Senso Incomum 12

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Referência

Natália Nascimento

JORNAL‐LABORATÓRIO DO CURSO DE JORNALISMO UFU ● ANO 03 ● Nº 12 ● OUTUBRO‐NOVEMBRO/2012

Atletas do Centro de Treinamento de Halterofilismo Paralímpico da UFU são destaque em Londres [6] ATUALIDADES: XYZ: entenda como as diferentes gerações se relacionam com a tecnologia [3]•O saldo das greves docente, estudantil e técnico‐administrativa [5] CIÊNCIA: Pesquisador da UFU nomeia nova espécie de abelha [4]• Produção científica popularizada através da mídia [4] CULTURA E LAZER: Concurseiros contam suas experiências [7]• Conheça o mundo através da culinária em Uberlândia [8]


Editorial

VOZES

Referência nacional ainda precisa de ajuda O destaque nacional da UFU, através do Centro de Treinamento de Halterofilismo Paralímpico, localizado no Campus Educa, foi reforçado com as Paralimpíadas de Londres. O Senso (in)comum já havia noticiado sobre a inauguração do centro, em 2010, no seu segundo número, destacando que a UFU foi a primeira instituição a receber uma estrutura desse tipo no país, com incentivo do Comitê Parlímpico Brasileiro. Hoje, após a maior competição internacional de para-desporto, o centro pode orgulhar-se de treinar o sexto melhor atleta do mundo, Rodrigo Marques. Voltamos ao local para conhecer um pouco mais desse para-atleta e sua rotina de treinamento. Também conversamos com a equipe do centro para descobrir suas dificuldades e conquistas.

Infelizmente, as dificuldades parecem soar repetitivas, mas é sempre bom reforçar que o país que sediará as próximas paralimpíadas precisa incentivar e patrocinar mais seus atletas. Muito além do simples apoio, é preciso dar o devido reconhecimento aqueles homens e mulheres que, inclusive, conseguiram atingir um desempenho melhor, no quadro geral de medalhas, que as equipes brasileiras participantes das Olimpíadas de Londres em 2012. O apelo excede à UFU e as instâncias governamentais, recai, na verdade, sobre toda a sociedade brasileira, vinculada visceralmente ao esporte, que se enche de orgulho para falar das conquistas das suas seleções. Eis aqui um motivo para orgulho verdadeiro, basta querer apoiar. Boa leitura e boa reflexão a todos!

VOZES

Ouço Gal em meu recanto Isley Borges

A (ainda) garota que diz ter aprendido a cantar com João Gilberto, em parceria com a lírica-poética simplista e suficiente de Caetano Veloso, apresentou ao mundo no último ano uma das obras primas da música popular brasileira. O álbum é uma miscelânea de sentimentos, todos intensos, dignos de se ouvir. Cada rangido eletrônico me incomodou de uma forma e todos eles trouxeram-me a vontade de mais onze músicas todas de igual beleza e complexidade. Gal diz que vem de um recanto escuro, de sol (que é luz perpendicular). Neste recanto, ela é carregada por asas que não tem. Sua vida sempre foi este recanto e só Deus sabe o duro que ela deu, já que se guardou a muitos prazeres. O recanto abriga alguém que é a verdadeira cara do mundo: máscara de carvão, rosto de multidão, hálito de maçã e amargor de alumã. Tom Zé afirma que a mãe de Gal, dona Mariah Costa Pena, colocava o rádio colado em sua barriga – quando grávida – e mentalizava que Maria das Graças teria uma bela voz e seria uma grande cantora. O álbum parece um tesouro a ser descoberto, mas não permite enquadramentos. Não permite ser considerado feliz se quem o analisa se deixa quedar por Miami Maculelê, um funk alter-

nativo, alegre e apaixonante que coloca para bailar São Dimas, Robin Hood e o Anjo 45. Em contraponto, não permite ser considerado triste se quem o analisa se deixa quedar por Tudo Dói, onde viver é um desastre que sucede alguns e que nada temos sobre os não nenhuns. Neguinho talvez seja a canção que nos dê mais pistas para sabermos do que se trata o tal recanto, escuro. A música é um espetáculo de crítica social. O Menino, bem diferente daquele do Rio, cantado por Caetano nos anos 80, que causava arrepio, desde sempre se perdeu. O menino de Gal é nada, é homem, é ela. Ele salva as madrugadas, nada contra a força da maré, ele agüenta. A guitarra, já no final da música e mais intensa ainda em Madre Deus, penso que deve perturbar o menino. Mas não me perturbou. Recanto me ensinou que Gal é imortal, é vaca profana e coloca os seus cornos para fora e acima da manada, é seda, linho, lã, cetim. É ousada, é guiada pela estrela Dalva, é Bahia onipresentemente, é Rio e Belíssimo Horizonte. Ensinou-me, também, que Caetano com os seus setenta não se atrasou com o seu dom de costurar palavras e melodias. Maria das Graças é símbolo sexual, é símbolo de amor e meche com o juízo de todos nós.

Bazinga!

Voltando ao ritmo Ana Flávia Bernardes

Pois é, a greve acabou! É hora de começar a organizar os horários, rever os trabalhos não concluídos, estudar matérias já não vistas há meses, preparar para as provas finais e reencontrar a turma da faculdade. Durante o período da greve, os estudantes tiveram a oportunidade de aproveitar o tempo livre para fazer qualquer coisa que desejassem. Muitos encontraram trabalhos, estágios, cursos e atividades extras. Outros apenas aproveitaram para descansar e voltar para a casa de seus pais. Agora a situação mudou, ou apenas voltou ao normal. Ao voltar para a UFU me deparei com casais sentados nos bancos espalhados pelo campus, amigos conversando no centro de convivência, grupos de estudos espalhados pelos pátios e salas de aula, festas sendo organizadas e alunos vendendo ingressos, fila nas cantinas e papelarias, professores correndo de um lado para o outro para não atrasarem, laboratórios fervilhando de pessoas, carros procurando vagas no estacionamento, alunos preocupados com traba-

lhos finais, outros apenas aproveitando a folga do dia... Enfim, a greve pode ter afetado as pessoas com suas atividades extras curriculares, mas o ritmo e a rotina na universidade continua a mesma, independente da época. O que os estudantes precisam neste momento é muita organização e paciência para se acostumar com vida acadêmica que foi perdida durante três meses. O semestre está acabando e a diferença é que os universitários não estão preparando para as férias, nem programando viagens e descansos. O que se espera é a entrada de novos calouros na UFU. A preparação agora é para a recepção destes “bixos” e “bixetes” em pleno mês de novembro. E em dezembro? Uma pequena folga para o Natal e o Ano Novo será feita por toda a universidade, mas o ritmo continua depois disso. Salas de aula cheias, laboratórios lotados, a movimentação nos corredores e em todo o campus: assim será nosso final de ano!

VOZES

Uma geração conectada Do “bom dia” ao “boa noite”, passamos quase 24h conectados. Repare, sempre tem alguém online, pronto para bater um papo. Usamos as redes para socializar, para contar a nossa história, para despejar nossas queixas e até mesmo para conseguir uma vaga no mercado de trabalho. Dos antigos blogs aos recentes tumblrs, temos uma vasta história de ferramentas que surgiram tímidas, fizeram grande sucesso e depois sucumbiram ao abandono. Quem não se lembra do tempo do Orkut, em que muitos disputavam a popularidade com base no número de scraps, ou recados, recebidos?! Hoje quase ninguém tem interesse em saber de qual comunidade você faz parte, mas sim quais páginas você curte no Facebook ou quem você segue no Twitter. Antes de vivenciar uma experiência, a preocupação dos internautas tem sido em registrar tudo primeiro para, assim que possível, postar no seu mural virtual. Daí surgem as fotos de comida que, antes de ser apreciada com o paladar, tem a função de atrair “curtidas” visuais com um bom filtro fotográfico que deixa tudo com uma cara de

Lucas Felipe Jerônimo

passado feliz. As pessoas são capazes de ir além: marcar um encontro com amigos numa mesa de bar e passar metade do tempo utilizando o celular, checando as suas atualizações, em vez de conversar olhando nos olhos. Como se fosse um emprego, batemos o ponto pela manhã com as mais variadas formas de desejar um dia agradável, e encerramos criativamente almejando bons sonhos àqueles que nos acompanham. Assim, prestamos conta de nossas ações diariamente nas redes sociais. O que oferecemos é quase um roteiro jornalístico: onde estamos, com quem estamos, o que fazemos e o porquê daquilo tudo. Isso sem sequer pensar nos riscos da exposição exagerada de informações pessoais. Alguns perdem o bom senso, divulgam assuntos íntimos e acabam fazendo parte das pérolas da internet. Sabemos que quando um fato não está na mídia surge o sentimento de que aquilo sequer aconteceu. Entretanto, faltam estudos que investiguem a necessidade de publicação dos indivíduos, sobretudo das gerações mais novas.

Stella Vieira

Expediente

instituição

Nascimento/Arte e Diagramação: Danielle Buiatti

Reitor: Alfredo Julio Fernandes Neto/ Diretor da FACED: Marcelo Soares Pereira da Silva/Coorde- colaboração O jornal-laboratório Senso (in) Comum é nadora do curso de Jornalismo: Adriana Omena Reportagem e redação: Aline de Sá, Ana Beatriz Tuma e André Víctor Moura / Opinião: Ana produzido por discentes, docentes e técnicos Flávia Bernardes, Isley Borges, Lucas Felipe do curso de Comunicação Social – habilitação equipe em Jornalismo da Universidade Federal de Editora-chefe: Ana Spannenberg (MTb 9453) /Re- Jerônimo e Stella Vieira / Fotografia: Cindhi Uberlândia, como projeto de graduação e portagem, redação e edição: Ana Flávia Bernardes, Belafonte, Lucas Felipe Jerônimo e Natália atividade curricular. Cindhi Belafonte, Lucas Felipe Jerônimo e Natália Nascimento / Revisão: Mônica Rodrigues Nunes

As imagens que foram utilizadas na página 8, nas seções Senso Musical, Página Aberta, Sessão Pipoca e Penso, Logo Clico, são de divulgação. Tiragem: 2000 exemplares Impressão: Imprensa Universitária/Gráfica UFU E-mail: sensoincomumufu@gmail.com Blog: sensoincomumufu.blogspot.com Twitter: @_sensoincomum Telefone: (34) 3239-4163


PESSOAS

XYZ: Um catálogo de gerações

Eles são diferentes, mas a adaptação à tecnologia é fundamental para todos. Confira como se comportam indivíduos nascidos em períodos diversos Lucas Felipe Jerônimo e Natália Nascimento

Fotos: Lucas Felipe Jerônimo

Para o psicólogo Luiz Avelino, as gerações tendem a se adaptar às tecnologias

Você tem ouvido falar em geração X, Y e Z? Mas não consegue identificar ao certo o que diferencia cada uma e como essas características podem ajudar ou atrapalhar no mercado de trabalho? Não se preocupe, você não está sozinho. Recentemente, especialistas em Recursos Humanos e Marketing têm utilizado essa terminologia para distinguir grupos de pessoas nascidos em épocas específicas, principalmente em função da sua relação com a tecnologia. Essa é a grande diferença apontada. O psicólogo e professor do Instituto de Psicologia da UFU, Luiz Avelino, afirma que o homem possui como característica a propensão a se adaptar a novas situações e que a transição de tecnologias ocorre de forma natural. Para o psicólogo, a tecnologia não traz prejuízos para a formação do indivíduo. “Se o brinquedo tecnológico ocupar o lugar de uma relação que se dá com o adulto ou com outras crianças, ele é problemático, agora se ele está se dando como elemento que faz parte dessas relações eu penso que ele pode fa-

A universitária Marisa fez curso de computação e hoje sabe usar suas ferramentas básicas

zer como qualquer brinquedo”, diz. Segundo Avelino, cada geração possui dificuldades, desejos e também bons momentos. Para exemplificar a questão da adaptação o psicólogo recorre a um fato passado. “As mães e avós brasileiras tiveram que se adaptar ao frango congelado, por que o frango, comida nobre de final de semana saía do galinheiro. Quando começou a se comer o frango congelado falavam que ele era aguado, molengo, era uma comparação muito direta com o frango caipira. E hoje ninguém mais questiona isso”, afirma.

Y: a geração do momento

“É um comportamento um pouco diferente do que tínhamos anteriormente, eles são mais voltados à rapidez. Troca-se muito facilmente de um trabalho para o outro. E essa vontade de mudança, faz com que as empresas estejam com medo de contratar esses jovens”. É assim que os profissionais de Recursos Humanos caracterizam o comportamento da chamada geração Y, de acordo com Flávia de Souza, Gerente de Relacionamento e Negócios de uma empresa do ramo. Pedro Lacerda, Presidente da Regional Vale do Paranaíba da Federação das Indústrias de Minas Gerais, concorda com Flávia e ainda complementa: “eles vivem o momento, e o plano de vida deles é à curto prazo. Não se planejam e nem pensam em criar uma carreira sólida e crescente na empresa”. Por ordem natural, a geração Y daqui a alguns anos será a geração do mercado de trabalho e as mudanças que ela irá trazer já começaram, de acordo com Flávia. Igor Emmanuel Mendonça, 24 anos, administrador, consegue enxergar o começo dessas mudanças em sua relação com o seu líder. Segundo Igor, “ele teve que se reestruturar para poder liderar nossa geração”. Lacerda também lista algumas mudanças que precisou fazer para se adaptar a essa geração: diminuiu exigências, burocracias, e mudou valores culturais “no quesito de aceitar que eles participem e tenham acesso, o tempo todo, à redes sociais”. Para Aurélio Carlos Santos Junior, 21 anos, estudante de Relações Internacionais e dono do próprio negócio, o mercado precisa ace-

lerar para acompanhar essa geração, pois de acordo com ele “a geração Y é a que, atualmente, empurra o mercado”. Já para Flávia de Souza, as mudanças são outras. “Hoje nós temos muitas vagas em aberto e temos poucas pessoas qualificadas para ocuparem esses trabalhos”, relata. A gerente afirma que isso está acontecendo pela falta de conscientização dos jovens. Mas nem Aurélio, nem Igor concordam. Ambos atribuem tal fator à necessidade de mudanças que os jovens da geração têm. “Sou bastante inquieto em meus empregos, pois gosto de sair da rotina e inovar sempre”, conta Aurélio. Flávia e Lacerda concordam quanto à inquietude desta geração. Trocam de emprego por pequena diferença salarial, afirmam os dois, e ainda ressaltam que alguns não planejam construir uma carreira sólida dentro da empresa em que estão. Conscientizá-los quanto ao mercado, quanto aos pontos que precisam ser trabalhados, é uma solução apontada por Flávia. “Acreditamos que eles precisam ter conhecimento do que querem para o futuro”, diz. Junto com todas as mudanças, essa geração traz consigo alguns desafios. A gerente de Recursos Humanos afirma que a maioria precisa de treinamento para entrar no mercado de trabalho. “O treinamento que buscamos dar é o de mudança de hábitos, de comportamento e de atitude. Buscamos influenciar a ler mais livros que motivem mudanças, que passem a agregar novos valores, fazer outros cursos, trocar idéias, trabalhar muito em conjunto, ter uma rede de relacionamentos bem interessante”, explica.

Entenda as diferenças

Do outro lado, encontramos os nascidos nas décadas de 1940 e 1950, aqueles que hoje passam por um momento de transição. Muitos trocam a vida em empresas por trabalhos voluntários ou passam a dedicar mais tempo para si mesmos e para a família. É a geração que nasceu após a era de ouro do rádio, durante o surgimento da televisão e antes da criação da internet. Aqueles que têm entre 50 e 60 anos puderam vivenciar a revolução tecnológica na sua essência. Com o auge da sua produção no mercado de trabalho entre os anos 1980 e 2000, essa faixa da população viu a troca das máquinas de escrever pelo computador, as cartas pelos emails, o surgimento e a popularização dos aparelhos de telefone celular. Os especialistas chamam essa de “Geração X”. Marisa da Silva Neiva Ferreira tem 55 anos e cursa o quinto período de Pedagogia numa faculdade privada. A estudante, que começou a trabalhar como manicure e cabeleireira aos 13 anos, atuou também como auxiliar de serviços gerais na Superintendência Regional de Ensino. Durante essa função, Marisa decidiu que não ficaria ali durante toda a vida. “Eu comecei a estudar, escondida nas escadas, nos momentos de folga, tinha uma biblioteca e eu pegava os livros”, conta. Foi através de cursos supletivos que Marisa concluiu o ensino médio. Em agosto de 2010, a estudante recebeu bolsa de estudos para cursar Pedagogia e, hoje, a estudante inicialmente focada apenas na graduação, pensa diferente. “Vou tentar uma pós: quero terminar a graduação, tentar o mestrado e até o doutorado”. Marisa também atua na Escola Estadual Rio das Pedras em um projeto voluntário com crianças. Uma vez por semana, em horário extraesco-

lar, são desenvolvidas diversas atividades: dança, cultura e artesanato, capoeira e cultivo de plantas na horta da escola. No que diz respeito ao uso de tecnologias, Marisa conta que se aperfeiçoou com um curso de informática e hoje já não tem problemas com o computador. “Eu ainda tenho alguma dificuldade, algumas ferramentas que ele proporciona eu tenho dificuldade de lidar, mas também não me aperreio não, eu vou atrás”, conclui. Os filhos dessa geração são as crianças nascidas, geralmente, entre os anos 1980 e 2000, que cresceram em contato com os computadores e as novas tecnologias da informação e comunicação. Tais pessoas estão constantemente atualizadas com as novidades tecnológicas e buscam sempre novidades, em termos de trabalho, projetos pessoais e profissionais. Embora não haja consenso sobre as datas, os especialistas chamam esta de “Geração Y”. Flávio Cortez é jornalista e atua numa emissora de televisão de Uberlândia, hoje com 27 anos, conta que a sua infância foi diferente. “Hoje se fala mais em cuidado, em precaução. As brincadeiras eram mais sociais, as pessoas jogavam bola, pique-esconde, juntavam várias pessoas numa casa para jogar videogame”, diz. Para o editor, outra diferença é que a sua geração começou a ter acesso mais fácil à educação, o que estimulou a competitividade. Sobre sua atuação no mercado de trabalho, Flávio conta o que espera: “um trabalho que eu goste de fazer, seja lá onde for, que eu seja bem remunerado, que eu consiga conciliar lazer e carga horária e consiga juntar patrimônio”. No quesito tecnologia, Flávio afirma que gosta de se manter atualizado, mas não é um aficionado pelas constantes atualizações. Além disso, o jornalista observou a popularização e substituição de diversas ferramentas. “Quando criança eu acompanhei a febre do vídeo cassete, a popularização do CD, depois, a popularização do DVD, e também a evolução dos dispositivos sonoros”, relembra.

O jornalista Flávio Cortez considera que o acesso mais fácil à educação estimulou a competitividade na sua geração

Os especialistas ainda classificam um outro grupo: “a geração Z”, também conhecida como geração touchscreen. Em geral, esse grupo é composto pelas crianças nascidas após os anos 2000, que dentro de alguns anos vão estar chegando ao mercado de trabalho. A relação delas com a tecnologia vai ser de integração total, buscando a conectividade constante e estabelecendo um novo modo de se relacionar com as pessoas.


DESCOBERTA

Astro do futebol é inspiração para cientistas Nova espécie de abelha homenageia Ronaldinho Gaúcho

Foto divulgação

A espécie Eulaema quadragintanovem destaca o atacante que veste a camisa 49 do Clube Atlético Mineiro

A paixão dos brasileiros pelo futebol é tanta que o esporte é envolvido até em pesquisas científicas. Uma nova espécie de abelha, descoberta pelo professor de zoologia André Nemésio, do Curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), e pelo estudante Rafael Ferrari, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), foi nomeada a partir do número da camisa do astro do futebol Ronaldinho Gaúcho, jogador do Clube Atlético Mineiro. O pesquisador recebeu um material de pesquisa de Michelle Guimarães, uma estudante do Ceará, para ser identificado. Neste material, havia uma diversidade de abelhas e, dentre elas, foi encontrada a nova espécie. Entre 2011 e o primeiro semestre de 2012, a equipe do laboratório de Ecologia e Sistemática de Abelhas da UFMG esteve no Ceará e coletou outro exemplar da espécie. De acordo com o professor da UFU, essa identificação é feita através da comparação com outras abelhas já conhecidas, depositadas em algum museu ou coleção entomológia. O nome da espécie é “Eulaema quadragintanovem”. De acordo com Nemésio, “Quadragintanovem, em latim, significa o número quarenta e nove, o número da camisa do Ronaldinho no Galo”. Ele ainda acrescentou que esta espécie foi encontrada em áreas de mata atlântica em topos de

Ana Flávia Bernardes dos Santos

montanhas e é aparentemente restrita ao estado do Ceará. Nemésio destaca a necessidade de divulgar para as pessoas que muitas espécies de animais ainda são desconhecidas pois vivem em áreas que vem sendo desmatadas e sofrem com essas mudanças ambientais como conseqüência do desmatamento. “É importante proteger os remanescentes florestais e se destinar mais recursos à pesquisa básica, para que possamos inventariar a nossa fauna e flora”, conclui. Este pensamento também é compartilhado por outros professores da área de zoologia e ecologia. Kléber Del Claro, também professor do curso de Ciências Biológicas da UFU, comenta que toda descoberta de uma nova espécie é um passo à frente na diminuição de nossa ignorância com relação à natureza que nos cerca. “O trabalho dos taxonomistas é de enorme importância, pois eles nos permitem identificar e nomear novos ‘pacotes gênicos’, evoluídos à luz da seleção natural que ainda não conhecíamos”, disse. Ainda em relação à importância destes estudos, Del Claro acredita que eles trazem informações de história natural que não são conhecidas. De acordo com o pesquisador, “a homenagem feita pelo professor à uma pessoa pública e notória colabora para popularizar nossa ciência, ela pula os muros da universidade e corre de encontro ao nosso povo”.

Projeto populariza ciência Curiosidades feita na UFU

Cindhi Belafonte

Produção de jornais, programas de rádio e TV ajudam a divulgar pesquisas

Ana Beatriz Tuma e André Víctor Moura

Publicação impressa é destinada a alunos do ensino médio

O conhecimento científico realizado na UFU é, há cerca de dois anos, divulgado para a população de Uberlândia e Região por meio do projeto conhecido como Pop Ciência, mantido pelo Curso de Jornalismo, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais. A atividade vem sendo realizada desde

agosto de 2010 por professores, alunos e técnicos, e deverá ser concluída no final de 2012. Segundo a coordenadora do projeto, Adriana Omena, é importante popularizar os temas científicos, pois “a ciência está presente no nosso cotidiano desde as atividades e coisas mais simples até as propostas mais complexas: dos brinquedos, das brincadeiras, dos alimentos e dos produtos de limpeza até da nanotecnologia, por exemplo”. Para produzir os conteúdos de ciência, os alunos envolvidos no Pop Ciência tiveram contato com o jornalismo científico. Assim, aprenderam que para que os fatos cheguem ao público e este compreenda de modo mais fácil as especificidades da ciência, alguns recursos devem ser usados, como comparações e a utilização de exemplos reais vividos pelas pessoas no cotidiano. O projeto Pop Ciência conta com jornal impresso “Ciência em Pauta” e com a veiculação de programas de um minuto na Rádio “Ciência UFU no Ar” e na TV Universitária “Minuto Ciência UFU”. Omena lembra que “a equipe trabalha agora na produção de dois livros, um sobre Jornalismo Especializado e outro sobre a experiência de popularização da Ciência”.

Foto divulgação / Fonte: http://migre.me/b4mtA

Amostras de tumor de laringe com atividade de células inflamatórias (apontada pelas setas). A incidência de inflamação está associada a processos tumorais.

Tratamento para câncer de laringe de surdos. O dispositivo, que consiste em um

Um estudo realizado recentemente pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Ribeirão Preto apresentou uma nova alternativa de tratamento para o câncer de laringe. A pesquisa aponta que uma proteína anti-inflamatória, produzida pelo próprio organismo é capaz de conter o avanço dos tumores. A implantação da técnica como terapia para o combate ao câncer ainda está em fase de testes, mas as pesquisadoras Thaís Gastardelo e Sônia Oliani acreditam que o estudo possa auxiliar no tratamento de outros tumores. Fonte: http://migre.me/b4mtA Em alto e bom som

A Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi), em parceria com a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e com a Universidade de São Paulo (USP), desenvolveu um equipamento eletrônico para auxiliar a aprendizagem

chip emissor e um receptor, utiliza a frequência modulada para filtrar a voz do professor em sala e permitir acesso acústico aos estudantes que utilizam aparelhos de amplificação sonora e implante coclear. O projeto está em fase de teste e será implantado em 80 escolas públicas do país. Fonte: http://migre.me/b4lXM De cana a carbono

Um grupo de cientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) desenvolveu técnicas para transformar os resíduos da cana-de-açúcar em fibra de carbono. O método consiste em extrair de um das moléculas estruturais da planta e transformá-la em fibra. O trabalho ainda está em fase de testes, mas a coordenadora do estudo acredita que a técnica seja uma alternativa para minimizar os custos na produção do combustível. Fonte: http://migre.me/b4mul


UNIVERSIDADE

Categorias avaliam saldo da greve Após quatro meses de paralisação, docentes e estudantes retomam suas atividades na UFU

Fotos: Cindhi Belafonte

Amilton Rosa de Lima apoiou a iniciativa, mas considera que a paralisação tem impactos negativos na vida acadêmica

A UFU retomou as atividades acadêmicas em 17 de setembro, após 123 dias de greve. A paralisação, que ocorreu em âmbito nacional e teve a maior duração entre todas as já realizadas pela categoria, contou com o apoio de discentes e técnico-administrativos. O movimento grevista teve início com as reivindicações dos docentes para reestruturação da carreira e aumento do piso salarial. A iniciativa foi acompanhada pelas duas outras categorias, que aderiram à paralisação em busca de pautas específicas. Durante o período de suspensão das atividades foram promovidas diversas ações, como assembleias, mesas de discussões e atos públicos de protesto. As negociações com o governo seguiram separadamente, conforme as reivindicações de cada movimento, e o retorno às atividades ficou a critério de cada categoria. Na UFU, o reinício do semestre letivo foi estabelecido em uma Assembleia Geral de Docentes, que deliberou pelo fim da greve. De acordo com o professor Aurelino José Ferreira Filho, membro do Comando Local de Greve, a decisão de retomar as aulas foi motivada, principalmente, pela ausência de um acordo satisfatório com o governo. “Nós avaliamos que a conjuntura já não nos possibilitava mais continuar em greve. No tocante à nossa pauta de negociação, avaliamos que não houve ganhos. O governo não atendeu a nossa pauta em nenhum item e infelizmente, houve até um aprofundamento de problemas antigos existentes na carreira”, explica. Ferreira Filho esclarece que a contrapro-

posta oferecida pelo governo em 1º de agosto não foi aceita pelo movimento sindical dos docentes. No entanto, segundo ele, mesmo assim o acordo tem validade. “O acordo vale porque foi assinado pela PROIFES [Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior], que é outro sindicato, que não representa nem 10% da categoria, mas tem status legal, portanto, uma vez ele assinando, o governo entende que o acordo está validado para toda a categoria docente”, completa. Mesmo com o encerramento da greve, o professor declara que os docentes continuam unidos e mantém suas reivindicações. “Continuarmos a luta em outras frentes, como por exemplo, a que estamos fazendo junto aos congressistas, nacional e localmente, no sentido de pressioná-los para derrubar pontos muito complicados, muito ruins e muito prejudiciais da carreira”, defende. Amilton Rosa de Lima, aluno do Curso de Ciências Sociais, apoia a iniciativa do movimento em fazer greve para conseguir que suas reivindicações sejam atendidas. No entanto, ele argumenta que a paralisação tem impactos negativos na vida acadêmica. “Atrasa um semestre da nossa vida”, afirma. Ele revela que esperava que o primeiro semestre de 2012 fosse concluído para que ele procurasse um estágio, já que a partir do período seguinte teria menos matérias. “Com a greve, esses planos foram por água abaixo”, esclarece.

Técnicos administrativos

O movimento grevista iniciado pelos professores foi acompanhado pelos técnicos administrativos em educação de diversas instituições federais. Na UFU, as negociações do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições Federais de Ensino Superior (SintetUFU) duraram 79 dias. Em 29 de agosto, a categoria anunciou o encerramento da greve e a retomada das atividades. Luiz Carlos Leite, técnico no Instituto de Artes e coordenador de comunicação do Sindicato, explicou que o reinício às atividades ocorreu porque os técnicos aceitaram as propostas do governo. “A categoria entendeu que, dentro do momento e dentro do contexto, não havia como avançar mais e parte da pauta foi atendida”, relata. De acordo com o técnico, as principais conquistas do movimento foram a derrubada da Medida Provisória 568, que dobrava a carga horária sem ajuste de salário e reduzia os percentuais de periculosidade e insalubridade dos trabalhadores, e a reestruturação da tabela remuneratória. Os técnicos também exigiram uma audi-

ência pública para se avaliar sobre a contratação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) para administrar o Hospital de Clínicas e conseguiram avanços nos anexos 3 e 4, que tratam da progressão por capacitação profissional, e evitar a implantação, pelo menos imediata, da EBSERH. “É claro que não há uma satisfação total, principalmente dos valores econômicos. Nós entendemos que poderíamos ter avançado um pouco mais, mas o sentimento geral é que, se não foi satisfatório, pelo menos ela [a greve] foi muito melhor que a do ano passado”, esclarece.

Estudantes

A paralisação coordenada pelo movimento estudantil ocorreu em apoio aos docentes, a partir da formação de um Comando Local de Greve Estudantil (CLGE). O Comando era composto por membros do DCE, diretórios e centros acadêmicos e demais discentes não vinculados às entidades, que buscavam conquistas em reivindicações específicas. Na pauta de discussões, além de exigências em contexto nacional, direcionadas ao Governo Federal, estavam elencados assuntos específicos a serem debatidos com a Administração Superior da Universidade. Em âmbito nacional, as principais requisições eram aplicação de 10% do PIB em educação pública, revisão do Plano Nacional de Educação e a garantia de paridades em conselhos universitários. Na esfera local, os discentes reivindicaram políticas de assistência estudantil, como a extensão do horário de funcionamento dos Restaurantes Universitários e criação de transporte gratuito entre os campi, reestruturação de espaços físicos e autonomia de entidades estudantis no uso de serviços da universidade e transmissão das reuniões de conselho pela TV universitária. Raíssa Dantas, membro do CLGE avalia que a greve estudantil foi uma experiência proveitosa para a categoria. “Foi um momento em que a gente conseguiu unificar, aqui na UFU, os estudantes independentes, que talvez nem conhecessem o movimento estudantil, junto com a esquerda já organizada da universidade em defesa da educação que a gente acredita que seja um melhor modelo”, pondera. Durante o período, o Comando realizou diversas ações de mobilização, como assembleias, reuniões de discussão e, no fim de agosto, a ocupação do prédio da Reitoria durante cinco dias. De acordo com Raíssa, a ocupação foi uma ação direta do movimento na tentativa de avançar nas negociações com a Administração da Universida-

Cindhi Belafonte

de. A aluna conta que a iniciativa rendeu conquistas, como a implantação, em caráter experimental, da extensão do horário de funcionamento no RU do Santa Mônica. “O saldo que a gente avalia, ao final da greve estudantil, é positivo pra reorganização do movimento estudantil dentro da UFU e um salto qualitativo na mobilização”, completa. Max Ziller, estudante do quarto período de Ciência da Computação, é militante do movimento estudantil na instituição e considera que houve falta de informação sobre a greve estudantil. Segundo ele, muitos universitários não sabiam da existência do CLGE, o que comprometeu a mobilização. O estudante avalia que um dos principais problemas da greve foi a reorganização do calendário acadêmico, que levará alguns semestres para voltar à regularidade. No entanto, ele pondera que a greve trouxe impactos positivos para a comunidade. “A longo prazo, os impactos são mais positivos, porque houve para os professores e técnicos alguns avanços, principalmente na questão salarial”, conclui. Em relação aos impactos da paralisação, a avaliação geral entre as categorias é de que a greve foi positiva enquanto instrumento de mobilização sindical. “No que tange a uma avaliação política para o movimento docente e sindical, tivemos vitórias importantes. A principal delas é o fortalecimento da categoria a partir de uma greve que durou quatro meses, que demonstrou uma força muito grande da categoria”, declara Ferreira Filho.

Max Ziller avalia que a greve trouxe impactos positivos para a comunidade pelo avanço na questão salarial de professores e técnicos

Elmiro Santos Resende é eleito novo reitor da UFU Consulta Eleitoral mobilizou comunidade acadêmica de todos os campi

Cindhi Belafonte

O professor Elmiro Santos Resende venceu, em segundo turno, as eleições para reitoria da UFU, nos dias 26 e 27 de setembro. O processo, que tem caráter de consulta à comunidade acadêmica, visa definir o gestor da Universidade pelos próximos quatro anos. Ao todo, quatro candidatos participaram da disputa: Alfredo Júlio Fernandes Neto, da chapa UFU sem Fronteiras – A Mudança Continua;

Elmiro Santos Resende, da chapa Ética, Autonomia e Compromisso Democrático; Guimes Rodrigues Filho, da chapa ParticipAção e Rosuíta Fratari, da chapa Todas as Vozes: Democracia, Qualidade Acadêmica e Compromisso Social. A consulta eleitoral foi realizada em todos os campi da Universidade e aconteceu em dois turnos, já que nenhum dos candidatos alcançou a maioria dos votos no primeiro turno.

Os candidatos mais votados, Alfredo Júlio Fernandes Neto e Elmiro Santos Resende, seguiram na disputa. De acordo com dados oficiais da Diretoria de Comunicação Social (Dirco) da UFU, na segunda etapa, o processo eleitoral recebeu 13.664 votos válidos, dos quais 1.504 de professores, 2.724 de técnicos administrativos e 9.436 de estudantes. Resende foi eleito com 55,14% dos votos válidos, enquanto o atual reitor

recebeu 44,86% de aprovação. O professor eleito pela comunidade acadêmica terá seu nome encaminhado ao Ministério da Educação (MEC) em uma lista tríplice, e deverá tomar posse em dezembro. O Senso In Comum entrou em contato com a assessoria do candidato, mas até o fechamento dessa edição, Elmiro Santos Resende não se pronunciou sobre a eleição.


SUPERAÇÃO

UFU é centro de excelência para atletas paralímpicos O campus Educação Física recebe competidores de halterofilismo de todo o país Aline de Sá, Cindhi Belafonte e Natália Nascimento

Uma delegação com mais de 180 atletas, 43 pódios e o 7º lugar no quadro geral de medalhas. Esses foram os números que marcaram a participação brasileira nas Paralimpíadas de Londres em setembro desse ano. Com atletas competindo em 20 modalidades, o Brasil conquistou 20 medalhas de ouro, 14 de prata e oito de bronze, além da melhor colocação paralímpica dos últimos anos. No cenário desportivo, Uberlândia figurou com destaque, com a maior participação histórica. Joana dos Santos Silva, Daniele Martins e Rodrigo Marques integraram a delegação nacional nas modalidades de atletismo, bocha e halterofilismo. A cidade é referência nacional na formação de profissionais do esporte paralímpico há mais de três décadas, é o que afirma o professor Alberto Martins da Costa, pró-reitor de Extensão, Cultura e Assuntos Estudantis da UFU. Segundo ele, além de infraestrutura adequada, Uberlândia dispõe de centros especializados em treinamento de atletas paralímpicos: Sesi Gravatás, com sua pista de atletismo, e o Centro de Treinamento de Halterofilismo Paralímpico no campus da Educação Física da UFU.

alguns desafios. Weverton Santos, treinador e preparador físico dos atletas paralímpicos de Uberlândia, argumenta que falta de incentivo ao trabalho técnico é um dos principais entraves para a consolidação do esporte na região. O educador físico também aponta a questão da ausência de patrocínios como uma dificuldade para o desenvolvimento dos atletas. “Eu acho que a gente precisa caminhar em duas vertentes. O Brasil tem que deixar de ser amador para ser profissional e incentivar, dar mais espaço e mais oportunidade para esses atletas. Não só de bolsa, mas de patrocínio”, defende. Em relação às dificuldades, Costa avalia que o desenvolvimento tecnológico de baixo custo é o grande desafio para um atleta paralímpico. Segundo ele, os equipamentos utilizados pelos atletas são individuais e todos possuem alto custo, o que restringe o público que pretende iniciar nas modalidades paralímpicas. “Uma prótese para corrida custa hoje em torno de 30 mil reais. Uma cadeira de rodas para corrida, [custa] de 20 a 25 mil reais. Não é qualquer atleta que pode ter isso”, reforça. O professor também aponta que uma das barreiras consiste na formação específica de técnicos, dirigentes e arbitragem. Outro desafio, para ele, é o reconhecimento, por parte do Dificuldades atleta, de suas habilidades. “É ele ter a Apesar do bom desempenho nas informação de que, apesar de ele ser deficiente, competições e do crescente investimento no ele tem potencialidade e capacidade para ser um esporte paralímpico, a cidade ainda enfrenta atleta”, pontua.

Fotos: Natália Nascimento

Apesar da infra‐estrutura de qualidade competidores reclamam da falta de patrocínio

Centro de Treinamento

Em sua segunda edição, o Senso (in)Comum noticiou a implantação do primeiro Centro de Treinamento de Halterofilismo Paralímpico no campus da Educação Física da UFU. O espaço, inaugurado em outubro de 2010, faz parte de um projeto do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) que visa implantar centros de treinamento em todo território nacional. Costa, que também é coordenador da Academia Paralímpica Brasileira, explica que a cidade foi escolhida para sediar o primeiro centro de treinamento por oferecer condições adequadas, tanto de infraestrutura como de profissionais. “O CPB escolheu a UFU para ser o

primeiro Centro, inclusive para balizar os demais centros pelo Brasil. Então foi feita uma academia de musculação, com todos os equipamentos necessários para o halterofilismo em específico”, esclarece. Atualmente, a cidade recebe atletas de todo o país, inclusive os da equipe permanente do Brasil. Para treinar, as delegações solicitam agendamento de horários e têm o espaço à disposição. Além dos equipamentos, o centro disponibiliza serviços de avaliação dos atletas. “Nós temos aqui profissionais como fisiologistas, biomecânicos, psicólogos que fazem todo acompanhamento dos atletas”, explica Costa.

estou com eles até hoje.

Rodrigo: Patrocínio. Uberlândia é uma cida-

Entre os melhores Rodrigo Marques é atleta paralímpico profissional há nove anos. Em 2005, enquanto assistia a uma partida de basquete no campus da Educação Física, conheceu Weverton Santos, treinador da equipe paralímpica de Uberlândia. Durante a conversa, veio o convite para Rodrigo integrar a equipe de halterofilismo. O

jovem, à época com 18 anos, aceitou prontamente e, desde então, se dedica exclusivamente ao esporte. Rodrigo participou de diversos campeonatos e, recentemente, representou a equipe de Uberlândia nas Paralimpíadas de Londres 2012, na competição de halterofilismo para atletas de 90 quilos. O para-atleta treina, em média, quatro horas por dia, de segunda à sábado.

Senso(in)comum: Há quanto

tempo você pratica esporte? Rodrigo: Nove anos

Senso: O que te

“Dificuldade todo mundo vai ter, mas se batalhar, consegue, com cer teza”

motivou a ingressar na carreira de atleta? Rodrigo: Bom eu sempre ia na Educação Física ver os meninos jogar basquete. Aí quando eu fui na academia mesmo de lá, eu encontrei o Weverton e o Marcelo. Eles me convidaram para treinar com eles, para ver se eu ia gostar ou não. Aí eu comecei a treinar, gostei e

de que patrocina bastante o futebol. E agora

Senso: Por que a escolha por essa modalida- que eles estão vendo que o paralímpico está de?

rendendo. Aqui, o patrocínio seria ideal para

Rodrigo: Eu tinha gosto de jogar o basquete. os paralímpicos.

Mas, como aqui em Uberlândia o basquete é bem fraco, eu escolhi essa modalidade, e gostei Senso: Você disputou pela primeira vez as Padela e estou até hoje. ralimpíadas de Londres 2012. Como foi participar de uma das competições olímpicas mais Senso: Há dificuldades em ser um atleta parao- valorizadas no mundo? límpico? Se sim, quais? Rodrigo: Pra mim foi gratificante ver outros Rodrigo: Dificuldade assim todo mundo vai países. Eu já tinha disputado mundiais, opens, ter, mas se batalhar, consegue, com certeza. e é muito gratificante ver os melhores do mundo. Eu gostei pra caramba, e quero estar em Senso: Além da rotina de treinos, há algum ou- 2016 no Rio, buscando a medalha pra nós. tro tipo de preparação específica para as competições? Senso: Além das Paralimpíadas de Londres Rodrigo: Bom, minha rotina de treino é de se- 2012, de quais outras competições você partigunda a sábado. De segunda a sexta eu treino cipa ou já participou? das 14 às 18 e, no sábado, das 14h30 às 16h. A Rodrigo: Eu já participei na Malásia, na Jorgente treina aqui no Sabiazinho, mas quando é dânia, no México, no Rio, em 2007. Sou hexa véspera de competição, a gente vai para o Cen- brasileiro, tenho muitos títulos. Brasileiro, retro de Treinamento Paralímpico, que é na Edu- gional e os opens. cação Física. Aí muda totalmente, porque lá os equipamentos são todos oficiais. Senso: Você recebe patrocínio? Rodrigo: Eu recebo bolsa-atleta do Governo. Senso: E, em relação à alimentação, você rece- E essa bolsa me ajuda bastante, ajuda a comprar be orientação e acompanhamento médico? meus suplementos, ajuda em casa a comprar Rodrigo: Tudo pelo nutricionista do CPB. minhas roupas, minha cadeira. Ajuda bastante.

Senso: As Paralimpíadas são competições olím- Senso: Para finalizar, quais são seus planos, picas destinadas exclusivamente a atletas com algum tipo de deficiência. Em Uberlândia, o investimento no treinamento de atletas paralímpicos tem aumentado. Você, como atleta há tanto tempo, sente falta de algum tipo de apoio?

enquanto atleta, para o futuro? Rodrigo: Me dedicar cada vez mais ao esporte, treinar bastante, e ser o melhor do mundo. Estou entre os seis, né? Quero ficar em primeiro.


COMPORTAMENTO

Vida de concurseiro: investimento a longo prazo

A rotina de quem busca uma vaga no setor público exige disciplina e paciência

Lucas Felipe Jerônimo

O publicitário Guilherme considera o trabalho público menos estressante que o mercado

Fazer uma faculdade, batalhar por um espaço no mercado de trabalho, vivenciar as experiências da rotina profissional. Esse é o caminho básico trilhado por milhares de jovens recém-graduados. Entretanto, para alguns, o dia a dia no

mercado pode não ser tão atraente, é quando eles resolvem procurar outras oportunidades, como os concursos públicos. Guilherme Augusto da Silva Rodrigues é formado em Publicidade e Propaganda, entre o período da graduação e depois da formatura teve a oportunidade de trabalhar em três agências. A pressão da rotina somada ao baixo salário fez com que o recém-graduado decidisse prestar um concurso público em abril do ano passado. A sua aprovação para o cargo se deu em junho deste ano e logo começou a trabalhar na UFU, na biblioteca do campus Umuarama. Sobre a motivação para essa preferência de carreira, Guilherme afirma: “eu acho que o trabalho é menos estressante e dá pra conciliar com o estudo, que eu acho mais positivo ainda”. Hoje, o jovem faz o curso de Letras na Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e já pensa em se envolver em grupos de

Página Aberta

pesquisa e, para o futuro, fazer mestrado. A história de Roberto José da Cruz foi um pouco diferente, o assistente em administração da Faculdade de Educação da UFU começou a prestar concurso logo após a formatura, em 2006, buscando estabilidade. Até a aprovação, em 2010, passou por outros dois concursos. Roberto estudava por conta própria através da internet, seguindo conteúdos de testes anteriores e também com livros da biblioteca. Apesar de já estar atuando como concursado, Roberto ainda pretende alcançar outro cargo, com um salário superior e, para isso, continua prestando novas provas. Ano passado foi aprovado, mas não pode assumir o cargo por conta de uma limitação física. Entretanto, o assistente em administração já tem um plano. “Quero trabalhar na área de perícia criminal: análise de causa mortis, toxicometria, verificação de acidentes”, conta.

Penso, logo clico!

Nau à Deriva: o teatro em Uberlândia, de 1907 a 2011 Carlos Guimarães Coelho

Sob a redoma Stephen King

Um campo magnético isola, misteriosamente, a pequena cidade de Chester’s Mill, no Maine. Os moradores tentam entender o acontecido, enquanto lutam para sobreviver em meio a consequências ecológicas desastrosas. A obra do autor norte-americano chega ao Brasil em outubro. Nós vamos invadir sua praia Andréa Ascenção

O hit que embalou o rock nacional dos anos 80 e deu nome ao terceiro álbum do grupo Ultraje a Rigor chega ao terceiro milênio como obra literária. O livro da jornalista resgata a trajetória de uma das bandas mais irreverentes do cenário musical brasileiro.

Senso Musical

Lucas Felipe Jerônimo

Cindhi Belafonte

O livro do jornalista e produtor cultural, “Náu à deriva” faz uma viagem no tempo e resgata os mais de cem anos de história do teatro na cidade. A obra é um lançamento da editora Assis e conta com depoimentos de personagens importantes na construção do teatro local.

Jornalista pretende se aproximar do público

Pensamentos, imagens e uma boa prosa. É assim que a jornalista uberlandense Mônica Cunha pretende manter, através desse blog, mais um vínculo com aqueles que se identificam com o seu trabalho na TV e no rádio. É a junção da literatura com a saúde e também muita história de vida.

http://www.blogdamonicacunha.com.br Você é fanático por livros e quer organizar tudo aquilo que já leu?! Aqui você pode cadastrar gratuitamente as suas leituras concluídas, aquelas em andamento e também o que pretende ler. A interação com os seus amigos permite encontrar quem tem o interesse semelhante, o que incentiva a troca e o empréstimo de obras. http://www.orelhadelivro.com.br Na área da comunicação, reúne as novidades do universo criativo! O site feito por publicitários e jornalistas aborda conteúdos relacionados à publicidade, marketing, design, tecnologia, fotografia e ilustração, novas mídias, web e muito mais. Cada post traz uma ideia inusitada, clique e inspire-se. http://comunicadores.info Portal para os cinéfilos de plantão! Tudo sobre o que é notícia na telona: o que está em cartaz, o que vem por aí, além de fichas técnicas de A a Z sobre os mais diversos filmes. Você encontra também uma seção de críticas, reportagens especiais, promoções e quiz para responder e se divertir! http://cinema10.com.br Pensando na dificuldade da procura de ingressos para determinados shows e eventos surgiu esse site, focado em facilitar o encontro de quem procura ingresso com quem comprou, mas não vai poder ir ao evento. O site é simples e funciona como um mural de anúncios. http://www.compreienaovou.com.br

Natália Nascimento

Kylie Minogue – The Abbey Road Sessions

A cantora lança no dia 29 de outubro seu mais novo álbum, composto por 15 versões dos singles mais importantes de sua carreira e gravado com uma orquestra. Entre as canções que incluem no CD, estão: Slow, All the Lovers, The Locomotion e Come Into My World, e contém ainda um inédito, Flower.

Thiaguinho – Ousadia & Alegria

Em fase de recomeço, o ex-vocalista da banda Exaltasamba lançou seu primeiro álbum solo, com 16 canções inéditas e seis regravações. O repertório mescla pagode e samba com R&B e música pop. O cantor conta com diversas participações, entre elas do cantor e compositor Gilberto Gil.

Pink – The Truth About Love

Em seu sexto álbum de estúdio, a estadunidense Pink declarou que o tema é o amor em todas suas formas. No CD, ela trabalhou com Dan Wilson, co-autor do hit "Someone Like You", de Adele. Entre as canções do disco, está "Blow Me (One Last Kiss)", que foi Top 10 em vários países.

Sessão Pipoca Selvagens

Lucas Felipe Jerônimo

Para quem busca uma rotina planejada de estudos que envolve disciplina e conteúdos programados, uma opção é o cursinho preparatório para concursos. Assim como o personal trainer da academia desportiva, esse tipo de curso tem o objetivo de colocar o candidato no ritmo para as provas. André Reis é coordenador de um curso preparatório e conta que paciência é fundamental para conseguir êxito nessa área. “Ter consciência, disciplina, abrir mão de muitas coisas, arrumar um horário de estudo, contar com o apoio da família, psicológico e financeiro, esse é o grande segredo”, disse. Além disso, o coordenador reforça que a pressão para a aprovação no primeiro concurso é prejudicial e que o candidato deve ter a noção de que se trata de um investimento em longo prazo. “O aluno muito inteligente subestima os concursos públicos, só que existe um edital com matérias básicas, o esforçado estuda os itens do edital e passa”, conclui.

007 – Operação Skyfall

Amanhecer – Parte 2

Os Penetras

Natália Nascimento

O drama traz dois amigos, Ben O 23º longa-metragem do agenPara os amantes da saga CrepúsA dois dias do réveillon, o apaixo(Aaron Johnson) e Chon (Tayte James Bond teve sua estréia culo, chega às telonas no dia 15 nado Beto (Eduardo Sterblitch) lor Kitsch), que dividem a mesadiantada no Brasil pela Sony de novembro o último filme bavai ao Rio de Janeiro tentar reatar ma namorada, Ophelia (Blake Pictures e chega às telas em 26 seado nos livros da autora com Laura e, desprezado, tenta o Lively), e um bem-sucedido nede outubro. Em Skyfall, a lealdaStephenie Meyer. O ator Robert suicídio. Quem o salva da morte é gócio de plantio e distribuição de de Bond a M (Judi Dench) é Pattison, além de atuar, canta e o vigarista Marco Polo (Marcelo de maconha. Quando resistem a testada. Com o MI6 sob ataque, toca no piano a música traduzida Adnet). Dirigido por Andrucha um cartel do narcotráfico mexicano, a namorada 007 (Daniel Craig) deve rastrear e destruir a como 'Canção de Ninar de Renesmee'. Na parte Waddington, o novo longa promete boas risadas. é seqüestrada. Estreiou no início de outubro. ameaça. Javier Bardem interpreta o vilão. 2, Bella Swan (Kristen Stewart) já é uma vampira. Estréia prevista para 30 de novembro.


GASTRONOMIA

Pelo mundo afora

Você já deve ter ouvido muito aquela expressão “viajar sem sair do lugar”. Pois ela é pode ser verdade quando pensamos em comida. Uma das coisas que mais caracteriza um lugar é sua culinária, seus pratos e bebidas típicas, sabores e aromas. Em Uberlândia, encontramos vários pedacinhos do mundo através de restaurantes. O Senso (in)comum reuniu algumas dicas para você se deliciar por diversos países. Ana Flávia Bernardes e Natália Nascimento

Culinária brasileira Nossa comida nasceu de misturas. Ingredientes europeus, indígenas e africanos, todos têm seu espaço na mesa. Os índios são os mais influentes nas receitas, mas com a colonização do país, houve adaptações. Como a famosa feijoada, mistura africana e indígena. De Estado para Estado, há grandes diferenças quanto aos pratos típicos, mas isso se deu, também, pela colonização. Pelo Brasil ser um país enorme, cada terra tem seu tempero, influenciado pelo povo que habitou um dia.

Fotos: Natália Nascimento

Fazendinha Sabiá:

Culinária chinesa A exótica culinária chinesa é requisitada em todo o mundo. O famoso ”agridoce” encanta as pessoas, o tão pedido “Yakissoba” é preparado com uma massa exclusiva, e suas carnes avermelhadas (pelo preparo na soja) são de comer rezando. Importantes ingredientes dessa cozinha são o alho-poró, o gengibre e a pimenta, além de proporcionarem um aroma sem igual, são utilizados para colorir a comida chinesa. Com o tio, Kin Lee Lam (o cheff Alan) trabalhou um ano no restaurante de Eike Batista e resolveu trazer toda sua experiência para a cidade. O resultado são pratos muito saborosos com combinações divinas. Onde: Rua Bernardo Guimarães, 709 – Fundinho Horários: Sexta, com horário marcado / Sábado das 12h às 14h (almoço) e das 19h às 23h (jantar) / Domingo, das 12h às 14h

Grand China:

Ora Pro Nobis:

Uma chácara de família que, aos finais de semana, se transforma em um restaurante. Com a refeição preparada em fogão à lenha, você tem a lembrança de comida de vó. Onde: R. Belizário Dias, 193 (fica no distrito de Cruzeiro dos Peixotos, à 18km do Centro da cidade) Horário: Aos domingos, das 11h às 17h

Para você que gosta de arroz, a comida japonesa é o prato certo! No Japão, o arroz praticamente domina os pratos típicos, uma vez que os outros alimentos são considerados apenas como complementos, denominados “okazu”. Um dos grandes diferenciais da comida não são seus ingredientes e nem a quantidade de cores, aromas e sabores, mas sim o talher. Os japoneses utilizam o “Hashi” – dois bastões de madeira - para seguras os alimentos.

Quando se fala em culinária italiana, muitos só pensam em pizza e macarrão. Claro que são os mais famosos, mas essa cozinha não se resume a massa em todos os pratos. Queijo e vinho também ingredientes ou simples acompanhamentos imprescindíveis para a culinária do país. Suas comidas têm origens diferentes, uma de cada região, sendo a mais famosa, a pizza, original da província de Napoli.

CheffAlan:

Lá você encontra uma grande variedade de opções para degustar a Lá você encontra comida e ambiente típicos de fazenda. Bom para comida chinesa. Ainda pode escolher se quer comer por quilo ou passar a tarde, pois tem até rede debaixo de uma árvore para você preço único por pessoa. tirar aquela soneca depois de almoçar. Onde: Av. João Naves de Ávila, 160 – Centro Onde: R. Bolívia, 110 – Tibery Horários: Segunda à sexta, das 11h15 às 14h15 (almoço) e das Horários: Terça-Feira a Sexta-Feira, das 11h as 14h / Sábados, 19h15 às 22h (jantar) / Sábado, domingo e feriados, das 11h15 às Domingos e Feriados, das 11h as 15h30 15h (almoço) e das 19h15 às 22h15 (jantar)

Culinária japonesa

Culinária italiana

Dom Giuseppe:

Lá você vai se sentir em um pequeno restaurante de Roma. Com uma decoração típica e um cardápio de dar água na boca. Onde: Praça Cícero Macedo, 118 – Fundinho Horários: Terça à sexta, das 19h às 24h / Sábado, domingo e feriados, das 11h às 14h30 (almoço) e das 19h às 24h (jantar)

Sapataria da Pizza:

Como o nome já diz, você vai encontrar milhares de sapatos no cardápio. As pizzas são assadas de uma maneira exclusiva e, em sua grande maioria, são quadradas. Onde: Av. Getúlio Vargas, 1024 – Martins Horários: Domingo a quarta, das 18h à 0h / Quinta a sábado, das 18h à 1h

Culinária mexicana Rica em proteínas, minerais e vitaminas, a diversidade de pratos e de temperos da culinária mexicana chama a atenção dos brasileiros. Alguns dos pratos mais conhecidos são enchilada, burrito, nachos, tortillas e quesadilla. Para acompanhar, uma das Culinária árabe bebidas mais tradicionais é a tequila, com sua variedade de sabores aromas. Além dela, uma curiosidade: o chocolate que, no Conhecida por sua grande diversidade de pratos e alimentos, os eMéxico, é mais conhecido como bebida, do que alimento. ingredientes da culinária árabe variam entre ervas, grãos, legumes, nozes, folhas verdes, carnes, molhos e laticínios. Além disso, os árabes têm o costume de beber bebidas quentes, como o café e o chá, que sempre acompanham suas refeições. Os pratos mais conhecidos e saboreados pelos brasileiros são o quibe e a esfirra.

Monte Líbano

Ótima opção para quem gosta de comida libanesa. Com pratos quentes, frios, carnes e saladas, é o espaço ideal para aproveitar mais um pouco da culinária oriental. Onde: Rua Cipriano Del Favero, 640 – Centro Mexicali Horários: Todos os dias, a partir de 11h15. Um dos mais famosos restaurantes da cidade de Uberlândia, o Mexicali tem localização acessível e fortes características do Mitsui México, com músicas típicas e fantasias para os clientes. O famoso Localizado no centro, o Mitsui é recomendado para toda a cidade chapéu mexicano faz com que os uberlandenses se sintam bem de Uberlândia por ser acessível e ter um preço agradável. Com entrosados ao ambiente. pratos típicos, oferece culinária japonesa de alta qualidade. Onde: Rua Tiradentes, 66 – Fundinho Onde: Rua Barão de Camargo, 654 – Fundinho Horários: Todos os dias, das 19h às 00h30 Horários: Segunda à domingo, das 11h às 14h (almoço) e das 18h até 23h30 (jantar) Tudo em um só lugar Para aqueles que gostam de comodidade, ainda há a Sahtten Miraku opção da Feira Gastronômica que ocorre na praça Coronel Miraku significa apreciar o sabor, degustar, descansar. Com traços Fundado em 1898, como uma lanchonete, o Sahtten coloca um Carneiro toda terceira quinta-feira do mês, das 19h às 22h. O orientais, o Miraku conseguiu unir o jeito brasileiro com a gostinho mineiro na comida tradicional do oriente médio. Hoje, evento é promovido em parceria com a Secretaria Municipal oferece uma diversidade dos pratos típicos do oriente. tradicional cultura japonesa, agradando todos os uberlandenses. de Cultura e com apoio da Secretaria Municipal de Onde: Av João Pinheiro , 220 - Fundinho Onde: Rua Coronel Manuel Alves, 23 – Fundinho Agropecuária e Abastecimento. Em um pulo, você passa pela Horários: Todos os dias, das 11h30 às 15h (almoço) e das 19h às Horários: Segunda a sábado, das 11h às 14h30 (almoço) e das 18h culinária da China, França, Itália, Japão, Líbano, México, às 23h (jantar) / Domingo, das 11h às 15h30 23h30 (jantar) Portugal, Rússia e Suíça; e de estados e regiões brasileiras.


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