OJB EDIÇÃO 49 - ANO 2022

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ISSN 1679-0189 R$ 3.60 ANO CXXI EDIÇÃO 49 DOMINGO, 04.12.2022 ÓRGÃO OFICIAL DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA FUNDADO EM 1901
Jonatas Nascimento apresenta documento para Igrejas Associações Batistas no Norte do Paraná realizam 64ª Assembleia Entre em Campo com Missões Mundiais JMM promove campanha de oração pelos países da Copa do Mundo Evento inédito MCM em Maceió promove primeiro congresso da Organização pág. 03 pág. 10 pág. 11 pág. 12 Dicas da Igreja Legal Notícias do Brasil Batista Missões Mundiais Notícias do Brasil Batista Conselho Geral da CBB se reúne pela última vez antes da 102ª Assembleia Entre os dias 21 e 24 de novembro, conselheiros apresentaram ideias e os relatórios de Comissões e Orga nizações da Convenção Batista Brasileira. Leia a matéria completa nas páginas 08 e 09.
Sugestão eclesiástica

Estamos bem próximos da 102ª Assembleia da Convenção Batista Bra sileira (CBB), que será realizada de 19 a 21 de janeiro de 2023, em Recife – PE. Os últimos ajustes estão sendo feitos, inclusive entre o nosso Conselho Geral.

Últimos ajustes

A edição desta semana, a primei ra de dezembro, traz como destaque da capa a última reunião do Conse lho Geral antes da Assembleia, que aconteceu no fim de novembro e teve apresentações de relatórios e mudan

ças para o ensino teológico Batista do Brasil.

Nas páginas 08 e 09 você pode ler a matéria completa, e saber o que nossas organizações têm feito para aperfeiçoar as nossas atividades. Além

disso, toda a edição de OJB está reple ta de artigos e notícias para te inspirar e abençoar.

Bom mês de dezembro e boa lei tura. n

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A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação Batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOS

W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);

Moisés Silveira (1940 a 1946);

Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988);

Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOS

Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923).

ARTE: Oliverartelucas

IMPRESSÃO: Editora Esquema Ltda A TRIBUNA

2 O JORNAL BATISTA Domingo, 04/12/22
EDITORIAL
REFLEXÃO O JORNAL BATISTA Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Hilquias da Anunciação Paim DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIO DE REDAÇÃO Estevão Júlio Cesario Roza (Reg. Profissional - MTB 0040247/RJ) CONSELHO EDITORIAL Francisco Bonato Pereira; Guilherme Gimenez; Othon Ávila; Sandra Natividade EMAILs Anúncios e assinaturas: jornalbatista@batistas.com Colaborações: decom@batistas.com REDAÇÃO
E CORRESPONDÊNCIA
Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557

DICAS DA IGREJA LEGAL

Jonatas Nascimento

Caros leitores, graças a este pre cioso espaço aqui n’O Jornal Batista tenho tido a oportunidade de ajudar a quem me procura a resolver eventuais problemas enfrentados pelas mais di versas Igrejas Batistas e outras deno minações espalhadas Brasil afora.

Eventualmente, me fazem pergun tas que jamais saberei responder, mas tento lançar luz.

Uma das dores de muitas Igrejas é o excesso de amadorismo quando da “contratação” do pastor ou outro ministro religioso. Ilustro com um fato de meu conhecimento:

Determinado ministro religioso foi convidado para pastorear uma Igreja mediante uma proposta de proventos pastorais que àquela altura atendia às suas necessidades daquele obreiro. A tratativa não previa nada além dos pro ventos, tais como descanso semanal, férias, gratificação natalina, plano de saúde, previdência social ou plano de previdência social, residência pastoral ou outros benefícios. Aliás, nem mes mo forma de reajuste dos proventos foi combinado. Passados oito longos anos, o ministro estava ganhando exa tamente o mesmo valor da data de sua chegada àquela Igreja.

De fato, o ministro religioso não faz jus a direitos trabalhistas, porquanto não é regido pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), mas não impede que a Igreja “contratante”, na medida das suas possibilidades, conceda al guns benefícios ao obreiro.

Baseado no fato acima e na reali dade reinante na maioria das Igrejas evangélicas plantadas em solo brasilei ro, resolvi acrescentar em minha obra “Cartilha da Igreja Legal”, 4ª edição, que acaba de ser disponibilizada, o Termo de Compromisso Mútuo que abaixo transcrevo, crendo que o mes mo poderá ser útil às nossas Igrejas.

Título: Termo de Compromisso Mútuo

Partes: Igreja e ministro religioso

Sugestão de documento para a Igreja local

ou outro ministro auxiliar não regido pela CLT.

Preâmbulo: Pelo presente instru mento particular, de um lado, IGREJA... (qualificar); e de outro, PASTOR ou ou tro MINISTRO auxiliar não regidos pela Consolidação das Leis do TrabalhoCLT (qualificar), CELEBRAM este Ter mo de Compromisso Mútuo mediante os seguintes termos:

Cláusulas e Condições:

Cláusula 1ª: Compete ao ministro religioso (ou outro ministro) desempe nhar suas funções em conformidade com os objetivos da Igreja, os quais previstos em seus estatutos, regimen tos ou outros documentos, ciente de que não possui vínculo de emprego, já que de acordo com a legislação vi gente, não se considera como remu neração direta ou indireta, os valores despendidos pelas organizações reli giosas com o ministro de confissão re ligiosa em face de seu mister religioso ou para sua subsistência.

Cláusula 2ª : O ministro religioso se declara portador de vocação reli giosa e reconhece especialmente a legitimidade do art. 3º da CLT e demais legislações pertinentes, que versam sobre o não vínculo empregatício en tre ministro religioso e Igreja, já que ausentes os requisitos para tal, quais sejam pessoalidade, subordinação hierárquica, obediência a cumprimen to de jornada de trabalho, salário ou remuneração e habitualidade.

Cláusula 3ª: A título de proventos pastorais (ou outras rubricas normal mente aceitas: proventos ministeriais, sustento pastoral, sustento ministe rial, renda ou rendimento eclesiástico, prebendas, côngruas ministeriais ou múnus eclesiástico), a Igreja pagará ao ministro a quantia mensal de R$.... (va lor por extenso), mediante documento, no máximo até o dia (por extenso) de cada mês seguinte ao vencido.

Parágrafo §: Os proventos (ou ou tras rubricas normal mente aceitas: proventos pastorais, proventos mi nisteriais, sustento pastoral, sustento ministerial, renda ou rendimento ecle siástico, prebendas, côngruas ministe riais ou múnus eclesiástico) previstos nesta cláusula deverão ser reajustados anualmente (ou em período inferior) no mês de ......., tomando-se por base. (especificar de forma clara e inequí voca esse critério).

Cláusula 4ª: Além dos proventos previstos na cláusula anterior, a Igre ja concederá, na medida das suas possibilida des e ou liberalidade, os seguintes benefícios análogos ao de trabalhador, que poderão ser amplia dos ou restritos, dependendo da ca pacidade e ou liberalidade da Igreja:

a. Gratificação natalina em dezem bro de cada ano, equivalente a 100% (cem por cento) ou fração dos proven tos, em parcela única ou em vezes;

b. Férias anuais (acrescidas ou não do terço constitucional);

c. Concessão de plano de saúde para o ministro religioso (especificar se vai estender à esposa e filhos menores);

d. Concessão de Fundo de Garantia por Tempo Ministerial (FGTM) ou Fun do de Apoio Pastoral (FAP), à razão de ... % (escrever por extenso) por mês, o qual deverá ser depositado em conta poupança em nome do ministro religio so e disciplinada de comum acordo;

e. Auxílio moradia até o valor men sal de R$... (por extenso);

f. Veículo para uso do ministro reli gioso no exercício das suas atividades ministeriais;

g. Auxílio combustível;

h. Auxílio previdenciário (INSS e ou previdência privada).

Cláusula 5ª: Fica o ministro religio so ciente de que sobre tais valores será aplicada a tabela mensal vigente do Imposto de Renda para fins de reten ção de Imposto na Fonte.

Cláusula 6ª: Fica o ministro religio

so ciente de que, por sua condição de contribuinte obrigatório equiparado a autônomo, o recolhimento do seu INSS será efetuado com base no valor por si declarado e não necessariamente pelo valor por ele percebido mensalmente, e que esse ônus é tão somente seu e não da Igreja.

Cláusula 7ª: O tempo de ministério do ministro religioso será o previsto no estatuto da igreja.

Cláusula 8ª : Em caso de afasta mento temporário ou permanente do ministro religioso do seu mister, moti vado por enfermidade, serão tomadas as seguintes providências: .................

(Cabe à Igreja local prever as me didas a serem tomadas)

Parágrafo § : Em caso de faleci mento do ministro religioso, a Igreja adotará as seguintes providências em relação à viúva e seus filhos menores:

(Cabe à Igreja local prever as me didas a serem tomadas)

Cláusula 9ª: Assim, justos e acer tados, firmam o presente instrumento em 2 (duas) vias de igual teor.

Local e data

Assinatura do representante legal da Igreja

Assinatura do ministro religioso

Jonatas Nascimento, diácono. Autor da obra Cartilha da Igreja Legal.

WhatsApp: (21) 99247-1227. E-mail: jonatasnascimento@hotmai.com.

3 O JORNAL BATISTA Domingo, 04/12/22
REFLEXÃO

Práticas que nos levam ao bem-estar

“Aparta-te do mal, e pratica o que é bom; procura a paz, e empenha-te por alcançá-la” (Sl 34.14).

Bem-estar ou se sentir bem, tanto no corpo quanto no espírito, é um dos nossos alvos nesse mundo. Quando conseguimos, notamos quanto isso faz bem a nosso ser. Temos dificulda des para isso, que se originam em nos sa natureza corrompida pelo pecado, que nos volta para alvos opostos, ou seja, indisposição de nos apartarmos do mal e praticar o bem, de sermos pa cificadores, e tampouco empenhados em obter a paz.

Por essas razões, o Senhor Deus nos orienta a combatermos essas in disposições, através da prática de atitu des contrárias às motivadas por nossa natureza corrompida, acima citada.

A primeira é nos apartarmos do mal, acrescida da prática do que é bom. São atitudes interdependentes

para produzir o bom efeito, porque, quando praticamos o que é bom, es tamos certamente nos apartando do mal. Apartar-se tão somente do mal, seria um ato isolacionista, que não promove um verdadeiro bem-estar.

A segunda, também consiste numa duplicidade de ações, que são, além de procurar a paz, nos empenharmos por alcançá-la. Se apenas a encontramos, mas não nos empenhamos em alcan çá-la, jamais chegaremos a ela. A paz não encontra lugar para se hospedar em um ser ainda cheio de sentimentos egoístas, vingativos, irados, julgado res, prontos a reagir fortemente, me diante qualquer contrariedade a seu próprio eu.

Ser bom sempre nos faz bem, pro move-nos um bem-estar, mas nos cus ta essas práticas contrárias à nossa natureza.

Concluo citando a fonte para a verdadeira e permanente paz, que é Jesus. Encontrando-O e nos empe nhando em alcançá-Lo, teremos essa paz: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos

Deus trabalha através de nós

“No princípio criou Deus os céus e a terra” (Gn 1.1).

A Bíblia rejeita o conceito do aca so, quando nos revela sua solução para o começo do Universo: “No prin cípio, Deus criou os céus e a Terra” (Gn 1.1) Por que foi necessária a in tervenção do Senhor Jeová? Porque “a Terra era um vazio, sem nenhum ser vivente, e estava coberta por um mar profundo. A escuridão cobria o mar e o Espírito de Deus se movia por cima da água” (Gn 1.2).

Assim como a escuridão cobria o

dou; não vô-la dou como a dá o mun do. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (Jo 14.27).

Universo, a luz do Cristo foi enviada ao mundo para iluminar o caminho do Senhor. Disse Jesus: “Eu sou a luz do mundo: quem Me segue nunca andará na escuridão, mas terá a luz da vida” (Jo 8.12).

De igual modo, Cristo nos con vocou para a expansão da Sua luz: “Vocês são a luz para o mundo. Não se pode esconder uma cidade cons truída sobre um monte... Assim tam bém a luz de vocês deve brilhar para que os outros vejam as coisas boas que vocês fazem e louvem o Pai de vocês, que está no céu” (Mt 5.14-16).

Siga essas práticas e certamen te encontrarás o bem-estar na tua vida. n

Deus procura verdadeiros adoradores

Vamos iniciar esta conversa com a seguinte pergunta: Qual tem sido o seu objetivo principal ao participar dos cultos na Igreja? Pensou? Respondeu? Veja se a sua resposta é parecida com alguma dessas: “Vou, porque quero ouvir o sermão do pregador” ... “Gos taria que Deus solucionasse alguns dos meus problemas” ... “Creio que é lá que vou buscar alimento espiritual e me abastecer para o resto da semana”.

Todas estas respostas são legítimas e mostram muita sinceridade de coração. É claro que Deus poderá nos falar através do pregador, ou nos dirigir em meio aos problemas, bem como nos “abastecer” espiritualmente para a semana. Mas, o objetivo principal de nossas reuniões, não deve ser o de irmos buscar, mas sim o de oferecer algo ao nosso Deus!

Respostas como a que vimos acima acontecem normalmente pela falta de informação bíblica sobre o propósito de Deus para o homem. Deus nos criou para louvarmos e engrandecermos o Seu nome, como descrito em Efésios 1.12 e Isaías 43.21, e ainda devemos apresentar a Deus um culto racional, como descrito em Romanos 12.1.

Muitas vezes, nossa principal in tenção nos cultos não é a de nos apresentarmos diante de Deus, mas sim de esperamos que o Senhor se apresente a nós. Através da oração, da leitura bíblica, da mensagem do pastor, das músicas apresentadas e hinos que cantamos, esperamos que Deus nos conceda a cura, a libertação e o auxílio nos demais problemas da vida. É evidente que Deus se utiliza de todas essas formas para falar aos corações e nos levar a tomarmos ati tudes, mas Ele, o Senhor Jesus, deseja mais, deseja que ofereçamos louvor a

Ele, deseja que ao sairmos do local de culto coletivo estejamos inclinados a assumir um compromisso verdadei ro com Ele, e não simplesmente para que recebamos algo. Fazemos muitas vezes como os nove dos dez leprosos (Lucas 12), que, após receberem a cura divina, não voltaram para agradecer a Jesus, apenas um (1) voltou com esta intenção, e foi este que teve a sua vida salva da perdição.

Dentro de um espetáculo artísti co, seja uma apresentação musical ou uma peça de teatro, constatamos dois (02) elementos básicos: os atores e a plateia. Esses dois elementos são os mais visíveis dentro do espetáculo, mas existe outro elemento de suma im portância e que não é tão perceptível: o contrarregra.

Muitos cultos em nossas Igrejas estão parecendo verdadeiros espetá culos artísticos. Os músicos, dirigen tes e até mesmo o pastor têm sido o

ponto principal do culto, ou seja, os atores. Alguns pastores falam mais deles ou de experiências de vida do que da Palavra de Deus. Os músicos estão mais preocupados com o seu desempenho musical do que com a adoração. Existem até pessoas que vão a certas Igrejas porque lá tem boa música ou porque o pastor prega bem, ou seja, a congregação se torna uma verdadeira plateia.

No culto cristão é diferente. A con gregação são os atores, assim não há espaço para críticas ao programa, a música ou ao sermão do pastor, pois, na verdade, alguém está observando a nossa apresentação, alguém está se agradando ou não daquilo que fa zemos. O dirigente, os músicos e o pastor, são os contrarregras, devem aparecer pouco ou nada, apenas faci litam o andamento do culto. E a plateia que deve se agradar de tudo o que vê é o próprio Deus. n

4 O JORNAL BATISTA Domingo, 04/12/22
Olavo Fe ijó Samuel Vieira Barros presidente da Associação dos Músicos Batistas do Brasil
REFLEXÃO

Não sabemos ao certo em que mo mento o rei Davi escreveu esse salmo. Alguns estudiosos creem que ele es creveu em decorrência da perseguição de Saul. Outros acreditam que o salmo foi escrito quando seu filho Absalão se rebelou contra ele. Na verdade, são apenas conjecturas. O fato é que o sal mista descreve a perversidade dos ím pios com relação a Deus (Salmos 14.1). Davi expõe algo que permeia toda a Escritura - que o problema do mundo reside no fato de todos os seres hu manos serem pecadores. O Salmo 14 é repetido no Salmo 53 quase que na íntegra - apenas com algumas modifi cações. O apóstolo Paulo cita o Salmo 14 em (Romanos 3.10-12) - ressaltan do que Judeus e Gentios estão debaixo da condenação do pecado. A repetição do Salmo 14 é um grito de Deus a nós - para que tratemos com urgência a

questão do pecado. O pastor Leandro Peixoto afirma: “O salmo 14 revela que os problemas nada mais são do que o fruto amargo do pecado que infestou a humanidade”.

Gostaria de elencar alguns pontos que podemos tirar dos versos iniciais deste salmo. Em primeiro lugar, a in sensatez do homem o leva a descon siderar a realidade de Deus (Salmos 14.1). A palavra hebraica utilizada para o insensato é nabal. A ideia é de al guém que nega a direção de Deus em sua existência. O salmista salienta que muitos negam e não querem a interfe rência de Deus nos assuntos da vida diária, pois preferem viver contando com sua ausência. Essa insensatez não é uma questão de limitação inte lectual, mas de transgressão moral. O teólogo Warren Wiersbie diz: “Os insensatos (nabal) não querem Deus ou não precisam dele. Desejam viver a vida a seu próprio modo”.

Em segundo lugar, ao negar a Deus

O problema sou eu

(Salmos 14.1-2)

- o homem abre a porta para todo tipo de depravação (Salmos 14.1). O que salmista mostra - é que se tirarmos Deus da mente humana, se tirarmos Deus do contexto social - e fizermos do homem a medida de todas as coisas –como expressou o filósofo Protágoras - viveremos como pessoas sem freio, corrompidos nos entregando a atos detestáveis. Como bem expressou Dostoievski: “Se Deus não existe, tudo é permitido”. Ao negar a existência do Eterno, o homem se corrompe e perde a referência da vida.

Em terceiro lugar, sem Deus o ho mem corrompe seu comportamento (Salmos 14.1). Pelo simples fato de deixarmos Deus de lado e não aceitar mos sua direção em nossa vida – que nos tornamos ágeis para fazer o que é errado e absolutamente impotentes para fazer o que é certo. Os teólogos chamam isso de “depravação” - que é a capacidade inata no ser humano de buscar o mal. Por isso o salmista diz:

“já não há quem faça o bem”. O homem nega a realidade divina para poder vi ver o que ele chama de liberdade. Vale ressaltar o que disse o saudoso pastor e escrito Isaltino Gomes Coelho Filho: “Fazer o que se quer não é ser livre. É ser escravo. Dos instintos. De uma natureza corrompida”.

Em último lugar, estamos debaixo do escrutínio de Deus (Salmos 14.2). Aqui o salmista expõe um atributo de Deus. Ele vê todas as coisas, todas as pessoas. Tudo que nós fazemos é visto por Deus. Quando Davi mandou trazer Bete Seba para o palácio, esque ceu que, mesmo que Urias, o marido dela, não descobrisse a verdade, há um Deus que tudo vê (Gênesis 16.13). Com propriedade o pastor e escritor Luciano Subirá afirma: “O conceito de um Deus que tudo vê não se limita a um Deus que consegue se manter bem informado, e sim ao que Ele fará com aquilo que vê. Todos nós prestaremos contas ao Deus que tudo vê”. n

Socializar é sempre bom

Socializar é, simploriamente, as sociar-se a pessoas com objetivos comuns que as conduz a dividirem -se umas com outras como em um sentimento de fraternidade que as faz distribuir proventos necessários para a sobrevivência possivelmente igualitária, assim como é possível a socialização dos gêneros de primeira qualidade como a educação e a saúde.

Diferentemente do socialismo em seu conteúdo político, o socializar não se impõe erga omnes, isto é, “contra todos”, “frente a todos” ou “relativamen te à”. Sua aplicabilidade se restringe e está descrito tão somente quanto a aplicação das Leis que se aplicam erga omnes contra todo cidadão que as transgride, como prevê o artigo 102. § 2º da CF (Emenda Constitucional nª 45, de 2004 , ex vi da ADIN 3392).

Então, socializar é sempre bom por seu conteúdo e capacidade das pessoas que voluntaria ou legalmen te se dispõe a construir para produzir subsídios em benefício do seu grupo, e consequentemente, por inteligência sábia, se estender para todo o seu con texto social e quiçá em investimento de exportação.

Observem-se, pois, por que socia lizar é uma boa opção inteligente de crescimento socioeducativo.

Primeiro porque socializar torna as pessoas mais sociais. A inserção social é poderoso aditivo que facili ta a convivência mais fraterna e res peitável. Toda vez que as pessoas se agregam, especialmente para aprender sua própria cultura, elas se predispõem habilmente para fazer inserções em outras culturas, o que ampliará laços sociais e permitirá intercâmbio de in teresses recíprocos.

Segundo, porque socializar faz as

pessoas andar mais próximas umas das outras. Ser social, por si só, não implica aproximação obrigatória. En tretanto, o associativismo torna as pes soas mais eficientes quando compro missadas formalmente umas com as outras. Isso ocorre na formalidade do casamento civil, algo que se torna mais facilitado na união estável, mesmo que legalmente tutelada. É que, quanto mais próximas e comprometidas, as pessoas socializam os problemas até entre parentes, assim como a atual juventude, especialmente, vive a se so cializar com culturas as mais diversas entre países distintos, a partir de seus contextos atuais ao utilizarem racional e sabiamente da mídia à disposição.

Terceiro, porque socializar torna as pessoas mais eficientes no uso so ciopolítico de benefícios dispostos. No ambiente contemporâneo, as dis cussões têm conteúdo socialmente aquilatado e bem demarcado. A preo

cupação socioeconômica é um dos fatores que faz o indivíduo contraba lançar, especialmente quando o con texto político fica mais vulnerável com questões econômicas, a fragilidade da educação institucional, bem como a saúde, moradia, emprego etc.

Para que haja mais eficiência no uso dos benefícios sociopolíticos dis postos, é imperioso se apropriar de determinados meios de produção e de troca, bem como certos serviços em benefício da coletividade. É assim que é possível socializar não só a educa ção, como os meios de comunicação, como também a medicina em benefí cio de todos.

Assim, pois, socializar de modo inteligente, racional e produtivo é sempre bom. O agregamento é sem pre capaz de produzir melhor e mais, e, consequentemente capaz de fazer uma sociedade cada vez melhor, em amplitude. n

5 O JORNAL BATISTA Domingo, 04/12/22 REFLEXÃO
Rubin Slobodticov pastor, colaborador de OJB

“Família é fábrica de gente” define Gilda Franco Montoro, uma das escri toras do livro Um olhar sobre a família. Esta é uma definição simples, po rém interessante e muito, muito verda deira. As famílias fabricam pessoas, fabricam cidadãos, fabricam futuros esposos e esposas, pais e mães. As famílias fabricam gente com todos os tipos de estrutura - física, moral, espiri tual, emocional e psicológica.

É na família que tudo começa. Aprende-se a ser honesto, trabalhador; aprende-se a ser esposo e pai, a ser esposa e mãe, a ser cidadão e cidadã. A partir dos exemplos que se vê é que o caráter das pessoas vai se formando. Na criança, essa formação ocorre, prin cipalmente, até os sete anos. Dos sete aos 11, alguma coisa mais apenas se acrescenta. Após os 12 anos, é preciso que Deus comece a fazer milagre.

Quando era menina, conheci, no bairro em que morava, uma fábrica

que não produziu boa gente. Eram cinco filhos - dois homens e três mu lheres. A mãe, além de espancar os filhos, os mordia, chutava e xingava. O pai era completamente ausente e alheio ao que acontecia ali duran te o dia; não se importava. Os dois meninos cresceram e se tornaram marginais. Um foi assassinado pre cocemente e o outro foi preso. Uma das filhas se casou com um homem 40 anos mais velho e mantinha ca sos extraconjugais. A outra tratava os três filhos tal qual a mãe e a mais nova engravidou aos 13 anos, depois desapareceu, abandonando o filho.

Já conheci fábrica de gente com mãe que se fingia de morta, com mãe que entregava os filhos para as ba bás criarem (incluindo noites, fins de semana e feriados), com pai ausente na criação dos filhos, com pai que abandonou a família. E já conheci “sobreviventes” - termo usado na

De novo, o Natal de Jesus, História que vamos cantar, História que vamos contar, Estação que vai nos alegrar, Estação em que vamos presentear.

De novo, o Natal de Jesus, Tempo de efusivamente agradecer O dom da vida vivos a nos manter, A graça que nos permite em paz viver, A eternidade em que mergulha o nosso ser.

De novo, o Natal de Jesus, Com presépios que podemos construir, Com anjos que podemos esculpir, Com pastores em cujos caminhos po

demos persistir, Com magos cuja bondade nos pode definir.

De novo, o Natal de Jesus, Cuja narrativa podemos ignorar, Como se nada tivéssemos a celebrar, Cuja estação podemos deixar passar, Como tradição que não nos pode in comodar.

De novo, o Natal de Jesus, E então o que vamos fazer Com o pedido do esmoler: Apenas esmolar para nos enaltecer?

De novo, o Natal de Jesus, Como um tempo para conferir, Para nos deixarmos advertir,

Fábrica de gente

psicologia para definir as pessoas que dão certo, apesar da “fábrica” de onde vieram.

A Bíblia também traz exemplos, como o do sacerdote Eli e do rei Davi. De cujas “fábricas” saíram filhos ex tremamente insubmissos. Estes são fatos tristes sobre fábrica de gente que, infelizmente, existe em grande número.

Toda família comete erros, todos os pais e mães cometem erros. Entretan to, há erros imperdoáveis. Há erros que deixam marcas indeléveis, que para sempre deixarão sequelas. Causarão tantos danos que os produtos sairão das fábricas com defeito de fabricação irreparável.

Para exemplificar, podemos citar todo e qualquer tipo de abuso (inclui -se, é claro, o abuso sexual) e agressão física e psicológica, depreciação e me nosprezo constantes, total ausência de pai e/ou mãe, entre outros. Mas graças

a Deus existem fábricas de gente mui to melhores, com bons e excelentes resultados de produção.

Como este a Bíblia também traz exemplos, um dos melhores é o de Eu nice, que mesmo casada com um des crente, “produziu” o pastor Timóteo.

Há algum tempo ouvi uma narrativa sobre um pai, porteiro de um prédio, sobre sua “fábrica”. Dois filhos e duas filhas foram criados numa das fave las do Rio de Janeiro. Apesar das difi culdades para criar os filhos naquele meio, todos cresceram e se tornaram bons cidadãos, que também construí ram suas “fábricas”. Quando indagado, revelou o segredo: muita conversa, li mites e sua presença constante e ami ga de pai.

Diante dos fatos torna-se necessá rio refletir. Que tipo de fábrica é a nos sa? Que tipo de gente ela fabrica? n

Natal, de novo

Para que do egoísmo venha nos re dimir Para que o amor nos alegremos em difundir.

De novo, o Natal de Jesus, Tempo de as boas novas cantar, Tempo de com graça viver, Tempo de nos emocionar, Tempo de a nossa própria salvação fruir, Tempo de a todos para a salvação convidar.

Será outra vez época banal, Com tediosa repetição anual, Em que vamos muitas canções entoar Ou vamos nos enternecer E mais que nos alegrar e divertir, Vamos celebrar e nos oferecer

Para ajudar outros entenderem o con vite da eternidade

Por meio também dos frutos de nossa generosidade?

De novo de Jesus o Natal: O que vamos fazer?

Podemos ser como Maria, Ao aceitar o convite para a parceria.

Podemos ser como José: Respeitoso ao acompanhar sua mu lher.

Podemos como anjos vindos do alto Afinando suas vozes de barítono, so prano, tenor e contralto.

Podemos ser como os pastores que saem para ver

O que o Todo-Poderoso é capaz de por eles e por nós fazer. n

6 O JORNAL BATISTA Domingo, 04/12/22 VIDA EM FAMÍLIA REFLEXÃO
Israel Belo de Azevedo pastor da Igreja Batista Itacuruçá - RJ

Você tem sido obediente ao Senhor?

Meu nome é Ana Luiza Prates Oli veira, mas sou mais conhecida como Ana Lú. Tenho 25 anos, vim de Birigui, interior de São Paulo, e sou bacharel em Direito. Eu entendi o chamado para a promotoria de missões aos 17 anos. Quanto mais eu me envolvia com mis sões, mais meu coração se alegrava nisso!

Com 19 anos, me tornei missioná ria mobilizadora voluntária de Missões Nacionais, afinal, o chamado para a mobilização ardia em meu coração! Era um chamado para erguer recursos, mobilizar gente e mobilizar Igrejas! Nesse tempo, entendi o quanto era

crucial fazer discípulos. Foi assim que passei a coordenar um pequeno grupo multiplicador na faculdade.

Em meio às viagens missionárias e operações Jesus transforma, Deus confirmou em meu coração que eu de veria ir a outro campo missionário. O amor pelo povo do Sul do Brasil, mes mo sem conhecê-lo, me tirou da zona de conforto e, em meio à pandemia, me levou ao Rio Grande do Sul. Ser Radical no lugar mais frio do país e ver que o maior desafio não era o clima, mas a frieza espiritual daquele povo, foi uma grande experiência. Várias pessoas olham para lá e veem um grande va zio, porque ainda falta plantar muitas Igrejas Batistas, mas o que precisamos realmente ver é que ali temos muitas oportunidades. Temos um povo seden to em conhecer a verdade de Jesus!

Era assim que trabalhávamos: co nhecendo pessoas, fazendo estudos, criando relacionamentos e discipu lando, pregando e ensinando a Bíblia. Também dava aula de violão e ukulelê, e até aprendi a tomar um chimarrão, tchê! Essas são todas oportunidades para falar de Jesus. O povo gaúcho é muito mais aberto do que as pessoas pensam. O amor abre portas! O Rio Grande do Sul é bem frio, mas aque ceu e abraçou meu chamado naquele tempo!

Depois de 1 ano e meio servindo e plantando Igrejas, o direcionamento foi o de retornar. No entanto, o con vite para ser voluntária na Vila Minha Pátria em meio aos refugiados foi irrecusável! Que tempo maravilho so! Certo dia, por volta de 22h, eu e a missionária Débora passamos

pela lavanderia da Vila e uma afegã, casada, com três filhas, estava es tendendo as roupas da família e nós nos oferecemos para ajudá-la. Ela se emocionou e nos disse que nunca haviam feito isso por ela e que ela não entende por que nós, missioná rios, trabalhamos tanto para cuidar deles, estrangeiros, desconhecidos! É maravilhoso servir ao Senhor!

Hoje, ainda faço missões e sou obediente! Desta vez, servindo na co municação de Missões Nacionais. É um chamado para comunicar o Reino de Deus. Prossigo mobilizando, pro movendo, orando, indo e contribuindo, afinal, fazer missões em cada esfera é função de todos nós! Em cada uma dessas áreas, a mesma obediência, amor e privilégio. n

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MISSÕES NACIONAIS
Ana Luiza Prates Oliveira Gerência de Comunicação e Mobilização Adaptação: Redação de Missões Nacionais Dia de atividades especiais com as crianças na Vila Minha Pátria Momento de discipulado no Rio Grande do Sul

Última reunião do Conselho Geral da CBB em 2022 traz mudanças para o ensino teológico Batista no Brasil

Mais de 50 conselheiros participaram do encontro.

no Departamento

A reunião do Conselho Geral da Convenção Batista Brasileira (CBB) foi realizada de 21 a 24 de novembro, na sede da CBB e no auditório do Seminá rio Teológico Batista do Sul do Brasil (STBSB). Foi a última reunião antes da 102ª Assembleia, que será realizada de 19 a 21 de janeiro de 2023, em RecifePE. Depois de algum tempo, esta foi a primeira reunião totalmente presencial.

Ao todo, 58 Conselheiros partici param desta reunião, que além dos relatórios teve momentos de oração, comunhão e alegria.

Primeiro dia

O pastor Hilquias Paim, presidente da CBB, iniciou os trabalhos agrade cendo aos seus pares da atual Dire toria: “essa diretoria é maravilhosa”, disse o pastor, expressando sua grati dão à atual diretoria da CBB, pelo com panheirismo. Também agradeceu o trabalho dos membros do Conselho.

No momento devocional do primei ro dia de apresentação de relatórios, os conselheiros ouviram o pastor Sócrates Oliveira de Souza, diretor-executivo da CBB, falando sobre lições de liderança no capítulo 10 de João, o qual destacou cinco pontos: Legitimidade, Identida de, Desejo, Engajamento, Responsa bilidade. Na sequência, foi realizado um momento de oração por todos os diretores-executivos das organizações da CBB e Convenções Estaduais.

O primeiro relatório apresentado foi do diretor-executivo da CBB, destacan do as áreas de Comunicação, Educa ção Cristã e História e Estatística. Logo

depois, Jéssica Martins, coordenadora da Juventude Batista Brasileira (JBB), falou das atividades da organização, como Mês da Juventude, Vem pra Vida (Setembro Amarelo), eleição dos no vos conselheiros, apresentação das Coordenadorias, missão, visão, valo res, planejamento estratégico, a ideia de um manual para as juventudes e os próximos eventos. Representando a União Missionária de Homens Batis tas do Brasil (UMHBB), Jairo Peixoto, coordenador, ressaltou o trabalho do Mutirão Nacional Missionário (MUNA MI), na Ilha de Canabrava - BA.

Para finalizar o período da manhã, tivemos a primeira parte do relatório da Comissão de Finanças, com o pas tor Ednan Dias, e o relatório da Junta de Missões Mundiais (JMM), com o pastor João Marcos Barreto Soares, diretor-executivo. Nossa agência mis sionária para os povos estrangeiros apresentou suas ações através de um

vídeo e já apresentou o tema da cam panha de 2023: “Vamos completar a missão”.

Após o almoço, pastor Hilquias Paim apresentou o relatório da Dire toria, que trouxe, entre outras coisas a proposta de unificação da Gestão dos Seminários Teológicos da CBB, que foi aprovada e começou a ser implementada a partir do Seminário Teológico Batista Equatorial (STBE), em Belém - PA.

O primeiro dia de apresentação de relatórios foi finalizado pela União Fe minina Missionária Batista do Brasil (UFMBB), com Marli Gonzalez, direto ra-executiva, e com o Seminário Teoló gico Batista Equatorial, através de seu diretor-geral, Benildo Veloso.

meçou com uma palavra devocional. Desta vez, com o pastor Raphael Ab dalla, terceiro vice-presidente da CBB, destacando que Deus quer de nós a melhor adoração.

Pela Ordem de Pastores Batis tas do Brasil (OPBB), pastor Daniel Ventura, diretor-executivo, falou da Assembleia Extraordinária online, com mais de 500 participantes, os produtos que a organização tem oferecido a pastores e Igrejas e o resumo financeiro.

Na sequência, o pastor Fernando Brandão apresentou dois relatórios: Junta de Missões Nacionais (JMN), apresentando um vídeo, e Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil (STBSB), ressaltando as contas em dia e a parceria com a Faculdade Souza Marques. Esta instituição está minário do Sul para aulas do curso de Medicina, com 620 alunos. Um

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NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
Diretores-executivos compareceram em bom número na reunião Diretoria da CBB também se reuniu no período de reunião do Conselho Geral
Momento de oração pelos diretores-executivos de Convenções Estaduais e organizações

momento marcante neste período foi a chegada de uma família afegã, acolhida pela Vila Minha Pátria, e que agora está no processo de inte riorização através da Igreja Batista Itacuruçá - RJ.

Na parte final do relatório da Comissão de Finanças, tivemos o pastor João Brito com mais informa ções a respeito das organizações, e Tatiana Freire com a proposta orça mentária.

O relatório do Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil foi apresen tado pelo pastor Sócrates Oliveira de Souza, diretor-executivo da CBB, des tacando o aniversário de 120 anos da instituição, que é o primeiro seminário da denominação.

Estamos a pouco mais de um mês para a 102ª Assembleia da CBB, em Recife – PE, e Valdevan Lucas, pre sidente do Conselho da JBB, trouxe informações sobre o andamento das atividades. Já temos mais de 1500 ins

critos e uma série de programações de mobilização tem sido realizadas no estado.

Ainda pensando em Assembleias da CBB, pastor Antonio Valdemar Kukul Filho, diretor-executivo da Convenção Batista Paranaense (CBP), apresentou o vídeo promocional da 103ª Assem bleia, que será realizada em Foz do Iguaçu - PR, em 2024.

A Comissão de Planejamento, atra vés do pastor Marcos Luís Lopes, apre sentou seus objetivos para as áreas de oração, comunicação e cooperação, com ênfase na Campanha de conhe cimento denominacional “As pessoas cooperam com o que conhecem”. Ti vemos também as informações da Comissão de Apoio às Igrejas, com o pastor Samuel Lopes, diretor-exe cutivo da Convenção Batista de Mato Grosso (CBMT) e Comissão de Atas, com o pastor Samuel Esperandio, di retor-executivo da Convenção Batista Pioneira do Sul do Brasil (CBPSB) e

Comissão de Educação Cristã, com Amanda Quintella, informando sobre as atividades da Convicção Editora, UMHBB, UFMBB e Associação de Edu cadores Cristãos Batistas do Brasil (AECBB).

Os últimos relatórios desta reu nião foram da Associação Nacional de Escolas Batistas (ANEB), com Jean Silveira, diretor-executivo, destacando as parcerias que a organização tem

feito, e AECBB, com Elana Ramiro, sua presidente. A organização está em fase final para a migração de Asso ciação para Ordem. Todo o processo deverá ser finalizado na Assembleia em Recife - PE.

Agora, nosso próximo encontro com os conselheiros e o povo Batista brasileiro será na 102ª Assembleia

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NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
da Jairo Peixoto (UMHBB); Pr. Ednan Dias (Comissão de Finanças); Pr. Hilquias Paim (CBB); Elana Ramiro (AECBB); Pr. Raphael Abdalla (CBB) Pr. Daniel Ventura (OPBB); Pr. Fernando Brandão (JMN/Seminário do Sul); Pr. João Brito e Tatiana Freire (Comissão de Finanças); Pr. Sócrates Oliveira (CBB) Pr. Valdevan Lucas (JBB); Pr. Antonio Kukul (CB Paranaense); Pr. Marcos Luís Lopes (Comissão de Planejamento); Pr. Samuel Lopes (Comissão de Apoio às Igrejas); Pr. Samuel Esperandio (Comissão de Parecer de Atas) Jean Silveira (ANEB); Amanda Quintella (Comissão de Educação Cristã); momento de oração pela Educação Teológica Comissão Jurídica, Comissão de Educação Cristã, Comissão de Planejamento e Juventude Batista Brasileira

Congregação na Chapada Diamantina torna-se Primeira Igreja Batista em Iraquara - BA

Organização aconteceu após quase 50 anos de organização da Congregação.

gerente de Comunicação e Marketing da Convenção Batista

Baiana

A celebração de aniversário da Con gregação Batista em Iraquara, entre os dias 23 e 25 de setembro, foi marcan te e especial para a membresia. Após 49 anos, foi realizado o concílio e ela então foi organizada como Primeira Igreja Batista em Iraquara.

A solenidade contou com o pastor Geremias Bento, diretor do Seminário Teológico Batista do Nordeste, como orador oficial e examinador do concí lio. O secretário geral da Convenção Batista Baiana (CBBA), pastor Genil son Souto, e o gerente de Expansão Missionária da CBBA, pastor David Pina, participaram do evento, bem como diversos pastores de Igrejas da Associação Batista da Chapada Diamantina e os missionários da CBBA Ana Áurea (Esplanada), Ma ria Mabel (Bonito) e pastor Gilmário Santana (Palmeiras). A Igreja-mãe, Igreja Batista Jerusalém em Salvador, levou uma caravana com dezenas de irmãos.

Iraquara foi o primeiro campo mis sionário da Convenção Batista Baiana, tendo como primeiro casal de obrei ros o pastor Gabriel (in memoriam) e a missionária Ana Áurea. Hoje, a Igreja é pastoreada pelo pastor Valter Ney Ramalho.

Os cultos foram realizados no tem plo e no espaço do acampamento da Igreja. O concílio e a primeira assem bleia da PIB em Iraquara ocorreram na noite do sábado, dia 24 de setembro, com entrega de placas para a Conven ção Batista Baiana (representada pelo pastor Genilson Souto), Igreja Batista

Jerusalém (representada pelo pas tor Jorge Mariano), pastor Geremias Bento (orador dos cultos de aniver sário), pastor Emanuel Mafra (liderou a Congregação) e pastor Valter Ney. No domingo pela manhã, dia 25, foi realizada a Ceia do Senhor com os presentes.

A participação musical foi do pastor Emanuel e Ana Aranha, da Igreja Batis ta Metropolitana em América Dourada. A programação da noite do domingo, dia 25, contou com apresentação dos ministérios da Igreja, com o ministério de louvor e pantomima da Igreja-mãe. Louvamos a Deus pela nova Igreja. n

No dia 12 de novembro aconteceu a 64ª Assembleia Geral Ordinária (bia nual) da Associação dos Batistas do Norte do Paraná (ABANOPA), na Igre ja Batista Esperança em Londrina. O encontro foi marcado pela adoração, comunhão e ministração da Palavra de Deus aos corações de todos os men sageiros representantes das Igrejas Batistas cooperantes.

O tema foi “Testemunho para trans formar”, alicerçado em Atos 4.20, e todos fomos tremendamente aben çoados com as ministrações, além de terem transcorrido de modo abençoa do os relatórios, deliberações e eleição da nova Diretoria.

Geremias Correa Jr., terceiro vice-pre sidente da Convenção Batista Para naense (CBP), que também represen tou nossa Convenção.

Foram eleitos para conduzir os traba lhos da Associação para o novo biênio 2022/2024: presidente: Wagner Domin gos Rodrigues (Ibel); vice-presidente: Jaiderson Emerich Marçal (Primeira Igreja Batista em Arapongas); secre tário: pastor Nilson Marcolino Missão (Primeira Igreja Batista em Jaguapitã); e segunda secretária: Alessandra Cristi na S. Rodrigues (Primeira Igreja Batista em Rolândia). A liderança das mulheres estará a cargo da irmã Mirian da Silva Soares; dos homens pelo pastor Antô nio Márcio Jovedy e da juventude

10 O JORNAL BATISTA Domingo, 04/12/22 NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
Lidiane Ferreira José Devanir de Oliveira pastor, coordenador dos Batistas do Norte do Paraná O orador oficial foi o pastor da Pri meira Igreja Batista em Umuarama,
irmão Rodrigo Rodrigues Henriques. n
pelo
Batistas do Norte do Paraná promovem 64ª Assembleia Seus encontros acontecem a cada dois anos. Convenção Batista Baiana recebe homenagem da PIB em Iraquara Entrega da Bíblia para
Valter Ney e família Membros da PIB em Iraquara Momento de Oração
da nova
Pr.
Posse
Diretoria da ABANOPA

Entre em Campo com Missões Mundiais

Redação Missões Mundiais

A Copa do Mundo 2022 é oportu nidade, comunhão e sinalização do Reino de Deus. Eventos esportivos são os principais motivos em que diversos países, culturas, povos e línguas se reúnem para um único propósito.

Apesar da dificuldade de adaptação em uma nova cultura, o país sede da Copa do Mundo, Catar, recebe milhares de pessoas e muitas são testemunhas do amor de Jesus naquele lugar. Por isso, estamos em campo com uma ação de oração pelos países partici pantes da copa e pelos cristãos que fazem parte desse evento.

Desde o dia 20 de novembro até o dia 18 de dezembro estaremos em oração pelos 32 países participantes do evento esportivo. Sabemos das difi culdades de muitos países em relação à perseguição aos cristãos, alto índice de violência, extremismo, fome, entre outras coisas.

Sendo assim, vamos unir nosso pensamento, voz e clamor em favor daqueles que precisam receber o amor, proteção e o cuidado de Jesus.

São eles:

Arábia Saudita

Confira os pedidos de oração nas redes sociais de Missões Mundiais e no grupo de oração no Telegram

Vamos entrar em campo com a nossa oração. Faça parte! n

Projeto com surdos alcança novos convertidos

Minha visão é que “nações” signifi cam muito mais que um país. O senti do é muito mais profundo, de grupos ou etnias do que apenas a nacionali dade. Dentro de um país podem existir diversas “nações”. Como no Iraque, um país que tem dentro dele o Cur distão, uma nação não reconhecida como independente. Outro povo são os Yázides, que também vivem na região.

Com o movimento de povos pelo mundo e o crescente número de re fugiados, temos “nações” vivendo em diferentes países. E Missões Mundiais da CBB tem a missão de: “Fazer dis cípulos em todos os povos e lugares não-alcançados”; por isso estamos empenhados em fazer com que a men sagem da redenção em Cristo chegue a essas “nações”, não importa onde estejam.

Um exemplo claro disso está em nosso projeto com surdos, que inde pendente da nacionalidade, são um

povo não-alcançado. Só no Oriente Médio temos dois projetos que estão empenhados em chegar até essas pessoas. A casa da cultura para sur dos está passando por um tempo de provas, pois até o meio do ano contá vamos com uma missionária ouvinte, do próprio país, que gerenciava o pro jeto, mas ela recebeu a possibilidade de imigrar para os Estados Unidos, e quase como todo cristão naquela re gião, quando tem uma oportunidade,

não deixa escapar.

Contudo, o projeto continua a pleno vapor. Estamos com um livro pronto para ser editado, que ensina a lingua gem de sinais para ouvintes e surdos. Esse material foi preparado pelo nos so projeto e será uma poderosa ferra menta não só para os surdos do nosso projeto, como para os surdos daquela nação. Também oferecemos aulas de linguagem de sinais para crianças surdas.

Outro exemplo é a escola-projeto para surdos que temos no Sahel, em um país específico naquela região. Além da escola de ensino fundamen tal, focada no ensino infantil, temos um projeto paralelo de alfabetização de jovens e adultos, que hoje sabem ler e escrever e podem se comunicar entre si, com seus parentes e ter uma vida melhor na sociedade.

Naquele projeto, uma jovem en tregou sua vida a Jesus Cristo, que veio de uma família profundamente tradicional, que segue o Islã. Devido a todo o testemunho de transformação de vida perante sua família, ela foi ba tizada e expressa um profundo desejo de ser missionária entre os surdos em seu país e na região. Na última sema na, conversei sobre essa jovem com um parceiro na região, e buscamos, em oração, encontrar meios de investir na vida dessa jovem.

Ore pela continuidade do discipula do da jovem surda no Sahel. Ore para encontrarmos alguém com chamado para essa nação no Oriente Médio e que assuma o projeto. n

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1. Catar
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Camarões
Canadá
Austrália
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Tunísia
Coreia do Sul
Polônia
Japão
Marrocos
Sérvia
País de Gales
Senegal
Estados Unidos
Suíça
Uruguai
México
Croácia
Alemanha
Dinamarca
Portugal
Holanda
Espanha
Inglaterra
França
Argentina
Bélgica
Brasil
Jessé Carvalho coordenador de Missões Mundiais no Oriente Médio, Norte da África e Sahel Africano

Igrejas Batistas de Maceió - AL realizam 1°

A Associação de Igrejas Batistas de Maceió (ASSIBAM), presidida pela missionária Edvania Souza, membro da Igreja Batista em Ipioca, realizou no dia 15 de outubro, no templo da Igreja Batista Nova Esperança no Feitosa, o Primeiro Congresso de Mulheres da Associação. O intuito do evento foi de reunir todas as mu lheres que fazem parte das MCM’s (Mulheres Cristãs em Missão) das Igrejas da capital. O encontro reuniu 20 Igrejas e cerca de 200 mulheres e representantes da liderança da de nominação.

A programação do dia contou com várias atividades de estudos da Pala vra e aprofundamento cristão, e ati vidades de lazer e entretenimento, como por exemplo, um concurso de beleza da “Esther mais autêntica”, momento que proporcionou descon tração e comunhão.

“Foi um evento maravilhoso, onde tivemos a participação ativa das irmãs no culto, cada MCM teve a oportunidade de se apresentar, houve muita comunhão, adoração e estudo da palavra de Deus”, compartilhou a

de mulheres

A primeira reunião periódica do Co mitê de Atividades e Projetos (CAP), da Convenção Batista do Estado de São Paulo (CBESP), contou com participa ção e palestra do professor universi tário Rodrigo Coutinho. Membro do conselho Fiscal da Convenção Batista Brasileira (CBB) e operador na área de inteligência financeira, Coutinho falou ao grupo da CBESP, cujos integrantes são executivos das organizações Ba tistas ligadas à denominação no esta do paulista.

A exposição tratou sobre as “cinco características da sociedade no novo normal”. Entre as peculiaridades ci tadas pelo especialista estão: o em poderamento do consumidor - o qual procura manifestar sua opinião sem

receios de outrora, a conexão e a inte ração veloz no tráfego de informações e relacionamentos, a importância da agilidade na prestação de serviço e/ou resolução demandas, a solidariedade como expectativa de comportamento retributivo, e a congruência marcada pela compatibilidade do ato e do dis

curso.

“Foi um encontro de capacitação e estratégia para vermos como ir mais longe”, disse o diretor executivo da CBESP, pastor Adilson Santos, sobre essa agenda realizada no dia 09 de no vembro. Presidente da CBESP, pastor Joelito Santos também participou da

atividade e orou pelo palestrante antes da exposição ao comitê. A criação do CAP é resultado da mudança estrutural decorrente da atualização e moderni zação conforme modelo de platafor mas implantado a partir da reforma do

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João Vitor Leite auxiliar de Comunicação da Convenção Batista Alagoana missionária Edvania. noite, com culto de gratidão, onde a irmã Marilene Morais, da Igreja Batista no Feitosa, trouxe a reflexão; durante o culto houve também a participação do coral da Associação e logo após um jantar. n Chico Junior jornalista da Convenção Batista do Estado de São Paulo
estatuto
CBESP. n
e do regimento interno da
Cerca de 200 mulheres participaram. Novo comitê da CBESP dá início a trabalho com palestra para executivos Grupo faz parte das plataformas da CBESP. Mulheres de 20 Igrejas Batistas de Maceió participaram do primeiro congresso Programação do congresso teve diversas atividades
congresso
Coutinho trouxe análise sobre sociedade pós-pandemia
Fotos: Chico Junior/CBESP
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Isaías, o Evangelho do Antigo Testamento

As profecias de Isaías são comple xas e cobrem um grande tempo his tórico, o que dificulta o entendimento de algumas passagens e exige muito estudo para sua compreensão. Por ou tro, as profecias de Isaías em relação ao Messias, o Servo Sofredor, são diretas e bem explicativas. As profecias de Isaías são muito citadas no Novo Testamento, principalmente nos evangelhos, mos trando sua relevância no cânon bíblico.

O texto de Isaías começa com sua identificação “Isaías, filho de Amoz”, e temos um relato histórico de sua vida, quando o profeta é chamado por Deus e diz “eis me aqui”. O texto diz que ele foi chamado por Deus “no ano da morte do rei Uzias”, e nesse tem po ele “viu o Senhor assentado sobre um ato e sublime trono” (Isaías 6.1). Alguns estudiosos dividem a profecia de Isaías em duas partes. A primeira parte, do capítulo 01 a 39, com ênfase no Rei Messiânico, e a segunda parte, dos capítulos 40 a 66, com ênfase no Servo Sofredor do Senhor. Isaías fala muito na primeira parte de sua profecia contra a cegueira espiritual, a idolatria e a hipocrisia do povo, e nessa primeira parte há muitas profecias históricas e de um novo momento de renovação do povo de Deus.

Já no primeiro capítulo, temos uma forte e contundente condenação do

culto hipócrita, em que o profeta con dena os ajuntamentos solenes sem a verdadeira espiritualidade. Ele diz que era necessário “lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de dian te de meus olhos, cessai de fazer o mal. Aprendei a fazer o bem; atendei à justiça, repreendei ao opressor; defen dei o direito do órfão; pleiteai a causa das viúvas” (Is 1.16-17). Isaias também faz um diagnóstico social e espiritual contra os perversos no capítulo cinco, e ele apresenta os “ais” de condenação à maldade e vaidade humana, onde ele toca em vários temas importantes e relevantes. No capítulo sete, temos um relato lindo sobre o nascimento de Jesus, e Isaías apresenta o conceito do Emanuel; já no capítulo nove, te mos aquele lindo relato sempre usado na época do Natal, quando o profeta fala sobre o nascimento e o reino do Príncipe da paz (cf. Isaías 9.1-7). No capítulo oito, temos um lindo relato da esperança firmada no nosso Senhor.

No capítulo 40, o primeiro verso chama a atenção quando Deus diz “consolai, consolai o meu povo” (Isaías 40.1), e esse capítulo é muito profundo quando fala da majestade de Deus em contraste aos ídolos humanos, e exalta que o Senhor, o Criador não se cansa e nem se fatiga, e por isso renova os can sados e dá vigor aos exauridos (Isaías 40.28-30). A partir do capítulo 53, as profecias são claramente messiânicas, onde Isaías fala sobre o sofrimento

vicário do Senhor. No capítulo 53, o profeta mostra que ele “tomou sobre as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si” e que o Mes sias seria “ferido de Deus e oprimido” (Isaías 53.4). O texto mostra como o Messias seria “moído pelas nossas transgressões”, mostra que nossa pos tura como ovelhas desgarradas, e mos tra ainda que o Messias seria “oprimi do e humilhado” para nos salvar e nos redimir na cruz, cumprindo a justiça de Deus (Isaías 5 a 11). Já no capítulo 55, temos o relato da graça de Deus ofe recida por Deus, e Isaías alerta o povo de Deus a “buscar ao Senhor enquanto se pode achar; invocai-o enquanto está perto” (Is 55.6), e ainda de forma linda e profunda diz que devemos deixar o “perverso o seu caminho, o iniquo os seus pensamentos; converta-se ao Senhor”, mostrando como o foco do povo de Deus deve ser a conversão. A razão dessa busca pelo Senhor, da invocação e da conversão é porque os “pensamentos de Deus não sãos os nossos pensamentos”, pois Seus pensamentos são mais altos e mais elevados (Isaías 55.8).

No capítulo 57, o profeta denuncia a idolatria do povo de Deus, e fala da mensagem da paz aos arrependidos; no capítulo 58, temos um relato do verdadeiro jejum que visa a justiça social e a verdadeira espiritualidade; no capítulo 59, Isaías fala da confissão da maldade nacional lembrando que

a “mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo seu ouvido, para que não possa ouvir” (Is 59.1). No capítulo, vemos Isaías falando da glória futura da nova Je rusalém; no capítulo 61, a mensagem clara das boas novas da salvação.

A jornada de estudos em Isaías, pro move muitas reflexões e crescimento espiritual. Somos confrontados a pres tar culto a Deus segundo os moldes estabelecidos por Ele, ou seja, um culto com sinceridade em contraste contra o culto hipócrita. Somos confrontados a abandonar os ídolos e adorarmos somente a Deus, o único Senhor que trabalha em nosso favor. Somos lem brados que o Messias salvaria o povo escolhido, mas também os gentios, e a casa de Deus é casa de oração, ou seja, casa que clama pela salvação dos povos o que traz muitas implicações para a Igreja de Jesus Cristo (cf. Isaías 56.7 e Mateus 21.13). Somos instruí dos a entender que todas as profecias em relação ao Messias se cumpriram no ministério de Jesus e que o nosso Senhor Jesus é o Messias esperado que nos salva e nos garante uma nova vida, a vida eterna.

Estude as lindas profecias de Isaías. Que o profeta Isaías nos guie ao centro da vontade de Deus e que as suas profecias nos levem a con fiar plenamente no Senhor e declarar publicamente que o Senhor é o Único Deus. n

14 O JORNAL BATISTA Domingo, 04/12/22 PONTO DE VISTA

Turista de Igreja

Turista é um termo que identifica quem viaja muito, quem não perde a opor tunidade de conhecer uma nova cidade, quem está sempre à procura de uma nova atração que justifique o seu deslocamen to. Essas pessoas fazem do turismo um grande negócio em todo o mundo.

Há, também, um outro tipo de turis mo que cresce rapidamente nos nos

sos dias, trata-se do turismo de Igreja. Esses turistas são crentes que ficam “viajando” de Igreja em Igreja. Hoje vão nesta; semana que vem naquela outra e assim por diante. Geralmente essas pessoas são levadas pelas atrações do dia: É um “Louvorzão” aqui, um “Arras ta-pé Evangélico” ali, um “Culto Show” nesta Igreja, uma “Vigília poderosa” naquela outra, e lá vai o turista!

Se por acaso, você está se tornando um turista de Igreja, atente para estes

fatos:

1. Turista de Igreja não agrada a Deus, como lemos em Hebreus 10.25: “Não deixemos a nossa congrega ção...”;

2. Turista de Igreja não trabalha para o Senhor, como deveria fazer, ser vindo na Igreja local onde é membro;

3. Turista de Igreja perde a bên ção da comunhão, que é resultado do convívio, no mínimo semanal, com os irmãos da sua Igreja;

4. Turista de Igreja se torna uma pessoa confusa e desorientada porque assimila uma verdadeira salada mista de doutrinas e práticas;

5. Turista de Igreja pratica desones tidade, porque quando se fez membro de uma Igreja, prometeu frequentá-la assiduamente;

6. Turista de Igreja, na maioria das vezes, acaba ficando no meio do cami nho, isto é, em Igreja nenhuma.

Não seja você um turista de Igreja. n

Para que serve sua Bíblia?

“Toda a Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça; a fim de que o homem de Deus tenha capacidade e pleno preparo para realizar toda boa obra” (II Tm 3.16-17).

Esta não é uma pergunta retórica! E por mais que possa soar estranha ou sem sentido, gostaria que você pen sasse seriamente nela. Ao longo de cerca de 10 anos, tenho ministrado um curso sobre “Como Estudar a Bíblia” e de início faço um questionário sobre hábitos de leitura/estudo da Bíblia. Na última pesquisa que realizei, em fevereiro deste ano, o resultado não difere muito dos demais. Mas, tenho a impressão de uma ligeira piora! Os pesquisados eram todos acima de 18 anos, dos quais cerca de 82% haviam se convertido há mais de cinco anos. Cerca de 6% nunca leu a Bíblia toda e cerca 70% leem a Bíblia todo dia por

um tempo predominante de 15 minu tos. A maior razão para deixar de ler a Bíblia é a falta de tempo, mas alguns não o fazem pois deixam isso para o pastor ou líder, outros por sentirem -se culpados ou não leem porque não querem mesmo. Em que grupo você se enquadra? Parece que a pergunta inicial não é tão sem sentido, não é mesmo?

Para ajudá-lo a pensar na pergunta, deixe-me dar três motivos para você estudar a Bíblia.

O primeiro motivo é porque ela é essencial para o seu crescimento es piritual. Veja só o que o apóstolo Pedro diz acerca disso: “… desejai o puro leite espiritual, como bebês recém-nasci dos, a fim de crescerdes por meio dele para a salvação,” (I Pe 2.2). Com esta metáfora, Pedro diz que é preciso a mesma atitude de um recém-nascido que avança numa mamadeira; que o faz de forma ardente, pois anseia por isso. E por que tudo isso? Porque o objetivo é alcançar o crescimento para a salvação.

O segundo motivo é para que você alcance maturidade espiritual. Leia o que o autor do livro de Hebreus diz em Hebreus 5.11-14. Da passagem tiramos que as pessoas para as quais se escrevia eram lentas em aprender - “tardias em ouvir”; que o tempo pas sou, não aprenderam o que deveriam e, portanto, eram pessoas imaturas es piritualmente. E o autor fala ainda algo muito interessante, que a maturidade espiritual vem pela prática, pois a falta de experiência (de prática) os deixou naquele estado. Sempre era necessá rio voltar aos ensinos básicos, porque não se aprendeu quando deveria e nem se praticou o que se ensinou.

O terceiro motivo é que a Bíblia é eficaz ao que se propõe e tem eficá cia comprovada. O apóstolo Paulo ex pressa isso a Timóteo dizendo que a Palavra de Deus é útil. Como assim? É útil para estruturar o pensamento (ensino), para determinar limites (re preensão), para conformar à vontade de Deus (correção) e para orientar de forma positiva em como seguir a vida

(educação na justiça). Tudo isso tem um propósito que é capacitar para toda boa obra, onde a eficácia é compro vada.

Assim, quero voltar à pergunta ini cial: para que serve sua Bíblia? Talvez você tenha mudado sua visão ou forta lecido o que já pensava, mas lembre-se de três coisas importantes: I) não há crescimento fora da Palavra de Deus; II) para se chegar à maturidade espiri tual, a Bíblia é o meio divino para isso; III) tornar-se eficaz na obra de Deus, passa pela atitude primária de estudar a sua Palavra.

Portanto, quero adicionar outras perguntas para levar a uma maior reflexão: como é sua relação com a Bíblia? Sua postura em relação à lei tura e estudo da Bíblia é adequada? O que você tem de fazer para mudar sua condição de leitor para estudante ou de leitor passivo para ativo da Bí blia? Você tem alguma metodologia? Que o Senhor nosso Deus lhe dê viva esperança e intenso desejo de buscar sua Palavra! Amém! n

15 O JORNAL BATISTA Domingo, 04/12/22 PONTO DE VISTA
Raimundo Ribeiro Passos
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