OJB EDIÇÃO 50 - ANO 2022

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ISSN 1679-0189 R$ 3.60 ANO CXXI EDIÇÃO 50 DOMINGO, 11.12.2022 ÓRGÃO OFICIAL DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA FUNDADO EM 1901 História viva Centro Bagby de História e Missões é inaugurado pelos Batistas Brasileiros Impacta tu generación UFMBB recebe conferência de liderança para mulheres Batistas da América Latina Semana Batista Convenção Batista de Roraima realiza 31ª Assembleia Mestres ou influencers? Lourenço Stelio Rega fala do verdadeiro papel das lideranças pág. 07 pág. 08 pág. 12 pág. 15 Missões Nacionais Notícias do Brasil Batista Notícias do Brasil Batista Observatório Batista Dia da Bíblia segundo domingo de dezembro “Sejam praticantes da palavra, e não apenas ouvintes...” (Tiago 1.22)

EDITORIAL

História do Dia da Bíblia

Celebrado no segundo domingo de dezembro, o Dia da Bíblia foi criado em 1549, na Grã-Bretanha, pelo Bispo Cranmer, que incluiu a data no livro de orações do Rei Eduardo VI. O Dia da Bíblia é um dia especial, e foi criado para que a população intercedesse em favor da leitura da Bíblia. No Brasil, a data começou a ser celebrada em 1850, quando chegaram da Europa e dos EUA os primeiros missionários cristãos evangélicos. Porém, a primeira manifestação pública aconteceu quando foi fundada a Sociedade Bíblica do Brasil (SBB), em 1948, no Monumento do Ipiranga, em São Paulo (SP).

Graças ao trabalho de divulgação das Escrituras Sagradas, desempenha-

do pela SBB, o Dia da Bíblia passou a ser comemorado não só no segundo domingo de dezembro, mas também ao longo de toda a semana que antecede a data.

Desde dezembro de 2001, essa comemoração tão especial passou a integrar o calendário oficial do país, por meio da Lei Federal 10.335, que instituiu a celebração do Dia da Bíblia em todo o território nacional.

Como celebrar?

Você e a sua igreja podem organizar a celebração que mais combinar com a sua comunidade local. Aqui nós temos algumas sugestões:

Culto especial

Promova um culto especial para celebrar a Palavra de Deus durante a Semana da Bíblia ou no Dia da Bíblia. Nesses cultos, lembre-se do grande amor de Deus ao entregar a sua Palavra a nós e do valor que ela tem na vida das pessoas.

Maratona de leitura bíblica

Você pode realizá-la de duas formas: A primeira opção é ler textos completos para a sua audiência. Vocês podem escolher um livro da Bíblia e lê-lo durante a programação. Outra opção é promover uma maratona ininterrupta de leitura bíblica. Pessoas são

( ) Impresso - 160,00

( ) Digital - 80,00

escaladas para darem continuidade à leitura, e ela só é interrompida quando se completa a leitura de toda a Bíblia.

Jovens e crianças

Incentive os jovens e as crianças a se envolverem com a Causa da Bíblia. Eles podem promover ações nas redes sociais para falar do Dia da Bíblia, arrecadar fundos para apoiar a distribuição bíblica no Brasil e no mundo e promover desafios entre seus amigos para compartilharem a Bíblia. O importante é incentivar que os jovens e as crianças usem a criatividade para celebrar a Palavra de Deus. n

Fax: (21) 2157-5560 Site: www.convencaobatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação Batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOS

W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);

Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOS

Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923).

ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Editora Esquema Ltda A TRIBUNA

2 O JORNAL BATISTA Domingo, 11/12/22
REFLEXÃO O JORNAL BATISTA Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Hilquias da Anunciação Paim DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIO DE REDAÇÃO Estevão Júlio Cesario Roza (Reg. Profissional - MTB 0040247/RJ) CONSELHO EDITORIAL
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Francisco Bonato Pereira; Guilherme Gimenez; Othon Ávila; Sandra Natividade EMAILs
Anúncios e assinaturas: jornalbatista@batistas.com Colaborações: decom@batistas.com
REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA
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Muita paz

Os dias atuais são de turbulência, crescente angústia, decepção, depressão dominante e total incerteza quanto ao futuro que nos espera. Os melhores jogadores brasileiros foram selecionados e convocados para disputar a copa no Catar. O primeiro jogo confirmou que a seleção possui condições de conquistar o troféu. Mas, sempre há um “mas” a interferir em nosso caminhar diário, que gera preocupação e rouba a paz dos participantes. Nesses momentos aparecem a depressão, os questionamentos, acrescidos das possibilidades de ver o sonho se desfazer em cinzas. Tudo preparado para a vitória. Mas, os imprevistos sempre ocorrem nos melhores planejamentos. Quem busca a vitória a qualquer preço, nem sempre está preparado para os senões da caminhada. Há muito misticismo a envolver a disputa. Deuses,

os mais variados, são invocados na busca da vitória. Cada um a seu modo invoca o deus que mais lhe agrada. O mais acessível, convictos de que sob a direção dos deuses a vitória virá. Tudo é válido, desde que a vitória seja nossa.

Será que Deus entra em campo com a seleção? Que deus participa do jogo dos homens? Se é que participa? Nos momentos dos jogos, as pessoas se esquecem de Deus; que os digam os templos vazios na hora dos jogos. Cultos você tem todos os dias, jogo da seleção, não! No primeiro jogo, dois dos melhores dos 26 convocados, não disputaram algumas das próximas partidas. Agredidos, chutados, derrubados, foram contundidos e impossibilitados de prosseguir. Decepção geral para toda a galera. Tristeza para uma nação inteira, que aprendeu a parar para aplaudir seus heróis. E agora? Temos reservas! Mas, não são os que todos desejam ver em campo. Na falta

Os benefícios da oração (Salmos 18.3-6)

não significa dizer que a nossa vida será fácil (Salmos 18.4-5).

do herói é preciso se contentar com os possíveis futuros heróis, que darão novas manchetes na mídia. Alguns começam a dar lugar à depressão, mal moderno que sufoca esta geração. Momentos críticos. Precisamos em todos os aspectos de paz. Até mesmo entre aqueles que se dizem seguidores de Jesus. Setenta “lideres” evangélicos, não os setenta enviados por Jesus, mas, homens e mulheres que se dizem líderes de alguma coisa, publicaram um manifesto que contradiz a promoção da paz. Por isso carecemos de paz, a oferecida por Jesus: “deixo-vos a paz, a minha paz vos dou. Não vo-la dou como o mundo a dá” (Jo 14.27a). Na paz que o mundo oferece, tudo é válido. Derrubar o adversário, pisoteá-lo e impedi-lo de continuar no jogo, faz parte da paz. Lançar manifesto contra autoridades e considerá-las como anticristo é válido, em flagrante desrespeito a liberdade do outro.

O desafio da verdade expressa pelo salmista, precisa ser meditado e aplicado aos que se dizem cristãos. “Muita paz têm os que amam a tua lei, para eles não há tropeço” (Sl 119.165).

O salvo por Jesus Cristo é um promotor da verdadeira paz, mesmo quando alguém discorda de sua visão de mundo. É triste ver líderes, que se dizem importantes, na verdade não os são, assinando e divulgando manifestos incitando a violência e a desunião entre irmãos e uma nação. Líderes que não aprenderam com as lições da vida o que significa a verdadeira humildade ensinada e vivida por Jesus Cristo, o Senhor da paz. Carecem de misericórdia, não por pensar diferente, mas por promover a gestação da violência entre irmãos. Que Deus continue a ter misericórdia de tais “lideranças” que nada lideram. Carecem da verdadeira paz, que só os salvos por Cristo desfrutam. n

O salmo 18 foi escrito pelo rei Davi no fim de sua jornada, e ele narra os livramentos de Deus em sua vida. O salmo 18 é o quarto maior em tamanho, só ficando atrás do salmo 119 que tem 176 versículos, o salmo 78, com 72 versículos, e o 89, com 52 versículos. Depois de passar diversos momentos de provação, o salmista descreve em detalhes como o Senhor o livrou de forma poderosa das mãos de seus inimigos. O salmista abre este salmo declarando seu amor a Deus (Salmos 18.1). Depois, Davi descreve o quanto Deus era importante e relevante em sua vida. Para isso, utiliza sete metáforas extraordinárias: para Davi, Deus é sua rocha, sua cidadela, libertador, refúgio, escudo, força e baluarte (Salmos 18.2).

A partir do verso 3, Davi mostra que em sua caminhada, o que foi determinante para que ele obtivesse livramento foi a oração. O salmista tem plena convicção que será salvo de seus inimigos. A despeito de sermos em Cristo mais do que vencedores, isso

Vemos aqui em cores vivas os perigos que cercavam o “homem segundo o coração de Deus”. Em sua trajetória, o que ajudou e fortaleceu Davi foi a oração. A oração traz benefícios para aquele que ora. Gostaria de elencar alguns destes benefícios para a nossa reflexão.

Em primeiro lugar, a oração nos faz ser dependentes de Deus (Salmos 18.3). O que podemos ver ao longo das Escrituras Sagradas é que os homens e mulheres de oração eram pessoas dependentes de Deus. Quem ora depende mais de Deus do que de seus próprios recursos. O rei Davi tinha plena consciência desta realidade, por isso, ele invocava ao Senhor em oração.

Na oração modelo proferida por Jesus – a oração do “Pai Nosso” – temos uma sentença muito forte – que mostra a realidade de sermos dependentes de Deus pelo viés da oração (Mateus 6.11) “O pão nosso de cada dia dá-nos hoje”.

O que Jesus nos ensina? (a) Quem depende de Deus sabe que Ele é provedor. O nosso Deus é o Jeová Jireh

- o Deus toda provisão. Por mais que o homem trabalhe e lute para obter o seu sustento, Deus é o provedor; (b) Quem depende de Deus não é consumido pelo amanhã. A ansiedade e o futuro são dois grandes causadores de estresse para o ser humano. Jesus conhecendo a alma humana, diz que a cada dia teríamos o pão sobre a nossa mesa; (c) Quem é dependente de Deus, não é consumido pela avareza. Jesus afirma: “o pão nosso”. Quem é dependente de Deus compartilha o que tem – e não retém.

Em segundo lugar, a oração é uma forma de adoração (Salmos 18.3). Temos em nossa mente que adoração está atrelada somente a música e louvor. Davi mostra que a oração é uma das formas de adoração. Ele ora, invoca a Deus porque Ele é o único ser digno de ser louvado. O salmista ora e louva a Deus, não porque estava no controle da situação, mas porque Deus estava no controle de sua vida.

Em terceiro lugar, a oração gera confiança (Salmos 18.3). A primeira ação de quem confia no Senhor é orar e isso não só em momentos de crise,

mas em tempos de paz e tranquilidade. Observe que Davi ora, e por conhecer a Deus, tem plena confiança de que Deus o salvará de seus inimigos. Por meio da oração, o salmista expressa sua sólida convicção de que pode invocar a Deus e Ele responderá. Orar e não esperar a resposta de Deus é uma contradição ao próprio conceito de oração. O saudoso pastor Isaltino Gomes Filho diz: “Oração é aprender a viver com Deus”.

Em último lugar, as lutas que enfrentamos não podem nos fazer parar (Salmos 18.6). Como vimos nos versos (4-6), Davi se viu cercado por seus inimigos, entretanto, ele não busca livramento nas estratégias de guerra. Davi era um guerreiro experimentado, tinha pessoas leais a seu lado que poderiam ajuda-lo a combater os inimigos. Davi não usou armas carnais, ele buscou socorro no Senhor em oração e Deus prontamente ouviu sua oração. O reformador genebrino João Calvino diz: “Nenhuma calamidade, por maior e mais opressiva seja, não nos impeça de orar, tampouco crie em nós alguma aversão à oração”. n

3 O JORNAL BATISTA Domingo, 11/12/22
BILHETE
DE SOROCABA
José Manuel Monteiro Jr. pastor, colaborador de OJB
REFLEXÃO

E se a Bíblia fosse maior?

Normalmente, quando crentes se reúnem, muitas perguntas podem ser feitas. Contudo, lá pelo meio da conversa, alguém faz uma pergunta que deixa os outros com um certo constrangimento: “Quantas vezes vocês já leram a Bíblia?” No primeiro momento, isto causa nervosismo e até mesmo um visível desconforto. Diante disto, a pessoa até se arrepende da pergunta que fez. Então, para dissipar a aflição coletiva, fala: “Está bem. Ninguém precisa responder em voz alta. Cada um responda para si mesmo!”

Ler a Bíblia toda não é obrigação de ninguém. Nenhuma Igreja ou pastor pode cobrar isto de um servo ou serva do Senhor. Ler a Bíblia toda não salva nem confere nenhuma graça especial. Contudo, ler a Bíblia toda é um alegre compromisso do crente com o seu Senhor. No Salmo 119.97 lemos: “Oh! quanto amo a tua lei! É a minha meditação em todo o dia.”

A Palavra de Deus dá-nos direção e segurança, conforme o versículo 105 deste mesmo salmo: “Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho.” E pela Palavra de Deus somos santificados, conforme disse Jesus em João 17:17: “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade”. Não consegui dados seguros sobre quantas pessoas já leram a Bíblia toda no Brasil. Porém, encontrei um dado muito inquietante: conforme o site www.guiame.com.br 50,68% dos

pastores nunca leram a Bíblia toda. Em Portugal, conforme o site www.publico.pt, em uma pesquisa da Sociedade Bíblica Portuguesa, foi constatado que só 9,7% dos lusitanos leram a Bíblia toda.

A grande maioria dos crentes dão várias desculpas para não terem lido a Bíblia toda: falta de tempo, não ser necessário para a salvação, o texto é muito grande, a letra é muito pequena e muitos capítulos são enfadonhos e repetitivos. Com certeza existem vários outros motivos, conforme as conveniências de cada um. Então, eu fico pensando: e se a Bíblia fosse maior?

A Bíblia, com seus 66 livros, 1.189 capítulos e 31.103 versículos (fonte da Sociedade Bíblica do Brasil) é exatamente do tamanho como nosso Deus pensou para nós. Todo seu texto, inspirado pelo Espírito Santo, é a Palavra de Deus. E nas suas páginas Ele revelou tudo que interessava para Sua Igreja. Por esta razão, o apóstolo João escreveu no seu Evangelho, 21: 25: “Há, porém, ainda muitas outras coisas que Jesus fez; e se cada uma das quais fosse escrita, cuido que nem ainda o mundo todo poderia conter os livros que se escrevessem. Amém.” Já pensaram se muito mais tivesse sido escrito? Então é que não leriam a Bíblia toda mesmo!

Contudo, apesar da maioria dos crentes não ter lido a Bíblia toda, muitos irmãos ficam cobrando de Deus porque isto ou aquilo não foi revelado. Ele revelou o que quis e assim o deixou para obedecermos, conforme Deuteronômio 29:29: “As coisas encobertas pertencem ao Senhor nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem a nós

Guardo a Bíblia para não pecar

“Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti” (Sl 119.11).

Onde guardamos nosso exemplar da Bíblia? Para muitas pessoas, o lugar da Bíblia é na sua própria biblioteca, ao lado das maiores obras primas da literatura mundial. E, se possível, também nas suas línguas originais - o hebraico, por causa do Antigo Testamento, e o grego, por causa do Novo Testamento.

O autor do Salmo 119 declara o motivo espiritual da sua escolha: “Guardo a Tua palavra no meu coração, para não pecar contra Ti” (Sl 119.11). Isto é, para cumprir os

e a nossos filhos para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei”. Não podemos acrescentar nem tirar nada do livro desta lei, conforme Apocalipse 22.18,19: “Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro; E, se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte do livro da vida, e da cidade santa, e das coisas que estão escritas neste livro”.

objetivos da sua função, segundo os desígnios do nosso Criador. Na antiguidade, atribuía-se ao coração funções semelhantes às que, hoje em dia, dizemos que pertencem ao cérebro. Consequentemente, a frase do salmista pode, na atualidade, declarar: “Guardo a Tua palavra no meu cérebro,...”.

Quando guardamos a Bíblia, declaramos a importância da Palavra Divina, no que se refere ao impacto que ela exerce no funcionamento ideal da nossa personalidade. Quanto mais nos alimentamos da Bíblia, mais saúde garantimos para nós, em termos de espiritualidade abençoada pelo Senhor.

Hoje, temos várias editoras publicando a Bíblia no Brasil, com letras pequenas ou letras gigantes, com comentários específicos para cada tipo de público e com layouts para todos os gostos. Além disto, temos a Bíblia digitalizada na tela do celular. E o mais importante: temos liberdade para lermos a Palavra de Deus. Então, não há desculpa. E aí. Você já leu a Bíblia toda? Calma, não precisa ficar nervoso! Não é para enviar a resposta para a redação de O Jornal Batista. Responda para você mesmo! n

Estamos começando o mês de dezembro quando todas as atenções se voltam para o Natal! Muito colorido, bolas brilhantes, luzes piscantes e reluzentes, ofertas tentadoras no comércio, muita comida gostosa, doces deliciosos, encontros de famílias, festas nas Igrejas Cristãs, comemorações, muita alegria!

Mas… Natal, quando comemoramos o nascimento de Jesus, nosso

Salvador e Senhor de nossas vidas é muito, muito mais do que isso!

Estávamos condenados à morte eterna, mas Deus, no Seu amor infinito, cumpriu a promessa e enviou seu Único Filho, que é Deus, para pagar por nossas faltas numa morte em nosso lugar. Ele nos trouxe salvação graciosamente e nos pediu apenas duas coisas: obediência e aspersão do sangue de Cristo.

Quando Pedro escreveu aos nossos irmãos dispersos, ele disse: “[…] eleitos segundo a presciência de Deus Pai,

pela santificação do Espírito, para a obediência e a aspersão do sangue de Jesus Cristo: Graça e paz vos sejam multiplicadas” (I Pe 1.2).

Quando comemoramos o nascimento de Jesus, nosso Salvador e Senhor, vamos oferecer o que Ele espera de nós:

Obediência: “[…] Sereis santos, porque eu sou santo” (I Pedro 1.16) e “[…] amai uns aos outros de todo coração” (I Pedro 1.22).

O clímax do nosso amor a Deus é aspergir o Seu precioso sangue, ou

seja, espalharmos as boas novas de salvação. I Pedro 2.9 diz que somos povo de Deus, raça eleita para cumprirmos a missão que Ele nos deixou em Mateus 28.19-20: Proclamar as boas novas daquele que nos tirou das trevas para a sua gloriosa luz!

Comemoremos esse Natal renovando nossa missão: ensinar o caminho da salvação e levar cada crente a crescer em Cristo, nosso Salvador e Senhor! Feliz Natal! n

4 O JORNAL BATISTA Domingo, 11/12/22
Marinaldo Lima pastor, colaborador de OJB (baseado no sermão pregado no culto matinal da Igreja Batista em Sítio Novo, em OlindaPE, em 13 de novembro de 2022). Lúcia Margarida Pereira de Brito educadora cristã
REFLEXÃO
Natal
pastor & professor de Psicologia

Bíblia: ler, viver e crescer!

Algumas pessoas leem a Palavra de Deus como se estivessem lendo um livro qualquer. Apesar do próprio nome “Bíblia” significar a reunião dos 66 livros do Antigo e Novo Testamento, ela não pode ser comparada com nenhum outro escrito no mundo.

Uma frase muito pitoresca que ouvi de um pregador, dizia: “Bíblia não é desodorante”. É verdade! Quantas pessoas a usam debaixo do braço, como se ela tivesse por si só (e fisicamente) algum poder. Se assim o fosse, não seriam tantas as “fogueiras de capa preta” ao longo da História.

O grande poder do Livro dos livros está nas suas palavras que vieram diretamente de Deus, por meio de homens inspirados por Ele. Mas, quando é lida e não deixada aberta num quarto ou sala num “salmo poderoso” para espantar as coisas ruins. Isso é crendice e a mesma “idolatria” de quem venera um santo de pedra.

Nada disso tem valor! Ler por ler, sem saber nem entender uma só palavra é uma verdadeira perda de tempo. Mas estudar na Palavra, meditando em tudo que Deus diz e ainda deixando-o agir para que fale ao coração, eis o propósito cumprido pelo Senhor em nossa vida! Os versículos que encontramos em grande número são os que falam da própria Bíblia. Vejamos alguns desses e a sua importância para nosso dia a dia:

“Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e luz para os meus caminhos” (Sl 119.105). O que não falta na vida do homem é a dúvida constante para onde ir e que decisões tomar na vida. Tudo parece uma imensa escuridão e ao meditar na Palavra de Deus, a pessoa será devidamente orientada a entregar tudo a Ele, ter mais paciência e receber uma “lanterna” para que prossiga com mais certeza da vontade do Senhor na caminhada da vida. Quando passamos por problemas que são muitos e em várias áreas da vida, não devemos nos esquecer do verso da Bíblia que simboliza bem mais do que parece: a FÉ. “O justo viverá da fé” (Hb 10.38a). Apesar das tempestades por que passamos, com a fé ainda que do tamanho de um grão de mostarda, não devemos temer, pois Deus está conosco.

“Inclinei o meu coração a guardar os teus estatutos, para sempre, até o fim” (Sl 119.112). Que sábio conselho do salmista para todos nós! Se colocássemos em nosso interior o que aprendemos no exterior, seríamos bem mais felizes e seguros no Senhor. É a história de quando a palavra “entra por um ouvido e sai pelo outro” e acrescentaria ainda mais “lê com os olhos, mas não com a mente e coração”.

“As palavras do Senhor são palavras puras, como prata refinada em forno de barro, purificada sete vezes” (Sl 12.6). Somente o Senhor mesmo para purificar a grande sujeira feita pelo homem. Por mais “limpo” que

todos se julguem, isso somente será possível se colocarmos nossa vida inteiramente nas mãos do Pai, que fará uma “limpeza espiritual”, levando-nos bem mais que as sete vezes do versículo. Quem nos criou conhece cada parte de Sua criação e fará o melhor se o deixarmos agir. E não é nenhum privilégio de um ou outro contar experiências sobre as bênçãos de Deus em sua vida na leitura de sua Palavra. Elas são pessoais, intransferíveis. É capaz de converter almas através da ação do Espírito Santo somente com suas poderosas palavras ali descritas, como no caso de meu bisavô, que era um católico de rezar ladainhas. Leu a Bíblia para discutir com os “crentes” e acabou sendo convertido pelas implacáveis experiências ali encontradas, tornando-se pastor e sendo instrumento para a propagação do Evangelho a inúmeras pessoas da região onde estava.

De que forma você tem usado a Bíblia? Como enfeite da prateleira, somente para acumular poeira, nem mexendo porque senão estraga, pois foi alguém especial que o presenteou? Nenhuma das questões deve ser realidade em nossa vida, afinal de contas um cristão precisa de constante estudo, senão “estaciona no seu mundo do saber”, sem avançar mais um pouco.

Como vimos até então, não basta ler a Bíblia. É preciso viver o que se leu, estudou e meditou. Quando algo se torna parte de nosso cotidiano, isso se integra à nossa realidade de vida de

tal forma como se fosse uma “biblioteca pronta para ser consultada” em nossa mente e coração. E isso é viver a Palavra de Deus!

E tem mais: quem lê e depois vive tudo o que ali observou, pode agora crescer. E esse crescimento é algo muito maior do que imaginamos, afinal de contas, foi semeado pelo próprio Deus em nossa comunhão com ele, através da leitura de sua Palavra e oração. Ninguém mais do que ele deseja nos ver “grandiosos” não nas coisas terrenas, mas na busca pelas “coisas do alto”, a começar pelo diz esse precioso “manual da vida”.

O que falta então, a nós crentes em Cristo? Dedicar mais tempo para o Senhor e não achar que isso é “perder tempo” e sim ganhar e muito. É preciso LER a Bíblia de coração e mente abertos para que o Senhor nos fale; é preciso VIVER os ensinos ali orientados, colocando-os em prática e não deixando na “gaveta” de nossa vida, senão de nada adianta; e, com tudo isso, poderemos CRESCER na vida espiritual que é muito mais do que ir a Igreja aos domingos, e sim o nosso relacionamento com o Senhor no dia a dia.

Coloque-se diante do Pai Celestial e leia, viva e cresça com a Palavra de Deus. Ela é o farol que ilumina o imenso túnel da vida e um verdadeiro “shopping center” onde podemos encontrar de tudo que necessitamos. Basta que deixemos que o Senhor fale aos nossos corações! n

5 O JORNAL BATISTA Domingo, 11/12/22 REFLEXÃO

Centro Bagby de História e Missões é inaugurado pelos Batistas Brasileiros

história, com o objetivo de manter viva a paixão e a visão missionárias.

O dia 23 de novembro de 2022 é um dia histórico para os Batistas Brasileiros, porque nessa data foi inaugurado o Centro Bagby de História e Missões. Localizado na Tijuca, no Rio de Janeiro, ele é um lugar para manter viva a memória do povo Batista no Brasil.

O CBHM é composto por três partes. Na primeira, estão expostos fotos, memórias e muitos arquivos, que retratam a história dos Batistas no Brasil. Já a segunda parte, é destinada ao trabalho de restauração de documentos e outros itens, e ao devido arquivamento desses materiais. Depois, na terceira e última parte, que chamamos de reserva técnica, pesquisadores seguirão estudando todo o material, a fim de aprofundar o conhecimento da nossa

O local é uma grande viagem pela trajetória Batista em nosso país. Lá, estão expostos objetos, cartas, revistas, livros, livretos, cartazes e muitos outros itens organizados, que mostram diversos momentos marcantes. Há também uma parte interativa no Centro Bagby. Nela, os visitantes podem escolher vídeos antigos e assisti-los, como, por exemplo, o de Billy Graham, quando 220 mil pessoas se reuniram no Estádio do Maracanã para ouvir sobre Jesus.

No Centro Bagby de História e Missões também é possível conferir as capas de diversos exemplares do “O Jornal Batista”, ativo desde 1901. Vale ressaltar que todas as edições estão disponíveis em forma online e poderão ser consultadas. Um outro ambiente é

composto por uma Linha do Tempo, que começa no ano de 1813, quando o primeiro Batista chegou ao Brasil, e vai até o ano de 2022, com a inauguração da Vila Minha Pátria, nossa casa missionária que acolhe refugiados, em Morungaba, no estado de São Paulo.

São mais de 140 anos de história! “Nós chegamos até aqui, porque outros vieram antes de nós. Nós, Batistas Brasileiros, temos orgulho da nossa história. É uma história linda de dedicação, de amor ao próximo. Uma história pioneira em tantas regiões do Brasil. Homens e mulheres dedicaram as suas vidas com muito amor, tanto na educação, como na assistência social e na proclamação do Evangelho. Esta geração e as próximas precisam conhecer a história dos Batistas Brasileiros!”, conta o pastor Fernando Brandão, diretor executivo da Junta

de Missões Nacionais da Convenção Batista Brasileira.

O Centro Bagby de História e Missões é, não apenas um local de exposição, mas também um centro de pesquisas, que conta com o apoio dos milhares de Batistas que estão por todo o país. As organizações Batistas Brasileiras já doaram diversos itens para o Centro e, se você também tem materiais históricos, que façam parte da trajetória Batista em nossa nação, entre em contato conosco pelo e-mail: historico@missoesnacionais.org.br. Vamos juntos trabalhar na preservação da história dos Batistas no Brasil, um povo que não recua, mas que avança, proclamando que “Só Jesus Cristo Salva”. A memória viva fortalece a caminhada e o Centro Bagby de História e Missões é um grande legado para nós, Batistas Brasileiros! n

7 O JORNAL BATISTA Domingo, 11/12/22
MISSÕES NACIONAIS
Thatiana Cordeiro Redação de Missões Nacionais Dia da inauguração do Centro Bagby de História e Missões Visitantes conhecem exposições sobre a história dos Batistas no Brasil
8 O JORNAL BATISTA Domingo, 11/12/22 NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
Fotos: Sélio Morais
9 O JORNAL BATISTA Domingo, 11/12/22 NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
Sélio Morais
Foto:

A Associação dos Educadores Cristãos Batistas da Bahia (AECBBA) realizou, entre os dias 04 e 05 de novembro, um congresso no formato presencial na sede do Seminário Teológico Batista do Nordeste (STBNE) em Feira de Santana - BA. A preletora oficial foi Eliszângela Santos, vice-presidente da Associação dos Educadores Cristãos Batistas do Brasil (AECBB).

O evento teve como tema principal “Eu, Educador Cristão, cuidando de mim para cuidar do outro”. Superou as expectativas e contou com a participação de 46 educadores cristãos Batistas baianos e com duas Educadoras piauienses.

No dia 05, a vice-presidente da AECBBA, Eliana Vila Flor, moderou o painel com a seguinte abordagem: “Compartilhando Experiências de Ministério como Educadora Cristã

Educadores Cristãos da Bahia participam de Congresso

na Igreja, Comunidade e Sociedade”, com as Educadoras Danila Bernardino e Maria Aparecida dos Santos. Nesse mesmo dia, foram realizadas oficinas no período da manhã e tarde, com os temas: “Cuidando da minha Saúde Emocional e Mental”, com a psicóloga clínica Érica Araújo; “Inclusão Social através das Libras”, com a tradutora e intérprete Celimar Morais;

“Laços Afetivos de Cuidado e Amor com os Idosos”, com a educadora cristã Ludjana Medeiros e “Música como Ferramenta de Ensino”, com a educadora cristã e musicista - Walmira Tibiriçá.

Tivemos momentos de devocionais, comunhão, louvor e adoração, conduzido pelo pastor Emerson Dantas e banda da Igreja Batista Abba em

Feira de Santana - BA.

Houve também momento de Social, com o tema “Relembrando minha Infância”, incluindo músicas, brincadeiras e enquetes. Foi tudo muito divertido, interativo e participativo.

Foram dias memoráveis, tanto para quem esteve presente, como também para quem acompanhou ao vivo a transmissão através do canal do STBNE no Youtube

Pessoas muito especiais foram usadas por Deus para a realização do evento. Agradecemos a Diretoria da AECBBA, a Gerência de Educação Cristã da Convenção Batista Baiana (CBBA), aos funcionários do STBNE, as preletoras, aos educadores cristãos, pastores e todas as pessoas envolvidas direta ou indiretamente.

Congresso abençoado, edificante, de aprendizado, encontros e reencontros e momentos valiosíssimos para nos relacionarmos com Deus e com o nosso próximo. Toda honra e glória seja dada ao nosso Deus! n

IB em Sítio Novo - PE homenageia corpo diaconal e celebra seus 88 anos de fundação

Alzeni

Duarte

professora, secretária da Igreja Batista em Sítio Novo, em Olinda - PE

No dia 23 de outubro, a Igreja Batista em Sítio Novo, em Olinda - PE, fez um culto de gratidão pelos 85 anos do diácono Manoel Lima, tendo como pregador o pastor Marinaldo Lima. As comemorações continuaram no Dia

do Diácono Batista (segundo domingo de novembro), quando os membros do Corpo Diaconal (Alcione Lima, Ivanilda Duarte, Izaura Cavalcanti, Manoel Lima e Margarida Silva) foram homenageados. Nos dias 19 e 20 de novembro, a Igreja celebrou seus 88 anos com o tema “Seja um campeão na fé em Jesus Cristo” e a divisa: “Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé,

como está escrito: Mas o justo viverá pela fé (Rm 1.17).

No dia 19 pregou a pastora Rita da Paz, membro da Primeira Igreja Batista em Rio Doce, em Olinda - PE, e no dia 20, o diácono Jorge Souza, presidente da Associação dos Diáconos e Diaconisas Batistas do Brasil. Na programação musical cantaram os irmãos Davi Cunha (Primeira Igreja Batista em

Beberibe, em Recife - PE), Kétsia Duarte (Igreja Evangélica Batista em Casa Amarela, em Recife - PE) e Angeli Laurentino (Igreja Pentecostal em Cidade Tabajara, em Olinda - PE). Os cânticos foram dirigidos pela irmã Adriana Duarte e pelo irmão Fábio Souza (membros da Igreja). Após os cultos houve recepções oferecidas pelas irmãs Alzeni Duarte e Marcivane Lima. n

10 O JORNAL BATISTA Domingo, 11/12/22 NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
Walmira Tibiriçá presidente da Associação dos Educadores Cristãos Batistas da Bahia
“Eu, Educador Cristão, cuidando de mim para cuidar do outro”, foi o tema do evento.
Igreja também homenageou diácono em outubro.
Diácono Jorge Souza, presidente da ADBB, e pastor Marinaldo Lima, da IB em Sítio Novo, no culto em 20 de novembro Diácono Manoel Lima (ao centro) comemorando
seus 85 anos em 23 de outubro
Parte da congregação durante o culto em 20 de novembro Participantes do Congresso da AECBBA

Copa do Mundo e relacionamentos

O esporte é algo que aproxima pessoas e forma relacionamentos que podem perdurar por toda a vida. Em se tratando de um evento esportivo como a Copa do Mundo, as chances são ainda maiores. Muitos missionários passaram pela Copa enquanto estavam no campo missionário e viram como essas ocasiões produziram relacionamentos e momentos marcantes. Confira abaixo o relato vivido durante a Copa:

“Servimos como missionários no continente africano desde 2006. Foram dois anos em Moçambique, dois na África do Sul e desde 2013 estamos em Botsuana. Em todos os campos tivemos boas experiências em relação às Copa do Mundo em 2006, 2010, 2014 e 2018. A maior delas e mais marcante foi, sem dúvida, em 2010, na África do Sul.

Ah, a África do Sul! Que momento em nossa vida de ministério missionário… Servimos em Johannesburg por dois anos (2009-2010) e consideramos esta Copa do Mundo como

uma das mais importantes para nós no sentido de relacionamento missionário através do esporte. Naquele ano fomos até mesmo desafiados a atuar de forma mais oficial e intensa, pois a Igreja brasileira esteve presente de forma sensacional. Recebemos 210 voluntários de um projeto chamado Conexão África, de Missões Mundiais, e junto com eles visitamos muitas comunidades carentes, levando a alegria do futebol brasileiro com a pregação do Evangelho.

Os 210 voluntários, de diversas denominações, foram hospedados no acampamento Batista e visitavam as nossas Igrejas todos os dias para ações evangelísticas. Nossa Igreja construiu uma quadra de esportes e recebeu as crianças da comunidade todos os dias para atividades. Além disso, projetamos todos os jogos da Copa em telão, o que manteve o templo cheio de pessoas de toda a vizinhança, que ouviram a mensagem do Evangelho a cada intervalo dos jogos. Os times de voluntários foram organizados para fazerem evangelismo de im -

pacto ao redor dos estádios a cada jogo e foram até mesmo entrevistados pela imprensa que se encantou com sua ação.

Falando de imprensa, um ponto pessoal. Meu pai Roberto Carmona, falecido este ano, era repórter esportivo e estava trabalhando nessa Copa de 2010, a que seria a sua 10ª. No último dia de sua estada no país, reunimos um grupo de missionários, líderes do Conexão em nossa casa para uma feijoada e nesse dia, meu pai teve um encontro com nosso ministério de forma muita intensa. Foi o dia mais importante na minha vida e ministério. Ele também pôde conhecer sua netinha de 1 ano e ter um tempo de qualidade com ela. Uma nota aqui é necessária: minha família e parentes não compartilham da mesma fé que eu e minha esposa, então esse momento foi determinante não somente para a minha vida, mas entendo que para a do meu pai também.

Ainda durante a Copa uma equipe de televisão esportiva do Chile veio à nossa Igreja, tendo sido impactada pelo movimento em torno dos

estádios, e documentou em vídeos o nosso trabalho. O repórter, ao saber do meu nome, perguntou se eu sabia quem era o repórter brasileiro, ao que respondi, “é meu pai”. Assim, ele mostrou ao meu pai o vídeo em que nós trabalhávamos com crianças da comunidade quando fizeram a reportagem. Tivemos ainda a graça de podermos ir aos estádios para assistir a jogos do Brasil, uma vez que recebemos de presente os bilhetes de ingresso.

Não tenho como descrever os momentos em que, ao lado da Edna, estivemos no estádio juntos com outros irmãos assistindo e torcendo pelo Brasil, pois a euforia do povo ao nosso redor era tanta que nem sei como explicar. Os sul africanos nos abraçavam com tanta alegria, tão somente por estarmos ali com eles. Sem dúvida, uma Copa do Mundo que exerceu grande impacto em termos de relacionamentos, tanto evangelísticos como ministeriais ou ainda, familiares e profissionais na área do esporte. São momentos que jamais esqueceremos.  n

11 O JORNAL BATISTA Domingo, 11/12/22 MISSÕES MUNDIAIS
Roberto

Semana Batista marca 31ª Assembleia da Convenção Batista de Roraima

Programação aconteceu durante cinco dias.

Departamento de Comunicação da Convenção Batista Brasileira (com informações das redes sociais da Convenção Batista de Roraima)

Os Batistas de Roraima se reuniram de 22 a 26 de novembro, na Igreja Batista no Asa Branca, para a Semana Batista e 31ª Assembleia da Convenção Batista de Roraima (CBRR). Evento trabalhou o tema “A mensagem da cruz”, com a divisa em I Coríntios 1.18: “Pois a mensagem da cruz é loucura para os que estão perecendo, mas para nós, que estamos sendo salvos, é o poder de Deus”. O preletor oficial foi o pastor Hélder Cardin, da Primeira Igreja Batista de Araras - SP, e a música com o pastor Daniel Lucas, da Igreja Batista da Ilha, em Vitória - ES. Os pastores Edmilson Júnior e Joversi Xavier também ministraram a Palavra.

Na ocasião, a Convenção Batista de Roraima elegeu um terço do seu Conselho Geral, a nova Diretoria para o biênio 2022/2024 e suas organizações também elegeram suas novas lideranças.

No primeiro dia, a mensagem foi ministrada pelo presidente da CBRR, pastor Edmilson Júnior trazendo a mensagem de Deus aos nossos corações. No segundo dia da Semana Batista, o preletor foi o vice-presidente da CBRR, pastor Joversi Xavier, da Comunidade Batista Videira. A terceira

noite teve mensagem musical, trazida pelo pastor Daniel Lucas e mensagem expositiva com o pastor Hélder Cardin.

O último dia trouxe apresentação de missionários e parcerias da CBRR. O trabalho Batista tem crescido em toda Roraima, mas ainda há muitas

vidas a serem alcançadas para Cristo. Além disso, aconteceu a posse das nossas diretorias das Organizações e da Diretoria da CBRR.

“Agradecemos a presença de todos os irmãos e pastores presentes; agradecemos também a presença de

nossos preletores, que trouxeram a mensagem de Deus aos nossos corações; e ao pastor Daniel Lucas com a mensagem musical. Tudo para honra e glória de nosso Senhor Jesus Cristo. Que Deus nos guie nessa caminhada. No próximo ano tem mais”. n

“Como é bom e agradável que o povo de Deus viva unido como se todos fossem irmãos” (Sl 133.1).

A Batista Memorial Curado II e a Batista Memorial em Jardim Paulista tiveram a ideia de juntar um grupo de Igrejas para evangelizar e realizar ação social.

Depois, outras foram agregadas à agenda: Batista Nova Galiléia - Gabiraba, Batista Missionária em Afogados, Batista Missionária em Nova Descoberta e Batista Jardim Cajueiro. Para cumprir o objetivo, todas se reuniram

na Igreja Batista em Xexéu, nos dias 22 e 23 de outubro.

“Éramos sete Igrejas juntas fazendo missões, ação social, evangelização, culto com as crianças, culto na aca-

demia da cidade, e culto no domingo pela manhã. Foi uma experiência maravilhosa e com muitos frutos, inclusive salvação de vidas”, compartilha o pastor Humberto Umbelino.

Graças a Deus pelo empenho dos nossos irmãos em cumprir o Ide. E nós? Também estamos ativos na Grande Comissão? n

12 O JORNAL BATISTA Domingo, 11/12/22 NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
Nathália Monte estagiária da Área de Comunicação da Convenção Batista de Pernambuco
Igrejas unem forças para evangelismo e ação social em Pernambuco Ao todo, seis Igrejas participaram das ações.
Fotos: Humberto Umbelino Batistas de Roraima louvaram ao Senhor por mais uma Semana Batista e Assembleia realizada
das Igrejas fez
diferença
Diretoria da Convenção Batista de Roraima e Organizações foram eleitas e empossadas no evento
União
a
na realidade de várias localidades
13 O JORNAL BATISTA Domingo, 11/12/22

Podemos afirmar que tem havido no mundo inteiro, como nunca na História, um grande progresso em relação à evangelização. O Evangelho tem crescido em regiões onde se pensava que houvesse morrido [...]. Urge, portanto, que nos unamos por amor aos bilhões que estão sem Cristo e, acima de tudo, creiamos que é possível cumprir a Grande Comissão (Mateus 28.18-20). Façamos a obra enquanto é dia (pastor Waldemiro Tymchak).

A palavra do saudosíssimo pastor Waldemiro Tymchak, diretor executivo de Missões Mundiais, dita nos anos 90, é atualíssima e nos leva à profunda reflexão. Ela está conectada com a realidade do Salmo 67 - “um salmo que invoca a continuidade da bênção de Deus sobre Israel (agora, o Israel de Deus, a Igreja de Cristo) para que as nações possam experimentar a Sua salvação, a Sua justiça e a Sua generosidade e, assim, venham louvá-lo”.

A alegria dos povos está ligada ao anúncio e aceitação do evangelho de Cristo. Eles se alegrarão a partir da fé na suficiência da obra de Cristo na cruz e na ressurreição. Eles se alegrarão ao ver a glória de Deus, pela fé, na face de Cristo Jesus. A sua alegria será real pela manifestação do Cristo na pregação do evangelho genuíno. Sabemos que no jardim do Éden, por

Alegrem-se os povos!

causa do pecado, o homem perdeu a sua alegria. Foi no Calvário, outro jardim, que a alegria foi conquistada. Pela desobediência de um homem veio a profunda tristeza. Pela obediência do outro Homem veio a plena alegria, o gozo interior, o contentamento do coração e das entranhas. Bob Pierce, fundador da organização cristã-humanitária Visão Mundial, afirmou: “Que o meu coração seja quebrantado pelas coisas que quebrantam o coração de Deus”.

Os povos devem conhecer o evangelho de Cristo, os feitos extraordinários de Deus na História. Precisam saber acerca de um Deus que se revelou na consciência do homem, na natureza criada, nas Sagradas Escrituras e na Pessoa de Cristo Jesus – o Verbo que se fez carne e habitou entre nós (João 1.14). As nações precisam conhecer a História do amor de Deus em Jesus Cristo. Que Ele proveu a reconciliação. “Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação, a saber, que Deus estava em Cristo, reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a Palavra da reconciliação” (II Coríntios 5.18,19). Vemos aqui o interesse de Deus e nos reconciliar consigo mesmo. A iniciativa foi dEle. Os povos necessitam saber desta verdade pela obra missionária, pelo avanço do evangelho além-fron-

teiras, pela pregação transcultural.

O Salmo 67 é um salmo missionário. O seu título deveria ser “a alegria dos povos”. Este texto missiológico fala de graça, testemunho, louvor, benção, fruto e temor. Estes são alguns temas do evangelho de Cristo. O salmista deixa claro no verso 2: “para que se conheça na terra o teu caminho; em todas as nações a tua salvação”. O verso 3 é uma consequência: “Louvem-te os povos, ó Deus; louvem-te os povos todos”. Este salmo é precioso, pois fala da bênção de Deus sobre as nações. Como Igreja, somos o Israel de Deus (Gálatas 6.16) para proclamarmos às nações a Sua glória pelo evangelho da graça. Temos alegria da salvação. Somos um povo feliz. Não podemos reter essa mensagem. A nossa missão é fazer missões para que todos os povos da terra conheçam o Deus que é o Criador-Soberano-Salvador. O Deus cuja natureza é amor (I João 4.8). O Deus tão Sublime, Majestoso, Santíssimo, Justo, Perfeito em todos os Seus caminhos, Altíssimo, mas tão presente entre nós pelo Espírito Santo. Ele se importa conosco por meio de Cristo Jesus.

Alegrem-se os povos! Este deve ser o nosso desejo intenso. Que Deus seja glorificado pela alegria dos que recebem a salvação eterna! Envidemos todos os esforços para que os povos se alegrem como resultado da pregação das boas novas de Cristo

Jesus. Anunciemos todo o Evangelho ao mundo todo. Levemos a preciosa semente para todos os povos. Sejamos consumidos pelos anseios do Pai. Tenhamos a sensibilidade do Espírito para fazermos toda a vontade de Deus neste mundo. Que não nos envergonhemos do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para a salvação de todo o que crê (Romanos 1.16). Cristo deve ser sempre a nossa vida e a nossa mensagem. Sejamos Seus discípulos cheios de amor pelas almas perdidas.

Aproveitemos todas as oportunidades para testemunharmos do Seu amor. Reflitamos a Sua luz ao mundo a partir do nosso contexto. Como Paulo, falemos com convicção: “Para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro” (Fp 1.21). Que Cristo seja engrandecido em nossas vidas para a alegria dos povos. Que como Pedro e João testemunhemos: “Nós não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido” (At 4.20). Exalemos o bom perfume de Cristo às nações. Como cristãos, comprometidos com os povos, recebamos a exortação paulina: “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis, e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão” (I Co 15.58). Agindo assim, os povos receberão o testemunho do Evangelho de Cristo e conhecerão a Glória de Deus e se alegrarão NELE! n

14 O JORNAL BATISTA Domingo, 11/12/22 FÉ PARA HOJE PONTO DE VISTA
Pr. Oswaldo Luiz Gomes Jacob

Discípulos, seguidores, mestres ou influencers?

O núcleo imperativo da chamada Grande Comissão focaliza o desafio em fazermos discípulos e o ponto de destaque nesse artigo está localizado em que Michael Goheen chama de dimensão missional em que todos, indistintamente de nossos dons e chamado, participamos da missão de Deus para a restauração de toda criação que buscamos resumir na expressão latina missio Dei (missão de Deus). E, como bem nos lembra Christopher Wright, que “não é tanto que Deus tenha uma missão para sua Igreja no mundo, mas que Deus tenha uma Igreja para sua missão no mundo. A missão não foi feita para a Igreja; a Igreja é que foi feita para a missão: a missão de Deus. Missão, a partir do ponto de vista de nosso esforço humano, significa a participação comprometida do povo de Deus nos propósitos de Deus para a redenção de toda a criação. A missão é de Deus. A maravilha está em que Deus nos convida a participar. A missão nasce no coração do próprio Deus e se comunica desde seu coração até o nosso. A missão é o alcance global do povo global de um Deus global. [A missão de Deus: desvendando a grande narrativa da Bíblia. São Paulo: Vida Nova, 2014, cap. 1]

E isso envolve muito mais do que a expressão ou comunicação verbal da mensagem de salvação pois como nos ensina Robert Martin-Achard que missão “é uma questão de presençaa presença do Povo de Deus no meio da humanidade e a presença de Deus no meio de seu povo”. Essa presença ultrapassa, portanto, a pregação, a apresentação verbal de um plano da salvação. Essa presença marca a influência de cada cristão como sal e luz, como embaixador do Reino de Deus nas malhas cotidianas da vida. Daí a centralidade do discipulado como A estratégia de Jesus para a Igreja, o novo Israel de Deus.

Assim somos convidados a participarmos de forma comprometida como povo de Deus dentro da história do mundo com a redenção da criação de Deus e isso envolve vida exemplo, vida modelo de modo a fazermos parte da Igreja de Jesus Cristo como que uma sociedade de impacto diante desse mundo corrompido pelas mazelas do pecado que desenham um cenário

complexo composto por corrupção, promiscuidade, injustiça, egoísmo, cultura de gênero, dilemas ambientais, guerras etc. em que todas essas situações se distanciam do Plano da Criação que foi abandonado com a rebeldia no Éden.

Billy Graham nos lembra bem de que “nós somos as Bíblias que o mundo está lendo ... nós somos os sermões que o mundo está prestando a atenção”.

O discipulado como estratégia que Jesus nos deixou demanda transformação de vida, vida modelo a ser seguida. Aliás, o discipulado é seguir e em tempo integral, pois Cristianismo é vida integral em tempo integral (Lucas 9.23 - “cada dia”). É mudança radical de mindset, muito mais do que apenas ser possuidor de uma “apólice contra o incêndio do inferno”. O aceitar a Cristo implica em que a pessoa faz uma opção de “reobjetivação” de seu projeto de vida, reorientação nos alvos, metas ideais, valores éticos etc.

Tenho o hábito de compreender o discipulado como “transfusão vivencial”, isto é, em que o mestre transfere seus valores e ideais para o discípulo, mais ainda em que o mestre cuida do discípulo de modo a buscar o seu crescimento pessoal. Nada a ver com uma “transfusão esquizofrênica” de vida, mas com o amadurecimento e crescimento de vida, de reação à vida, às circunstâncias da vida, com o fortalecimento da autoimagem, comportamento, relacionamento etc. à luz dos valores bíblicos. E isso exige que o mestre seja modelo a ser transferido e referenciado na vida de Jesus, como Paulo nos bem lembra “sejam meus imitadores como eu sou de Cristo” (I Coríntios 11.1).

Como se pode perceber, discipulado é estilo de vida e a experiência prática tem demonstrado que quando transformamos discipulado em estrutura que precise ser “contabilizada”, metrificada, deixa de ser natural e de cumprir com seu papel transformador.

Infelizmente, me parece que substituímos o discipulado por “competência fabril” e produtiva fundamentada no cumprimento de atividades, programas, eventos e estruturas. Para isso, não há necessariamente que haver vida modelo, mas busca em seguir métricas que demonstrem desempenho, eficiência, competência funcional.

E pior, me parece que hoje estamos

confundindo a caracterização do que de fato é ser discípulo com a figura do ser “seguidor” nas redes sociais e o ser mestre com ser influencer. Isso é possível notar ao crescer no meio evangélico o procedimento em se contabilizar o número de seguidores nas redes sociais e o quanto a pessoa influencia e captura mais seguidores. Essa contabilidade tem se tornado um referencial para a valorização de ministérios, de funcionalidade e até priorização de investimentos.

Em termos gerais, o influencer ou influenciador atrai seguidores por meio de postagens que chamam a atenção e são compatíveis com suas percepções, desejos e intenções. Há aí uma atração por identificação e não necessariamente por novos desafios que ultrapassem a linha da zona de conforto do seguidor, diferente do discipulado em que, muitas vezes, o mestre precisará exercer uma atenção admoestativa para com seu discípulo para que busque alterar uma conduta, uma estratégia de vida que está sendo incompatível com algum princípio bíblico de vida e precise sair de sua zona de conforto. Diferentemente, o discipulado necessariamente não está ligado com as preferências do discípulo, ou sua zona de conforto.

E neste sentido, o funcionamento das redes sociais está fundamentado em instruções de monitoramento, controle e disponibilização de acesso, chamadas de “algoritmos”, que são construídos para levar o “usuário-seguidor” a ter acesso e ser acessado por temas que atendam suas expectativas e com aquilo com se identifica gerando uma circularidade que acaba sendo nociva, pois esse usuário acessa o que lhe agrada e com o que se identifica, buscando se distanciar do que possa colocar em risco suas preferências e zona de conforto. A quantidade de “likes”/visualizações se torna a busca primeira e seletiva prioritária. Estudos psicológicos e neurológicos já demonstram os riscos para esse perfil de atitude, mesmo assim, essa estratégia e modo de ser das redes sociais permanece firme.

Diferentemente, no discipulado o mestre nem sempre irá tratar de algo que possa se identificar com seu discípulo, poderá ocorrer a necessidade de confronto em busca de algum ajuste comportamental. No campo da Psico-

logia temos o processo de “intervenção” quando o profissional necessita estimular meios para buscar a solução de algum ajuste necessário na vida do paciente, que no fundo seria praticamente procedimento semelhante.

Ser “influencer” implica em buscar “agradar” seus seguidores para conseguir mais seguidores, aumentar sua contabilidade de visualizações e viralizar suas mensagens, vídeos e tudo o que puder postar. Necessariamente o “influencer” não precisa ter vida modelo a ser “copiada”. Ser mestre implica em vida exemplar e atuação compatível com os ideais do Evangelho, também buscar investir em melhores condições de vida do discípulo, mesmo que isso implique em lhe introduzir em processo de admoestação que contradiga suas preferências, suas identificações, que passam a serem avaliadas à luz também dos ideais e valores bíblicos.

Um “influencer” tem suas próprias métricas, referenciais, é autocentrado, autorreferenciado tendo como alvo conquistar mais e mais seguidores buscando postar mensagens que possam atrair a identificação com eles. Um mestre, por sua vez, tem como referencial a Cristo, como o apóstolo Paulo mencionou “sede meus imitadores como eu sou de Cristo” (I Co 1.1) e também orientou seu discípulo Timóteo “... o que de minha parte você ouviu por meio de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a pessoas fiéis e também idôneas para instruir a outras” (II Tm 2.2). O discipulado fomenta seguidores que miram em Jesus e nas Escrituras como seus ideais, o mestre é apenas um intermediário, uma “ferramenta”, “recurso” do maior Mestre para que Sua vida seja “impressa” na vida do discípulo para que também se torne mestre.

É errado, então, ter seguidores nas redes sociais? não necessariamente. Mas não há como confundir o discipulado com esse cenário de “influencers”, seguidores, “likes e visualizações. Vamos lembrar do desafio de John Stott: “Não devemos perguntar: ‘O que há de errado com o mundo?’ Esse diagnóstico já foi dado. Em vez disso, devemos perguntar: ‘O que aconteceu com o sal e a luz’?”

Desejando entrar em contato: E-mail: rega@batistas.org

No Instagram: @lourencosteliorega n

15 O JORNAL BATISTA Domingo, 11/12/22 OBSERVATÓRIO BATISTA PONTO DE VISTA
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