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Minuano jornalminuano.com.br BAGÉ, sexta-feira, 30 de janeiro de 2015 - ANO XX Nº 4 958 R$ 1,75

Europa é o continente que mais recebe produtos da região

Fábio Dutra/Jornal Agora /eSPECIAL JM

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgou, nesta semana, os números de exportação e importação, em 2014, de todos os municípios brasileiros. Da região, Hulha Negra lidera este índice. Inclusive, vai na contramão do resto do Estado, onde as exportações tiveram queda. As produções locais costumam sair do País pelo Porto de Rio Grande. Pág. 11

Descarga elétrica mata Ranking do TCE Governo não vai aponta queda na Educação funcionário durante pagar repasses expediente atrasados da saúde infantil da região São repasses por serviços prestados em programas de saúde como o Farmácia Básica, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e Saúde da Família. Pág. 06

Um estudo do Tribunal de Contas do Estado equivalente a 2013, atesta que Bagé, Candiota e Hulha Negra caíram no ranking.

Sadi Antônio Camponogara, 66 anos, morreu em função de uma descarga elétrica na manhã de ontem, em uma empresa de insumos agrícolas.

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Audiência irá demonstrar gastos públicos Os gastos dos últimos quatro meses de 2014 serão apresentados na manhã de hoje, na Biblioteca Pública Municipal, a partir das 9h. Na ocasião, serão demonstradas e avaliadas as metas fiscais de setembro, outubro, novembro e dezembro. Tirso Delabary, ex-secretário da Fazenda e atual coordenador do Controle Interno da Prefeitura, afirma que serão apresentadas informações sobre o equilíbrio das despesas do município, assim como estipulado pela Lei de Diretrizes Orçamentárias.


02 Ponto de Vista

BAGÉ, 30 DE JANEIRO DE 2015

JORNAL MINUANO

Vocação para exportar A região da Campanha começa a figurar com posição de destaque no mapa geográfico das exportações. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Bagé, por exemplo, exportou mais de 70 milhões de dólares só em 2014. O volume representa um acréscimo de 19 milhões de dólares em relação ao total das exportações de 2013. Ásia e Europa estão entre os principais destinos dos produtos bajeenses e tudo indica que existe potencial para seguir crescendo em terreno latino-americano. Para a surpresa dos céticos, os números da região

destoam do contexto estadual. No ano passado, segundo informações da Fundação de Economia e Estatística (FEE), as exportações gaúchas acumularam 18,7 bilhões de dólares, registrando uma redução de 6,4 bilhões de dólares no comparativo com 2013. Em âmbito geral, apenas as exportações da agropecuária apresentaram acréscimo. Em verdade, os números precisam ser analisados com cuidado. A conjuntura abarca muitas condicionantes, que variam de acordo com situações pontuais, algumas, inclusive, que extrapolam determinações políticas. Portanto, é preciso ter cautela antes de sugerir uma

perspectiva de desindustrialização. E o melhor argumento neste sentido é oferecido por Hulha Negra. Só no ano passado, o município exportou 127,5 milhões de dólares para diversos países na América do Norte e da Europa. Ocorre que parte significativa deste montante está associada à comercialização de conserva e extrato de carne, viabilizada pela unidade do frigorífico Marfrig. Os números da balança comercial revelam as fisionomias de municípios exportadores, demonstrando de maneira efetiva que existem alternativas para a produção local.

CHARGE

Ivan Bulcão

CLÁUDIO FALCÃO

Apagão

Psiquiatra e educador

falcaobage58@gmail.com

Sobre o ENEM Há 47 anos fiz meu primeiro vestibular para medicina. Na época, não consegui aprovação. O vestibular era chamado de unificado, pois reunia vagas de todas as universidades federais do Rio Grande do Sul. Eram 25.000 candidatos para 500 vagas. Por isso, todos os anos sobravam 24.500 alunos. Muitos desistiam da carreira e iam enfrentar o mercado de trabalho sem nenhuma qualificação. Outros insistiam, novamente, nos anos seguintes. Durante três anos persegui, sem sucesso, meu ideal. Assim com tantos, após ‘lamber as feridas’ resolvi enveredar por outro caminho. Escolhi outra possibilidade. Foi assim que escolhi Biologia, por mais se aproximar, em conteúdo à Medicina. Como morava em Porto Alegre, optei por fazer vestibular em São Leopoldo, na Unissinos. Ingressei no curso básico. Nas férias de verão, em Lavras do Sul, resolvi, pela proximidade e economia, transferir-me para Bagé. Sem saber da existência do curso de Ciências Biológicas, fiz vestibular na Funba para Direito. Não me identifiquei com os conteúdos do curso de Direito e, através de uma pessoa que conheci fiquei sabendo das Ciências Biológicas. Sem pestanejar e após os trâmites necessários para a troca de curso comecei minha carreira de biólogo. Tive sorte. Muitos dos meus colegas de cursinho e de ‘segundo grau’, no Colégio Julio de Castilhos, em Porto Alegre, não conseguiram cursar uma universidade. Antes mesmo de me formar, fui ser professor carregado pelas mãos do querido mestre Juca Giorgis no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora. Assim, desempenhei minha função de professor de Química em Bagé durante 10 anos. Lecionei nos Colégios Auxiliadora, Espírito Santo, Estadual, Funbão, Funba e Cursinho prévestibular Auxiliadora. Tenho-me como ter sido um bom professor, pois para onde fui, após passar

no vestibular para medicina em Rio Grande, lecionei durante 6 anos, paralelamente ao curso de medicina em uma das escolas de referência da cidade, o colégio Juvenal Müler. Também trabalhei em um dos melhores cursinhos pré-vestibular de lá. Nesta época, fui convidado a lecionar em um curso pré-vestibular de Pelotas e também em outro de Porto Alegre. Mas o meu caso era com a Medicina, profissão que abracei e que me proporcionou como o magistério, grande realização. Li, na Zero Hora, do dia 5 de novembro de 2014, que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) tem mais ou menos 8,7 milhões de candidatos. Fiquei curioso. Olhei no site da instituição para ver quantos candidatos havia por vaga. Lá estava escrito: 200 mil candidatos. Ou seja, ficam sem acesso à universidade 8,5 milhões de estudantes. Fiquei pensando que nestes 47 anos muito pouco se fez para aumentar as vagas nas universidades. Muito pouco foi investido. A atenção ao ensino no Brasil é deficiente e, por isso, faltam profissionais qualificados nas mais variadas atividades. Qual será o destino destes adolescentes que não puderam ingressar na universidade? Quem será continente com sua frustração? Por isso posso afirmar, sem medo de errar que, de lá para cá só o que mudou foi o nome do sistema de seleção para o ingresso na universidade. De unificado para Enem. No mais, salvo as cotas inventadas, o processo de seleção é o mesmo. Perverso, pois só são aprovados aqueles alunos que conseguem fazer um bom cursinho pré- vestibular. O Brasil, por incapacidade de seus gestores não se preparou para oferecer aos jovens do País uma oportunidade. Os discursos de falsas realizações continuam e a corrida para ocupar vagas no mercado informal, também.

Minuano

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Empreendedor 03

JORNAL MINUANO BAGÉ, 30 DE JANEIRO DE 2015

Del Campo tem promoção especial hoje

Dora Beledo dora.beledo@hotmail.com @dorabeledo

Tiago Rolim de Moura

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04 Campo & Negócios

BAGÉ, 30 DE JANEIRO DE 2015

JORNAL MINUANO

Alta na energia eleva gastos de culturas irrigadas em até R$ 218 por hectare Os aumentos na conta de luz e no diesel terão impacto de pelo menos R$ 172 por hectare nos custos de produção de lavouras irrigadas de milho, soja e arroz para a próxima safra. A informação é do site oficial da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul). No caso do arroz, o aumento total será de R$ 218 por hectare, ou seja, o produtor precisaria colher seis sacos de arroz de 50 quilos a mais por hectare, nos preços atuais, só para pagar a diferença. As informações, divulgadas pela Assessoria Econômica do Sistema Farsul, nessa quarta-feira, baseiam-se em levantamento realizado em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/USP). O período abordado pelo estudo é o da colheita da safra 2014/2015 até a colheita da safra de 2015/2016, cujo plantio inicia em setembro. “Estamos nos antecipando aos problemas da próxima safra”, argumenta o economista da Farsul, Antônio da Luz. Enquanto 100% da produção de arroz gaúcha é irrigada – e, consequentemente, todos os produtores serão afetados pelos aumentos - em torno de 9% das lavouras de milho e 1% das de soja se encaixam no perfil, conforme dados da Comissão de Irrigantes da Farsul.

Custos nas lavouras

Somente os aumentos na energia elétrica representam R$

178 a mais de custo por hectare na cultura do arroz. O diesel, por sua vez, é responsável por outros R$ 40 de aumento, chegando ao crescimento de custo total de R$ 218 por hectare. O segundo produtor mais impactado pelas medidas é o de milho. Nos preços atuais, ele deveria colher sete sacos a mais por hectare para pagar os ajustes nas contas – o que corresponde ao aumento total de custo de R$ 173 por hectare. Apenas o encarecimento da energia elétrica representa R$ 165 a mais de custo por hectare nessa cultura. O produtor de soja está logo a seguir na tabela, com aumento de custo de R$ 165 por hectare por conta da luz – e R$ 172 somando energia elétrica e diesel. Para cobrir os novos gastos, o sojicultor deveria colher mais três sacos por hectare, de acordo com os preços atuais. O diesel fica mais caro em decorrência da volta do imposto de Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), que trará aumento de R$ 0,15 no preço do litro para as refinarias, segundo a Assessoria Econômica da Farsul. Para o produtor não sair prejudicado pelas altas, da luz o levantamento mostra que as refinarias teriam margem para absorver esse aumento, sem o repassar ao produtor rural. Os cálculos para o au-

ARQUIVO/JM

A lavoura de arroz é uma das mais impactadas com as medidas mento de custo a partir da energia elétrica, por sua vez, tiveram como base a alta consolidada no final de 2014 e os 37% de aumento previstos pelo Instituto Acende Brasil para 2015, considerando o fim do subsídio ao setor elétrico, a elevação do preço de Itaipu e o reajuste anual. O Sistema Farsul defende que o governo mantenha o subsídio ao setor elétrico quando a energia é destinada ao meio rural, uma vez que os investimentos nas redes foram feitos pelos próprios agricultores. Preocupado com os custos de produção do arroz, que

cada vez mais se aproximam do preço do saco de 50 quilos, o presidente da Comissão do Arroz da Farsul, Francisco Schardong lamenta os aumentos e pede que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revise suas planilhas com urgência. O custo de produção total calculado pela Farsul para a atual safra é de R$ 5.524,43 por hectare, o que representa custo de R$35 a R$ 40 por saco ao produtor, dependendo da produtividade. Já o preço do saco de 50 quilos do arroz com casca está em R$ 39, segundo boletim mais recente da Emater/RS. “Nós queremos

saber de onde a Conab tira esse custo de cerca de R$ 28 por saco. O grande ponto de interrogação é esse quais são os parâmetros que o governo está usando para chegar ao preço irrisório que ele tem hoje”, questiona Schardong. O presidente da Comissão de Irrigantes da Farsul, João Augusto Telles, mostrase indignado com os aumentos na conta de energia elétrica. A comissão incentiva o uso da irrigação em lavouras de soja e milho e trabalha para que os produtores tenham acesso a licenças e à rede elétrica.


Fogo Cruzado 05

JORNAL MINUANO BAGÉ, 30 DE JANEIRO DE 2015

Sidimar Rostan

sidimar_frostan@hotmail.com @sidirostan

Prefeitura quer criar Programa de Pavimentação Comunitária

O projeto que institui o Programa de Pavimentação Comunitária, voltado para a execução de obras em vias e logradouros, por conta dos proprietários, foi apresentado pelo Executivo à Câmara. O texto determina que o sistema só será acionado na hipóteses em que a melhoria seja do interesse predominante do beneficiário. A adesão também deve ser de 100%. Pela proposta, que depende de apreciação do legislativo (o que deve ocorrer a partir de março), os interessados em promover a pavimentação de via pública deverão organizar-se e comprometer-se entre si, para fins de custear as obras, materiais e serviços, estabelecendo, expressamente, a responsabilidade de cada um, além de formar uma comissão para representar o projeto junto ao poder público municipal. Os custos ficam por conta dos beneficiários, que ficam incumbi-

dos da contratação o fornecimento de materiais e dos serviços. Cada proposta de pavimentação deverá contar com uma liberação, através de decreto. O projeto apresentado pelo Executivo estabelece, ainda, que empresa responsável pela pavimentação fica sujeita à fiscalização da prefeitura. O município, porém, fica responsável pelo projeto técnico, mas não responderá pelos compromissos assumidos pelos beneficiários. O titular da secretaria de Atividades Urbanas (Smau), Paulo Parera, explica que o modelo foi inspirado no sistema que vigora em São Lourenço do Sul. Bagé contou com um dispositivo semelhante, porém com resultados limitados. “O formato previa participação econômica da prefeitura, o que forçava a abertura de licitação, dificultando o processo. Além disso, o município tinha que arcar com toda a

despesa e depois cobrar das pessoas. O novo texto simplifica”, avalia o secretário. Parera afirma, ainda, que a prefeitura também pode atuar como uma espécie de facilitador. “Além de auxiliar na criação da comissão, que precisará de CNJP (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica), por exemplo, o município pode atuar na articulação de financiamentos junto a Caixa, para aqueles moradores que não dispõe dos recursos na integralidade”, revela. Na justificativa do projeto, o Executivo sustenta que a intenção o que qualifica como ‘déficit histórico de pavimentação’. De acordo com o texto, existem, em Bagé, aproximadamente 320 quilômetros de vias não pavimentadas na área urbana. Neste sentido, a lei criaria um instrumento de investimento, institucionalizando uma nova forma de parceria.

Projeto que altera cobrança da água será elaborado por comissão mista

Fruto de acordo entre os poderes municipais, a comissão mista criada para elaborar a nova proposta de tributação inicia os debates a partir da próxima semana. Formada por dois membros do Legislativo, do Executivo, do Departamento de Água e Esgoto de Bagé (Daeb), a equipe contará, ainda, com representação da subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da Associação Comercial e Industrial de Bagé (Aciba), do Sindicato dos Lojistas do Comércio (Sindilojas) e do Ministério Público (MP). A formação foi anunciada, ontem, pelo presidente da Câmara, vereador Divaldo Lara (PTB). “Vamos trabalhar um projeto viável, no sentido de que a relação do Daeb com os consumidores seja justa”, especifica, em referência ao atual sistema de cobrança, que considera como base para cálculo a área construída. No final do ano passado, duas propostas referentes à alteração do modelo chegaram a ser protocoladas na

Câmara. A primeira, de autoria do vereador Divaldo Lara, e a segunda do Executivo, elaborada a partir de estudo contratado pelo Daeb. Tudo em meio à polêmica sobre dos reajustes, levados a cabo através de uma atualização cadastral da autarquia. As matérias, porém, não chegaram a ser analisadas pelas comissões técnicas da Casa. Na prática, os textos deliberavam sobre a mesma proposta, convertendo a cobrança em tarifa. Com a mudança, a cobrança passa a levar em consideração o volume consumido. E é na elaboração de uma proposta neste sentido que a nova comissão deve atuar. A intenção é concluir o processo técnico até março, quando encerra o período de recesso parlamentar, tornando o novo texto apto à tramitação e posterior apreciação em plenário. Em função da eventual necessidade de uma regulamentação específica, a mudança, de maneira efetiva, pode ser formalizada em 2016.

Mineiros estão preocupados com demora na indicação da direção da CRM O fato da maior parte do segundo escalão do governo José Ivo Sartori (PMDB) ainda estar sem comando não diminui a apreensão dos trabalhadores da Companhia Riograndense de Mineração (CRM), principalmente na unidade de Candiota. Ao todo entre fundações, autarquias, empresas de economia mista e uma associação civil, são 41 as entidades de segundo escalão ligadas ao Estado. A previsão é de na próxima terça-feira, os novos diretores da CRM estarão sendo empossados. E a expectativa é para que dentro desta nova composição esteja o nome de alguém de Candiota, que a categoria mineira conheça e aprove. Neste contexto, o Sindicato dos Mineiros se reuniu com o funcionário da CRM, e dirigente do PMDB candiotense, o vereador Gildo Feijó, para tratar sobre o tema. Para o presidente do sindicato, Wagner Lopes Pinto, a aproximação ocorreu devido ao entendimento da entidade, de que existem muitos assuntos a serem discutidos, como por exemplo, a terceirização de mais de 80% do trabalho da mineradora. “Esta demora aprofunda a dependência da mineradora junto às empreiteiras, fragilizando ainda mais

a CRM”, salienta. Para o diretor do Sindicato Edson Budó é importante a participação na direção da empresa de alguém com formação profissional que conheça a CRM e seu quadro de pessoal, pois facilita o trabalho e valoriza as questões relacionadas aos trabalhadores, principalmente de Candiota onde se dá toda a produção da CRM. Na oportunidade, Feijó disse que seu nome foi levado ao governo como representante do PMDB da região e também da categoria mineira de Candiota, para participar da direção da estatal. Além de possuir o apoio de nomes de peso no cenário político do partido, como o deputado federal mais votado no estado, Alceu Moreira, o secretário de governo Fábio Branco, que também se elegeu deputado, e do presidente da sigla no estado Edson Brum, o candiotense tem recebido significativo apoio dos colegas de trabalho. “Todo este apoio faz com que a gente fique satisfeito, indiferente a ser ou não ser escolhido para que é a maior unidade mineira CRM e onde se dá toda a produção da mesma, pois a unidade do Leão é deficitária e Porto Alegre é apenas trabalho administrativo,dias seja definido a direção da CRM.

ANTÔNIO ROCHA

Programa estabelece criação de comissão para cada proposta de pavimentação O secretário reforça, ainda, que o programa não interfere no planejamento do Executivo. “É um modelo novo, que cria uma opção, principalmente para as ruas que não têm

previsão de pavimentação imediata. É importante destacar que não vamos deixar de lado nossos projetos, nem deixar de captar recursos para obras de pavimentação”, garante.

De olho no potencial de Candiota Em paralelo ao debate sobre a qualificação da mão de obra para a construção da UTE Pampa Sul, empreendimento da Tractebel Energia, em Candiota, o vereador Caio Ferreira (PT) propôs, ontem, uma articulação entre instituições de ensino superior estabelecidas em Bagé, visando o desenvolvimento de alternativas para o aproveitamento econômico de resíduos do carvão. “Existem pesquisas que apontam no sentido da utilização das cinzas para a construção de tijolos”, disse, ao fazer referência aos estudos desenvolvidos pela Fundação de Ciência e Tecnologia (Cientec). “Apenas precisamos avançar em algumas questões técnicas”, observou. O petista usou como exemplo a experiência de Santa Catarina, que detém reservas inferiores às do Rio Grande do Sul, mas demonstra avanços invejáveis no sentido da pesquisa sobre o mineral. O destaque fica por conta do Centro Tecnológico de Carvão Limpo (CTCL), mantido pela Associação Beneficente da Indústria Carbonífera de Santa Catarina (SATC). A instituição é focada no

desenvolvimento tecnológico em diferentes níveis, que abrangem modelos de conservação ambiental e propostas de ações mitigadoras de impacto. O formato de articulação em nível local, porém não é especificado pelo vereador. “Chegou o momento de criar um curso que viabilize a utilização destes recursos”, resume. A Tractebel já antecipou informações sobre a questão referente ao aproveitamento das cinzas. No documento em que esclarece dúvidas sobre a UTE Pampa Sul, disponível em seu site institucional, o grupo dedica um tópico específico à utilização do produto resultante da queima do carvão. “A empresa tem como premissa o aproveitamento da cinza na construção civil, inclusive algumas empresas e prefeituras já entraram em contato com a Tractebel Energia visando utilizar esta cinza para tijolos (construções populares) e outras finalidades. Apenas no caso de não ser viabilizado o seu aproveitamento produtivo, como último recurso, a cinza será disposta na cava da mina para recomposição da topografia da área explorada”, diz o texto.


06 Cidade

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JORNAL MINUANO

Governo reconhece dívida, mas não dá prazo a prefeituras Secretaria da Fazenda só prevê pagar valores deste ano da área da saúde Por Thamy Spencer/ADI Os municípios bem que tentaram, mas não receberam do governo do Rio Grande do Sul qualquer sinalização de prazo para recebimento dos R$ 208 milhões devidos pelo Estado. São repasses por serviços prestados em programas de saúde como o Farmácia Básica, Samu e Saúde da Família. Uma comissão da Federação das Associações de Municípios (Famurs) se reuniu, ontem, com o secretário da Fazenda, Giovani Feltes, e levou, entre outras propostas, a de parcelamento da dívida em seis vezes. Feltes disse apenas que o governo reconhece o débito, mas que não há recursos para repasses. Informou que o chamado regime de caixa não permite pagar sem que entre dinheiro, e que o valor total devido em saúde – incluindo dívida com hospitais - chega a R$ 550 milhões. Além do reconhecimento dessa pendência pelo Estado, a Famurs só levou de volta a garantia de que os repasses deste ano serão pagos em dia. Até mesmo R$ 45 milhões, que eram

esperados pelos municípios e que se referem a serviços oferecidos em dezembro, ficarão para mais adiante. O que será feito agora é tentar comprovar ao governo essas despesas com a saúde ainda de 2014. O Estado alega não ter havido empenho (formalização para pagamento) dessas despesas. “Vamos orientar os prefeitos a documentar os créditos”, informou o presidente da Famurs, Seger Menegaz. Para as prefeituras as preocupações agora são garantir a continuidade dos atendimentos à população e conseguir fechar as contas de 2014. O presidente da Famurs estima que em torno de 100 prefeituras ainda não conseguiram fazê-lo. No caso das pendências de saúde, as prefeituras terão que buscar em documentação ou em convênios, por exemplo, a formalização de despesas. Elas receberão orientação técnica do Tribunal de Contas do Estado (TCE). “Vamos analisar caso a caso”, resumiu o diretor de Controle e Fiscalização do TCE, Leo Arno Richter. Ele participou de as-

sembleia de prefeitos realizada na Famurs, pela manhã, e tentou tranquilizá-los. O diretor informou ainda que o TCE faz uma auditoria nas contas do Estado em razão da informação de que há valores sem empenho. Ele garantiu que mesmo que isso fique confirmado, não afasta o dever de pagamento às prefeituras. Basta que comprovem nas contas este direito.

Thamy Spencer/Especial JM

Mudar divisão de recursos

Os repasses na saúde foram o assunto principal do encontro que reuniu 24 associações de municípios na capital. Um dos prefeitos presentes, Ricardo Gadret, de Quaraí, representando municípios da fronteira Oeste, levou a sugestão de que haja uma reavaliação dos recursos destinados a cada poder. Ele defendeu a transferência de mais recursos ao Executivo e às prefeituras em detrimento do Judiciário. Segundo ele, de outro modo, serão sempre os executivos os mais penalizados com a falta de dinheiro. “Que-

Após assembleia, comissão da Famurs reuniu-se com secretário estadual remos uma repactuação dos orçamentos.” A proposta deverá ser levada pela Famurs ao governador José Ivo Sartori.

Até sete meses de atraso

O secretário da Saúde, João Gabbardo, não participou, ontem, do encontro de prefeitos na Secretaria da Fazenda. Ele estava em Brasília para representar o Estado em encontro de comissão do governo federal que discute sobre fraudes em

cirurgias de colocação de próteses. Na véspera, Gabbardo disse não acreditar que a falta de repasses pelo governo possa provocar falta de atendimento à população, já que a situação não é de agora. O atraso chega a sete meses às prefeitura,s no caso do programa Farmácia Básica, e de cinco, do Saúde na Família. Já no caso do Samu o atraso é de três meses nos repasses. O secretário lembrou, porém, que os pagamentos deste ano estão assegurados.


Cidade 07

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Educação infantil na região cai em ranking do TCE

Todos os anos, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) realiza uma radiografia da educação infantil nos municípios de todo o Estado. Ontem, foi apresentado o estudo equivalente a 2013, no qual Bagé, Aceguá, Candiota e Hulha Negra caíram no ranking. São avaliados o número de crianças entre zero a cinco anos as quais o Censo aponta que existem nos municípios e a disponibilidade de vagas. A partir daí, se faz um cálculo de quantas vagas a mais são necessárias em cada lugar, sendo que deve haver 100% de atendimento às crianças de quatro e cinco anos e 50% das de zero a três anos. Bagé está em 264º lugar no ranking, ou seja, caiu 23 posições em relação ao ano anterior. Mas ainda é a melhor da região. Conforme os dados divulgados pelo TCE, a população é de 5661 crianças de zero a três anos e 3131 entre quatro e cinco anos. Porém, as vagas para zero a três anos atende a 27,59% da população e as de quatro a cinco, 71,32%. Por outro lado, os dados mostram que há um crescimento nos últimos cinco anos, sobretudo nas vagas em creches. De 2009 a 2013, aumentaram 532 vagas. A secretária de Educação, Janise Collares, afirma que o Plano Nacional de Educação já teve alterações sobre este assunto, pois os municípios não tinham como atingir a meta estipulada anteriormente. E conta que em 2014 aumentaram ainda mais o número de matrículas na educação infantil: “Só

na creche foram mais 300 vagas, enquanto na pré-escola, mais 200”, contabiliza. O levantamento do TCE aponta que o ideal seria disponibilizar mais 2167 vagas para esta faixa etária. Aceguá caiu do 341º lugar em 2012 para o 363º lugar em 2013. Segundo os dados divulgados pelo TCE, há 227 crianças entre zero e três anos no município e 122 entre quatro e cinco anos. Isso significa que o município atende 2,2% da demanda de creche e 91,8% da demanda de pré-escola. A secretária de educação do município não foi encontrada, pois o órgão do qual é titular já havia encerrado o expediente quando os dados foram divulgados. Em Candiota também houve queda no ranking. Do 389º lugar, o município passou para o 405º. Conforme a radiografia feita pelo TCE, 2,36% da demanda de crianças entre zero e três anos é atendida. E da faixa etária entre quatro e cinco anos, 79,09% têm vagas. Isso significa que, de acordo com o TCE, são necessárias a criação de mais 242 vagas em creches e 60 em pré-escolas. O secretário de Educação, Adriano Castro, em 2014 Candiota passou a atender toda a demanda: “Há lugares, como no interior, em que foram oferecidas turmas e não teve nenhuma matrícula. Conhecemos bem a nossa realidade e sabemos que aqui não há crianças fora da escola por falta de vagas. Para quem tem entre zero e três anos, real-

Divulgação

Hulha Negra é a penúltima colocada no Estado, mas já constrói uma creche para suprir a demanda mente Candiota não tinha creche. Mas foi construída uma unidade no ano passado, que começará a funcionar neste ano. Inicialmente, terá 30 vagas e ir aumentando gradativamente”, explica. Hulha Negra é penúltima do ranking do TCE. Só ficou na frente de Alvorada, que foi a última colocada. Segundo os dados do estudo apresentado, somente 37,14% da demanda de pré-escola é atendida e não há nenhuma vaga para crianças de zero a três anos. Mas a situação mudou em 2013,

conforme o secretário de Educação, Vinícius Kercher, em 2014 foram abertas 195 vagas para as crianças em idade de pré-escola: “Nós não tínhamos creche, mas ela está sendo construída e a previsão é que esteja pronta em maio. Espero que no segundo semestre deste ano já possamos atender às crianças. O espaço é para 220 vagas em turno parcial e 110 vagas em turno integral. E lá vai ter até a pré-escola, portanto, conseguiremos avançar bastante nossos índices”, argumenta.


ROSANE COUTINHO

Interina rosane.coutinho@gmail.com

O

Grêmio Esportivo Bagé escolhe nesta noite, às 21 horas, a rainha do carnaval jalde-negro. A escolha promete ser regada de muita alegria, samba, pastéis e cerveja bem gelada. Será apresentada a bateria que ficará responsável pela animação do baile de carnaval no dia 6 de fevereiro. Agora, o restaurante Quitanda serve almoço e o cardápio é assinado pelo chef Joselito Larracharte. A proposta do almoço é inspirada no clima caseiro, onde as pessoas se servem em pocket buffet com alguns pratos fixos servidos todos os dias como feijão, arroz, massas e saladas, além de uma opção com carne vermelha e uma com carne branca. Inicialmente o buffet livre está por R$12 por pessoa. O restaurante está localizado na rua Marcilio Dias, nº1166. Acontece a 31ª edição da Feovelha, em Pinheiro Machado, reconhecida como uma das maiores exposições de ovinos da América Latina. Este ano, inova proporcionando a Exposhow que contará com grandes nomes da música estadual e nacional como Recanto e Chimarrutis, na noite de hoje. Amanhã, terá Eddy Russo e Banda Entrecot e, no domingo, Os Fagundes para encerrar. A exposição vai até dia 1º de fevereiro. Os ingressos podem ser adquiridos através do site blueticket.com.br e parcelados em três vezes no cartão de crédito.

I

my pet

Nesta seção sempre darei espaço para o leitor apresentar seu animal de estimação. Aguardo fotinhos!

Cássio Lopes com a companheira quatro patas Chiquita, crioula de sete anos, que o acompanha em caminhadas e corridas. Uma paixão essa dupla!

Ao amoroso Luis Kalil

Aconteceu no dia 27 de janeiro um encontro da Leb livraria e café, com intuito d A ideia surgiu, inicialmente, por Gladimir Aguzzi para relembrar os encontros de todos para um café, acompanhados de uma boa prosa nesse estabelecimento. Logo, foram a exibição de um depoimento inédito do médico, que também se aventurava no mundo lit escritores de Bagé, na Leb, ocorrido há dois anos. Médico, político, escritor, pai e esposo foi destacado pela delicadeza e gentileza nessa homenagem, familiares, amigos e colegas que relembraram algumas passagens d o destaque de vida pública, sempre manteve a sua essência.

Elias Kalil Neto, seguiu a profissão

Leny Kalil, viúva do homenageado

ANIVERSÁRIOS Argélia de Freitas Gonçalves Celmar Ferreira Cristiano André Ribas Daniela Collares Diego Palma Élson Arraché Pomar Fátima Moraes Marques Gabriele Oliveira Nunes Gelcy Barcellos João Francisco Camargo Martins João Maia dos Santos Leandro Couto Brião Leandro L. Maraschin Margot C. Mendes Pedro Vergílio Jardim Sônia Maria da Silva Vera do Prado Lima Albornoz


Social 08/09 JORNAL MINUANO

BAGÉ, 30 DE JANEIRO DE 2015

de homenagear Luis Simão Kalil. os sábados entre Kalil e amigos agregando pensamentos como a terário, no primeiro encontro de

com todos. Estiveram presentes de sua vida. O médico, com todo

o do pai

Aracely e Noemi Menezes compartilhavam da mesma família, com a união dos filhos

Antônio Moraes, José Airton Menezes, Leny Kalil, Divaldo Lara, Muza e Aracely

Gládis Deble e Gilda Kalil Huber, irmã de Kalil, representando a família Kalil

Adauto Tercius Simões Pires relembrou momentos vividos

la saroti 2x15


10 Cidade

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JORNAL MINUANO

Gasolina pode aumentar R$ 0,22 a partir de domingo As refinarias podem reajustar o valor dos combustíveis em cerca de 7% a partir de fevereiro. A estimativa é de que o valor ultrapasse R$ 0,22 por litro. O aumento foi pré-anunciado na semana passada, pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, mas até agora alguns administradores de postos de combustíveis, em Bagé, ainda não foram informados formalmente pelas distribuidoras. Conforme o proprietário de uma rede de postos da cidade, Paulo Delevati, apesar das distribuidoras não admitirem, já está havendo uma retenção do produto. Ele acredita que a partir do dia 2 de fevereiro, o aumento já seja repassado e haja um acréscimo de R$0,22 a R$0,30 na gasolina e de R$0,15 no diesel. Delevati salienta que está com dificuldade de comprar e receber o combustível. “Estão segurando o produto para vender com o aumento”, disse. O gerente de outra rede de postos, Aristides Soares Godinho, informa que a compra de combustível é realiza-

Tiago Rolim de Moura

Postos ainda não receberam informação oficial sobre reajuste da diariamente e, até agora, a única informação veio através da imprensa. “Ainda não temos nenhuma posição oficial e nem como será repassado para o consumidor”, comenta. Godinho acredita que o acréscimo será gradual. O gerente geral de uma das redes que atua em Bagé, Alexandre Solari, informa que, por enquanto, é tudo especulação e não foi especificado nenhum valor novo. Solari salienta que o percentual do aumento dos impostos não foi repassado para a empresa.

O valor do acréscimo foi anunciado em função do aumento do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para Intervenção no Domínio Econômico (Cide). Esse é o segundo reajuste em menos de três meses. Em Bagé, a média do valor praticado na gasolina, hoje, é de R$ 3,36. Com a medida, o combustível pode chegar a R$ 3,58 por litro. Já no diesel, que também sofre impactos, o valor atual médio é de R$ 2,70 e poderá chegar a R$ 2,85.


Cidade 11

JORNAL MINUANO BAGÉ, 30 DE JANEIRO DE 2015

Município de Hulha Negra é o maior exportador da região Arquivo JM

e físicas, produtos de origem animal, máquinas e produtos químicos.

Aceguá Segundo os dados do MDIC, Aceguá exportou 806 mil dólares em 2014 e não importou nada. O número de exportações reduziu em relação a 2013, assim como no resto do Estado. O único país que recebe os produtos brasileiros por Aceguá é o Uruguai. Os principais são: itens de padaria e hóstias, cerveja, doces e geleias, produtos de confeitaria e conservas.

Candiota

Carnes e seus derivados são os mais exportados em Bagé, como os subprodutos da Incobal O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgou, nesta semana, os números de exportação e importação, em 2014, de todos os municípios brasileiros. Na região, Hulha Negra lidera este índice, pois em 2014 exportou 127,5 milhões de dólares para diversos países na América do Norte e Europa. Inclusive, a região vai ‘na contramão’ do resto do Estado, onde as exportações tiveram queda. Segundo os dados do MDIC, Bagé está em segundo lugar na região da Campanha, já que exportou 70,4 milhões de dólares só no último ano. Isso representa 19 milhões de dólares a mais que em 2013. Os principais destinos são Hong Kong, Itália, Egito, Alemanha e Holanda. Vários produtos vão para outros países, mas a grande maioria se concentra nos derivados de bovinos. A carne congelada lidera, contabilizando 31,3 milhões de dólares em exportação. Este número é mais que o dobro, se comparado a 2013. As principais empresas exportadoras são a Incobal, in-

dústria que produz subprodutos de gado e o frigorífico Marfrig. Conforme informações da secretaria da Fazenda de Bagé, além dos tributos, como o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), um município exportador tem melhores relações internacionais e os recursos recebidos, 25% vai para a saúde e 15% para a educação. O resto pode ser dividido entre as outras demandas. Conforme os dados da secretaria, em 2014, Bagé recebeu R$ 620 mil em IPI. Em 2013, este valor foi de R$ 786 mil. Bagé exporta mais do que importa. O valor de importações em 2014 foi de 2 milhões de dólares, isso representa 600 mil a mais do que no ano anterior. O país do qual Bagé mais importa é a Turquia, seguido do Japão, Estados Unidos, Alemanha e Itália. O maior crescimento é de importações italianas, as quais elevaram de 2,7 mil dólares em 2013, para 123,3 mil dólares em 2014. Os principais produtos importados são os tanantes, utilizados para o tratamento do couro, instrumentos para análises químicas

Candiota vive uma situação peculiar nos dados MDIC. De acordo com os gráficos divulgados, o município não exportou nada, nem em 2013, nem em 2014. Entretanto há empresas estabelecidas lá, como de sementes, que comercializam para outros países. De acordo com a assessoria de imprensa do Ministério, muitas empresas possuem filiais, logo mais de um Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) registrados e fazem a transação por aquela que não está estabelecida no município onde produz. Conforme os indicadores do MDIC,

as importações aumentaram de 2 milhões de dólares em 2013 para 9,6 milhões de dólares em 2014. Os produtos são importados principalmente do Uruguai e Venezuela. As maiores importações são de cal, derivados do petróleo e máquinas agrícolas.

Hulha Negra A principal exportadora da região manda seus produtos para a Europa e América. Reino Unido, Holanda, Estados Unidos, Espanha e Jamaica são os principais destinos. Este volume está concentrado na produção do frigorífico Marfrig, que envia para os outros países conserva e extrato de carne. Se comparar 2013 com 2014, aumentaram em 10 milhões de dólares as exportações hulhanegrenses. A importação é bem menor. Ao todo, em 2014, foram 2,1 milhões de dólares em produtos que chegaram de outras partes do mundo. Este movimento também advém da demanda do frigorífico, pois os cinco produtos mais importados são: carne bovina congelada, conservas de carne, reservatórios de aço, preparações para molhos e condimentos e gordura de animais. Fábio Dutra/Jornal Agora

As produções locais costumam sair do País através do porto de Rio Grande

Funcionários dos Correios não aderem à greve Diferente do que foi definido em assembleia na noite de quarta-feira, em Porto Alegre, e deveria acontecer em todas as cidades do Estado, os funcionários dos Correios, em Bagé, não aderiram à paralisação de dois dias. Os serviços de encomendas e correspondências estão funcionando normalmente e com todos os trabalhadores disponíveis. A greve foi deflagrada porque os servidores querem negociar com a empresa a entrega de cartas e encomendas pela manhã e a contratação de funcioná-

rios através de concurso. A categoria reivindica melhores condições de trabalho e critica as condições de serviço, como falta de servidores e o calor enfrentado pelos carteiros durante as entregas. O delegado sindical em Bagé, Carlos Alexandre Santos, conta que os 32 funcionários decidiram não aderir à greve por dois motivos: o atraso nas entregas decorrente da falta de reposição de quatro servidores que aderiram ao Plano de Demissão Voluntária e porque os bajeenses já saberiam sobre os problemas que enfrenta a categoria.

Em novembro do ano passado, os funcionários aderiram à paralisação de dois dias e reivindicaram melhores condições de trabalho, além da contratação de pessoal. Santos conta que, desse período até agora, apenas um funcionário foi admitido, mas para suprir a saída de um colega. “E também enviaram aparelhos de arcondicionado, mas até agora não instalaram”, enfatiza. A atitude dos trabalhadores em não aderir à paralisação deflagrada na terça-feira tem a finalidade de poupar

os bajeenses, pois as entregas estiveram atrasadas até poucos dias atrás pela falta de servidores. Segundo o delegado sindical, se houvesse a adesão, as entregas voltariam a ser comprometidas, gerando ainda mais atrasos. Para que a questão das condições de trabalho dos funcionários se resolva, em Bagé, a solução, de acordo com Santos, seria a contratação de mais 10 servidores, totalizando 42 trabalhadores no setor de correspondências e encomendas, além de melhores estruturas no prédio dos Correios.


12 Lazer

JORNAL MINUANO

Vitória conta para Rafael que fugiu de Boston com a passagem de Paulo. Fernando e Susana ficam juntos. Cristina tenta acalmar Diana. Sandra descobre quem é o pai de Vitória. Fernando e Susana pensam um no outro. Carlota manda Beto apresentar Solange para Madalena. Luísa e Ricardo fazem cópias das notas fiscais da Vip Turismo. Vicente reclama por Sandra ter saído da mansão. Vitória revela para Beatriz o resultado do teste de paternidade, e as duas discutem sobre quem contará para Elísio. Vitória dorme na casa de Inês. Beto convida Solange para jantar em sua casa. Diana pede ajuda para Gilda. Sandra e Rafael pensam em levar Cláudia e Otávio para passear. Elísio procura Vitória. Alto Astral - GLOBO - 19h30min

Caíque não aceita se casar com Samantha. Bia fica revoltada ao saber que seus pais foram assassinados. Adriana flagra Fernando e Itália se beijando no hospital. César ganha de Ricardo a disputa da eliminatória de natação. Úrsula diz para Débora que Maria Inês está saindo com Marcelo. Maria Inês pergunta a Marcos o que há entre ele e Sueli. Laura devolve o anel que Caíque lhe deu, mas os dois acabam se beijando. Império - GLOBO - 21h

Horóscopo

Maria Clara se incomoda com a proximidade entre Cristina e Vicente. Maria Marta conversa com Téo Pereira. Clara dá um ultimato em Vicente. Magnólia sente falta de Robertão e Maria Ísis. Beatriz convida Maria Ísis para jantar em sua casa. José Alfredo e Josué ajudam nos preparativos para o desfile de carnaval. Érika e Lorraine combinam um encontro. Téo Pereira pergunta a Maria Marta o nome de seu primeiro marido e ela responde. Maria Marta aconselha Maria Clara sobre a relação dela com Vicente. Lorraine entrega o álbum de Silviano para Érika. Maria Clara liga para Vicente. Kelly e Batista arrumam o apartamento de Maria Ísis. José Alfredo e Antoninho conversam. Maria Marta tranquiliza Silviano. Robertão faz uma sessão de fotos em Paris. Maria Clara e Vicente fazem as pazes. Carmem e Orville conversam. Lorraine pede um favor a Xana. Maria Marta vai ao jantar na casa de Cláudio e vê o carro de Josué.

ÁRIES

Mente cheia de ideias hoje e amanhã. Com o auxílio de instrumentos que melhorem sua comunicação com o meio, o clima estará perfeito. Evite expor suas feridas em público; saiba que você anda transparente. Separe vida privada de vida profissional.

TOURO Astros em falta de sintonia no seu setor financeiro pedem cuidado redobrado ao lidar com compras e vendas. Você poderia ser enganado por alguém mal-intencionado. Há risco de perda de algo valioso também. No amor, fuja de enrolações alheias.

Palavras Cruzadas

Boogie Oogie - GLOBO - 18h30min

LIBRA Cenário astral confuso espelha confronto de desejos de grupos e pessoas. Alguém pode mentir, pode dar como certo algo que nunca foi prometido. No trabalho e em casa, inspiração; mas não confie em outros para realizar o que intuiu.

ESCORPIÃO Em busca de suas raízes, tentando encontrar parecença com quem aparece em sua vida agora, desvendando cismas: assim transcorre o dia, bom para charadas cósmicas, intuições engraçadas e coincidências que propõem outras realidades. Música e novidades.

GÊMEOS Com a Lua em seu signo, hoje, é bom reservar os próximos dias para cuidar mais de si, caprichando nos cuidados com a flexibilidade e arejamento mental. Menos peso e mais leveza, em todos os sentidos, é do que precisa. Sensibilidade física requer descanso.

CÂNCER

Domínio de si está difícil hoje, com ondas astrais cruzando canais. Mas vale o esforço. Pessoa amiga pode confundir mais do que ajudar. Reforce orientações a assistentes. Mas não espere demais de quem não tem qualificação: desista ou troque.

LEÃO Mantenha o foco nos relacionamentos, pois eles são decisivos para os futuros desdobramentos positivos de muitos projetos e esperanças que você acalenta. Oscilações emocionais estão no menu astral, atrapalhando entendimento no setor amoroso.

VIRGEM Um dos dias mais delicados do mês para você, que está sentindo inclinações contraditórias, mas que hoje está mais confuso para decidir o melhor. Tendência a distorcer e a fantasiar tudo, inclusive suas possibilidades verdadeiras. Descontentamentos.

SAGITÁRIO Clima astral bom para entender as pessoas a sua volta, já que você está mais aberto para elas. A empatia nasce daí. Porém, evite se comprometer com planos de futuro, pois condições enevoadas estão fortes hoje, atrapalhando um julgamento límpido.

CAPRICÓRNIO Sol e Lua em signos de elemento ar favorecem hoje boas escolhas para a casa, assim como entendimento com pessoas que posam ajudar você a cumprir metas. Aquisição de aparelhos ou equipamentos pode ser pesquisada; mas só feche negócio depois de estudar.

AQUÁRIO Um dia agradável, em que mente e emoções estão equilibradas, reforçando visão de mundo original. Há muita criatividade. Conte com a receptividade de outras pessoas. Jovens nos pensamentos e abertas para o novo. Oscilações amorosas. Desconfie.

PEIXES Três astros em seu signo acentuam necessidade de cuidar de si, de olhar mais para sua vida e há até um certo egoísmo nisto. Querendo ou sem querer, há risco de disfarçar essas tendências de um jeito que pode ocasionar decepções. Seja direto. Será melhor para você.

Loterias

Novelas

Edibar

Cinema

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FEDERAL 04940

LOTOFÁCIL 1164

LOTOMANIA 1525

1º prêmio 2º prêmio 3º prêmio 4º prêmio 5º prêmio -

03 04 05 08 10 21 22 23 24 25

07 15 23 24 26 29 30 43 49 53 54 61 63 67 68 78 80 85 93 94

MEGA-SENA 1673

QUINA 3701

89.078 54.424 09.005 97.454 11.760

DUPLA-SENA 1354 1º sorteio:

12 22 25 30 41 44 2º sorteio:

07 30 31 37 42 45

11 13 15 17 20

05 10 23 24 35 47

09 15 35 40 78


Cidade 13

JORNAL MINUANO BAGÉ, 30 DE JANEIRO DE 2015


14 Segurança

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JORNAL MINUANO

Operador de máquinas morre Motocicleta furtada é encontrada em matagal em estabelecimento de produtos agrícolas Funcionário trabalhava há cerca de um ano no local Sadi Antônio Camponogara, 66 anos, morreu em função de uma descarga elétrica na manhã de ontem, enquanto trabalhava. O acidente aconteceu em uma empresa do setor agrícola. O estabelecimento fica localizado na avenida Santa Tecla. O registro na Polícia Civil foi realizado pelo proprietário da empresa. Camponogara trabalhava como operador de máquinas. Conforme informações prestadas à Polícia Civil, o funcionário estaria regulando um dos aparelhos para retirar os produtos do silo e não utilizava os equipamentos de segurança no momento do acidente. A vítima foi encaminhada à Santa Casa

de Caridade, mas não resistiu. Camponogara era natural de Santa Maria. Segundo familiares, na cidade natal, ele trabalhou como agricultor. Residia em Bagé há cerca de um ano, mesmo tempo em que trabalhou na empresa onde sofreu o acidente. O MINUANO foi até o local na tarde de ontem, mas a empresa estava fechada. A vítima residia no bairro Getúlio Vargas, era divorciada e deixa os filhos Erick, Kássio Gabriel, Natieli, Hesheguiel, Kátia, Consuela, Carine, Shirley e Amanda. O sepultamento acontece hoje, às 9h, no Cemitério da Santa Casa de Caridade.

divulgação

Camponogara é natural de Santa Maria

Carro capota na BR 153 O motorista e dois passageiros sofreram lesões leves após um acidente na BR 153, por volta das 7h50min de ontem. O veículo Celta trafegava de Porto Alegre em direção a Bagé, quando o eixo dianteiro quebrou. O condutor, de 20 anos, acabou perdendo o controle do veículo. O carro colidiu em um barranco e logo após capotou. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) atendeu a ocorrência.

divulgação

Mulher é presa após ser intimada e não comparecer ao tribunal Ana Maria Canes Nunes, foi presa em casa, na rua João Manoel Budó, na tarde de quarta-feira. A Brigada Militar cumpriu mandado de prisão, que foi expedido pela primeira vara criminal da cidade.

Foragido de Dom Pedrito é capturado em Bagé A Brigada Militar prendeu, na tarde de ontem, um foragido da cidade de Dom Pedrito. Daniel dos Santos, 29 anos, foi abordado na rua Monsenhor Constábile Hipólito, por volta das 14h. Conforme os policiais, ele apresentou atitude suspeita ao perceber a aproximação da viatura. Santos foi encaminhado ao Presídio Regional de Bagé (PRB).

Acusado apresentou atitude suspeita

Eixo dianteiro quebrou e motorista perdeu o controle

Ana Maria é acusada de ser autora de incêndios em Aceguá, na localidade do Espantoso. A prisão foi decretada após receber intimações e não comparecer ao tribunal.

divulgação

Uma motocicleta, provavelmente utilizada no assalto à agência lotérica, na terça-feira, foi encontrada pela Brigada Militar na tarde de ontem. Os policiais chegaram ao local através de uma denúncia. O veículo, que estava escondido em um matagal, nos arredores de uma ponte na rua Dr. Penna, havia sido furtado próximo ao condomínio Bella Veículo tinha placa adulterada Itália. A placas verdadeira, YTH6657, foi adulterada com fita isolante pelos ladrões para TTH6897. A moto era de cor roxa e foi pintada de preto.


Esporte 15

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Daiane Lima

Interina

Pilotos se preparam para o Gaúcho de Bicicross No dia 8 de fevereiro, a Equipe Bajeense de Bicicross (EBBX) realiza uma prova que servirá como treinamento para o Campeonato Gaúcho. O evento acontece a partir das 17h na pista municipal. A atividade não contará como uma das etapas. A organizadora, Ana Emília Assumpção, explica que o treino será uma oportunidade para que os atletas analisem os próprios resultados. A competição é uma preparação para os dias 21 e 22, na primeira etapa que acontece em Novo Hamburgo, na pista do Grêmio Atiradores.

ARQUIVO/JM

De 25 a 30 atletas são esperados no evento Cerca de 20 competidores devem participar do Campeonato Gaúcho. O número esperado de inscritos para o evento é de 25

a 30 atletas. A última prova, que aconteceu no dia 25 de janeiro e marcou a abertura das competições, reuniu 22 inscritos.

Representantes do Bagé se preparam para congresso técnico Os representantes do Grêmio Bagé estarão na sede da Federação Gaúcha de Futebol, em Porto Alegre, no dia 3 de fevereiro. O congresso técnico deve iniciar às 14h. O presidente do Bagé, Eduardo Mendes, e o diretor de futebol, Paulo Machado, serão os representantes do clube na capital.

Durante o evento, detalhes como o número de jogadores permitido de cada idade, serão explicitados. Além disso, Mendes afirma que serão apresentadas algumas solicitações durante o encontro, como o apoio financeiro da federação e quantidade de clubes que vão subir e os que serão rebaixados.

Pau de selfie está proibido na Arena Mesma medida foi tomada em estádios ingleses O monopod, aparelho que se popularizou como “pau de selfie”, está proibido na Arena. A decisão foi uma medida de segurança e vale para todos os jogos da temporada. Mas a proibição não é apenas para isso, a lista completa dos objetos está nos portões do estádio e desde a inauguração, inclui câmeras e filmadoras profissionais e materiais que possam ser arremessados. A decisão não é exclusividade do tricolor. O objeto já foi vetado em estádios ingleses e mais tarde na Arena Amazonas, no torneio de Verão. Nos estados de Minas Gerais, Bahia, Ceará e Paraná o assunto já está sendo discutido e é possível que os times adotem a mesma postura.

Ânderson está sendo analisado pelo Inter Meio campista foi oferecido ao time O herói o Grêmio, o meia campista Ânderson, pode ser o novo nome do Internacional. Após a tentativa de negociação do colorado para a negociação com Giorgian De Arrascaeta, que não se concretizou, o jogador foi oferecido e o clube vai analisar a contratação. Ânderson foi revelado no tricolor e é conhecido pelo gol marcado contra o Náutico, que garantiu o título da série B em 2005, na Batalha dos Aflitos. O jogador ficou até 2007 em Portugal, onde conquistou as temporadas 2005-2006 e 2006-2007. No final de 2014, o jogador chegou a relevar que havia sido sondado pelo Inter, mesmo tentando retornar ao Grêmio.


16 Contracapa

BAGÉ, 30 DE JANEIRO DE 2015

JORNAL MINUANO

Temperatura Hoje Mínima Máxima

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Problema na rede elétrica deixa mais de sete mil bajeenses sem luz O final da noite da última quartafeira foi às escuras para muitos bajeenses. Após a forte precipitação, a rede de distribuição foi afetada e deixou mais de sete mil clientes sem energia, em diferentes pontos da cidade. Morador do bairro Santa Flora, Jean Pierre Soares Conde, 20 anos, comenta que a energia caiu antes das 23h e só voltou às 1h27min. Entretanto, isso não é atípico. A situação sempre gera, além do transtorno, prejuízos. “Volta e meia a energia fica em meia fase. Ontem, tive que botar fora os alimentos que estavam na geladeira, porque ficaram muito tempo sem refrigeração”, comenta. Na Vila Gaúcha, a situação foi semelhante. A comerciante Simone Varella, 44 anos, conta que a energia oscila sempre durante dias de chuva. Mas nunca ficou tanto tempo sem energia. “Sempre que chove acontece isso e eles nunca trocam o transformador”, diz. De acordo com a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), ocorreu um defeito isolado em decorrência da chuva, na rede de distribuição de energia elétrica, próxima

ao ‘trevo do 21’. Isso afetou a conexão de um dos cinco alimentadores (redes de média tensão de energia) que atendem a região Sul de Bagé. Conforme a regional da empresa, este tipo de defeito é de difícil localização, sendo quase imperceptível à distância, especialmente à noite e, por ter ocorrido no início deste alimentador, atingiu um maior número de clientes, no caso, 6562 unidades consumidoras. Para que os técnicos pudessem ter acesso ao local do defeito e realizar os serviços de reparo com total segurança, em função da proximidade dos circuitos existentes na área, a CEEE-D precisou desligar outro alimentador. Este procedimento atingiu, por cerca de 45 minutos, outros 7529 clientes, sendo que o restabelecimento completo do fornecimento de energia elétrica ocorreu a 1h15min de quinta-feira. Segundo Neriley Freitas Leite, servidor administrativo da companhia, tratou-se de “um fato isolado, prontamente corrigido, causado por ação da natureza, sem nenhuma relação com falta de capacidade de abastecimento”.

Noite

Defeito na rede foi ocasionado pelo forte temporal da última quarta-feira

Antônio Rocha


Minuano

BAGÉ, SEXTA-FEIRA, 30 DE JANEIRO DE 2015

Tu conheces o poeta Camilo Rocha? Nesses idos de 2015, raros são os habitantes desta terra que sabem que há 60 anos um moço de vinte poucos anos encantava a cidade com sua poesia. Uma encantada e madura poesia. “Artesanal poesia”, como descreveu o amigo João Bosco Abero. Camilo Rocha “inspirava uma verdadeira vocação poética”, sintetizou o poeta Carlos Drummond de Andrade, ao lamentar sua morte, por tuberculose, em 1958.

Poema quase elegia O vento passa gemendo pela memória dum homem que lembra mortos bem vivos no fundo do seu coração. Lembra também outros fatos: um grito de frio e fome brotando do raso chão, e lembra tristes notícias de guerras e morticínios. Dentro do mundo impreciso, um homem calado está ouvindo uma tosse noturna e por detrás dessa tosse outra tosse mais profunda; é a morte agônica e seca de um irmão dessangrado. Agora seus olhos úmidos lembram a moça aleijada (sua noiva japonesa), crianças assassinadas na pucela de Hiroshima. O vento passa gemendo sua mensagem de paz. Enquanto o ódio palpita no fundo dum coração. (Camilo Rocha)


02 BAGÉ, 23 DE JANEIRO DE 2015

JORNAL MINUANO

É preciso lembrar o poeta artesanal que morreu cedo

O dia de hoje, 30 de janeiro, não é a data de nascimento ou de morte de Camilo Rocha e, tudo indica, nem é o dia comemorativo ao seu primeiro poema. A homenagem nesta edição do CULTURA MINUANO é embalada por palavras como aquelas em que o intelectual João Bosco Abero proclama “é sempre bom lembrar Camilo Rocha”; por um olhar à paixão literária de Rafaela Ribas; às sensibilidades de Norma Vasconcellos e Elvira Mercinha Nascimento; pela lembrança de Davi Simões Pires, orgulhoso por sua memória grudada em Fernando Pessoa; por Sarita, Sônia, Gladis, Sheila; pelos anos de ausência de Dora, Clóvis, Ernesto, Glênio, Glauco, Edmundo... nossos tantos poetas. Pelos sonhos de quem está chegando agora ao mundo literário; pelas recordações de Ito Carvalho; pela falta de lembrança de quem nem tem culpa disso. A homenagem ao poeta é por pura necessidade de não nos enrijecermos e permitir trocar palavras como exaltação ao belo. É “amor que faz do ausente um ser presente”, nos versos do próprio Camilo.

É um canto do coro tebano de Sófocles a nos narrar feitos imortais. É uma súplica de atenção à estrofe que teima em ser espelho meu e teu. Assim, justifica-se este ave, Camilo!, crivado de frases de memória. Camilo Rocha morreu em 4 de setembro de 1958, tinha apenas 26 anos de idade e estava internado na Santa Casa de Caridade de Bagé. No óbito está escrito Hemoptise Bacilose Pulmonar. Tuberculose. Havia pouco morrera outro poeta maior: Pedro Wayne. A cidade empobrecia. Camilo nasceu no dia 2 de julho de 1932. Filho de Olmiro Gomes da Rocha e Maria Aveiro da Rocha. Irmão de Neida. Dainor, Lia e Vânia. Revisor e redator do jornal Correio do

Meditação ante o retrato dos avós (para Ernesto Wayne) Ficou algum troféu do tempo escuso pela escassa memória revivido. O retrato da avó, a roca e o fuso e o corpo morto ausente do vestido. O vestígio do antigo faz-se agora mais nítido no riso do estrangeiro: fronte madura de oceano e aurora em sombra de vinhedo e cancioneiro. Ficaram quilhas e âncoras e cascos conjurando nos cabos bojadores seus amores antigos e seus ascos, que revivem concretos neste instante entre imagens e cânticos e andores nos soluços do neto de emigrante.

Camilo Rocha foi redator e revisor do jornal Correio do Sul

Sul, residia na avenida Sete de Setembro, nº298. Naquela parte estreita, “lá embaixo”, como se diz por aqui. Cedo saiu da casa dos pais para morar só. Cedo começou a se destacar como poeta. Cedo morreu. É hora de lembrarmos Camilo e de nos impregnarmos de sua poesia.

Soneto ao Arroio Bagé (para Ernesto Costa) Não cantarei o curso nem as margens, que nelas me perdi, perdida a infância e agora redobrada nas miragens que o tempo me devolve, apenas ânsia; memória apenas de águas escorrendo nos meandros da vida que dispensa entre calhau e concha vai colhendo o visco de outra vida mais diversa. Não cantarei os sonhos nem os mitos que um longínquo menino nas areias arquitetara, breve arquitetura. O arroio cantarei, os olhos fitos num pássaro que passa, as asas cheias de seu calmo fluir entre a verdura.


A triste notícia de um dia de setembro de 1958 BAGÉ, 30 DE JANEIRO DE 2015

Quando o município de Bagé completava 197 anos de fundação, em julho de 2008, o jornal Correio do Sul lançou um suplemento especial em homenagem a Camilo Rocha. O mesmo jornal que na manhã de 5 de setembro de 1958 estampava em suas páginas a triste notícia da morte do poeta. Abaixo a um trecho da edição, referindo-se ao poeta. Causou profunda mágoa em todos que trabalham nas várias secções deste jornal, a notícia do falecimento, ontem, nas primeiras horas da tarde, do nosso companheiro de trabalho, jornalista Camilo Rocha, em quem todos tinham como amigo leal, prestativo, desprendido e sempre interessado em tornar-se útil aos seus semelhantes. Em cada companheiro de trabalho, Camilo Rocha conquistou, graças ao seu gênio expansivo, cordial e delicado, um amigo apreciador de suas

reais qualidades. Distinguido sempre com a simpatia e a amizade de quantos o cercavam. Por isso mesmo, a notícia de seu prematuro transpasse constituiu motivo para que todos os seus companheiros de trabalho lamentem de maneira sincera o pungente acontecimento que nos privou de seu convívio. Apesar da pouca idade, Camilo Rocha era um dos expoentes da nova geração intelectual de Bagé. Poeta primoroso, redigindo num estilo todo pessoal, os seus poemas alcançaram sempre grande sucesso e repercutiam aqui e além fronteiras bajeenses. Entre suas composições mais brilhantes, alinhavam-se: Meditação ante o retrato dos avós, Soneto ao Arroio Bagé, Natureza morta e Elegias à Débora. Esses poemas já atestavam a sua capacidade e inteligência, a sua veia poética acentuada e o seu grande apego às lides

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culturais. De feitio simples, sem requintes de vaidade, apesar de seu reconhecido talento, Camilo Rocha era de temperamento acessível e cortês, tratando a todos que com ele conversavam com bondade, candura e delicadeza. (...) Seu féretro sairá hoje, às 9h, da casa mortuária número 298, sita à rua Sete de Setembro, local onde residia e em que, nos momentos de elocubrações intelectuais, vinha elaborando os seus trechos poéticos mais recentes. As pompas fúnebres estão a cargo da Funerária Nossa Senhora Auxiliadora.

Camilo Rocha e Arthur Rimbaud Um dia após a morte de Camilo, Paulo Tuiuti Silveira Camargo, com a participação de outros amigos do poeta, escreveu o texto que segue.

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aleceu ontem um moço, obscuramente, quase anonimamente num quarto de hospital. Morreu dessa forma Arthur Rimbaud, em condições talvez um pouco mais ingratas. Mas, entre o poeta francês do “Bateau Ivre” e Camilo Rocha eram tantos e tantos os pontos convergentes que a aproximação é inevitável. Moço que aos 26 anos deixa de existir, Camilo Rocha palmilhava intensamente os caminhos da vida. Fora entendido em arremates de carreira, fora bancário, fora viajante comercial, fora estudante rebelde, funcionário de frigorífico, cronista esportivo, redator de sessões legislativas, organizador de concursos radiofônicos. Vivências essas riquíssimas que o levaram, através do talento e de uma capacidade de assimilação e de memórias agudas e surpreendentes, aos caminhos da poesia. E foi poeta como poucos tivemos. O tempo há de lhe fazer justiça. A mesma justiça que o tempo fez a Rimbaud. Bagé talvez não saiba o desfalque o passamento de Camilo Rocha lhe deixa. A cidade talvez nem de leve tenha conhecimento que humildemente e docemente cerrou os olhos para sempre um de seus filhos mais ilustres, pois ilustres para nós são aqueles cujo espírito não passará, ilustres são aqueles que deixam algo que se fixará na perenidade e na imperecibilidade.

A poesia de Camilo Rocha participava de algo que a cultura gaúcha há de incorporar a seu acervo para engrandecimento próprio e para o seu patrimônio. Saibam bajeenses, que Camilo Rocha, o pobre moço morto, o tímido revisor do Correio do Sul, o indiferente comentarista de debates políticos locais, o narrador de disputas esportivas que pouco lhe importavam, o relacionador de nomes importantes chegados de viagem, o jovem desconcertante nas suas atitudes imprevisíveis, era uma figura cujos versos, alguns deles, um dia - um dia que a cidade tem o dever de fazer com que não tarde, se inscreverão entre o que demais alto e de melhor a poesia de nosso tempo, em nosso País, conseguiu. Pobre Camilo Rocha que sabia disso tudo a seu respeito, pobre Camilo Rocha que teve pela frente destino tão brutal e vida tão curta, que um dia há de ser algo mais do que é hoje, apenas uma máquina de escrever silenciosa na redação de um jornal e uma angústia pesada demais no coração de seus amigos. A máquina de escrever na redação do Correio do Sul, Camilo, muito breve voltará a ser dedilhada, a dor no coração dos teus amigos, Rocha, a vida se encarregará de dissipar. Só a tua poesia, amigo, ficará para sempre. E era o que querias, ora, não?

Soneto da falsa madurez Sei que as rugas que tenho não são minhas: colaram-se tão fortes no meu rosto que o esforço de tirá-las me tem posto mais triste, e mais amargas suas linhas. Suportá-las, enfim. O vinho e o mosto andam juntos nas taças e nas vinhas. E o gozo (ou dor) das horas mais daninhas deixam seu traço de desgosto ou gosto. Deixam seu traço além da carne, além do que me representa, perecível, ante o mundo e as verdades que contém. Não são minhas as ruas: não chorei nem ri bastante. Apenas sou visível nelas, e pelos males que eu obrei.

O arquivo de poemas de Camilo Rocha foi doado ao Museu Dom Diogo de Souza, em 2013, por João Bosco Abero, amigo e grande admirador do poeta.


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izia-se à época de sua morte, que a mesma cidade que lhe motivou a poesia, Pelotas, foi também aquela que lhe trouxe o bacilo que resultou em sua morte. Período em que trabalhou em um frigorífico daquele município. No entanto, a verdade é que Rocha permitiu que a doença vencesse a vida. Foi noivo de Elza Barros, para quem dedicava poemas e bilhetes bem humorados. Ela, porém revelou, há seis anos, que prefere guardar tudo no recôndito de sua memória. Ou seja, os momentos poéticos de sua juventude ao lado

do poeta. Isto porque o destino reservou outra felicidade para a sua vida.

Obras

Alguns Poemas, A Vida Menor, Mecânica da Rosa e a Barca de Tarsis (publicado por amigos in memoriam), além de uma coletânea de poemas traduzidos de autores franceses e espanhóis fazem parte dos cadernos de poesia de Camilo Rocha.

A Barca de Tarsis

Os bens perdidos

Neste barco vou eu e meu cão. Eu estou nu e choro... O cão me consola com sua presença dura (o cão lamenta minhas chagas).

Perdi meus braços e pernas em estultas caminhadas. Nem mesmo logrei vencer o tempo que ileso ficou guardado nos escaninhos que guardam também destroços de outros ousados corpos.

A onda que esconde o barco em seu colo – arco e acalanto – é como um pranto sem medida. (Ou a medida vai dos pés aos olhos?) Meu barco medido, cortado, repartido resvala na eternidade do mar, na eterna pausa entre onda e onda, na imediação redonda. E aí, sob meus pés, o casco, o choro em mim continua, e no cão.

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Perdi o meu e o de outrem e o que me fora ofertado sem náusea e sem fadiga; uma limpidíssima palavra que de tão limpa caíra como lágrima no túmulo, e um sorriso tão sujo colado no hirto rosto como precária moldura num retrato antigo e fosco. Perdi o beijo, e o lábio ficou na gaveta funda com toda sua ternura e seu sorriso intempestivo. (Na boca insofrida e dura aflora um tênue esgar de espanto e desconsolo.) Perdi minha casa, e a rua (que alheia sempre me foram) com todas as suas paisagens de rosa contra o crepúsculo e crianças descuidadas, me ficaram na memória como ciranda longínqua cantando nos olhos secos. Perdi-me a mim e ao mundo.

O livro A barca de Tarsis foi publicado por uma ação de amigos do Camilo Rocha. A arte de capa é de Glenio Bianchetti.

Só Bagé o desconhecia No ato de sepultamento do poeta, o advogado José Carlos Teixeira Giórgis* fez o pronunciamento final. Entre suas palavras: “Custa-nos acreditar que alguém morreu. Custa-nos crer que a morte, ‘esta carnívora assanhada, serpente má de língua envenenada que tudo o que acha come’, tenha levado Camilo Rocha. (...) Nosso conhecimento com Camilo não repontava há muito. Talvez menos de um ano. Cremos que fora na época em que se planejava o Festival de Poesia Moderna. Às vezes, ele lá comparecia como autor a ser declamado, como amigo dos que gostavam da arte, como um verdadeiro artista, profundo e inigualável conhecedor das coisas que se referiam à poesia. (...) Vivera nos seus poucos anos de existência todas as sensações e dissabores. Poeta grande. Mas grande mesmo. Seguidamente era publicado em revistas especializadas do Rio de Janeiro e São Paulo. Vencia concursos de poesia. Só Bagé o desconhecia. Bagé talvez ouvisse sua tosse nas madrugadas hibernais. Mas era um homem a mais que passava. Talvez nossas ruas estivessem acostumadas com o toc toc dos passos de Camilo Rocha. Mas, Bagé o desconhecia. Bagé se preocupa mais com moda, com prados, com as rodas de café, onde se arrotam faisões e onde se cantam os predicados sensuais de uma prostituta. Bagé não gosta de artistas. E eles sempre se vão em busca de outros ares, onde refulgirão seguramente. Mas, para Camilo não houve outra cidade... (*Giórgis é colunista do MINUANO. O texto acima foi extraído de uma publicação do Correio do Sul de 1958)

Edição e reportagem Gladimir Aguzzi

Diagramação Maria Eni M. Zabala

Revisão Helena Pereira


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