336 Horas: O Labirinto do Caos Capitulo 1

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336 HORAS O LABIRINTO DO CAOS



LIVRO PRIMEIRO

336 HORAS O LABIRINTO DO CAOS ΛΑΒΎΡΙΝΘΟΣ ΤΟΥ ΧΆΟΥΣ

POR LEÔNIDAS PESSÔA (KEIR FERRAZ: O TRANCRITOR)


© Copyright 2012, Leônidas Pessôa

Título original: 336 Horas: O Labirinto do Caos Preparação e Diagramação: Leônidas Pessôa Arte da Capa: Daniel Filipe Revisão Parcial: Leônidas Pessôa

Todos os direitos reservados Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma sem a permissão escrita do autor e editor. Publicado independentemente pelo Clube de Autores Pessôa, Leônidas 336 Horas: O Labirinto do Caos / Leônidas Pessôa -Pernambuco, 2012 – Primeira edição. (336 HORAS; v.1) 1. Mitologia Grega – Literatura infantojuvenil. 2. Deuses – Literatura infantojuvenil. 3. Caos – Literatura infantojuvenil Os personagens e situações desta obra são reais apenas no universo da ficção; não se referem a pessoas e fatos concretos, e sobre eles não emitem opinião.


Para Jefferson Ferraz, Jo茫o Lucas e Lucas Carlos os meus melhores amigos. ****************Le么nidas Pess么a



*****MENSAGEM AO LEITOR*****

Eu quero que você saiba que tudo que você esta prestes a ler na verdade foi retirado de uma fita de áudio que ganhei de um amigo que conseguiu com um amigo e assim por diante. Decidi levar a seu conhecimento todos os fatos que ouvi ao longo da fita, pois cada fato me deixou bastante abalado a ponto de perder o senso da realidade. Peço que não espalhe esse conteúdo para ninguém que não seja de sua extrema confiança, pois cada parte disso é real e pode provocar a ira de algum titã ou outra criatura grega. Bem, depois que você ler este manuscrito peço que o leve ate a Rua 134 de *** Street e o guarde em um fundo falso no meio da sala de uma casa abandonada no fim da rua. A casa tem o numero 445 e ate onde sei não é vigiada. Todo cuidado e pouco. Bem a fita já foi passada adiante todo o registro foi transcrito com exceção de ruídos a alguns sons estranhos, caso eu


encontre outra fita primeiro, a saber.

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Keir Ferraz: O Transcritor


CUIDADO! JEAN FISHER - ZEUS MAX MOSS - HERA PETER SMITH - IRIS JOÃO LUCAS - HERMES NATALI KINNER - POSEIDON JEFFERSON FERRAZ - APOLO DANIEL ASSIS - HEFESTO ALEX ZIMMERMAN - ATENA EMILY BRENT - AFRODITE BRUNO RODRIGUES - ARES CATHERINE GRINCH - DÉMETER ANNA MARY - DIONISIO


************************SUMARIO

1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12.

Nunca Começou............11 Erro Acidental...........32 Conflitos Não Resolvidos.51 Semideuses em Fuga.......69 As Duas Faces de Natali..89 Lei da Ponderação.......107 Uma Velha Profecia......126 O Sétimo Filho..........144 Touro ou Lobo?..........164 Três Historias..........180 Por Trás das Máscaras...202 O Vencedor, o Ganhador e o Perdedor................213


1. NUNCA COMEÇOU ●RECORD I PRESTE ATENÇÃO EM TUDO QUE VOCÊ ESTA escutando,

pois tudo isso é real e aconteceu quando estávamos participando do pior jogo que já foi inventado. Na verdade não é bem um jogo e sim um reality show bem estranho chamado 336 HORAS. Eu não tenho muito tempo então escute. Você provavelmente encontrou essa fita em um caixote de madeira em uma praia qualquer na Louisiana. Não desligue e escute com atenção. Você deve esconder essa fita assim que terminar de ouvir e torcer para que nenhum monstro antigo o persiga, a partir de agora você corre um grande perigo. Eu sou um dos três únicos sobreviventes ate agora de um verdadeiro jogo doentio em um labirinto ao estilo grego que fica próximo a Louisiana. Meu nome é Jefferson Ferraz e tenho catorze anos e eu morava em uma cidadezinha qualquer de New Orleans que fica na Louisiana, eu descobri da maneira mais dura que eu era um semideus, metade homem metade Deus. Eu só descobri isso graças a esse jogo doentio e mortal. Acho que se meu melhor amigo fosse me descrever diria que tenho um cabelo liso escuro (eu tenho um espécie de apego a ele de forma que sempre passo a mão nele para retirar os corpos estranhos, mas acho que não vou incluir isso ao longo da gravação), olhos castanhos e uma pele branca e sempre estou usando roupas claras. Além de


sempre usar meu amuleto da sorte que é um colar no meu pescoço. Um dragão “mecânico” porque era feito de metal e engrenagens. Há poucos dias eu estava na biblioteca da minha escola fazendo uma pesquisa sobre mitologia grega para entregar ao meu professor de historia. Ele e o tipo de pessoa que e perfeccionista, se houver uma palavrinha errada era menos décimos no seu trabalho. Eu não era o tipo de aluno que bagunçava muito, mas também não era o tímido, eu era mais o tipo comum. Eu estava sentado quase no ultimo lugar da terceira fila quando o professor chegou e começou a falar as baboseiras sobre mitos gregos e como influenciam a nossa vida, aquilo era um tédio. As horas demoravam a se passar o tempo parecia com meu avô, lento! Ate que um colega me enviou um torpedo com as palavras ESSA DROGA e eu comecei a rir e quase que no mesmo instante o professor estava tomando o celular da minha mão e lendo a mensagem. —E isso que acha da minha aula Sr. Ferraz, que ela é uma droga —ele caminhou para frente da sala. —Classe, o Sr. Ferraz acha que falar de mitos gregos e olimpianos é chato ou como ele disse é uma droga, eu não sei se você faz uso dessas supstancias, mas acho que minha aula não se parece nenhum pouco com elas.


—Eu não sei do que o senhor esta falando —tentei protestar. —Dez folhas sopre mitologia grega amanha na minha mesa “senhor” acho a aula de historia é uma droga, isso se eu não estiver lhe incomodando é claro —finalizou ele atirando o celular do meu colega no lixeiro. O cara é um idiota, mas eu não podia fazer nada a não ser passar a tarde inteira lendo e escrevendo sobre aqueles mitos chatos e inúteis. Eu passei realmente horas escrevendo e quando finalmente acabei a biblioteca estava vazia apenas com a monitora me fitando e pigarreando algo sobre assistir sua serie de TV. Aquele não foi o meu dia se é que vocês entendem. Primeiro um trabalho horrível e depois um banho quer dizer dois banhos de chuva porque assim que eu saí me molhei em uma possa de agua e quando dei alguns passos um carro passou por uma poça de água me lançando uma rajada dela. Naquele momento eu quase explodi, mas me contive e botei meu capuz e andei quase meia hora na chuva ate minha casa que fica depois de algumas quadras. Eu tinha que passar por um parque para chegar a minha casa que ficava a apenas dois quarteirões do parque que estava deserto e molhado. Assim que eu entrei senti um arrepio na espinha, mas continuei caminhando ate senti alguém me seguindo. Eu continuei a andar, mas cada passo doía muito e era pior do que deitar em uma cama de espinhos. O parque era


repleto de árvores velhas, fontes velhas, bancos velhos, ou seja, era velho. Nunca eu tive tanto medo daquele parque quanto naquela noite. Eu sabia que estava sendo seguido por isso comecei a correr ate uma dor insuportável tomar conta de mim, a dor era forte bem no meu pescoço eu não agüentei e comecei a gritar. Doía tanto que nem consigo me lembrar daquele momento muito bem, ate agora tenho arrepios. Minha visão estava embaçada eu só vi um vulto de um homem me carregando. Eu me lembro de acordar em uma cabana no meio da floresta, rapidamente descartei que aquele local fosse o parque por que eu nunca tinha visto uma cabana no meio de um parque. Eu estava sem camisa e ardendo em febre pelo menos foi o que escutei. Na verdade eu pude ver minha roupa em cima de um criado mudo e eu estava vestido como um garoto grego da mitologia antiga. —Um semideus revelado, então formam doze e pelo símbolo e febre só pode ser o filho do deus do sol acho que essa sopa vai ajudá-lo —falou uma mulher bem estranha. Eu tentei me levantar mais a mulher me conteve. —Eu não faria isso se fosse você, um semideus revelado e a pior coisa que se pode acontecer em um dia como esse, você precisa descansar —essa foi a ultima coisa que me lembro daquela noite.


Eu acordei na minha cama. Eu estava com minhas roupas, mas elas estavam ensopadas eu não via muito bem e estava com uma dor muito forte no pescoço era como se alguma coisa queimasse nele. Eu mal pude sair da cama que cair no chão. Eu fui rastejando ate a porta e dei de cara com minha irmã que já estava pronta para o trabalho. Ela me levantou e nem conseguiu tocar em mim, ela me levou para cama e pegou um termômetro. Minha irmã Lisa era muito cuidadosa, desde que nossos pais morreram, ela e cheia de cuidados comigo e me deixa um pouco livre demais. —Você esta ardendo em febre, vista seu casaco vamos ao medico —falou Lisa correndo para o quarto dela. —Eu estou bem, médicos vão dizer que eu preciso tomar uma aspirina e um banho frio, se eu melhorar depois de fazer os dois aqui em casa eu fico caso contrario eu vou. —protestei indo ao banheiro. As gotas de água pareciam facas entrando em mim, mas logo me senti melhor e depois de tomar uma aspirina eu realmente melhorei. Uma coisa estranha foi que a água que escorria para o ralo era vermelha. Eu estava me enxugando quando vi uma coisa estranha no pescoço, talvez o motivo daquilo tudo. Era a marca de um sol e eu não entendi muito porque aquilo apareceu no meu pescoço, mas deixei aquilo para lá e pus uma roupa limpa. Minha irmã tirou minha temperatura novamente e ela estava normal, então ele me liberou para que eu pudesse ir


para escola. Fui ate o quarto pegar minha mochila e vi uma cena estranha. Havia uma poça de água bem embaixo da minha cama. Não liguei e comecei minha caminhada em direção a minha escola. Assim que eu passei pela velha praça me recordei do meu sonho, e eu pude me ver caindo no chão molhado. Eu estava tão distraído que nem percebi uma pancada nas minhas costas. Não era nenhum monstro ou algo do gênero era apenas minha amiga Naomi que estava tentando me dar um susto. Ela conseguiu porque eu quase gritava ali no meio do parque que estava bem movimentado. Ela começou a rir e logo depois disse: —Você é um medroso mesmo. —Você me pegou de surpresa, não foi justo comigo — argumentei. Ela me acompanhou por todo caminho, ela estudava na minha sala e ela tinha um cabelo negro e um pirce no nariz. Nós tínhamos a mesma idade eu tinha uma queda por ela, uma queda que quase nos transformou em namorados. Ela era meio rebelde o que a deixava bem interessante. Tudo corria bem ate finalmente o professor de historia aparecer e perdi o seu trabalho que ele tinha passado no dia anterior. Eu tinha feito então quando ele pediu e levantei da minha carteira e entreguei o trabalho a ele que pegou e o rasgou na


minha frente e depois jogou no lixo e me fitou como se quisesse me matar. Ele me chamou para frente da sala e eu fui muito irritado pelo que ele tinha acabado de fazer, eu tinha que me controlar para não dar um soco naquele branco magrelo com cabelos grisalhos e um nariz de bruxa. —Pelo menos eu sei de uma coisa, você não achou minha aula uma droga, você pesquisou e por isso vai ganhar apenas uma advertência, se você voltar a fazer isso vai ganhar coisa muito pior, agora se sente! Ele se virou e começou a preparar sua aula. Ele começou explicando coisas sobre deuses gregos e romanos. Eu quase dormir naquela aula ate que uma coisa me chamou atenção. Eu me lembrei do sonho e... Eles estão me perseguido, as coisas estão ruins aqui no labirinto, eles me acharam e querem me matar. Eram dois pássaros ou uma mistura de pássaros e cavalos eles eram apenas estatuas, mas há alguns minutos eles começaram a me perseguir. Eu não tenho certeza se meus amigos estão vivos, mas eu tenho que sobreviver. Desde que o desafio começou varias criaturas estão me perseguindo, estão tentando me matar e como estão tentando fazer agora.

*** Esta tudo bem agora, as criaturas que estavam me perseguindo são pegasos e eles são apenas fichinhas comparado


ao que eu vivi durante as últimas duas semanas de minha vida. Bem, mas eu vou ter que voltar a historia antes que meu tempo se esgote. O nome do meu professor de historia é Tio B, todos da escola o chamavam assim porque ele sempre trocava o B pelo P, seu nome verdadeiro era Ben ou Benjamim Parker esse nome também influenciou no seu apelido. Ele estava falando algo sobre os deuses e seus símbolos ate que um deles me chamou atenção. Ele falou claramente que o símbolo de Apolo era um sol, um arco ou uma lira. Eu me lembrei da velha senhora que estava na cabana. O que ela tinha falado parecia ser verdade. Naquele momento o meu pescoço começou a doer e eu pesei realmente que iria morrer de dor ali na frente da sala inteira. Eu não iria, eu já estava morrendo de dor.

II Cof, cof. Desculpe-me, eu estou com um serio problema na garganta desde que cheguei a esse labirinto assustador e mortal, mas continuando minha historia. Eu comecei a passar mal e a febre voltava e eu tinha certeza que sim eu podia sentir algo pesado no ar. A única coisa que pude fazer foi pedir ao Tio B para sair e ele tentou me prender mais eu consegui sair eu sempre consigo.


Caminhei o mais rápido possível para o banheiro e assim que cheguei lá molhei o rosto e olhei para marca no meu pescoço. Ela estava cintilante e praticamente gritando para mim. Eu comecei a gemer de dor quando olhei novamente para ele vi uma mulher horrenda atrás de mim. Ela era velha e tinha olhos estranhos, ela se vestia inteiramente de preto e tinha um sorriso assustador. Ela me fitava e depois tive certeza de ouvir um grito, mas logo depois fiquei surdo. Os espelhos se quebraram em me jogaram no chão, tudo que era de vidro tinha estourado. A figura negra rapidamente avançou para cima de mim. —Filho de Apolo, como é encantador sua áurea ela é forte e será destruída muito em breve, você foi recrutado como sacrifício, você acaba de ganhar sua sentença de morte. Eu fechei os olhos e gritei. Não havia pedaços de espelhos no chão e também não havia uma mulher vestida de preto no banheiro. Tudo estava do mesmo jeito de antes e isso me assustou um pouco. Eu não sabia o que era real ou não as coisas ficaram ruins realmente. Tio B ainda estava na sala explicando coisas sobre mitologia grega e romana e dizendo por que ambas são parecidas. Ele mostrava por meio de slides as figuras dos deuses gregos e sua forma romana e depois ele mostrou algumas criaturas. Aquilo era chato e eu estava preocupado demais para poder pensar em alguma besteira grega.


Filho de Apolo Essa expressão vinha na minha mente a cada minuto assim como o rosto daquela mulher. Recrutado como sacrifício, eu não entendia o que aquilo queria dizer, apenas invadia a minha mente. Eu não consegui me concentrar na aula e meu pescoço doía mais a cada minuto. —Pem, com isso eu encerro a parte sobre deuses agora creio que todos saipam sopre a origem da mitologia grega e sobre o seu livro sagrado que não existe —falou Tio B mudando de slide. —Veremos agora os monstros gregos começando pelas harpias que são uma mistura de mulher com pássaro, elas são consideradas a irmãs de Iris. Eu reconheci a foto no slide. Eu tomei um grande susto que quase passei mal, a mulher que me atacara no banheiro era uma harpia uma criatura do mundo mitológico grego. Eu realmente pensava que tudo não passava de mitos inventados pelos homens para explicarem as coisas, mas depois da minha experiência eu descobri que mito não era a denominação correta para aquilo. Eu mal pude perceber, mas as coisas iam mudar bruscamente dali para frente principalmente depois que recebi uma intimação. Depois que via a imagem da harpia eu botei as mão no bolso do meu casaco, ainda não sei porque fiz aquilo, mas fiz e encontrei um cartão com uma gravura de um sol e uma mensagem estranha.


Antes da porta alguém vai expirar por alguém que você não vai acreditar!

Abaixo ainda havia um endereço e me obrigava a ir às cinco da tarde para esse local. Eu não entendi aquilo, mas a marca que apareceu subitamente no meu pescoço estava ardendo e eu não entendia o por que. Talvez aquele lugar pudesse me dar algumas respostas.

*** Eu tive que inventar uma desculpa muito boa tanto para minha irmã que estava saindo do trabalho para preparar o jantar e também para minha escola que só aceitava que alunos saíssem após as cinco e meia da tarde. O cartão dizia para eu ir para uma ferrovia abandonada no interior de New Orleans. Eu segui mesmo com medo. Levou quase uma hora para eu chegar ao local e foi bem às cinco horas, lá estavam outros mais quatros garotos e três garotas. Cada um tinha uma estranha marca no pescoço. Eu caminhei em direção a um garoto que estava chorando no canto afastado dos outros. Mesmo tendo catorze anos como eu ele chorava feito criancinha e outras ocasiões eu daria uma surra nele ate ele chorar de dor. —O que esta acontecendo —perguntei.


—Vamos morrer, e isso que vai acontecer —falou o garoto que continuava chorando. —Prazer meu nome e Jefferson Ferraz e como assim vamos morrer? —Meu pai me preparou para esse momento, ele disse que minha mãe era uma deusa literalmente ela e a deusa Atena — falou ele tirando do bolso um cartão semelhante ao que eu ganhei. —Quando um semideus completa catorze anos ele e oferecido como sacrifício a um labirinto com criaturas assustadoras, apenas poucos sobreviveram. Antes que ele pudesse falar qualquer um apito alto ecoou pela estação e um trem chegou. A estação estava quase caindo aos pedaços enquanto o trem era enorme e negro. Um ser surgiu das sombras e nos obrigou a entrar no trem que provavelmente tinha um destino certo. Assim que entramos, eu pude sentir um cheiro forte de velho e de mofo. Havia três garotos e uma garota no trem eles estavam sentados em uma poltrona velha e com teias de aranha. Assim que todos entraram o trem partiu e começou a chacoalhar bastante. Um homem estranho com terno negro saiu de um vagão e caminhou ate o meio do vagão. —Aposto que vocês estão confusos e querem saber porque estão aqui e porque coisas estranhas tem acontecidos nas ultimas horas —falou o homem.


Olhando bem o homem era mais um adolescente de dezoito anos com terno e uma barba rala no rosto e olhos azuis penetrantes. Seu cabelo era curto e negro e sua feição fazia todos quererem morrer. O homem fez um sinal com as mãos para que todos os seguissem para o próximo vagão. Nós não sabíamos o que nos aguardava. O novo vagão parecia um vagão de um trem de luxo com mordomos e poltronas mais confortáveis. Havia um cheiro de flores no ar o que aliviava o clima pesado que enfrentamos ao entrar no primeiro vagão. —A cada dois anos desde que nós fomos expulsos do poder ocorre um 336 Horas, um desafio que sempre acaba com a morte de vários semideuses e eu sei que vocês não completaram catorze anos ontem, mas há algumas semanas —ele fez uma pausa e tomou um gole de uma bebida. —Cada de vocês e filho dos doze grandes deuses olímpicos e essa e a décima primeira edição do 336 Horas que consiste em jogar doze semideuses em um labirinto repleto de monstro e dar um premio a quem conseguir sair, antes de prosseguir eu vou ser o patrono deste ano, meu nome e Gregory ou podem me chamar de Hades. Alguns tiveram um choque outros nem ficaram surpresos. Eu não podia acreditar que meu pai tinha sido Apolo o deus do sol e de outras coisas mais. Eu não entendi como um deus pode morrer. Mais hoje eu sei de toda verdade, eu sou adotado. Todo um mundo que eu conhecia acabou naquele exato momento.


—Como você pode ser Hades o deus dos mortos?— perguntou uma garota com óculos e uma marca com um símbolo de um cacho de uvas no pescoço. —Deuses são mitos, eles não existem realmente. —Dobre a língua sua pestinha, se eu tivesse condições eu mandaria você para o Tártaro agora mesmo, mas eu sou Hades e só estou aqui para evitar a morte de milhares de seres como vocês —falou ele com uma cara nada agradável. —O 336 Horas e como as olimpíadas, terão expectadores e também apostas, alguns de vocês se prepararam há tempos enquanto outros nem sabiam do seu passado. Um turbilhão de pensamentos inundou a minha cabeça e eu não sabia muito bem se tudo era real ou um sonho. Eu sabia apenas que de certa forma o que aquele garoto disse para mim era real. Nós íamos morrer mais cedo ou mais tarde. III O vídeo de introdução começou com um banner do 336 Horas, o nome era escrito em umas letras engraçadas. O símbolo do 336 Horas era um triangulo com a ponta para baixo com o nome 336 HORAS o cortando no meio, ainda tinha um globo e três asas e uma em especial cobrindo o nome. Oi, se vocês estão assistindo isso e porque são semideuses, filhos dos olimpianos a escoria do Olimpo. A cada dois anos ocorre uma competição mortal no labirinto construído por nosso vice-rei. Há vinte e quatro anos ocorreu uma batalha


entre os olimpianos e seus filhos e quem ganhou foram os semideuses que ameaçaram destruir a raça humana o único motivo da existência dos deuses. Após um ano da vitoria os deuses primordiais ajudaram os semideuses a reconquistar o poder, o mundo humano nunca sentiu nada relacionado a isso, eles pensam que tudo e um mito. O monte Olimpo foi destruído e os deuses aprisionados, um deles são sorteados para atuar como patrono a cada dois anos no 336 Horas. Doze semideuses iram ao Labirinto do Caos cada um com uma pista de como sair do labirinto, eles tem duas semanas para sair do labirinto. Os três primeiros que saírem ganharam prêmios, mas apenas os dois primeiros ganharam um premio em dinheiro humano. Monstros antigos vagam pelo labirinto em busca de uma alma de herói, doze iram competir talvez todos vão morrer, pois a seis anos não temos um vencedor de verdade, a seis anos não há sobreviventes. A única regra e que não se pode partilhar as pistas ou resto e liberado dentro do labirinto, para conseguir as pistas cada um pode fazer o quiser. Cada um de vocês já tem a pista e receberam um guia de instrução, um gravador, um item mágico e um item especial. Que o 336 Horas comece!


O filme acabou deixando alguns perplexos com aquilo e outros riram ou nem ligaram. Não estávamos mais no trem e sim em uma sala antiga com aspectos gregos e paredes de mármores. No fundo havia um velho projetor e havia doze cadeiras marcadas com um símbolo diferente, a minha tinha o símbolo do sol e era a ultima cadeira da segunda fila sendo a fila da direita para esquerda. O trem havia chegado a uma estação bem no interior da Louisiana eu nem sabia onde era. A estação de trem era bem luxuosa idêntica a um prédio grego bastante antigo. Havia retrato dos olimpianos e dos titãs, mas eu não conhecia muito deles. No teto seis imagens de garotos e garotas era o que davam destaque ao local. Assim que o vídeo terminou, eu me recordei das seis figuras no teto. Hades ou Gregory entrou na sala com um adolescente quase do mesmo tamanho que ele e os dois seguiram para frente da sala. —Meu nome e Thomas Laisvent e eu sou filho do idiota do Deus das guerras, eu assumi o controle e agora sou um dos seis deuses da modernidade, bem venho desejar boa sorte a vocês semideuses —ele então começou a percorrer a sala. —Depois da mudança criamos o 336 Horas para acabar com os novos semideuses, mas sem ofensas. Eu senti uma vontade de matar aquele cara, mas a minha marca não deixava ela queimava como se me controlasse. Logo o tal de Thomas chamou dois cavalos com cabeças de homens.


Eu hoje me sinto um idiota por não saber que aquelas criaturas eram centauros. Eles trouxeram uma caixa com a logomarca do 336 Horas e botaram em cima de uma mesa de pedra. Depois outro centauro trouxe varias armas estranhas, outro trouxe pequenas caixas com a logomarca dos jogos e um ultimo trouxe os manuais e os gravadores. Hades veio ate a mesa com uma prancheta ele fez um gesto com a mão e depois apareceu uma pena negra em sua mão. Ele fez um gesto para os centauros partissem e depois pigarreou. —Eu vou dizer o nome de uma arma mística ou item mágico e depois vou tirar um símbolo desta caixa, o dono do símbolo que sair dela vai sentir uma queimadura e então devera vim aqui para frente pegar sua arma, manual, brinde, gravador, armadura e depois poderá chamar um parente. —Chamar um parente? —falou a garota sentada na minha frente. —Você poderão convocar um parente antes de serem formalmente apresentados aos outros semideuses, titãs, deuses primordiais e toda nossa vasta audiência —falou Hades dando os ombros. — Escudo de ouro polido que antigamente pertenceu a Ares ficara com. A filha de Deméter. A garota que estava na minha frente levantou-se e pegou o escudo que tinha forma de faca. O símbolo dela era uma flor


estranha que eu não sabia o nome, mas depois aprendi da maneira mais difícil o nome daquela estranha flor. —Espada feita de lamina mortal e lamina celestial vai para... O filho de Ares, o arco com flechas de ouro celestial e mortal vai para... A filha de Dionísio, escudo feito de ouro celestial e mortal com os dentes e o veneno do dragão mais feroz do mundo vai para... O filho de Apolo —ele deu uma pausa e me aguardou. Peguei uma bússola, um gravador este que estou usando para tentar registra os fatos, um caixa onde havia um brinde, o manual e uma armadura grega completa. Eu não pude ver os outros nomes ou armas da lista fui direcionado a uma sala feita de cerâmica antiga. Lá havia inscrições em grego antigo e frases em diversos idiomas. Eu não estava em uma sala e sim em um prédio dedicado a Apolo o Deus do sol e o meu pai que nunca conhecei. Lá dentro estava uma garota muito bonita que me atraiu bastante. Ela tinha os cabelos loiros, os olhos azuis iguais aos meus e um sorriso encantador. —Seu nome deve ser Jefferson Ferraz o filho de Apolo, meu nome e Emma Gority e sou sua assistente pelas próximas cinco horas, pois depois começa oficialmente o 336 Horas. —Prazer, e sobre o lance de poder falar com um parente ou algo do gênero.


—Para isso eu vou precisar do endereço completo, pois você não pode sair daqui essa pessoa que você quer ver tem que vim ate aqui —ela então pegou uma folha em branco e voltou-se para mim. —Qual o endereço? Eu anotei e presenciei ela jogar o papel em um fogo azul que o transformou em luz. Logo depois Emma voltou-se para mim com seu sorriso encantador e perguntou: —Você precisa de ajuda ou tem alguma duvida sobre o 336 Horas, qualquer coisa eu posso ajudá-lo. Eu estava encantado e aterrorizado ao mesmo tempo, eu não sabia o que pedir, eu não sabia o que poderia me ajudar. Eu só sabia que era filho de Apolo e que ele estava preso em algum lugar esperando pela ajuda de alguém. IV Eu quase morri de susto quando vi a Harpia que tinha encontrado no banheiro da escola. Ela era mais assustadora do que antes, antes que eu tentasse fazer alguma coisa Emma chegou perto de mim e falou bem baixinho no meu ouvido. —Ela e a sua guardiã, ela cuidou de você enquanto você era revelado então trate-a bem ou ela pode lhe comer vivo. —Eu queria ver seu rosto pela ultima vez filho de Apolo, sei que as chances de sobrevivência são poucas, mesmo assim queria ver seu rosto ele e tão saboroso que me dar fome —falou


ela pondo uma língua grande para fora. —Não quero incomodar, ate o tártaro meu rapaz.

*** Lisa chegou chorando ao meu quarto, ela havia sido carregada por uma mulher com asas sendo ela diferente das Harpias. Lisa olhou bem o meu quarto e depois olhou para mim com uma armadura greco-romana e depois me deu um abraço. —Não posso deixar você na escola e descubro que você e um semideus ou sei lá o que. Ela me contou que a mulher que a levara disse tudo a respeito do 336 Horas e contou que eu era filho de Apolo. Ela não tinha acreditado em nada, mas mesmo assim chorou. —Eu vou ficar bem, vou tentar ficar vivo minha irmã, eu nem sei direito o que esta acontecendo foi tudo tão rápido — falei tentando conter as lagrimas. E importante para mim, não chorar o que os nerds vão pensar se me vêem chorando. Eles vão rir e eu vou ter que quebrar a cara deles muitas vezes e acho isso errado, mas a culpa e deles. —Eu espero por você, que deus ou os deuses ou sei lá o que o proteja meu amor, meu irmão —falou Lisa me dando um beijo no rosto.


A mulher que havia a trazido entrou na sala e eu a reconheci de uma figura da ultima aula de historia. Desde que esse negocio de marca no pescoço começou e desde que eu vi o símbolo do meu pescoço em um dos slides eu comecei a prestar mais atenção nas aulas de historia que não foram muitas. Aquela mulher era Éris a deusa da discórdia. Ela praticamente arrancou minha irmã da sala e depois eu ouvir gritos e depois um silencio ecoou pelo quarto que fedia a mofo. Eu pensei que tudo ia acabar quando senti uma facada nas minhas costas. Alguém estava tentando me matar.


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