Jornal Brasília Capital 600

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vezes Brasília Capital

DIVULGAÇÃ0 www.bsbcapital.com.br DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Brasília, 7 a 13 de janeiro de 2023 Ano XIII - número 600
Esta primeira edição do ano é o número 600 do jornal,
13 anos em 2023. Uma vitória que dedicamos a Brasília e aos nossos leitores. Página 5 VALEU, PELÉ! SOBE, LULA! A Esplanada é do povo TÂNIA REGO/AGÊNCIA BRASIL Comerciantes cobram estacionamentos no centro de Taguatinga Página 6 Pelaí – Paginas 2 e 3 Pagina 12 ANTÔNIO SABINO
que completa

Expediente

Diretor de Redação Orlando Pontes ojpontes@gmail.com

Diretor Comercial Júlio Pontes comercial.bsbcapital@gmail.com (61) 98406-7869

Redatora Diva Araújo edivaraujo@gmail.com

Diretor de Arte Giza Dairell redação.bsbcapital@gmail.com

Tiragem 10.000 exemplares.

Distribuição: Plano Piloto (sede dos poderes Legislativo e Executivo, empresas estatais e privadas), Cruzeiro, Sudoeste, Octogonal, Taguatinga, Ceilândia, Samambaia, Riacho Fundo, Vicente Pires, Águas Claras, Sobradinho, SIA, Núcleo Bandeirante, Candangolândia, Lago Oeste, Colorado/ Taquari, Gama, Santa Maria, Alexânia / Olhos D’Água (GO), Abadiânia (GO), Águas lindas (GO), Valparaíso (GO), Jardim Ingá (GO), Luziânia (GO), Itajubá (MG), Piranguinho (MG), Piranguçu (MG), Wenceslau Braz (MG), Delfim Moreira (MG), Marmelópolis (MG), Pedralva (MG), São José do Alegre, Brazópolis (MG), Maria da Fé (MG) e Pouso Alegre (MG).

Os textos assinados são de responsabilidade dos autores

Mudanças na Sefaz – Uma mudança no sistema de emissão de notas fiscais da Secretaria de Fazenda causou confusão no início do ano. A partir de 1º de janeiro, os usuários inscritos no CF/DF que emitiam NFA no antigo Senfa devem passar a usar o novo sistema gratuito no site https://df.issnetonline.com.br/online.

Respeito e profissionalismo

O relacionamento respeitoso e profissional com os veículos e profissionais da imprensa volta a ser uma prática no governo federal. Foi o que deixou claro o novo titular da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, ao assumir o cargo, terça-feira (3), em concorrida cerimônia no Palácio do Planalto. A Secom-PR foi desmembrada da pasta das Comunicações e passa a ter status de ministério.

Em seu discurso, o ministro prometeu recuperar a função social da comunicação no governo federal, respeitando todas as plataformas, incluindo os jornais comunitários. “Não haverá muros nem cercadinhos. Será um governo de inclusão e pleno acesso às informações e combate permanente às fake news”, comprometeu-se Pimenta.

Festa da posse

Mais de 300 mil brasileiros de todas as partes do País foram à Esplanada dos Ministérios, domingo (1º), para a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A festa, em clima totalmente pacífico e alegre, nem de longe lembrava o clima de terror espalhado por simpatizantes do governo anterior, inclusive com ameaças de atos de terrorismo.

Maquiador na carona?

Agustin Fernandez (à esquerda, agarradinho a Jair Bolsonaro) é o maquiador da ex-primeira-dama Michelle. A foto, publicada no Instagram dele, foi feita em Miami, para onde o casal viajou antes mesmo do encerramento do mandato do ex-presidente. A pergunta é: Ele viajou no avião presidencial? Com a palavra a FAB. O detalhe é Bolsonaro com a camisa do Flamengo fazendo merchandising do BRB.

Lula subiu a rampa acompanhado por representantes do povo, uma demonstração de como será seu governo: diverso e inclusivo. O ato foi testemunhado por mais de 30 mil pessoas presentes na Praça dos Três Poderes.

A festa da diversidade foi animada por grandes nomes da música popular brasileira.

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Presidente do PT-DF, Jacy Afonso; editor do Brasília Capital, Orlando Pontes; ministro Paulo Pimenta e o colunista Chico Sant’Anna: espaço para o jornalismo comunitário USE O QR CODE E LEIA A ÍNTEGRA DO DISCURSO DO MINISTRO PAULO PIMENTA
REPRODUÇÃO/ INTERNET

Wellington Luiz é o novo presidente da CLDF

Os 24 deputados distritais elegeram, na noite de domingo (1º), a nova Mesa Diretora da Câmara Legislativa para o biênio (2023/2024. Wellington Luiz (MDB - foto) foi escolhido por unanimidade para a presidência da Casa. A sessão foi presidida pelo deputado Iolando (MDB), por ter sido o primeiro-secretário da 8º Legislatura, conforme determina o regimento interno (art. 7º; § 1º).

Candidato único à presidência pelo Bloco CLDF Unida, Wellington Luiz (MDB) assumiu a presidência da reunião para dar sequência à eleição dos demais membros da Mesa. Ricardo Vale (PT) foi eleito vice-presidente da CLDF. Chico Vigilante (PT) destacou o fato de todas as votações terem sido concluídas por unanimidade, demonstrando a união dos parlamentares.

A deputada Paula Belmonte (Cidadania) e Fabio Félix (Psol) registraram a importância de a CLDF ter independência e voz para a oposição”. Além do presidente e do vice, a eleição define os parlamentares que ocupam os cargos de primeiro, segundo e terceiro-secretários, seus suplentes, além do ouvidor e do corregedor.

Inacreditável

Até o jornalista Alexandre Garcia (ex-Globo), direitista convicto, se indignou com a incredulidade de bolsonaristas radicais. Na segunda (2), ele gravou um vídeo lamentando a postura de seguidores do ex-presidente que diziam ser a posse de Lula “um teatro”. Alguns chegaram a afirmar que Bolsonaro – que já havia fugido para os Estados Unidos – reassumiria o cargo, e quem estava mandando no Brasil era o general Heleno, mesmo depois de Lula subir a rampa do Planalto. Garcia seguiu a linha do militante Joaquin Raiz, que fez o post ao lado em suas redes sociais.

Confira a nova composição da CLDF: Presidente – Wellington Luiz (MDB); Vice-presidente – Ricardo Vale (PT); 1º secretário – Pastor Daniel de Castro (PP) e suplente Pedro Paulo Pepa (PP); 2º secretário – Roosevelt Vilela (PL) e suplente Doutora Jane (Agir); 3º secretário – Martins Machado (Republicanos) e suplente Eduardo Pedrosa (União); Corregedor – Joaquim Roriz Neto (PL); Ouvidor – Jorge Vianna (PSD); Procuradoria Especial da Mulher –Doutora Jane (Agir); Procuradoria Especial de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa –Chico Vigilante (PT).

INFORME

Denúncias de assédio marcam início de ano no BB

Funcionários que atuam como gerentes gerais (GG) no Banco do Brasil denunciam forte assédio e pressão para atingir metas. Os relatos dão conta de cobranças desmedidas com vários áudios ao longo do dia e entrega de planilhas do que foi produzido. A pressão se acentua quando o expediente está próximo de acabar.

Os bancários pontuam que o banco possui tecnologia para acompanhar todo o processo on-line. Assim, a exigência de produzir uma planilha, além do sistema usual, é avaliada pelos funcionários como “um instrumento de tortura” e para produzir provas contra o gestor a respeito de sua capacidade. Alguns gerentes não repassam as exigências para os subordinados, mas muitos acabam repassando a cobrança, que se estende para escriturários.

Após o fechamento de muitas agências, a realidade de bancários e bancárias é de sobrecarga de trabalho, pressão para fechar negócios durante o atendimento e oferta por telefone, além do presencial. Há relatos de funcionários que mal têm tempo de ir ao banheiro.

A cobrança abusiva também foi identificada nos Escritórios Digitais. Gera indignação nos trabalhadores as cobranças que chegam várias vezes ao dia por meio de mensagens via WhatsApp e pelo aplicativo Teams, além de reuniões. Há a exigência de contatos mínimos por carteira para a oferta de produtos, seguindo planilhas desatualizadas e que não geram negócios, além de pronta resposta aos atendimentos demandados pelos clientes.

O clima é de incerteza quanto ao futuro e de mal-estar generalizado no final de ano e para a entrega do semestre passado. O coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga, alertou que “a gestão pelo assédio”, com base em metas abusivas e inatingíveis, impacta a saúde de todos os bancários, não só dos gerentes gerais.

“Todos acabam sendo subme -

tidos às mesmas pressões. A nova direção do BB precisa apurar a razão de terem acontecido esse tipo de cobrança, várias vezes ao dia, e por quê essa obrigação de uma planilha, além dos mecanismos de acompanhamento de funções que já existem na empresa”, afirmou.

PLR e PDG – Outro tema que gera preocupação é o recebimento integral da PLR e do PDG. A parcela variável da PLR está vinculada ao cumprimento do ATB. Para receber o valor integral da PLR, a dependência do funcionário deve alcançar 100% do esperado, e com a sobrecarga de trabalho e cobrança torna-se quase uma “missão impossível”. Com relação ao PDG, várias mudanças nas regras foram observadas nos últimos tempos, que implicam a não contemplação de diversos trabalhadores.

“Nos últimos quatro anos, temos sofrido com o encolhimento do banco. No período, foram fechadas mais de 1.500 agências e reduzido em mais de 10.500 o número de funcionários. Já as metas continuam subindo. Por isso, defendemos a volta do fortalecimento do BB como um banco público, alinhado com o desenvolvimento do país e presente nas regiões onde os bancos privados não querem atuar, que são as pequenas cidades e periferias”, completa Fukunaga.

Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasília Capital

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USE O QR CODE E LEIA A MATÉRIA COMPLETA PAULO H. CARVALHO / AGÊNCIA BRASÍLIA

Desigualdade

Vinte e duas vezes. Este foi o número de vezes que o presidente Lula citou o termo desigualdade em seu discurso no parlatório do Palácio do Planalto. Mais que citações sobre pobreza, miséria ou fome, outros termos por ele sempre destacados. E com toda propriedade, pois, como ele mesmo disse, “a fome é filha da desigualdade”.

Em seu primeiro pronunciamento do dia, no Congresso Nacional, Lula citou apenas duas vezes a palavra desigualdade, centrando o discurso na denúncia de desmonte das políticas públicas promovido por Bolsonaro; lembrando seu compromisso em 2003, como presidente oriundo da classe trabalhadora, de acabar com a fome; de fechar as portas para saciar a estupidez dos rentistas e de acionistas privados nas estatais e revogar a “estupidez chamada teto de gastos”.

Já em seu segundo discurso, para o povo reunido na Praça dos Três Poderes,

falou em desigualdade em suas várias dimensões: de gênero, racial, no acesso à educação, à saúde, ao mercado de trabalho digno, à renda e à riqueza. Implícito estava em seu discurso superar a desigualdade no acesso à terra, à habitação decente, na escala espacial e outras dimensões, Lula disse que “é inadmissível que os 5% mais ricos deste país detenham a mesma fatia de renda que os demais 95%” e que seis bilionários brasileiros tenham uma riqueza equivalente ao patrimônio dos 100 milhões mais pobres”. E colocou o dedo na ferida ao lembrar “as filas na porta dos açougues em busca de ossos e as filas de espera para compra de automóveis importados e jatinhos particulares”.

Sim, a fome é filha da desigualdade! E concluiu Lula: “Foi para combater a desigualdade e suas sequelas que nós vencemos a eleição. E esta será a grande marca de nosso governo”.

O Brasil está no “top five” dos países mais desiguais do planeta. A desigualdade refluiu no país entre 2003 e 2014, mas voltou a crescer a partir de 2015, com o agravamento da crise econômica no início do segundo governo Dilma.

A expansão desmedida da desone-

ração fiscal precipitou a recessão de 2015/16, gerando o fim do aumento real do salário-mínimo) e a queda da receita (advindo a redução da proteção social, como o congelamento do Bolsa Família e a redução do salário desemprego).

Em cascata vieram o aumento da inflação e do desemprego e a queda dos salários, levando ao fim do ciclo de desconcentração da renda e da riqueza. Mas a desigualdade explodiu mesmo após o golpe de maio de 2016, nos 2 anos e 8 meses de desgoverno Temer e nos 4 anos do desgoverno Bolsonaro.

Antevendo o que estava para acontecer no país, o Conselho Federal de Economia (Cofecon) e a Oxfam lançaram, em 2016, a “Campanha pela Redução da Desigualdade Social no Brasil” e instituíram o “Fórum Nacional pela Redução da Desigualdade Social”, aglutinando mais de 30 instituições.

E, entendendo que a extrema desigualdade na distribuição da renda e da riqueza, exemplificada por Lula, é a parteira de todas as demais, propôs como primeiro e principal eixo da campanha a implantação de um novo modelo tributário, assentado na progressi-

Ecos da Posse

J. B. Pontes (*)

Primeiramente, devemos ser gratos a Bolsonaro por ter fugido para não participar de uma festa cívica emocionante e repleta de esperanças. Sua desagradável presença apequenaria a solenidade. Sua ausência permitiu que a passagem (ou entrega) da faixa presidencial fosse carregada de grande simbolismo: foi entregue ao novo presidente por representantes da sociedade, a demonstrar a diversidade que forma a Nação brasileira e, ainda, que todo poder emana do povo, como afirma a Constituição Federal.

Também significativa foi a atitude do presidente Lula de não aceitar a recomendação da segurança para desfilar em carro blindado no trajeto da Catedral até o Congresso Nacional.

Corajosamente ele, seu vice Geraldo Alckmin e respectivas esposas, decidiram fazer o trajeto em carro aberto, demonstrando que não podemos ficar cerceados nos nossos direitos pelas ameaças de uma minoria de bolsonaristas radicais.

É preciso pontuar que eles – os bolsonaristas radicais – não somam os 49% de votos concedidos a Bolsonaro, como afirmam alguns. A maioria das pessoas que votaram nele não são bolsonaristas e muito menos compactuam com a violência e com o terrorismo. Muitos votaram pelo intenso assédio eleitoral – pressão – exercido por seus empregadores, sob ameaça de perda dos empregos. Relembre-se que alguns empresários foram os mais beneficiados por Bolsonaro, que governou para os ricos.

Outros tantos foram comprados pelo poder econômico ou iludidos pelos “pacotes de bondades” de última hora, quando Bolsonaro afinal descobriu que precisava do voto dos

pobres para permanecer no poder, o seu único objetivo.

Sem dúvida ele teve o apoio dos militares e das polícias, grupos que ele sempre procurou agradar, na expectativa de que teria o apoio deles para a concretização de seu projeto de poder totalitário. Chegou até a tentar ampliar as hipóteses legais de legítima defesa, para conceder a excludente de ilicitude – licença para matar – aos policiais.

Em seus discursos, Lula falou corretamente de um dos maiores problemas da sociedade brasileira: as desigualdades sociais. Mas nada falou sobre outro grande problema nosso: a corrupção. No discurso de posse no Palácio do Planalto, ele foi enfático ao condenar as desigualdades sociais e se comprometeu a combatê-las com todo empenho. Declarou que a felicidade de uma Nação não pode ser construída sobre a miséria de muitos.

Afirmou que os que cometeram crimes durante o governo passado terão que ser julgados, com ampla

vidade (os mais ricos pagam mais), pois reforma tributária que apenas simplifique a estrutura, nada resolve.

Lembremos que somente as empresas com ações na Bolsa de SP distribuíram, em 2022, R$ 604,6 bilhões em dividendos para seus acionistas, que pagarão ZERO de imposto de renda sobre esses ganhos. Se fosse tributado em apenas 20%, o Estado arrecadaria R$ 121 bilhões. Em suma, ou se coloca o dedo na ferida ou ficaremos na mesma.

DESIGUALDADE EM ESCALA ESPACIAL – A desigualdade entre núcleo e periferia é, na Região Metropolitana de Brasília”, de longe, a maior entre as 15 principais metrópoles brasileiras. Para reverter esse quadro, urge apresentar e aprovar uma PEC que minimamente compartilhe os R$ 23 bilhões do Fundo Constitucional do DF com o 1,3 milhão de cidadãos dos 12 municípios metropolitanos. Retorno aqui a proposta apresentada em artigo anterior: 10% do FCDF para uma região 100% carente”.

(*) Doutor em Desenvolvimento Econômico Sustentável, ex-presidente da Codeplan e do Conselho Federal de Economia

liberdade de defesa e, se considerados culpados, terão que ser punidos com o rigor da lei, momento em que o público presente gritou efusivamente: “Sem anistia!”.

De fato, não deveremos cometer os equívocos do passado, quando, no final da ditadura militar, deixamos de apurar e punir os crimes cometidos por militares. Se tivéssemos tido a coragem de julgar e punir os culpados, a demonstrar de que numa democracia a lei é para todos, seguramente não estaríamos até hoje sob ameaças de golpes.

Desejamos que o novo governo, apesar das dificuldades apontadas em artigo anterior, consiga alcançar os objetivos planejados, sempre procurando o bem-estar e a união do povo brasileiro. Como afirmou Lula em seu discurso, somos uma única Nação.

(*) Geólogo, advogado e escritor

Brasília Capital n Opinião 4 n Brasília, 7 a 13 de janeiro de 2023 - bsbcapital.com.br
Júlio Miragaya (*) DIVULGAÇÃO

vezes Brasília Capital

Com circulação ininterrupta há 13 anos, tiragem de 10.000 exemplares e distribuição regular em mais de 1.300 pontos fixos no Plano Piloto e em outras Regiões Administrativas (RAs) do DF e cidades do Entorno, o Brasília Capital chega, na

presente edição, ao número 600. O semanário, que é entregue em comércios, clínicas, órgãos públicos locais e federais, sindicatos e entidades de classe tornou-se uma referência no mercado editorial da capital da República. Além do impresso,

o Brasília Capital tem, também, um portal de notícias na internet, atualizado diariamente com matérias e colunas exclusivas de colaboradores e de entidades parceiras.

Esta edição histórica do jornal é dedicada aos seus leitores e a Brasília.

Um jornal necessário

Da alegria à frustração

Retirada de tapumes da obra do túnel de Taguatinga decepciona comerciantes pela falta de estacionamentos

A retirada dos tapumes da obra do túnel de Taguatinga, no início da semana, causou um misto de alegria e frustração aos empresários e clientes dos estabelecimentos de comércio e serviços do centro da cidade. A perspectiva de retomada da circulação de carros e pedestres após dois anos e meio de interdição trouxe um sentimento de alívio. Porém, a constatação de que a Avenida Central perdeu mais de 150 vagas de estacionamento decepcionou a todos.

“Isto aqui será apenas uma passagem para os motoristas que acessarão a EPTG (Estrada Parque Taguatinga-Guará)”, reclama o empresário Sérgio Domingos. Ele aluga lojas para um açougue e duas farmácias na quadra C-8 e os clientes estão com dificuldades de honrar os contratos devido à queda nas vendas.

Para cobrar a revisão do projeto, Domingos está organizando um abaixo-assinado a ser entregue ao Governo do Distrito Federal. Um dos signatários do documento, que já reúne mais de 300 assinaturas de comerciantes, funcionários, clientes, moradores e visitantes, é o dono da Lanchonete do Júlio, que funciona há 50 anos na C-8.

“O governo faz o que quer e não pergunta nada a ninguém. Nunca fo-

mos consultados sobre o que nós achávamos desse projeto. Eles fazem e pronto. E ninguém gostou. Aqui, ninguém é a favor. O GDF precisa rever essa ideia de transformar estacionamentos em canteiros de flo-

res. Isto prejudica a todos nós, que sofremos prejuízos há mais de dois anos e, pelo jeito, a situação não vai melhorar”, protesta Júlio Leonardo Moreira (foto), filho do fundador da tradicional lanchonete.

OBRA ATRASADA – Além da falta de estacionamentos, os comerciantes e transeuntes reclamam do atraso na entrega da obra, iniciada em julho de 2020, com previsão de 24 meses para conclusão. Mas a inauguração já sofreu vários adiamentos – de julho para outubro e em seguida para dezembro do ano passado.

O que diz o GDF

A Secretaria de Obras e Infraestrutura admite que não há previsão para entrega do túnel. Alega falta de equipamentos e insumos no mercado nacional da construção civil. Mas garante que o túnel facilitará o trânsito de mais de 137 mil veículos que passam diariamente pelo centro de Taguatinga, reduzindo o tempo de viagem em cerca de 25 minutos, possibilitando aos motoristas que seguem de Ceilândia pela Avenida Elmo Serejo (Via Estádio), no sentido Plano Piloto, mergulhem pelo túnel e saiam pouco antes do viaduto de acesso à EPTG, fazendo o mesmo no sentido oposto. Quanto à eliminação de estacionamentos para a implantação de um calçadão com canteiros de flores, a Secretaria de Obras informou que os tapumes foram retirados para minimizar o impacto das obras no trânsito e os estacionamentos e calçadas serão revitalizados. “As obras estão em andamento e os tapumes foram retirados para minimizar o impacto das obras no trânsito. A Av. Central se transformará em um boulevard com foco nas pessoas e comércio da região. Além dos estacionamentos, as calçadas serão revitalizadas e uma ciclovia implantada”.

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Passagem: estacionamento, comércio da Avenida Central fica deserto. Via agora é só acesso à EPTG FOTOS: ANTÔNIO SABINO

Ano novo, vida com saúde!

Existe uma máxima que escutamos a cada virada do calendário: ano novo, vida nova. A frase expressa uma necessidade emocional de superar as dificuldades e curar as cicatrizes dos eventos negativos enfrentados em tempos recentes. E é de fato um bom mote para começar este ano. Ainda mais depois dos momentos tensos e tristes que passamos durante a pior fase da pandemia da covid-19.

Um levantamento feito pela Universidade de São Paulo, em 2021, mostrou que o Brasil, em geral retratado como país tropical, do carnaval e do futebol, tinha uma população com 63% das pessoas acometidas por ansiedade e 59% afetadas pela depressão. Esse quadro foi agravado pela covid-19. No ano passado, a Organização Mundial da Saúde apontou o Brasil como o país mais ansioso do mundo, com mais de 19 milhões sofrendo desse mal.

O mundo inteiro enfrenta um quadro de desassistência à saúde mental. Dados da OMS apontam, por exemplo, que 71% das pessoas com psicose no planeta não acessam serviços de saúde mensal – situação pior nos países de baixa renda, onde apenas 12% com essa condição recebem os cuidados devidos.

Nos casos de ansiedade e depressão, a situação é ainda pior. E quando a condição é levada a sério – pois na maioria das vezes, não se dá a atenção devida ao quadro – as pessoas com esses problemas enfrentam a estigmatização, discriminação e acabam por sofrer abusos, ou bullying, por apresentar essa condição.

Não tratadas devidamente, essas condições levam o paciente a um quadro de sofrimento continuado e de degradação gradual de sua saúde, inclusive no aspecto físico. É muito comum chegarem aos

consultórios médicos (não psiquiátricos) pacientes em busca de solução para sintomas que têm seu gatilho em problemas de fundo psicoafetivo. Muitas vezes sequer desconfiam de sua condição ou não querem reconhecê-la.

Tomando o caso do Distrito Federal, é extremamente necessário ampliar o atendimento à saúde mental da população – tanto pela adequação dos espaços de atendimento quanto pela complementação do quadro de profissionais de saúde e serviço social e pela disseminação de informação sobre os transtornos psicoafetivos.

Da mesma forma, é imprescindível que as pessoas se informem, saibam reconhecer em si mesmas e naqueles que os cercam os sinais de depressão, ansiedade ou de outros transtornos que, acredite, trazem prejuízos à vida pessoal, profissional, econômica e à rede de relacionamentos que a cercam.

Dê a si mesmo e às pessoas próximas a atenção e o cuidado devidos. Atenção à saúde física e à saúde mental e afetiva. Se algo não está bem, procure ou indique um serviço de assistência adequado. É um passo fácil e decisivo para ter vida nova neste ano novo.

** Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha

Dr. Gutemberg Fialho Médico e advogado Presidente da Federação Nacional dos Médicos e do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal
INFORME
editorial do jornal Brasília Capital
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Brasília

Acompanhe também na Internet o blog Brasília, por Chico Sant’Anna, em https://chicosantanna.wordpress.com Contatos: blogdochicosantanna@gmail.com

O déjà-vu de Ibaneis

Ano novo e novos governos assumem as extremidades do Eixo Monumental. A Leste, no Palácio do Planalto, gente nova, expectativas de mudanças em relação ao governo que se foi e de uma administração mais próxima às necessidades populares. A Oeste, no Buriti, a sensação é de déjà-vu, mais do mesmo. Um segundo tempo com o time, praticamente, igual. Principalmente, no que se refere às secretarias que possuem maior interface com a população: Saúde, Educação, Mobilidade Urbana, nas quais o governador Ibaneis Rocha (MDB) manteve os mesmos gestores.

“Apesar de ter sido eleito no primeiro turno, isso não significa que os brasilienses estavam satisfeitos com o desempenho de seu governo. Na verdade, a população deu uma chance pra mudar as áreas mais sensíveis. Mas o GDF não dá respostas convincentes para as pessoas que morrem nas filas do Cras, em busca do Bolsa Família, a espera de um tratamento de Saúde ou vaga para seus filhos estudarem. Quem mais sofre com isso são mulheres, que pernoitam ao relento, mendigando o que é de direito para si e para seus filhos” – avalia a professora Fátima Sousa (Psol).

Sentimento semelhante tem Adriana Modesto, PhD em transportes e mestre em Ciências da Saúde. Para o que chama de “2º Tempo” da gestão Ibaneis, ela reitera a necessidade de se tirar do papel os objetivos prioritários previstos na Lei Orgânica do DF.

“No âmbito da mobilidade urbana, são necessários o diálogo, a concepção e a implementação de políticas urbanas (planejamento urbano, planejamento de transporte e de circulação) atentas às demandas da população do DF, cuja diversidade, perfis e realidades é tão bem exemplificado na mostra de pessoas que subiram a rampa do Planalto na posse do presidente Lula”.

Para desempacar o metrô e o VLT

Porém, no campo da mobilidade Ibaneis buscará materializar as propostas que empacaram no “1º tempo”. Privatizar será a palavra de ordem no metrô, na implantação do VLT e até na gestão paga de mais de cem mil vagas de estacionamento no Plano Piloto e adjacências, setores que geram imensas cobiças.

A privatização do metrô, em análise no Tribunal de Contas do DF, prevê o repasse de R$ 13 bilhões dos cofres públicos (a valores de 2019), durante 30 anos, à empresa escolhida. O TCDF identificou sobrepreço na proposta superior a R$ 1,4 bilhão. Detalhe: não é prevista a ampliação da atual rede.

Segundo a Corte, o edital pode direcionar a escolha da vencedora. Analistas arriscam a dizer que será a empresa de ônibus Urbi, do consórcio goiano HP-Ita, em parceria com a Companhia do Metropolitano de São Paulo. Ela já opera a Bacia 3 do transporte em ônibus no DF e foi a responsável por elaborar o projeto

de negócio utilizado pelo GDF.

A implantação do VLT, orçado em R$ 10 bilhões a serem pagos pelo GDF em dez anos, também esbarra no TCDF e no Iphan, que vetou o uso de redes aéreas de cabos para energizar os bondes. O projeto do VLT foi elaborado por outra concessionária de ônibus, Viação Piracicabana, do clã Constantino. Para tocar esses três projetos, as “meninas dos olhos de Ibaneis”, foi mantida a mesma equipe da Semob.

ÔNIBUS – Além desses, há a licitação do transporte coletivo em ônibus. O novo presidente da Comissão de Mobilidade da Câmara Legislativa, Max Maxuel (Psol), analisa que a permanência de Valter Casimiro na Semob é a continuidade dos projetos que estão sendo tocados. Diplomaticamente, diz que pretende chamar para o diálogo “sobretudo, apontar as nossas colaborações para a melhoria das políticas públicas e dos projetos nos quais os dois tocam nas suas respectivas pastas”.

Tudo igual na área urbanística

A situação na área urbanística é semelhante. Depois de re-alterar a Lei de Uso de Ocupação do Solo (Luos) – alterada no fim do governo Rollemberg e sancionada pelo próprio Ibaneis –, trazendo um texto que, segundo analistas, é o fruto do desejo da indústria da construção civil e da especulação imobiliária, Ibaneis agora foca o Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCUB).

O texto, que deveria definir como o projeto de Lucio Costa será preservado, se revelou uma alteração das essências do que o urbanista definiu. Com mais de 200 páginas e ininteligível para a maioria dos mortais, já se pode perceber que ele propõe a transformação de áreas públicas, como praças, em lotes edificáveis, na Asa Norte; loteamento do canteiro central do Eixo Monumental; alterações fundiárias entre superquadras da Asa Sul, tais como EQS 106-107 Sul, dentre outras reformulações.

Mateus Oliveira, titular da Seduh, é advogado especialista em Direito Urbano. Para a professora de arquitetura e conselheira do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU), Angelina Nardelli, ele “tem tomado decisões na contramão de muitos preceitos mundiais de preservação de sítios tombados - em especial as que estão relacionadas ao PPCUB”. “A Seduh perde a chance de pensar algo novo, dispensando as banalidades que, se aprovadas, transformarão Brasília em uma cidade comum”, complementa.

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População do DF dá segunda chance a Ibaneis, mas não significa que estava satisfeita REPRODUÇÃO

Lula revoga decreto de Bolsonaro que desmontava PNEE

O presidente Lula da Silva revogou, em seu primeiro dia de mandato, o decreto 10.502/2020, assinado por Jair Bolsonaro para desmontar a Política Nacional de Educação Especial (PNEE). A revogação foi publicada no Diário Oficial de segunda-feira (2) e segue orientação do relatório final do gabinete de transição, embasado nas reivindicações das organizações da sociedade civil que atuam pela inclusão das pessoas com deficiência, entre elas, o Sinpro-DF, a CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) e a CUT (Central Única dos Trabalhadores).

O decreto de Bolsonaro previa a matrícula de crianças e adolescentes com deficiência em classes e instituições especializadas, indicando criação de novas turmas e escolas, sem especificar sob que critérios seriam construídos esses espaços. Com isso, até mesmo o orçamento da educação poderia estar comprometido.

O ponto nevrálgico do decreto 10.502, suspenso anteriormente pelo Supremo Tribunal Federal, devido a seu teor e à intensa pressão da sociedade civil, é o caminho contrário ao que prevê a Educação Inclusiva, que compreende que todas as pessoas têm capacidade de participar do mesmo modelo de educação.

Segundo a diretora do Sinpro-DF Luciana Custódio, um dos principais desafios relacionados à educação inclusiva é compreendê-la como provedora da transformação social. “A partir da escola, a educação inclusiva possibilita o combate ao preconceito e à discriminação na sociedade. Portanto, lutar por inclusão na educação é lutar por inclusão social”, diz.

A luta do Sinpro para que a educação inclusiva seja um direito garantido e efetivo é histórica. Para discutir a centralidade do tema, o sindicato realizou debates, mutirões nos Centros de Ensino Especial, audiência pública e uma

série de outras ações que resultaram em demandas levadas à Conferência Distrital de Educação, em 2014, e em avanços como o fim da Terminalidade Específica, garantido ao estudante permanecer matriculado na rede pública, independentemente da idade.

Os debates e a luta pela educação inclusiva garantiram a inserção do tema no Plano Distrital de Educação (PDE), documento norteador da educação do DF. Na Meta 4 do PDE, fica estabelecido: “Universalizar o atendimento educacional aos estudantes com deficiência, transtorno global do desenvolvimento, altas habilidades ou superdotação, com transtorno do déficit de atenção e hiperatividade – TDAH, dislexia, discalculia, disortografia, disgrafia, dislalia, transtorno de conduta, distúrbio do processamento auditivo central – DPA(C) ou qualquer outro transtorno de aprendizagem, independentemente da idade, garantindo a inclusão na rede regular de ensino ou conveniada e o atendimento complementar ou exclusivo, quando necessário, nas unidades de ensino especializadas”.

“Garantimos, assim, aqui no DF, a possibilidade da coexistência do aten-

dimento da pessoa com deficiência na escola regular e também o atendimento exclusivo, como possibilidade de ampliar o escopo de estudantes atendidos na rede pública de ensino”, avalia Luciana Custódio.

Embora os avanços garantidos em prol da educação inclusiva, incluindo a revogação do decreto 10.502, o Sinpro-DF avalia que o acesso e a permanência dos estudantes com deficiência nas escolas públicas requerem investimentos do Estado.

O diretor do Sinpro-DF Carlos Maciel avalia que, “quando não há investimento na educação, como construção de escolas acessíveis, contratação de pessoal para dar suporte técnico aos educadores e estudantes, formação continuada dos professores, retirada das diversas barreiras arquitetônicas e atitudinais, fica praticamente impossível atender a comunidade e viabilizar que ela exerça direitos previstos em lei”.

“Defender a educação inclusiva a partir do fortalecimento das escolas públicas e da valorização dos profissionais que nelas atuam é e sempre será um princípio inegociável para o Sinpro-DF”, afirma Luciana Custódio.

Janeiro Branco: cuide de sua saúde mental

Cansaço, esgotamento físico e mental, desânimo, tristeza intensa. Estes são os sintomas mais evidentes de transtornos mentais, como depressão, ansiedade, burnout. Doenças da vida moderna, que precisam ser tratadas com seriedade e respeito. A campanha Janeiro Branco foi criada em 2014 para gerar consciência não só sobre a importância da saúde mental, mas também combater os tabus que giram em torno do assunto.

“A sobrecarga de trabalho, aliada à baixa remuneração em meio à realidade de precarização do trabalho, levam os profissionais do magistério público ao esgotamento mental. Cuidar de si mesmo, cuidar da mente, é também uma forma de resistência”, afirma a coordenadora da Secretaria de Saúde do Trabalhador do Sinpro-DF, Elbia Pires. Ela lembra que o Sinpro sempre teve, por meio da Clínica do Trabalho, atenção à saúde mental da categoria, muito antes do advento da pandemia de covid-19 e do governo Jair Bolsonaro.

CATEGORIA ADOECIDA – O Sindicato dos Professores no DF é das poucas entidades de classe a oferecer apoio psicológico aos sindicalizados. Pesquisa realizada pelo Instituto Ame a Sua Mente, em parceria com o Instituto Nova Escola, aponta que a categoria está adoecida. A pesquisa espontânea foi feita com 5.203 professores (as) de todo o Brasil.

O perfil de quem respondeu ao questionário on-line é majoritariamente de profissionais da Rede Pública de ensino: 84,6% dos que preencheram o formulário. 70% dos professores de todo o País não contam com apoio para saúde mental. Do educadores (as) que responderam à pesquisa, 60% vivem sentimentos intensos e frequentes de ansiedade. Cansaço excessivo e baixo rendimento acometem 48% dos entrevistados, e outros 42% relataram problemas com o sono (insônia ou sonolência). Sentimento intenso e frequente de tristeza assola 36% dos educadores.

Esse cenário fez com que, nos últimos meses, 33% dos educadores pensassem em se afastar do trabalho por conta da saúde mental.

Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasília Capital

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A educação inclusiva possibilita o combate ao preconceito e à discriminação na sociedade Use o QR Code e leia a matéria completa DIVULGAÇÃO

NUTRIÇÃO Caroline Romeiro Boas novas para a segurança alimentar

e nutricional

Lula recria Consea, que havia sido extinto por Jair Bolsonaro

O Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) foi extinto no primeiro dia do (des) governo de Jair Bol-

sonaro. E uma das primeiras medidas do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi instituir novamente o Consea à estrutura

da Presidência da República. O Conselho está ligado ao Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome. O Consea integra o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan) e tem como papel assessorar a Presidência da República na formulação, monitoramento e avaliação das políticas de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN), com vistas a promover a realização progressiva do Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA), que são prioridades do novo governo.

Composto por dois terços de representantes da sociedade civil e um terço de representantes governamentais, a competência institucional do Consea é exercer o controle e a participação social nos estados, nos municí -

pios e no Distrito Federal.

A atuação do Consea em prol do DHAA possibilitou muitos avanços. Entre os quais, a inclusão da alimentação como direito social na Constituição Federal de 1988, a promulgação da Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional (Losan), além da criação da Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica.

Esta pode ser considerada uma vitória para os nutricionistas, categoria que defende a promoção do acesso a uma alimentação adequada e saudável para todos os brasileiros.

(*) Mestre em Nutrição Humana, doutoranda em Ciências da Saúde, ex-presidente do Conselho Regional de Nutricionistas 1ª Região Instagram: @carolromeiro_nutricionista

ESPÍRITA

José Matos

Vocação, profissão e coragem

Quando se está na profissão errada ou no lugar errado, com o tempo, você ficará insatisfeito. Confie, vá à luta, supere e vença

Insatisfação pode ser uma mensagem para você tomar atitude, progredir ou cooperar. Em certos casos, se você não se encher de coragem para realizar sua vocação, passará a vida toda infeliz. Você pode estar na profissão certa, no lugar certo, mas

se ainda não atingiu a altura a que se programou, com o tempo, também sentirá insatisfação.

Na insatisfação, pergunte-se: por que estou assim? Se não descobrir a causa sozinho, vá a um terapeuta ou psiquiatra e descubra! “Por 20 anos-

fui um escriturário infeliz até que criei coragem, fiz o curso de enfermagem e hoje sou um enfermeiro feliz”, declarou um enfermeiro do Hospital Universitário de Brasília (HUB).

Quando se está na profissão errada ou no lugar errado, com o tempo, você ficará insatisfeito. Confie, vá à luta, supere e vença. Não obstante, não basta estar na profissão certa e no lugar certo. É necessário saber relacionar-se.

“Sejam simples como as pombas, mas prudentes como as serpentes”, ensinou Jesus. Você já conheceu e ainda conhecerá pessoas falsas, agressivas, interesseiras e nocivas. Todas são lembranças do que você não deve ser ou deve evitar.

De outro modo, conhecerá pessoas do bem. São lembranças do que você deve ser ou pessoas que você deve ter por perto. Você é falso?

Conhecerá pessoas reais. É triste? Conhecerá pessoas alegres. É estúpido? Conhecerá pessoas educadas. A vida encaminhará os professores de vida que você precisar.

A vida é sábia e conspira a favor de quem quer crescer e cooperar com ela, mas você só será ajudado para o que estiver na sua programação. Na hora certa aparecerão pessoas, situações e oportunidades que abrirão suas portas.

“Se eu cheguei aonde cheguei é porque me apoiei em ombros de gigantes”, ensinou o cientista inglês Izaac Newton. Agora, faça o mesmo com os que vierem depois de você. Aproveite e aprenda com pessoas de bem. Aprenda com os ensinamentos, mas também com os exemplos.

(*) Professor e palestrante

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VALEU, PELÉ!

Diva Araújo

Edson Arantes do Nascimento morreu no dia 29 de dezembro. Mas seu corpo só foi sepultado na terça-feira (3). Durante cinco dias o Brasil demonstrou toda a sua admiração e respeito pelo homem mais conhecido do mundo. Pelé era o Rei do futebol e seus súditos estão espalhados em todos os países do planeta terra.

O Santos Futebol Clube – único time brasileiro defen dido oficialmente por Pelé – avaliou que teriam passado passado 230 mil fãs pelo velório no estádio da Vila Belmiro (um pedido do próprio Rei). Entre famosos e anô-

nimos que foram dar o último adeus ao craque, passaram ex-jogadores e autoridades como o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva; o ministro do STF, Gilmar Mendes; e o governador e o prefeito de São de Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Ricardo Nunes (MDB).

O cortejo da Vila Belmiro ao Memorial Necrópole Ecumênica, onde o corpo de Pelé foi sepultado, uma multidão acompanhou durante quatro horas, sob o sol, o carro do Corpo de Bombeiros que transportava o caixão. O momento mais emocionante foi a parada em frente à casa de dona Celeste, mãe de Pelé,

que tem 100 anos de idade.

As homenagens ao jogador só ficaram atrás das que foram prestadas pelos brasileiros a personalidades como os ex-presidentes Juscelino Kubstchek (1976 e Tancredo Neves (1985) e o piloto de Fórmula-1, Ayrton Senna (1994). Mas superou os números dos apresentadores Hebe Camargo (2012) e Gugu Liberato (2019); e da cantora sertaneja Marília Mendonça (2021).

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Brasil se mobilizou durante cinco dias no adeus ao Rei do futebol
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