Bagagem de estudante nº2 31março2014

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Magazine Digital – Clube de Jornalismo da Escola Secundária de Tondela

Nº2 - março de 2014

BAGAGEM DE ESTudante Opinião

Cultura

Tecnologia

Baile de Finalistas ESTondela 2014

Humor

Talentos

Neste número: = Escrever porquê? = imPressões = Nas asas do sonho = Fotos de Autor = Novos cinéfilos = Desafio LOL! = O que vem à rede = Entrevista a Rodrigo Fonseca = Bláblá-Baile de Finalistas

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Apeteceu-nos saber …

A foto que ficará mais tempo na nossa memória foi quando nós subimos ao placo e vimos o pavilhão cheio, como nunca tinha visto… A entrada do Mastiksoul é incrível. – Rodrigo Fonseca

Entrevista ao presidente da comissão de finalistas na pág. 11. Na íntegra, em: https://www.facebook.com/#!/ejornalismo.estondela

Bagagem Nº2 - Confirmado Tal como prometido, aqui estamos de novo. E chove. Retomamos o nome “Bagagem de ESTudante”, sem esquecer as sugestões recebidas no Opiniómetro de lançamento da magazine. Por isso, “Visão Escolar” e “Gazeta do Estudante” serão nomes revisitados por nós, muito em breve, em algumas rubricas. Pareceu-nos oportuno, neste mês, recordar alguns momentos do Baile de Finalistas da EST (01.março’14), partilhando pontos de vista de quem, por lá ter estado a 100%, sabe do que fala. E, de novo, talentos diversos que os alunos da nossa Escola vão revelando na escrita, na fotografia, na leitura de imagens sobre um tempo algo remoto ou na ilustração, bem-humorada, de ideias soltas. É também neste sentido que agora lançamos o “Desafio LOL!”. Fiquem por perto. Encontramo-nos por aí.

De entre os nomes próprios dos alunos da Escola, quais os mais frequentes? Que origem e significado possuem? Fomos investigar e descobrimos algo. Por: Catarina Ferreira, Francisca Gomes, Diana Pimenta, Dina Chen e Raquel Bernardes

Entre elas: 1º Ana 2º Carolina 3º Inês 4º Mariana 5º Joana Entre eles: 1º João 2º Pedro 3º Gonçalo 4º Tiago 5º Rafael

O Clube de Jornalismo 1»


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Escrever porquê? Por Beatriz Santos A escrita é um dom de que todos nós gozamos, uns mais que outros mas, cada um à sua maneira, consegue explicitar-se através da escrita e ainda bem que assim o é. A escrita é uma boa forma de expressão para aqueles que são envergonhados, pois quando têm algo para dizer a alguém e não o conseguem fazer, fazem-no escrevendo; muitas das vezes é assim, através deste recurso, que nascem as grandes amizades ou os grandes amores, quem sabe!?

Ana Origem - Hebraico. Significado - cheia de graça. Carolina. Origem - Germânico Significado - diminutivo de Carla. Inês Origem - Grego. Significado - a casta.

Às vezes, dá muito trabalho fazê-lo, por vezes temos umas pequenas tendinites, por escrevermos demais na aula de Português, mas ainda bem que o fazemos. A escrita é um ótimo meio de nos relacionamos com o mundo… É também uma ótima forma de exprimir sentimentos e sensações… uma ótima forma de difundir esta língua bela de que nós dispomos. Mas, como tudo, tem as suas coisas boas e más, serve para a felicidade e para a tristeza, embora eu ache que esta coisa maravilhosa de escrever só deva servir para expressar os bons sentimentos. Por vezes, as palavras escritas substituem uma expressão facial, palavras sinceras e inconscientes ditas cara a cara.

Mariana Origem do nome Mariana = Latim. Significado Mariana : junção de Maria e Ana.

A escrita é a demonstração das palavras, é a composição de sentimentos e a comunicação entre os Homens.

João Origem – Hebraico. Significado – graça divina

(Texto escrito no âmbito da disciplina de Língua Portuguesa)

Joana Origem - Hebraico Significado - forma feminina de João - graça divina. ~&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&~

Pedro Origem - Latim. Significado - pedra. Gonçalo Origem - Germânico Significado - salvo na guerra. Tiago Origem - Hebraico. Significado - abreviação de Santiago.

Ilustração de Hugo Antunes, efetuada nas aulas de Educação Visual

Rafael Origem - Hebraico. Significado - Deus o curou.


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imPressões Por Marta Francisca Matos Holocausto – “Tudo queimado” Queimaram-se almas, queimaram-se vidas, queimaram-se as esperanças de um novo começo. Era tão grande e tão doloroso o desespero... Morreu tanta gente, tanta gente inocente, milhões de judeus foram mortos porque simplesmente não eram como eles, não eram loiros e altos, nem tinham olhos azuis e pele pálida. Pálida, como se no interior das suas veias não fluísse sangue, daí terem a certeza de se sentirem a raça mais perfeita e mais pura, como se não fizessem parte da raça Humana, pois não é raça humana aquela que é perfeita. Invade-me uma imensa tristeza e um medo profundo quando reflito sobre este assunto, quando penso que “eles” sentiam repúdio em relação aos seus semelhantes. Em memória das almas perdidas e banidas, mal tratadas e desrespeitadas, isoladas e rejeitadas, que pagaram com as próprias vidas, e à custa de muito sofrimento e humilhação, aquilo que não deviam a ninguém... Deixemos, todos nós, o sentimento de COMPAIXÃO! (Texto elaborado após visita à exposição sobre o Holocausto, no âmbito da disciplina de História)


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Nas asas do sonho Por Raquel Bernardes

Oportunidade (Talvez. Talvez fosse um erro estar ali. Talvez fosse uma loucura. Porém, era a única esperança que ainda residia no seu coração desalentado…) O céu refletia a escuridão que devorava o espaço. Nem a lua, nem as estrelas, ousavam espreitar os domínios sombrios da Ilha Infernal, que se erguia, entre as sombras do mar, com uma imponência aterradora, protegida pela densa neblina que a abraçava. Vista de longe, apenas a claridade entorpecida, quase fantasmagórica, emitida pela cratera do soberbo vulcão Magnus, aquecia a noite, como uma mancha difusa de sangue… Pelos caminhos abandonados à obscuridade, um vulto avançava, com fingida determinação, denunciada pela sua respiração descompassada. O cheiro a podridão pairava confortavelmente no ar, tornando-se quase doloroso, para ele, respirar, enquanto o calor exacerbado parecia obstruir o seu peito, sufocando-o. Discretamente, procurando não atrair para si os olhares curiosos ou desconfiados, retirou uma das mãos do casulo formado pela grossa e pesada capa negra que o cobria e ergueu-a ao rosto, escondido na sombra do amplo capuz que trazia, a fim de enxugar as inúmeras gotas de suor que rolavam suavemente pela sua pele, incomodativas. Tropeçou. Instintivamente, no momento de pânico, apoiou-se numa velha caixa de madeira, que acabou por ceder com o seu peso. O estrondo ecoou pela extensa rua, morrendo, longe, no silêncio onde as sombras imperavam. A figura aguardou, imóvel, alguns segundos, vigiando a movimentação sorrateira em seu redor. Engoliu em seco e respirou arduamente, recordando o motivo que a trouxera até ali, na esperança de nele encontrar a firmeza de espírito e a coragem que precisava desesperadamente para não recuar – não, quando já tinha chegado tão longe! Impulsionada por uma onda de ousadia, levantou-se. Recusava-se a olhar para trás! Além disso, ainda que o caminho diante de si não fosse de todo convidativo, era o único que lhe restava seguir. Uma fraca brisa acariciou a noite, incentivando-a a continuar. Algures, perto, uma placa chiou em agonia, balançando dolorosamente no suporte onde estava suspensa, captando os olhos estrangeiros e atentos. Numa caligrafia rude e animalesca, três palavras destacavam-se, reescritas com sangue fresco: “Toca do Diabo”. As suas pernas vacilaram e um reflexo de vómito abordou-o, contudo, o vulto manteve-se forte e avançou até se aproximar da entrada da taberna. Fechou os olhos e, numa prece muda, pediu auxílio às divindades de todos os elementos, para que estas o protegessem e permitissem que saísse dali, pelo menos, com vida. Suspirou, expulsando todos os seus medos e abriu os olhos, com um novo brilho no olhar. E, sem se atrever a pensar, entrou. … O odor a carne podre, misturado com cerveja, concentrava-se na sala, asfixiando o recém-chegado e revirando-lhe o estômago na náusea. As lágrimas emergiram-lhe subitamente aos olhos e ele hesitou, procurando suportar aquele ambiente angustiante. Arfou, tentando aliviar a pressão que sentia no peito, e forçou o seu próprio corpo a dar um passo, evitando encarar os clientes que ali estavam e discutiam entre si, com vozes grossas e roucas, capazes de o assombrar. Os restantes seguiram-se quase maquinalmente, em direção ao balcão. Deteve-se frente ao barman. O seu espírito vacilou, ao reconhecer a criatura humanoide com cabeça de animal, que tinha diante de si. Com a pele acastanhada e áspera, o rosto revestido com um pelo crespo e escuro e dois soberbos chifres encurvados de quase meio metro… O minotauro tinha o dobro do seu corpo. Limpava rudemente uma grande caneca de madeira lascada. Ergueu o olhar 4»


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fuzilante ao pressentir a sua presença e resfolegou, fazendo vibrar a argola de ouro que pendia presa ao seu nariz achatado e o identificava como chefe do grupo. Argus. A figura debruçou-se cautelosamente sobre o balcão, estendendo o braço na direção do outro, com o punho fechado, recorrendo a toda a sua força de vontade - e mais ainda - para não tremer. Pousou cinco moedas de ouro puro, sobre a superfície, que tilintaram num sussurro peculiar, deixando-as protegidas de olhares alheios sob a palma da sua mão. - Eu estou à procura “dele”. – Informou, num murmúrio suave, mas surpreendentemente seguro. A temperatura pareceu arrefecer ligeiramente. A besta pousou o copo e apoiou os cotovelos sobre o balcão, limpando as mãos calejadas e rudes ao pano que segurava, com movimentos lentos e meditados. O seu olhar dividia-se, curioso, entre a mão pousada e a figura encapuçada, que ele estava com dificuldades em identificar… Resfolgou de novo. O cheiro dela era estranho, porém, caracteristicamente feminino, assim como a sua voz. Por fim, sorriu arrogante, deixando cair o pano sobre o dinheiro escondido e ela retirou a mão, a fim dele o poder recolher. Num gesto desapercebido, trincou uma das moedas e ergueu as sobrancelhas, satisfeito, sentindo o gosto do metal. - Segue-me. A rapariga reprimiu o arrepio que lhe enfraqueceu o corpo e seguiu Argus, que a conduziu pelo salão, até um canto obscuro, onde, de perto, se conseguia distinguir uma porta nas sombras. Quando ele a abriu, a jovem sentiu-se arrebatada por uma vertigem que a parecia engolir no vazio. Através de um corredor estreito, uma escadaria sem fim parecia mergulhar na escuridão dos Infernos. Os seus olhos lacrimejaram, à medida que começou a descê-la e a sua coragem se esvanecia, corrompida pelas trevas que a cingiam. O calor intensificava-se a cada novo degrau, tornando-se doloroso continuar a carregar a capa que envergava. Já havia perdido a noção do tempo que havia passado, quando, finalmente, o minotauro a mandou aguardar um momento e desapareceu na obscuridade diante de si. Respirou fundo. Pelo menos, ali, o ar cheirava apenas a humidade, a terra… e a fogo. Os quatro elementos reunidos. Sorriu para o facto, sentindo pesar, de repente, sobre si, um cansaço emocional extremo… Todavia, não podia ceder naquele momento! Só mais um pouco e… Ouviu uma porta pesada abrir junto a si e o barman reapareceu a seu lado, convidando-a, com um gesto, a entrar, antes de tornar a subir pelas escadas e desaparecer na distância. A rapariga voltou-se para a porta, através da qual poderia estar a sua oportunidade. O seu coração recomeçou a bater com vigor e uma nova onda de coragem explodiu dentro de si, avivada a sua esperança. Era a hora!

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A segunda parte deste conto, inédito, de Raquel Bernardes será publicada no próximo número da Bagagem de ESTudante.

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Fotos de Autor “Para mim fotografar é uma forma de captar a realidade, de registar bons momentos para que um dia mais tarde sejam recordados. Dediquei-me à fotografia sem querer, sempre gostei de fotografar, no entanto esta paixão 'alargou-se' e agora pretendo evoluir de dia para dia, aceitando criticas construtivas, opiniões... Por vezes fotografar não é fácil, nem sempre sai como imaginamos, no entanto nunca desistir e voltar a tentar uma, duas, três ... vezes até que se registe o que queremos. Para mim existe sempre um motivo para fotografar e procuramos sempre inspiração em alguma coisa.” Márcio Ribafeita

Márcio Ribafeita, 18 anos, frequenta o 12º ano do Curso de Línguas e Humanidades, na Escola Secundária de Tondela. Considera seriamente seguir a carreira de fotógrafo, a par do curso que vier a escolher. É fotógrafo residente da Swell Club Caramulo.

http://marciofotografia6.webnode.pt/

Tema preferido: Paisagens Naturais.


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Novos cinéfilos O Nome da Rosa O filme leva-nos a uma imersão na Idade Média, fazendo-nos transitar por diversos temas e fases da história, tornando-se uma grande aula de história e também de filosofia. A atmosfera sombria, a aparência doentia dos monges frequentadores do mosteiro e a abordagem à Santa Inquisição que passa a ser feita a partir da segunda metade do filme permite-nos compreender um pouco do que foi a Idade Média. O filme retrata a história da investigação de uma série de assassinatos ocorridos num mosteiro na Itália mediável (sete monges são mortos de maneira insólita no período de sete dias e noites). Um monge franciscano, William de Baskerville, exinquisidor, chega ao mosteiro para participar num conclave onde decidiram se a Igreja doaria parte das suas riquezas com o seu discípulo Adso de Melk. (…) Rodrigo Ferreira 10ºC (…)

William, um dos protagonistas, muito dedicado à ciência, usa métodos da pesquiza sofisticados para reunir as provas necessárias e chegar à verdade. Para além disso, tem o dom de ler pistas que não são percepcionadas pelos outros, nomeadamente as frases no pergaminho, apagadas com sumo de limão e que se revelam aos seus olhos a partir da chama de uma vela. Este monge franciscano representa no filme o intelectual renascentista que, com a sua postura humanista e racional, consegue desvendar a verdade por trás das mortes do mosteiro. Contrariamente a William, estão outros monges que representam o dogma e que acreditam que uma força sobrenatural, demoníaca, tomou conta do mosteiro, relacionando as mortes com a profecia do Apocalipse. (…) João Ferreira 10ºC

(…)

É uma crítica à organização e aos dogmas da Igreja católica. A primeira crítica é em relação ao uso do medo para manter os fiéis e clérigos. Quando William descobre o responsável pelos crimes, questiona-o mantendo o livro de comédia escondido. Este responde que o objetivo não era acabar com o riso, mas sim acabar com as curiosidades que o livro trazia. Segundo este, o riso diminuiria o medo do inferno e, sem inferno, não havia a necessidade de um deus. Anteriormente, o mesmo abade afirma que o objectivo da Abadia não era a de desenvolver conhecimento mas sim acumulá-lo e isolá-lo do baixo clero ou mesmo dos fiéis, para que estes tivessem simplesmente o conhecimento ligado à religião. Está presente um contraste marcado: por um lado, os franciscanos que apoiam a diminuição das riquezas e, por outro, os enviados, o papa, ostensivos, em contraposição aos fiéis que (sobre) viviam do lado de fora da Abadia, que quase viviam de esmolas e ainda tinham de pagar o dízimo à Igreja se queriam a sua salvação. Estes fiéis são representados pela rapariga por quem Adso se apaixona. Mónica Veiga 10ºC

(Apreciações críticas elaboradas no âmbito da disciplina de Filosofia) 8»


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Desafio “LOL!”

Consegues ter piada numa única vinheta? Quino

Cria o teu CARTN… e participa no

“LL!” Entrega o teu original na Biblioteca para posterior divulgação. 9»


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O que vem à rede Seleção de Gabriela Pedrosa

http://phet.colorado.edu/pt/ - Física e Química (simulações interactivas) http://www.cientic.com/portal/ - Ciências e TIC http://www.resumos.net/ - Vários http://www.notapositiva.com/ - “O site de todos os estudantes” http://www.johnkyrk.com/index.pt.html - Animações em Biologia Celular http://www.brainpop.com/ - multidisciplinar http://ciberjornal.wordpress.com/ - Português http://matematica.com.sapo.pt/ - Matemática http://afilosofia.no.sapo.pt/ - Filosofia http://sccaulas.com.sapo.pt/exercicios.htm - TIC http://www.japassei.pt/ - Materiais de estudo ( do 5º ao 12º ano) http://www.obichinhodosaber.com/ - Vários

Aqui ficam algumas páginas web que só podemos recomendar porque já as usámos N vezes.

Conheces, certamente, outras... Partilha-as. Junta-te ao Clube no Facebook: https://www.facebook.com/#!/ejornalismo.estondela

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Entrevista Por Francisca Gomes

Rodrigo Fonseca, presidente da Comissão de Finalistas MD: Ser finalista pode cruzar-se com a circunstância de ser também principiante. Preparam-se para uma despedida em grande ou um começo em pleno? RF: Nas duas. Ao longo do ano, em todas as festas, tentámos sempre despedirmo-nos do secundário, mas principalmente no nosso Baile, que é o dia mítico em que damos isto por acabado, de certa forma. Vamos ter a viagem de finalistas, que é o fim em grande e, depois, temos o verão para desfrutar, depois dos exames, relaxar um pouco e entrar em grande para a universidade. Sei que vai ser difícil, é um salto muito grande, mas tem que se estudar… MD: Costumas olhar para o futuro e pensar que é “já ali”? RF: Sim, de certa forma sim. Após todos estes anos em que não sabíamos bem para o que queríamos ir, já temos de escolher uma área, um curso, apesar de nos dias de hoje podermos tirar um curso universitário e ir trabalhar para uma caixa num balcão… Mas sim, é já ali, no meu caso, daqui por cinco, seis anos, que é o que dura a minha universidade, aproximadamente, se tudo correr bem... Penso que daqui a pouco tempo já vou estar a trabalhar na mesma rotina durante vários anos e… sei lá… já sair de casa dos pais, trabalhar, é incrível. MD: Repetir a experiência de finalista não é propriamente desejável, mas o que gostarias de fazer perdurar para sempre? RF: Acho que o melhor é mesmo encontrarmo-nos com os nossos colegas do 12º ano, um dia mais tarde, e ver os vídeos, as fotos do Baile, todos os momentos que passámos juntos, principalmente nós, comissão, que foi dia sim, dia não, estávamos a trabalhar, a organizar tudo para que, no fim, fizéssemos um bom trabalho. Conseguimos pagar a viagem a 83 pessoas… Também já relembrámos o que se passou desde o início do ano, os inexperientes que nós éramos e que entrámos nisto com tudo e éramos tão ingénuos. Podíamos ter feito de maneira diferente, mas o que interessa é que pagámos a todos. MD: Fala-nos um pouco de como o conseguiram… RF: A viagem, para cada um, é 250 euros. Tendo em conta o estado do país neste momento e as dificuldades que cada um teria em vender rifas e arranjar patrocínios, baixámos em 50 euros o valor que cada um teria que conseguir angariar, o que se traduziu em mais 50 euros, por pessoa, que a comissão teria que arranjar. Para além disso, há a quota semanal de um euro, tal como se tem feito todos os anos. O restante valor foi a comissão que, semana sim, semana não, começando pelas festas de verão (Parada de Gonta, São Miguel do Outeiro, Lajeosa, Ficton), arranjou, com quermesses, torneios de pesca e futebol, angariação de fundos pelas lojas e realização de festas nos bares de Tondela. Depois, chegámos ao momento em que se ganha mais dinheiro, que é o Baile, completamente.

MD: Como é que conseguiram trazer o Mastiksoul? RF: Na reunião em que os finalistas confrontaram o agente com os aspetos menos bons da sua proposta - uma vez que são eles que vão estar responsáveis por nós e que vão organizar aquela que vai ser a melhor semana da nossa vida - tinham de nos provar que estavam à altura. Foi numa dessas picardias em que nós, comissão, que somos dez elementos, (e refiro já que, sem eles, não conseguia arranjar este dinheiro, se não fôssemos tantos, cada um em sua área, com o seu ponto de vista diferente, nem sei se teria entrado nesta aventura) confrontámos o agente com as nossas opiniões, que ele disse, todo enervado, Então pronto, vocês estão tão

assim contra nós que vocês vão para Calpe e eu meto o Mastiksoul, por muitos considerado o melhor Dj nacional, no vosso baile e fazem o melhor baile de sempre. E foi o que aconteceu, na minha opinião e no que me disseram, o melhor baile de sempre. Mas isto influencia o desempenho escolar, eu próprio tive de faltar às aulas... MD: Que fotos do Baile ficarão para sempre na vossa memória afetiva? RF: A foto que ficará mais tempo na nossa memória foi quando nós subimos ao placo, na entrada do Mastiksoul, e vimos cheio o pavilhão, como nunca tinha visto aquilo, cheio, completamente cheio, a entrada do Mastiksoul é incrível. Há muitas fotos disso… O pessoal todo a saltar, uma entrada em grande… Nós a vermos aquilo do palco, ficámos mesmo todos de boca aberta, a comissão ficou até mesmo… MD: Babada… RF: Yeah, babada, completamente… Que é isto?

Como é que nós conseguimos fazer isto, mesmo? Nós olhávamos uns para os outros: Nós conseguimos! Temos o pavilhão cheio, fizemos dinheiro para todos… Agora é desfrutar, é incrível! Foi.. mesmo… sem palavras… MD: Que dizes acerca da falsificação de pulseiras? Foi algo que nos revoltou e prejudicou, apesar de termos conseguido detetar a fraude a tempo, que colaborassem connosco e de termos o processo muito bem conduzido. Não posso deixar de agradecer ao meu pai que tanto nos ajudou. Resolvemos da melhor forma, já passou, correu tudo bem. MD: Obrigada por teres partilhado. RF: Foi muito boa a nossa conversa. 11 »


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Bláblá-Baile de Finalistas Por Diana Chen e Raquel Bernardes Todos os anos há finalistas e cada baile é diferente. A música, os convidados, o glamour de quem se prepara para uma despedida à altura dos seus anseios, ou para o começo de uma nova etapa. Ainda temos no ouvido algumas frases soltas… Momentos únicos. Não propriamente efémeros. Eu acho que as pessoas se divertiram muito. Tipo, as escolhas dos Djs foram boas; estava bem organizado. (…) Acho que estava fixe! Gostei muito quando estava, às cavalitas do Daniel Nunes, quase a cair para o lado.

Nos balneários, devíamos ter posto um balneário só para... o Balneário do amor (…) Os finalistas contribuíram bastante para a decoração; boa animação.

O bolo de chocolate estava queimado!

Mas, até agora, este foi o melhor!

Foi bastante divertido. Foi bastante produtivo.

Eh pá, acho que gostei! (risos) Sei lá... Estava lá o Mastiksoul! O melhor baile de sempre como é óbvio! Aquilo estava cheio. Não sei, por acaso gostei mesmo.

Ó pá, tipo, os outros bailes não tinham lá nenhum Dj comparado com o nosso, não é? Achei que foi a única coisa que destacou no nosso baile, relativamente aos outros. Ah! E a decoração, que também estava diferente.

Eu adorei! Acho que foi o melhor baile que Tondela já alguma vez teve!

O Mastiksoul contribuiu imenso para um bom baile.

Eu acho que a decoração até estava boa. (…) As bandas foram boas!

Houve bué gente que se queixou das batatas!

O baile de finalistas foi super interessante, “super loucura”!

“Se pudéssemos fazer outra vez? Mergulhava no palco! Não, mas por acaso foi altamente, nós a subir ao palco e ver lá o pessoal todo doido e não sei quê e aí é que nós vimos a compensação do nosso trabalho. Aquilo cheio de loucura e toda a gente a dizer "O Melhor Baile de Sempre!"

Ficha Técnica: #Redação e Montagem – Clube de Jornalismo da Escola Secundária de Tondela [Agrupamento de Escolas de Tondela – Tomaz Ribeiro] – Colaboraram neste número: Diana Pimenta, Francisca Gomes, Catarina Ferreira (10ºD); Raquel Bernardes e Diana Chen (12ºC), Gabriela Pedrosa (12ºB); Beatriz Santos e Marta Francisca (9ºE); Hugo Antunes (9ºA); Mónica Veiga, Rodrigo Ferreira e João Ferreira (10º C); Márcio Ribafeita (12º E ) e Rodrigo Fonseca # Coordenação - Rosa Tavares de Almeida 12 »


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