberto a mais adesões durante as próximas semana, até à realização da primeira Assembleia Geral. Mais informações em http://blogue.alagamares.net/.

II Milha Urbana de São Marcos A Junta de freguesia de São Marcos leva a efeito uma corrida pedestre designada por II Milha Urbana de São Marcos, com a extensão de uma milha ou seja 1609 metros. A prova realiza-se no dia 28 de Março e terá como rainha a atleta Sandra Teixeira. A corrida destina-se a atletas federados e não federados de ambos sexos, desde que estejam devidamente inscritos. As provas terão início às 15h, com partidas e chegadas em frente a Escola EB/JI de São Marcos Nº2 na Avenida do Brasil em São Marcos. As inscrições são gratuitas e poderão ser efectuadas na Junta de freguesia (sede ou delegação), por email: milha.urbana@jfsmarcos.pt ou pelo fax: 214262008 até às 17h do dia 20 de Março.


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Moradores querem encerrar sucata no centro do Cacém Primeiro foi o ruído ensurdecedor cedo pela manhã, depois o fumo da queima de resíduos e agora o medo de “uma tragédia” provocada pela queda de um muro de seis metros de altura. Ao rol de queixas dos moradores nas imediações da Rua do Alecrim, no Cacém, acresce agora o facto de saberem que a empresa que causa estes incómodos está a funcional ilegalmente. “É um sufoco diário porque sofremos na pele todos estes problemas”, queixa-se João Rebelo, em representação de uma das 52 famílias que habitam um dos edifícios contíguos ao terreno utilizado como depósito de sucata e parque de reciclagem de vários tipos de metal, plásticos e produtos químicos. “É uma situação que se arrasta há mais de dez anos, sem que ninguém faça nada”, lamenta também Maria Alexandra Amaro. Além da poluição sonora e das queimadas, agora menos frequentes, um dos receios é a queda de um muro alto que separa o lixo do pátio do prédio. “Quando chove muito, as águas pluviais acumulam do

lado da empresa e infiltram-se nesta parede de mais de seis metros, o que com o tempo vai fazer com que os materiais se degradem”, avisa o morador, salientando que do lado do prédio, além do pátio, existe um parque infantil onde as crianças costumam brincar. Acrescem os estragos provocados pelas infiltrações de água. “Sempre que chove aparece

água contaminada e com maus cheiros nas garagens e nos poços dos elevadores e todas as obras de reparação que fazemos não duram mais de seis meses”, conta João Rebelo, que há dias partilhou o problema com o Bloco de Esquerda. “Sabemos que a Câmara de Sintra já iniciou o processo de fiscalização, tendo confirmado a ilegalidade e noti-

O Diário do Ambiente é um manual de conselhos práticos sobre as inúmeras contribuições que cada pessoa pode dar para melhorar o ambiente. A publicação resulta de uma parceria entre o Continente e a Quercus e é um convite à participação da população, porque um Ambiente sustentável exige o empenho pessoal de cada um de nós. O manual insere-se no programa Hipernatura Continente, uma iniciativa de responsabilidade social que propõe a requalificação de 20 espaços verdes em 20 cidades portuguesas. O Diário do Ambiente é um convite à mudança de atitudes e comportamentos, ajudando a construir Cidades saudáveis, ecológicas e criativas.

ficado o proprietário em Março de 2006 para encerrar actividade. E apesar do recurso, os serviços jurídicos municipais concluíram não haver razões para alterar o despacho de encerramento, tendo notificado o proprietário em Maio de 2006 para cessar actividade”, explica André Beja. No entanto, passados quase três anos e queixas a diver-

diário do

ETIQUETA ENERGÉTICA Sabia que

O que posso fazer?

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Os electrodomésticos representam 43% do consumo doméstico de electricidade? O consumo em excesso e os desperdícios constituem cerca de 10% da factura energética no sector doméstico? O frigorífico é o electrodoméstico que mais electricidade consome em nossas casas, representando 22% do consumo energético total? É obrigatória a colocação da etiqueta energética nos principais equipamentos eléctricos e na iluminação? Frigoríficos e combinados, máquinas de lavar e secar roupa, maquinas de lavar loiça, fornos eléctricos, aparelhos de ar condicionado e iluminação - todos estes equipamentos têm de apresentar este rótulo.

Na compra de um novo electrodoméstico, seja um frigorífico, uma máquina de lavar ou um forno eléctrico, consulte sempre a etiqueta energética. Poderá informar-se acerca da sua eficiência, consumo, rendimento, capacidade e ruído e assim adquirir um equipamento mais eficiente. Dê preferência a equipamentos de classe A ou A+, especialmente no caso dos frigoríficos e máquinas de lavar loiça e roupa, pois serão menos exigentes em termos de consumo energético. Na aquisição de máquinas de lavar loiça ou roupa, tenha em conta não só os consumos de energia mas também os de água, bem como a sua eficiência de lavagem, centrifugação [roupa] e secagem (loiça]. Adquira sempre equipamentos de dimensões adaptadas às necessidades da sua família.

Fonte:

Conselhos práticos para viver o seu dia a dia em equilíbrio com a natureza.

sas entidades, a situação mantém-se inalterada. “Infelizmente vivemos num país onde as decisões demoram a fazer efeito”, desabafa o presidente da Junta do Cacém. O autarca recorda que não tem autoridade sobre a matéria, mas garante que “quer este executivo, quer o anterior, fizeram várias diligências junto da Câmara”, salienta José Faustino.

Ainda segundo os moradores, já este ano a autarquia informou que o proprietário da sucateira foi notificado a “encerrar voluntariamente a actividade”, sem adiantar prazos. “Lamentamos que a situação se arraste e entendemos que a Câmara pode ter uma intervenção mais eficaz, encerrando as instalações com o apoio da PSP ou da Polícia Municipal”, defende o bloquista. Dada a “gravidade” da situação, o BE garante que “irá solicitar a intervenção urgente da ASAE, do SEPNA e da Polícia Municipal de modo a garantir o encerramento total e imediato da laboração”. No entanto, em declarações à Lusa, o vereador com o pelouro da Divisão de Fiscalização, Lino Ramos, adiantou que “a lei não permite que a Câmara encerre a actividade sem fazer notificações. Só em último caso, não havendo cumprimento, é que poderá fazer o encerramento coercivo”, sublinhou, sem adiantar os prazos em questão. Luís Galrão

Uma árvore por cada livro Na semana que antecede o Dia Mundial da Àrvore, assinalado a 21 de Março, a E.B.1 nº2 de MemMartins (Escola Piloto) irá realizar-se uma iniciativa denominada Floresta Biblioteca Verde. “Um acto simples como fazer germinar uma semente pode fazer brotar um mundo mais sustentável”, é a proposta da iniciativa promovida pela Biblioteca Escolar ao criar o programa Floresta Biblioteca Verde, destinado aos alunos da escola. Trata-se de um programa de reflorestamento de jardins da freguesia de AlgueirãoMem Martins. Por cada livro adoptado na Biblioteca Escolar uma árvore será plantada, custeada por patrocinadores. A Biblioteca Escolar em parceria com a Junta de Freguesia de Algueirão-Mem Mar-

tins e o Grupo 82 de Escoteiros de Mem Martins passarão a plantar num ou mais espaços designados pela junta, uma ár vore por cada livro adoptado pelas crianças da escola. O jardim será baptizado com o nome de Floresta Biblioteca Verde e cada árvore terá registado o nome de um livro que foi carimbado com o selo da Biblioteca. Esta iniciativa realizar-se-á anualmente nas comemorações do dia Mundial da Árvore.


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Sintra aguarda hospital e novos Centros de Saúde Depois de São Marcos, a Câmara de Sintra espera poder ajudar a resolver os problemas com as instalações de saúde noutras freguesias. “A Câmara tem feito um esforço de articulação com a Administração Regional de Saúde (ARS) e com o Ministério da Saúde para tentar reduzir o deficit de saúde no concelho, onde há mais de 100 mil munícipes sem médico de família”, reforçou há uma semana o presidente da Câmara, à margem da inauguração da nova Unidade de Saúde Familiar de São Marcos.

Depois de São Marcos, a Câmara de Sintra espera poder ajudar a resolver os problemas com as instalações de saúde noutras freguesias. “A Câmara tem feito um esforço de articulação com a Administração Regional de Saúde (ARS) e com o Ministério da Saúde para tentar reduzir o deficit de saúde no concelho, onde há mais de 100 mil munícipes sem médico de família”, reforçou há uma semana o presidente da Câmara, à margem da inauguração da nova Unidade de Saúde Familiar de São Marcos. Entre as prioridades, Fernando Seara avança que a autarquia está “em negociações” para resolver três problemas. Dada a gravidade da situação, “iremos avaliar já a disponibilidade de um terreno em Rio de Mouro, para o aumento da ca-

pacidade instalada através de instalações provisórias para mais médicos”, refere. A Câmara está também a analisar a questão de Sintra, nomeadamente a eventual utilização do antigo Hospital da Misericórdia, “que hoje em dia, em razão de compromissos financeiros, pertence a um banco”. Segundo o autarca, “está em equação” a utilização deste espaço “para o próprio Centro de Saúde de Sintra”. Outra área prioritária é o Centro de Saúde de Belas. “Pediramme a elaboração de um protocolo, que os meus serviços irão fazer com rapidez, para o avanço do novo Centro. Vamos ver em que termos se pode equacionar uma solução provisória enquanto decorre todo o processo da obra, que tem de respeitar os procedimentos

normais”, refere. Neste caso, “a predisposição da Câmara é um protocolo similar ao de São Marcos, que já está resolvido entre a Câmara e a ARS”. Quanto ao novo hospital, Seara informa que aguarda “uma reunião a curto prazo com o novo administrador do Hospital Fernando da Fonseca [Amadora-Sintra] para o estudo da localização”. “A senhora ministra, numa reunião que tivemos não há muito tempo, deu-me nota de que um dos aspectos que tinha indicado à nova administrarão do Amadora-Sintra foi a ponderação e o estudo de um programa funcional para o novo hospital de Sintra”, revela. No entanto, o autarca salienta que “há realidades que não podemos ignorar, como o funcionamento do Amadora-Sintra e a entrada

em funcionamento em 2010/2011 do novo Hospital de Cascais, no que diz respeito a algumas valências dessa unidade serem afectas a alguma zonas de Sintra”. A ministra admite que o processo “está atrasado há vários anos” e que “o Hospital Fernando da Fonseca é reconhecidamente insuficiente em termos de dimensão para poder abranger a população dos dois concelhos”. No entanto, reforça, “o conselho de administração novo está a estudar com a ARSLVT e com a Câmara para tentar encontrar a melhor solução, que seja poder ter uma pequena unidade em Sintra que em colaboração com o HFF possa responder às necessidades desta população. Um processo que esperamos seja rápido”, avança. Luís Galrão

Ser viço de Urgência Serviço Básica de Algueirão «derrapa» três meses O Serviço de Urgência Básica (SUB) prometido pela ministra da Saúde para Sintra deverá entrar em funcionamento “dentro de três meses, no máximo”, garantiu há uma semana a ministra da saúde. A “derrapagem” (em Janeiro a data prevista era Março) deve-se “à complexidade do processo”, explica Ana Jorge. “As obras para as instalações provisórias vão começar a curto prazo”, assegurou Ana Jorge durante a inauguração da nova Unidade de Saúde Familiar de São Marcos. O SUB vai ser instalado provisoriamente em contentores que serão colocados numa zona verde dentro das instalações da antiga fábrica da Messa, em Mem Martins, junto aos antigos edifícios fabris que deverão acolher posteriormente as instalações definitivas. “A instalação provisória irá ser feita em contentores adequadamente infra-estruturados e equipados, como os que têm sido utilizados enquanto decorrem as obras nos Hospitais de S. João, no Porto ou no Hospital de Valongo, com satisfação dos utentes e dos profissionais”, explicou ao Cidade VIVA a chefe de gabinete da ministra da saúde. O SUB provisório deverá aliviar as urgências do Hospital Amadora-Sintra em cerca de 30 por cento (perto de 150 doentes diários). Até 2013, parte da antiga fábrica de máquinas de escrever desactivada desde meados dos anos 80 e comprada em leilão pela Câmara de Sintra, será adaptada para receber as instalações definitivas. No entanto, a Câmara de Sintra acredita que as obras podem estar prestes a começar. “Penso que as obras de terraplanagem para a instalação dos contentores começarão na próxima semana, porque o SUB é uma prioridade para reduzir a pressão nas urgências do hospital Amadora-Sintra”, avançou há dias o presidente Fernando Seara, que espera que a unidade “esteja concretizada no final da Primavera”.


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Ministra inaugura Unidade de Saúde de São Marcos A ministra da saúde inaugurou no dia 10 de Março a nova Unidade de Saúde Familiar (USF) de São Marcos, uma estrutura construída pela autarquia em parceria com a Administrarão Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT). “Com esta unidade, que terá uma equipa de oito médicos, oito enfermeiros e sete administrativos vamos abranger cerca de 14 mil utentes e assegurar médico de família a mais 3000 pessoas que ainda não tinham médico assistente”, explicou Ana Jorge. Para Fernando Seara, trata-se de “uma parceria importante” e a reafirmação de que “Sintra mantém uma disponibilidade contínua para toda a colaboração, sobretudo para ultrapassarmos o deficit de infra-

estruturas de saúde e para a redução da relação médico de família/ utente, que em Sintra é totalmente deficitária e assume o patamar cimeiro da realidade da saúde portuguesa”

Já para São Marcos, a nova USF representa um salto qualitativo em termos de qualidade de vida”, acredita o presidente da Junta. “É a diferença entre poder ter e não ter um médico de família, uma questão que ainda preocupa mais de 100 mil munícipes que não têm médico e São Marcos era um caso paradigmático. Agora vamos conseguir uma cobertura quase plena entre os médicos que aqui estão e as pessoas que vão manter os médicos noutros centros, como na extensão do Cacém”, explica Nuno Anselmo. Devido à procura por parte dos utentes, a própria Junta de Freguesia teve de disponibilizar funcionários após a abertura do Centro, uma semana antes da inauguração. “Houve um apoio pontual da Jun-

ta, disponibilizando funcionários administrativos para reforçar a resposta à enchente que houve e as filas que se geraram de pessoas que queriam conseguir um médico de família”, explica Nuno Anselmo. Parte do problema dos utentes de São Marcos fica agora resolvido. “Não posso garantir que não fique ninguém sem médico de família, o que dizemos é que esta USF vai abranger 14 mil pessoas, das quais mais de três mil não tinham médico. Alguns utentes terão médico noutros Centros de Saúde que poderão manter”, explica a ministra. Ana Jorge admite que Sintra “é uma zona com muitos problemas, quer nas estruturas físicas, onde a necessidade de novas instalações

como esta são sentidas, e um concelho com uma dimensão imensa, um dos maiores em termos de população e por isso com necessidades acrescidas”. No entanto, a governante salienta que “não é possível fazer tudo de uma vez, mas no trabalho em conjunto com as autarquias conseguimos definir melhor o que são as prioridades do que se estivermos sozinhos em Lisboa sentados”. No local esteve também uma delegação da Comissão de Utentes da Saúde do Concelho de Sintra, que em conjunto com a CDU entregou cerca de 10 mil assinaturas à ministra, exigindo a melhoria de condições de acesso à saúde, nomeadamente através de um novo hospital público. L. G.


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saúde

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Sal em discussão Por: Raquel Ferreira – Dietista Este mês o parlamento aprovou um projecto de lei que estabelece que “o teor máximo permitido para o conteúdo de sal no pão, após confeccionado”, seja de 1,4 gramas por 100 gramas de pão (ou seja, 14 gramas de sal por quilo de pão). O que significa, contas redondas, que se preconiza uma redução de 25% do teor de sal actual. E esta medida merece uma salva de palmas! Porquê? Porque apesar de exis-

tirem vozes que classificam a medida de fundamentalista, de paternalismo do Estado, de atentado à liberdade individual, a verdade é que nenhum de nós tinha possibilidade de escolha, porque a adição de sal ao pão – muito ou pouco – é de inteira responsabilidade do padeiro. E o sal mata! Está relacionado com o aumento do cancro do estômago (umas das principais causas de morte em Portugal), da hipertensão arterial, de doen-

LEITOR INFORMADO Tem dúvidas? Quer saber mais acerca destes temas? Remeta-nos um mail (geral@cidadeviva.pt), ou escreva-nos (Rua João Maria Magalhães Ferraz, Lote 3, Loja 3 – 2725-338 Mem Martins).

ças cardiovasculares e de acidentes vasculares cerebrais (AVC). Não poderá o Estado adoptar medidas preventivas que possam contribuir para a diminuição da prevalência destas doenças e consequentemente a redução dos custos de saúde relacionados? Ao contrário do que se possa pensar, a maior parte do sal consumido é proveniente não tanto das refeições confeccionadas em casa, mas sim dos alimentos pré-preparados comprados fora de casa. Se consome habitualmente sopas instantâneas, enchidos, fumados, enlatados, caldos de carne, intensificadores de sabor – glutamato monossódico ou bicarbonato de sódio – molhos pré-preparados, queijos, manteiga com sal, pizzas, lasanhas, algumas bolachas, cereais de pequeno almoço, batatas fritas de

pacote e outros aperitivos, etc., estará certamente a consumir mais sal do que o recomendado. E o pão, alimento base da nossa população e parte integrante de uma alimentação saudável, não é um contributo inocente no que respeita ao sal. Bastam 2 bolas de pão com presunto por dia e

o valor máximo recomendado de sal já está a ser ultrapassado. A OMS recomenda no máximo 5 a 6 gramas diários de sal para o adulto. Os portugueses consomem 3 a 4 vezes mais que os valores recomendados. Concluindo: ainda que a legislação possa ser útil, mais importante é a sensibilização

não só da indústria alimentar, mas também dos profissionais de hotelaria e restauração, das cantinas escolares e dos portugueses de uma forma em geral. As doenças e a morte são inevitáveis, mas devemos adiá-las o mais possível. Clínica Lírio Bravo Rua dos Lírios, Mem Martins Tel.: 219207526


opinião

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Fantasias turísticas de Sintra Por Fernando Castelo Sintra tem sido fustigada com tantos projectos, protocolos, acordos de cooperação e até contratos-programa que muitos munícipes ficam incrédulos sobre a capacidade de realização. Muitos têm ficado em carteira, depois de anúncios flamejantes. Com o aproximar das eleições, outros sairão da cartola, até com vigência muito para além do final dos actuais mandatos. Recentemente – ao nível da Associação Turismo de Lisboa – foi celebrado um protocolo de cooperação para fomentar o Turismo na região de Sintra, surgindo alusões às contrapartidas anuais do Casino Estoril, embora se fique por saber os montantes que o Fundo de Turismo tem colocado à disposição de Sintra, quanto foi recebido e qual a sua aplicação no Centro Histórico. O peso económico do Turismo levou o Parlamento Europeu tomar deliberações para a promoção e acessibilidade dos destinos, envolvendo o “turismo para a terceira idade” e o “turismo amigo do ambiente”. No nosso país, foram reorganizadas as 19 regiões administrativas, dando lugar a apenas cinco entidades regionais que ficam com mais recursos financei-

ros para as suas campanhas. A entidade de Lisboa e Vale do Tejo aplicará quase dois milhões de euros na promoção da região. Com tanto dinheiro, é natural que surjam ambições locais para marcas de destinos turísticos, mas será bom ter cautelas na avaliação do estado em que certos produtos se encontram. O novo Turismo é uma actividade muito séria que exige medidas rigorosas para garantir a qualidade da oferta e a satisfação dos visitantes. A marca “Sintra – Capital do Romantismo”é um nome bonito, mas confunde quem rume a Sintra e se veja no meio de intermináveis filas de trânsito, até na contingência de rumar para outras paragens sem tirar os pés da viatura. Ao fim de quase oito anos de gestão autárquica (os últimos quatro com maioria absoluta), é sentida a inabilidade para a construção de parques de estacionamento periféricos como alternativa à não construção do silo na Volta do Duche. Algumas bolsas não são resposta para as viaturas que demandam o Centro Histórico e não ajudam à fixação de visitantes. No acesso à Pena, a concentração de viaturas, além dos perigos emergentes,

constitui uma relevante fonte de poluição. O teleférico – fantasia anunciada por um dirigente desportivo – não mereceu qualquer esclarecimento em que o Presidente da Câmara pusesse os pontos nos ii. Como é possível que não se exija uma ligação rodoviária a Monserrate (servindo a Regaleira) quando a concessionária começou a explorar uma carreira (435Villa Express) em caminhos sem expressão turística? Temos a Volta do Duche e a imagem do anti-romantismo oferecida por casas pombalinas em degradação – a que já chamam “Embrulhadas de Sintra” – que foram envolvidas por telas do artista Leonel Moura nas vésperas de anteriores eleições. Será esta a promoção da Arte? Também quem viaje de comboio não goza de paisagens muito sugestivas e, à chegada, entre telheiros e passeios pouco limpos, não sentirá muitas emoções românticas. E que dizer da falta de capacidade hoteleira para que os visitantes vivam Sintra? Bem, se ainda há quem reivindique o “aluguer de quartos em casas particulares” como resposta, o definhamento está garantido. A manter-se este cenário, sem inversão do que (não)

tem sido feito nos últimos anos, Sintra continuará a ser um destino turístico subalterno, de que Lisboa e Cas-

cais colhem as receitas. Os principais objectivos do Parlamento Europeu correm o risco de adiamento, embora

contrabalançados por palavras e promessas que nos farão viver numa terra de fantasias.

E para que não subsistisse a ideia que anda de braço dado com a ministra da Educação, o colectivo de juízes mais decidiu não inibir o professor de continuar a candidatar-se a funções docentes. Ou seja, o dito cujo está à vontade para prosseguir molestando as filhas dos outros! Ora bem: nada melhor do que prolongar o carnaval - para que o Povo não leve a mal… Dito isto, e como que tentando desmentir a nossa propensão para brincadeiras, deu a comunicação social incrível relevo a um episódio

parlamentar envolvendo um deputado da maioria e outro do PSD: este último, furibundo, não achando melhor maneira de dizer que detesta painéis solares e perante os apurados tímpanos de uns quantos ouvidos femininos e o ruborizar de outros tantos martelos, bigornas e estribos masculinos, vai daí, cuspiu uns retesados objectos fálicos à venda numa sex shop sem categoria…Uma delícia que nem o Eça ousaria incluir nas suas Farpas! Verdade: ando desiludido com os tiques catastrofistas

que, progressivamente, vem denotando muita da nossa comunicação social - quando nas escolas os alunos insultam os professores pensando que falam com os pais e, nos autocarros e nos comboios, é moda ouvir as grossas jovens, filhas de dita gente fina, dourar sonoras conversas usando o termo mais vernáculo em vez da vírgula mais subtil! Por favor, não se arranje maneira de restringir o Carnaval a uns tristes três dias! Isso não! É que, atenção, o Povo pode começar a levar a mal…

Apontamento Por Vítor Botelho Alguns mundos religiosos entraram na Quaresma. Mas, contrariamente ao que reza o calendário, que não tanto as tradições e os costumes, o Carnaval não sofreu interrupção, prosseguindo com outras roupagens e outros excessos. Naturalmente, usando de um direito que lhe assiste, a Igreja Católica – mal a exausta carioca vestiu uma peça de roupa –, tratou de apelar a uma vida mais austera neste período de oração e de jejum. Um dos apelos veio através do YouTube, tecnologia a que o Bispo do Porto também aderiu.

Com sincero respeito, até parece que o senhor D. Manuel Clemente anda desactualizado: austeridade e jejum é o que agora não falta. A diferença está no facto de não advir de uma atitude voluntária! Ora bem: nada melhor do que prolongar o carnaval - para que o Povo não leve a mal… Mas para que se não diga que até a igreja brasileira, uma vez calada a última bateria, perde o sentido de humor, eis que neste início de Março quis impedir que uma criança de nove anos, violada pelo padrasto, abortasse

de dois gémeos. Felizmente que a igreja perdeu. E que a criança vai tentar voltar a ser criança. Ora bem: nada melhor do que prolongar o carnaval - para que o Povo não leve a mal… Felizmente que também a justiça (escreverei com jota grande quando ela existir mesmo) mantém o sentido de humor. Registo, pois, disfarçado de urso, a decisão do tribunal de Gondomar em condenar com pena de prisão de dois anos, suspensa por igual período, um professor de música por comprovados crimes sexuais contra ex-alunas.


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comunidade

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K’CIDADE promove inquérito na Tapada das Mercês O K’CIDADE - Programa de Desenvolvimento Comunitário Urbano está na Tapada das Mercês desde Setembro de 2008 para promover processos de mudança com vista à integração e à melhoria da qualidade de vida dos seus residentes. A equipa do K’CIDADE no terreno sentiu a necessidade de conhecer a realidade do território e, por isso, iniciou uma ronda de entrevistas. “Estamos na Tapada das Mercês para conversar consigo e com a sua família, através da aplicação de um inquérito porta a porta, porque queremos conhecer melhor quem mora e trabalha neste território. É fundamental percebermos os problemas mas também as potencialidades da Tapada, para que juntos possamos projectar o território”. Para o K’CIDADE, “as suas ideias são a inspiração do nosso trabalho. Convidamo-lo, por isso, a participar através da sua opinião, do seu testemunho, da resposta ao nosso inquérito! Contamos consigo.”

O Programa é uma iniciativa da Fundação Aga Khan, uma agência privada internacional de desenvolvimento, vocacionada para o apoio às comunidades mais vulneráveis, independentemente da sua origem étnica, género, religião ou convicção política. O K’CIDADE tem como missão capacitar as comunidades urbanas com vista à melhoria da qualidade de vida das pessoas.

Em Abril de 2008 foi celebrado entre o Instituto da Segurança Social, a Câmara Municipal de Sintra e a Fundação Aga Khan o Contrato Local de Desenvolvimento Social (CLDS) para a Tapada das Mercês, com uma duração prevista de 3 anos, até Março de 2011. O K’CIDADE, também presente em noutros territórios do

concelho de Lisboa, promove uma abordagem integrada e de longo prazo, centrada nas causas dos problemas. Acreditamos que a mudança dos territórios se promove e se constrói com as pessoas e por isso é fundamental a sua capacitação e o reforço das suas competências. No âmbito da caracterização da população e do levantamento de necessidades do território, o Centro de Estudos para o Desenvolvimento Regional e Urbano (CEDRU), em parceria com a Fundação Aga Khan, está neste momento a entrevistar cerca de 25% das famílias, através da aplicação de um inquérito porta a porta. O inquérito será realizado por um colaborador do CEDRU à porta de sua casa e constitui para nós um instrumento de trabalho fundamental. “Participe, respondendo ao inquérito, expressando a sua opinião e, sobretudo, influenciando o futuro da Tapada das Mercês!” K’CIDADE

O K’CIDADE está a desenvolver as seguintes actividades na Tapada: - Formação de iniciação à Informática - Português para estrangeiros - Alfabetização - Qualificação Escolar e Profissional (RVCC - Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências para obter equivalência aos 4º, 6º e 9º anos) - Sessões de esclarecimento e apoio técnico na criação do próprio negócio - Apoio a grupos de moradores e associações para a concretização de actividades que beneficiem a comunidade - Promoção de actividades de esclarecimento e formação sobre temas de interesse para as famílias: apoios sociais e acesso à saúde; regulação do poder parental; regularização da situação de imigrante; gestão do orçamento familiar Se estiver interessado em participar em alguma das actividades ou se tiver uma ideia para uma nova actividade, contacte-nos! Esperamos por si na Rua Professor Rui Luís Gomes nº 40 (Tapada das Mercês) ou através do telefone 219176819 ou do telemóvel 968630127. Obrigado por participar!


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Clínica Matilde Ceitil – Medicina alternativa

A prática da medicina alternativa é cada mais frequente e há cada vez mais profissionais nesta área. Crescente é também o número de pessoas que recorre a métodos naturais para resolução de problemas de saúde. É neste sentido, que desde 2000, a Dra. Matilde Ceitil tem vindo a investir nesta área e a fundar diversas clínicas de medicina alternativa em vários pontos do

país, nomeadamente em Torres Vedras, Bucelas, São Lourenço, Lourinhã, entre outros. As clínicas Matilde Ceitil contam com inúmeras especialidades entre as quais: homeopatia, nutrição, reflexologia, medicina ortomolecular, naturopatia, massagens terapêuticas e osteopatia. Em comparação com a medicina convencional há algumas vantagens como a

utilização de produtos naturais que não intoxicam o corpo e a resolução de problemas para os quais a medicina convencional nem sempre tem solução. Com todas as especialidades que a Clínica Matilde Ceitil apresenta vale a pena explorar os novos métodos naturais ao nível da saúde. Descubra por si próprio o que a medicina alternativa pode fazer por si.

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lazer

O JORNAL COM NOTÍCIAS

A G E N D A Baile das Camélias Sociedade União Sintrense, 21 de Março

M A R Ç O / A B R I L

Agualva convida a caminhar

Mira Sintra acolhe Feira da Saúde

Largo da República, 21 de Março

Casa da Cultura, até 22 de Março

19 DE MARÇO DE 2009

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III Curso de Sintra - Idade Contemporânea Palácio Valenças, de 25 de Março a 3 de Junho

O tradicional Baile das Camélias volta este ano a realizar-se em Sintra. No próximo dia 21 de Março esta tradicional iniciativa que pretende dar assim as boas vindas à Primavera, realiza-se na Sociedade União Sintrense, em plena Vila de Sintra, com início marcada para as 21h30. As origens deste baile remontam a 1941 quando um grupo de sintrenses a iniciou.

“Caminhar por Agualva - reencontro com a história” é o mote para uma caminhada aberta a toda população por alguns locais emblemáticos da freguesia, no próximo dia 21 de Março, às 9h30, no Largo da República, Agualva. A iniciativa é promovida pela Junta de Freguesia e visa proporcionar o conhecimento da freguesia, sua área, limites e lugares históricos, além de oferecer a oportunidade de através de caminhadas fomentar o respectivo bem-estar físico e social. O Largo da República é o ponto de partida para a caminhada, que passa por Ribeira das Jardas, Monte da Tapada, Quinta do Tojal, Jardim da Anta, Fonte das Eiras, Ribeira do Grajal, Abelheira, Av. Santa Maria, Rotunda dos 4 caminhos, Av. Bons Amigos e chegada ao Jardim do Professor. Informações e inscrições: 219 188 540. E-mail: geral@jf-agualva.pt.

A Junta de Freguesia de Mira realiza até dia 22 de Março uma Feira da Saúde na Casa da Cultura de Mira Sintra, Entre as 10h e as 18h será possível realizar diversos exames e conhecer melhor os temas da saúde. Também serão realizados workshops sobre nutrição, saúde mamária, HIV e educação sexual, palestras sobre hipertensão, 3ª idade e diabetes. O evento inclui ainda a comemoração do Dia da Árvore, assinalado a 21 de Março.

Dia Mundial do Teatro para os mais pequenos No âmbito do Dia Mundial do Teatro, a celebrar a 27 de Março, o jornal Cidade Viva espreitou alguns palcos e descobriu duas peças interessantes especialmente para os mais novos. O Grupo de Teatro Infantil Animarte, formado em 2004, apresenta a peça “Tom & Huck” no Jardim Botânico da Ajuda. Até ao dia 13 de Julho os mais pequenos podem assistir a um espectáculo cheio de animação e igualmente didáctico. “O endiabrado Tom Sawyer e o seu amigo Huckleberry Finn, apesar de muito brincalhões parecem ser os únicos preocupados com os maus hábitos da população da sua terra. E pior... assistiram a um dos maiores crimes ambientais ter sido cometido, pela única pessoa que temem verdadeiramente: o Índio Joe! Antigamente o Huck ainda conseguia viver numa casa na árvore mas agora é terrivel... Transformaram o seu local prefe-

rido numa lixeira!... A população continua a abusar de todos os recursos naturais sem pensar que, um dia, a continuar com esta atitude, deixará de haver água própria para beber ou terra para cultivar... Com muitas malandrices, gargalhadas e partidas sem fim, estes dois amigos contam com o público para os ajudarem a respeitar aquele que é o nosso planeta – a TERRA! A música é uma constante, garantindo a chamada de atenção para público de todas as idades!” (http:// www.grupoanimarte.com/) Por sua vez, o Grupo TeatroEsfera, também não deixa esta data passar em branco e assinala mais um Dia Mundial do Teatro com a peça infanto-juvenil ACHTUNG! A finalizar dia 29 de Março, diz quem viu, que vale a pena. Um espectáculo com muito humor sobre a criação do mundo.

“No início era o verbo... Essa suspensão, essa continuidade de um não sei o quê !!! No início era o verbo, a acção, a criação. E das trevas fez-se luz. E da luz surgiram seres respirantes que viveram felizes para sempre! Bem, viveram felizes quase sempre. Tentaram ser felizes. Por vezes conseguiram, outras falharam. Mas nunca desistiram. Desejaram ter, tiveram e foram perdendo. Quiseram recuperar e uniram-se. Voltaram ao início, porque no princípio é o verbo. A “criação” do Homem, a sua acção na terra, a aproximação do “dilúvio” provocam uma tomada de consciência, que se deseja e obriga a uma viragem, rumo ao equilíbrio entre a acção do homem e o meio ambiente. Um espectáculo para toda a família.” (http:// teatroesfera.blogspot.com/) Ofereça a si e à sua família momentos de diversão e comemore o Dia Mundial do Teatro. Andreia Fernandes

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Inovação e qualidade reflexiva são os critérios que presidem ao III Curso de Sintra – Idade Contemporânea, que terá lugar no Palácio Valenças, de 25 de Março e 3 de Junho, cujas inscrições estão já abertas. Com este curso pretende-se, através de uma renovada abordagem, desenvolver uma política cultural estruturante, permitindo assim procederse a uma reflexão que conduza a uma nova visão de Sintra. Para isso, convidaram-se alguns dos mais notáveis académicos e investigadores, de molde a imprimir-se uma qualidade ímpar, até mesmo no âmbito nacional como: Raquel Henriques da Silva, Maria João Neto, António Ventura, Glória Azevedo Coutinho, Maria João Ortigão, António Reis, Fernando Rosas, Ana Tostões, Maria João Gamito e Vitorino d’Almeida. Programa e inscrições em http://www.cm-sintra.pt.

“As Aventuras de Puck o Duende” Até 26 de Abril, Quinta da Regaleira, Sintra

A CulturSintra e o Teatro TapaFuros mantêm em cena a peça “As Aventuras de Puck o Duende”, uma adaptação livre da versão infantil de Hélia Correia de Sonho de Uma Noite de Verão de William Shakespeare. A peça é exibida na Quinta da Regaleira, aos Sábados às 16h e aos Domingos às 11h30, já a partir de 29 de Novembro. O espectáculo é aconselhado para maiores de 4 anos e está disponível de segunda a sexta para escolas e grupos com pré-marcação. O bilhete custará sete euros e pode ser adquirido na Quinta da Regaleira e nos locais habituais: Lojas Fnac, Bliss, Lojas Viagens ABREU, Livraria Bulhosa Oeiras Parque. Reservas: 219 106 650 ou 707 234 234. Mais informações através do e-mail geral@tapafuros.com ou na internet em www.tapafuros.com e www.cultursintra.pt.


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O JORNAL COM NOTÍCIAS

19 DE MARÇO DE 2009

Farmacêutica jordana promete mais investimento em Sintra O grupo farmacêutico Hikma avançou esta terça-feira que está a equacionar a instalação de uma nova unidade no complexo que a empresa jordana tem em Sintra. Em declarações à margem da visita oficial do Rei da Jordânia, o fundador da empresa admitiu avançar para uma quarta fase de alargamento da Hikma, após as novas unidades que arrancam este ano. “Estamos a reinvestir e a expandir-nos e pensamos já num quarto alargamento”, avança Samih Darwazah, o empresário jordano que escolheu Portugal em 1989 porque se apaixonou pelo país “e porque tem pessoas competentes para trabalhar”. “Começámos com 25 ou 30 empregados e no final do ano vamos ultrapassar os trezentos, todos portugueses, excepto sete ou oito que são jordanos”, explica. Em Sintra, a empresa tem conseguido aumentar as exportações para os Estados Unidos, Europa e Médio Oriente. “Os resultados são bons, só assim conseguimos expandir-nos. Em 2008 exportámos 45 milhões de euros e espe-

ramos chegar este ano aos 50 a 60 milhões”, revela. A fábrica, que é a maior que a empresa tem na Europa, está em laboração desde 1994, produzindo em 2008 cerca de 65 milhões de unidades, um valor que em 2010 deve chegar aos 100 milhões. O anúncio de um novo investimento foi saudado pelo presidente da Câmara. “Temos procurado dar todo o apoio ao desenvolvi-

mento e à modernização da empresa, porque é um investimento muito importante. Espero que a nova fase esteja pronta no final do ano e acabaram de me dizer que projectam já uma nova ampliação o que é uma boa notícia para Sintra”, disse Fernando Seara. Na terça-feira, o Rei Abudullah II do Reino Hashmita da Jordânia, inaugurou a nova fábrica de cefalosporinas da Hikma Farmacêuti-

ca Portugal, um investimento de 15,5 milhões de euros que criou 40 postos de trabalho. A nova unidade é a única fábrica do grupo que produz este tipo de injecções e já está em laboração desde o início do ano. As cefalosporinas são antibióticos da família das penicilinas para uso exclusivo hospitalar. O grupo Hikma está também a finalizar os trabalhos de construção de uma nova linha de antibióticos injectáveis liofilizados e duas linhas de embalagem de produto. Este investimento ronda os 11,8 milhões de Euros e deverá estar concluído no final de 2009. O Rei Abudullah II considerou que “a visita a Portugal é um novo passo nas relações entre os dois países”. “Tem sido fantástica e temos muito orgulho neste investimento em Portugal”, reforçou nas curtas declarações que prestou, sempre rodeado de um forte dispositivo de segurança, que incluía dois snipers da Unidade Especial de Polícia colocados no telhado da nova fábrica. Luís Galrão

Sintra geminada com a Cidade da Beira O Município de Sintra assinou um acordo de geminação com a Cidade da Beira, cidade capital da Província de Sofala, Moçambique. Os dois municípios comprometem-se a desenvolver projectos de intercâmbio nas áreas cultural, social, desportiva, turística, empresarial, científica e tecnológica, bem como de reforma e modernização dos serviços. A parceria passa pelo desenvolvimento de acções concretas, como a organização de exposições, feiras e outros certames, incentivar os contactos entre empresários dos dois municípios, apoio da realização de estudos na área da oportunidade de investimentos, difusão de livros e periódicos, incentivos à criação de centros de documentação. Cada município suportará os encargos decorrente da vigência e aplicação deste Acordo de Geminação, que foi aprovado na última reunião do Executivo de Sintra, a 11 de Março, e é válido por um ano, automática e tacitamente prorrogável por idênticos e sucessivos períodos de tempo, assim o entendam as duas partes.


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