Realidade

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Por: Ana Paula Kemerich Daniele Balbueno Gabriella Oliveira

São Borja tem hoje 13 postos de saúde, um localizado no interior e 12 grupos de Equipes de Saúde da Família (ESF), e ainda conta com o Centro de Especialidades. No Centro são atendidos os pacientes encaminhados para consultas com cardiologista, neurologista ,ginecologista, entre outros. Cada unidade de saúde tem um critério específico de agendamento e atendimento conforme as necessidades da comunidade, dando preferência aos casos de urgência. Apesar da Enfermeira Técnica, Franciéli Mion, responsável pelas unidades, garantir o bom funcio-namento das ESF, existem ainda reclamações da população. “São marcados dias para o agendamento de exames, mas

quando a gente chega lá as fichas já foram todas distribuídas, dando a entender que já foram entregues antes da data estipulada” é o que alega Jaqueline Dias Reginaldo, 38 anos. Os postos de saúde fornecem todo tipo de medicação, mas somente na Farmácia Básica Geral são encontrados remédios controlados, sendo que para obtenção dos mesmos, diabéticos e hipertensos precisam de um cadastro que deve ser renovado de seis em seis meses. Segundo a enfermeira técnica, existe uma lista básica de medicações que é de responsabilidade da Secretaria Municipal de Saúde, mas há uma procura muito grande por medicamentos que estão fora da lista, ficando a cargo do posto a compra dos remédios, quem arca com o custo, que varia conforme a demanda é a Prefeitura Municipal. A maior dificuldade encontrada pela Secretaria de Saúde é fazer com que as pessoas se conscientizem de que os remédios só serão

fornecidos mediante receita médica, e carteira de identidade em caso de medicação controlada. A moradora de Rincão de Sant’ana , interior de São Borja, Salete Selatchek , 30 anos, convive com três idosos que frequentemente precisam de remédios, mas encontra dificuldades pois o posto da localidade tem carências quanto ao atendimento médico. “A gente vai até o posto mas não tem médico para dar a receita, sem ela a gente não pode comprar e nem retirar o remédio na Farmácia Básica, nos deslocamos do interior do município e as vezes chegamos aqui e não tem remédio. É importante ressaltar que somente as receitas fornecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), são válidas para retirada de remédios, ou ainda receitas de médicos conveniados com o sistema e que atendam no consultório. O horário de funcionamento de todas as unidades de saúde é de segunda à sexta das 7h e 30 às 11h e 30 e das 13h e 30 às 17h e 30, na Farmácia o horário é das 8 h às 12h e das 13h às 16h.

Há 18 meses o Hospital Ivan Goulart gasta mais que sua receita. A explicação está na negligência do Governo Estadual com a saúde. O Estado deveria aplicar 12% de sua receita em saúde, mas têm aplicado cerca de 5%, desde o governo Britto. Moacir Auzani, diretor administrativo do Hospital Ivan Goulart, relata que o hospital só sobrevive porque consegue intercalar seus credores. Ora deve para um fornecedor, ora para outro, e as dívidas só acumulam. O déficit mensal é de R$ 100 mil, e as dívidas já chegam a quase dois milhões. Para Jorge Luiz Ross, assessor de convênios do hospital, é sorte conseguir pagar os funcionários, mas atualmente a folha está em dia. Auzani acredita que até 2009 o Estado cumpra a promessa de chegar próximo dos 10% de investimento na saúde, o que melhoraria significativamente a situação do hospital. Enquanto isso não acontece, são tomadas medi-

Faltam médicos e sobram leitos.

das de contenção de despesas. A principal delas é a criação de uma usina de oxigênio, já que o hospital gasta mensalmente, em média, R$ 12 mil com esse produto. Com usina própria, que deve inaugurar em 30 dias, os gastos vão diminuir para R$ dois mil. Entre o SUS, IPERGS e prefeitura, que são as maiores fontes de renda, a receita do hospital é de aproximadamente R$ 550 mil. Valor que deve aumentar em março, pois são esperados mais investimentos da prefeitura. O hospital não tem nenhum problema quanto à estrutura. Dos 136 leitos disponíveis, apenas 70% são ocupados. O que faltam são médicos. Falta intensivista (médico especialista em atendimento à UTI), médicos neunatologistas, anestesistas e traumatologistas, concluiu Auzani.

Obras no Museu João Goulart em andamento Por: Daíse Carvalho, Henrique Sanchez e Ricardo Bolson As obras de restauração do prédio onde será o Museu João Goulart, ex-presidente do Brasil, serão concluídas dentro de seis meses. A Empresa Mega Sul que ganhou a licitação é da cidade de São Luis. Grande parte do material que está sendo utilizado na obra é vindo de Porto Alegre e região. O prédio que está sendo reformado, é localizado na esquina das ruas Presidente Vargas e Felix da Cunha, foi construido em 1928, e pertencia a famíla do ex presidente. A reforma, além de restaurar o prédio, mostra a história

de um dos mais importantes presidentes do país, nascido no município. O prédio vai abrigar setores impotantes da prefeitura, como a Secretária de Cultura e Turismo e outros espaços destinados à população, como salas para exposições. Desde o ínico da obra há quatro meses, a equipe de pedreiros contava com apenas quatro integrantes. No último mês duplicou o número de trabalhadores envolvidos na obra, ocasionando um crescimento e desenvolvendo de forma mais rápida parte do processo de restauração do prédio .A equipe trabalha de segunda a sábado ,das 7h30 ao meio-dia e na parte da tarde das 14h até as 18h. A engenheira responsável pela obra é Larissa Pisoni, de São Luiz Gonzaga ,que acompanha o andamento vindo duas vezes por semana até a cidade.

Expediente: o Realidade é o jornal laboratório do Curso de Comunicação Social - Jornalismo da Unipampa, produzido pelos acadêmicos do segundo semestre, na disciplina de Laboratório de Jornalismo Impresso I. Professora responsável: Profª. Me. Joseline Pippi (MTB 12164)/Equipe: Ana Camila Costa, Ana Caroline Fagundes, Ana Márcia Nilson, Ana Paula Veiga, Ana Paula Kemerich, Anderson Cogo, Andressa Shneider, Camila Schmitt, Carmem da Costa, Clevison Lopes, Daíse Escobar, Daniele Balbueno, Diego Dorneles, Diogo Rodrigues, Elder Correa Junior, Franciele Bolsan, Francine Ferreira, Gabriella de Oliveira, Glauber Alves, Henrique Sanchez, Jaiara de Oliveira, Julian Bohrz, Larissa Lucero, Lenise Morgental, Liane Godoi, Luan da Silva, Luana Raddatz, Luciano da Costa, Luis Gabriel Mendrana, Maíra Silva, Marcelo dos Reis, Márcia Solares, Marlon Ortiz, Marlova Martin, Mauro garcia, Natalia Apoitia, Priscila Urach, Rafaela Vieira, Ricardo Bolson, Robson Hidalgo, Suelen da Silva, Tamela Grafolin, Tiago Muchale, Valeska Birck e Vinícius Ferreira.Tiragem: 1000 exemplares. Distribuição gratuita.

Oleiros sofrem com falta de matéria-prima (central)

Edson Camargo fala sobre projeto cultural (pág. 2)

Ano II, N°7, Jornal Laboratório do Curso de Jornalismo/Unipampa.

São Borja, 10 de novembro de 2008.

O descaso com o patrimônio Liane Godoi

Ana Paula Kemerich

Grande parte da população não encontra os remédios que precisa nos postos de saúde do SUS.

Por: Elder Nunes Jr.

Realidade

Hospital trabalha com déficit mensal de R$ 100 mil

Carência na distribuição de medicamentos

realidadeccssb@gmail.com

Realidade - São Borja, Segunda-feira, 10 de novembro de 2008.

Diogo Rodrigues

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Falta de sinalização adequada no entorno da obra permite a deterioração do mausoléu da Praça XV.

Por Maíra Vogt e Priscila Bicca

O mausoléu em memória ao exPresidente Getúlio Vargas, criado em comemoração aos cinqüenta anos de sua morte no ano de 2004, vem sendo vítima do descaso da população. A obra, que foi projetada por Oscar Niemeyer, está localizada na praça XV de Novembro, no centro de São Borja. O monumento que segue as características das obras do arquiteto prolonga-se pelo chão formando uma espécie de “calçada”, o que acaba sendo fator principal para o desrespeito com a obra, já que muitos pedestres decidem cortar caminho passando em cima da mesma. O mausoléu já foi usado de forma inadequada como pista de skate e também já sofreu pichações. A professora de história e integrante da secretaria do

Departamento de Assuntos Culturais (DAC) da Prefeitura, Jacqueline Cassafuz, afirma: “Esses monumentos são extremamente importantes, pois é uma forma de perpetuar uma história. Nesse caso específico do mausoléu, acontece que a população não o respeita, mas não se pode julgar essas pessoas porque muitas delas não têm conhecimento que aquele ‘piso’ é uma continuação do monumento. O fato de não haver nenhum tipo de sinalização que indique ser proibido transitar ali, ajuda a agravar ainda mais o problema.” Já existe um projeto de revitalização da Praça XV de Novembro, numa emenda do Deputado Federal Vieira da Cunha, elaborado pelo arquiteto Diego Bicca com autorização de Oscar Niemeyer. O projeto visa à construção de um lago em volta do monumento com um metro de largura e meio metro de profundidade, iluminação de fibra ótica

e um chafariz. O objetivo da obra será incrementar o paisagismo e pavimentação da área, além de impedir a passagem de pedestres sobre o mausoléu. Segundo o Secretário de Planejamento, Orçamentos e Projetos da Prefeitura, Léo Tatsch: “Essa valorização do patrimônio históricocultural são-borjense faz com que melhore a paisagem urbana e possibilite uma melhor imagem do município, atraindo até mais visitantes”, explica. A doméstica, Maria Pilar, 44 anos, relata: “O povo não respeita mesmo o patrimônio histórico do município, passam por cima do mausoléu do Getúlio como se não significa-se nada, mas em relação a construção do monumento foi uma merecida homenagem ao expresidente, por isso é que deveriam tomar mais cuidado, pra tentar conservar essa obra para as gerações futuras.”

Fato da Semana

A cidade de São Borja enfrentou uma das maiores enchentes dos últimos anos. O Rio Uruguai chegou à marca de 12m10cm, acima do seu nível normal. Ao todo, 179 pessoas tiveram que deixar suas casas, totalizando cerca de 50 familias desabrigadas. O bairro do Passo foi um dos mais atingidos, deixando alagadas as vilas da Praia e Santa Rosa e o Porto do Angico. Algumas casas ficaram submersas, fazendo com que seus moradores fossem levados para o albergue municipal ou para casas de parentes. O Cais do Porto, local turístico e de lazer, também foi atingido, deixando oito bares alagados. Duas pessoas morreram afogadas nas águas do rio e apesar dos prejuízos, as famílias já começaram a retornar para suas residências.


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Camila Schmitt

Um dos fundadores e idealizadores da Casa.

Condições precárias de trabalho das olarias prejudicam a produção de tijolos. Por: Mauro Garcia, Julian Bohrz e Francine Ferreira

Desde sua criação em 30 de abril de 2008, a Associação de Oleiros de São Borja tem buscado alternativas junto ao poder público na requisição de quantidades significativas da terra, a principal matéria-prima para fabricação de tijolos.

Segundo o presidente da instituição, José Carlos Aranda Godói, 58 anos, são necessárias oito cargas de terra por mês para a manutenção de uma olaria e a prefeitura cede apenas uma. A falta de apoio dificulta o trabalho dos oleiros e, os obriga a extrair ou comprar terras não licenciadas. “O nosso trabalho já é dificultado pelas condições climáticas, pela falta de mãode-obra e pelas condições precárias de produção. Agora não podemos ter acesso à terra.

Como iremos trabalhar assim?”, indaga o Godói. Armando Meira Schmitz, Secretário do Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente, afirma que a prefeitura concede uma carga semanal para cada oleiro ou mediante solicitação e que há alguns anos existia um acordo no qual os oleiros deveriam ceder 10 % dos tijolos produzidos para a prefeitura em troca de apoio, o que não ocorria. “O problema dos oleiros era a falta de organização. Agora que eles

Banco de Sangue carece de doadores Por: Larissa Zinelli, Lenise Morgental e Luciano Costa Com a chegada do final de ano, o banco de sangue do município necessita de mais doadores e os baixos estoques preocupam os técnicos. A bioquímica Roselaine Bittencourt Maag, responsável técnica do hemocentro, disse que o banco sempre teve dificuldades em atender os pedidos e em períodos como fim de ano e carnaval o problema se acentua. Segundo a bioquímica, o maior impedimento das doações

é a falta de informação, muitas pessoas têm medo, seja do procedimento ou do resultado dos exames infectológicos. Caso seja detectada alguma doença, o paciente terá um acompanhamento médico completo, acrescenta. Uma das soluções apontadas pelo banco é a reposição do sangue usado pelos próprios pacientes, através de seus familiares, além das doações. Os doadores recebem mais de 10 exames de sangue gratuitamente, medição da pressão arterial, temperatura e hematócrito (anemia).

O Banco de Sangue funciona junto ao hospital Ivan Goulart, o atendimento é em horário comercial e para doar é necessário apenas o documento de identidade. Ter de 18 a 65 anos e pesar mais de 50 Kg é pré-requisito para a doação. Por que não se doa sangue*? 27,5 % - medo do procedimento. 40% - falta de informações como: local de coleta, pré-requisitos, contra-indicações. 22,5% - são impossibilitadas de doar, seja pela idade, peso ou histórico de saúde. *Apenas 10% dos entrevistados eram doadores.

Larissa Zinelli

Edson Camargo, 34 anos, professor em metodologia da pesquisa da Universidade Regional da Campanha(URCAMP), pedagogo, foi um dos fundadores da Casa de Imagem e Memória, que tem por objetivo resgatar a história de São Borja. R: Como surgiu a Casa de Imagem e Memória? E.C.: O projeto inicial foi com o intuito a priori ,de manter viva a história São Borjense na memória da comunidade. R: De que forma isto ocorre? E.C.: Resgatando documentos, fotografias e relatos orais de pessoas que viveram num período histórico importante para o município e do país no período em que Getúlio Vargas e João Goulart foram presidentes. R: Quem foram os idealizadores do projeto? E.C.: Professoras Luíza Gattibone, Rita Gattibone e eu, Edson Camargo R: Como são adquiridos os documentos que fazem parte do acervo? E.C.: Boa parte é através de doações da família de Aparício Silva Rilo. R: Quias foram os trabalhos realizados pela Casa de Imagem? E.C.: Os 25 anos da coluna de Déco Almeida, través do

recorte da folha de São Borja, onde nós fizemos um vídeo com entrevistas diretas com os colunados. Outro projeto realizado foi sobre a vida do poeta Aparício Silva Rilo, através da oralidade de pessoas que conviveram com ele e que acabou se transformando em um documentário. R: Vocês possuem um programa de rádio, qual o objetivo dele? E.C.: O programa URCAMP Casa de Imagem e Memória integrando com a comunidade que vai ao ar todos os sábados das 16 ás 17:h pela Fronteira FM 97.1, que tem a proposta de discutir com a comunidade questões emergentes e que seja de interesse dos ouvintes. R: Você acredita que está havendo esta integração da comunidade com a Casa de Imagem e Memória? E.C.: Sim, nossa intenção não é que as pessoas fiquem uma hora escutando o programa, mas que elas tenham uma opinião formada a favor ou contra do que está sendo discutido. R: Qual é a maior contribuição da Casa de Imagem e Memória para São Borja? E.C.: Preservar a memória. Nós tentamos preservar a memória, as pessoas se vão e com ela se vai a memória, mas se nós tivermos isso gravado, fotografado. Se obtivermos alguma forma de registro dessa memória ela poderá ser utilizada a qualquer momento.

legalizada para que os oleiros pudessem retirar a terra para a produção de tijolos. O problema das olarias vai além. Conforme o engenheiro civil Nelson Ceccon, o tijolo de São Borja é de baixa qualidade. “A terra de São Borja não é apropriada para a produção de tijolos destinados a obras de grande por te. Na produção, os oleiros misturam cascalho e areia e isso deixa o material mais frágil”, afirma ele. Para construir prédios, por exemplo, a empresa de Ceccon compra tijolos de Santa Rosa, o que prejudica o trabalho das olarias. Para o secretário da Associação, Mario Sérgio da Rosa Oliveira, além do problema de apoio, o que mais desanima os fabricantes é o baixo custo dos tijolos, R$ 150 por milheiro e as condições precárias de preparação. “Nós vendemos os tijolos por um preço baixo e as empresas de materiais de construção os vendem pelo dobro. Isso reflete no sustento das famílias” ressalta Mario. A Associação de Oleiros de São Borja, registrada em fevereiro de 2007, possui 40 membros cadastrados. Além do apoio da prefeitura, os associados também necessitam de uma sede, pois a atual funciona no centro comunitário da vila Umbu. “A aquisição de uma sede é impor tante para estruturar a entidade e organizar os membros para continuar lutando por seus direitos”, afirma o presidente da Associação.

Banco de sangue precisa de doadores para o fim do ano.

O Colégio Estadual São Borja (CESB) completou 74 anos de fundação na última quarta-feira, 5 de novembro. As comemorações ocorreram no sábado, 8, no ginásio de esportes da escola. A programação iniciou às 8 horas da manhã, com mostra cultural promovida pelos alunos. Foram expostos trabalhos literários e desenhos selecionados durante o ano letivo, além de murais com fotos e documentos que ilustram a história da instituiçao. Ao meio dia, ocorreu almoço festivo com a presença de ex-professores e representantes das turmas formadas em 1952 e 1958. O educandário, atualmente dirigido pelo professor Abrão Godoi Martins, tem 1624 alunos matriculados em turmas de extra-curriculares: O grupo de teatro e a Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensi- escolinha de futsal, além do Círculo de Pais e no Médio. Possui 84 professores e 20 funcioná- Mestres e do Conselho Escolar. rios. O CESB, mantém ainda duas atividades Marcelo Andrade

possuem uma associação acredito que a falta de comunicação de ambas as partes deixará de existir”, afirma o Secretário. Mesmo contando com a ajuda da prefeitura em algumas questões, Godoy afirma que o apoio não corresponde a maioria das necessidades dos trabalhadores. Em contraponto com a declaração de Schmitz, o presidente ressalta que os oleiros não recebem uma carga de terra semanalmente. “A prefeitura diz que s e m p r e receberemos terras q u a n d o solicitarmos. Mesmo que recebessemos, seria impossível distribuir tanta terra para todos os oleiros da Assossiação. E, sinceramente, não recebemos uma carga de terra por semana. Queria saber em que lugar esse material todo foi colocado”, ressalta o presidente. De acordo com José Sousa, 1º sargento do Comando Ambiental da Brigada Militar, mesmo com o total apoio da prefeitura, as terras de São Borja não são licenciadas, dessa forma, a extração não é permitida. O ideal seria ter uma área

CESB completa 74 anos de Fundação

Vila Umbú realizou o 1° Dia da Comunidade O projeto Comunidade em Ação, desenvolvido por acadêmicos do segundo semestre do Curso de Jornalismo da Unipampa, em parceria com o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) da Vila Umbú, promoveram o 1° Dia da Comunidade. Evento realizado no último sábado, dia 8 de novembro, em São Borja. Segundo Mauro Garcia, aluno de jornalismo da Unipampa e componente do projeto Comunidade em Ação, o objetivo do Dia da Comunidade foi buscar uma maior estruturação e integração para a comunidade da Vila Umbú, através do entretenimento. E, ainda, dispertar o interesse dos moradores pelas atividades oferecidas pelo CRAS. A coordenadora do Centro, Andrea Ayub Mazzuco, encontrou na realização do evento uma forma de integração entre a comunidade e a entidade, ação que contribui para o desenvolvimento do local.

A população esteve envolvida nas programações do evento, que contou com mateada, brinquedoteca municipal, rádio livre, apresentações de artistas da comunidade, exposição de trabalhos manuais, confeitaria e artesanato, entre outras atrações. Várias autoridades foram convidadas a participar da comemoração como o prefeito de São Borja Mariovane Weiz, membros do Conselho Tutelar e a Secretária Municipal do Trabalho, Assistência Social e Cidadania, Maria Ilda Fagundes. O evento foi idealizado há alguns meses, mas só pode ser organizado nos últimos vinte dias, devido ao período de eleições municipais, que atrasou o planejamento da festividade. A coordenadora do Centro, ainda ressalta que as metas traçadas para o Dia da Comunidade, só terão uma resposta da população ao longo dos próximos meses.

Exposição de brinquedos recicláveis No dia 15 de novembro será realizada o Art Giama, uma mostra de brinquedos com materiais recicláveis doados pelo comércio local, feita por crianças de 7 a 14 anos que participam do Grupo de Apoio ao Meio Ambiente(GIAMA). O evento mostra o quanto as crianças podem aprender durante o tempo em que comparecem à instituição. O GIAMA conta com o apoio de um grupo de estudantes do curso de Jornalismo da UNIPAMPA que desenvolve um projeto de ordem disciplinar com finalidade comunitária o P.I.C - Programa de Interação Comunitária. A exposição foi montada com o intuíto de que pais e moradores da região tomem ciência do trabalho do GIAMA, a maior carência da instituição é o voluntáriado, e o entrosamento dos visitantes da exposição poderia suprir o problema.

Ana Paula Veiga

Onde foi parar a TERRA das OLARIAS? Julian Bohrz

Casa da Imagem e Memória, um resgate da história de São Borja

Por: Ana Caroline Fagundes e Suelen Soares

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Realidade - São Borja, Segunda-feira, 10 de novembro de 2008.

Toda a comunidade São Borjense está convidada a visitar e quem sabe tornar-se mais um componente desse mosaico social. A exposição começa às 14:00hs e o GIAMA se localiza na rua Patricío Setijeae 3765 no bairro Promorar.


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