JORNAL DA REGIÃO 25 ANOS

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32 | JORNAL DA REGIÃO, 25 ANOS | OUTUBRO DE 2011 Cidade surgiu com o nome de Arraial da Samambaia

Carmo: Cidade Bela Até o século XIX, as atuais terras compreendidas nos limites do município de Carmo eram caracterizadas pela presença marcante da Mata Atlântica original e pertenciam a uma sesmaria existente no município de Cantagalo. Por volta de 1832, iniciou-se o povoamento da região através de colonos vindos do Norte fluminense, subindo o Rio Paraíba do Sul, dentro do contexto do ciclo econômico do café. Foi então promovida a derrubada da floresta no local, construindo ali a primeira igreja matriz em homenagem a Nossa Senhora do Carmo, surgindo, assim, o Arraial de Samambaia, que, depois, veio a se chamar Arraial de Cantagalo. Iniciava-se a história da igreja de Nossa Senhora do Carmo, citando as datas de 26, 27,28 e 29 de maio de 1832, quando os primeiros colonos realizaram um roçado e uma derrubada, preparando o local para edificação da capela do Arraial de nossa Senhora do Carmo, no morro da Samambaia. Nascia, ali, o núcleo central do que seria, mais tarde, a Cidade de Carmo Com o desenvolvimento de toda a região, o pequeno arraial tornou-se a Freguesia de Nossa Senhora do Monte do Carmo, ganhando o nome de Vila do Carmo de Cantagalo. Em 16 de agosto de 1877, é inaugurada a nova matriz da vila, cujos trabalhos de construção tinham se iniciado em 16 de julho de 1863, mas só foram concluídos em 1876. A emancipação política da vila só ocorreu em 1881 e, finalmente, Carmo torna-se cidade no ano de 1889. Em 1921, a Light obtém uma concessão para explorar o potencial hidráulico do Rio Paraíba do Sul, na Ilha dos Pombos. A sua população atual é calculada em 17.434 habitantes pelo IBGE, dos quais 72,3% vivem na área urbana, sendo que, de acordo com informações da Prefeitura, o município tinha 15.689 pessoas, em 2004, apresentando uma taxa de crescimento de cerca de 0,58% ao ano.

Os prefeitos do município Luís Carlos

Luís Carlos

Prefeito de Carmo, Carlos Emanuel Memel (E), ao lado do ex-prefeito Sérgio Soares

A praça de Carmo foi recentemente pavimentada, ficando ainda mais bonita

O município de Carmo teve como prefeito, no período de 1985 a 1988, Esperidião Calil. A partir dos anos 90, os primos José Carlos Soares e Sérgio Soares começaram a ter uma participação na política carmense, ora ocupando o cargo de prefeito, ora como vice-prefeito, e até na oposição. De 1989 a 1992, assumiu a Prefeitura o contador e professor José Carlos Soares. Em 1992, Sérgio Soares venceu o pleito municipal para assumir o mandato de 1993 a 1996. Mas a oposição carmense na eleição de 1996 venceu o pleito

municipal. Odir Gonçalves Ribeiro é eleito prefeito do município de Carmo para administrar a cidade de 1997 a 2000, ano em que foi reeleito para o período de 2001 a 2004. Nas eleições municipais de 2004, o ex-prefeito José Carlos Soares, tendo como companheiro de chapa o também ex-prefeito Sérgio Soares, é eleito para administrar a Cidade Bela de 2005 a 2008, quando o médico Carlos Emanuel Ferreira Braz, o Memel, é eleito prefeito e assume o mandato em 2009. O mandato termina em 2012.

Egberto Gismonti: um músico de Carmo que é sucesso no mundo inteiro Ele é um dos maiores nomes em termos de música do País, principalmente por conseguir unir o erudito com o popular em seu trabalho. Trata-se de Egberto Gismonti. Natural do município de Carmo, com influência de músicos em sua família, Egberto Gismonti iniciou seus estudos de piano aos seis anos de idade. Sua carreira artística teve início na década de 1960, quando participou de festivais, destacandose neles. Ao longo de sua carreira, lançou vários discos como produtor, compositor, músico e participou de discos de outros artistas, como Maysa, Wanderléa, Johnny Alf, Naná Vasconcelos, Edu Lobo, Elba Ramalho, Paula Toller (vocalista do Kid Abelha), entre outros.

É também autor de várias trilhas sonoras de peças teatrais e filmes, como o recente Chico Xavier, outro sucesso do cinema nacional. Egberto faz parte de um grupo de músicos que o Brasil possui e que não deve nada aos músicos estrangeiros. E não é um Blog simples de música que diz isso, mas toda sua carreira, seu currículo, seu trabalho, a admiração que ele possui como referência para muitos colegas. Egberto Gismonti, nos anos 80, recomprou todo o seu repertório de composições e tornouse um dos únicos compositores do país donos de seu próprio acervo. Ele relançou parte de sua discografia pelo seu próprio selo: Carmo.

Divulgação


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