Edição N.º 59 Jornal de Lousada

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Propriedade: Pedestal d’Ideias, Lda | Diretor José Ferreira

18 de Janeiro 2013 |

1€ unid.

Edição n.º 59

Grande Entrevista

Pedro Machado Vice-Presidente da Câmara Municipal de Lousada e Presidente da Comissão Política do PS Lousada

“...a Coligação aborda os problemas, utilizando demagogia e algumas inverdades, para não dizer mentiras.” Pág. 5 | 6 | 7 | 8

‘Novas Oportunidades’ chegam ao fim

Pág. 10 | 11

ADER-SOUSA entregou contratos a promotores locais Pág. 4

CRIVO d’ideias, lda

Elias Barros candidato do PS em Paredes Pág. 13

Confidências pela manhã Vamos dançar com... Pág. 16 e 17

Engenharia Construção

Aprender Teatro em Lousada Pág. 18

Camp. Nacional de Trial 4x4 regressa a Lousada Pág. 18

Telemóvel: 911 921 025 www.crivodideias.com geral@crivodideias.com


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Editorial Vamos ser honestos?

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sta foi uma das frases proferidas numa Assembleia Municipal, focada na reforma administrativa do Concelho. A Assembleia optou por não apresentar uma proposta, apesar de uma ou duas vozes dissonantes. Sendo a reforma uma competência da Assembleia da República e não da Assembleia Municipal, cabia aos nossos deputados uma atitude diferente. Mesmo estando contra esta reforma e tendo-o manifestado publicamente, deveriam ter apresentando, no entanto, a sua proposta, deixando os caprichos políticos de lado. Certamente o leitor já percebeu que Lousada vai perder 10 freguesias quando poderia apenas perder 6 ou no máximo 7. A própria agregação poderia ser mais justa e benéfica para o concelho. Por inoperância de uma Assembleia perante algo que não rege poderemos ficar com um concelho alterado de régua e esquadro e com implicações graves para o futuro. Eu posso estar contra o aumento de impostos mas se o governo assim o decidir lá terei eu de os pagar. Aqui o que acontece é idêntico, mas com uma diferença: os nossos deputados tiveram a oportunidade de conseguir um mal menor e na altura da verdade a demagogia política e o medo de perder votos falou bem mais alto. Agora a população terá um mal maior. Sejamos honestos.

José Ferreira

diretor@jornaldelousada.com

Em alguns números da edição da semana passada, na rúbrica “Confidências pela Manhã” falta o agradecimento à estilista Carla Rafael pela cedência dos vestidos. Aproveitamos este espaço para efectuar o nosso pedido de desculpas pelo acontecido.

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Opinião

Aspirações legítimas Cidália Neto

cidalianeto@gmail.com

Nos últimos dias, fomos surpreendidos pelo relatório do FMI que recomenda a dispensa de 50 000 professores. Não, não há engano nos zeros. São mesmo cinquenta mil. A notícia gerou preocupação e comentários por parte dos profissionais da classe. Falou-se de despedimentos, mobilidade… Meras antecipações, pois diz Nuno Crato que ainda está a estudar a situação. Mas onde há fumo há fogo. Seja como for, alguns docentes já deixaram o recado ao Ministro da Educação nas redes sociais: se tiverem de escolher a mobilidade, que seja para motoristas do Ministério da Educação. E não escolhem

mal, pois quase todos auferem de um vencimento-base mensal de 1.848,53 euros. (E os responsáveis garantem que desde que este Governo tomou posse já houve cortes de 1/3 das despesas do Ministério.) Mas também não descartam a possibilidade de assessorar qualquer direção, seja em que ministério for. Aí o vencimento-base rondaria os 4000 euros! Também há aqueles que não põem de lado a reforma antecipada, sem aspirar sequer aos valores daquela que receberá a presidente de câmara de Palmela. Perto de 2000 euros! Aos 47 anos de idade, certamente que muitos aceitariam reformar-se com metade do valor. Espantado com os valores? Como podem os portugueses aceitar cortes e mais cortes quando vêem trabalhadores a auferirem salários chorudos e regalias a poucos concedidas? É imoral, dizem algumas vozes. É uma vergonha, acusam outras. Vozes que parecem não mudar muito esta situação. E assim continuaremos…

FMI - Fundo Monetário Internacional

(Des)dita dura Pobreza As piores previsões confirmaram-se. O Orçamento de Estado para 2013 e as tabelas de retenção na fonte em sede de IRS entretanto publicadas demonstram que as famílias portuguesas vão ficar com um rendimento disponível abaixo daquilo que seria expectável ou até mesmo aceitável. Todos nós vamos reparar, nos ordenados de Janeiro (e Fevereiro nalguns casos), o porquê de tanta algazarra em torno das medidas do Orçamento para este ano. Sopa, salada e água deixarão de ser a ementa das dietas e passarão a ser o quotidiano da alimentação. Aqui vai começar o circuito vicioso… Depois virá o resto: os cafezitos, o lanche de fim de tarde de um domingo animado de sol, as bolachinhas “que a menina gosta” e toda uma panóplia de bens que terão de se cortar para não deixar resvalar o orçamento familiar. Com as famílias a apertar e a reduzir

o consumo, teremos mais empresas a passar por dificuldades, a encerrar ou a ficar insolventes. Aparte os exemplos de empresas que conseguem exportar, as demais (a grande parte) verão as suas contas comprometidas e ver-se-á o peso dos impostos a apertar. E fosse só isso: é mais uma máquina “xpto” que as Finanças exigem, mais uma declaração mensal para enviar para o Estado, etc. É um “mais isto, mais aquilo” que vai ter custos e que se repercute nas contas do mês… A desdita ditadura da pobreza, que foi ocultada e que nunca iria acontecer segundo Pedro Passos Coelho, veio para ficar. Os nossos melhores quadros já emigraram e todo o investimento que fizemos na educação dos nossos está a ser aproveitada por outros países. A verdade é que, infelizmente, não temos condições, enquanto país, para dar condições aos nossos.

Vamos demorar anos até conseguirmos desta situação de pobreza, depois de anos de um fulgor económico que, afinal, era apenas uma fantasia contada pela Europa e em que todos acreditamos. Não temos dinheiro e, sem ele, vão-se as conquistas dos nossos pais: o SNS, a Educação, a Cultura, a Segurança Social, … Nós, os jovens, já não teremos reformas e, no desemprego, dificilmente teremos um subsídio para nos apoiar. “É a vidinha”, dizem uns, “temos de nos submeter.” Cá para mim, isto é pior que supositórios! E toda a gente come, cala e consente… Nem o Governo é capaz de negociar e falar da “solidariedade europeia”. Come e cala, é o mote. Paga e não bufes… Vai um coelhinho assado, num Feriado Católico, para uma família de 20 pessoas?

João Correia


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Opinião

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Educação e Formação de Adultos.

Que futuro?! Maria do Ceú Rocha

As transformações ocorridas na sociedade nas últimas décadas contribuíram, de uma forma decisiva, para conferir à Educação e Formação de Adultos um novo protagonismo. É hoje aceite que a globalização da economia, o desenvolvimento da sociedade da informação e as rápidas transformações nos domínios da ciência e da tecnologia impõem, por um lado, a necessidade de uma sólida formação de base, capaz de preparar os indivíduos não só para uma adaptação à mudança, mas também para serem protagonistas dessa mesma mudança; e, por outro, uma formação contínua, a desenvolver ao longo de toda a vida. Por conseguinte, desde a última década, que as políticas e iniciativas no campo da Educação e Formação de Adultos em Portugal refletem a consciência que o país tem dos baixos níveis de qualificação escolar e profissional da sua população adulta. Paralelamente aos défices de qualificação, Portugal apresentava também claros défices de certificação. Ou seja, às competências que os indivíduos efetivamente dispõem (adquiridas por via formal, não formal ou informal, em contexto profissional ou outro), muitas vezes não corresponde uma efetiva certificação. Para quem se opõe a esta análise, é fácil verificar a realidade se atendermos ao facto de que os portugueses têm baixas qualificações, mas desempenham os seus trabalhos com rigor, qualidade e eficiência, não sendo reconhecidos e recompensados por tal, simplesmente porque nem todos tiveram a oportunidade de obterem os certificados correspondentes! Esta é uma

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realidade importante, tanto numa perspetiva individual quanto para o desenvolvimento do nosso mercado de emprego, pois gera uma elevada opacidade das reais qualificações disponíveis. Deste modo, considerou-se fundamental proceder ao reconhecimento de competências adquiridas ao longo da vida, isto é, de posicionar os indivíduos face a um dado referencial de competências, transversais ou específicas, relevantes para a sua progressão escolar e profissional. Assim, em 2001 foi criada uma rede nacional de Centros de Centros de Re-conhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC), tendo sido criados 98 Centros de RVCC. No entanto, foi a partir de 2008 que se criou e regulamentou o funcionamento dos Centros Novas Oportunidades (CNO), aumentando-se largamente a rede de centros, para superar o défice estrutural de qualificações da população portuguesa, consagrando o nível secundá¬rio como referencial mínimo de qualificação para todos, jovens e adultos. Este projeto ficou conhecido como “Iniciativa Novas Oportunidades” e teve uma forte campanha, no sentido de sensibilizar os portugueses para a importância de aumentarem as suas qualificações e apostarem na sua formação. Assim, o eixo “adultos”, dirigido à população ativa (empregada ou desempregada), assumiase como uma “Nova Oportunidade” para quem tivesse interrompido e quisesse recomeçar um percurso de qualificação. Esta oportunidade concretizava-se através de percursos de educação e formação ou de processos de RVCC. Efetivamente, a aposta na qualificação favorece a dignificação dos cidadãos e, consequentemente, aumenta o seu grau de empregabilidade, permitindo-lhes procurar conquistar uma melhor posição no mercado de trabalho, ao torná-los mais capazes de prevenir riscos futuros, nomeadamente de desemprego. Estas medidas para além de assumir um papel estratégico, enquanto meio privilegiado de promoção das condições de empregabilidade e de transição para a vida ativa dos indivíduos, eram igualmente um suporte para a elevação dos níveis de produtividade da economia portuguesa, quer porque

melhora a qualidade no trabalho, quer porque facilita a adoção das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), entre outros contributos. Sim, porque não nos podemos esquecer que os portugueses foram confrontados com um choque tecnológico para o qual não estavam preparados, e de muito lhes valeu a Iniciativa Novas Oportunidades porque foi através desta que muitos tiveram o primeiro contacto com as Novas Tecnologias! No entanto, a Iniciativa foi considerada uma bandeira do Governo de José Sócrates, logo um projeto a abater pelo atual Governo! É um facto, os Centros Novas Oportunidades foram convidados a pedir a sua extinção, a fechar as portas para a qualificação, com a promessa de que novas estruturas surgirão. Mas surgirão mesmo? Então, porque não manter os atuais centros? Centros Novas Oportunidades não significa apenas processos de “Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências”, mas sim uma rede de oferta educativa e formativa que há cerca de um ano que se está a desvirtuar por força das medidas da estrutura que tutela os Centros. Se a intenção é aperfeiçoar, qual o motivo para se destruir tudo para começar tudo de novo, numa altura em que tanto se apela à contenção de recursos? Não seria mais lógico melhorar o que já existia? Porquê? Capricho político? O que leva a que a Comissão Europeia e até do outro lado do Atlântico se teçam elogios às práticas de

reconhecimento de saberes e competências e, em Portugal, se destrua o trabalho de décadas? É urgente apostar na Educação e Formação de Adultos, pois se uma população adulta estiver suficientemente alfabetizada literal, funcional e tecnologicamente, se estiver informada e for capaz de, por si só, emitir juízos de opinião, então todas as restantes dimensões, para lá da educação e da formação, que permitem o desenvolvimento da humanidade terão um desenlace positivo e produtivo! Numa verdadeira democracia, numa democracia responsável, definem-se políticas de continuidade, de melhoria, escuta-se a palavra de quem está no terreno, não se destrói simplesmente! Esquecemse que o direito à educação é um direito consagrado na Constituição da República Portuguesa, para todos, não apenas para crianças e jovens! Será este mais um direito que foi retirado aos portugueses? Como aceitar que o Estado “deixe cair” o desenvolvimento e a qualificação de quem o sustenta? É fundamental que o Estado não se demita das suas funções, apresentando soluções e abrindo portas para a qualificação dos adultos. A Educação de Adultos torna-se mais do que um direito: é a chave para o século XXI. Mas, qual o seu futuro?


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Sociedade

Disponível na

ADER-SOUSA entregou contratos a promotores locais Sete projetos aprovados para Lousada

André Moreira

andremoreira@jornaldelousada.com

ainda uma projeção internacional. A ideia concreta é criar, na casa em Lousada, um solar centenário, um museu com três salas. Uma dedicada aos trabalhos do próprio com Regina Pessoa; outra com desenhos de amigos de todo o mundo e, finalmente, uma destinada a ilustrar a história do pré-cinema. O objetivo final é que o museu não fique estático e promova a interatividade porque “isso é o que faz a magia da animação”, acrescentou Abi Feijó. O projeto de arquitetura está pronto e o museu incluirá uma receção, um espaço para workshops e ainda um estúdio para as produções da Ciclope Filmes. O orçamento ronda os 150 mil euros e o apoio do ProDeR deverá aproximar-se dos 90 mil euros.

A direção da ADER-SOUSA esteve presente nesta cerimónia

A ADER-SOUSA – Associação para o Desenvolvimento Rural das Terras do Sousa, promoveu no dia 9 de Janeiro, no Auditório Municipal de Lousada, um encontro que permitiu dar a conhecer os apoios disponíveis no âmbito do programa de apoio comunitário ProDeR e a apresentação pública do 1º Aviso de abertura de concursos 2012. A sessão serviu também para a entrega dos contratos de financiamento aos beneficiários das candidaturas aprovadas no ano de 2011. De Lousada, os projetos Vip Project TV, da Pedestal D’Ideias - Criações, Lda; Criação e Desenvolvimento da Climesio - Clínica Médica Dentária, Unipessoal, Lda; Caminho das Letras - Operador e Transportador Turístico, Caminho das Letras; Criação de Microempresa, Fegofi, Unipessoal, Lda; Pólo Internacional de Cinema de Animação - Museu da Imagem Animada, Álvaro Graça de Castro Feijó; Estruturas de Apoio ao Parque de Lazer de Vilar, Município de Lousada; Conservação e Valorização do Património Rural, Fábrica da Igreja Paroquial da Freguesia de S. Miguel de Lousada; Complexo Social Magnetense, Associação de Desenvolvimento e Apoio Social de Meinedo; e Centro de Convívio S. Tiago de Cernadelo, Fábrica da Igreja Paroquial da Freguesia de S. Tiago de Cernadelo, foram os felizes contemplados com a entrega dos contratos referentes a 2011. São sete empresas, associações ou individuais que contribuíram para um concurso, que, como referiu Pedro Mendes, Presidente da Direção de projetos da ADER-SOUSA, teve, como nunca, projetos com enorme diversidade e de

uma grande riqueza para a sociedade.

Animada, de Álvaro Graça de Castro Feijó, também conhecido por Abi Feijó.

Pedestal D’Ideias, detentora do Jornal de Lousada, beneficia da candidatura ao ProDeR

A ideia é abrir até ao final do ano, na freguesia de Vilar do Torno e Alentém, em Lousada, um Museu de Imagem Animada. Professor, produtor e realizador de cinema de animação, Abi Feijó herdou um solar naquela freguesia e, por não ser agricultor nem possuir meios económicos para sustentar aquela casa, achou que seria interessante aventurar-se naquele projeto, revelou o próprio em entrevista ao jornal “O Público”. Mesmo com o apoio do programa ProDeR, o projeto só seria viável com uma parceria que estabeleceu com Marcia Page e Normand Roger, ambos vencedores de vários Óscares na área da animação. Desta forma, a partilha do projeto permitirá

Contemplado foi também o Vip Project TV, da Pedestal D’Ideias, empresa proprietária do Jornal de Lousada e também da Lousada TV. A Televisão e as plataformas de comunicação, como as Web TV, os jornais online e, mais recentemente, o Jornal de Lousada em papel são s principais áreas de atividade desta empresa. Mas não as únicas. A Pedestal D’Ideias incorpora ainda uma vertente publicitária, com a produção de conteúdos gráficos e de design e a comercialização de todo o tipo de conteúdos multimédia.

Como referiu Pedro Machado, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Lousada, que presidiu à sessão, “é cada vez mais importante que existam estes estímulos para apoiar os projetos e estes possam continuar a ter viabilidade”. De facto, é essa a ideia da ADER-SOUSA que, segundo Pedro Mendes, cada vez mais pretende ser um instrumento endógeno no desenvolvimento da região e ao mesmo tempo estar próxima da comunidade. Por isso mesmo, foram no Aviso de 2011 aprovados 48 projetos em toda a região do Vale do Sousa. A sessão deste dia serviu, como já referimos, para apresentação pública 1º Aviso de abertura de concursos 2012. Assim, todos os interessados tiveram a oportunidade de saber mais acerca deste programa de incentivos, que está aberto até 15 de fevereiro deste ano, nomeadamente nas medidas referentes à Diversificação da Economia e Criação de Emprego e Melhoria da Qualidade de Vida. Uma boa oportunidade para empreender.

Museu da Imagem Animada, de Abi Feijó, é também um dos projetos apoiados Outro dos projetos a destacar, talvez por ser o mais original, é o Polo Internacional de Cinema de Animação - Museu da Imagem

Estúdio Chroma Key da Empresa Pedestal D’Ideias


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Grande Entrevista

Pedro Machado

Em Breve na

Vice Presidente da Câmara Municipal de Lousada e Presidente da Comissão Política do PS Lousada

“...as pessoas vão depositar em mim outras expectativas pelo facto de estar a suceder a alguém que é, reconhecidamente, um dos melhores autarcas deste país: Jorge Magalhães.” Em Lousada, o PS é poder há 23 anos. Por ter atingido o limite de mandatos , o atual Presidente da Câmara, Jorge Magalhães, deixa de ser opção, ao estar impedido pela lei de se recandidatar. Com as eleições autárquicas à porta, a aposta do Partido Socialista (PS) cai sobre Pedro Machado. O candidato socialista tem 39 anos, é vice-presidente da Câmara Municipal de Lousada e Presidente da Comissão Política do PS. A estes cargos junta agora uma nova responsabilidade: a de candidato à Presidência da autarquia lousadense. Há duas décadas que o município só conhece um rosto na cadeira do poder, o que coloca alguma pressão do lado daquele que a ele se suceder. Em entrevista à Lousada TV, Pedro Machado aborda as expetativas e os objetivos em torno desta sua candidatura, a primeira a um cargo desta envergadura. Jornal de Lousada (JL) – Como surge a sua ligação à política? Pedro Machado (PM): Eu diria que por mero acaso. Tive a felicidade de conhecer as pessoas que estavam à frente dos destinos do concelho e com quem tive o prazer de trabalhar. Foi dessa relação de trabalho que nasceu o convite e o interesse, de quem estava à frente do

Partido Socialista (PS), de me convidar para estas lides políticas. Pedro Machado (PM) – Não diria que parto em vantagem. Diria que o PS nestes 23, a caminho de 24, anos tem um património adquirido de experiência e de trabalho feito que de facto me dá muito conforto e muita satisfação. Até porque também fiz parte dessa equipa e, por isso, o mérito do trabalho também é meu. Por outro lado, também considero que é uma responsabilidade acrescida, dado que as pessoas vão depositar em mim outras expectativas pelo facto de estar a suceder a alguém que é, reconhecidamente, um dos melhores autarcas deste país: Jorge Magalhães. JL –Como descreveria o trabalho desenvolvido pelo PS ao longo dos últimos anos à frente da Câmara? PM – Eu diria que o PS conseguiu, ao longo destas duas décadas, transformar por completo Lousada. E isso é reconhecido pela esmagadora maioria dos lousadenses, princ i pal me n te por aqueles que já n ã o vivem cá e que, quando cá vêm, dizem q u e Lousada

deu um passo qualitativo a todos os níveis: ao nível das infraestruturas, ao nível dos equipamentos e ao nível da qualidade de vida. Nós, há 20 anos atrás, éramos um dos concelhos a nível nacional com maior taxa de abandono escolar. Para contrariar este problema, foi feito um trabalho muito grande de articulação entre os diversos parceiros sociais e agentes educativos. A Educação foi, sem dúvida, uma das apostas desta governação socialista, de tal forma que se conseguiu inverter completamente essa realidade. Hoje em dia, o abandono escolar, em Lousada, é praticamente inexistente, uma taxa residual. Eu diria que na área da Educação, na área do Ambiente, das infraestruturas e equipamentos desportivos muito trabalho foi feito. A realidade do que Lousada era há 20 anos não tem nada a ver com o concelho moderno de agora. Uma luta antiga era, por exemplo, a questão das acessibilidades e, de um momento para o outro, ficamos com três auto -estradas. Lousada tem uma posição estratégica aqui na região que lhe permite encarar o futuro com muita esperança. JL –Quantos militantes tem a concelhia do PS? PM – Julgo que ronda uma centena de militantes. Nós nunca tivemos essa mania desenfreada de arranjar militantes para ter força no poder distrital. Basicamente, é essa a tentação de muitas forças partidárias, porque em função do número de militantes a força reivindicativa junto do partido – reivindicativa não para o concelho mas para aspirar à dita carreira política – é diferente. E nós nunca caímos nessa tentação. Acho que o militante deve ser uma coisa natural e espontânea e estamos sempre de braços abertos para quem quer ser militante, mas não andamos aqui a vender, de maneira nenhuma. JL – Como vê a oposição do PSD ao longo destes anos? PM – O PSD tem feito o seu trabalho de oposição, que certamente não será um trabalho fácil. Nós discordamos de algumas formas como abor-

dam os problemas e discordamos certamente de algumas ideias. Mas diria que, de grosso modo, há uma série de sugestões e ideias que a própria oposição tem vindo a apresentar e que nós, sistematicamente, vimos dizendo que fazem parte também dos nossos objetivos. Eu diria até que grande parte dessas propostas já foi executada por nós. JL – Quais as qualidades e o perfil que o PS entende que o candidato deve ter para gerir o Município nos próximos quatro anos? PM – Os próximos quatro anos, e os vindouros, vão ser anos de dificuldades. Sobretudo, há que ter noção dessas dificuldades. Temos de ser realistas e responsáveis. O próximo Presidente da Câmara tem de ser alguém com uma gestão rigorosa e responsável, porque um dos grandes legados que o PS e o Sr. Dr. Jorge Magalhães vão deixar é a boa situação económica do Município. Lousada é dos municípios do país com melhores desempenhos económicos e financeiros. Aliás, basta ler o anuário financeiro da Ordem dos Técnicos de Relações de Contas públicas, onde há uma série de rácios, nos quais Lousada se encontra muito bem posicionada. Nós entrámos no ano de 2013 sem dívidas a fornecedores ou empreiteiros o que, face àquilo que nos rodeia, é notável. Temos uma capacidade de dívida superior a 50% e conseguimos reduzir a dívida bancária (amortizámos cerca de um milhão de euros). Neste momento, a dívida líquida da CM Lousada ronda os 7,5 milhões de euros, pelo que bastaria estarmos parados um ano para conseguirmos pagar tudo, a meio e longo prazo. Este é o legado que nos permite, como disse há pouco, encarar o futuro com maior otimismo e esperança, porque vêm aí tempos difíceis. A questão do apoio às famílias é cada vez mais determinante e, nos próximos tempos, vai ser necessário continuar essa aposta de ajudar aqueles que mais precisam, aqueles que, de um momento para o outro, se viram numa situação impensável. Existem situações dramáticas de casais que ficaram no desemprego. A Câmara tem aqui o dever de dar apoio a essas pessoas. JL – Relativamente à sua candidatura, foi consensual a sua escolha como candidato pelo PS? PM – Sim, foi consensual. Houve muito ruído, não interno, mas sim de vozes externas, que diziam que iria ser uma confusão, uma vez que existiam não sei quantos pretensos candidatos. Eu estive sempre tranquilo e na hora de tomar decisões tudo se desenrolou conforme prevíamos. Eu sentia conforto dentro da estrutura, dentro do próprio executivo socialista – que sempre me deu o apoio necessário –, no seio também dos militantes e de todos os apoiantes do PS e, portanto, veio-se a confirmar aquilo que eu sempre tive noção que iria acontecer. JL – Mas existiam outras possibilidades? PM – Existiam sempre possibilidades. O


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partido não está refém de uma pessoa. Se não fosse eu o candidato, certamente que o partido iria apresentar uma pessoa muito válida para assumir este desafio. JL – Está ligado a Jorge Magalhães não apenas por um elo partidário, mas também por parentesco. Considera que este facto teve influência no seu percurso político. Sem esta ligação, teria chegado até aqui? PM – Não. Contrariamente ao que muita gente pensa, não foi o Jorge Magalhães que me levou para a política. Quem me levou para a política foi o meu antecessor, o conhecido Professor Santalha, que era o líder da Comissão Política Concelhia e com quem tive o privilégio de trabalhar. Eu era técnico da Câmara e ele Vereador do Pelouro do Urbanismo. Foi ele que, também reconhecendo certamente algum mérito do meu trabalho, me propôs este desafio. E, na altura, o Sr. Dr.

Jorge Magalhães até ficou um pouco surpreendido, uma vez que não me estava a imaginar na política. Eu diria que a chave foi o facto de eu conhecer o Professor Santalha e de ele reconhecer o meu trabalho. JL – Teme que este estigma o persiga ao longo do seu percurso político? PM – Não vejo isso como estigma. Não estou à sombra de ninguém, nunca estive na minha vida. JL – Acredita ter condições para assumir o cargo a que se propõe? PM – Se não acreditasse, certamente não me teria proposto ao cargo. Sinto que consegui um capital de experiência ao longo destes dois mandatos, que me dá condições para assumir este desafio com muito sentido de responsabilidade. Por outro lado, senti também, por parte da estrutura partidária e por parte de todos os apoiantes que têm estado ao lado de Jorge Magalhães, que estariam comigo. Ciente desse apoio e desse conforto, decidi assumir este compromisso. JL – Porque se candidata? Quais são os seus objetivos? PM – Eu julgo que será necessário ter, como disse há pouco, uma atenção muito especial neste domínio social, no apoio às famílias e às empresas, por razões que todos conhecemos. Vai ser preciso também dedicar uma atenção à questão do desemprego e da

captação de investimento e, claro, continuar esta aposta na educação e na formação dos jovens. Não nos podemos esquecer que Lousada é o concelho mais jovem de Portugal Continental. Sendo a juventude o maior ativo deste concelho, temos que o valorizar e isso faz-se, naturalmente, apostando nesses dois níveis. Temos também um trabalho por finalizar na área do ambiente, que é a conclusão da rede de saneamento, onde se tem feito um trabalho permanente nestes dois mandatos. Atualmente, já temos uma taxa de cobertura de saneamento do Concelho que eu diria que é invejável. É preciso também ver a agricultura e o turismo como setores estratégicos para o Concelho. O turismo tem já exemplos práticos de que pode ser uma mais-valia em termos de desenvolvimento económico para o Município, basta pensar na Rota do Românico do Vale do Sousa, que foi um projeto que, se calhar, na altura muita gente não levou a sério, mas que, agora, toda a gente reconhece o seu mérito. Este projeto conseguiu

recuperar uma série de monumentos que estavam completamente degradados. Além disso, o mérito deste projeto reflecte-se, sobretudo, ao nível do desenvolvimento económico. Estas devem ser as linhas orientadoras da minha candidatura. É evidente que temos de persistir no objetivo de melhorar e apostar na execução de algumas infraestruturas e equipamentos. Uma situação que eu julgo que também é necessário ter em conta é a requalificação dos centros das freguesias. Infelizmente, ainda não houve condições para o fazer de uma forma completa. Já atuámos a esse nível em algumas freguesias, mas não conseguimos abranger todo o Concelho, uma vez que os fundos comunitários não o têm permitido. Há muita gente que diz que o executivo socialista centralizou o investimento na vila, nomeadamente na questão do Parque Urbano e na Regeneração Urbana. São duas obras que eu considero muito importantes e que já eram reclamadas pela população. O executivo socialista era, inclusive, criticado por não as ter desenvolvido ao longo dos anos. Diziam que Lousada era o único concelho da região que não tinha Parque Urbano, diziam que era um concelho que não tinha feito obras de requalificação do centro. Surgiu a oportunidade de o fazer com os fundos comunitários. Obviamente que não poderíamos desperdiçar essa oportunidade. JL – O Presidente da Comissão Política do PSD, Dr. Agostinho Gaspar, disse numa entrevista ao Jornal de Lousada que ao longo destes anos a Câmara se aproveitou de forma deficiente dos fundos comunitá-

rios, afirmando, entre outras coisas, que não existiu planeamento. Como avalia esta acusação? PM – Eu diria que o meu colega do executivo, o Dr. Agostinho Gaspar, tinha de dizer alguma coisa, contudo sem saber bem o que estava a dizer. Dou-lhe o exemplo dos centros escolares. Não há planeamento nos centros escolares?! Então o que é a Carta Educativa? A Carta Educativa é um documento estratégico, onde há muitos anos ficou decidido aquilo que se iria fazer nesta área da Educação. Agora, o que nós não fizemos foi criar centros escolares de uma só assentada, ou seja, o investimento foi faseado. A Carta Educativa foi aprovada pela Câmara e pela Assembleia Municipal e, se havia algumas alterações ou algumas sugestões a fazer, o momento oportuno seria aí. Eu li essa entrevista e fiquei na dúvida, porque só vi frases soltas, coisas avulsas e nada de concreto. Dizer “essas não deveriam ter sido as prioridades”… Então quais deviam ter sido

as prioridades? A questão da Educação, modernizar os equipamentos,… isto não é uma prioridade?! Obviamente que é uma prioridade. Aliás, neste momento, um dos grandes dramas é concluir esse trabalho, porque, de facto, ainda precisamos de fazer obras em certos centros escolares para concluir o investimento que está previsto na Carta Educativa. Contudo, a partir do momento em que o Governo suspendeu os fundos comunitários, está tudo parado. Lousada corre o risco de ficar, infelizmente, com uma parte do concelho com estabelecimentos de ensino de primeira e outra parte com estabelecimentos de ensino de segunda. E esta é uma situação que não faz qualquer sentido, já que os fundos comunitários estão disponíveis a uma taxa de comparticipação de 85%, logo o município só precisa de garantir 15%. Por isso, não se percebe o que se está a passar com esta gestão dos fundos comunitários por parte do Governo, sobretudo numa altura em que o país tanto precisa de investimento, de dinamizar a economia e de criar emprego. Eu diria, inclusive, que no fim deste quadro comunitário Portugal arrisca-se a devolver dinheiro à União Europeia, que tanto era necessário para o desenvolvimento do país. JL – Falemos, por exemplo, do Complexo Municipal. Como classifica esta obra? Em que fase se encontra o projecto e para quanto está prevista a sua conclusão? PM – O Complexo Desportivo foi um conjunto múltiplo de equipamentos que, desde o início, se disse que não era para ser executado de

uma só vez, mas sim faseadamente. Começou com o Estádio Municipal de Hóquei, por razões óbvias, uma vez que Lousada tem uma tradição muito forte nesta modalidade desportiva e fomos fazendo sempre um aproveitamento ao máximo dos fundos comunitários disponíveis. E já se conseguiu fazer ali um investimento tremendo. Em seguida, fizemos os campos multifuncionais, de râguebi e futebol, depois complexo de ténis e agora o Estádio Municipal. Relativamente a este último, por que é que o fizemos? Bem, eu diria que à partida, nos tempos que correm, não era prioritário fazer um Estádio Municipal. Mas não podemos perder de vista que, por um lado, não é um investimento sumptuoso e, por outro, esta era uma oportunidade única de o executar. Os fundos comunitários, normalmente, não apoiam a construção de Estádios Municipais para futebol. Qual foi a forma, o engenho, digamos assim, que nós encontrámos para o conseguir?! Através de algo perfeitamente legal: conseguimos justificar que era fundamental revitalizar a zona em que se encontrava o Estádio Municipal e que, para desenvolver esse projeto, teríamos de demolir o antigo Estádio, uma estrutura velha e acabada que estava a precisar de uma intervenção. Desta forma, conseguimos justificar que fazia todo o sentido fazer um novo campo de futebol junto do Complexo Desportivo. Se isto não é aplicar de uma forma engenhosa os fundos comunitários então não sei o que é. Por outro lado, o Complexo Desportivo temse revelado fundamental para o desenvolvimento do Concelho porque tem sido capaz de atrair milhares de atletas, uns que vêm de fora, inclusivamente equipas que vêm do estrangeiro para fazer o seu estágio aqui no Complexo Desportivo e isso, obviamente, gera riqueza porque as pessoas acabam por adquirir produtos no comércio e restauração. Eu diria que há uma lacuna grave para colmatar e também para dar suporte ao próprio Complexo Desportivo, que é a questão do alojamento mas, como sabe, vamos também ter em breve um hotel em Lousada e portanto também essa lacuna ficará colmatada. JL – Então para quando a conclusão do complexo? PM – Nós temos a meta de ir fazendo conforme é possível. É evidente que gostaríamos muito de ter um pavilhão multiusos no complexo, por exemplo, mas não sei quando será possível porque o próximo quadro comunitário de apoio irá sobretudo valorizar o imaterial. Portanto, tudo o que são infraestruturas e equipamentos, penso que não haverá grande abertura para evoluírem. Estamos expectantes para ver o que será possível fazer no futuro JL – Qual é o custo associado à manutenção de um projeto desta dimensão? PM – Eu diria que neste momento o complexo gera receitas suficientes para fazer face às respetivas despesas de manutenção. Por exemplo, o ténis nem sequer gera despesa porque está entregue à Associação de Ténis do Porto e, portanto, em termos de manutenção estamos a falar de custos de energia, algum pessoal. Na água, nós fazemos o aproveitamento das captações antigas que vêm de Lustosa porque, como deve compreender, gastamos muita água pelas questões de rega e temos sido cautelosos na questão das despesas porque temos noção das dificuldades e não podemos condenar os orçamentos municipais futuros com despesas de manutenção. JL – Um dos aspetos que o Dr. Agostinho Gaspar referiu foi isso mesmo, foi a


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questão do atual executivo ter inaugurado estas obras e sobre quem irá no futuro pagar a fatura dos empréstimos… PM – Repare, isso dos empréstimos é uma falsa questão porque, naturalmente, quando se faz um equipamento dessa ordem, em lado nenhum, há dinheiro para o pagar de uma só vez. São equipamentos que irão ser utilizados por mais do que uma geração e faz todo sentido que o pagamento seja diluído. Estamos a falar de empréstimos de 10/15 anos, que em dois/três mandatos acabam por ser liquidados, faz parte da gestão municipal aqui em Lousada e em todo o país. Agora uns fazem essa gestão de uma forma responsável e outros não. É evidente que em lado nenhum seria possível fazer aquele investimento sem ponderar nos próximos orçamentos municipais uma divida bancária, mas também aí, nessa parte da dívida bancária, as coisas estão perfeitamente controladas e validadas. Em 2012 conseguimos baixar a dívida bancária em cerca de um milhão de euros e o conjunto de toda a dívida líquida da Câmara é de 7,5 milhões de euros. Eu diria que estando um ano parados conseguiríamos pagar tudo, mas julgo que não é esse o objetivo pois há mais coisas a fazer e, portanto, essa parte está perfeitamente controlada. Mais importante que os encargos bancários é sermos muito rigorosos com a questão das despesas de manutenção, porque a questão da dívida bancária ao fim de X anos acaba por ser amortizada. Temos e de ter cuidado com os custos de manutenção, pois esses são para toda a vida. Por exemplo, em termos de pessoal, basta passarem por lá e verão que é o mínimo possível, mas são pessoas muito competentes e trabalhadoras, aliás, tivemos lá há pouco tempo uma equipa da formação do FCP que quis visitar as nossas instalações, que nos deu os parabéns pela forma em como tudo está tratado porque as instalações do complexo parecem novas e já têm alguns anos. JL – Há pouco, quando falava dos seus objetivos de candidatura, focou a qualidade de vida no concelho. Recentemente a UBI lançou um estudo que coloca Lousada nos 30 concelhos com pior qualidade de vida… PM – Eu acho que esse estudo não é para levar a sério, sinceramente não concebo sequer essa hipótese. Eu julgo que as premissas em que se baseou o estudo não fazem qualquer sentido, e dou-lhe o exemplo de duas realidades que são analisadas no estudo e que não fazem sentido nenhum: são os números de portas de correio e os números de telefone. Quer dizer, que interessa isso para a qualidade de vida, quase toda a gente tem telemóvel, porque precisam de um telefone? Por outro lado, parece que é a terceira vez que esse estudo é feito e sempre que é feito usam premissas diferentes e nem sequer dá para comparar, portanto, para mim é insignificante porque acho que o importante é sentir que em Lousada existe qualidade de vida a todos os níveis. Na educação, nas acessibilidades, na oferta cultural, num sem número de fatores. E tanto assim é que nos últimos Censos crescemos 5,6 % e isso não terá sido por acaso, ninguém vai querer vir morar para Lousada se não sentir que aqui há qualidade de vida e isso é reconhecido por pessoas que se fixaram aqui em Lousada e que vêm para cá precisamente por isso. Portanto, since-

ramente, quando soube desse estudo fiquei com vontade de rir. JL – Há pouco falou também do hóquei. Um dos cartões-de-visita do concelho era o desporto automóvel. O que levou a Câmara a desistir e a focar-se noutras modalidades? PM – A Câmara não desistiu do desporto automóvel, aliás, a colaboração que demos ao CAL em tempos passados continuamos a fazê-la. Agora, essa colaboração é diferente também em função das provas que lá se realizam. É evidente que se tivéssemos por exemplo o Rally de Portugal, a necessidade da nossa colaboração seria outra. Nós consideramos que essa tradição do desporto automóvel deve ser valorizada e devemos colaborar para que não morra e, portanto, temos acarinhado a atual direção do CAL. Sei que já passaram por piores dias, uma vez que já há novas provas calendarizadas para este ano e eu espero que o CAL volte a viver dias de glória, porque, como disse e bem, Lousada começou por ser conhecido pela questão do desporto automóvel. O CAL vive momentos difíceis, mais pela questão do terreno pois a pista não é propriedade do clube e, neste momento, a fragilidade do clube passa um pouco por aí, nessa indefinição de saber até quando vão poder utilizar essas instalações. JL – Se for eleito, acredita numa nova pista para o Clube Automóvel de Lousada? PM – Não descarto essa possibilidade e juntamente com os responsáveis do CAL vamos procurar uma solução. JL – Uma das críticas da oposição foi também a o elevado números de funcionários da câmara, salientando também a coincidência de haver tantas ligações familiares. É verdade que a autarquia é uma empresa de familiares? PM – Não. Até porque para fazerem uma análise séria deviam recuar vinte anos. A Câmara Municipal de Lousada tem os funcionários que achamos necessários para a gestão que pretendemos ter. Para sermos sérios nós temos que, do número global dos funcionários, separar aqueles que não são p r o pria-

Jornal de Lousada.com 7 mente funcionários municipais. Nós fizemos há uns anos um protocolo com o Ministério da Educação e a partir desse momento passamos a fazer a gestão dos funcionários que estão nas escolas EB1 e EB2/3, portanto, a gestão desses funcionários é feita até ao momento em que a Câmara decidir. A partir do momento em que a Câmara queira denunciar esse contrato, nós baixamos o número de funcionários para metade. Por outro lado, nós poderíamos fazer o que fazem outros municípios, como concessionar as águas e o saneamento, e aí poderíamos certamente dispensar outros funcionários, mas quem ficaria a perder com isso seriam certamente os consumidores. Isto tem que ver com a forma de gestão e as opções que cada câmara entende e nós entendemos que esta é a forma mais correta e aquela que serve melhor os interesses dos munícipes. Por falar desta questão da água e dos saneamentos, possolhe dizer que, antes ainda de ser vereador, eu participei nesse processo enquanto técnico, a Câmara fez essa experiência para perceber até que ponto se justificaria fazer a concessão da água e saneamento e, portanto, abriu um concurso público internacional para uma concessão, porque na altura havia um investimento tremendo para fazer no que respeita ao saneamento e era necessário encontrar uma forma de conseguir o capital necessário para concretizar esses investimentos. A conclusão a que chegamos na altura foi que, ao haver uma concessão, os preços iriam triplicar e quadruplicar em alguns casos, o que iria ser dramático para os consumidores, então não fizemos a concessão. Fizemos ainda uma segunda tentativa numa modalidade diferente, criar uma empresa municipal de capitais mistos, portanto, capitais públicos, em que a câmara teria 51% do capital social e o parceiro privado entraria com o capital, mas o resultado era precisamente o mesmo, porque o capital que o privado iria colocar na empresa iria ter que ser pago com base nas tarifas. Portanto, entendemos que esse não seria o melhor caminho e optamos por fazer aquilo que estamos a

fazer neste momento, que é a gestão direta. Mas para isso é preciso ter funcionários, o que também gera receita e eu diria que no futuro esta área do ambiente é fundamental para o concelho de Lousada e posso desde já assegurar que é um setor que é para ficar dentro da Câmara. Não é para concessionar, nem para vender, aliás, nós tivemos uma oferta de 25 milhões de euros pela água e pelo saneamento, isto há três anos, portanto daí para cá já fizemos muito investimento, em que 12,5 milhões eram pagos à cabeça e que davam para pagar toda a dívida e ainda para fazer uma festa tremenda no concelho todo. Quanto à questão das ligações familiares, não corresponde à realidade. Eu sei que uma das críticas que me fazem é sobre o facto de a minha mulher também trabalhar na câmara, mas quando casei com ela, ela já la trabalhava. Enfim, isso não me preocupa. JL – Há pouco focou também a parte dos setores de atividade do Concelho. Qual é o setor que se destaca em Lousada? PM – Juventude. Eu diria que Lousada fica cada vez mais conhecido pela sua juventude. JL – Mas se aliarmos a juventude ao atual flagelo do desemprego acaba por não ser um setor em evolução mas sim em decadência, arrisco-me a dizer… PM – Repare, antes de existir este problema do desemprego e da crise, o maior problema que Portugal tinha era o problema do envelhecimento, porque como sabe há estes fluxos migratórios do interior para o litoral e, portanto, parte dos problemas dos territórios têm que ver com esta questão demográfica. Felizmente, nesse aspeto estamos bem porque crescemos 5,6% e isso é muito importante porque o país cresceu apenas 1,98%. O Norte estagnou, o Tâmega e Sousa perdeu população e, portanto, se Lousada cresceu 5,6% por alguma razão foi. Por outro lado, se temos esta população tão jovem e cada vez mais formada, embora seja evidente que no momento em que vivemos a realidade é dramática, permite-nos encarar o futuro com maior esperança. Se temos um trabalho muito grande para fazer, e que está a ser feito pela CM, é procurar que haja uma posição assertiva entre a oferta de emprego e a formação e há setores económicos com muita necessidade de trabalhadores formados. Nesta região, nomeadamente, há na área do calçado muita procura e pouca oferta de trabalhadores, é preciso então fazer a identificação das necessidades das empresas. JL – Para si, quais são as soluções para resolver este problema de desemprego? PM – Não há uma varinha mágica, não há soluções milagrosas. Temos de continuar a apostar na educação e na formação. Nesta ótica, é preciso ir ao encontro das necessidades dos mercados e depois tem que haver aqui uma política nacional de apoio efetivo às pequenas e médias empresas. Este clima de austeridade e carga fiscal tem sido asfixiante para as empresas e para os cidadãos, enquanto este “garrote ” não for desapertado é muito difícil que as empresas criem novos postos de trabalho. JL – Será o fator social uma prioridade?


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PM – Com certeza. Como eu já referi, no próximo mandato vamos ter uma atenção especial à área social. Ainda há pouco tempo anunciamos 40 medidas, algumas já em prática, outras que estão a ser reforçadas, porque entendemos que são fundamentais para ajudar um pouco as famílias a sobreviverem. JL – Voltando agora às eleições. Um dos candidatos já assumidos é Leonel Vieira. Como o descreve? PM – É o candidato do PSD. Um velho conhecido, um pouco mais velho do que eu mas julgo que ainda nos cruzamos na escola. É uma pessoa por quem tenho simpatia, é o candidato da oposição e espero que se porte à medida das responsabilidades e que haja uma luta séria e honesta sem entrar num ataque pessoal. JL – Sim, mas quando entramos numa competição estudamos o adversário e a tática para o vencer. Como é que olha para o seu adversário? PM – Esses trunfos não se revelam (risos). Agora, falando a sério, é uma pessoa que terá certamente os melhores propósitos para o Concelho, agora não me revejo é na sua estratégia, aliás, não conheço qual é a sua estratégia, porque ouço muito a coligação Lousada Viva dizer que é preciso um novo modelo económico-social para o concelho, mas que modelo é esse? É aquilo que eu disse há pouco, vejo o PSD local a usar muitas frases soltas mas de concreto não sei qual é a estratégia, não sei quais são as medidas e, portanto, estou expectante quanto a isso. Só depois de conhecer melhor as ideias do meu adversário é que me posso pronunciar quanto a isso. JL – Acredita que possa existir uma candidatura independente? PM – Neste momento não me parece muito provável. JL – Afirmam que o PSD tem a ânsia do poder… PM – São afirmações da JS que julgo têm a ver com a forma de como a Coligação aborda os problemas, utilizando demagogia e algumas inverdades, para não dizer mentiras, como por exemplo sobre a situação económico-financeira. Nós vínhamos dizendo que Lousada tinha uma boa situação económicofinanceira e a coligação Lousada Viva dizia exatamente o contrário, dizia até que a dívida era mais de 20 milhões de euros e o que se demonstra é que isso não é verdade. Houve sim uma altura em que de facto houve uma dívida elevada por força dos atrasos significativos na transferência dos fundos comunitários, mas não podemos comparar apenas o que a Câmara deve mas sim também o que devem à Câmara, para sermos intelectualmente honestos. Temos de analisar a dívida líquida, que é a diferença entre o passivo e o ativo e que era apenas de dez milhões de euros, reduzindo agora para cerca de 7 milhões de euros. JL – Afinal, eles têm a ânsia do poder ou não? PM – O PSD vê nesta mudança do presidente de câmara uma forma de conseguir chegar ao poder e certamente vai apostar tudo por tudo, mas nós também temos as nossas armas. JL – E a acusação da desvalorização das

freguesias? PM – Não existe e eu acho que a Coligação sabe disso. Repare que nós temos duas grandes obras aqui no centro mas não podemos esquecer o que já foi feito nas freguesias em termos de requalificação rodoviária e não fizemos ainda mais pois os fundos estão suspensos pois há um projeto de requalificação em todos os eixos estruturantes do Concelho. Os eixos que ligam as diversas freguesias entre si até à sede do Concelho. Já fizemos muita obra neste concelho em Meinedo, Lodares, Sousela e Caíde… Enfim, numa série de freguesias, temos preparados projetos para avançar nesse domínio. Na questão do desporto, temos um rácio de um pavilhão gimnodesportivo que é invejável, abaixo dos 5000 habitantes. Foi feito um grande investimento em centros escolares… Enfim, na água, no saneamento… Todo este investimento foi feito nas freguesias. Por outro lado, o Concelho identifica-se com o centro e recordo que o que está a ser feito na Vila é importante e valoriza o próprio concelho. Há esse sentimento de identidade para com o centro de Concelho. As pessoas identificam-se com a Vila. JL – Como descreve a relação do executivo com os presidentes de junta? PM – A relação do executivo municipal com os presidentes de junta, de maneira geral, é boa como sempre foi. Aliás, é evidente que há sempre coisas que se dizem em altura de eleições que não deveriam ter sido ditas mas temos de entender que foram ditas num determinado contexto. Depois desse período, nós todos temos de trabalhar em conjunto e temos tido uma relação excelente com a maioria dos Presidentes de junta, nomeadamente com os da Coligação. É evidente que há um caso ou outro que, por diversas razões, sentem esse confronto mas certamente não é culpa nossa, nem minha. Eu diria que o meu telemóvel é do conhecimento de todos os presidentes de junta e, portanto, as pessoas não precisam de ficar sentados na cadeira a ver outros a subir pelo elevador, pois alguns deles telefonam inclusivamente para o vereador e também para o presidente. Tem havido proximidade para com eles. Eles querem sempre mais mas têm de ter capacidade de compreender que nem sempre é possível o que pretendem. JL : Como caracteriza o movimento associativo em Lousada? O movimento associativo é forte, as coletividades têm um papel insubstituível, o movimento voluntário é feito de carolice. O estado e as câmaras devem apoiar o que no movimento cultural e desportivo é essencial, para que mantenham a vitalidade que até à data têm demonstrado. JL – Tendo em conta que o Presidente da República aprovou ontem a reforma administrativa das freguesias e que a autarquia não apresentou nenhuma proposta, acha que o Concelho saiu prejudicado? PM – Eu diria que o Concelho saiu prejudicado pela teimosia do Governo em levar avante esta pseudo reforma. Dizer que o Concelho fica prejudicado por não apresentar uma proposta é demagogia política. Foi um processo que começou com um livro verde, que por sinal era azul, e já nessa altura fomos desafiados pela Coligação Lousada Viva para negociarmos e apresentarmos uma proposta e se o tivéssemos feito teríamos sido mais prejudicados. Os requisitos desse livro verde eram muito mais castradores… Agora, nós

sempre dissemos que isso não fazia qualquer sentido. Ser uma questão de exigência da Troika era uma falsa questão, que não corresponde à verdade. O próprio presidente da CM do Porto disse que se explicássemos à Troika o que estava em causa, eles retirariam aquela medida do memorando por uma razão muito simples: a realidade de Portugal é muito diferente da Irlanda ou da Grécia, pois não existem freguesias nesses países. Quando foi pedida a informação ao Governo português, deram o total de autarquias e freguesias e, portanto, tudo junto pareceu muito exagerado à Troika. Temos que ser sérios: isto nada tem a ver com uma exigência da Troika mas sim com uma teimosia do Governo, personalizado na pessoa do Dr. Miguel Relvas. Certamente quer ficar para a história, quererá ser outro Mouzinho da Silveira, mas está a brincar com os interesses das populações. Não podemos comparar realidades urbanas, como Porto e Gaia e Lisboa, com o resto do país. E não havendo ganhos económicos para o país, porque a poupança com estas operações é apenas de 2 milhões de euros… Não tem expressão nenhuma, comparado com o prejuízo que vai causar para as populações que precisam de paz social. Basta os problemas que estão a gerar, o desemprego e a carga fiscal… Com esta instabilidade social terrível, como é que o Governo opta por este caminho? Vão ficar mais distantes do poder autárquico. Por parte da Câmara já temos um parecer jurídico para impugnar pelas vias que forem possíveis a concretização desta reforma e é isso que vamos fazer, vamos dar apoio às juntas de freguesia. Acho curiosa a crítica da coligação Lousada Viva em relação a não termos apresentado uma proposta. Mas a Coligação, se achava que havia uma solução melhor, apresentava uma proposta. Por que é que não a apresentou? Então, é fácil dizer que a Câmara Municipal deveria ter apresentado. Nós não estamos arrependidos. Se são dez ou onze, se são quinze, isso é o que menos importa. Se nós víssemos que as populações não seriam prejudicadas e haveria de facto os ganhos de eficiência e de eficácia que o Governo propala… Mas nunca demonstrou existirem… Neste caso, não faria qualquer sentido [fazer uma proposta], estaríamos contra os nossos próprios princípios.

JL – O que pensa da agregação de freguesias proposta? PM – É uma aberração completa. Há uma freguesia que atravessa praticamente o concelho todo. Não faz sentido nenhum, é de quem não conhecimento mínimo da realidade, dos territórios e das populações. JL – Poderá esta reforma influenciar estas eleições? PM – Julgo que sim, inclusivamente no que respeita à abstenção. Eu tenho falado com muita gente e pode ser uma forma de protesto. Pode ser um problema das próximas eleições e que pode gerar mais abstenção. JL – Os lousadenses conhecem o Pedro Machado político. Como é o Pedro Machado Homem? PM – Sou um homem comum como todos os outros, que valoriza a família e o trabalho, que procura ajudar o próximo. JL – É fácil conciliar a vida familiar e política? PM – É muito difícil. Eu tenho dois filhos, um com dois anos, outro com 9, e o mais velho está sempre a dizer “pai, nunca estás em casa”. Não é fácil conciliar, são situações normais de quem está nestas lides, pois temos de ter muita disposição para o trabalho diário de gabinete mas também trabalho de campo, como as representações do Município, etc. Raramente há fins de semana e mesmo à semana á complicado, mas tudo se consegue com muito entendimento e colaboração. Portanto, também sinto o apoio da família senão não teria assumido este compromisso. JL – Acredita na vitória? PM – Claro que sim, acredito que vai ser um combate difícil. É isso que digo a todos os meus apoiantes pois alguns andam eufóricos. É preciso ter calma, até porque naturalmente a coligação Lousada Viva não está a concorrer para perder mas sim para ganhar e tem esperança disso, como é compreensível. É um trabalho difícil mas está ao nosso alca nce.


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Freguesias

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Sociedade

Cerimónia de entrega de diplomas do CNO da Escola Secundária de Lousada com sabor a despedida Cidália Neto

cidalianeto@gmail.com

Técnicos e Formadores do CNO Da Escola Secundária a entregar diplomas aos formandos O auditório da Escola Secundária de Lousada encheu, na passada sexta-feira, dia 11 de fevereiro, para a cerimónia de entrega de diplomas aos adultos certificados pelo CNO. 299 adultos, que concluíram os seus processos de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências em 2012, viram assim reconhecido publicamente o valor do seu esforço. Filomena Babo, Presidente da Comissão Administrativa Provisória da Escola/CNO, abordou a relevância dos Centros Novas Oportunidades para elevar a qualificação dos portugueses e reforçar as suas competências. Agradeceu também a todos os envolvidos no trabalho do Centro (coordenação, técnicos, formadores e parceiros – Câmara Municipal de Lousada e Juntas de Freguesias) e felicitou todos os homenageados. Demonstrou ainda o interesse do Agrupamento de Escolas de Lousada em disponibilizar ofertas formativas para adultos, incitando os homenageados a apostarem na Aprendizagem ao Longo da Vida.

‘Novas Oportunidades’ chega ao fim O evento realizou-se numa altura de indefinição relativamente ao futuro da educação de adultos em Portu-

gal. O encerramento do CNO ESL parece estar iminente. Presente na cerimónia, Cristina Moreira, vereadora na Câmara Municipal de Lousada, abordou a importância dos Centros Novas Oportunidades como plataformas mobilizadoras de qualificação e emprego, lamentando o fim da iniciativa Novas Oportunidades e exultou os presentes a mostrarem a sua indignação nas redes sociais. Marlene Coelho, profissional de RVCC, a exercer funções no Centro, realçou a importância da cerimónia para os adultos. Sobre a educação de adultos, a profissional acredita “num país maior, perspetivado para a Aprendizagem ao Longo da Vida, em que o sujeito aprendente se reconhece como agente da sua formação contínua”. Marlene Coelho crê ainda que a atual situação do mercado de trabalho apenas pode ser combatida com “adultos empreendedores”, pelo que deixou a sua palavra de incentivo, para que continuem a desenvolver as competências. Formador de TIC, o professor José António Teixeira considera que a iniciativa “Novas Oportunidades foi um processo interessante, que trouxe muita gente de volta à escola, que fez novas aprendizagens e viu certificadas e validadas as suas competências, adquiridas na escola

da vida”. Sobre a sua experiência como formador, diz ter sido “muito bom ter trabalhado com gente interessada e empenhada, ter ensinado muitas pessoas trabalharem com o computador, pois a sua grande maioria não o sabia (uma das virtudes das Novas Oportunidades), e ajudar outras a consolidarem os seus conhecimentos informáticos”. O formador felicitou os homenageados e lamentou o fim do programa Novas Oportunidades. “Pessoalmente foi gratificante ter conhecido centenas e centenas de pessoas, de gente boa e simpática, que me proporcionou momentos maravilhosos, que jamais esquecerei”, concluiu.

Convívio e animação musical Maria Antónia Santos, mais conhecida como Tonicha, adulta certificada pelo CNO ESL, e a filha, a conhecida fadista lousadense Mélanie, abrilhantaram a cerimónia, interpretando alguns temas musicais. A noite foi longa, com a animação musical proporcionada pelo grupo “Raízes do Vale do Sousa”, de que faz parte Paulo Ribeiro, um dos certificados homenageados da noite. Uma oportunidade para o convívio, para reviver alguns dos bons momentos passados e saborear boas iguarias. A incerteza quanto ao futuro não ensombrou o evento, pois reinou a alegria e a boa disposição.

A cerimónia terminou com um lanche convívio


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O que os formandos pensam… Elsa Magalhães (44 anos)Meinedo “Ao contrário do que muita gente pensa, nas Novas Oportunidades aprende-se muito, arrisco até a dizer que é uma partilha de aprendizagem, pois os professores também tiram proveito desta experiência, principalmente com os mais velhos, que já frequentaram a escola da vida. A nível pessoal, só posso dizer que adorei, foi para mim uma experiência muito enriquecedora, sobretudo por ter a oportunidade de escrever o meu ain-

da pequeno percurso de vida. Deu-me muito prazer em fazê-lo pois revivi e valorizei mais do que nunca a pessoa que sou hoje...” José Luís Carvalho (71 anos) Torno “Este é o prémio de todos aqueles que acreditam e lutam, pois acabam sempre por alcançar os seus objetivos. A vida é uma aprendizagem diária. É importante termos a determinação de nos aproximarmos do conhecimento. A diferença está em nos levantarmos e seguirmos em frente ou nos acomo-

darmos... Para os determinados, sempre que precisarmos de um estímulo é só olhar para trás e observar todas as nossas conquistas. Parabéns a todos pelo esforço e dedicação por uma causa nobre, que é o conhecimento.” José Adriano Melo (39 anos) Lousada (S. Miguel) “Muito bonito!!! Espero por mais uma oportunidade idêntica, pois continuo na expectativa de continuar o meu percurso e dar continuidade à realização de mais um dos meus sonhos! O

meu muito obrigado a todos quantos fizeram parte deste projeto.” Paula Ferreira (32 anos) Lustosa “Eu fui uma delas [homenageadas] e com muito orgulho o posso afirmar!” Cristina Silva (33 anos) Nespereira “Eu também fui uma delas [homenageadas], adorei voltava a fazer se fosse possível. Muito obrigada por tudo.”

O valor imensurável do regresso à escola Cristina Soares, formadora do CNO ESL A iniciativa Novas Oportunidades teve o condão de reabrir as portas da escola a milhares de adultos que a abandonaram precocemente, alguns ‘com amargos de boca’ até, e uni-los em torno do lema “Aprender compensa!” Ao voltarem a sentar-se nas salas de aula, todos os rancores esquecidos (porque suplantados por outros mais presentes), os adultos voltaram a experimentar o prazer da descoberta, da partilha de saberes, da leitura, da aprendizagem... O valor da menina dos olhos do anterior governo não é neste sentido mensurável, pois apenas a médio/ longo prazo será visível o efeito da derrocada desse muro... Os filhos e os netos destes adultos espelharão de forma inequívoca o impacto real das vitórias alcançadas.

Contudo, e como não é estranho a todas as medidas de pendor político dos tempos modernos, a iniciativa apresentou um grave defeito quase de nascença: as metas! Ao serem impostos números mínimos de adultos inscritos, em processo, e certificados, com consequências monetárias para os centros não cumpridores, introduziu no jogo os elementos perniciosos da competição, da urgência e da falta de rigor nas práticas de uma parte dos CNO. E daí ao nascimento de uma autêntica campanha no sentido de denegrir a ação e o mérito, quer de formandos quer de equipas técnicas, foi um passo de formiga. Os (de)formadores da opinião pública, sempre sedentos por desencantar um bode expiatório que desvie a atenção da população mais ou menos ávida por

uma boa ou má cantiga de maldizer, de imediato se encarregaram de arrastar pela lama mais putrefacta o muito meritório trabalho de tantos profissionais competentes, responsáveis, bem como dos adultos cujo manancial de competências adquiridas ao longo de vidas ricas e preenchidas os colocam (tempo presente!) a anos luz de grande parte da ilustre classe dirigente deste nosso “jardim à beira mar plantado” (mas tão votado ao abandono, infelizmente!). Foi para mim um enorme orgulho e um enorme prazer ter tido conhecimento de causa nesta matéria de dentro para fora... Aprendi mais com os adultos com quem trabalhei do que com muitos dos excelentíssimos Srs. Drs. que ministraram algumas

cadeiras na Universidade. Recordá -lo-ei sempre com admiração e carinho, pois se tratou de um prazer orientá-los na sua viagem em busca do Graal de cada um desses Seres Humanos absolutamente únicos... A todos os que enfileiraram comigo deste lado da barricada, o meu agradecimento pelo profissionalismo e humanismo de excelência que comigo partilharam; aos adultos aprendentes, uma vénia vos faço, pela vossa coragem, esforço, pois que o mérito é todo vosso. E recordo as palavras do povo, que é sábio: “Vive-se a aprender, e morre-se sem saber” - mas se tivermos vivido plenamente, não terá sido uma jornada em vão!


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Vale do Sousa

Apresentação do novo álbum “Origins de Emmy Curl” na Casa das Artes de Felgueiras Emmy Curl apresenta o seu novo trabalho na Casa das Artes de Felgueiras, no dia 26 de janeiro, pelas 21h30. Chama-se “Origins” e é o novíssimo EP, de Emmy Curl, um registo com apenas seis temas. A composição, voz, guitarras acústicas e os seus complementos em algumas programações, sintetizadores e percussões, são da responsabilidade da própria artista. Os arranjos, também da sua autoria, são partilhados com João André e Eurico Amorim (Supernada). A artista divide ainda a produção do terceiro EP, da sua carreira, com João André, companheiro de estúdio e de estrada, num trabalho masterizado por Mário Barreiros e Andres Malta. No novo trabalho, «Origins», a transmontana de imagem cuidada e imaginário singular mantém a personalidade musical que já deu a conhecer, levando ao mesmo tempo as canções por caminhos novos e aventureiros. Entre o acústico e o eletrónico, «Origins» continua a cruzar a doçura da voz de Emmy Curl com a beleza crua da terra de onde vem. Os bilhetes para o concerto custam 5 euros e as reservas podem ser efetuadas através do nº de telefone 255340340.

PSD de Paços de Ferreira defende o desporto e o associativismo como factor de desenvolvimento e coesão social PSD Paços de Ferreira

No passado dia 12 de Janeiro, a comissão política do PSD organizou mais uma sessão de trabalho para a elaboração do programa autárquico para o mandato 2013-2017. Este programa está a ser construído com a participação da comunidade local e conta com a participação activa de personalidades e agentes locais ligados á dinâmica associativa e à cidadania do concelho. A sessão contou com uma visita a instalações desportivas, piscinas e pavilhões municipais, onde foi analisada e discutida a respectiva utilização, frequência de utentes e gestão. A elevada utilização e o grande aproveitamento dos recursos mereceu especial reparo e atenção. A reunião realizada no pavilhão desportivo municipal, com dirigentes associativos e técnicos de desporto, permitiu avaliar o elevado nível da prática desportiva que o concelho tem quer ao nível competitivo e federado quer ao nível recreativo e que tem vindo a crescer progressivamente desde 2006. Porem, foram ainda identificadas algumas fragilidades que existem ao nível da cooperação e das parcerias entre as instituições. A importância

da aproximação cada vez maior do desporto amador federado associativo ao desporto escolar e vice-versa de modo a haver continuidade no percurso de crescimento e evolução dos atletas e do alargamento das modalidades desportivas foi especialmente focada. No final da manha, efectuou-se uma visita às obras de construção do Pavilhão Desportivo da Escola

Secundária de Freamunde, cuja conclusão está prevista para o corrente ano e estará disponível para a população e clubes desportivos.


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Vale do Sousa

Elias Barros candidato do Partido Socialista à Câmara Municipal de Paredes Elias Barros, atual presidente da Junta de Freguesia de Rebordosa, pelo PS, foi hoje escolhido na Comissão Política Concelhia do PS Paredes – por unanimidade e aclamação - como candidato socialista à Câmara Municipal. Empresário, independente, eleito em 2009 presidente da Junta de Freguesia de Rebordosa, Elias Barros foi sempre a primeira escolha do partido, sustentada no excelente trabalho autárquico desenvolvido e é, para o presidente da Comissão Política Concelhia do PS Paredes, Alexandre Almeida “a esperança e o rosto de um novo ciclo aberto ao progresso”. O Presidente da Federação Distrital do PS Porto, José Luís Carneiro, considera que “desde há muito que os socialistas de Paredes desejavam ter um candidato que reunisse características potenciadoras de uma vitória

no concelho. Elias Barros nasceu, cresceu e vive em Paredes, sendo alguém com provas dadas na sua vida pessoal e profissional, tendo já demonstrado saber estar ao serviço das populações e com uma liderança capaz de conduzir o PS Paredes à vitória na Câmara Municipal. Sendo uma escolha da Comissão Política Concelhia sem dúvida que se afirma como uma escolha vencedora”. O candidato à Câmara de Paredes, Elias Barros, é o terceiro independente escolhido para liderar as listas do PS no distrito do Porto, tal como Humberto Brito (Paços de Ferreira) e Elvira Ferreira (Póvoa de Varzim).

PS Paredes

Encontros de Janeiras 2013, em Penafiel Ao todo, participaram vinte e cinco grupos no “Encontros de Janeiras”, em Penafiel:

À semelhança de anos anteriores, a Câmara Municipal de Penafiel organizou no passado dia 13 de Janeiro, mais uma edição do “ Encontro de Janeiras”, no Pavilhão de Feiras e Exposições de Penafiel. Centenas de pessoas deslocaram-se até ao Pavilhão de Feiras e Exposições de Penafiel para sentir e reviver esta quadra festiva num ambiente cheio de alegria, animação e repleto de muita música e boa disposição. O “Encontro de janeiras”, tradição que perdura em Penafiel, reuniu este ano, 25 grupos de cantares,

folclore e associações culturais para cantar e dar as boas vindas ao novo ano, a todos os presentes. Para Alberto Santos, Presidente da Câmara Municipal de Penafiel, “para que esta quadra festiva seja comemorada de forma tão bela e singela, ao longo dos últimos anos, no “ Encontro de Janeiras”, muito contribuíram os grupos e associações de cariz cultural do Concelho de Penafiel, que de uma forma generosa e voluntária, ofereceram a todos os presentes momentos inesquecíveis cheios de emoções, de ale-

gria e de canções. O cantar das Janeiras traz, até nós mensagens de esperança, mensagens de um bom ano, cheio de energia, muita paz e saúde. Mensagens que fazem cada vez mais sentido e que são cada vez mais necessárias. A todos aqui presentes e àqueles que de uma forma voluntária se dedicam a manter estas tradições, através das associações e grupos culturais, importantes na nossa comunidade, endereço votos de um bom ano, cheio de paz, esperança e muita saúde. Um bem-haja a todos.”

1.º Associação Para o Desenvolvimento de Galegos 2.º Associação Cultural e Recreativa Amigos de Bustelo-Grupo Folclórico 3.º Grupo de Cantares e Academia de Música da Associação para o Desenvolvimento da Freguesia da Portela - APDFP 4.º Grupo de Cantares Flor de Linho – Ass. de Melhoramentos e Beneficência de Abragão 5.º Centro Cultural e Rancho Folclórico de Paço de Sousa 6.º Associação para o Desenvolvimento da Freguesia de Guilhufe 7.º Associação de Solidariedade Social de Vila Cova 8.º - Grupo Folclórico de Penafiel 9.º Rancho Folclórico As Moleirinhas de Guilhufe 10.º - Rancho Folclórico de S. Miguel de Paredes 11.º Associação de Desenvolvimento da Vila de Paço de Sousa 12.º Os Montanheses (Capela) 13.º ACRO - Associação Cultural e Recreativa de Croca 14.º - Grupo Etnográfico Cantar é Viver (Capela) 15.º GTN Grupo de Teatro de Novelas 16.º Centro Cultural e Recreativo de Rio de Moinhos 17.º Rancho Folclórico do Centro Social e Cultural de Abragão 18.º Grupo de Cantares e Cavaquinhos de Lagares 19.º Rancho Folclórico de S. Vicente do Pinheiro 20.º ADISCREP - Associação para o Desenvolvimento Integrado Sócio-Recreativo e Económico de Penafiel 21.º Rancho Folclórico de S. Pedro da Bela Vista 22.º Grupo Folclórico Zé do Telhado 23.º Associação Cultural e Recreativa Rancho Folclórico Infantil de Cabeça Santa 24.º Grupo Cantarias – Rio de Moinhos 25.º Gatuna - Oldrões


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Desporto

Futebol

André Moreira

andremoreira@jornaldelousada.com

Santa Eulália 0 – 1 Lousada Em mais um fim-de-semana desportivo, destaque para a invencibilidade da Associação Desportiva de Lousada que, com a vitória de Domingo sobre o Santa Eulália, vai já nos 14 jogos sem perder. A equipa de Lousada foi a Vizela vencer por uma bola a zero, com o golo a ser marcado pelo avançado Rafa que se estreou assim a faturar esta época. Ao manter esta sequência de jogos sem perder, os Rubro-negros continuam no restrito lote de

equipas nacionais que só ganharam pontos nesta temporada, em competições internas. Atualmente são apenas sete e incluem Benfica e F.C.Porto. Mais importante ainda, este resultado permite à equipa de Pisco manter-se na terceira posição da tabela, apenas a um ponto do líder, e continuar a sonhar com a subida para a II Divisão. No próximo Domingo, dia 20, o Lousada recebe o Serzedelo para a 15ª Jornada do campeonato.

Futebol Amador Aveleda 1 – 0 Valmesio No campeonato de futebol amador da AFAL, o Jornal de Lousada e a Lousada TV acompanharam de perto o jogo grande da 9ª Jornada, que colocou frente a frente as equipas de Aveleda e Valmesio. A vitória, pela margem mínima, acabou por sorrir ao Aveleda que durante toda a partida procurou contrariar um jogo que tenderia a ser demasiado direto, com a bola jogada pelo ar, característico da equipa visitante, que se deslocou ao terreno dos atuais campeões claramente à procura de um resultado que não fosse pior que o empate. Ainda assim, o jogo foi pobre em opor-

tunidades de golo para ambas as equipas. Na primeira parte, o Aveleda entrou melhor, com Ricardo Ferreira, do lado esquerdo do ataque, a fazer valer a sua velocidade para já perto da linha do fundo cruzar rasteiro e atrasado para Tó Zé, que atirou às malhas laterais da baliza de Luís. Tempo depois, desta vez após uma jogada colectiva da equipa do Aveleda, foi a vez de Ricardo Ferreira tentar o golo, agora com um remate de fora da área que acabou nas mãos de Luís. O mesmo Ricardo, minutos depois, falha por milímetros o desvio à boca da baliza após livre marcado na esquerda por António Silva. O jogo tinha apenas um sentido e foi preciso vermos o Aveleda aproximar-se com perigo da baliza de Luís mais duas vezes antes de, através de bola parada, o Valmesio criar perigo junto à baliza de Rabeca

Equipa do Aveleda

Equipa do Valmesio

José Ferreira

joseferreira@jornaldelousada.com

que após um pontapé de canto desvia a bola contra o corpo dos adversários que por pouco não a desviaram assim para dentro da baliza. Entusiasmados, os jogadores da equipa de Casais foram de seguida, por mais duas vezes, ameaçar a baliza de Rabeca, sempre de bola parada, mas sem sucesso. Já na segunda parte, volta a entrar melhor o Aveleda, Ricardo isola Emanuel que já dentro da área, ao tentar cruzar para Tó Zé encostar, envia a bola para as mãos do guardião do Valmesio. Minutos mais tarde, um belo momento. Barbosa marca um livre a favor do Valmesio e com um remate potente e colocado obriga Rabeca e fazer a defesa da manhã. Algum tempo depois e com o aproximar dos 90 minutos, o jogo começava a tornar-se mais duro e os nervos intensificavam-se. Até que, depois de instalada uma confusão junto ao banco de suplentes do dos visitantes e o árbitro da partida decide expulsar com o vermelho direto um jogador para cada equipa por supostas agressões. Finalmente, já perto do final, surge o único golo da partida. Canto para a equipa do Aveleda e António Silva, de fora da área, aproveita o mau alívio de um jogador adversário e atira a contar. Vantagem para o Aveleda que podia ter aumentado minutos depois quando Fernando Barros ultrapassa o guarda-redes Luís e fica com a baliza à sua mercê, no entanto, já em desequilíbrio, atirou para fora. Permaneceu o 1-0 até ao final, vitória do Aveleda que foi considerada justa para Rui Sequeira, treinador da equipa, que revelou que depois do que ambas as equipas fizeram durante os 90 minutos esta era o resultado que mais se adequava. Já Pedro Silva, treinador do Valmesio considerou que este foi um bom jogo de futebol, onde a vitória poderia ter caído para qualquer um dos lados uma vez que ambas as equipas fizeram um jogo muito parecido, com muita luta até ao final. Nas restantes partidas, o Figueiras também venceu em casa por três bolas a zero frente ao Pienses e colocou-se na segunda posição com 17 pontos, tantos como Aveleda e Nevogilde. Este último

António Silva marcou o único golo

que recebeu e venceu o Nogueira por uma bola a zero. Numa jornada com resultados curtos o Santa Margarida venceu por uma bola a zero o Santo Estevão e ocupa agora a 5ª posição da tabela. O Sousela e Lodares foram os únicos a vencer fora de portas nesta ronda. O Sousela deslocou-se a Bustelo, casa emprestada do Esperanças do Cabo, e venceu por quatro bolas a três num jogo com sete golos, seis de-

les marcados no primeiro tempo. O Lodares deslocou-se ao terreno do Covas que é último classificado e goleou por cinco bolas a uma. O líder Cristelos cumpriu nesta jornada a sua folga. A próxima jornada realiza-se no próximo domingo com todos os jogos agendados para as 10 horas.

Em Breve na


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Futsal Desportivo da Ordem 5 – 5 Caxinas Vizinhos na tabela classificativa, o jogo que opôs as equipas da Ordem e do Caxinas foi precisamente uma

André Moreira

andremoreira@jornaldelousada.com

onde marcou e deu a marcar. Já o Caxinas veio para ver jogar e esperar que os erros do Desportivo da Ordem permitissem contra-ataques fortuitos. Daí, o jogo desenrolou-

razão à sexta falta a favor do Desportivo da Ordem e aí, Ricardinho, chamado à cobrança, dá o empate à equipa Lousadense permitindo-lhe a conquista de um ponto muito importante e a subida ao 5º lugar na classificação.

Vila Boa do Bispo 7 – 5 Juv. Des. de Meinedo

demonstração de igualdade entre si. A jogar em casa, a equipa de Lousada entrou no jogo demonstrando desde logo vontade de vencer a partida, levada “às costas” por Ricardinho, que estava em noite inspirada

se em constantes reviravoltas que ora davam a vantagem a uns, ou a outros. Já perto do final, quando se previa já uma vitória do Caxinas pela diferença mínima (4 – 5), uma mão de um jogador visitante dá

O Meinedo, que aparece na tabela logo a seguir aos conterrâneos da Ordem, na 6ª posição, deslocou-se ao Marco de Canaveses para defrontar o Vila Boa do Bispo e saiu de lá derrotado por sete bolas a cinco. Com um início desastroso, em que aos 10 minutos já perdia por 3-1, o Meinedo consegui empatar a partida por Lindorfe e Rafa (2) e segurar o resultado de 3-3 até ao intervalo. No entanto viu-se duran-

te toda a partida uma equipa que foi penalizada por alguns erros que ditaram o resultado final. A falha na marcação, a desatenção na defesa permitiu aos da casa marcarem depois das suas transições defesa/ ataque rápidas e eficazes. Na segunda parte, cedo o Meinedo sofre novo golo e volta a ficar em desvantagem, anulada aquando novo golo de Lindorfe que assim bisava na partida. A partir daí, mesmo criando bastantes ataques e oportunidades de golo os Lousadenses sofrem novamente. A desvantagem provoca um efeito negativo nos jogadores forasteiros e as facilidades para o Vila Boa tornaram-se ainda maiores que logo aumentaram o resultado para 6-4 e 7-4. O Meinedo ainda reduziu por Huguinho mas não foi o suficiente para evitar a derrota. Na próxima jornada o Meinedo desloca-se à Maia para defrontar o líder Cruzeiro Santana.

Basquetebol Iniciados Femininos entram a vencer no Inter-Associações (Lousada A.C. 43 – 34 ATC Famalicão) No 1º jogo do Torneio Inter-associações, a equipa das iniciadas femininas do Lousada A.C. recebeu o A.T.C. de Famalicão, alcançando uma boa vitória. O Lousada entrou no 1º período com pouca agressividade, com pouco sentido coletivo e nem sempre com boas decisões (igualdade de 10-10 no parcial do 1º período). No 2º período, o Lousada entrou um pouco melhor, com melhor capacidade defensiva, mais concentrada no capítulo do ressalto, mas mesmo assim a cometer alguns erros, que possibilitou a equipa adversária ir para o intervalo com vantagem de 19-20. No 3ºperíodo, o Lousada entrou com outra dinâmica, bem mais agressivo, a ser mais forte na eficácia do lançamento, a ler melhor as vantagens e a cometer menos erros do que a equipa adversária (parcial favorável de 14-2). No 4º período, o Lousada com uma vantagem confortável, controlava os ritmos do jogo, no entanto, com a rotatividade das atletas acabou por perder alguma capacidade de decisão. De qualquer forma, a equipa do Lousada está de parabéns, pois venceu o jogo com toda a justiça. Por último, realçar que apesar do jogo não ter sido difícil, as percentagens ao nível do lançamento têm de ser melhores. Vamos continuar a trabalhar!

de forma colectiva, facilitando claramente a sua tarefa. Seniores Femininos derrotados em Algés (S. Algés D. 79 – 53 L.A.C. / MELOM) Ainda a recuperar da onda de lesões que assolou a equipa, o L.A.C. deslocou-se a Lisboa para enfrentar o campeão nacional. A deslocação não se avizinhava assim nada fácil, acrescendo ainda o facto de o adversário se encontra na máxima força com a troca de americanas recentemente efetuada.

Má primeira parte dita derrota dos Cadetes Masculinos (Juvemaia 63 – 46 Lousada A.C. / ILMAR) No 12º jogo do campeonato distrital, 1ª divisão série b1 de sub16 masculinos a nossa equipa viajou até à Maia para defrontar o Juvemaia. Sabíamos que este adversário estava a evoluir de forma bastante favorável e neste sentido o discurso no balneário foi feito no sentido de não cairmos em facilitismos.

Iniciados Masculinos vencem em Gaia (F.C. Gaia “A” 27 – 59 Lousada A.C.)

Derrota injusta para os Cadetes Femininos (S.C. Coimbrões 58 – 46 Lousada A.C.)

Boa atitude não evita derrota dos Juniores Femininos (Lousada A.C./Gumus 48 – 63 Académico F.C.)

A equipa de Iniciados Masculinos deslocou-se este fim-de-semana a Gaia onde obteve uma magnífica vitoria sobre a equipa local, por 32 pontos de vantagem.

A equipa de Cadetes Femininos do Lousada A.C., na deslocação a Gaia, realizou um bom jogo, que merecia ter sido premiado com o triunfo.

Foi um bom jogo por parte dos lousadenses, com uma grande atitude defensiva e com uma boa eficácia nos lançamentos de campo. Uma vez mais, a equipa jogou

Sabemos que estamos a evoluir a cada dia e que todas as jogadoras continuam a crescer. Sem dúvida, o mais importante para esta jovem equipa.

Apesar dos lugares na classificação já estarem definidos, entramos em campo com a mesma seriedade e espirito combativo para fazer um bom resultado. Estivemos muito bem ofensivamente, com boas decisões e eficácia no lançamento Se quiser ler a notícia completa visite-nos em jornaldelousada.com

PRÓXIMA JORNADA Iniciados Femininos: Lousada A.C. X C.T.M. Vila Pouca – 19 Janeiro às 15h00 Pav. Municipal de Lousada; Iniciados Masculinos: Lousada A.C. X A.C.R. Vigorosa – 19 Janeiro às 17h00 Pav. Municipal de Lousada; Seniores Femininos: C.A.B. X Lousada A.C. – 19 Janeiro às 17h00 Pav. C.A.B. (Madeira); Cadetes Femininos: Lousada A.C. X N.C.R. Valongo – 20 Janeiro às 11h00 Pav. Municipal de Lousada; Minis 10: Concentração do Maia Basket – 20 Janeiro às 16h00 Pav. E.B. 2,3 da Maia; Iniciados Femininos: U.A.A. Aroso X Lousada A.C. – 20 Janeiro às 17h00 Pav. E.B. 2,3 M. Oliveira. INSCRIÇÕES ABERTAS PARA TODAS AS IDADES: As inscrições já estão abertas, para todas as idades e para ambos os sexos. Para mais informações, os interessados deverão contactar para 965692633 ou 917957987. As notícias do Basquetebol do Lousada A.C. podem ser acompanhadas na Internet em www.lousada-basquetebol.blogspot.com


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Juventude

Confidências pela manhã com

Luciana Campos

E

sta semana foi a vez da coreógrafa Luciana Campos marcar presença no programa da Lousada TV, Confidências pela Manhã. Fique a par de algumas curiosidades sobre a “Leoa” que orienta o grupo de dança de Silvares Cooldance.

Jornal de Lousada (JL): Como é que é a Luciana? Luciana Campos (LC ): Gosto de me divertir, sou bem-disposta, mas também sou um bocado tímida. Sou muito extrovertida, mas quando não conheço… Tenho a minha fase de adaptação.

JL: A tua paixão é a dança, contudo qual foi a tua opção de estudos? LC: Sou licenciada em Prótese Dentária, pela Faculdade de Gandra, na CESPU. Mais tarde, tirei também uma formação profissional em Fitness e Atividades de Grupo, para estar um pouco mais ligada à dança.

JL: E como está a correr a nível profissional? LC: Está a correr bem, não me posso queixar. É um trabalho muito engraçado. Estou na parte dos implantes e é um mundo à parte de que não fazia ideia. É fascinante!

JL: E a paixão pela dança, como surgiu? LC: Esta paixão vem desde muito pequenina. Desde que me lembro, sempre dancei. Em frente ao espelho já fazia coreografias. Sempre participei no mini-chuva de estrelas da minha terra (adorava imitar). Um dia, surgiu a oportunidade de ter o meu grupo de dança. Começou por ser uma brincadeira, porque não tinha experiência nenhuma. Eramos dez/doze elementos e, quando dei por mim, já eramos 50. Iniciei a dança nos Pienses, em Pias, e agora estou em Silvares, com o grupo Cooldance.

JL: O que é o Cooldance? LC: É um grupo de dança, de Silvares, Lousada. Tem cerca de 80 elementos. Estamos situados no Centro Comercial Edinor. Temos umas instalações ótimas. Tenho pessoas que já estão lá comigo há oito anos, desde o início do projeto. Somos uma família.

JL: Qual o estilo de dança praticado pelo Cooldance? LC: Nós temos um estilo variado. Temos coreografias onde tanto utilizamos o hip-hop, o pop, o latino, e por aí…

JL: O que é preciso para dançar? LC: Energia, dinâmica e boa disposição.

JL: E por que razão existem tão poucos elementos masculinos no vosso grupo de dança? LC: É verdade. Só temos três rapazes. Mas sempre foi assim. Em todos os grupos de dança, a maioria dos elementos é do sexo feminino.

JL: Dizem que és muito provocadora a dançar. É verdade? LC: Sim, dizem. Muita gente diz que eu pareço outra pessoa no palco. Dizem que pareço uma leoa. A verdade é que, estando no palco, esqueço tudo.

JL: Na festa de Natal do Cooldance emocionaste-te. Porquê? LC: Pelas prendas e pelo ramo de flores que me ofereceram. Como sou muito emotiva, não me contive e chorei.

JL: Como surgem as coreografias? LC: Às vezes vou para a cama e não consigo adormecer enquanto não tiver aquela coreografia na minha cabeça. Por exemplo, estou a trabalhar. Se ouvir uma música nova, começo logo a pensar numa coreografia. Não consigo controlar.

JL: Existe muita rivalidade entre os grupos de dança de Lousada? LC: Existe. E acho que todos perdemos com isso. No fundo acho que nos devíamos unir, porque somos todos de Lousada e devíamos pensar em dar o melhor às crianças, porque é para elas que es-


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Juventude e Saúde

Em Breve na

Ana Camboa e José Ferreira

Virgínia Neto

anacamboa@jornaldelousada.com joseferreira@jornaldelousada.com

DE

virginiajpn@gmail.com

SA

tamos a trabalhar. Se uma criança decidiu abandonar um determinado grupo para ingressar noutro, julgo que não tem de haver ressentimentos. Se a criança se sente melhor naquele grupo, devemos respeitar. Temos de dar o melhor de nós. Eu pelo menos tento dar e tento ser sempre melhor. É sempre mau quando existem aquelas pequenas picardias e mal-estar. Mas isso acontece exatamente por haver tantos grupos de dança. Atualmente, existe um grupo de dança por cada freguesia, o que é ótimo, porque dinamiza imenso a mesma. Quando há um sarau, encontramo-nos todos e é fantástico. Mas depois existe o outro lado. Mas rivalidades à parte, falo pelo meu grupo, que veio de Pias, fomos muito bem acolhidos e estamos num sítio óptimo. Temos excelentes condições e temos pessoas a apoiar-nos.

JL: Qual a surpresa mais maluca? LC: A mais maluca foi talvez quando disse que adoro receber o pequeno-almoço na cama e, na altura, isso não era possível. Então na manhã seguinte tinha o pequeno -almoço à porta de casa. Quando acordei, tinha uma mensagem a dizer: «Podes ir à porta de tua casa, porque tens lá uma surpresa.» e lá estava o pequeno-almoço e era um pequeno-almoço como manda a lei.

JL: De que filmes é que gostas? LC: Gosto de comédia. Adoro! Gosto de estar bem-disposta.

JL: Qual a comédia que te fez doer a barriga de tanto rir? LC: Não sei bem, gosto de tantas… Mas gostei do último filme de Balas e Bolinhos. Foi de rir.

JL: Qual o momento mais marcante à frente do Cooldance? LC: Não consigo destacar um. Foram tantos. Às vezes, até nos ensaios se vivem importantes momentos. Podíamos ter mais momentos altos, mas falta um pouco de apoio e reconhecimento.

JL: E momentos embaraçosos ou imprevisíveis durante os espectáculos, o que recordas? LC: Isso acontece bastante. Eu, por exemplo, já caí a dançar. Já tive uma distensão muscular a dançar. Estava a fazer a espargata e senti logo o músculo, mas suportei até ao fim da coreografia. É preciso fazer um bom aquecimento.

JL: Quais são as tuas ambições profissionais para o futuro? LC: Espero que muita gente continue a estragar os dentinhos, se não fica complicado (risos). A nível de dança, eu estou a adorar estar onde estou e é muito gratificante lidar com as crianças e por isso espero continuar. Espero que o grupe cresça e que sejamos mais reconhecidos do que o que somos, porque a esse nível não temos muitas ajudas. Além disso, agora existem muitos grupos de dança, em Lousada, o que dificulta esse reconhecimento.

JL: Para quem gosta tanto de dançar, és adepta de discotecas? LC: Nem por isso. Não sou muito de sair. Adoro dançar, mas não danço muito quando saio. As pessoas que me conhecem, e que sabem desta minha ligação á dança, reclamam bastante e dizem «Tu danças, mas estás aqui e nem te mexes!». Eu gosto de ter o meu momento e só consigo dançar se a música puxar por mim. Gosto muito de dançar música brasileira. Se a música me disser algo, sou capaz de dançar. Mas o ambiente tem de proporcionar isso.

JL: Como era a Luciana em pequenina? LC: Era um pouco malandreca e muito teimosa. Era resmungona e gostava de ter a atenção toda só para mim. A minha mãe diz que era bastante despachada.

Curtas:

OUTRAS CONFIDÊNCIAS JL: Qual o teu género de homem? LC: Não ligo nada ao físico, sinceramente. Para mim, isso é secundário. Tem de me fazer sentir bem e acima de tudo tem de me fazer rir. Tem de ser meu amigo e um bom confidente, porque não sou muito de confiar e preciso de ter uma pessoa em quem sinta confiança.

JL: Qual o presente ideal que podias receber? LC: Não sei, já tive bons presentes e já me fizeram imensas surpresas.

Idade: 25 anos Maior defeito: teimosia Maior vírtude: honestidade Maior erro: Confiar demais nas pessoas Adora: Dançar Detesta: Falsidade Sonho: Ser Feliz Filme Favorito: Avatar Signo: Leão Comida favorita: massas Cor favorita: pastel Ídolo: eu própria Carro: mini cooper Curiosidade: Adoro ir às compras Clube: FC Porto Estado Civil: Sou solteira e nada namoradeira. Partido Político: Não tenho. Se há coisa que não entra na minha vida é política.

Ú

Viver com Hipertensão

Em 95% dos pacientes com hipertensão não há causa conhecida. A tensão arterial é causada por predisposições hereditárias e fatores externos de risco, como a obesidade, stress e consumo excessivo de álcool e sal. Apenas 5% dos casos estão relacionados com doenças orgânicas (por exemplo doença a nível renal) e distúrbios hormonais. Sendo assim, uma mudança do estilo de vida é um dos mais importantes pré-requisitos para uma terapia de sucesso. Em muitos casos, a terapia com medicamentos (que muitas vezes produz efeitos secundários) pode ser evitada ou minimizada.

Desporto / Atividade física O exercício ajuda a manter o peso baixo, e a diminuição do peso (em doentes com peso a mais) leva ao abaixamento da tensão arterial. Por outro lado, a adaptação cardiovascular melhora com os exercícios regulares de resistência e há uma redução da tensão arterial em estados de stress e repouso. O mais importante é a quantidade e regularidade do exercício e não a intensidade. Devem realizar-se semanalmente 3 a 4 sessões com a duração de 30-60 minutos. O exercício de andar a pé todos os dias pode ser suficiente. Em caso de treinos mais intensos, este deve começar com um aquecimento e ser finalizado gradualmente. Durante o treino, deve-se monotorizar a frequência cardíaca e fazer uma pausa quando for pertinente. Em caso de tensão arterial superior a 200/120 mmHg em estado de repouso e/ou existência de outros problemas cardíacos, não deve praticar desporto sem consultar o seu médico. O desporto deve, então, ser programado, estruturado, dividido em fases graduais e praticado regularmente. Para além da redução da tensão arterial, também se adquire uma série de efeitos positivos sobre os padrões da doença, fatores de risco e complicações.

Alimentação Para o tratamento da hipertensão, não só é importante uma alimentação saudável, como também uma dieta com baixo teor de sódio (sal). A ingestão excessiva de sal leva a uma constrição dos vasos sanguíneos e a um aumento da tensão arterial. Além disso, em certas doenças, tais como insuficiências cardíacas, doenças renais e hepáticas, é muito difícil eliminar o sal do organismo, o que pode significar um aumento dos efeitos da doença. É também importante ingerir alimentos ricos em potássio (ex: produtos integrais, batatas, espinafres, brócolos, banana, cogumelos, peixe, nozes), pois estes promovem a eliminação de sódio e água pelos rins. Uma dieta rica em frutas e vegetais também reduz a tensão arterial. Também tem sido demonstrado que os ácidos gordos polinsaturados em óleos de peixe e legumes reduzem o colesterol e a tensão arterial.

Álcool, Tabaco, chá e café O álcool em excesso danifica o sistema nervoso e fígado, podendo gerar hipertensão grave. Se toma medicação anti-hipertensiva, o álcool pode potenciar a fadiga. O tabaco leva à contração dos vasos sanguíneos e a tensão arterial aumenta, o que contribui para a calcificação vascular.Um hipertenso fumador tem o dobro do risco de sofrer um enfarte do miocárdio do que os hipertensos não fumadores. O consumo moderado de café e chá não leva à hipertensão. Depois de beber uma chávena de café, isso pode de facto levar a um ligeiro aumento da pressão arterial. No entanto, não é duradouro e é seguro.

Stress O stress constante pode tornar-nos doentes. Portanto, é necessário aprender a lidar com o stress. Existem algumas técnicas para ajudar a relaxar, como por exemplo o exercício físico, a meditação, o treino autogénico, a gestão do tempo, etc. Deixamos, de seguida, algumas dicas: - Faça intervalos no trabalho de 5 a 15 min a cada hora. - Faça planos. Tenha uma lista de tarefas com tempo estimado para cada. - Faça relaxamentos musculares, por exemplo massagens. Ao relaxar os músculos, liberta o stress. - Evite suposições negativas e substitua-as por atitudes positivas (p. ex. eu vou conseguir fazê-lo, eu vou ter sucesso, etc.) - Avalie as situações críticas de forma positiva. Em conflitos pessoais, encontre o lado positivo do seu oponente. Tente entender a sua ação e porque ele/ela tomou essas decisões. Depois disso, aborde novamente a situação. - Analise os estímulos que o incomodam, assim como os seus conflitos interiores. Depois de saber o que o incomoda, pense sobre como poderá minimizar esses estímulos. - Faça uma atividade que gosta nos tempos livres.


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Jornal de Lousada.com

Sexta Feira, 18 de Janeiro de 2013 | Edição n.º 59

Motores

CN TRIAL 4X4 Regressa a Lousada em 2013 Depois da consagração dos campeões nacionais, é tempo de apressar o campeonato para 2013. O sucesso alcançado nas duas últimas edições do campeonato nacional de trial4x4 a cargo do Clube Todo-o-Terreno Trilhos do Nordeste em parceria com os clubes associados e, sob a égide da Federação Portuguesa de Todo Terreno Turístico Trial e Navegação 4x4, deixa em aberto elevadas expectativas quanto a mais uma edição. A apresentação do CNTrial4x4/2013 tevelugar no dia 12 de Janeiro (sábado) no Restaurante «O Assador.pt», na zona industrial do Porto, sendo aclaradas as grandes novidades para esta temporada, no que respeita ao calendário, regulamentos e novas categorias: CNTrial4x4, Taça Rock Crawler, Classe promoção/Extra Campeonato. Um evento que a exemplo dos anteriores contará com a presença da comissão organizadora, Clubes, Fede-

ração, pilotos, navegadores, comissários, mecânicos, amigos, aficionados e comunicação social. A organização do CNTrial4x4 antecipou algumas medidas para este ano, com vista a continuar a dignificar a competição e os principais investidores, criando em tempos de crise, novas soluções menos dispendiosas para as equipas e organizadores, obrigando a alguns cuidados da elaboração do caderno de encargos de cada prova. O calendário passará a contemplar cinco provas, sendo que as inscrições serão ligeiramente mais económicas. O parque fechado voltará a ser reeditado a exemplo de 2011 possibilitando uma maior dinamização das regiões onde se irão realizar as provas, com as equipas a poderem efectuar as verificações técnicas e documentais na tarde do dia que antecede a prova - sábado.

A classe Promoção, estreada com grande afluência na derradeira prova de 2012 - Paredes, será integrada neste ano no CNTrial4x4 em moldes idênticos aos testados, como prova extra campeonato, assim como a continuidade da Taça Rock Crawler. O briefing voltará a realizar-se no dia anterior à prova (sábado à noite), sendo obrigatório a presença de um dos dois elementos da equipa, piloto ou navegador. Será realizado um prólogo matinal no dia de Domingo. Esta nova nuance visa e s c a l o na r a grelha de partida para as 3 horas de

resistência. Continuará a haver prémios monetários e taças no final do campeonato, sendo que para o campeão nacional serão destinados 3.000 Euros. No aspecto regulamentar a organização introduziu algumas alterações que visam, no entender dos responsáveis, criar uma maior igualdade nos aspectos desportivos em prol do espectáculo, imagem, segurança e redução de custos.

Cultura

Em Breve na

Companhia ‘Peripécia Teatro’ promove Atelier de Criação Teatral em Lousada Está a decorrer em Lousada, nas instalações do Conservatório de Música do Vale do Sousa, um Atelier de Criação Teatral, promovido pela companhia Peripécia Teatro e administrado, no concelho, por Angel Frágua, ator de profissão e já conhecido em Lousada por ter realizado a curta-metragem O Brinquedo. A formação iniciou em Novembro, termina em Junho e decorre em simultâneo também em Vila Real. Em conversa, Angel falou-nos um pouco sobre o porquê da iniciativa, começando por revelar que o objetivo da mesma é encaminhar os participantes para o mundo do Teatro. O Atelier dirige-se a profissionais, amadores, ao público em geral e pretende envolver a criatividade de todos. No final, a ideia é realizar uma aula aberta ao público, para que seja demonstrada a aprendizagem dos formandos. Por isso mesmo, o início da formação passa pela distribuição das ferramentas para que a imaginação dos participantes seja aberta, seguindo-se a preparação para a encenação e, já na fase final, são adquiridas técnicas de improviso e aperfeiçoa-se a forma em como cada um quer aparecer em palco. À parte disso, para Angel Frágua, o objetivo da formação passa pela regularidade dos formandos nas sessões, sendo que a sua frequência completa é essencial, tal como a realização pessoal de cada um. É fundamental que todos gostem.

Foi isso mesmo que tentamos perceber junto dos formandos, representados na voz de Miguel, um dos participantes. O jovem vai já na terceira formação na área mas confessa que continua a aprender coisas bastante diferentes de uma para outra e, por isso mesmo, gosta sempre. Nesta formação aprende técnicas teatrais, expressão corporal, jogos dramáticos, trabalha a voz, improvisa e, no final, tudo vale a pena. Mais ainda, aliando tudo isto ao convívio com os outros formandos.

Questionado sobre o que é preciso para se ser um bom ator, Angel respondeu que é necessário trabalhar muito, algum talento também, mas sobretudo trabalhar muito. Quanto ao Teatro, o ator revela o que é necessário para que ele sobreviva de boa saúde “público, muito público”. Atualmente, o grupo do Atelier é constituído por 12 formandos e pode ser alargado até aos 20. Para quem quiser participar, as aulas realizamse às segundas-feiras a partir das 20:30h no local já indicado.

O Teatro é…

Estas foram

Vida

as palavras

Criatividade

escolhidas pelos formandos Cristiana, Miguel, Mónica, Manuela, Luciana, Helena, André, António e Ana para descrever o Teatro.

Improvisar Alegria Suspense Público Forrobodó Cultura Imaginário


Sexta Feira, 18 de Janeiro de 2013 | Edição n.º 59

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Lazer Sudoku Nível Fácil

Anedotas No hospital: o médico diz, O senhor e o dador de sangue? Ao qual o senhor responde, Não sou o da dor de cabeça!

A Loira: Porque é que a loira quando compra um pacote de leite o abre logo no supermercado? Porque no pacote está escrito “abrir aqui”.

O euro-milhões: Um homem entra em casa a correr e grita para a mulher: - Maria! Ganhei o euro-milhões! Faz as malas! - Ai que bom! Levo roupa quente ou fria? - Leva tudo! Vais para casa da tua Mãe!

Os óculos: Um homem entra na farmácia e pergunta: - Tem óculos? - Para o Sol? - Não, para mim!

Os Dinossauros: Estão dois dinossauros a comer semáforos num cruzamento e diz um para o outro: - Eh, não comas esse, que está verde!

Rubrica:

CINEMA Estreia dia 17 de Janeiro

Programação • Grande Entrevista: Agostinho Gaspar • Pontos de Vista: Adersousa Entrega contratos a empresas locais • Pontos de Vista: Convenção das freguesias Coligação Lousada Viva • Concerto de Reis pelo Conservatório Vale do Sousa • Vídeo do Natal em Lousada • Nuno Casa dos Segredos em Lousada • Jantar de Natal JS Lousada • Entrevista Presidente da Câmara Dr. Jorge Magalhães • Mudam-se os tempos… Muda o futebol • Penafiel reforça apoio solidário no concelho com 17 novas medidas • Gala Campeonato Nacional Trial 4x4 Todo o Terreno • Porto assinala 250 anos da construção da Torre dos Clérigos em 2013 Todos os dias atualizamos o seu canal, não perca tudo o que se passa no seu concelho!

Tempo

Undisputed III: Redenção - Numa das prisões mais austeras do

mundo, os pugilistas mais duros são reunidos para um torneio internacional de Artes Marciais Mistas. Os combates terão de se manter na clandestinidade e, no final, o prémio do vencedor é a liberdade e aos organizadores é garantido um milhão de dólares. Ferido no último combate e moralmente abatido pelas circunstâncias, Yuri Boyka decide entregar-se de corpo e alma aos treinos, vencer o combate e usar a liberdade para mudar a sua vida. Porém, para que isso seja possível, terá de enfrentar não apenas os seus adversários mas também algo do passado que ficou por resolver.

00:30 Hora Negra - A caça a Osama bin Laden inquietou o mundo

e dois Governos Americanos durante mais de uma década. Mas, no final, foi uma pequena e dedicada equipa de operacionais da CIA que o conseguiu localizar. Cada pormenor da missão foi preparado no mais completo segredo. Embora alguns dos detalhes tenham sido, entretanto, tornados públicos, grande parte dos aspetos mais relevantes desta operação - incluindo o papel central desempenhado pela equipa - são agora trazidos pela primeira vez para o grande ecrã de forma subtil e envolvente pela dupla criativa vencedora de três Óscares com ‘Estado de Guerra’: Kathryn Bigelow e Mark Boal.

Seis Sessões - Baseado na história verídica do jornalista e poeta

residente na Califórnia, Mark O’Brien. A história da vida de O’Brien é extremamente comovente e, ao mesmo tempo, surpreendentemente divertida. Um homem que quando ainda criança, contrai poliomielite e fica paralisado, porém já aos 38 anos, decide perder a virgindade.

Reality - É a história de Luciano, napolitano, e da sua família que

um dia o convence a concorrer ao Big Brother. E de como o perseguir de um sonho tolda a sua perceção da realidade.

Soluções do Sudoku


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As imagens podem não corresponder à promoção


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