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20 O Jornal de HOJE

Cidade

Natal, 5 de setembro de 2012

Quarta-feira

Érika Nesi erikamnesi@hotmail.com

O homenageado hoje é JOÃO ARACATY CALDAS ícone em empreendedorismo e referência familiar. Exerceu sua profissão no ramo do comércio, instalando uma Mercearia de Secos e Molhados, na esquina das Ruas General Osório com Felipe Camarão; com sacrifício, muita luta, abnegação, dedicação, honradez, honestidade, perseverança e dignidade, desempenhou ao longo de mais de quarenta anos, as suas funções com altruísmo, ajudando os familiares, amigos e pessoas que a ele pediam socorro. No seu trabalho teve o apoio da esposa dos filhos e de familiares, como: João Caldas Barreto, Francisco Guimarães (Titico), Walter Machado, Auridan Marinho, dentre outros. Estabeleceuse também na Rua João Pessoa, com a "Confeitaria e Sorveteria Vitória", na qual permaneceu até o final da década de 1960. No mês do seu centenário de nascimento, recebe hoje a homenagem dessa colunista, dos familiares e amigos.

Ícone Fashion João Aracaty Caldas

"Já faz 27 anos que ele se foi, mas os poucos momentos que eu pude estar com a família em casamentos, batizados e encontros com os netos ele compartilhava com alegria. A sua passagem pela minha vida como nora, foi marcada de muito carinho à maneira dele, sempre calado e por outro lado me agradando com as frutas que eu gostava. Lembro-me dele com saudades e ao mesmo tempo, o tenho sempre presente, pois ele partiu mas deixou à xerox dele comigo, seu filho caçula José Calda Marinho, meu marido." ( Rosalina Medeiros Caldas - nora). "Quem vê cara, não vê coração. Atrás do perfil carrancudo e sério daquele pequeno grande homem, havia um coração imenso cheio de amor à família, parentes e amigos." (Fernando Cabral de Macedo - cunhado).

"JOÃO ARACATY CALDAS nasceu no então Distrito de Upanema, Município de Areia Branca RN, no dia 07 de setembro de 1912, com centenário comemorado há dois dias. Contraiu matrimônio com ALBANIZA MARINHO CALDAS, sua companheira durante 43 (quarenta e três) anos, dessa união nasceram: LÚCIA Caldas Cosme, casada com DÚBEL Ferreira Cosme; JOÃO Marinho Caldas (in memoriam), casado com MARIA DAS GRAÇAS Silva Caldas; JOSÉ Caldas Marinho, casado com ROSALINA Medeiros Caldas; MARIA DAS GRAÇAS Caldas Costa, casada com WILTON de Carvalho Costa, e, MARIA APARECIDA Caldas Nogueira, casada com JOSÉ BONIFÁCIO da Cunha Nogueira. Faleceu em Natal-RN, no dia 01 de julho de 1985, aos 72 anos de idade, de insuficiência coronariana, deixando um grande legado de honradez, honestidade, sinceridade, seriedade, disposição de trabalho para os seus filhos, genros, noras, netos, bisnetos e familiares, e a todos que teve o prazer de ajudar e repartir o pouco que conseguia, e por isso temos a certeza de que se encontra ao lado do DEUS PAI, por tudo de bom que fez aqui na terra."(Depoimento do genro Wilton de Carvalho Costa e do sobrinho João Barreto Caldas, filho da Irmã Victória). "Papai, o senhor era um sustentáculo para todos nós, não apenas pela confiança que nos inspirava, mas, sobretudo, pelo exemplo de honestidade e bondade que serviram de alicerce na formação do nosso caráter. Sempre vigilante no ritmo que nós, seus filhos, imprimíamos nas nossas vidas, quer nos estudos, quer no mais simples passo do cotidiano. Lembro dos domingos que nós íamos para a confeitaria, após a missa da Catedral. As pessoas voltavam para suas casas e, entre elas, estava aquele que se tornaria o meu namorado, meu noivo, meu marido e pai dos nossos três filhos: Andréa Lúcia, Dúcia, Luciano e dos nossos netos, João Lucas, Maria Luísa e Melina, que o senhor não conheceu... Recordar é viver novamente os bons momentos da nossa família ao lado do senhor e de nossa inesquecível mãe, Albaniza, durante 43 anos. E, como esquecer as viagens que fizemos em sua companhia? Os casamentos dos seus filhos? Os aniversários dos netos? Dos almoços, nos dias "7 de setembro", todos os anos - data do seu aniversário? Da casa da Redinha? Lá o senhor saía para comprar o peixe do nosso almoço. Do sítio do km 6? Da distribuição de frutas aos vizinhos e amigos? Das caçadas, trazendo arribaçãs, para distribuir aos familiares? Quem, em Natal, não tomou sorvete ou picolé de Aracaty, na Confeitaria e Sorveteria Vitória? A Rua Padre Pinto, o seu berço... Saudades! Saudades! Saudades! Que Deus o tenha sob o seu amparo, meu pai."(Lúcia Caldas Cosme - filha). "Meu Querido Pai. Sinto-me feliz em poder está prestando esta homenagem no seu Centenário de Nascimento. Homem de uma estatura baixa mas de um coração grande, muito estimado pela família e amigos. Lutador, trabalhador e com a ajuda da minha querida Mãe criou e educou os seus cinco filhos, que hoje, juntamente com os familiares,

migo os dias de bonança e de infortúnio, encontrei a mulher ideal no seio da família de "seu" João Aracaty, minha querida Lúcia, esposa fiel, dedicada, em quem tive a confiança de entregar os cuidados do nosso lar e dos nossos filhos." ( Dúbel Ferreira Cosme - genro).

"Na década de quarenta, convivi com o meu tio, de quem sinto muitas saudades. Foi íntegro, honesto e muito amigo. Era apaixonado por sua inesquecível esposa Albaniza, bem maior de toda sua vida. Tio João, que Deus o abençoe e lhe dê muita paz." ( José Maurício Caldas - sobrinho). "Falar do meu tio, é voltar a um passado remoto, à minha infância e poder relembrar os bons momentos vividos no casarão da rua Padre Pinto, 770 junto a seus filhos, meus primos. Morei em Natal até os meus 13 anos, o que posso lembrar-me do meu tio, é que ele era uma pessoa séria, um comerciante com tino comercial aguçado, altamente responsável, voltado exclusivamente para a sua família. Também generoso, pois lembro que muitas vezes, eu ia à sua casa, quando ele voltava do seu sítio, para buscar frutas que ele mesmo, as separava para mim."(Luiz Carlos Caldas de Oliveira - sobrinho).

celebram o seu Centenário de Nascimento e com saudades os setenta e três anos que conosco conviveu. Com o seu temperamento forte e enérgico, lembro-me das situações, contadas por minha mãe, quando ele não a deixava sair ao comércio, por ser portador de uma ciumeira, haja vista, ela ser aproximadamente 15 anos mais nova, bonita e elegante. As noites de Natal e Ano Novo foram marcantes na nossa infância. Tínhamos que dormir à tarde para que a noite pudéssemos ficar todos os cinco filhos, sentadinhos na calçada esperando o horário da Missa de Natal e da Passagem de ano. Nos últimos anos de vida, passeou muito, sempre ia ao Rio de Janeiro, acolhido pelas irmãs Vitória e Francisca, sobrinhos (as). Foi um pai amigo, um homem de bem, mas fique certo que a Saudade que tenho do senhor jamais deixará de existir. Você sempre será meu Pai Herói. Amo-te muito." (Maria das Graças Caldas Costa). "Falar do meu Pai, João Aracaty Caldas, é falar de sua importancia para nossa família. Agradeço a Deus pelo Pai maravilhoso que designou e deu para mim, pois foi um bom homem, bom pai e amigo, bom esposo e avô, semeando com carinho esse amor e compartilhando com todos, deixando assim bons frutos. Pai tenha a certeza de que o Senhor estará sempre guiando e iluminando nossa família, especialmente, o seu neto João Aracaty Cal-

das Neto, que o Senhor não o conheceu em vida, mas ele já o conhece muito bem, pelos seus exemplos de vida presentes em todos nós, familiares e amigos. Quando celebramos o centenário do seu nascimento, unimos a Deus em prece para agradecer ao Pai nesta celebração, pelo grande chefe de família que conosco conviveu durante setenta e dois anos vividos em harmonia, união, congraçamento, cultuando pelo ensinamento paterno, as melhores formas de caminhar na vida. Obrigado Senhor. Um beijo de sua filha Aparecida, Bonifácio e filhos." "Quando Tia Lúcia me falou para escrever algo sobre os 100 anos de voinho João, a fim de ser lido na data de hoje, pensei: - os filhos irão falar de seu pai. O que será que nosso querido pai queria mencionar nesse momento? Tenho certeza que ele iria agradecer a Deus pelo bom pai que foi. Um homem que ensinou o melhor de todos os ofícios: "ser uma pessoa do bem". O senhor merece todas as homenagens transmitidas saudosamente por familiares e amigos tão queridos. Esteja em Paz, ao lado dos nossos queridos familiares."( Maria das Graças, André, Érika, João Vitor, Lucas, Ana Cláudia, Kinho, Matheus e João Neto). "Voinho João - Estas palavras que lhe dirijo neste dia, são palavras não somente de saudade, mas também de amor e de reconheci-

mento pelo muito que o senhor fez pela nossa família. Lembro-me, da praia da Redinha, quando o senhor saía bem cedo, no horário que os pescadores estavam esperando a rede da pescaria... E, ali, o senhor escolhia uns peixes para levar para casa. Eu ficava ao seu lado olhando tudo e admirando. Voinho estou aqui, neste momento, cheia de emoção e saudade, para lhe prestar esta homenagem, em meu nome e em nome de todos os seus netos e bisnetos. Saudades! Saudades! Saudades! Esta é a palavra que enche o coração e a mente de seus netos e bisnetos na comemoração dos cem anos do seu nascimento. Um beijo carinhoso e cheio de saudade de sua DEINHA" "Querido Voinho João- Como poderei homenageá-lo se nem ao menos tive a alegria de conhecê-lo em vida? É muito simples, basta olhar nos olhos de nossos familiares e amigos, enquanto pronunciam seu nome, para perceber o quanto o Senhor foi importante e presente para cada um, desta grande família Caldas, sendo merecedor de todas as homenagens e honrarias aqui prestadas, quando celebramos o seu centenário de nascimento. Hoje é o seu centenário e eu gostaria que o Senhor sentisse algo especial, assim como eu estou sentindo, uma alegria e felicidade incomum, por fazer parte desta bela família." (João Aracaty Caldas Neto).

"Voinho, quando me encontro com pessoas mais velhas que tiveram oportunidade de conviver com o Senhor, sempre lembram da Sorveteria do grande ponto...embora o Senhor tenha sido uma pessoa reservada, não poderíamos deixar de lembrar das visitas na casa da Padre Pinto, onde ficávamos sentados na calçada conversando e observando os carros passarem; nos almoços de domingo em família, em baixo do pé de sapoti, nas recepções das chegadas de viagens com lembrancinhas. MOMENTOS INESQUECÍVEIS!!!! Mas a maior evidência que temos dos seus ensinamentos, é a união familiar presente até hoje, com a REUNIÃO DOS PRIMOS; são momentos maravilhosos e esta herança não tem preço... Saudades dos seus netos(a): José Caldas Marinho Segundo, Cassiano Medeiros Caldas e Juliana M Caldas de Araujo”. "Neste momento de saudade curvo-me ao dever de prestar minha homenagem a um grande homem: João Aracaty Caldas. Alguém poderá dizer que esta afirmação é fruto da amizade, dos vínculos que unem genro e sogro. Trabalhador incansável, construiu um patrimônio que deu estabilidade à família, dentro de um padrão de vida razoável, educando e formando todos os filhos. Pai de família cuidadoso na orientação dada na administração do seu lar. "Garimpando" no rebuliço desta cidade de Natal, à procura de uma companheira para compartilhar co-

"Pura sensação de prazer recordo de minha infância em Natal, quando ficávamos hospedados na casa de tio João. Em seu jipe que ia chacoalhando pela estrada a fora, o tio levava toda a criançada ao sitio. Lá subíamos nas árvores, corríamos pelo terreno, saltávamos os córregos, examinávamos os animais, tudo sob seu olhar atento, que queria parecer severo, mas que revelava ternura por toda a meninada ao seu redor, disputando para ajudá-lo a carregar os latões de leite e os sacos de frutas de volta ao jipe. Bela figura de homem foi meu tio: pai sério que mal escondia o pai amantíssimo que sempre foi." (Beatriz Caldas - Sobrinha). "Doces são as recordações que tenho de tio João. Cercado pela criançada na praia da Redinha, lembro sempre da brincadeira que fazia comigo apertando meu calcanhar. Ria comigo como se fosse também uma criança. Mais tarde, quando já estávamos morando no Rio de Janeiro, lembro sempre das vezes em que íamos ao teatro. Ele se divertia muito. Era assim o meu tio: por um lado uma aparência séria de um pai de família extremado, por outro lado, um coração de menino, alegre e buliçoso. Espero que as minhas lembranças sirvam para homenagear o pai e tio maravilhoso que deixou muitas saudades."(Maria Iracema Caldas - Sobrinha). "Do meu Amigo e freguês João Aracaty, comerciante na Rua João Pessoa, bairro da Cidade Alta, e eu na Rua Frei Miguelinho, no bairro da Ribeira, lembro muito das conversas em frente ao seu ponto comercial, ao final do expediente, onde tínhamos a presença do seu Gerente Epitácio, Raimundo Chaves e outros. Recordo-me um domingo em que sua esposa Albaniza estava presente, sentada em uma cadeira, seus filhos pequenos brincavam na calçada, corriam entrando e saindo de sua Confeitaria: João olhou para Albaniza e disse: "o que você vai querer mais, além dos cinco filhos bonitos que lhe dei? Ela deu uma boa risada e nada disse."(Mário Lima- amigo).


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