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Braganรงa Paulista

Sexta 22 Marรงo 2013

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para pensar

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Expediente

Francisco é o seu nome! por Mons. Giovanni Baresse

“Argh! Um Papa argentino!” “Agora vamos ter que aguentar os vizinhos que têm certeza que em tudo são melhores do mundo!” “Tá bom. O papa é argentino, mas Deus é brasileiro”! Brincadeiras desse tipo correram e correm céleres pelos meios de comunicação. Para mim, com o disse numa entrevista, foi uma surpresa a sua escolha. Mas a escolha do nome me deixou feliz. Pela manhã da quarta feira, dia de sua eleição, durante caminhada, ao pensar em sugestão de nomes para o novo Papa, olhando a realidade difícil dos nossos dias, dois nomes me vieram à mente: Tiago e... Francisco! Acreditem! Tiago porque foi o apóstolo da conciliação no Concílio de Jerusalém (Atos dos Apóstolos, cap. 15). Ele conseguiu uma linguagem de concordância para a solução do conflito entre cristãos vindos do judaísmo e cristãos vindos das outras nações. Era um bom nome para a Igreja que carrega dentro de si diferentes modos de enxergar a realidade e de busca de soluções. Francisco porque ouviu o chamado do Senhor: “Ripara la mia Chiesa”! (“Reforma, conserta

a minha Igreja”!). E Francisco não se afastou nem deixou a Igreja. Por dentro ele fez a sua missão. Na simplicidade de sua vida foi dando o exemplo de como se deve viver o Evangelho, cuidando das pessoas e da Natureza, da Vida! Lição para nós: não é deixando a Igreja, as nossas comunidades paroquiais, os nossos movimentos, que corrigiremos seus erros e defeitos. É permanecendo e agindo por dentro! Estou escrevendo no dia de São José quando o Papa Francisco inicia, oficialmente, sua missão, o seu serviço de confirmar os irmãos na Fé. E na sua homilia ele pediu que se cuidasse das crianças, dos velhos e da Terra. Muitos me perguntam qual minha impressão sobre o Papa Francisco. Penso que se iguala a opinião da maioria das pessoas: impressionado pela simplicidade, pelo sorriso constante, pela simpatia, pela quebra continuada do protocolo. Suas palavras simples e diretas. É o início de um trabalho duro porque além de bispo de Roma, ponto de unidade de todos os bispos e de todo o povo de Deus, ele deverá exercer também o papel de chefe de Estado (cruz

histórica que os papas carregam e que, muitas vezes, faz com que se retardem atitudes por conta de razões políticas). Não há dúvida que esta função tem, também, a sua relevância. Muitos conflitos tiveram seu encaminhamento pacífico através da ação da diplomacia vaticana. Claro que não houve unanimidade na alegria despertada pela escolha do Papa Francisco. Alguns jornais argentinos trouxeram manifestações dizendo que o cardeal Bergoglio teria sido no mínimo omisso, senão colaborador, das ações de governo no tempo da ditadura. Há manifestações duras. Em contrapartida há outros pronunciamentos isentando-o de possíveis culpas. Inclusive o Supremo Tribunal da Argentina emitiu nota em que nada consta de conluio ou colaboração do atual papa com o governo ditatorial. Devo dizer que me impressiona o espírito de nosso tempo. Ao descobrir possíveis falhas em alguém elas quase que determinam a idoneidade ou não da pessoa. Parece não haver lugar para o perdão e para a misericórdia. Fico pensando, e perdoem se me

repito, do que nós pensaríamos de Jesus Cristo, se fossemos seus contemporâneos, quando ele escolheu os Doze: um cobrador de impostos considerado traidor da pátria e ladrão; um guerrilheiro que achava que se deveriam expulsar os romanos pelas armas; um que julgava que “de Nazaré não podia vir coisa boa”; um que o negou, outro que o traiu! Nenhum de boa escolaridade e formação acadêmica! Acho que diríamos: começou mal! Pois é! Esses “desqualificados” deram a vida e morreram por Ele. E pelo seu testemunho é que nós conhecemos e cremos em Jesus de Nazaré, Deus entre nós! Penso que ao olhar para o Papa devemos rezar por ele (como ele mesmo pediu) para que cumpra bem a sua missão. Se ele carrega imperfeições e pecados, como qualquer um de nós, que busque seu caminho de conversão, como todos nós. Às vezes tenho a impressão que até hoje não entendemos que a Igreja não é feita de anjos. É feita de gente de carne e osso que deve buscar realizar o mandato do Senhor: “Sede perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito!” Claro que

Jornal do Meio Rua Santa Clara, 730 Centro - Bragança Pta. Tel/Fax: (11) 4032-3919 E-mail: jornal@jornaldomeio.com.br Diretor Responsável: Carlos Henrique Picarelli Jornalista Responsável: Carlos Henrique Picarelli (MTB: 61.321/SP)

As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da direção deste orgão. As colunas: Casa & Reforma, Teen, Informática, Antenado e Comportamento são em parceria com a FOLHA PRESS Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente. Impresso nas gráficas do Bragança Jornal Diário.

Jesus sabia que jamais seremos perfeitos como Deus é perfeito. Mas foi o jeito que achou para dizer: “Vocês podem ser melhores”! Por melhores que nos julguemos. E para evitar que desejemos para os outros uma perfeição que nós mesmos não temos. Que o Papa Francisco conte com nossa oração e com nossa adesão ao seu desejo de uma “Igreja mais pobre para os pobres”. Uma Igreja despojada de pretensões que busque os pobres dos bens materiais para ajudá-los a construir sua dignidade de filhos de Deus. Uma Igreja que busque os pobres que só tem dinheiro e poder e que, enredados por eles, destroem a própria vida e a dos outros.


comportamento

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Desintoxicação à la carte Com a promessa de limpar o organismo, produtos e dietas detox viram mania entre celebridades e ganham mercado brasileiro

Por GIULIANA DE TOLEDO /FOLHAPRESS

Detox virou “carne de vaca”embora o alimento seja um dos vilões eleitos por essas dietas e tratamentos que buscam eliminar as toxinas do organismo. O termo abreviatura de desintoxicação, em inglês tornou-se sinônimo de sucesso de vendas e hoje engloba de regimes alimentares a produtos para curar a ressaca. A premissa dos tratamentos é que maus hábitos, como a ingestão de produtos industrializados e estresse, liberam toxinas e o organismo precisa de ajuda para eliminá-las. A lista de celebridades que já aderiram a essas dietas só aumenta a fama do detox. Recentemente, a atriz americana Anne Hathaway perdeu 11 quilos com uma desintoxicação à base de rabanete e pasta de grão-de-bico que fez para viver a prostituta Fantine, no filme “Os Miseráveis”. Por aqui, a atriz Giovanna Antonelli perdeu cinco quilos com um programa de “marmitas desintoxicantes” da empresa carioca Detox in Box, que vem lucrando com a popularização do termo. “Estamos com quase todo o elenco de ‘Salve Jorge’ [atual novela das 21h da TV Globo]”, comemora a chef e nutricionista Andrea Henrique, que não revela o nome de todas as celebridades que recebem diariamente caixas de comida detox no Projac (estúdios da TV no Rio). A comodidade sai por R$ 1.400 a semana, preço promocional. A empresa tem um ano e atende cerca de 40 clientes semanalmente. As refeições são feitas com produtos orgânicos, sem lactose, glúten e gordura animal --ingredientes que, segundo a chef, prejudicam o fígado. “Não é um programa que desintoxica ninguém, só tiramos o que sobrecarrega”, diz. A alta demanda faz com que a empresária já pense na expansão para São Paulo. Atualmente, ela procura um imóvel nos Jardins para instalar a empresa.

Limpeza em cápsulas

Os produtos que prometem eliminar toxinas chegaram ao mercado brasileiro há pouco mais de um ano e têm procura crescente. Na rede de lojas de produtos naturais Mundo Verde, as vendas de alimentos e fitoterápicos com função desintoxicante cresceram 50% em 2012. As opções vão de misturas prontas para sucos de vegetais e frutas, até cápsulas com vitaminas e minerais. Tudo anunciado com a promessa de auxiliar o fígado a eliminar toxinas. Com três produtos detox no mercado, a empresa Smart Life vendeu, na primeira quinzena de janeiro, todo o estoque do mês (5.000 unidades) do seu programa de desintoxicação. O kit para 30 dias, com 60 cápsulas de vitaminas, minerais e clorofila, custa R$ 79,90. Segundo o site da empresa, o produto é indicado para contribuir com “a busca do bem-estar do organismo”. As cápsulas são classificadas pela Vigilância Sanitária como “alimento de propriedades funcionais” --não são consideradas remédios. “As pílulas contêm fosfatidilcolina [tipo de proteína], que ajuda na redução da gordura depositada no fígado e acelera o processamento de toxinas”, diz Lukas Fischer, suíço, diretor da empresa.

Cada um com seu detox

Para a indústria, desintoxicação é sinônimo de sucesso de vendas; para terapias holísticas, uma forma de tratar de doenças e, para quem comeu demais, uma esperança de eliminar as consequências dos excessos ingeridos. A diversidade de métodos que carregam o nome detox tende a confundir e a colocar ideias contrastantes sob a mesma alcunha. A confusão mais comum é a de pensar que os métodos são uma forma de emagrecer. “A proposta não é o emagrecimento. A perda de peso acaba sendo uma consequência, mas não é o foco”, diz Andrea Henrique. Segundo ela, ao cortar as gorduras, a perda de peso pode vir naturalmente. Um ponto polêmico é a ideia de que o corpo precisa de ajuda para eliminar toxinas, o que não faz sentido, segundo o hepatologista Raymundo Paraná, da Universidade Federal da Bahia. “O fígado dá conta. Do ponto de vista hepático, essas dietas não se justificam. O mesmo vale para pílulas ‘hepatoprotetoras’, não há comprovação científica”, diz. É o que também pensa David Bender, professor de bioquímica nutricional do University College London e autor de um artigo sobre o tema, publicado na revista científica “The Biologist”.

“O pressuposto das ‘dietas de desintoxicação’ é que nós acumulamos toxinas. Isso deixaria o metabolismo ‘lento’, e assim engordaríamos. Essa ideia é um absurdo. Não acumulamos toxinas, a não ser em casos de contaminação por substâncias como chumbo ou arsênico”, afirmou à Folha. Além do fígado, os rins e o intestino também cumprem um papel de limpeza interna.

Mal não faz

Quando bem orientados, cardápios de desintoxicação são parecidos com outros regimes: cheios de frutas, verduras e com pouca gordura. Às vezes, o detox pode servir como ritual de passagem, logo que uma mudança alimentar é adotada. Foi o que fez a corretora de imóveis Marcella Marini e seu marido, o empresário Felipe Marini, ambos com 33 anos. Durante três dias, com orientação, eles mantiveram alimentação à base de sopas, sucos desintoxicantes e frutas. “Ficamos com fome, mas percebemos quais eram os nossos excessos. Perdemos bastante líquido”, lembra. Depois dos três dias, fizeram regime por um ano e emagreceram, juntos, 45 quilos. Do período, o casal adotou uma receita de suco de maçã, folhas verdes e cereais, que bebe até hoje. “É muito gostoso. A gente toma no café da manhã da segunda-feira quando damos aquela exagerada no fim de semana”, conta Marcella. Para Vânia Assaly, endocrinologista e nutróloga, a chave está em evitar alimentos que provoquem inflamação no organismo, como frituras, corantes, enlatados e embutidos, e, ao mesmo tempo, aumentar a ingestão de alimentos ricos em antioxidantes (veja exemplos no quadro ao lado) --hábitos saudáveis conhecidos de longa data.

“A dieta funciona, assim como outras dietas saudáveis. O mundo precisa de tendências de mercado para fazer a mesma coisa com um novo encantamento”, diz. Medicina indiana usa detox para tratar doenças Para as medicinas indiana e chinesa, a desintoxicação é vista como uma forma de tratar doenças. A roteirista de cinema e televisão Mariana Vielmond, 32, tinha asma desde criança e já havia tentado, sem sucesso, tratamentos com acupuntura e homeopatia. Até que resolveu procurar uma terapeuta especialista em medicina indiana ayurveda e, por dez dias, seguiu um cardápio sem pão e proteína animal. “Não senti fome porque a quantidade de alimento não era limitada. Senti uma leveza diferente”, lembra. Massagens e aulas de ioga também fizeram parte da terapia, que “exigiu dedicação”. Desde o tratamento, em dezembro de 2011, a carioca não toma mais remédio e diz que as crises desapareceram. A insônia que tinha às vezes também passou. Mariana ainda segue a alimentação ayurvédica, sempre baseada no perfil do paciente. “No ayurveda, tudo é remédio e tudo é veneno, depende de como se aplica”, diz Erick Schulz, vice-presidente da Associação Brasileira de Ayurveda. Ele descarta o uso de listas prontas que indiquem alimentos desintoxicantes --mesma visão da medicina tradicional chinesa. Em casos de doenças, pode ser recomendado pelo ayurveda um detox radical, com vômitos, diarreias, limpeza pelas narinas e uso de sanguessugas. O tratamento só é feito na Índia. Na tradição chinesa, a desintoxicação é feita por meio de mudanças alimentares, acupuntura, uso de fitoterápicos e meditação. Segundo Ruy Tanigawa, presidente da Associação Médica Brasileira de Acupun-

tura, a terapia é indicada como tratamento auxiliar. “Em caso de doenças mais graves, o mais indicado é procurar o que há de melhor, e a medicina convencional tem muito a oferecer”, afirma. Dieta líquida não deixa o corpo trabalhar direito, diz nutricionista Dietas de desintoxicação podem trazer riscos se as restrições alimentares adotadas forem radicais e se a prática não for orientada. Para a nutricionista Cynthia Antonaccio, limitar a ingestão de alimentos sólidos pode trazer prejuízos. Uma das dietas líquidas mais famosas é a “master cleanse” --conhecida por já ter sido usada pela cantora Beyoncé e pelos atores Ashton Kutcher e Demi Moore. O método prega a substituição de refeições por uma mistura de água quente, limonada, xarope de “maple” (árvore canadense) e pimenta caiena durante dez dias. Segundo Antonaccio, dieta líquida não é recomendada, porque não traz uma quantidade de calorias suficiente e não faz o organismo trabalhar perfeitamente. A fome decorrente do cardápio limitado pode provocar fraqueza, mau humor, piora no desempenho cognitivo e, consequentemente, queda no rendimento nos estudos e no trabalho. “O pior de tudo é que não é durável. A pessoa tende a voltar para a dieta ‘trash’ de antes. Com essas tentativas, só se está adiando o processo de ficar em paz com a comida, para finalmente estabelecer um padrão alimentar adequado”, afirma. Cortar grupos alimentares para emagrecer é arriscado. Para o hepatologista Raymundo Paraná, dietas que mudam radicalmente o metabolismo não são seguras. Segundo ele, regimes que proíbem comer proteínas podem, em vez de desintoxicar, agravar doenças no fígado que não tenham manifestado sintomas, como hepatites. (Giuliana de toledo)


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colaboração SHEL ALMEIDA

A primeira forma de nos comunicar- oportunidade que me foi dada sem dúvida mos com o mundo é com a aparência. melhorou muito a minha auto-estima”, É através dela que demonstramos afirma Jair. características culturais, sociais e comportamentais. O modo como nos vestimos e nos apresentamos ajuda a formar a Jair passou 15 dias com a produção do primeira impressão que as demais pessoas programa. Nos primeiros voltava para casa terão de nós. A boa aparência contribui tanto a noite. Na última semana ficou isolado em para nossa vida social quanto a profissional, um hotel, falava com Cláudia apenas por pois desperta a atenção visual imediata. De telefone. “Nos últimos dias não tivemos neacordo com um levantamento realizado nhum tipo de contato visual. Um não podia por uma empresa de consultoria norte- contar ao outro o que estava acontecendo, -americana com mais de 500 profissionais tinha que ser surpresa, de acordo com o da área de recursos humanos, a boa apa- contrato. Foram dias de grande ansiedade, rência é apontada como fator importante era a primeira vez que nos separávamos para o sucesso profissional. Cerca de 90% nesses três anos que estamos juntos”, conta dos participantes da pesquisa afirmaram Jair. O programa foi gravado no dia 25 de que o visual dos candidatos a uma vaga de fevereiro e foi ao ar no dia 9 de março. No emprego é o principal aspecto que forma a dia 11 de março Jair e Cláudia completaram primeira opinião sobre eles. Mas atenção: três anos de relacionamento. “A Cláudia me boa aparência é diferente de beleza. Beleza dá sorte. Ano passado ela me preparou uma é um fator natural e também muito subjeti- festa surpresa de aniversário e vieram mais vo. O que é belo na opinião de um não é na de 100 pessoas. Dessa vez por iniciativa dela opinião de outro. Já a aparência demonstra em nos inscrever, consegui realizar meu o cuidado que a pessoa tem consigo mes- sonho. O vídeo do programa com a gente, mo, de como gosta e quer se apresentar ao já teve mais de 14 mil exibições em uma mundo. Tem mais a ver com auto-estima e semana. Esses dois casos demonstram que estilo pessoal. Mas, em alguns somos mais queridos do que casos, a aparência recebe comemora. Pra ele foi a realização imaginávamos”, alguma influência externa Depois do programa a mudança de um sonho. Não na vida de Jair veio também que não depende apenas da vontade em mudar. Foi assim só o aspecto físico em forma de respeito das com Jair Gomes Carrinho, que pessoas próximas. Além da melhorou, mas família que se reaproximou, os durante muito tempo viveu incomodado com a própria também o emocional colegas do trabalho também calvície. Para a esposa Cláupassaram a vê-lo de forma Cláudia dia Helena Benedito, estava diferente. “Muitos vieram me tudo bem, a única coisa que dizer que o testemunho da a incomodava era como isso afetava o ma- minha esposa e da minha irmã fez com que rido. Até que, segundo ela, alguém fez um descobrissem mais sobre mim, sobre como comentário desagradável sobre a aparência eu sou uma pessoa família. No depoimento de Jair e isso a magoou. Conversando sobre da minha irmã ela diz que eu sempre me o assunto em frente à TV o casal viu a propa- preocupei em ajudar as pessoas e por isso ganda do quadro “Arruma Meu Marido”, do acabava me esquecendo de mim. Hoje me Programa O Melhor do Brasil, apresentado perguntam se aparecer na TV me subiu à por Rodrigo Faro, na Rede Record. Cláudia cabeça. O que eu digo é que eu já era uma fez a proposta, Jair aceitou e na mesma hora pessoa bonita por dentro e que agora sou ela enviou uma inscrição ao programa. Mal por fora também”, desabafa. sabiam que naquele momento a vida de Como a mudança visual de Jair foi radical, ambos começava a mudar. muitas pessoas que o conheciam antes da transformação não o reconhecem agora, quando o encontram. “Quando voltei ao “Eu o conheci do jeito que ele era. O que trabalho as pessoas passavam por mim me incomodava era ver ele incomodado. O sem cumprimentar. Eu mexia e elas se sonho dele era se livrar da calvície. Decidi- assustavam. No dia da exibição do promos pela inscrição de repente e no impulso, grama convidamos todos nossos amigos não achávamos que iria funcionar. Eu tive a motociclistas para assistir com a gente, iniciativa, mas ele não se opôs. Termos sido em casa. E recebi disfarçado, com peruca, chamados foi pura sorte.”, conta Cláudia. Ela boné e barba postiça pra não verem antes fez a inscrição para participar do programa como foi a mudança, pra ser uma surpresa em um sábado. Na segunda feira seguinte mesmo. Mas para o programa eles pioraram já recebeu uma ligação da produção. “Se- ainda mais minha aparência, tinha uma gundo nos contaram, o que fez a diferença preparação toda pra ficar daquele jeito. foi a nossa história. Iríamos comemorar ani- A mãe de uma colega de trabalho ficou versário de três anos de casamento, somos assustada, achando que ia trabalhar damotociclistas e eu adoro tirar fotografia. E quele jeito”, se diverte. “Convidamos todos tinha também a calvície. Eu aceitei que ela nossos amigos porque quisemos dividir nos inscrevesse, mas não achei que fosse a nossa felicidade com quem se importa sério, que conseguiríamos. Mas quando com a gente. Os motociclistas são uma fomos comunicados topei na hora, não tive comunidade muito unida e que é vista de nenhum arrependimento. Quantos homens forma errada pelas pessoas. não gostariam de estar no meu lugar?”, fala Jair entrou para o grupo em 2008, eu em Jair. “Pra ele foi a realização de um sonho. A 2010, quando o conheci. Nesse curto período auto-estima melhorou, as brincadeiras que já podemos dizer que somos uma família”, fizeram durante as gravações o deixaram diz Cláudia. Como Jair trabalha em São mais solto, foi um conjunto de mudanças. Paulo, ele não percebeu a repercussão da Não só o aspecto físico melhorou, mas tam- sua história em Bragança. Já Cláudia, brinca que virou celebridade. “No dia seguinte bém o emocional”, conta Cláudia. “Minha cabeça mudou bastante. Agora me que o programa foi exibido, todo mundo sinto mais desinibido para falar. Tive uma me reconheceu quando entrei no ônibus educação muito rígida, não sabia demons- para trabalhar. Fiz a viagem respondendo trar afeto. Parece que alguma coisa em mim perguntas, parecia que estava dando endestravou. Melhorou até em relação à minha trevista”, brinca. família, aconteceu uma reaproximação. Eu tenho 49 anos e só agora, pela primeira vez, Para conferir o quadro “Arruma Meu Maeu consegui dar um abraço na minha irmã. rido” com Jair, acesse: www.r7.com/ Antes disso tudo eu andava depressivo, essa melhor-do-brasil/

Mudança

Bastidores da produção. Jair recebeu tratamento para a calvície, para os dentes, para a pele e ainda ganhou novo guarda-roupa.

Jair durante tratamento de pele oferecido pela produção do Programa Melhor do Brasil. Mudando o visual ele recuperou a auto-estima.

Auto-estima

Jair depois de todos os tratamentos para melhorar a aparência. “Que homem não gostaria de estar no meu lugar?”

Jair e Cláudia depois da transformação dele. Iniciativa da esposa foi o que bastou para alcançar a oportunidade de mudança.


Seu sorriso COM saúde

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A importância da dentição decídua

(Dentes de ”leite”) informe publicitário

Muitos pais têm dúvidas com relação à conduta certa a ser tomada quando se fala em cuidados bucais para a criança. - Porque se preocupar com os dentes de “leite” se eles vão cair!? Este é um questionamento ainda muito comum entre a população e dúvidas como as que coloco a seguir são levadas, com frequência, ao cirurgião dentista : - Dente de “leite” dói? - Precisa escovar? - Fio dental precisa ser usado na criança? - Dente de “leite” tem raiz? A resposta é SIM para todas as perguntas e é importante que os pais tenham conhecimento desta fase da criança para que possam tomar as atitudes corretas. O dente decíduo é menor e menos calcificado que o dente permanente e esta é a causa de ter uma cor mais esbranquiçada, leitosa e por isso ser chamado de dente de “leite”. A dentição decídua inicia sua formação ainda na vida intra-uterina, isto é na fase gestacional. Eles começam a erupcionar por volta dos 6 meses de idade da criança e terminam por volta dos 24 a 30 meses totalizando o número de 20 dentes. Por ser menos calcificado o dente de “leite” se torna mais vulnerável à doença cárie e quando é acometido a evolução é mais rápida. Ainda é bastante comum crianças em tenra idade apresentarem lesões de cárie extensas afetando vários dentes (foto). Podemos admitir que a alimentação prolongada nas mamadeiras ou no peito, em períodos de sono da criança, sem higiene adequada, favoreça o aparecimento destas lesões, pois o fluxo salivar é diminuído, em cerca de 60%, durante o sono permitindo que o leite fique estagnado nos dentes. Desta forma

as bactérias presentes na cavidade bucal, a partir destes carboidratos estagnados, iniciam a formação de um ácido que irá acometer o esmalte do dente decíduo dando início à lesão de cárie. Este início é na forma de mancha branca opaca e com o tempo, sem nenhum tratamento, inicia-se o processo de cavitação (“buraquinho”). Se lembrarmos que este dente é menos calcificado podemos entender o quanto é importante a higienização logo após as refeições (mamadas). A educação do nosso pequeno ser deve iniciar muito cedo. Educação em todos os sentidos. É trabalhoso, gera descontentamento do educando, em muitas situações, mas é fundamental para que, no nosso caso, o desenvolvimento sadio da dentição decídua gere saúde para a criança, pois o dente decíduo não está apenas “guardando” lugar para os dentes permanentes. Eles são importantes para uma boa alimentação (mastigação adequada sem dor). Quando a criança sente dor ao mastigar ela evita se alimentar corretamente e seu estado nutricional começa a ser afetado e consequentemente seu desenvolvimento geral também. A estética é muito valorizada pelos pequenos, quando já se relacionam com outras crianças, e isto não pode ser ignorado pelos responsáveis. Desta forma os pais precisam ficar atentos com a higiene bucal de seus filhos, quer sejam bebê ou já maiores, evitando assim consequências indesejáveis (lesões de cárie, perdas precoces, infecções, dor, entre outras) àqueles a quem tanto amam . Maria de fátima martins claro CRO 18374 Especialista e mestre em odontopediatria

Cárie rampante

COM - Centro Odontológico Martins Dra. Luciana Leme Martins Kabbabe CRO/SP 80.173 Dra. Mariana Martins Ramos Leme CRO/SP 82.984 Dra. Maria Fátima Martins Claro CRO/SP 18.374 Dr. Luis Fernando Ferrari Bellasalma CRO/SP 37.320 Dr. André Henrique Possebom CRO/SP 94.138

Dra. Juliana Marcondes Reis CRO/SP 70.526 Dra. Helen Cristina R. Ribeiro CRO/SP 83.113 DR. Luis Alexandre Thomaz CRO/SP 42.905 Praça Raul Leme, 200 – salas 45/46/49 Edifício Centro Liberal. Telefones: 11 4034 – 4430 ou 11 4034 – 1984

antenado

Crítica literária

Por não ser adepto da linha marxista ou estruturalista, Álvaro Lins, pernambucano foi excluído da discussão acadêmica por RODRIGO GURGEL/folhapress

A injustiça que a crítica literária e a universidade cometem, há décadas, contra o pernambucano Álvaro Lins começa a ser refutada com a publicação de “Álvaro Lins - Sobre Crítica e Críticos” (org. de Eduardo Cesar Maia, Companhia Editora de Pernambuco). Não há grandiloquência na afirmação acima. Alvo dos clichês que substituem a verdade -é sempre mais cômodo repetir o senso comum ou extrair de um longo ensaio a frase impactante-, Lins foi esquecido no limbo em que vagam os críticos desobedientes às cartilhas do marxismo e do estruturalismo. Arbitrariedade, aliás, contraditória, pois ele era chamado, em 1962, de “clérigo da esquerda” -epíteto que surge em uma das epígrafes da sétima série do seu “Jornal de Crítica”.

Dignidade da crítica

A coletânea organizada por Maia reúne, de 1940 a 1963, reflexões sobre os objetivos e o papel da crítica literária, incluindo avaliações de críticos que influenciaram Lins ou foram seus contemporâneos, como José Veríssimo, Tristão de Ataíde (Alceu Amoroso Lima), Augusto Meyer, Otto Maria Carpeaux e outros. Publicados em ordem cronológica, os textos mostram a transformação do crítico, de católico a cético e materialista, mas imutável na defesa da independência da literatura, que ele entendia como “gnose”, um dos meios para autores e leitores conhecerem o homem e a realidade. Sua visão de que a crítica literária “não é só apreciação ou julgamento no plano subjetivo” e “não pode se fechar nos limites de um seco objetivismo, não pode ser uma prisioneira das leis e dos conceitos de outras ciências” também permaneceu

inalterada. Segundo Lins, “um simples objetivismo não teria forças para criar mais do que uma figura de erudito. Um simples subjetivismo, por sua vez, não teria forças para criar mais do que uma figura de divagador”. Se ainda vivesse, veria, com desagrado, que muitos dos supostos objetivistas de agora conduziram a crítica literária de volta ao que ele mais criticava nos subjetivistas de sua época: o “desembestado verbalismo”. Em 1957, apontava as “estreitezas e friezas” da “nova retórica” utilizada pelos adeptos do “new criticism”. Otimista em relação às conquistas da Semana de 22, alertava para “a despreocupação da forma, da linguagem, do estilo” -o “desprezo deliberado e voluntário” de certos escritores modernistas “em face da beleza formal”. E jamais abdicou do seu “propósito invariável”: o de, ao fazer crítica literária, “procurar a verdade e exprimi-la sem qualquer outro interesse que não seja o da literatura”. Para ele, “julgar é um testemunho da dignidade da crítica” -e por esse motivo é exercício que “não fica bem nas mãos dos conformistas, dos frágeis, dos frívolos”. Crítico que não se refugiava sob o verniz dos jargões, norteado pela ética e disposto ao diálogo, Álvaro Lins é o intelectual por excelência, obrigatório nos dias de hoje.

Foto: Divulgação

Rodrigo Gurgel é crítico literário, autor de “Muita retórica - Pouca literatura (de Alencar a Graça Aranha)” (ed. Vide Editorial). Sobre crítica e críticos Autor: Álvaro Lins Editora: Cepe Quanto: R$ 35 Avaliação: ótimo

O crítico literário Álvaro Lins observando a vista da Baía de Guanabara


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Reflexão e Práxis

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A Sociologia e a Religião Por pedro marcelo galasso

A escolha do papa Francisco I abre a possibilidade para que pensemos o papel social da religião na esfera do pensamento dos três autores clássicos da Sociologia, bem como nos permitir fazer algumas suposições acerca da escolha do conclave. Segundo a sociologia de Émile Durkheim, uma das principais contribuições das religiões é apresentar a distinção entre o sagrado e o profano, o que significa dizer que a religião é um componente social importante na formação de um quadro de condutas éticas adotadas pelos seus membros e por todos aqueles que fazem parte do quadro social em questão, ou seja, a religião forma e modela a conduta de seus praticantes e não praticantes. No caso ocidental, é inegável a influência do cristianismo nas condutas éticas, como, por exemplo, na adoção da monogamia ou no uso cotidiano de expressões de cunho religioso. É por este motivo, dentre outros, que a escolha do papa cria expectativas. Neste

caso específico, para nós, surge um componente de rivalidade regional entre o Brasil e a Argentina, ainda que a figura papal esteja acima dos nacionalismos, e algumas pessoas avaliam que a escolha de um papa brasileiro tivesse um peso político maior e seria capaz de atrair mais fiéis para a Igreja Católica. Além disso, o simbolismo da escolha transparece no nome Francisco que tem a função de fazer a Igreja Católica voltar seus olhos para os mais pobres, algo que ela tem feito, mas de forma tímida, na avaliação de seus críticos. Entretanto, outras ideias podem ser lidas na sociologia de Max Weber. A ideia aqui é pensar sobre o comportamento religioso que tem como base experiências particulares, representações e fins determinados, ou seja, o que importa é a conduta significativa que a religião estimula. Não cabe aqui especular sobre a veracidade ou valor dos dogmas, muito menos comparar diferentes pensamentos teológicos e nem tentar legitimar uma ou outra forma de crença em outra vida.

O que importa, segundo Weber, é como a atividade humana se orienta segundo um dado pensamento religioso. Considerando que o pensamento religioso é pelo menos relativamente racional, se torna possível identificar o sentido que a confiança no pensamento religioso cria ao orientar as regras gerais da convivência social. Esta confiança pode se tornar tão grande que fomenta conflitos e afasta as pessoas ao criar uma convicção segundo a qual a religião de um determinado grupo é melhor do que as demais e que, por isso, é a “verdadeira” religião devendo reinar sobre as demais. No caso brasileiro, o sincretismo religioso típico do nosso comportamento social ameniza estas questões e cria um ambiente de tolerância quando pensamos em outros países. Curioso é pensar que as religiões da salvação promovem o surgimento de uma convicção sagrada que tem influência direta no plano ético e, portanto, no comporta-

mento social. Para alguns, é a religião que confere significado ao mundo através de obras que garantem a salvação. E os atos criados podem ser, segundo o pensamento weberiano, rituais ou cerimoniais, as obras sociais orientadas pelo amor ao próximo, as chamadas boas obras, e a busca por uma perfeição individual que garantiria a salvação. E para completar, ainda que de forma rápida, temos a leitura que Karl Marx fazia da religião. Para ele, a religião nada mais era do que um elemento de controle de classe e fonte de desigualdade que se apresenta na forma de instituições como a Igreja Católica. Enfim, que a ideia da religião supere os particularismo e os dogmas e que haja uma revalorização de sua mensagem universal de amor ao próximo. Pedro Marcelo Galasso – cientista político, professor e escritor. E-mail: p.m.galasso@gmail.com

Delícias 1001

Por deborah martin salaroli Sabe aquela história do ‘não ter o que fazer’??? Pois é, acordei com vontade de fazer bolo, a princípio era pra ser um ‘bolo de nada’. Mas pesquisa vai, pesquisa vem e encontrei essa receita de ‘bolo de guaraná’, escrita num pedacinho de papel de pão e guardada dentro de um caderno velho. Nem sei de onde copiei... A massa é fofa, mas firme e não desmancha ao cortar. Além de ser super saboroso! Se você quiser pode fazer recheado assim, mas pode também deixá-lo simples, sem meleca alguma. E aproveito para deixar aqui também uma deliciosa receita de ‘bolo de banana’, sem farinha de trigo. Especial! A escolha é sua.

Bolo de Guaraná

Bata na batedeira 5 claras em neve e reserve. Numa outra tigela, bata 2 xícaras de açúcar com 5 gemas até formar um creme claro. Acrescente 1 xícara de guaraná sem gelo, depois 3 xícaras de farinha de trigo e 1 colher (sopa) de fermento em pó, até ficar homogêneo. Adicione as claras em neve delicadamente à massa. Despeje em uma assadeira untada, forrada com papel manteiga e asse em forno 180ºC por aproximadamente 40 minutos. Para o recheio, bata na batedeira 1 lata de doce de leite (395g) com 1 caixinha de creme de leite. Se você quiser, pode substituir o doce de leite por 1 lata de leite condensado cozido na panela de pressão por 20 min. Neste caso, só o utilize depois de bem frio. Como montar? É só seguir pelas fotos...

Fazendo bolo Depois do bolo completamente frio, divida-o em 3 partes, usando uma faca grande e bem afiada. Forre a mesma assadeira em que foi assado com papel alumínio. Acomode 1 fatia de bolo, regue com guaraná e distribua a metade do recheio. Coloque outra fatia e repita a operação. Finalize com a última fatia e feche bem com o papel alumínio. Leve à geladeira para firmar bem. Após 8 horas, desenforme e cubra com chantilly ou açúcar de confeiteiro.

Fotos: Delícias 1001

Bolo de banana

Bata na batedeira 3 claras em neve. Reserve. Numa outra vasilha, bata: 3 gemas 2 xícaras de açúcar 2 xícaras de farinha de rosca (farinha de pão - trigo NÃO) 1/2 xícara de óleo 4 bananas (nanica) amassadas (se forem grandes demais, use 3) 1 colher (rasa) de fermento em pó Com a batedeira desligada, adicione as claras em neve com delicadeza. Coloque numa assadeira retangular nº 3 untada e polvilhada. Polvilhe com açúcar e canela e leve ao forno 180º C até ficar dourado. (mais ou menos 30 min) Deborah Deborah Martin Salaroli, amante da culinária e a tem como passatempo por influência da avó paterna desde criança. Desde abril de 2010, é criadora e autora do blog www.delicias1001. com.br recheado somente de receitas testadas e aprovadas. Alguma sugestão ou dúvida? Mande um e-mail para delicias1001@uol.com.br

Bolo de Guaraná


saúde

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Fora do hospital

Unidades de longa permanência para doentes crônicos tornam-se alternativa a hospitais em São Paulo Por CLÁUDIA COLLUCCI/FOLHAPRESS

Tirar doentes crônicos dos hospitais e oferecer um novo tipo de cuidado em clínicas menores, que têm como foco a reabilitação do paciente. É um movimento que começa a ganhar força no Estado de São Paulo, com a abertura recente de ao menos seis clínicas com esse perfil. Nos EUA e na Europa, as chamadas unidades de longa permanência (“Long-Term Acute Care Hospitals”) são uma realidade há décadas e fazem parte dos sistemas público e privado de saúde. Um paciente vítima de AVC (Acidente Vascular Cerebral), por exemplo, fica em um hospital geral apenas na fase crítica. Quando o quadro de saúde se estabiliza, uma opção é encaminhá-lo para as unidades de doentes crônicos. Segundo a literatura médica, com isso os hospitais têm maior rotatividade de leitos, e os pacientes, uma atenção mais individualizada e mais chances de reabilitação. “É um tipo de negócio atraente para as operadoras [de saúde] e para os prestadores [hospitais e clínicas]. O Brasil nunca teve políticas voltadas a esse tipo de necessidade”, afirma a médica Ana Maria Malik, coordenadora do GVsaúde, núcleo de saúde da Fundação Getúlio Vargas. Para analistas do setor, a demanda tende a aumentar no país em razão do envelhecimento populacional e da falta de leitos hospitalares, intensificada pela entrada de mais usuários no sistema suplementar de saúde. Mas o modelo ainda enfrenta falta de regulamentação e resistência. “Há um grande desconhecimento. Muitos médicos pensam que essas unidades sejam depósitos de paciente, que o cuidado será ruim”, afirma o oncologista Agnaldo Anelli, diretor da clínica Althea, na zona leste de São Paulo. Estudos norte-americanos mostram o contrário: unidades de longa permanência (quando bem estruturadas)oferecem, por

exemplo, maior controle de infecções. “É fundamental ter um plano de continuidade do cuidado do paciente fora do hospital. Só assim a família e o médicos se sentirão seguros”, diz o médico Frederico Berardo, diretor clínico da Premium Care, na zona sul.

Conflitos

Há também outro tipo de conflito em jogo: a remuneração. Nos hospitais, os médicos visitam numa manhã vários pacientes e chegam a receber até R$ 1.000 por visita. Ou seja, não seria vantajoso para ele visitar esse paciente em um local externo. Segundo Cláudio Lottenberg, presidente do hospital Albert Einstein, o atual modelo de remuneração favorece esse tipo de conflito à medida que os médicos recebem dos planos um valor fixo, não importando o desempenho (o resultado do tratamento). Ele tem debatido com os médicos do Einstein modelos de assistência fora do hospital, como o “home care” e as unidades de crônicos. Mas lembra que, para “girar leitos”, os hospitais precisam melhorar os fluxos. “Há demora para fazer exames, por exemplo, o que aumenta o tempo de permanência do paciente no leito.” Rapaz tetraplégico teve melhora em clínica Uma piscada forte quer dizer sim. Duas piscadas fortes querem dizer não. É dessa forma que Thiago Ribeiro, 25, se comunica há um ano. Em janeiro de 2011, ele sofreu um grave acidente de carro, teve um trauma craniano e ficou tetraplégico. Também perdeu a fala e os movimentos dos membros. Entre as idas e vindas do quarto para a UTI foram 360 dias de internação em um hospital geral de São Paulo. Em razão da internação prolongada, perdeu quase toda a massa muscular. Por falta de fisioterapia, os membros se retraíram, fazendo com que ele ficasse com

uma posição próxima à fetal. Era mantido assim por longas horas, o que resultou em úlceras que necrosaram a pele da região sacral e da bacia. Em janeiro do ano passado, foi encaminhado para uma casa de doentes crônicos, ainda precisando de ventilação mecânica. Tinha uma traqueostomia (orifício artificial na traqueia). “Quando o recebemos, ele pesava 38 kg”, lembra a fisioterapeuta Telma Busch. Ela conta que nos primeiros atendimentos percebeu que o rapaz compreendia o que se passava ao seu redor. Foi então estabelecida a comunicação por piscadas. “Pudemos perceber se ele recebia a quantidade adequada de analgésicos, se a posição estava confortável ou se ele queria mudar o canal da televisão”, explica. A equipe tenta conseguir a doação de um sistema de computador que melhore a

comunicação com Thiago. Com sessões intensivas de fisioterapia e fonoaudiologia, ele conseguiu se livrar da traqueostomia e já mexe os braços, antes inertes. Com a nutrição adequada, ganhou seis quilos, e as feridas estão cicatrizadas. Para prevenir o surgimento de novas úlceras, ele é trocado de posição a cada duas horas, mesmo à noite. A mãe de Thiago, Rosana Ribeiro, diz que os cuidados que o filho recebe na clínica são “infinitamente melhores” do que os que recebia no hospital. “Lá, ele era mais um. Vivia rígido, não mexia nada e não respondia aos chamados. Agora, até dá gargalhadas, especialmente quando o assunto é o time do coração.” Então, você é corintiano?, pergunto. Uma piscada bem forte é a resposta. (CC)

Thiago Ribeiro, 25, que ficou tetraplégico após acidente, vê TV em seu quarto em clínica de SP

Projeto Dentista do Bem

Oral-B e Turma do Bem realizaram triagem odontológica de jovens entre 11 e 17 anos em Bragança Paulista. Os jovens selecionados para participar do projeto Dentista do Bem receberão tratamento odontológico gratuito até completarem 18 anos No dia 18 de março de 2013, a Oral-B e a Turma do Bem realizou a maior triagem odontológica do mundo, que aconteceu simultaneamente em mais de 250 municípios do Brasil, em 10 países da América Latina e Portugal. Em Bragança, a triagem aconteceu na ECOA - Espaço Comunitário de Aprendizagem, no dia 18, das 14 as 18 horas. O objetivo do projeto Dentista do Bem é identificar adolescentes de baixa renda, com idade entre 11 e 17 anos, que necessitam de tratamento odontológico. Os jovens selecionados serão encaminhados para dentistas voluntários, que farão todo o tratamento gratuitamente até que os pacientes completem 18 anos. Há quase dois anos, a Oral-B apoia e incentiva o projeto Dentista do Bem, incentivando o maior movimento de dentistas do mundo para a melhoria da saúde bucal dos jovens. Desde que Oral-B se uniu ao Dentista do Bem, o projeto cresceu significativamente: foram mais de 8 mil jovens contemplados com tratamento odontológico gratuito e mais de 4 mil dentistas se tornaram voluntários e aderiram ao movimento. “A Oral-B estabelece uma relação muito próxima com dentistas, desde o desenvolvimento da renomada linha Oral-B Pro-Saúde, que é resultado de um grande trabalho realizado em conjunto com esses profissionais. Por isso, temos muito orgulho em fazer parte desse projeto, que é o maior movimento de dentistas do mundo”, conta Danielle Panissa, diretora de Marketing de Oral-B no Brasil.

O projeto Dentista do Bem

Dentista do Bem é o principal projeto da TdB e conta com o trabalho voluntário de cirurgiões-dentistas que atendem jovens de baixa renda, proporcionando-

-lhes tratamento odontológico gratuito. Atualmente, conta com a maior rede de voluntariado especializado do mundo. São mais de 14 mil dentistas voluntários espalhados por aproximadamente 1.000 municípios dos 26 estados brasileiros e Distrito Federal. O projeto também está presente em Portugal e dez países da América Latina: Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, México, Panamá, Paraguai, Peru e Venezuela. O processo de triagem é bem simples e rápido: o dentista faz um exame visual não invasivo da condição odontológica de cada jovem e preenche uma ficha com dados sobre a saúde bucal e a condição socioeconômica da família. A seleção é feita por um índice de prioridade, que beneficia os adolescentes mais pobres, com problemas bucais mais graves e os mais velhos, que estão mais próximos do primeiro emprego. Os dentistas voluntários atendem os adolescentes selecionados em seus próprios consultórios, até eles completarem 18 anos. Curativo, preventivo e educativo, o tratamento é totalmente gratuito e completo, incluindo, se necessário, radiografias, ortodontia, próteses e implantes, por exemplo. Mais de 310 mil jovens passaram pelas triagens do projeto e 31 mil já foram encaminhadas ao dentista.

internacionalmente como Empreendedor Social pela Ashoka (www.ashoka. org) e pela Schwab Foundation (www. schwabfoundation.org) por seu trabalho à frente da TdB. Mais informações em www.tdb.org.br. Sobre a Oral-B – Liderança em Cuidado Bucal A marca Oral-B é líder mundial no mercado de escovas dentais. Integrada à P&G desde 2006, sua linha de produtos inclui escovas dentais elétricas e manuais, especiais e interdentais, além de fios e fitas dentais, antissépticos bucais, cremes dentais e as revolucionárias tiras branqueadoras. Possui produtos com finalidades específicas, como clareamento de dentes, e também destinados a públicos de diferentes faixas etárias. As escovas de dentes Oral-B são mais usadas por dentistas do que as de qualquer outra marca no mundo.

As dentistas Erika Tamura e Marianina Cristiane Benedito

Sobre a TdB – Turma do Bem

A TdB - Turma do Bem é uma OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público), fundada em 2002, que tem como missão mudar a percepção da sociedade sobre a questão da saúde bucal e da classe odontológica com relação ao impacto socioambiental de sua atividade. O fundador e presidente voluntário da OSCIP, Dr. Fábio Bibancos foi reconhecido

Crianças que participaram da triagem do Projeto Turma do Bem que aconteceu na ECOA no dia 18 de Março


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Essa linda garotinha é a Valentina filha dos meus amigos Roberta e Eduardo (“Verdurinha”) e irmãzinha do Enrico. Eu tive o prazer de fotografar o batizado da Valentina numa linda manhã de domingo onde toda a família fez questão

de marcar presença neste momento tão importante da vida dela. Os padrinhos foram Marília e Gabriel e os padrinhos de consagração foram Verônica e Luiz Armando. Valentina é um doce de menina. Permaneceu toda a cerimônia na

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tranquilidade dos anjinhos. Logo depois da cerimônia os amigos e parentes disputavam a pequena para carrega-la. Foi muito gostoso ver o quanto ela é amada. Enfim mais uma lembrança que guardo no meu coração.

Meus queridos leitores! Cometi uma grande gafe esquecendo o nome da linda Luísa, irmã da aniversariante Laura (publicação da semana passada). Sendo assim, publico mais uma foto da família da Laura num momento muito bacana da sua festa para mostrar essa linda família num instante de muita alegria. Tá marcado, Luísa! Abraço a todos.


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Revelação virtual

por Augusto Paladino/autopress

Foto: Divulgação

AMercedes-Benz já até tinha confirmado que o sedã CLA receberá uma variação preparada pela AMG, mas ainda não havia divulgado fotos do modelo. Curiosamente, a primeira imagem oficial do CLA 45 AMG foi surgiu na apresentação de um console de vídeo-game. Foi durante o lançamento do novo PlayStation 4, da Sony, mais precisamente no jogo Drive Club, que combina corridas de rua com carros reais. O automóvel propriamente dito será mostrado ao público no final de março no Salão de Nova Iorque.

Mercedes-Benz CLA 45 AMG


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por Michael Figueredo//Auto Press Fotos: Divulgação

A Honda resolveu renovar a oferta de motos na faixa das 500 cilindradas na Europa e nos Estados Unidos. No último Salão da Motocicleta de Milão, em novembro do ano passado, a fabricante apresentou três novos modelos – a naked CB 500F, a CBR 500R e a trail CB 500X. Para otimizar tempo e dinheiro, foi criada uma plataforma completamente nova, sobre a qual foram montados três produtos com objetivos distintos. As motos compartilham 90% dos componentes, incluindo o motor. Diferenças mesmo, apenas no exterior. As mais interessantes são as duas primeiras. A CBR 500R parece uma “versão reduzida” da superesportiva CBR 1000RR, com carenagem agressiva e mais aerodinâmica, com aspecto “nervoso”. Tirando a “roupa”, o resultado é a naked CB 500F, que combina um pouco da aparência das esportivas com a posição de pilotagem mais elevada. Ambas as motocicletas têm absolutamente a mesma configuração mecânica. A gama usa um motor totalmente novo – bicilíndrico, refrigerado a água, com quatro válvulas por cilindro e duplo comando do cabeçote. De acordo com a Honda, o propulsor foi projetado para melhorar o consumo de combustível e aumentar a força em baixos giros. A unidade, de 471 cm³, entrega potência de 48 cv a 8.500 rpm e torque de 4,3 kgfm disponíveis já em 7 mil giros. O propulsor trabalha em conjunto com uma transmissão de seis velocidades e a fabricante afirma que consumo atinge 27 km/l. A suspensão dianteira do trio tem um garfo telescópico de 41 milímetros, não ajustável. Na traseira, pro-link com amortecedor monochoque e pré-carga da mola ajustável. As rodas são de liga leve e o sistema de frenagem é composto por um disco simples de 320 mm em forma de pétala na frente e um de 240 mm com pinças flutuantes atrás. O ABS é de série nas três motos. Na mesma gama, ainda existe a CB 500X, que visualmente lembra bastante a NC 700X e que compartilha a mecânica com CB 500F e CBR 500R. De acordo com a Honda, não há previsão de lançamento dos novos modelos no Brasil.

Impressões ao pilotar

Honda CB 500F e Honda CBR 500R Barcelona/Espanha - As especificações técnicas da Honda CB 500F não anunciam nada de especial. Talvez, por isso, a moto surpreende com o desempenho que oferece. Além da fácil condução, a entrega suave de potência, o baixo peso, o assento rebaixado e a modulação progressiva do freio dão a sensação de se estar pilotando

algo além de “meras” 500 cilindradas. E a presença de freios com ABS é digna de nota, principalmente quando se olha para o bom preço cobrado pela Honda na Europa – 5.500 euros, equivalente a R$ 14,2 mil. No entanto, a moto que ofereceu mais tempo para ser experimentada foi a CBR 500R. Mas as duas versões são basicamente a mesma coisa, já que dividem motor e plataforma, com alterações apenas na posição de condução. O trajeto montanhoso repleto de curvas onde, além da baixa temperatura e do cair da noite, há o chão molhado pela chuva, obriga a uma condução mais pacata. É também uma boa oportunidade para comprovar a eficiência dos freios com ABS e das manoplas aquecidas, ambos de série. Depois de percorrer 100 km, hora de pilotar na pista do Parcmotor di Castellolì, um belíssimo circuito que mistura longas retas com curvas fechadas e de alta velocidade. Não foi um teste de longa duração, mas o suficiente para entender que a CBR 500 R é uma ótima opção para quem quer ter o primeiro contato com a velocidade. É claro que não sobra potência, mas diversão é o que não falta.

Honda CBR500R

Ficha técnica

Honda CB 500F e Honda CBR 500R Motor: Gasolina, quatro tempos, 471 cm³, dois cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, comando duplo no cabeçote e injeção eletrônica. Câmbio: Manual de seis marchas com transmissão por corrente. Potência máxima: 48 cv a 8.500 rpm. Torque máximo: 4,3 kgm a 7 mil rpm Diâmetro e curso: 67.0 mm x 66.8 mm. Taxa de compressão: 10,7:1 Suspensão: Garfo telescópico de 41 mm com 153,3 mm de curso. Traseira do tipo monochoque com pré-carga da mola ajustável. Pneus: 120/70 R17 na frente e 160/60 R17 atrás. Freios: Disco simples de 320 mm em forma de pétala, pinça com pistão duplo na frente e disco simples de 240 mm em forma de pétala, pinça com pistão simples na traseira. Dimensões: 2,07 metros de comprimento total, 0,74 m de largura, 1,17 m de altura, 1,41 m de distância entre-eixos e 0,79 m de altura do assento. Peso: 193 kg. Tanque do combustível: 15,7 litros. Produção: Tailândia Lançamento mundial: 2012. Preço na Europa: CB 500F: 5.500 euros, equivalente a R$ 14,2 mil; CBR 500R: 6.200 euros, o equivalente a R$ 16 mil.

Honda CBR500R, CB500F

Honda CB500X

Honda CBR500R

Honda CB500F


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Notícias

automotivas por Augusto Paladino/autopress

Nem para o começo – A Via Itália, importadora oficial da Lamborghini, garantiu que a versão conversível do Aventador vai chegar ao Brasil no meio do ano. Mas essa confirmação fica só a título de informação, já que as únicas três unidades que serão trazidas já estão vendidas. A empresa não divulgou o preço do carro. Limitou-se a dizer que vai ter preço de 15 a 20% superior ao do cupê. Como o modelo fechado custa R$ 2,9 milhões, os três exemplares saíram por quase R$ 3,5 milhões cada. Nada mau para o superesportivo de 700 cv e que acelera a 100 km/h em míseros 2,9 segundos. Inspiração nacional – O Citroën C3 vai fazer o caminho inverso ao tradicional na indústria automotiva. O modelo brasileiro vai servir de inspiração para o facelift europeu do hatch. As soluções estéticas para renovar o design exterior do carro são praticamente as mesmas apresentadas pela empresa no Brasil. A única diferença visível é no aplique de plástico na grade dianteira. Na Europa ele é da cor do veículo e por aqui é sempre preto. As semelhanças ficam apenas do lado de fora. Tanto motor quanto interior são diferentes por lá. Enquanto por aqui há apenas duas opções de propulsores, o C3 europeu tem cinco ofertas. Por dentro, ao contrário, a versão brasileira é mais caprichada que a europeia. Nova investida – A Ford já tem tudo pronto para iniciar os trabalhos com o EcoSport na Europa. A fabricante norte-americana revelou as primeiras imagens da versão europeia do jipinho, além da lista de itens de série.

O utilitário esportivo compacto contará com controle eletrônico de estabilidade, o sistema de entretenimento Sync e seis airbags, entre outros equipamentos. Quanto aos motores, duas opções com quatro níveis de potência: EcoBoost 1.0 de 100 cv ou 125 cv e o 1.5 diesel de 90 cv ou 110 cv. O início – A Audi vai mostrar em Genebra a versão RS do Q3, o primeiro utilitário da linha mais esportiva da marca. Para poder fazer parte da família esportiva, o SUV médio ganhou um motor de cinco cilindros e 2.5 litros sob o capô. Turbinado e com injeção direta de combustível, o propulsor gera 310 cv e 42,8 kgfm de torque disponível já aos 1.500 giros. Aliado à transmissão automatizada de dupla embreagem, faz o RS Q3 acelerar até os 100 km/h em 5,5 segundos. O utilitário será mostrado pela primeira vez no Salão de Genebra, que abre as portas no dia 7 de março. A sua importação para o Brasil é esperada apenas para o primeiro semestre de 2014. O chamado – A BMW fará dois recalls no Brasil no próximo dia 10, que envolvem ao todo 681 unidades. O primeiro é para a averiguar um possível defeito no cabo de contato da bateria do Série 3 e do X1. A falha afeta apenas dez unidades dos modelos 320i, 328i Coupé, 328i Cabrio, 335i Coupé, X1 Sdrive 18i e X1 Sdrive 28i. O segundo envolve 671 unidades do utilitário esportivo X5 fabricadas entre maio de 2006 e maio de 2010. Os modelos podem apresentar vazamento no servofreio, o que afetaria a capacidade de frenagem do carro.

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