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O JORNAL COM NOTÍCIAS • DIRECTOR: LUÍS GALRÃO • ANO 3 • QUINZENAL •

24 DE JANEIRO DE 2009 • N.º 41

D I S T R I B U I Ç Ã O G R AT U I TA

Macumbas e sacrifícios investigados em Sintra

AGUALVA-CACÉM VAI TER LINHA SOS 24 SÉNIOR A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Agualva-Cacém pretende lançar até Março uma linha de tele-assistência para apoio domiciliário a pessoas dependentes. O projecto prevê a implementação de um sistema de telecomunicações que deverá incluir videovigilância. “É um trabalho que requer sensibilidade e não queremos um call-center como algumas empresas propõem”, garante o presidente da Direcção.

Notícia

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URGÊNCIA BÁSICA DE SINTRA INSTALADA EM CONTENTORES O Serviço de Urgência Básica (SUB) prometido pela ministra da Saúde para Sintra vai ser instalado provisoriamente em contentores que serão colocados numa zona verde dentro das instalações da antiga fábrica da Messa, em Mem Martins, junto aos antigos edifícios fabris que deverão acolher posteriormente as instalações definitivas. O SUB provisório deverá começar a funcionar até ao final de Março de forma a aliviar as urgências do Hospital Amadora-Sintra.

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O Ministério Público de Sintra arquivou um inquérito sobre o sacrifício de animais na Serra de Sintra porque não conseguiu identificar os responsáveis, mas admite reabri-lo “se surgirem novos elementos de prova”. As autoridades sabem que os animais são mortos sobretudo em cultos religiosos e acreditam que tenham origem ilegal. O vereador responsável pelo Gabinete Médico-Veterinário de Sintra considera a situação “aberrante e trágica” e defende tratar-se de “um caso de polícia”. Centrais

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COMERCIANTES AMEAÇAM PROCESSAR CACÉM POLIS E CÂMARA Um grupo comerciantes de Agualva pondera avançar com um processo contra a sociedade Cacém Polis e a Câmara de Sintra. Os lojistas da Avenida dos Missionários queixam-se dos prejuízos causados pelo corte de trânsito provocado pelas obras da passagem inferior sob a linha de Sintra, um projecto “estruturante” do programa Polis do Cacém, cuja empreitada está parada desde meados de Novembro.

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notícias

24 DE JANEIRO DE 2009

Bombeiros de Agualva-Cacém anunciam linha SOS 24 Sénior A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Agualva-Cacém pretende lançar até Março uma linha de teleassistência para apoio domiciliário a pessoas dependentes e uma extensão do quartel em São Marcos. O anúncio foi feito a 19 de Janeiro, na primeira de cinco reuniões descentralizadas da direcção da Associação. “Queremos prestar um apoio efectivo às pessoas dependentes, sejam elas idosos ou doentes e as novas tecnologias dão-nos essa possibilidade”, explicou Maria da Graça Rodrigues. O projecto prevê a implementação de um sistema de telecomunicações que deverá incluir videovigilância. “Será um serviço feito com amor. Queremos que um idoso isolado ou deprimido fale connosco e estamos convencidos que o projecto vai ser um êxito”, revelou também Luís Silva, presidente da direcção. No entanto, para que a Linha avance, “são necessárias parcerias com a Câma-

ra de Sintra, a Polícia e as associações”, devido aos custos de implementação. Outros apoios importantes poderão vir da Segurança Social e da Santa Casa de Misericórdia de Sintra, entidades que serão envolvidas no projecto. O serviço irá funcionar 24 horas por dia e pode ser accionado através de um botão colocado numa pulseira ou num colar, bem como através de um intercomunicador ligado a um telefone fixo. “Contamos abranger cerca de 250 pessoas nas cinco freguesias que servimos, devendo ter duas centrais, uma de cada lado da linha de Sintra, equipadas

cada uma com uma central telefónica e uma viatura”, explica. “É um trabalho que requer sensibilidade e não queremos um call-center como algumas empresas propõem. Para já, temos a central de transmissões assegurada e temos os profissionais. Precisamos de viaturas ligeiras, de um computador e que nos ajudem a pagar aos profissionais”, disse Luís Silva. Os Bombeiros contam também avançar até Março com a instalação de uma extensão em São Marcos. “O espaço proposto pela Junta tem as condições desejadas, embora haja coisas a melho-

rar. O nosso objectivo é ter uma viatura do INEM, bem como um veículo ligeiro de primeira intervenção, dado que não podemos dispor do único veículo urbano de combate a incêndio da corporação”, explicou o comandante Luís Pimentel. Adiada fica a intenção de construir instalações de raiz em terrenos cedidos pela autarquia. “Os munícipes precisam de respostas com rapidez, e a Junta de Freguesia acredita que em vez de esperar pelo quartel faz mais sentido encontrar uma solução eficaz”, avançou o presidente Nuno Anselmo. Segundo o autarca, “a Junta disponibilizou um espaço, mas a Câmara tem de fazer parte desta solução”. As próximas reuniões descentralizadas da Associação Humanitária irão decorrer a 16 de Fevereiro em Rio de Mouro, a 16 de Março em Mira-Sintra, a 20 de Abril no Cacém e a 18 de Maio em Agualva, sempre em parceria com as respectivas juntas de freguesia. Luís Galrão

FOTO DENÚNCIA

Vazadouro em Reserva Ecológica O Cidade VIVA continua a receber denúncias de despejos ilegais no concelho de Sintra. A última situação ocorre na freguesia de Rio de Mouro, na zona do Campus da Universidade Católica, junto ao Parque Industrial de Talaíde (que pertence parcialmente a Cascais). Na encosta sobre a ribeira da Estribeira, numa parcela classificada no Plano Director Municipal como Reserva Ecológica Nacional (REN), surgiu há alguns meses um vazadouro de terras, entulhos e agora outros resíduos, como pneus, pára-choques e garrafões de óleo lubrificante.

do

concelho

NA BLOGOSFERA DE SINTRA Tudo de novo a Ocidente, 21 de Dezembro “Na Avenida Gago Coutinho, conhecida vulgarmente por estrada da Portela (…), junto à central de betão existe uma bela árvore que passa despercebida a quem circula, muitas vezes a velocidades pouco recomendáveis. Estamos a referir-nos a um cedro, cujo tronco tem um perímetro de mais de 2 metros. Com este fuste é um espécime centenário, a sua imponência não ressalta imediatamente à vista porque alguns ramos estão secos, e a copa como não é cortada chega quase ao chão. A árvore cresceu no talude entre a antiga estrada e a nova Avenida. Está portanto, em terreno de domínio público, devendo por isso as entidades responsáveis cuidarem da planta e da sua envolvente. Se alguém da Câmara de Sintra, ler este texto e tenha poderes para tal, deveria incumbir os serviços respectivos de tratarem deste cedro, votado injustamente ao abandono. Como já referimos as árvores são seres vivos, merecem a nossa atenção. Além do mais, é um monumento digno de ser valorizado.” http://tudodenovoaocidente.blogs.sapo.pt/

Sintra do Avesso, 16 de Janeiro de 2009 “São tantos os problemas de transporte público na sede do concelho (…) que não consigo entender o verdadeiro fenómeno que passarei a dar conta: (…) a circulação de um transporte urbano, de uns vinte e tal lugares, que, sistematicamente vazio, faz o percurso da estação até à vila, com o intervalo de dez minutos. É o Express Villa [que provinciana cedência a estas designações!] adivinhando-se simpático e cómodo mas que a ninguém serve ou, provavelmente, só umas dezenas de pessoas nos fins de semana. Até já lhe chamam a carreira fantasma. No mínimo, cabe perguntar que estratégia de transporte subjaz a um tal desperdício? Quem terá sido o iluminado responsável (?!) municipal que negociou este trajecto com o monopolista operador Scotturb que, vá lá saber-se porquê, parece ter força para impor o que lhe apetece e mais convém, ainda que, como no caso vertente, possa ser uma tremenda asneira? Como é que a comunidade sintrense se permite desperdiçar cinco ou seis mil quilómetros por mês de transporte que, praticamente, ninguém serve quando, outro fosse o cuidado da gestão autárquica, poderia reverter em benefício da população? http://sintradoavesso.blogspot.com/

Algueirão-Mem Martins, 17 de Janeiro “Visto que a saúde é um tema que está na ordem do dia no Concelho e na freguesia, penso que a nova SUB em Mem Martins deveria ser presenteada com uma VMER. Este post baseia-se no comentário que recebi aqui no Blog do Augusto, um amigo e leitor, que trabalha na área da saúde e está bem enquadrado com o assunto. Como achei muito valida a sua opinião, decidi colocar aqui a sua opinião sobre o assunto: ‘Para além disto, convinha ficarmos com uma VMER (veículo médico de urgência e reanimação), porque a que dá assistência à nossa zona, concelho de Sintra todo, sim todo, é a do Hospital Centro Hospitalar Lisboa Ocidental (Hospital São Francisco Xavier). Se houver um acidente na Praia das Maçãs e for necessária a VMER.... É para esquecer! Se não dessem a VMER ao menos uma SIV (Suporte Intensivo de Vida) São ambulâncias tripuladas por enfermeiros que têm o curso de suporte avançado de vida dado pelo INEM, e que está ligada ao CODU para o médico dar indicações via teleconferência.... O curso para formar a primeira fornada de tripulantes está a decorrer!’ (…) Agora que está a ser estruturado o sistema de saúde no concelho, poderia ser uma boa oportunidade de enriquecer mais a população. http://algueirao-memmartins.blogspot.com/

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concelho

B R E V E S CP investe 11 milhões na linha de Sintra A CP vai investir 11 milhões de euros na modernização de parte das estações das linhas de Sintra e Cascais através da substituição de máquinas de venda automática e da primeira fase da intervenção no acesso controlado aos comboios. Segundo adiantou fonte da empresa à agência Lusa, até final do primeiro trimestre de 2009 entrará em funcionamento o acesso controlado em nove das estações exclusivas da CP, complementando o já disponível sistema de bilhética sem contacto. As estações das Mercês, Rio de Mouro, Monte Abraão, Queluz/Belas, Amadora e Rossio estão a ser alvo de intervenção desde o último trimestre de 2008, de modo a serem fechadas as entradas de acesso aos comboios. “Este investimento significa o controlo de mais de cinquenta por cento dos passageiros da grande Lisboa”, adianta a CP, sem precisar a data de conclusão do processo.

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24 DE JANEIRO DE 2009

PCP estranha coincidência

A Comissão de Utentes da Linha de Sintra (CULS) faz este mês “19 anos de intervenção em prol de um transporte ferroviário de qualidade e a preços compatíveis com o orçamento dos utentes.” A data é aproveitada para reforçar algumas reivindicações, como “a estabilização do preço dos transportes colectivos para além do ano de 2009” e o reforço da segurança, conforto, higiene, cumprimento dos horários, a necessária finalização da modernização da linha e preços do transporte acessíveis aos utentes. A CULS sugere também que as despesas com transportes colectivos seja considerada em sede de IRS “como forma incentivadora à sua utilização”.

A Assembleia de Freguesia de Santa Maria e S. Miguel aprovou por unanimidade uma proposta do Bloco de Esquerda que exige à Câmara a instalação urgente de uma passagem pedonal em frente ao estaleiro das obras da nova sede da Junta, na Avenida Desidério Cambournac. O objectivo, explica o BE é “garantir a segurança e o conforto na circulação dos transeuntes.” No início das obras a Assembleia de Freguesia aprovou uma recomendação idêntica, mas “que nunca teve nenhum efeito prático”, lamenta o BE. “A resposta da autarquia foi a de instalar sinais de proibição naquele troço, medida que se revelou inútil, uma vez que ele é o único percurso viável para quem sai do autocarro na paragem depois do estaleiro.”

Jornal de Sinta assinala 75 anos A Câmara de Sintra decidiu agraciar o Jornal de Sintra com a medalha de mérito municipal, grau ouro, pelos seus 75 anos de existência. A publicação, iniciada em 7 de Janeiro de 1934 pela mão de por António Medina Junior, manteve-se sem interrupções ao longo dos anos. A comemoração das Bodas de Diamante vai decorrer ao longo do ano e inclui a exposição “Jornal de Sintra – 75 anos a Informar e a Participar no Concelho”. O Cidade VIVA saúda o Jornal de Sintra pela efeméride alcançada.

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Urgência Básica de Sintra instalada em contentores

Comissão de Utentes assinala 19 anos

BE exige passagem segura na Estefânia

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O Serviço de Urgência Básica (SUB) prometido pela ministra da Saúde para Sintra vai ser instalado provisoriamente em contentores que serão colocados numa zona verde dentro das instalações da antiga fábrica da Messa, em Mem Martins, junto aos antigos edifícios fabris que deverão acolher posteriormente as instalações definitivas. “Dada a necessidade urgente de descongestionar o serviço de urgência do Hospital Fernando da Fonseca (Amadora-Sintra), e atendendo a que as obras para a instalação do SUB terão necessariamente alguma morosidade, considerou-se que o SUB seria instalado numa primeira fase em instalações provisórias”, explicou ao Cidade VIVA a chefe de gabinete da ministra da saúde. Segundo a mesma fonte, “a instalação provisória irá ser feita em contentores adequadamente infra-estruturados e equipados, como os que têm sido utilizados enquanto decorrem as obras nos Hospitais de S. João, no Porto ou no Hospital de Valongo, com satisfação dos utentes e dos profissionais”.

O SUB provisório deverá começar a funcionar até ao final de Março de forma a aliviar as urgências do Hospital Amadora-Sintra em cerca de 30 por cento (perto de 150 doentes diários) . “Foi considerado que era urgente criar uma situação que permitisse descomprimir este serviço de urgência, uma vez que o hospital tem uma área de influência populacional muito grande e uma das formas encontradas - não é a resolução total - de melhorar as condições de atendimento nesta urgência é criar um SUB em Sintra”, revelou a ministra durante uma visita ao Amadora-Sintra. “Este ponto de urgência básica faz parte dos pontos de rede de referenciação que faltavam abrir e foi finalmente encontrado um espaço para se construir este serviço de urgência básico em definitivo”, salientou Ana Jorge. Até 2013, parte da antiga fábrica de máquinas de escrever desactivada desde meados dos anos 80 e comprada em leilão pela Câmara de Sintra, será adaptada para receber as instalações definitivas. Luís Galrão

O anúncio da reutilização das antigas instalações fabris da Messa para a instalação do SUB causou estranheza ao PCP de Sintra, que recordou uma promessa semelhante, feita em Janeiro de 2008 pelo então ministro da saúde. “Há precisamente um ano, Correia de Campos anunciou a instalação de um SUB no Cacém, nas antigas instalações fabris da Melka”, recorda o PCP. “É curiosa, esta governação: praticam politicas económicas que contribuem para o encerramento das fábricas, para depois prometerem que aí vão instalar unidades de saúde! Prometem mas não cumprem, porque se recuarmos a Janeiro de 2007 também então se anunciou e prometeu, igualmente pelo então ministro Correia de Campos, a construção de um novo hospital público em Sintra, do qual não se conhece nem projecto, nem ideia, nem nada”, lamentam os comunistas. O PCP teme que para o Governo, “o mês de Janeiro seja o mês de prometer para Sintra” e suspeita que a coincidência esteja relacionada com o inverno. “Será pelo facto dos serviços de saúde, nomeadamente o Amadora-Sintra, ficarem lotados e a rebentar pelas costuras com os surtos de gripe, associados a outras doenças?”. Quanto à SUB agora prometida, o PCP vai esperar para ver. “A ministra anunciou que o SUB irá começar a funcionar até Março… Aguardemos, afinal, já só faltam 12 meses para Janeiro de 2010.”


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B R E V E S Taxa de Recursos Hídricos aumenta factura da água

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24 DE JANEIRO DE 2009

notícias

Associações de Pais denunciam decisões ilegais nas escolas

Bairro da Tabaqueira recebe beneficiações A zona comercial do Bairro da Tabaqueira, em Rio de Mouro, está a ser objecto de beneficiação desde o início do ano. Até Março, a autarquia prevê concluir esta intervenção, a terceira que ocorre naquela zona no espaço de um ano. “A zona necessitava de obras, uma vez que o sistema de drenagem se encontra obstruído, os muretes que envolvem as árvores estão degradados, as raízes das árvores levantaram o pavimento, uma situação que tem provocado acidentes entre os mais idosos, que tropeçam no pavimento irregular”, explica a Câmara.

Terminadas obras em Almargem do Bispo A Câmara de Sintra informa que já foi restabelecida integralmente a circulação automóvel na Ponte da Ribeira de Freire, localizada na Estrada de Albogas, na freguesia de Almargem do Bispo, após terminadas as obras de recuperação e estabilidade iniciadas em Novembro. A intervenção resultou dos danos causados pelas fortes chuvas do inverno passado e consistiu na reabilitação e estabilidade do encontro da ponte, da guarda de protecção e dos taludes de linha de água, bem como a pavimentação de via.”

Algueirão promove Jogos Florais de Inverno A Junta de Freguesia de Algueirão Mem Martins, está a levar a efeito junto dos alunos das diversas escolas, a edição dos JOGOS FLORAIS DE INVERNO. Trata-se de uma iniciativa cultural e artística, com a qual se pretende descobrir talentos que serão galardoados com três prémios para cada uma das quatro modalidades: Poesia e Conto; Fotografia, Filme e Pintura. “Sabemos que temos alunos talentosos e que perante este desafio, podem demonstrar as suas qualidades com as quais pretendemos impulsionar o jovem a descobrir o valor culturais e antiartístico que existe dentro de si”, refere a autarquia. Os prémios para os primeiros três lugares são de 500, 350 e 250 euros e podem concorrer todos os alunos que frequentem as escolas da freguesia. O prazo para entrega dos trabalhos termina a 27 de Fevereiro, sendo a sua divulgação a 31 de Março, nas escolas.

concelho

Comerciantes de Agualva ameaçam processar Polis e Câmara

O vereador da CDU na Câmara de Sintra, Baptista Alves, contestou este mês a Taxa de Recursos Hídricos aplicada ao município e anunciou o aumento do preço da água. Em causa está um DecretoLei que criou obriga as autarquias a pagar uma Taxa de Recursos Hídricos, abrangendo a captação de Águas de Abastecimento e a rejeição de Águas Residuais. O vereador, que também é presidente do conselho de administração dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento, contestou em reunião privada de Câmara, os valores que Sintra terá de pagar em 2009: 764.937 mil euros de águas de abastecimento e 2.630.959 de águas residuais. Para Baptista Alves, este custo “é o mesmo que seria aplicado se os efluentes estivessem a ser descarregados directamente no meio hídrico” porque o ministério do Ambiente não teve em conta o sistema de saneamento da Costa do Estoril, que é utilizado por Sintra. O aumento, avisa, vai custar mais um euro já a partir da próxima factura de consumo doméstico normal.

A Federação das Associações de Pais do concelho de Sintra denuncia “a ocorrência de alguns casos em que, devido à greve dos professores, os Conselhos Executivos decidiram encerrar as escolas, não permitindo sequer que os alunos almocem no refeitório.” No entender da FAP-Sintra, “este comportamento dos conselhos executivos de algumas escolas é ilegal, porque as escolas não devem ser encerradas e muito menos devem impedir os alunos de almoçar, de acordo com o que está programado pela empresa municipal Educa.” Apesar de compreender as razões da greve dos professores a Federação lamenta que, a pretexto dessa luta, sejam tomadas decisões que prejudiquem os alunos e “exige ao Ministério da Educação, através da DREL, que sejam tomadas todas as providências no sentido de que a situação seja normalizada.”

do

Um grupo de mais de 20 comerciantes de Agualva pondera avançar com um processo contra a sociedade Cacém Polis e a Câmara de Sintra. Os lojistas da Avenida dos Missionários queixam-se dos prejuízos causados pelo corte de trânsito provocado pelas obras da passagem inferior sob a linha de Sintra, um projecto “estruturante” do programa Polis do Cacém, cuja empreitada está parada desde meados de Novembro. “Vamos procurar um advogado para avançar com uma queixa-crime contra a Polis, a Câmara ou quem for responsável pela obra que está parada e a prejudicar-nos desde Junho”, explica o oculista Joaquim Macedo, que acusa os responsáveis de ter “isolado e abandonado” o comércio local. “Se não tinham dinheiro, não deviam ter começado a

obra”, reforça Maria Hilário, outra comerciante que já está a tentar trespassar a pequena retrosaria. “Ontem fiz 50 cêntimos”, queixa-se. A obra está parada desde o abandono do anterior empreiteiro, a empresa Construtora do Tâmega, devido a “desentendimentos” com a Polis, lê-se na página da Junta. Em Outubro, a Cacém Polis garantiu ao Cidade VIVA que os trabalhos não seriam interrompidos porque seriam retomados por um novo empreiteiro ainda em Novembro. “Mas isso não aconteceu e a data passou para Dezembro, depois para Janeiro e agora já se fala em Março”, conta outro comerciante. Na Avenida dos Missionários, apesar da reabertura provisória de uma faixa em Novembro, o impacte nos negócios continua.

“Estamos apenas a 150 metros do centro do Cacém, mas quem vem de carro tem de fazer mais de quatro quilómetros para regressar”, explica o oculista. Os comerciantes promoveram um inquérito em parceria com a Junta de Agualva “e mais de 99% dos 500 moradores que assinaram defendem uma solução provisória que torne possível a circulação nos dois sentidos”, conta. No entanto, Junta e moradores aguardam por resposta desde Dezembro. O desespero repete-se do outro lado da linha, na Avenida Cidade de Londres e na Rua António José de Almeida. “Só não estou na falência e passo fome porque tenho uma renda pequena, mas nem 40 euros faço por dia e a fruta chega a estragar-se”, conta Luís São Pedro. O comerciante teima em manter uma mercearia junto à rampa que dará acesso ao futuro túnel a partir do centro histórico de Agualva, mas lamenta que “a Câmara e o Polis tenham atirado o projecto para trás das costas”. O túnel está a ser construído no local de uma antiga passagem de nível encerrada ao trânsito em Agosto de 2003 e aos peões em 2005, após vários acidentes mortais. No local decorrem também obras de alargamento da linha de Sintra, a cargo da REFER, entidade que garantiu ao Cidade VIVA que o atraso no túnel “não tem qualquer tipo de implicações ou atrasos” naquela empreitada. Mas no local, há quem acredite que o túnel será acabado pela empresa que está a trabalhar na Linha de Sintra. “Diz-se que é a REFER que vai acabar o túnel a partir de Março, mas ninguém se digna informar-nos e já só acredito quando vir”, afirma o merceeiro. O Cidade VIVA continua a aguardar por esclarecimentos da Cacém Polis. Luís Galrão

Polícia Municipal faz balanço positivo da Operação Natal A operação “Natal-Ano Novo Seguro em Sintra”, realizada pela Polícia Municipal entre 26 de Novembro e 11 de Janeiro saldou-se em mil viaturas fiscalizadas em 14 operações “stop”, das quais resultaram 200 infracções e quatro detenções, 300 estabelecimentos comerciais alvo de acções de regularização e 604 veículos abandonados retirados da via pública. A iniciativa visou intensificar as acções de policiamento nas áreas problemáticas e nos grandes centros urbanos numa época em que habitualmente se verifica uma maior vulnerabilidade face a certos tipos de crimes, em especial nos crimes contra o património em geral. No domínio da segurança rodoviária, foram detidos quatro condutores, dos quais três por falta de habilitação legal para a condução de veículos e outro por condução de viatura com matrículas falsas e detectadas 25 contra-ordenações graves.

No comércio, cerca de trezentos estabelecimentos foram alvo de acções de regularização relativamente ao pagamento e registo de horários de funcionamento e outros (esplanadas, toldos, letreiros), dos quais re-

sultaram setenta e duas infracções, tendo sido comunicado à ASAE irregularidades em dez estabelecimentos. No domínio do ambiente foram entregues para compactação a empresa adjudicada para tratar veículos em final de vida, trezentas e quatro viaturas recolhidas que se encontravam em estado de abandono ou em estacionamento abusivo que, findo o processo administrativo, não foram reclamadas pelos seus proprietários. Foram ainda recolhidas mais 300 viaturas consideradas em estado de abandono da via pública, sendo que já se iniciaram os respectivos processos administrativos. A autarquia salienta que esta acção permitiu garantir mais de seiscentos lugares de estacionamento, sobretudo em freguesias com grande aglomerado populacional. Fonte: CMS


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concelho

B R E V E S Autarquia apoia construção de creche em Agualva A Associação de Reformados Pensionistas e Idosos de Agualva-Cacém (ARPIAC), em parceria com a Câmara de Sintra, lançou este mês a primeira pedra de um equipamento de apoio à infância. O investimento resulta das necessidades sentidas em Agualva-Cacém para a 1ª infância (dos 0 aos 2 anos) e de uma candidatura ao programa PARES (Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais) para construção de um equipamento de apoio à infância, com a valência de creche para cerca de 66 crianças. O contrato programa entre a autarquia e a ARPIAC com o objectivo de atribuir comparticipação financeira para a construção do equipamento data de Julho de 2008 e a comparticipação municipal corresponde a 20 % do investimento total do projecto. A ARPIAC tem ainda as valências de lar (60 idosos), centro de dia (70 idosos) e apoio domiciliário (65 idosos), abrangendo cerca de 200 idosos.

Belas inaugura Academia de Dança O Centro Cultural Recreativo e Desportivo de Belas (CCRDB) inaugurou no dia 10 de Janeiro uma Academia de Dança. No evento, foram apresentadas as várias modalidades da Academia que “pretende criar um espaço desportivo na freguesia de Belas, oferecer diversas modalidades ligadas à dança, ginástica e desporto para todos os escalões etários, promover o gosto pela actividade física, promover workshops temáticos cultivando o gosto pelo saber, incentivar a prática desportiva em família, promover eventos sociais, culturais e espectáculos com os alunos, melhorar o bem-estar físico, social e emocional da população da freguesia.” Através desta iniciativa, a Academia de Dança CCRDB procura a implementação de uma escola de dança, actividades desportivas e workshops no Centro Cultural Recreativo e Desportivo de Belas.

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Bairro do Grajal reclama 300 metros de alcatrão Os moradores do bairro do Grajal, em Agualva, continuam a reclamar um acesso “condigno”, após terem visto a principal via de entrada cortada pelas obras do IC16/A16. “Em Outubro cortaram a rua Tomé de Barros Queirós, deixando-nos apenas com um acesso muito estreito”, conta Jorge Pereira, um dos 600 residentes. A empreitada da A16 prevê a construção de um viaduto de entrada no bairro, mas até lá a população reclama a reabilitação de 300 metros de um antigo caminho que dá acesso a outra rua com o mesmo nome da estrada cortada, já em Agualva. “Aquele troço existe há décadas, mas foi sendo entulhado até há pouco tempo”, explica o morador, enquanto mostra um pedaço da placa toponímica que ali existia. O Bloco de Esquerda, que já tinha denunciado a situação na Assembleia Municipal, visitou recentemente o local e reiterou críticas à Câmara. “No final de Outubro o presidente Fernando Seara garantiu que o problema estaria resolvido em poucos dias, mas estrada alternativa não foi alcatroada e o principal acesso continua a ser uma via com muitas dificuldades”, lamenta André Beja. Na Assembleia Municipal de 24 de Outubro, Fernando Seara considerou “inútil” uma moção do BE sobre o caso e informou que o problema estava solucionado. “Na próxima segunda-feira o acesso estará definitivamente assegurado, tendo também sido feitos contactos com a Vimeca para o restabelecimento da carreira de autocarros”, assegurou. No entanto, lamenta André Beja, “o bairro con-

tinua com os acessos limitados, o que é verdadeiramente vergonhoso”. A rua Tomé de Barros Queirós aparece em todos os mapas da freguesia de Agualva, mas a Câmara e os alegados proprietários parecem não ter o mesmo entendimento. “Depois da denúncia do BE, a Câmara veio cá alargar o caminho, mas dois dias depois o proprietário cortou-o com pedras durante algumas semanas”, conta Jorge Pereira. Segundo o morador, a obra terá sido “negociada com uma empresa que não é dona do terreno, o que levou a este impasse”. A situação causa estranheza no bairro, onde se garante que a rua “é um acesso natural à freguesia de Agualva e que há 55 anos já ali passavam carros”. Enquanto não se entenderem e alcatroarem o caminho, a intervenção da Câmara de

pouco serve os moradores. “A chuva começou a estragar o piso e já é difícil passar com um carro normal”, queixa-se Fátima Antunes, que não tem dúvidas sobre a existência da via. “Se a rua tem nome, a Câmara tem de respeitar os moradores e mantê-la transitável”, reclama a proprietária do café do bairro. Apesar de a Câmara ter mandado pintar faixas amarelas de proibição de estacionamento na rua do Grajal, o único acesso alcatroado, continua a ser impossível manter duas vias de trânsito. “Se houver um problema grave vamos ver-nos aflitos para socorrer estas pessoas, porque a rua é muito estreita e a estrada secundária não tem condições, excepto para viaturas pesadas”, reclama Carlos Sousa, morador e bombeiro há 31 anos. Luís Galrão


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B R E V E S Agressão a utente na Portela de Sintra Viveram-se momentos de “pânico” na estação de comboios da Portela de Sintra ao início da tarde de quarta-feira, quando um grupo de jovens decidiu agredir um utente. “Vieram meter-se comigo e ameaçaram-me, pelo que empurrei um deles e tentei fugir, mas eles cercaram-me e agrediram-me com uma pedra na cabeça”, conta Henrique Gomes. Segundo este morador de Magoito, o desentendimento começou uns minutos antes. “Vinha a subir a escada com o telemóvel na mão e um jovem negro saltou-me quase para cima, presumo que para me roubar o telefone. Perguntei-lhe se não lhe davam educação em casa e ele começou a barafustar”, conta. Pouco tempo depois, já na plataforma da estação, o mesmo jovem e um grupo de amigos agrediram-no. “Vieram pedir tabaco, que recusei, pelo que disseram que ia apanhar”. Na tentativa de fuga, Henrique Gomes empurrou um dos jovens, provocando uma agressão com pedras retiradas da linha de Sintra. A situação, diz, “provocou o pânico em muitos utentes, que só descansaram quando chegou a polícia”. A vítima queixa-se que apesar de ter alertado o 112, “demoraram demasiado tempo”. Segundo explica, as autoridades só chegaram depois de uma segunda chamada para o posto da GNR. “Acabaram por vir muitos guardas, mas na altura que eram necessários não estavam cá”, lamenta. Apesar do aparato policial, que incluiu meia dúzia de viaturas, não foi feita nenhuma detenção porque os suspeitos já não estavam no local. “Vou apresentar queixa para quê? Não adianta nada”, acredita Henrique Gomes, que foi assistido aos ferimentos ligeiros no sobrolho por uma ambulância dos Bombeiros de Sintra.

GNR de Sintra detém jovens por furtos Os militares do Sub-Destacamento de Sintra da GNR detiveram esta quarta-feira um jovem por furto de uma caçadeira de uma casa particular em na Ribeira de Rio Cões, freguesia de São João das Lampas. “Detivemos um jovem com mais de 16 anos que irá ser presente a Tribunal”, revelou ao Cidade VIVA o Capitão Gomes. Na véspera, o Núcleo de Investigação de Sintra, deteve outros dois jovens em Moinhos da Funcheira, Amadora, por diversos crimes de furto. “Têm 18 e 21 anos e estão referenciados em pelo menos cinco furtos, quatro em estabelecimentos comerciais e um numa residência”, revela a GNR. Os jovens, que “furtavam de tudo um pouco: dinheiro, ferramentas, ouro, relógios, óculos de sol, tabaco, telemóveis, televisores, DVD, entre outros artigos”, ficaram detidos até serem presentes a Tribunal. Ambos têm cadastro, estando, na altura da detenção, sujeitos a apresentações às autoridades. Na sequência das buscas domiciliárias, a GNR conseguiu ainda recuperar algum material roubado, bem como apreender 337 doses de haxixe e duas pistolas de alarme, uma delas adaptada.

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notícias

do

concelho

Museu do Ar “voa” para Sintra O Museu do Ar de Alverca prepara-se para voar até à Base Aérea de Sintra durante 2009, ano em que têm início as comemorações dos 100 anos da aviação em Portugal. “O processo é irreversível e a mudança é uma certeza”, garantiu há dias uma fonte da Força Aérea ao jornal O Mirante. No entanto, ao Cidade VIVA a Força Aérea apenas confirma “existirem estudos no sentido de dotar o Museu do Ar de melhores condições”. Segundo o Tenente-Coronel António Seabra, chefe de relações públicas, “é prematura a divulgação pública de mais informação porque ainda não existem quaisquer decisões tomadas”. O presidente da Câmara de Sintra também recusou prestar esclarecimentos, porque o assunto “continua a ser negociado”, avança fonte do seu gabinete. Fernando Seara recusou também divulgar o protocolo assinado em 2006 entre a autarquia e o Estado-Maior da Força Aérea, documento ao qual foi feita uma adenda em Novembro último. No entanto, segundo o blogue do vice-presidente Marco Almeida, a adenda destinou-se a “acelerar a construção do museu [em Sintra], partindo da ampliação do hangar onde já existe um pólo museológico”. O autarca considera que “a decisão de fixar o museu em Sintra, em prejuízo de Alverca, reforça o papel do concelho no contexto da Área Metropolitana de Lisboa”. A nova infra-estrutura “permitirá concentrar o espólio da história aeronáutica portu-

guesa, acolhendo colecções pessoais de grande figuras da aviação militar e cerca de 50 aviões que voaram ao serviço da Força Aérea”, refere. O novo museu deverá também incluir uma exposição de fardamentos, simuladores, aeromodelismo, biblioteca, salas de conferências e um espaço multimédia. A mudança do espólio que está instalado em Alverca em antigas instalações das Oficinas Gerais de Material Aeronáutico, e espalhado pelo país, desde Ovar a Beja, depende de obras de requalificação que, segundo O Mirante deverão estar concluídas até final do ano. “Será um Museu que vai ombrear com os melhores que existem na Europa”, num investimento estimado em 10 milhões

de euros, “que será custeado por patrocinadores particulares”, avança a mesma fonte. Os planos para ter em Sintra um museu aeronáutico têm mais de sessenta anos, mas tem faltado o dinheiro. “Quando está em actividade, um avião tem muita manutenção, mas quando está exposto num museu deixa de ter tanta atenção. E se estiver na rua, acaba por degradar-se devido à corrosão dos materiais”, explica o coronel Henriques Rodrigues, director do Museu. A conservação da memória da aviação em Portugal é tanto mais importante, quanto “o nosso espólio foi considerado um dos 23 mais importantes do mundo”, reforça. Luís Galrão

Junta de São marcos inaugura extensão O bairro do Casal do Cotão, em São Marcos, dispõe desde Dezembro de uma delegação da Junta de Freguesia. “Há uma necessidade de servir esta população com uma maior proximidade. Um desempregado que more no casal do Cotão que tenha que se apresentar na junta de freguesia de 15 em 15 dias gastaria por mês 4 euros para se deslocar a São Marcos. Pode parecer insignificante mas para quem está desempregado é muito”, afirma o presidente Nuno Anselmo. Brevemente, as novas instalações vão contar com um departamento do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF). “O protocolo base já está acordado e espero que antes do final do primeiro semestre esteja a funcionar. Pela centralidade que a delegação tem relativa-

mente à cidade de Agualva-Cacém a nossa perspectiva é na lógica do serviço público, uma loja do cidadão, no sentido de poder prestar uma série de serviços aos cidadãos desta cidade”. Além do atendimento ao público, que funciona das 9h às 12h30 e das 14h às 17h, a delega-

ção inclui um gabinete de Acção Social e de uma sala de formação. As instalações, situadas na Av. Cidade de Lisboa, nº 67–A, beneficiaram de obras de adaptação no valor de 60 mil euros, montante financiado pela Câmara de Sintra, assim como o arrendamento do espaço.


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Escolas reforçam educação ambiental A Câmara de Sintra, a HPEM e a SUMA lançaram um sistema de recolha selectiva de papel e cartão nas escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico. O sistema Ponto Azul é viabilizado através da disponibilização de condições logísticas apropriadas e de um plano de formação alargado, cuja temática envolve informações específicas sobre “O QUE reciclar” e “COMO acondicionar”. O objectivo desta acção consiste em fazer com que todos os alunos participem em esquemas de triagem na origem, para que todo o papel e cartão utilizado no âmbito das rotinas normais de trabalho seja encaminhado para valorização através da reciclagem. Pequenos contentores para deposição selectiva de papel, folhetos, autocolantes e cartazes são alguns dos materiais de suporte desta campanha destinados a salientar as vantagens individuais decorrentes da utilização deste sistema e das práticas ambientais associadas, os quais serão objecto de distribuição qualitativa em contexto formal de aprendizagem.

Para além de contribuir para o aumento dos índices de reciclagem, esta iniciativa cumpre sobretudo uma missão de carácter pedagógico, associada à importância das escolas enquanto quadros de referência comportamental e agentes mobilizadores da comunidade extra-escolar. A três entidades voltam também a apostar no projecto de certificação de competências “Sabientar” que, em 2007/2008, atribuiu o galardão de “Escola Sabiente” a 15 escolas do 1.º Ciclo. Para manter ou obter a certificação, a comunidade escolar é de novo desafiada a demonstrar os seus esforços na implementação, sedimentação e avaliação das rotinas ambientais e de Cidadania. Neste segundo ano de presença em Sintra, além de certificar os estabelecimentos que dêem provas do seu esforço na implementação e avaliação das rotinas ambientais e de Cidadania, o projecto visa ainda manter a certificação das escolas que, no ano passado, receberam o galardão “Escola Sabiente”, apostando, por isso, na sedimentação das

O Diário do Ambiente é um manual de conselhos práticos sobre as inúmeras contribuições que cada pessoa pode dar para melhorar o ambiente. A publicação resulta de uma parceria entre o Continente e a Quercus e é um convite à participação da população, porque um Ambiente sustentável exige o empenho pessoal de cada um de nós. O manual insere-se no programa Hipernatura Continente, uma iniciativa de responsabilidade social que propõe a requalificação de 20 espaços verdes em 20 cidades portuguesas. O Diário do Ambiente é um convite à mudança de atitudes e comportamentos, ajudando a construir Cidades saudáveis, ecológicas e criativas.

rotinas já introduzidas. Assim, vai funcionar, simultaneamente, em duas fases e, tal como na edição anterior, vai ser desenvolvido através da distribuição de um Manual de Fichas Curriculares, para serem trabalhadas, na sua grande maioria, em aula, mas também com desafios para concretizar fora do contexto escolar (com a Família, Amigos, Vizinhos…).

diário do

ISOLAMENTO TÉRMICO Sabia que

O que posso fazer?

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Na construção de um edifício, as pontes térmicas podem ser responsáveis por até 30% das perdas de calor ou de frio? Cerca de 60% da energia usada para aquecimento durante o Inverno perde-se através de zonas que podem ser isoladas, como as paredes, o tecto ou o soalho? Um bom isolamento dessas superfícies evita as chamadas fugas térmicas, ajudando a poupar até 30% em consumos energéticos? Através da colocação de vidros duplos nas suas janelas, poderá reduzir em cerca de 10% o consumo de energia no aquecimento ou arrefecimento da casa? Se calafetar portas e janelas poderá reduzir cerca de 5% do consumo de energia?

A atribuição da certificação “Escola Sabiente” ou respectiva manutenção resultará da avaliação feita em auditoria e do resultado do teste de avaliação de competências individuais que os alunos terão de responder antes do término do ano curricular As escolas que atingirem uma classificação positiva nos dois instrumentos de avaliação verão o seu esforço recompensado, rece-

Elimine as pontes térmicas fazendo um isolamento contínuo das paredes e sempre pelo exterior. Prefira materiais permeáveis ao vapor, de modo a garantir uma temperatura interior constante. Escolha também materiais de maior resistência térmica, como é o caso da cortiça. No isolamento de terraços ou telhados, utilize isolantes térmicos resistentes à água. Isole os locais mais sujeitos a pontes térmicas, como as vigas, os pilares, as ombreiras de portas e as janelas, de modo a evitar trocas de calor e frio, bem como humidade e manchas de bolores. Nas áreas envidraçadas, escolha caixilharias com ruptura térmica para garantir um melhor isolamento térmico e acústico. Instale vidros duplos de 4 e 6 mm.

Fonte:

Conselhos práticos para viver o seu dia a dia em equilíbrio com a natureza.

bendo os certificados e bandeiras de reconhecimento. O projecto “Sabientar” arrancou em Dezembro de 2008 com a entrega dos manuais nos EEE do município e os promotores estimam envolver mais de 9450 alvos, entre comunidade escolar e extra-escolar, estando inscritos até ao momento 26 estabelecimentos de ensino. Fonte: SUMA

“A Odisseia na Lixolândia” A Lixoteca Itinerante, uma unidade móvel de formação e sensibilização ambiental, visita a partir deste mês as escolas do 1º ciclo do Município de Sintra. O objectivo é sensibilizar e educar as populações mais jovens com vista à preservação do meio ambiente. A Lixolândia é a terceira Lixoteca Itinerante desenvolvida pelo Grupo SUMA inserida num projecto que converte viaturas de transporte colectivo em unidades móveis de sensibilização ambiental. No interior da viatura é materializada a Lixolândia – terra da Alegria, uma das mascotes do projecto, para gerir aprendizagens importantes sobre como ser um produtor de resíduos consciente dos deveres e direitos enquanto cidadão.

Nela apresentam-se espaços coloridos e recheados de variadíssimas actividades de exploração sensorial e multimédia, que conciliam o ensinamento dos correctos comportamentos ambientais com o intenso recurso ao mundo imaginário, tão apelativo para os escalões etários mais jovens. O Coreto do Bom Ambiente, a Zona da Cidadania e o Beco da Sabedoria são designações de alguns desses nichos de aprendizagem onde se recorre à teatralização com fantoches, aos jogos multimédia e a actividades gráficas para reforçar questões como a triagem, o acondicionamento e a deposição, mas que integram igualmente noções de rotinas de cidadania e de próactividade; princípios de uma participação positiva na construção cívica do país. Fonte: SUMA


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Macumbas com sacrifício de animais investigadas em Sintra O Ministério Público de Sintra decidiu arquivar um inquérito sobre o sacrifício de animais na Serra de Sintra porque não conseguiu identificar os responsáveis, mas admite reabri-lo “se surgirem novos elementos de prova”. A denúncia partiu de Jorge Nascimento, um lisboeta que costuma passear aos fins-de-semana junto à Lagoa Azul. “Costumo vir com a família e comecei a encontrar animais mortos e moribundos, cães, gatos, cabras e até sapos pregados nas árvores”, conta. A denúncia foi feita à Polícia Judiciária há quase um ano, mas a situação “está cada vez pior”, assegura. Além dos animais, diz que é frequente encontrar muitas velas, comida e garrafas de bebidas alcoólicas. “É desolador e há também o risco de incêndio”, avisa. De acordo com o processo, a que o Cidade VIVA teve agora acesso, a PJ remeteu o caso à Comarca de Sintra por considerar “que a investigação não cabe nas suas competências”. A procuradora-adjunta classificou os factos de “crime ambiental” e delegou as diligências na GNR de Sintra. Após cinco meses de investigações, o Serviço de Protecção da Natureza (SEPNA) devolveu os autos de inquérito sem ter conseguido apurar responsabilidades. “O local é patrulhado diariamente por militares, que quando têm conhecimento da existência destes actos, providenciam de imediato a sua remoção, não sendo possível até ao momento saber o ou os autores de tais factos”, lê-se no relatório.

No final de Setembro, a procuradora Susana Nunes arquivou o processo e enviou cópia da denúncia à Câmara de Sintra, “para os fins tidos por convenientes”, sem informar que o processo fora arquivado porque “não foi possível recolher elementos que permitam concluir pela autoria dos factos”. Mas a notícia do arquivamento apanhou de sur-

presa o Gabinete MédicoVeterinário Municipal, que continua a acompanhar o assunto com preocupação. “Quase todos os sábados vamos buscar sacos de animais mortos à Lagoa Azul”, revela Alexandra Pereira. As autoridades sabem que os animais são mortos sobretudo em cultos religiosos e acreditam que tenham origem ilegal. “Do canil não são

com certeza, porque alguns pedidos são demasiado óbvios, como os de gatos pretos, e nós somos muito cuidadosos”, explica a veterinária. A serra de Sintra sempre foi palco de diversas manifestações esotéricas e há quem diga que há mais gente na serra durante a noite do que durante o dia. Entre os vestígios recolhidos já apareceram corações. “Um de-

les que teve de ir para análise porque parecia humano, mas apurou-se que era de porco”, conta a veterinária, para quem está em causa não só o bem-estar animal mas também a saúde pública. Além disso, diz, a liberdade religiosa não pode servir de desculpa, porque a Lei proíbe “todas as violências contra animais de companhia, nomeadamente todos os actos que,

sem necessidade, inflijam a morte, o sofrimento ou lesões” e a violação desta disposição é considerada “uma contra-ordenação punível com uma coima entre 500 e 3740 euros, embora a coima máxima aplicada às pessoas colectivas chegue perto dos 45 mil euros.” Para Jorge Nascimento, “a Lagoa Azul é a capital da bruxaria e chegam a vir pessoas do estrangeiro para fazer ‘tratamentos’”. Numa das macumbas detectadas pelo Cidade VIVA já em Novembro, era visível uma cabeça de cabra e pedaços de um galo envoltos em farinhas e frutas. Ali perto, o chão estava coberto de velas junto a panos pretos e vermelhos, garrafas de cachaça e “whisky”, roupa e charutos. Estes casos são conhecidos pela Associação Animal, que admite existir “uma actividade frequente de cultos diversos que incluem o abate ritual de animais em Sintra, na Arrábida e noutras zonas.” Mas segundo Miguel Moutinho, “as denúncias reportam-se sempre aos vestígios mas nunca permitem identificar os autores”. Luís Galrão


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Vereador tteme eme acção directa O vereador responsável pelo Gabinete Médico-Veterinário de Sintra considera a situação “aberrante e trágica” e defende que “os responsáveis devem ser entendidos como criminosos e tratados como um caso de polícia”. Para Luís Patrício, “trata-se de uma situação que põe em causa a própria segurança das pessoas e o princípio basilar do estado de direito.” O autarca admite que a Lei não tem “a eficácia desejada em termos da sanção prevista para situações deste género”, mas recorda que “os maus-tratos a animais estão previstos e há sanções”. Por isso, apela à actuação das autoridades. “Tem haver perseguição a essas situações para evitarmos que se disseminem de forma impune e isso cabe às autoridades”, afirma. Luís Patrício lembra que estas práticas acontecem “quase sempre nos mesmo locais” e deixa um aviso. “O que se vê é tão bárbaro, que receio que haja grupos preocupados que possam decidir ir aos locais onde se sabe que isso acontece tentar resolver as questões pessoalmente.”

Par que Natural delega arque responsabilidades

Direitos dos animais ‘versus’ Liberdade Religiosa “O sacrifício de animais de companhia, como quer que aconteça, não é permitido por Lei e tal prática consubstanciará uma contra-ordenação punível com coima”, garante Miguel Moutinho, da associação Animal. No entanto, a Lei permite uma excepção para os abates rituais muçulmanos e judaicos. “O abate ritual de espécies consideradas pecuárias é regulamentado por Lei sob normas gerais de protecção e sob responsabilidade do médico veterinário oficial, embora em Portugal as autoridades estejam distanciadas desta realidade”, refere o activista. Apesar de reconhecer o

direito à liberdade de culto, a Animal considera que “o modo como o abate ritual de animais ocorre nestes contextos particulares é clandestino e ilícito, não só porque escapa totalmente à fiscalização, mas também porque não cumpre qualquer das normas a que, apesar das excepções, está vinculado”. Por isso, o que se passa em Sintra, “ocorre à revelia de qualquer autoridade e de qualquer das normas legais fixadas”, considera. Opinião diferente tem Clara Saraiva, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas. “A Constituição diz que há liberdade religiosa e por isso é difícil penalizar pessoas que têm práticas religi-

osas diferentes”, defende. A antropóloga explica que “dentro das religiões afrobrasileiras há imensas variantes, algumas muito próximas da quimbanda, que podem ser confundidas com práticas de bruxaria”. No entanto, a especialista faz questão de explicar que se tratam de “rituais integrados no conceito religioso”, onde o sacrifício tem vários papéis. “Na iniciação do candomblé é sacrificado um animal em cima da cabeça do iniciado e alguns tratamentos e pedidos aos orixás [divindades] também necessitam de sacrifícios”, esclarece. Nos casos descritos, Clara Saraiva considera não se tratarem

de iniciações, que são normalmente feitas num terreiro de um templo. Há, no entanto, rituais que têm de ser feitos em ligação com a natureza, como nas matas e junto à água. Enquanto antropóloga, diz, não julga o mal ou o bem das religiões, aceita-as. “As pessoas têm de aceitar porque que estamos num país com liberdade religiosa e essas religiões têm coisas extremamente interessantes e a prova é que há uma adesão enorme dos portugueses nos últimos anos. As novas religiões, não só as afro-brasileiras, respondem a ansiedades das pessoas e dão respostas que a igreja católica não estava a dar”.

O Parque Natural Sintra-Cascais (PNSC) e o Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB) têm conhecimento da realização de rituais com sacrifício de animais domésticos e assumem que “é frequente a detecção de vestígios por parte das equipas de vigilância”, mas garantem que não foram ouvidos no âmbito de qualquer investigação sobre esta matéria. O PNSC considera que as actividades esotéricas ou relacionadas com o ocultismo em Sintra remontam a termpos ancestrais, mas garante que “não obstante o seu carácter cultural ou religioso, tais actos são repudiados pela direcção do Departamento de Gestão de Áreas Classificadas de Lisboa e Litoral Oeste e pela presidência do ICNB”. As questões ambientais são particularmente preocupantes, “quer seja pela deposição de materiais poluentes, quer pelo risco acrescido de deflagração de incêndio, devido à utilização de velas de forma irresponsável em locais vulneráveis a fogos florestais.” Fonte do Instituto explicou ao Cidade VIVA que “é escassa a detecção de cadáveres, pelo facto de que as denúncias são habitualmente feitas junto às forças de segurança pública, protecção civil ou ao departamento de veterinária municipal, que prontamente os remove, prevenindo eventuais focos infecciosos”. Aliás, nesta matéria o ICNB considera estes casos “são da competência de outros organismos públicos, nomeadamente da Direcção Geral de Veterinária, que assegura as condições fitossanitárias e de bem-estar animal, e as várias corporações de segurança pública no que concerne à fiscalização destes actos, como a GNR/SEPNA ou Polícia Municipal.” O Instituto assume, no entanto, a responsabilidade pelas acções de prevenção e vigilância a fogos florestais, embora aponte algumas dificuldades. “As nossas equipas estão atentas, mas é difícil pôr cobro a estas situações, pelo facto destas acções serem praticadas maioritariamente durante a noite.” Quanto à recolha dos resíduos deixados nos locais, o ICNB considera que “a competência é da exclusiva responsabilidade das autarquias locais, ou empresas municipais criadas para o efeito.”


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Grande Prémio “Fim da Europa” Os atletas olímpicos Rosa Mota e Luís Jesus são alguns dos 1700 inscritos no 20º Grande Prémio “Fim da Europa”, prova que este ano bate novo recorde de participação e que se realiza já no próximo Domingo, dia 25 de Janeiro, no concelho de Sintra. A prova, que é uma das mais antigas provas de Portugal, duplica este ano o número de participantes de 2008, que foi de apenas 720 atletas. Este Grande Prémio contempla duas provas: a principal, com 17 quilómetros de extensão e com carácter competitivo, e uma outra com 5 quilómetros, designada de Mini “Fim da Europa”, com carácter participativo. A prova principal tem início junto à Fonte Mourisca, na Volta do Duche, na Vila de Sintra, enquanto a Mini tem partida na Ulgueira. Ambas terminam no Cabo da Roca. Este ano, a medalha de ouro Rosa Mota vai fazer a prova principal, enquanto Luís Jesus, vencedor no ano passado, participa na Mini Fim da Europa. O Grande Prémio “Fim da Europa” é uma das mais tradicionais provas de atletismo popular, constituindo-se também como um das provas mais participadas, a par da Meia Maratona de Lisboa e da Corrida do Tejo. A organização, em colaboração com as entidades policiais, condicionará o trânsito durante a realização das provas, não se responsabilizando, no entanto, por quaisquer

desporto

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Hélder Rodrigues termina em quinto no Dakar2009

acidentes ou danos provocados a terceiros pelos participantes. É proibido acompanhar os participantes durante o percurso com qualquer veículo, motorizado ou não. Mais informações em www.fimdaeuropa.com.

Prova principal (16945 metros) A concentração dos participantes será feita junto ao portão do Parque da Liberdade, na Volta do Duche, junto ao Centro Histórico. Pelas 10h00 será dada a partida, junto à Fonte Mourisca, sem que seja feita a clássica chamada. O percurso seguirá pela Rampa da Pena, Zona Florestal da Peninha, Azóia, com a meta instalada no Cabo da Roca. A extensão total do percurso á de 16.945 metros (veja o percurso no Google Maps).

Mini “Fim da Europa” (5000 metros) A concentração dos participantes será feita junto à Igreja da Ulgueira, onde será dada a partida pelas 10h00. O percurso seguirá em direcção ao Cabo da Roca. A extensão total será de cerca de 5.000 metros.

O motociclista de Almargem do Bispo venceu a última etapa competitiva do rali Dakar 2009, entre Córdoba e Buenos Aires, terminando a prova no quinto lugar da geral, uma reedição do seu melhor resultado registado na prova de 2007. Hélder Rodrigues cumpriu os 227 quilómetros cronometrados da etapa em 1h42.37, menos 2h07 que o segundo classificado, o norueguês Pal Anders Ullevalseter.

“Estou muito feliz por ter conseguido este resultado e ter vencido uma etapa. Para mim foi excelente e agora é tempo para pensar no futuro, porque quero chegar a melhores resultados. Felizmente tenho o Lagos Team a TMN e a Red Bull que me ajudam, mas de resto é preciso ainda mais ajuda para fazer melhor que um 5º lugar”, referiu o piloto à chegada a Lisboa.

No entanto Hélder Rodrigues avisa que “é preciso ter a noção que lutar contra equipas de fábrica é impossível com as condições que nos proporcionaram. Fizemos um esforço enorme para estar aqui, a equipa está de parabéns porque fazer melhor era impossível”, acrescentou. Quanto ao Dakar Argentina-Chile, considera que não foi uma prova muito dura. “Foi principalmente perigoso, com muito pó, mas não foi duro”, afirma. O piloto tem uma prova já este fim-de-semana. “Vou participar no Nacional de Enduro e estou preparado para iniciar 2009 com novos objectivos e com um programa mais intenso. Depois do meu acidente no Rali da Patagónia, a minha recuperação foi complicada e também foi duro não termos conseguido todos os patrocinadores que precisávamos. Espero que este ano seja melhor que 2008”, revela.


empresas

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PUBLIREPORTAGEM

Centro ABA O ABA – Centro de Terapias Comportamentais, situado na Av. de Sintra, lote 2 em Cascais, é um Centro destinado à resolução de problemáticas e patologias comportamentais, cognitivas e emocionais, através da intervenção adaptada e individualizada. Destina-se, também, à investigação na área da intervenção comportamental e à realização de acções de formação para pais, técnicos, educadores e outros interessados, contribuindo para uma maior consciência pública da eficácia das estratégias comportamentais. As formações apresentam um carácter intensivo, como por exemplo o curso de ABA a desenvolver neste ano de 2009, assim como desenvolve alguns workshops com uma periodicidade frequente.

Por fim, produz e comercializa material terapêutico dirigido às crianças com necessidades educativas especiais, trazendo novidade a um mercado quase inexistente. Os serviços terapêuticos e formativos baseiam-se na Análise Comportamental Aplicada (Applied Behaviour Analysis), uma área de investigação inovadora em Portugal. O êxito deste projecto teve início no ano de 2005, quando a Reut Peleg aceitou o primeiro caso e iniciou a sua prática em Portugal. Posteriormente, a Andreia de Carvalho e a Nicole Dias juntaram-se a ela e em 2008 criaram juntas a Ideiaba e o ABA – Centro de Terapias Comportamentais. Gradualmente, a equipa clínica tem sido reforçada e aumentada com a formação de novos terapeu-

Av. de Sintra, lote 2 – 2750-494 Cascais Contactos: 965684190 |965680194 |965683583 Geral: 931440197 | 214839313 geral@centroaba.com

www.centroaba.com

tas. Actualmente, o Centro apoia uma variedade de casos, de múltiplas faixas etárias e com diversas problemáticas do foro comportamental e psicológico, nomeadamente Perturbações do Espectro do Autismo, Epilepsia, Atraso Mental, Trissomia21, Perturbações Alimentares, entre outros. Esta metodologia é inovadora por diversos motivos, desde do seu forte carácter empírico, à sua aplicabilidade no ambiente natural, sendo as terapias realizadas em casa,

Letras Coloridas

Abriu recentemente em Casais de Mem Martins a papelaria Letras Coloridas. Este novo espaço, propriedade do Rui e da Ana, pretende ser uma solução pouco existente naquela zona da freguesia de Algueirão Mem Martins.

Trata-se de um espaço de linhas simples, mas repleto de inúmeros produtos de consumo diário. Assim é possível encontrar por lá jornais e revistas, livros escolares, material escolar, uma vasta gama de produtos para pintura e artes decorativa, entre muitas ou-

tras. Mas para que também os mais pequenos frequentadores daquele espaço acompanhados dos seus pais, a papelaria Letras Coloridas tem para comercialização uma vasta colecção de produtos das marcas – Nici, Puca, Homem Aranha, Noddy, entre alguns outros bem conhecidos. Com facilidade de estacionamento dispõe ainda de terminal de multibanco para realização de pagamentos.

na escola ou outro contexto significativo, e de forma verdadeiramente intensiva (de 20 a 40 horas semanais de terapia), promovendo a colaboração e envolvimento de pais, educadores e técnicos. Para além de intervir de forma intensiva, com o indivíduo, as estratégias comportamentais são eficazes na intervenção no contexto de grupo, de organização ou da comunidade, permitindo a aplicação de soluções específicas para cada contexto e as suas problemá-

ticas de uma forma preventiva, interventiva ou formativa. Este projecto assenta em vários critérios e valores de peso, nomeadamente, a paixão pelo trabalho, o forte sentido de missão e determinação, o reconhecimento pelas famílias que procuram os nossos serviços, o êxito das intervenções que desenvolvemos e importância de uma maior consciência pública de novas opções e soluções às mais variadas problemáticas e contextos.


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saúde

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A dois... mas cada um por si A dois? O que poderá isso significar? Sabe-se que, há anos atrás, alguns casais formavam-se pela escolha das suas famílias. Implicavam estatuto ou conveniência. O amor surgia depois ou nunca. Por isso, algumas destas relações não passaram do contacto fraternal. As gerações mais actuais vêm defendendo a escolha própria e a importância da paixão, do desejo, em suma, da sexualização da relação. Em que ficamos? Companheiros ou amantes? De qualquer das formas descritas, está-se lá em parte apenas, pelo que a conjugali-

dade, que implicaria a integração de ambas, não acontece. Pensemos, no entanto, em termos cooperativos. A união de duas pessoas em prol de um objectivo comum implica permanência e investimento. Se bem que as relações conjugais não se querem apenas fraternais, estas não reflectem o erotismo mas possibilitam um projecto de vida conjunto. Há riscos que se enfrentam pela noção de compromisso. É a dois que se compra a casa, os móveis, que se educam e criam os filhos. Os projectos a longo prazo unem as pessoas, mesmo que

LEITOR INFORMADO Tem dúvidas? Quer saber mais acerca destes temas? Remeta-nos um mail (geral@cidadeviva.pt), ou escreva-nos (Rua João Maria Magalhães Ferraz, Lote 3, Loja 3 – 2725-338 Mem Martins).

estas não se amem e sejam somente os melhores amigos. Estar a dois como amantes é, na verdade, estar cada um por si. Entrega-se o corpo mas não o coração e a alma. Vive-se circunstancial, prática e funcionalmente e, os objectivos, esses são de cada um. Usa-se o termo “meu” ao invés de “nosso”: o meu dinheiro, as minhas contas, o meu carro. Pagase uma prestação para as despesas do lar, como se fosse uma renda pela ocupação do espaço, e usa-se o restante para prazeres pessoais, mantidos em segredo. Se um dos cônjuges ganha mais, pode então comprar o melhor carro do mercado, mesmo que tal implique que o outro ande a pé, ou seja, os esforços não convergem para um cofre comum, que distribua a riqueza entre todos os elementos da família. Neste viver adolescente, o conceito de família prende-se à de origem, pelo que estes adultos sentem-se para sempre filhos, numa atitude

de relativização da relação conjugal. Vivem com alguém, mas dividem-se nas celebrações e nos desaires para a família de cada um, praticando uma divergência precisamente nos momentos em que os significados emocionais e afectivos se constroem, aqueles que seriam para recordar depois. Talvez porque as vivências se centrem no aqui e agora, e esta imaturidade impede a projecção da relação a dois no futuro. No imediato, o que ganha destaque é o que apetece, primando pelo facilitismo e afastando as pessoas da luta e conquista conjunta. A adultez passa por uma certa desvinculação (não um deixar de gostar) da família de origem, para que se assuma o papel de pai ou mãe de família, como os pais dos adultos um dia o fizeram. Os novos projectos familiares mistos, derivados de segundos casamentos, juntam pais com filhos de parceiros diferentes. Se bem

Robert Doisneau

Por: Paula Barbosa – Psicóloga Clínica, Psicoterapeuta

que os pais que não tenham a guarda parental não devam, de todo, ser destituídos da sua função, seria importante para as crianças que os que passam a ocupar a seu lado o espaço físico diário as aperfilhassem. Urge pensar o modelo relacional que se transmite a uma criança quando entram e saem pessoas do circuito familiar, às quais também o termo “meu” se aplica. “É o meu filho, não tens que te meter”, “É o meu namorado, não é o teu pai, por isso é a mim que me pedes as coisas”.

O conceito de família não abarcaria tudo? Quem lá vive, o que façam em conjunto, os filhos que coabitem, os projectos e aquisições que se façam... Sempre se disse que a união faz a força. Porquê, então, promover a vulnerabilidade e o egocentrismo através do individualismo?

pcrb@clix.pt dialogicos.lda@dialogicos.pt

Na próxima edição: De costas largas

A Alimentação faz parte da Educação! Por: Raquel Ferreira – Dietista Já se sabe que todos os pais se esforçam por educar o melhor possível os seus petizes: que digam “se faz favor” e “obrigada”, que não façam birras na rua, que não mexam no nariz à frente das pessoas, que sejam bons alunos, que lavem os dentes antes de se deiAgente autorizado HELLO KITTY

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tarem. São sem dúvida regras importantes, mas será que somos assim tão exigentes no que respeita à alimentação? Os hábitos e as preferências alimentares são adquiridos e como tal carecem de uma aprendizagem. Uma verdadeira educação alimentar é um legado que qualquer pai/mãe não pode deixar de transmitir. É sobejamente conhecido o papel da alimentação no crescimento e no desenvolvimento das crianças, no rendimento escolar, no peso e na saúde de uma forma geral. Portanto, se queremos crianças saudáveis, então temos o direito e o dever de insistir na sua educação alimentar. O nosso objectivo principal é que os miúdos desenvolvam uma boa relação com a comida: que apesar do direito às suas preferências e aversões não rejeitem nenhum grupo de alimentos, que a alimentação não seja sinónimo de ansiedade e que aprendam de forma independente a fazer escolhas mais saudáveis. Mas para chegarmos a este patamar com sucesso é necessário que os pais assumam desde cedo essa responsabilidade. A forma como interagem, as mensagens que transmi-

tem, as regras que definem, os alimentos que disponibilizam à criança – tudo isto se reflectirá na sua aprendizagem alimentar. O pai do João, de 5 anos, diz que lá em casa só conseguem dar-lhe de comer frente à televisão. A Ana de 6 anos, não gosta de legumes. A mãe sorri e argumenta “é tal e qual o pai, também não gosta nada de legumes”. O Francisco tem 3 anos. A mãe está muito preocupada porque a alimentação dele é à base de bolos, bolachas, sumos e leite. Acontece que nem o João, nem a Joana, nem o Francisco têm idade para: a) escolher o local onde decorrem as refeições; b) perceber que mesmo que o pai não goste, não significa que ela não possa gostar; e c) decidirem os alimentos que compram para casa. Para que os miúdos sejam bem-educados do ponto de vista alimentar, tenha em atenção estas máximas: • Seja um modelo de alimentação saudável e equilibrada. Os filhos tendem a imitar os pais. • Definir regras e, é claro, cumpri-las em relação a certos alimentos – “refrigerantes só quando almoçamos fora” ou “ao sába-

do recebes um pacote de pastilhas elásticas: gere-o durante a semana, mas se comeres tudo num dia, é uma decisão tua” – é uma forma de transmitir que existem alimentos que não fazem parte da nossa alimentação diária, antes devem ser consumidos em ocasiões especiais. Comunique, explique e oriente as opções. Nem os pais controladores – “estás proibido de comer isso” –, nem os pais permissivos, que deixam a criança comer tudo e o quanto quer, têm resultados muito positivos. Não desista quando a criança rejeita um alimento. Experimente e volte a experimentar. Os alimentos que compra e as refeições que prepara são uma decisão sua – não da criança. A ansiedade e a preocupação são sentimentos que não se adequam ao processo de aprendizagem. Tranquilidade e firmeza são as palavras-chave. Associação Portuguesa de Dietistas www.apdietistas.pt


opinião

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Apontamento Por Vítor Botelho Espero bem que a recente vaga de frio que tem assolado o País contribua para ajudar a arrefecer os ânimos de uma boa parte dos portugueses. Em especial os políticos, mas também o empresariado, a classe jornalística e por aí fora. É que, a continuar o actual, insuportável, histérico e irresponsável clima psicológico que ameaça estenderse por todo este ano atravessado de eleições, eu ganharei a aposta de ver uma boa parte dos meus exaustos concidadãos nas salas de espera dos hospitais psiquiátricos: uns fumando desalmadamente, outros chuchando no dedo mindinho, alguns batendo furiosamente com um gato morto nas faces do médico, na esperança do pobre bichano voltar a miar.

Na verdade, quem seriamente se dispuser reflectir sobre as mais recentes tempestades, rapidamente concluirá que não são só os deuses que devem estar loucos. Os ecos da actual e parece que pouco efémera crise global, que também nos fustiga, são o exemplo do que atrás afirmo. Ora, o que os portugueses esperavam, e se não exigem deviam fazê-lo - mesmo os que se alimentam de gratuitos e imbecis exercícios de escárnio e maldizer -, é que todos os nossos eleitos se debruçassem, com seriedade, sobre a situação económica e social. Ou seja, que se dessem tréguas partidárias e se sentassem à mesa do bom senso e honestidade política e intelectual. Resumindo, com base em

factos: o terramoto da crise é indesmentível; desajeitadamente, ou não, todos os governos procuram soluções, incluindo o apoio ao sector bancário; à pressa (e a destempo?), tiram-se de inimagináveis cartolas biliões de milhões para apoio às grandes, médias e pequenas empresas. Embora não digam, os líderes rezam a todos os santos para que aconteça um milagre! Fixando-nos no nosso País, constata-se que, num efeito dominó e sob a nuvem da crise, o coro da pedinchice se alastrou a todos os sectores de actividade. Mas estarão todos os pedintes a ser honestos? Como acreditar nisso, já que a postura colectiva e velha de barbas, tem sido sempre a de tentar sacar o mais possível ao Estado, independentemente das conjunturas? Entretanto, num exercício nada ético, quando não criminoso, boa parte da nos-

Acessos que não funcionam na linha de Sintra Por Paulo Firmino Continuamos a assistir às promessas da CP (Comboios de Portugal) que ficam por cumprir. A empresa em questão resolveu em Junho de 2008, colocar em algumas estações da linha de Sintra, acessos para facultar melhorias aos utentes. Acontece que passados sete meses, esses acessos ainda não estão funcionamento e com o passar do tempo a obra fica mais cara e quem a paga são os utentes.

Contactei o gabinete de comunicação da CP e fui informado que o equipamento em questão só vai entrar em funcionamento em finais de Dezembro. E que numa primeira fase, começavam a funcionar seis estações: Mercês, Rio de Mouro, MonteAbraão, Queluz-Belas, Amadora e Campolide. E que posteriormente, procederse-á a uma análise do funcionamento e ver-se-á se vai ser alargado a mais estações.

Serão estes acessos difíceis de colocar em funcionamento? E porque ficam de fora as estações da Portela, Algueirão/Mem Martins, Santa-Cruz/Damaia, Benfica e Sete-Rios? Já nem falo nas estações de Massamá/Barcarena e Cacém, porque estão em obras. A CP está a demonstrar uma imagem negativa porque não cumpre as suas promessas a tempo. Concordo que estes acessos sejam colocados, porque evitam que muitas pessoas que andam de borla nos comboios tenham acesso às plataformas. Mas quando começam a funcionar? Certamente que os utentes já devem estar cansados de tantas! Para que serve aquela informação colocada nos acessos a dizer que brevemente estarão em funcionamento para optimizar seus serviços? Não servem para nada!

sa comunicação social, em vez de contribuir para ajudar a restabelecer um clima de confiança, compete ferozmente nos títulos mais alarmistas, nas reportagens mais miserabilistas, nos debates menos apartidários e pouco esclarecedores. Para muitos desses responsáveis, o empolamento de questões já de si graves, parece ter um único objectivo: denegrir as medidas governamentais tendentes a ultrapassar a crise! E a questão que se coloca é: sem empenhar o inalienável direito à liberdade de informação, não deveriam os actores da informação, em momentos particularmente difíceis da vida colectiva, abster-se de empolar situações, lançar suspeitas, evitar confundir o papel de informar e formar com o de criticar por criticar? Sei do que falo: por exemplo, ver e ouvir os telejornais,

transmite a péssima e muito desconfortável sensação de que nada de bom se faz, que nada de bom acontece, que todas as medidas visam alimentar o mal, que não existe uma réstia de competência governativa. Não é verdade. Há quem esteja a fazer bem, a lutar. Mas, na sua genuína “independência”, muitos jornalistas temerão ser acusados de alinhar com o poder. Ora, entre poder e oposição, ditará a consciência (desses jornalistas) que é mais correcto alinhar pela instalação do caos! Será? Duas palavras de (cínica) consolação: ditados pelo patriotismo, estou em crer que toda a plêiade de comentaristas, económicos e políticos, que enxameiam a nossa comunicação social, mais tarde ou mais cedo se candidatarão a cargos governativos. Ou seja, vão de-

sejar demonstrar, na prática, como se faz bem, de acordo com o que todos os dias debitam com indisfarçável superioridade e auto-satisfação. Finalmente, devo confessar que a (nossa) crise ainda não é das piores: veja-se o caso de dois “reis” da indústria pornográfica norte-americana que, coitados, se viram forçados a pedir apoio ao Congresso, tendo em vista reanimar o apetite sexual dos americanos! (Estava a ver se me lembrava de uma canção do Abrunhosa, que fala em «Talvez f…». Pode sempre que para a próxima a minha memória ajude…)


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A G E N D A Albaplena em concerto

J A N E I R O / F E V E R E I R O

Diamantes Negros Sintra, 25 de Janeiro

Sintra, 24 de Janeiro

Henrique IV, o Rei Louco, DRESS-UP

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Xutos & Pontapés a duplicar Olga Cadaval, 6 e 7 de Fevereiro

Sintra, a partir de 5 de Fevereiro

No mês em que se comemoram quatro anos desde a sua primeira actuação, os Albaplena regressam aos placos com “um concerto especial, para pessoas especiais num sitio especial”, promete a banda sintrense. O Espaço Reflexo, na Estefânia de Sintra, recebe este Sábado, a partir das 22 horas, “novos temas, novas versões e o primeiro concerto com todos os originais”. A entrada custa três euros por pessoa. Mais informações em www.myspace.com/albaplena.

O grupo sintrense “Os Diamantes Negros” festejam 45 anos de carreira no próximo domingo, dia 25 de Janeiro. A banda apresentou-se pela primeira vez em público no dia 25 de Janeiro de 1964 na Sociedade União Sintrense, local onde este Domingo irão assinalar a efeméride. Mais informações em http://diamantesnegros.org/.

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III Concurso de Fotografia “Natureza é Vida” Até 6 de Fevereiro

“Henrique IV, o Rei Louco, DRESSUP” uma peça com dramaturgia e encenação de Nuno Vicente sobe ao palco no dia 5 de Fevereiro, na Casa de Teatro de Sintra (Rua Veiga da Cunha, nº 20), e aí permanece até 1 de Março, com espectáculos de quinta-feira a domingo pelas 21h30. Os bilhetes custam entre 5 e 10 euros e podem ser adquiridos no local uma hora antes do início do espectáculo. Para mais informações – e reservas – devem os espectadores ligar para o nº 96 624 79 34. Mais informações em www.utopiateatro.com.

Os Xutos & Pontapés marcaram um segundo concerto acústico de antecipação do seu novo disco a 7 de Fevereiro para o Centro Cultural Olga Cadaval, em Sintra, dado o espectáculo de dia 6 já estar completamente esgotado. A banda de Tim e Zé Pedro comemora em 2009 os 30 anos de carreira com o lançamento de um novo álbum de originais, a editar em Março. O primeiro single dá pelo nome de “Quem é Quem” e já toca nas rádios nacionais. Mais informações em www.ccolgacadaval.pt.

O jornal “O Correio da Linha” está a promover o III Concurso de Fotografia no âmbito do seu XX aniversário. “Participe, passeie, ligue a máquina e dispare. Veja depois as suas fotos num excelente livro que vamos editar no final de Março com todos os trabalhos fotográficos a concurso”, desafia a publicação. Mais informações e regulamento em www.ocorreiodalinha.pt.

livro do mês

Memórias da Rainha Santa María Pilar Queralt del Hierro Esfera dos Livros Frei Ramón de Alquézar, homem rijo e determinado, não levava mais do que uns pertences pessoais, um par de livros de orações e o precioso manuscrito de capa de couro que guardava com a sua vida nesta viagem até Roma. Por ele tinha abandonado o Convento de Olivar perto de Saragoça e quebrado os seus votos conventuais. O seu objectivo era levar este manuscrito ao Papa Urbano VIII e deixar provado que Isabel de Aragão, rainha de Portugal, merecia subir aos altares e ser considerada santa pela Igreja Católica. Através das páginas deste precioso manuscrito escrito pela mão da própria rainha, ficamos a conhecer a vida desta mulher que nasceu infanta de Aragão, no frio e inóspito mês de Feve-

reiro de 1271, em Espanha. Mas ficou para a História como Rainha Santa Isabel de Portugal, mulher de D. Dinis, mãe do futuro rei D. Afonso IV. Romance da Rainha, tornada santa, mas também da mulher que assistiu às constantes traições do marido, homem de muitas amantes e visitante habitual do Convento de Odivelas, e que deixou a seu cuidado muitos filhos bastardos para educar e cuidar. Culta, energética e corajosa, Isabel dedicou-se com humildade e piedade ao auxiliar os doentes e os mais necessitados, fundando ou patrocinando igrejas, mosteiros, hospitais e asilos. Quando termina de ler a última página do manuscrito, o Papa Urbano VIII está verdadeiramente enfeitiçado pela vida de Isabel de

Portugal que acaba por subir aos altares a 25 de Maio de 1625. O pobre padre Ramón de Alquézar não coube em si de contente. Estava cumprida a sua missão. María Pilar Queralt del Hierro é licenciada em História Moderna e Contemporânea pela Universidade Autónoma de Barcelona. A tradução para português do seu romance Inês de Castro (2004) alcançou rapidamente os primeiros lugares do top de vendas. É membro do Conselho Geral da Fundação Inês de Castro com sede em Coimbra.


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