OJB EDIÇÃO 47 - ANO 2022

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Dia da Educação Teológica 3° domingo de novembro

Na foto, participantes da reunião de organização da Associação Brasileira de Instituições Batistas de Ensino Teológico (ABIBET), entre 16 e 17 de abril de 1970. À frente, a primeira Diretoria (da esquerda para a direita): David Mein (secretário-geral); Dorine Hawkins (vice-presidente); João Filson Soren (presidente); Jussiê G. de Souza (primeiro secretário); Richard Pamplin (segundo secretário).

Promovendo a Educação

Jonatas Nascimento traz últimos comentários sobre o assunto

ISSN 1679-0189 R$ 3.60 ANO CXXI EDIÇÃO 47 DOMINGO, 20.11.2022 ÓRGÃO OFICIAL DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA FUNDADO EM 1901
Quando o pastor pode ter carteira assinada pela Igreja?
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Notícias
Notícias
Igreja Batista em Pernambuco realiza ‘aulão’ preparatório para o ENEM Academia de Estudos Pastorais CB Mineira abençoa mais de 100 pastores Batistas do Ceará Palavra diaconal Presidente da ADBB parabeniza diáconos Batistas
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do Brasil Batista
do Brasil Batista Ponto de Vista

Dia da Educação Teológica

No terceiro domingo de novembro celebramos o Dia da Educação Teo lógica. Louvamos e agradecemos a Deus por nossas instituições de ensi no e aquelas ligadas às Convenções, Associações e Igrejas, que colaboram na formação de vocacionados para as Igrejas Batistas do Brasil.

A seguir, um resumo da história de nossas organizações de ensino.

“Sentiu-se a necessidade de se criar “um órgão que englobasse to das as instituições Batistas de ensi no teológico no Brasil”. Uma comis são já havia preparado o estatuto para a entidade ser criada. Faltava, agora escolher o nome. Depois de várias sugestões pensou-se em ANEBET.

Ficou decidido que antes da fina lização da constituição da ANEBET se fizesse uma consulta por escrito às instituições teológicas Batistas do Brasil, através de uma proposta do dr. Werner Kaschel. Feitas as consultas, concluiu-se que a entidade deveria ser chamada Associação Brasileira de Instituições Batistas de Ensino Teológico (ABIBET), que foi finalmen te organizada no dia 16 de abril de 1970, às 14 horas, no Rio de Janeiro, no Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil com a finalidade básica de congregar todas as instituições de ensino teológico dentro do âmbito Batista do Brasil.

STBNB

“Em 1901, Ginsburg argumenta que o Brasil Batista deveria ser dirigi

do por brasileiros e não estrangeiros: “Irmãos, se o Brasil deve ser conver tido, será com a participação ativa dos brasileiros. Portanto, permita-nos preparar homens, assim que em um futuro próximo eles possam ser ca pazes de tomar os nossos lugares”. Assim, Ginsburg terminou por dirigir a cerimônia de instalação do primei ro seminário Batista no Brasil, a 1º de abril de 1902, cuja ata, escrita por Emílio Kerr, foi publicada em O Jor nal Baptista ainda em abril do mesmo ano. O objetivo da nova instituição foi expresso por ocasião de sua funda ção, quando o primeiro diretor, Jefté Hamilton, disse: “O Seminário não faz ministros, pois é Deus quem chama. [...] É muito honroso e louvável ser pregador do evangelho; mais do que ser um grande político ou presidente da República”.

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2157-5557

STBSB

“Em 15 de março de 1908, abria suas portas com 36 alunos. No período de implantação se formaram 39 alunos e se deu a aquisição das propriedades onde até hoje funcionam. Finalmente, no ano de 1936, houve a separação das instituições, sendo assim, o Colégio e o Seminário passaram a ter adminis trações próprias”.

STBE

“Diante das dificuldades, a Primeira Igreja Batista do Pará hospedou no po rão da casa que servia como templo, então situada à rua João Balbi, número 466, próximo à travessa 14 de março, a primeira turma do Instituto Teológico Batista Equatorial, que teve sua primeira aula no dia 02 de agosto de 1955”. n

Fax: (21) 2157-5560 Site: www.convencaobatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação Batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOS

W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);

Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOS

Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923).

ARTE: Oliverartelucas

IMPRESSÃO: Editora Esquema Ltda A TRIBUNA

2 O JORNAL BATISTA Domingo, 20/11/22
EDITORIAL
REFLEXÃO O JORNAL BATISTA Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Hilquias da Anunciação Paim DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIO DE REDAÇÃO Estevão Júlio Cesario Roza (Reg. Profissional - MTB 0040247/RJ) CONSELHO EDITORIAL Francisco Bonato Pereira; Guilherme Gimenez; Othon Ávila; Sandra Natividade
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e assinaturas:
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jornalbatista@batistas.com Colaborações:
REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA
Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21)

Quando o pastor pode ter carteira assinada pela Igreja? Parte final

Quero concluir esta série de artigos informando que o Ato Declaratório In terpretativo RFB Nº 1, de 29 de julho de 2022, não modificou absolutamente nada da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991. O Ato emitido pela Receita Federal do Brasil “Dispõe sobre os va lores despendidos com ministros de confissão religiosa, com os membros de instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem religiosa, nos termos dispostos na legislação re ferente à tributação”, teve por objetivo dirimir dúvidas de uma lei que vige há 22 anos, mas que vez ou outra suscita dúvidas.

Para facilitar o entendimento de todos, vou transcrever e em seguida comentar os principais pontos:

Diz o Art. 1º: Os valores despendi dos pelas entidades religiosas e ins tituições de ensino vocacional com ministros de confissão religiosa, com os membros de instituto de vida con sagrada, de congregação ou de ordem religiosa, em face do mister religioso ou para a subsistência, não são consi derados como remuneração direta ou indireta, nos termos do §13 do art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991.

Meu comentário: Até aqui não se vislumbra a ideia de relação de vín culo de emprego. Grife-se: “...valores dispendidos... em face do seu mister religioso ou para a sua subsistência”, não são considerados como remune ração direta ou indireta”. Neste caso, o ministro religioso é contribuinte obri gatório da previdência, equiparado a autônomo. O pagamento das preben das é feito pela organização religio sa mediante mero recibo, devendo constar a identificação das partes e a

detalhamento das verbas, se houver, bem como eventuais descontos. Esse recebo torna-se peça contábil idônea para fins contábeis e para informação ao Governo através do e-Social.

Agora veja o que diz o §2º deste artigo: “Serão consideradas remunera ção somente as parcelas pagas com características e em condições que, comprovadamente, estejam relacio nadas à natureza e à quantidade do trabalho executado, hipótese em que o ministro ou membro, em relação a essas parcelas, será considerado segu rado contribuinte individual, prestador de serviços à entidade ou à instituição de ensino vocacional”.

Meu comentário : Salvo melhor entendimento, há situações em que o ministro religioso receberá valores variados mensalmente, e, neste caso, o pagamento de suas verbas deverá ser feito pela organização religiosa atra vés de RPA (Recibo de Pagamento de Autônomo). Neste caso, a entidade religiosa reterá o equivalente a 11% do valor pago, e no vencimento da GPS acrescentará 20% sobre o valor total, a título de encargos previdenciários, além da retenção de imposto de ren da na fonte, quando houver incidência (Obs.: importante consultar a tabela de Imposto de Renda no site da Receita Federal do Brasil). Aqui não estão pre sentes os requisitos da lei que carac terizem o vínculo de emprego.

Art. 2º O disposto no art. 1º não impede que a entidade religiosa ou a instituição de ensino vocacional esta beleça relação de emprego com seus ministros ou membros, hipótese em que deverá recolher as contribuições sociais incidentes sobre os valores a eles pagos, como segurados emprega dos, conforme previsto nos incisos I e

II do caput do art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991.

Meu comentário: A meu ver este ar tigo foi feito sob medida para as mega Igrejas que vem surgindo no Brasil nas últimas três décadas e meia. Tais Igre jas contratam os seus ministros nos moldes análogos ao de um trabalha dor celetista, isto é, de acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, que no seu artigo 3º que assim diz: “Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a de pendência deste e mediante salário”.

Neste caso fica fácil saber quem presta o serviço e quem toma o ser viço, quem manda e quem obedece, quem paga e quem recebe. Particu larmente, duvido que no universo re ligioso haja mais do que dois ou três por cento de templos de qualquer culto com essa prática no Brasil.

A realidade dos templos “normais” é outra. A prática tradicional tem sido ao longo dos tempos Igrejas e minis tros religiosos firmarem uma espécie de contrato sem regras rígidas e sem a presença dos requisitos capazes de caracterização de vínculo de emprego.

Vamos imaginar um cenário numa Igreja Batista, onde geralmente o pas tor é também o presidente da Igreja. Essa Igreja assina a carteira profis sional do pastor. Pela legislação tra balhista, ele deverá cumprir 8 horas de jornada diária; 44 horas semanais e 220 horas mensais. Se homem, fará jus a pelo menos uma folga que caia no domingo; se mulher, fará jus a duas folgas dominicais por mês. Quem vai controlar o ponto do pastor funcio nário? Quem vai adverti-lo? Quem vai demiti-lo? Quem vai abonar as suas faltas e atrasos?

Melhor é deixar esse assunto quie to. Mas, para respaldar a tradição, transcrevo parte de uma decisão em nossos tribunais:

“O trabalho do ministro religioso é uma vocação divina, um chamado de Deus para fazer a sua obra, abran gendo não só o trabalho relacionado à pregação do culto, como também todas aquelas outras atividades neces sárias à organização, sustentação e bom funcionamento da igreja. Trata-se de um ofício, em princípio, destituído de onerosidade, vez que não se busca aí um rendimento material. O padre ou sacerdote, tal como o pastor ou líder religioso equivalente é vocacionado ao ministério e seu galardão não se encontra na terra, mas no céu.

O desvio desses objetivos, a exem plo da substituição dos objetivos es pirituais do pastor ou sacerdote, por outros essencialmente materiais, não tem o condão de transmudar a natu reza originária daquele vínculo religio so. A contraprestação pecuniária que auferem é, na verdade, uma ajuda de custo, também chamada de prebenda, ou seja, um ganho mínimo necessário para prover as necessidades básicas do ministro religioso, não possuindo, assim, a mesma natureza salarial de que trata o art. 3º da CLT. (TRT13 – RO: 00739007920115130022 0073900-79.2011.5.13.0022, Data de Julgamento: 22/05/2012, 1ª Turma, Data de Publicação: 30/05/2012, grifo nosso)”. n

Jonatas Nascimento - Empresário contábil, diácono Batista e autor da obra “Cartilha da Igreja Legal”. E-mail: jonatasnascimento@ hotmail.com WhatsApp: (21) 99247-1227.

3 O JORNAL BATISTA Domingo, 20/11/22
REFLEXÃO
DICAS DA IGREJA LEGAL

As traduções bíblicas

São os exegetas os responsáveis em traduzirem a Bíblia dos idiomas ori ginais para as mais variadas línguas. De maneira que o máximo de pessoas possíveis consigam ler as Escrituras Sagradas.

O Antigo Testamento foi escrito em hebraico. O Novo Testamento foi escrito em grego. Cada tradutor tenta ser ao máximo possível fidedigno aos

idiomas originais da Bíblia no proces so de tradução. Além disso, existe o elemento da gramática. Originalmen te, a Bíblia foi escrita sem pontuação. A gramática é fundamental para que consigamos uma excelente capacida de de interpretação do texto.

Desejo que a Bíblia seja o principal livro da sua biblioteca. Que você leia para se inspirar e aplique o conheci mento adquirido. A Bíblia é lâmpada para os seus pés e luz para o seu ca minho! n

O exercício espiritual constrói vidas sólidas

“Mas rejeita as fábulas profanas e de velhas, e exercita-te a ti mesmo em piedade” (I Tm 4.7).

Vida é um processo físico-men tal. Pelo fato de se expressar como “processo”, uma das características básicas da vida é o movimento.

Daí a teologia do apóstolo Paulo, que desenvolveu seu ensino práti co-teológico da Bíblia, quando a re velou a Timóteo, seu “filho na fé” (I Timóteo1.1). Paulo mostrou que ser discípulo do Cristo exige uma prática especializada, baseada no conteúdo teórico-prático do Mestre. A coerên cia entre teoria e a prática, na vida diária do discípulo do Senhor, foi-nos revelada quando o Mestre ressaltou

a importância do testemunho espi ritual: “Por que vocês me chamam “Senhor! Senhor!”, mas não fazem o que Eu digo?” (Lc 6.46).

“Eu vou mostrar a vocês com quem se parece a pessoa que vem e ouve a Minha mensagem e é obe diente a ela. Essa pessoa é como um homem que, quando construiu a sua casa, cavou bem fundo e pôs o alicerce na Rocha. O rio ficou cheio e as suas águas bateram contra aquela casa: porém, ela não se abalou, por que havia sido bem construída” (Lc 6.47-48). Fomos convocados para construir edifícios de boa qualidade cristã, que rejeitam a matéria prima de baixa qualidade, que os sistemas ao nosso redor querem nos vender...

Torcedor roxo ou cristão verde?

Brasil não dá para contar. Algo inte ressante de notar essa repercussão do evento...

Quem é torcedor fanático no Brasil, denominado “país do futebol”, de um modo tão radical que parece “morrer” por uma bola ou pelo seu time, muitas vezes extrapola todos os níveis do bom sendo e até da educação mesmo. Em tempos de “Copa do Mundo”, que para o país por cerca de um mês, o que se vê de gente de bandeira, ca misa verde, amarela e azul e cornetas correndo para casa para ver o jogo do

Todos torcem, vibram, emociona dos, cantando o hino de letra difícil e, enfim, a bola rola e o jogo começa. Um desespero para os torcedores com jogadas erradas e, por fim, a semifinal de 2014, fatídica, onde um Brasil pen tacampeão levou de 7x1 da Alemanha. Um vexame absurdo!

E ao perder o hexa tão sonhado, o que fazer? Simplesmente nada. O país não é somente uma bola que traz en

tretenimento, mas uma nação “gigante pela própria natureza” sedenta pela “conquista do hexa”, muito além do futebol, na saúde, educação, violência, emprego, política e econômica.

Será que um “torcedor roxo” como o brasileiro age dessa forma em outros momentos, envolvendo-se e comen tando o que vem acontecendo? Ele se preocupa com o seu país nas urnas ou vive reclamando como se não tivesse a ver com a história?

E para nós, cristãos, será que o mesmo torcedor é também roxo ou

muda de cor quando se diz respeito ao Evangelho de Cristo no mundo onde ele está? Age de forma madura, repre sentando ao Senhor ou bem verde e decepciona a Jesus diariamente?

Como seria a “torcida cristã” e o “jogo da vida” no Reino de Deus: anima do ou apagado? Vitorioso ou derrotado?

Que Deus nos conceda as bênçãos dos altos céus para que não sejamos como todo o mundo: “torcedores ro xos” e nem “cristãos verdes” ... senão perderemos de muito mais de 7x1 con tra o inimigo! n

4 O JORNAL BATISTA Domingo, 20/11/22
Davi Olavo Fe Rogério Araújo (Rofa) colaborador de OJB
REFLEXÃO

Cinco sugestões para capacitar futuros conselheiros

torear as nossas Igrejas e produzir (espera-se) teologia verdadeiramente bíblica. Isso implica em pensar o quan to devem ser capacitados por meio de estudos de casos, ferramentas e acompanhamento de professores e conselheiros.

seminarista tem, caso a Igreja dele es teja enfrentando dificuldades;

A Baylor University, uma universidade Batista do Texas, ligada à Convenção Ba tista do Sul dos Estados Unidos, realizou uma pesquisa cujo resultado, divulgado em outubro passado, me chamou a aten ção. Segundo o levantamento, apenas 30% dos entrevistados (de 331 pastores ouvidos) disseram estar preparados para atender e ajudar pessoas com traumas causados por diferentes motivos como abuso sexual, agressão física, guerra, brigas, entre outras razões.

Apesar de todos os números da pesquisa corresponderem à realidade norte-americana, acredito que essa seja uma realidade também vivida, de alguma forma, por pastores e líderes brasileiros.

Por razão do Dia do Teólogo, cele brado em 30 de novembro, acredito ser o momento ideal para refletir sobre a preparação daqueles que se formam em nossos seminários e que vão pas

Ainda é cedo para mensurar, mas as recentes eleições no Brasil deixa ram uma sequela ao meio evangélico brasileiro. Amizades desfeitas, rela ções rompidas, Igrejas rachadas. Se um jovem pastor não estiver preparado para lidar com traumas ou relações turbulentas, isso pode ser fatal para a Igreja local e para o ministério.

Diante de todo este cenário, apre sento cinco sugestões a seminários e faculdades de teologia como contri buição à formação de futuros pastores e líderes. Todas foram baseadas em análises e conversas com pastores e seminaristas ao longo deste segundo semestre de 2022.

1ª: Tenham um capelão presente - O serviço de capelania é algo fun damental para toda organização con fessional. Muitas vezes, o capelão é o único recurso que um estudante /

2ª: Criem ou incentivem grupos de aconselhamento - Trocas de experiên cias, visões e conselhos são ganhos inestimáveis nesta formação. Além disso, geram uma integração entre alunos de diferentes módulos;

3ª: Promovam conferências ou grupos de estudo sobre questões sensíveis - Desta forma, os estudan tes / seminaristas terão contato com temáticas diversificadas e serão esti mulados a refletir com profundidade sobre muitos assuntos. Há um ganho apologético importante desde que esse exercício seja bem conduzido a partir de princípios bíblicos;

4ª: Abram atendimentos de acon selhamento à comunidade - Uma ins tituição de ensino teológica não deixa de ser uma representação, de certa forma, da Igreja de Cristo. Por isso, ela deve impactar a sociedade. Servir à comunidade ao redor é um ganho social e uma contribuição à formação dos seminaristas, uma vez que apre senta a eles casos reais com os quais precisam lidar na prática;

5ª: Promovam grupos de apoio entre professores e funcionários - A saúde mental da equipe de colabo radores conta muito. É por isso que seminários e faculdades de teologia devem ter grupos de aconselhamento ativos. Isso gera um ambiente mais saudável, empático e promove uma reciclagem nas formas de abordagem que seus professores (muitos deles também pastores) têm na sua rotina pastoral. Os ganhos serão extensos. Com isso, lembro da orientação de Paulo à Igreja de Corinto: “Ora, tudo isso provém de Deus, que nos reconci liou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconcilia ção, a saber, que Deus estava em Cris to reconciliando consigo o mundo, não levando em conta os pecados dos se res humanos e nos confiando a palavra da reconciliação” (II Co 5.18-19 / NAA). Para cumprir este ministério, devemos estar preparados para os desafios que nos esperam. Somos chamados para reconciliar o mundo com Deus, pelos méritos de Cristo, mas temos também um papel na reconciliação entre os de dentro de nossas comunidades. n

O cristão e a defesa de sua fé

que há em vós” (I Pe 3.15b) somos instados a proceder da mesma ma neira.

Como em muitos períodos pas sados, a fé cristã está sob ataque. E, como nos recomenda diversas vezes às Escrituras, devemos estar vigilan tes e em oração. De igual modo, não é menos prudente assumirmos uma posição ante tais investidas. A posi ção a que me refiro não é nunca uma posição ofensiva e beligerante, mas uma posição de defesa baseada em argumentos sólidos retirados primei ramente da Palavra de Deus e comple mentarmente de outros campos do saber que se coadunam com a Ver dade por ela revelada. À semelhança do conselho do apóstolo Pedro, que encorajou algumas comunidades da Ásia Menor para testemunhar a sua fé em Jesus Cristo, ao dizer: “e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança

Para entender o texto, é conve niente levar em conta a situação em que ele foi escrito. Boa parte daque les cristãos a quem o apóstolo escre veu eram convertidos do paganismo. Encontravam-se no meio de uma so ciedade completamente distante de Deus, expostos a um duplo perigo: um interno de caráter dilêmico-existen cial que dificultava a perseverança na fé, e outro externo, que era as cons tantes ameaças de morte por parte dos opositores. Quando um cristão permanecia fiel a Cristo e agia de acordo com suas crenças, naquele ambiente adverso, ele poderia não apenas ser discriminado, mas tam bém perseguido e até executado. O objetivo fundamental do apóstolo Pedro parecia ser, portanto, dar uma resposta dupla a esta complexa si tuação. Por um lado, queria consolar os seus e exortá-los a permanecerem

firmes em meio às adversidades. E, por outro, aconselhá-los a explicar a sua fé aos outros, para que estes a compreendessem melhor.

A exortação em si exigia que os cristãos estivessem preparados para não serem surpreendidos por falsas acusações acompanhadas por uma enxurrada de mentiras propugnadas pelos adversários do cristianismo. Todo cristão deveria ter condições mí nimas de expor razoavelmente a sua fé em Cristo. Todavia, essa defesa não deveria ser feita com rudeza, grosseira e desrespeito; mesmo porque, tal com portamento nada tem a ver com o com portamento de um verdadeiro cristão.

Os interlocutores que os interpelassem deveriam ver de primeira uma pessoa disposta ao diálogo, uma pessoa em busca de alcançar uma harmonia entre fé e razão, estabilidade intelectual e espiritual que lhe permitisse responder satisfatoriamente aos questionadores.

Os cristãos não eram apenas chama dos a expressar sua esperança, mas o

fundamento, a razão última para ela. A razão dessa esperança era uma Pes soa, não um argumento. Era, simples mente, o próprio Jesus Cristo, que é o Logos divino, segundo a mensagem do Novo Testamento.

Nesta perspectiva, pesaria bastan te o aspecto dialógico-relacional da fé. A revelação divina, como se sabe, nasceu de um diálogo essencial entre Deus e o homem, no qual Deus tomou a iniciativa e falou; coube ao homem, por sua vez, ouvir e responder. No en tanto, a fé dada como resposta, como abertura a Deus mesmo não deve se restringir a individualidade ou apenas a subjetividade. Na medida em que a fé afeta toda a existência humana, ela nos impele a deixar a pura individua lidade e se voltar para “os outros” em anúncio da mensagem salvífica com partilhando-a corajosamente como ex pressão do amor recebido de Deus e como ampliação do diálogo entre Deus e o homens inclusive com àqueles que se opõem deliberadamente. n

5 O JORNAL BATISTA Domingo, 20/11/22 REFLEXÃO
Lucas na Rádio Trans Mundial, estudante na Faculdade Teológica Batista de São Paulo e seminarista da Primeira Igreja Batista de São Caetano do Sul - SP Douglas Azevedo Pereira membro da Igreja Batista da AmizadeTrindade - São Gonçalo - RJ

Harmonia familiar

Gosto muito de pensar que a Bíblia valoriza a família, de Gênesis a Apoca lipse. O último versículo do Velho Tes tamento é uma alusão a importância das relações familiares, especialmente a relação pai e filho.

O futuro ministério do profeta seria voltado para as relações familiares. O profeta afirma que a bênção só está prometida num ambiente de harmonia, especialmente no seio da família.

No tempo de Malaquias (432-425 a.C), as famílias também estavam destroçadas. O divórcio campeava, a

infidelidade conjugal era praticada à vontade (Malaquias 2.10-16). Os pais se afastavam dos filhos. Os filhos, rea giam a esse afastamento, afastando mais e mais dos seus pais. Não acon tece isso hoje?

Interessante que esse texto é uma alusão ao ministério profético de João Batista (João 1.21), que também con frontou a vida impura de Herodias (Marcos 16.16-19). Hoje, o grande de safio acontece na área da família. A Igreja precisa ajudar os membros da família a viverem em harmonia.

As qualidades de um adorador (Salmos 15.1-2)

Davi é o autor deste magnífico salmo de adoração. Não sabemos ao certo a ocasião em que foi escrito. Os estudiosos são da opinião que talvez Davi tenha escrito o salmo 15 no con texto em que levou a arca da aliança para o monte Sião em Jerusalém. O teólogo Warren Wiersbie faz uma ob servação interessante: “Os Salmos 10 e 12 concentram-se nos que não são aceitáveis ao Senhor, enquanto o Sal mo 15 descreve os que são aceitáveis e estão convidados a habitar em seu tabernáculo”.

Esse é um salmo litúrgico - um salmo de adoração, e está ligado a adoração pública. Existem aproxima damente 30 salmos que se enquadram nesta categoria. Aqui o rei Davi traça aspectos importantes da adoração, pois, antes de Deus aceitar a adoração, ele precisa aceitar o adorador.

Vemos que o salmista retrata as qualidades que devem nortear a vida

dos adoradores - daqueles que já co nhecem a Deus. Vamos elencar alguns pontos para a nossa reflexão. Em pri meiro lugar, o adorador permanece na casa de Deus (Salmos 15.1). Duas pa lavras importantes neste verso devem ser destacadas: habitará e morar. A expressão habitará sugere permanên cia. Já a expressão morar acrescenta a ideia de estar em casa, de ser membro de um lar, tendo status permanente na família. O adorador entende a seme lhança de Enoque, que permanecer na presença do Altíssimo é um fim em si mesmo. Permanecer na casa de Deus é algo extraordinário.

Por vezes, a semelhança de Esaú, nós trocamos Deus por um prato de lentilhas. Olhamos para a Igreja e não a vemos não mais como um lugar de cura e bênção, mas como um lugar de adoecimento. Alguns se afastam e ficam desigrejados, acreditando que assim estarão melhor. Não há dúvida de que existem Igrejas adoecidas - e Igrejas adoecidas geram morte. Entre tanto, precisamos entender que nem

O texto de Malaquias é um cha mamento à harmonia relacional na família. Embora o texto cite pais e filhos, pode ser aplicado também aos cônjuges, noras e sogras, irmãos e irmãs. A bênção de Deus se dá, numa família, quando a harmonia está pre sente.

E você, está com seu coração vol tado para os membros da sua família? Se você é pai ou mãe, seu coração está voltado para seus filhos? E você, filho, seu coração está voltado para o cora ção de seu pai?

Está com o relacionamento que brado com alguém na família? Tome uma atitude agora mesmo. Reconci lie-se com esse membro da família. Deus está desejoso em derramar bên ção sobre sua família e sobre você, mas é preciso viver essa verdade bí blica. n

Gilson Bifano é diretor do Ministério OIKOS. Palestrante, escritor e coach na área de família e casamento. oikos@ministeriooikos.org.br

todas são assim. Existem comunida des vivas, saudáveis, que de fato são abençoadoras. Hernandes Dias Lopes diz: “Pertencemos uns aos outros e de vemos congregar-nos para servir uns aos outros, exortar uns aos outros e ser bênção uns para os outros”.

Em segundo lugar, o adorador não tem vida dupla (Salmos 15.2). Preci samos entender que a espiritualida de cristã passa, pela reconstrução do caráter íntegro. Ser íntegro é agir de modo correto, perfeito e completo, em total lealdade a Deus. No contexto da vida espiritual, não podemos ser leais a sois senhores. Não podemos coxear entre dois senhores, como disse o pro feta Elias.

O verdadeiro adorador é integro e não tem vida dupla. A vida de um se guidor de Jesus é transparente. Vemos em nossas igrejas pessoas que dizem com seus lábios seguir a Cristo, mas tem uma conduta que nega as suas palavras. O saudoso pastor e escritor Isaltino Gomes Coelho Filho diz: “Mui tas pessoas hoje pensam que a vida

cristã é algo que nós vivemos dentro da igreja, e que fora dela podemos vi ver como queremos. Um seguidor de Jesus não pode pensar assim. Primei ro porque sua vida não é dele. Ele a deu a Jesus”.

Em último lugar, o adorador tem uma conduta honesta (Salmos 15.2). A palavra hebraica justo é (tsaddiq) –significa ser correto, de acordo com a lei. O adorador que pratica a justiça é aquele que é honesto em tudo que faz. Sua fé é revelada na sua vida justa e reta. O rei Davi aplica o princípio da honestidade principalmente na área financeira (Salmos 15.5). A cobrança de juros exorbitantes e o recebimento de suborno eram práticas comuns no seu tempo. É interessante ele atrelar a honestidade justamente em uma área em que temos dificuldade de nos con trolar – que é a área financeira. Poucas coisas têm o potencial de substituir Deus como o dinheiro. É justamente por isso que o adorador necessita confiar mais no provedor do que na provisão. n

6 O JORNAL BATISTA Domingo, 20/11/22 VIDA EM FAMÍLIA REFLEXÃO
José Manuel Monteiro Jr. pastor, colaborador de OJB

Vale a pena investir nas novas gerações!

É maravilhoso saber que por todo o país as novas gerações estão sendo alcançadas pela Verdade que liberta. Em São José do Rio Preto, no estado de São Paulo, o Projeto Geração Futu ro tem sido uma incrível ferramenta missionária para abençoar crianças e adolescentes em vulnerabilidade so cial, por meio do esporte, da dança, da música e da educação. É uma bênção sem tamanho!

Sob a liderança do casal missioná rio pastor Serginho de Souza e Mari Biazi, que atua com plantação de igre

jas na região, famílias inteiras têm sido impactadas. As ações de compaixão e graça, os abraços, os sorrisos e a disposição em servir têm abençoado moradores de São José do Rio Preto, e, para a glória de Deus, os frutos desse trabalho têm sido vistos.

Em agosto deste ano, por exemplo, a Igreja Batista Missão Casa - SP, onde atua o casal, recebeu novos membros. Cinco adolescentes que frequentam o Projeto tomaram a decisão de cami nhar com o Senhor e foram batizados. Um deles chegou a ser considerado um caso perdido pela direção da sua escola, mas jamais para o Senhor. Seu batismo foi uma grande emoção! Para

completar a alegria desse momento, a mãe do adolescente esteve presente e se reconciliou com Jesus!

Durante as aulas do Projeto, os missionários podem compartilhar com meninos e meninas sobre como vale a pena caminhar com o Senhor! É nesse contato que começa a nas cer um relacionamento discipulador e que se abre uma grande porta para alcançar uma criança, um adolescente e toda uma família. Consegue ima ginar o quanto esses encontros são importantes?

As aulas de ballet, os jogos de fu tebol, as doações e muitas outras ati vidades não são o objetivo final, mas

mostram que Deus cuida do ser huma no de forma integral. Todos esses mo mentos são ferramentas missionárias, que têm permitido que o Evangelho que transforma seja anunciado em São José do Rio Preto. Louvado seja Deus por cada estratégia que Ele tem dado aos missionários em São Paulo.

Você pode participar de um projeto ou de uma caravana missionária; pode ser um Radical Brasil; pode discipular as crianças e os adolescentes do seu bairro. São muitas as possibilidades.

O que você não pode é ficar parado. Temos uma missão e não vamos re cuar! Vamos avançar até alcançar toda a nova geração para Cristo! n

7 O JORNAL BATISTA Domingo, 20/11/22
MISSÕES NACIONAIS

Missionário lança livro sobre estruturação do trabalho entre os indígenas no Brasil

Ministério de Comunicação da Igreja Memorial Batista - DF

No domingo, 02 de outubro, a Igreja Memorial Batista, em Brasília - DF, aco lheu o evento de lançamento do livro Sementinhas de mostarda, de autoria do pastor Rinaldo de Mattos, que faz o registro das sementes plantadas pelo Senhor que possibilitaram o avanço da ação missionária entre os indígenas em todo o Brasil. A criação da Missão ALEM, do Banco de dados da AMTB e de seu Departamento de Assuntos indígenas, a organização de uma re presentatividade única das agências missionárias para os índios do Brasil junto ao Governo e fundação do Con selho Nacional de Pastores e Líderes Evangélicos indígenas (CONPLEI) são os cinco elementos que, na visão do missionário, constituem as principais sementes que germinaram e deram frutos valorosos para o alcance dos índios brasileiros.

Missionário da Junta de Missões Nacionais (JMN) durante muitos anos, pastor Rinaldo, com sua esposa, irmã Gudrun, e o casal pastor Gunther e irmã Wanda Krieger, foi pioneiro na evangeli zação dos xerentes, na codificação de sua língua e na tradução da Bíblia para ela. Teve participação ativa no desen volvimento dessas iniciativas. Após

mais de 60 anos de trabalho, pastor Rinaldo se aposentou, mas não deixou de trabalhar. Desde então, desenvolveu o projeto Xerente Digital, por meio do qual segue realizando estudos bíblicos e capacitação de liderança entre os in dígenas do Tocantins, além de prestar consultoria sobre tradução da Bíblia.

O evento de lançamento do livro foi recheado de reconhecimento e ca rinho ao casal Rinaldo e Gudrun e de amor pelos xerentes. Em um momento missionário especial durante o culto dominical, a congregação entoou o

refrão do hino “Glória, glória! Aleluia!” na língua xerente ( Nõkwa tê dahôs ) e recitou a divisa da campanha de missões nacionais na versão des se grupo indígena (Jesus dawtēsi za

Em seu testemunho, pastor Rinal do ressaltou a técnica missionária de identificação de elementos próprios da cultura indígena que permitem que os missionários apresentem a men sagem de salvação em Jesus. Para exemplificar, entoou uma canção que será utilizada para falar sobre a fé em Jesus e na ressureição, tomando como referência o mito xerente sobre a morte. “O ressuscitador verdadeiro é

Jesus. Quando nós morrermos, ele vai nos ressuscitar!”, cantou o missionário na língua indígena, acompanhado por uma maraca. Por fim, foi entoado o hino “Bendito seja sempre o cordeiro”, acompanhado de fotos da história do casal.

Após o culto, a sessão de autógra fos ocorreu em uma réplica de uma casa indígena, adornada com fotos do casal e instrumentos e utensílios indígenas.

O livro Sementinhas de mostarda, do pastor Rinaldo de Mattos, pode ser adquirido via internet em www.edito ramonergismo.com.br/livro/sementi nhas-de-mostarda n

No dia 22 de outubro, a Juventu de Batista Betel (JUBABE) realizou o programa evangelístico IDE JUBABE, na Primeira Igreja Batista em Papu caia, no município de Cachoeiras de Macacu - RJ. Projeto contou com a participação de seis Igrejas Batistas: PIB em Gebara, PIB em Papucaia, PIB em Marubaí, PIB em Maraporã, PIB em Japuiba e PIB em Parque Ribeira, todas filiadas à Associação Batista Betel (ABB), com aproximadamen te 25 pessoas presentes. Foram 58 anotações referentes às pessoas que deixaram seus dados para a PIB em Papucaia continuar a evangelização delas, além dos grupos de pessoas

que ouviram falar de Jesus Cristo nas ruas, nos comércios e ponto de ônibus.

Os participantes foram divididos em cinco grupos que saíram pelas ruas do bairro para evangelismo e comparti lharam as experiências de evangeliza ção. Além disso participaram de uma

dinâmica, dirigida pelo jovem Elias, da Primeira Igreja Batista em Maraporã, e de um estudo sobre a Grande Co missão (Mateus 28.18-20), com Felipe Viana, presidente da JUBABE, quando compartilharam suas reflexões sobre o texto e compararam com nossa atual realidade.

A Igreja local ficou agradecida e com trabalho a fazer com as pessoas alcançadas pelo evangelismo. Agra decemos as Igrejas participantes e os irmãos que nos abençoaram, princi palmente a parceria com a Igreja que nos recebeu e a irmã Rosilene, por todo o suporte e hospitalidade com a JUBABE.

Diante disso tudo estamos gratos a Deus pelo ano abençoado. Começa mos 202e com o Projeto Missionário (PROMISS) da Juventude Batista do Estado do Rio de Janeiro (JUBERJ) e encerramos as atividades da atual Di retoria com uma atividade missionária. Nossos jovens aprenderam Missões na teoria e na prática, indo ao nosso campo missionário e tendo experiên cias marcantes e falando abertamente do plano de Deus para a Salvação da humanidade em Jesus Cristo. n

8 O JORNAL BATISTA Domingo, 20/11/22
Felipe do Valle Viana presidente da Juventude Batista Betel, membro da Primeira Igreja Batista em Gebara e voluntário da NOVA FASE
NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
Juventude Batista Betel, no RJ, organiza projeto evangelístico Jovens de seis Igrejas Batistas da região participaram da ação.
“Sementinhas de mostarda” é o título da obra de Rinaldo de Mattos.
Participantes do programa evangelístico IDE JUBABE
Rinaldo de Mattos durante lançamento de seu livro, na Igreja Memorial Batista - DF

Igreja Batista Emanuel em Caruaru - PE oferece ‘aulão’ preparatório para o Enem

Alunos tiveram aula de Biologia, Matemática e Português.

Ministério de Comunicação e Mídia da Igreja Batista Emanuel em Caruaru - PE

Fé cristã, educação e solidariedade. Esse tripé serviu de inspiração para a Igreja Batista Emanuel em Caruaru - PE (Ibec) realizar um ‘aulão’ solidá rio voltado à comunidade. No dia 05 de novembro, um sábado, as portas do templo foram abertas para o co nhecimento, de modo que estudan tes tiveram a oportunidade de revisar os conteúdos mais importantes para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), além de promover a solida riedade.

O ‘aulão’ começou às 14h, e foram ministradas aulas de Matemática, Bio

logia e Português (Análise Linguística). Os participantes ainda receberam uma apostila com os assuntos das aulas e doaram 1kg de alimento não-pere cível para ser direcionado a famílias

“O momento teve o objetivo de prestar um serviço educacional e so cial, aproximando pessoas da comuni dade ao conhecimento e, desta forma,

contribuindo para que jovens possam realizar o sonho de ingressar em uma faculdade e cumprir suas vocações profissionais”, avaliou o pastor Eliezer

Jovem celebra conquistas abençoando campo missionário na Bahia

Além dela, toda a família possui o coração missionário.

A jovem cristã Amanda Vitória de Oliveira Lima e família, membros da Primeira Igreja Batista em Luís Eduardo Magalhães - BA, fizeram duas come morações diferentes da forma tradicio nal, tornando-se exemplo missionário de compromisso com o reino e grati dão a Deus.

A primeira comemoração diferente foi a festa de 15 anos. Geralmente, o sonho de toda menina é reunir a fa mília, amigos e colegas para festejar com muita alegria, comida e desfile de beleza. Amanda Vitória, então ado lescente de 14 anos, junto com toda sua família, decidiu fazer essa come moração no campo missionário de Convenção Batista Baiana, na cidade de Cotegipe - BA.

E assim aconteceu. No dia 23 de junho de 2018, além da família, vie ram um grupo de jovens alegres e ani mados para compartilhar o amor de Deus a toda a cidade. Durante o dia, fizeram evangelismo de casa em casa, com distribuição de folhetos e, à noite, aconteceu o culto em ação de graças.

Ao saírem, deixaram para distribui ção 30 cestas básicas, kits de higiene e roupas para o bazar. A expressão de alegria no rosto de todos que fizeram essa viagem missionária mostrou a re compensa por terem escolhido o lugar certo para a comemoração.

O tempo passou e a adolescente continuou sempre colocando Deus em primeiro lugar e amando o trabalho missionário, pois, em outras oportuni dades, visitava e ajudava a missionária no que precisava. Deus deu outra vitó ria à jovem estudante, que foi passar no vestibular para Medicina, curso que estava ansiando.

Com o coração cheio de gratidão, pensaram em fazer um culto de ação de graças e um jantar para comemorar com todos os familiares e amigos. Até que, mais uma vez, a ideia nasceu no seio da família: Vamos para o campo missio nário. Como toda a família de Amanda Vitória possui o coração missionário, a resposta foi unânime e positiva.

Assim, mais uma vez, a família re uniu-se para fazer a obra do Senhor. Ao receber mais uma vez essa família, nosso coração enche de alegria. No dia 16 de julho deste ano, eles chegaram com 30 cestas, 30 kits de higiene e rou pas para o bazar. Deixaram para que fossem distribuídos pelos irmãos e,

juntos, fomos fazer visitas a irmãos e amigos. Em cada casa visitada, eles que levaram a Palavra. Retornando para nossa residência, tivemos um mo mento de oração, agradecendo a Deus por todas as bênçãos derramadas na vida desta família, e por estar compar tilhando este momento tão especial no campo missionário.

Acreditamos que quem direcionou estes corações foi o Espírito Santo, pois, no campo missionário, precisa mos de ajuda de pessoas que chegam para orar, visitar, ajudar no trabalho de todas as formas e para contribuir. Ora mos pedindo a direção de Deus na en trega das cestas e dos kits e percebe mos que Deus nos mostrou os lugares certos para distribuição. A família que ora por missões, que tem o coração missionário, também é sensível quan do o Senhor manda que vá.

Temos uma grande admiração pela vida desta jovem, não apenas por ter passado no vestibular, sendo um dos cursos mais concorridos, mas pela

za de que se tornou um exemplo para muitos adolescentes e jovens. Regis tro a minha gratidão a Deus, por ter colocado no coração de vocês amor por este campo missionário. Todos também amamos você, Amanda Vitó ria, sua família, seu pastor e igreja que sempre nos apoiam, e todas a Igrejas que oram, ligam, visitam em ajudam o trabalho neste campo missionário.

O desejo do nosso coração é o que o apóstolo João disse, na sua terceira carta, nos versículos 2 e 3: “Amado, oro para que você tenha boa saúde e tudo lhe corra bem, assim como vai bem a sua alma. Muito me alegrei ao receber a visita de alguns irmãos que falaram a respeito da sua fidelidade, de como você continua andando na verdade”.

Deixo também o convite a todos: crianças, adolescentes, jovens e adul tos, venham conhecer de perto o cam po missionário, se quiser comemorar conosco aniversário ou vitória, nossos braços estão abertos. n

9 O JORNAL BATISTA Domingo, 20/11/22
Maria Dias dos Santos missionária da Convenção Batista Baiana
NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
Foto: Júlia Albuquerque Estudantes tiveram a oportunidade de revisar os conteúdos para o Exame Nacional do Ensino Médio Amanda e família tornaram-se exemplo missionário de compromisso com o Reino e gratidão a Deus

Convenção Batista Mineira realiza Academia de Estudos Pastorais no Ceará

Mais de 120 pastores e obreiros do campo cearense foram contemplados.

Departamento de Comunicação da Convenção Batista Mineira

De 17 a 21 de outubro, a Conven ção Batista Mineira (CBM), em parceria com outras organizações e conven ções, realizou a Academia de Estudos Pastorais em Fortaleza - CE.

A convite do presidente da Ordem dos Pastores da Convenção das Igre jas Batistas Unidas do Ceará (CIBUC), pastor Marcos Monteiro, tivemos a oportunidade de servir aos mais de 120 pastores e obreiros do campo cearense através da coordenação e estruturação da primeira Academia Pastoral daquele estado.

Seguindo o tema abordado na aca demia mineira, “Infinitamente Mais: Uma vida nas mãos de Deus”, con tamos ali com nove preletores que de maneira graciosa investiram não apenas seu tempo, mas sua vida, ins trumentalidade e recursos em prol do avanço do Evangelho e fortalecimento das Igrejas de Cristo no Ceará.

Além das plenárias, foram também ofertadas nove oficinas com temáticas de relevância para o preparo dos pas tores e líderes que ali participaram. À exemplo do que já acontece em Minas, os participantes puderam contar tam bém com cuidados nas áreas de saúde

Participantes da Academia de Estudos Pastorais no Ceará

A União Missionária de Homens Batistas de Alagoas (UMHBAL), com os Embaixadores do Rei, realizou du rante os dias 23, 24 e 25 de setembro seu acampamento anual. O evento aconteceu no Acampamento Batista Alagoano - Pr. Boyd O’Neal e contou com a participação de 30 homens e 33 embaixadores. O preletor oficial foi o pastor Evilásio Rodrigue Prado. O pas tor Djalma Costa Inoue, executivo da Convenção Batista Alagoana (CBAL) também participou da programação.

O Acampamento teve como tema “Homens Batistas a Serviço do Evange lho de Jesus Cristo” e divisa em Mateus 20.28: “como o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos”, com o objetivo de chamar os Homens Batistas do estado de Alagoas

física e mental e ainda as assessorias contábil e jurídica.

Entre os parceiros nesse projeto destacamos a Rede Batista de Educa ção, a Convenção Batista do Estado do Espírito Santo (CBEES), a Conven ção Batista do Estado de São Paulo (CBESP), a Ordem dos Pastores Ba tistas do Brasil (OPBB), a LifeShape Brasil, a Primeira Igreja Batista de Gua

rapari - ES, a Primeira Igreja Batista em Belo Horizonte - MG e a Igreja Batista do Bacacheri - PR.

A experiência foi extremamente marcante, tanto para os preletores e equipe voluntária que se dispôs a servir, quanto para os participantes. O pastor Marcos Monteiro testemu nhou: “Ao final, quantos abraços e palavras incentivadoras recebemos

Parceria de Igrejas, Organizações e Convenções possibilitou a realização do evento Mais

agradecendo esta oportunidade tão singular de renovação das forças para

mente mais do que já alcançaram até aqui.”

A Deus registramos aqui nossa gra tidão pela singular oportunidade de compartilhar com outros um pouco do tanto que temos recebido em nosso estado! n

a responsabilidade do serviço cristão.

Acampamento teve ainda a partici pação do pastor norte-americano Ro bert H. White, da Primeira Igreja Batista de Simpsonville - Carolina do Sul, que falou sobre a importância de missões. O momento foi aberto ao público e con tou com a participação de mais de 100 pessoas. Também foi oferecido almo

ço para todos os presentes.

Durante o acampamento foi realiza da a prestação de contas do período de 2020/2022 e foi realizada a eleição da nova Diretoria, para o próximo biênio, que ficou com a seguinte composição:

Presidente: Carlos Jorge (PIB Ta buleiro);

Vice-presidente: Aristeu da Silva

(PIB Tabuleiro);

Primeiro secretário: Josué Oliveira (PIB Paripueira);

Segundo secretário : Eronildo (IB Bom Parto)

Primeiro tesoureiro: Adoniram Fra goso (PIB de Maceió);

Segundo tesoureiro: Samuel Mar ciel (IB El-Elion). n

10 O JORNAL BATISTA Domingo, 20/11/22 NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
João Vitor Leite auxiliar de Comunicação da Convenção Batista Alagoana
União de Homens Batistas e Embaixadores do Rei em Alagoas participam de acampamento Diretoria da organização foi eleita durante o evento.
de 60 pessoas participaram do acampamento
Nova Diretoria da UMHBAL

A graça de Deus pelo esporte

Entre os dias 14 e 20 do último mês, realizamos um acampamento de futebol para crianças ucranianas refugiadas, na cidade de Varsóvia, na Polônia. Cerca de 115 famílias, ou mais de 500 pessoas, foram co locadas no mesmo hotel, em um dos subúrbios da cidade, e ficamos im pressionados quando descobrimos a quantidade de crianças. No terri tório do hotel foi permitido colocar uma grande tenda e, a cada manhã, o missionário Sasha Ilin, um ucraniano que vive em Varsóvia há mais de 25 anos, realizava os cultos e cuidava de toda essa gente. Eis as histórias de alguns.

Lera é uma jovem, de 15 anos, muito rebelde. A guerra chegou a sua cidade, Dnipro, no início de março, e ela com sua mãe e irmão mais novo fugiram para a Polônia. Como ela dis se, a vida fora da sua cidade era “um saco” e não tinha muita vontade de viver. Mas, a graça de Cristo tocou o seu coração. Lera ficou “colada” com

a gente durante os sete dias. Tudo o que ela queria era conversar e desa bafar. A graça de Deus a tocou. Lera agora é filha de Deus.

San Sanych tem 70 anos e é ex-jo gador profissional de futebol. Sempre viveu em Mariupol e trabalhou, na ju ventude, como treinador de futebol. O conheci em 2018, quando um time

Bíblias Para os Povos 2022

Redação Missões Mundiais

Missões Mundiais segue na missão de compartilhar a Palavra de Deus nos locais mais restritos ao Evangelho, por isso trabalhamos com a certeza de que com a sua ajuda levaremos Bíblias Para os Povos.

Enfatizamos esta ação todo final de ano, por conta do Dia da Bíblia, que acontece todo segundo domingo do mês de dezembro. Para comemorar este dia e este Livro Sagrado, quere mos que mais pessoas tenham aces so e tenham a oportunidade de serem transformados com as Escrituras di vinas.

A Bíblia é um livro inspirado por Deus para todos aqueles que dese jam conhecê-lo e ter sua vida trans formada. Ela é a base para construir uma vida conforme os preceitos de Jesus. É a resposta aos que desejam encontrar o verdadeiro Autor da Vida. No entanto, apesar de toda a sua im portância, ainda há 1,5 bilhão de pes soas que não tem a Bíblia traduzida na sua língua. São mais de quase 4 mil idiomas que não possuem nem porções das Escrituras traduzidas, inclusive as línguas de sinais que ain

da não possuem códigos de idiomas reconhecidos. Também não podemos deixar de mencionar os irmãos que vivem em países no qual a simples menção da Bíblia é considerada ilegal pelo governo. Países com restrições fortíssimas levando alguém que pos sua um exemplar, ser preso, torturado ou até morto.

É diante desse cenário que Missões Mundiais te convida a fazer parte da Campanha Bíblias Para os Povos 2022. Um trabalho coletivo dos seus mis sionários que atuam na tradução e distribuição das Escrituras aos Povos Não Alcançados. Na missão de levar a Bíblia aos novos convertidos que não têm acesso à Palavra de Deus. Neste ano, com o apoio de sermões e estu dos bíblicos para você compartilhar com toda Igreja.

Com o valor de a partir de R$40,00 você contribui para a entrega da pri meira Bíblia de alguém.

Faça agora mesmo sua oferta pelo site www.doeagora.com ou pelo PIX bibliasparaospovos@doeagora.com

Envolva-se na Campanha Bíblias Para os Povos de Missões Mundiais e mobilize a sua Igreja a participar tam bém. n

de jogadores esteve em Mariupol. Em dezembro de 2021, ele acabou a reforma de sua casa, mas os russos trouxeram a guerra. Nas primeiras duas semanas, San ficou em casa. Após perder sua casa, totalmente destruída pelos russos, no mesmo dia ele aceitou a Jesus com seu Se nhor e Salvador.

Helena tem 45 anos. Ela é de Do netsk. Uma semana antes do nosso acampamento, o seu filho, de 28 anos, faleceu de câncer. Sasha, minha es posa, trabalhou com seu filho. Antes da morte ele aceitou a Jesus. Helena nunca entrou numa Igreja. Mas, por respeito ao filho, participou do culto. Ao final, ela queria dar um abraço na equipe brasileira. Aí aconteceu algo inesperado: uma das voluntárias brasi leiras, Lilian, pediu permissão para dar um abraço nela. Helena prontamente aceitou. Todos começaram a chorar. Confesso: fisicamente sentimos a pre sença de Deus. Algo tão simples - um abraço.

Alex tem 16 anos e é de Dnipro. É um excelente goleiro. Filho de uma família cristã. Ao final, a sua palavra mexeu conosco: “No dia 24/02, Putin roubou o meu sonho. Hoje, vocês o devolveram. Agora eu sei que Deus não nos abandonou”.

Por favor, continue orando por Lera, San Sanych, Helena e Alex. Na Ucrâ nia há milhares de histórias parecidas. Clame para que a graça divina alcance ainda mais vidas! n

11 O JORNAL BATISTA Domingo, 20/11/22 MISSÕES MUNDIAIS

Convenção Batista do Tocantins celebra

Redes Sociais da Convenção Batista do Tocantins

A Convenção Batista do Tocantins (CBT) realizou sua 38ª Assembleia nos dias 04 a 06 de novembro, na Primeira Igreja Batista de Taquaruçu, distrito de Palmas - TO. Evento teve o pastor Josué Moura como orador oficial. Na ocasião, também foi eleita a nova Di retoria, que terá o pastor Jarbas Maga lhães Pereira como presidente. Outro destaque da programação foi a Noite Missionária.

Organizações como a União Fe minina Missionária Batista do Tocan tins (UFMBTO) e Ordem de Pastores Batistas do Brasil – Seção Tocantins (OPBB - TO) realizaram suas Assem bleias anuais.

Encerramento da 38ª Assembleia da CBT teve a posse da nova Diretoria da Convenção e das diretorias das or ganizações. n

Ministério de Comunicação da Convenção Batista do Estado do Espírito Santo

Nos dias 26 a 29 de setembro acon teceu o II Congresso Geral do Centro Teológico Batista do Estado do Espírito Santo (CETEBES) de forma online do como preletor o psicólogo Ricardo Brandão. E nos dias 30 de setembro e 01 de outubro aconteceu o Congresso de forma presencial.

Alunos de todas as unidades do CE TEBES estiveram presentes no Acampa mento Batista Capixaba (ABC), onde o preletor foi o pastor e psicólogo Marcelo Aguiar. Os dois preletores desenvolveram o tema: “Conectando-se às Emoções”. A inscrição foi gratuita e contou com o apoio especial da Convenção Batista do Estado do Espírito Santo (CBEES).

Gratidão a Deus pela vida do pastor Wolmar Craus e de todos os coordena dores regionais.

Objetivo principal do CETEBES é formação de líderes. De forma mais específica, objetiva a preparo teológico e ministerial para os vocacionados da Igreja local. Sua sede está em Vitória e tem polos em Serra, Guarapari, Ca choeiro de Itapemirim, Linhares, São Mateus, Barra de São Francisco. n

12 O JORNAL BATISTA Domingo, 20/11/22 NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
38ª
durante
Centro Teológico Batista do Estado do Espírito Santo promove 2° Congresso Geral Evento aconteceu de maneira online e presencial.
Assembleia Organizações também se reuniram
o evento.
Nova Diretoria da CBT foi eleita e organizações se reuniram durante a Assembleia Primeira Igreja Batista de Taquaruçu recebeu Batistas do Tocantins para 38ª Assembleia
“Conectando-se às Emoções” foi a
do Congresso
Alunos de todas as unidades do CETEBES participaram do II Congresso Geral
temática

Música e Educação Cristã: reflexões, desafios e oportunidades

Mônica Coropos ministra de Música e educadora cristã

O crescimento numérico dos cristãos evangélicos na América Latina e a maior presença dos evangélicos na política destes países tem atraído a atenção dos meios de comunicação e socieda de em geral. O impacto transformador que a conversão a Cristo pode gerar no comportamento cultural, político, social, moral e até mesmo econômico de uma sociedade já é pauta dos meios de co municação e das pesquisas acadêmi cas, que reconhecem a habilidade das Igrejas em lidar com as necessidades da população, oferecendo apoio espiritual, emocional, assistencial, formando redes de apoio e contribuindo para a melhoria da qualidade dos seus membros e das comunidades onde estão inseridas.

Nosso olhar - observador e partici pativo, percorre a história recente dos cristãos evangélicos pelo viés da músi ca. Afinal, sendo exemplo de linguagem e expressão de uma cultura, conclui-se que a música reflete a expressão da fé de uma comunidade e, representando “o cotidiano, o modo de viver e o comporta mento dos indivíduos, reproduz também a natureza e como manifestação huma na busca aproximação com o divino e com o sagrado” (LOUREIRO, 2009, p. 80). Para Merriam (1964), música é parte funcional da cultura humana, sendo in tegrante de sua totalidade e refletindo a organização da sociedade em que está inserida. O autor categoriza dez funções da música, com as quais contextualiza remos quatro delas à música cristã oci dental a partir do século XX. São elas: (1) Função de expressão emocional: o apelo afetivo das músicas, que estabelece um vínculo emocional entre os cristãos; (2) Função de prazer estético: o compromis so com a excelência melódica, rítmica e harmônica no arranjos congregacionais e corais, independente dos estilos ado tados por cada comunidade de fé; (3) Função de divertimento: caracterizadas pelas festividades, datas comemorativas e eventos diversos, que podem aconte cer dentro e fora do contexto de culto; (4) Função de comunicação: a primazia da mensagem, da transmissão de verdades bíblicas e valores cristãos por meio do que se canta.

Fato: as Igrejas cristãs evangélicas têm uma profunda relação com a músi ca, na sua prática litúrgica, eventos so ciais, na área de ensino - desde o berçá rio à terceira idade. Através da música, a história da Igreja pode ser compreendida e aprofundada, desde o canto em con junto nas Igrejas protestantes, no século XVI, com Martinho Lutero que atestou, na reforma religiosa, a importância da música no culto, restabelecendo a prá tica do canto coletivo nas cerimônias da Igreja. Originalmente vinda da música erudita, segue vivendo adaptações e contextualizações em gêneros e estilos,

e é uma ferramenta poderosa de ensino das verdades bíblicas, dos valores cris tãos e suas doutrinas. A finalidade da música na igreja possui propriedade e fins específicos. Em função da valoriza ção da música em seus cultos e outras áreas de atuação, diversas Igrejas pos suem um trabalho musical organizado, com a figura de um líder ou ministro de signado para fazer a gestão e desenvol ver o trabalho musical nas organizações, nas diversas faixas etárias, no incentivo à formação de grupos musicais e coros. O líder da área de música, responsável pela condução e execução das ativida des musicais eclesiásticas recebem o título de “ministro de música”. “líder de celebração” ou “ministro de louvor”, den tre outros e, em geral possuem, além da formação musical, o preparo teológico -ministerial.

Em face a esse cuidado com a qua lidade musical em suas programações, é comum a existência de cursos de música, projetos de musicalização e iniciativas de fortalecimento musical nas Igrejas. Desta forma, os membros e comunidade podem iniciar ou aprofun dar seus conhecimentos musicais com aulas de canto e de diversos instrumen tos musicais, por exemplo.

Como componente essencial do culto e áreas eclesiásticas, a música é utilizada nas Igrejas em sua forma vocal e instrumental. Em sua história mais recente, tem recebido influência de um “estilo próprio, desenvolvido por cristãos negros norte-americanos no início do século XIX e que tem sido utilizado até hoje em muitas Igrejas de maioria negra nos Estados Unidos” (BAGGIO, 2005, p. 16), somada à música erudita e religiosa, com a utilização de órgão e piano dos “brancos”. Com base nestas influências, Bill Halley inicia, em 1950, um estilo que comunicasse tanto a negros como a brancos: O gospel surgiu no início do século XX com a presença de vozes em coral e solistas, acompanhado de órgão, piano, baixo e, às vezes, bateria, o estilo foi o responsável por formar pequenos conjuntos musicais nas Igrejas, e por dar origem a vários estilos musicais, como blues, R&B, jazz, rock, soul, entre outros. Seguindo o viés histórico de Baggio, com Elvis A. Presley - um jovem branco criado na Igreja Assembleia de Deus, a música negra se tornou acessível aos brancos, em um momento época de grande discri minação racial. A partir de Elvis Presley, o rock tornou-se a música da juventude americana e impactou a música prove niente das Igrejas.

O fenômeno de popularização da música nas Igrejas vem desde Refor ma Protestante. Hustad (1986), afirma que a intenção desta popularização era para que todas as pessoas pudessem partilhar, através da mensagem cantada, da liturgia, dos conteúdos bíblicos e dou trinários. Com efeito, a fé vem pelo ouvir, e é por meio do canto congregacional

nas celebrações religiosas, da música utilizada no culto, que se estabelece a unidade, a comunhão, a identidade e a fé. É possível descrever uma linha dou trinária e teológica de uma Igreja por sua música. Por esta razão, é legítimo abordarmos o papel da Música na Edu cação Cristã da atualidade.

O progresso da circulação mundial pelo avanço dos meios de comunicação, marcam os como a era de uniformiza ção e a formação de um público globa lizado. Musicalmente, novos sintetiza dores e baterias eletrônicas começam a ficar mais populares, e os estúdios de gravação se multiplicam, com os pri meiros computadores e sintetizadores. No Brasil, os jovens têm acesso, pelas rádios, por músicas inglesas e norte-a mericanas, tais como o Rock, o Punk e a New Wave, dando origem a diversas bandas de rock nacional. Apesar de mar cada por grandes inovações, e presença de novos gêneros musicais se fundindo em toda parte, concordamos com Freire quando afirma que a música viveu, “no século XX, nas sociedades ocidentais, uma situação inédita em sua história. Contraditoriamente, numa época em que os recursos tecnológicos se multiplicam, e em que o acesso a ela se tornou bas tante fácil, a música parece esvaziada de seus significados e papéis mais ex pressivos” (FREIRE, 2010, p.17).

Concordamos com Braga (1983) quando afirma que “a Bíblia e o hinário são, muito mais do que se imagina a única literatura, fonte de ensino, de que muitos crentes dispõem. Bebem suas palavras, suas frases, como fontes de vida, de educação” (BRAGA, 1983, p 74). Num pequeno panorama histórico, Men donça (1984, p. 235) ressalta a origem missionária e avivalista da primeira co letânea de hinos do Brasil - o Salmos e Hinos, datado do século XIX, que foi reeditado, reformado e atualizado duran te o século XX e lançado como Hinário Evangélico, pela Confederação Evangéli ca do Brasil. O Cantor Cristão - primeiro hinário Batista, surgiu após dez anos do Salmo e Hinos, tornando-se o segundo hinário hinos sacros em português, no Brasil.

Transformações e influências mi diáticas começam a acontecer a partir da década de 1980, com o surgimento de bandas, rádios, emissoras de TV e grandes eventos de música gospel. Gru pos pioneiros como Elo e Vencedores por Cristo, e nomes como Guilherme Kerr, Sérgio Pimenta, Jorge Camargo, João Alexandre, Jorge Rheder, Nelson Bomilcar, Sérgio Leoto e muitos outros, despontam no cenário musical evangé lico, tornando-se referência no louvor congregacional das Igrejas brasileiras. Pouco a pouco, o comportamento li túrgico, cultural e social das Igrejas foi inserindo ao seu cancioneiro, os cori nhos e hinetos que, hoje, chamamos de cânticos. Surgem expressões como

música gospel e worship, e as formas dos cantos - que, em sua maioria eram compostos por estrofes e estribilho (coro), aparecem com estrofe, refrão, ponte e muitas repetições. As letras apa recem mais emocionais e centradas no “eu”, afetando as relações entre o dis curso bíblico-teológico da mensagem cantada. Não estamos fazendo, aqui, juízo de valor ao que se canta, mas tra zendo, a partir desse breve levantamen to histórico e bibliográfico, os desafios e oportunidades para a atuação entre Música e Educação Cristã.

A partir da compreensão de que a música é uma ferramenta poderosa de ensino na Igreja, é muito importante que pastores, educadores e ministros de adoração desenvolvam a prática de pensarem os caminhos para a Igreja deste tempo juntos. Somente uma afi nidade entre Teologia, Educação Cristã e Ministério de Música poderá fortalecer as bases da Igreja, contribuindo para o conhecimento dos seus membros. Aliando Palavra e Música em todas as faixas etárias, incentivando novos com positores nas igrejas, projetos educacio nais de música e arte e outras tantas estratégias, poderemos ampliar da Igre ja, trazendo renovo à evangelização, ao ensino, a vida em comunhão e formação de uma identidade sólida nesta geração. Vamos construir juntos?

Referências

BAGGIO, S. Música Cristã Contempo rânea. São Paulo: Vida, 2005.

BONINO, José Miguez. Rostos do Protestantismo Latino-Americano. São Leopoldo: Sinodal, 2003.

BRAGA, Henriqueta Rosa Fernandes. Salmos e Hinos: sua origem e desenvol vimento. Rio de Janeiro: Igreja Evangéli ca Fluminense, 1983

FREIRE, Vanda Bellard. Música e Sociedade: uma perspectiva histórica e uma reflexão aplicada ao ensino su perior de Música / Vanda Lima Bellard Freire. – 2. ed. rev. e ampl. – Florianópo lis: Associação Brasileira de Educação Musical, 2010.

HUSTAD, DONALD P. Jubilate – A música na igreja. Tradução de Jubilate! Church music in the evangelical tradition. São Paulo: Edições Vida Nova, 1991. 310 p.

LOUREIRO, Vivian Maria Rodrigues. Música para os ouvidos, fé para a alma, transformação para a vida: música, fé e construção de novas identidades na prisão. Tese (Doutorado) – Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. 2009. Disponível em:https://www.max well.vrac.pucrio.br/Busca_etds.php?strSecao=resultado&nrSeq=14619@1> Acesso em: 07 dez. 2018.

MORAES, José Geraldo Vinci de. His tória e música: canção popular e conhe cimento histórico. Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 20, n. 39, 2000. n

13 O JORNAL BATISTA Domingo, 20/11/22
PONTO DE VISTA

Povo convocado

Neste domingo começa a Copa do Mundo de futebol masculino, e nosso país, como ama futebol, fica atento as informações dos jogadores de nossa seleção. É claro que já houve mais ale gria e entusiasmo, mas nosso povo vai acompanhar os jogos e torcer para a nossa nação. Houve tempos em que as famílias decoravam as casas, ruas e calçadas. As pessoas pintavam as ruas com as cores da nossa bandei ra, e ficavam atentas a tão aguardada convocação dos jogadores que iriam representar nosso país no mundial futebolístico. Nesse ano, a Copa do Mundo caiu numa data diferente por diversos fatores, e assim a convoca ção parece que perdeu seu brilho, mas muitos aguardaram com ansiedade e com seus palpites já prontos. Para mui tos jogadores, a convocação é motivo de alegria, enquanto outros pensam apenas no dinheiro e na projeção da Copa do Mundo.

A convocação da seleção brasi leira de futebol sempre me remete ao Reino de Deus. Sempre penso na alegria dos jogadores sérios ao rece ber a convocação como oportunida de de jogar o futebol, mas acima de tudo para representar as cores de sua nação. Pensando nisso, sempre me vem à mente a expressão de Paulo, o apóstolo, que nos lembra que somos “embaixadores em nome de Cristo”, e assim temos dupla nacionalidade. Somos do Reino de Deus, cujo Jesus é o Senhor, o líder sobre tudo e todos, mas estamos aqui no Brasil, e dessa forma, precisamos representar os va lores do Reino de Deus aqui. Nossa pátria está nos céus, mas ainda não chegamos lá, assim, aqui devemos viver como filhos e filhas de Deus

exalando o bom perfume de Cristo e mostrando que seguimos as pegadas do Mestre Jesus (cf. Filipenses 3.20/ II Coríntios 2.15/ I Pedro 2.21). Deus chamou Abraão e a partir dele ele for mou Seu povo com um propósito (cf. Gênesis 12.1).

Deus convocou Seu povo para ser uma bênção para as outras nações, para ser uma nação santa, um povo separado do pecado e da carnalidade. Precisamos sempre lembrar que nós, como povo de Deus, somos convoca dos a termos uma postura de santida de e nos distanciarmos dos conceitos e valores desse mundo caído. Dessa forma, nossas ações e nosso compor tamento, assim como nossa conduta e postura devem mostrar nossa santi dade que vem de um profundo relacio namento com Ele.

Deus convocou Seu povo para orar pelas nações pagãs. Todo o Antigo Testamento mostra que as nações anseiam e aguardam o Messias, que o povo de Deus deve ser íntegro e reto a fim de que os outros povos vejam a beleza do povo de Deus e desejem celebrar ao Senhor. Nos salmos temos vários textos que mostram que todas as nações virão adorar e celebrar a Deus, e que o povo do Senhor deveria orar pelas nações. O templo era para ser chamado “Casa de oração”, e nos dias de Jesus, Ele mesmo entrou no templo que havia perdido sua propos ta inicial e “expulsou todos os que aí vendiam e compraram; derribou as me sas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas”. Jesus entra no templo e se depara com comércio, mas Deus nunca quis que o templo fosse usado para comércio. Jesus, vendo essa cena afirma com firmeza: “A minha casa será chamada casa de oração, vós, porém, a transformais em covil de salteadores” (Mt 21.12-13).

Jesus cita Isaías 56.7 que afirma que Deus Pai aceitaria as orações feitas na Casa de oração para todos os povos, ou seja, o povo de Deus sempre foi convocado a orar pelas outras nações. Somos convocados a clamar a Deus pelos povos que ainda não conhecem o Evangelho. Convocados a clamar pelas pessoas que ainda não sabem nada sobre o amor redentor de Deus revelado em Jesus.

Deus convocou Seu povo para ser um referencial de amor. Nesse mun do manchado e marcado pelo pecado e pela iniquidade, o amor cristão é o cartão de visita ao Reino de Deus. O mundo precisa saber que há um Deus Criador que é amoroso, que Deus for mou um povo que vive em amor e que O representa. Jesus disse que se Seus discípulos tivessem e vivessem em amor mútuo, o mundo saberia que so mos discípulos dEle se tivermos amor uns pelos outros. A vivência do amor cristão pelos discípulos de Jesus fará com que pessoas saibam que Deus as ama, e que Deus é amor, mas para que isso seja verdade, os cristãos precisam viver em amor. Somos convocados a amar como Ele nos amou. Somos con vocados a amar o mundo, assim como Deus Pai amou o mundo, a fim de que o mundo veja o amor de Deus em nós. Somos convocados a ter nossas vidas marcadas pelo amor a Deus e amor ao próximo.

Deus convocou Seu povo para ser vir. A nação de Deus, o povo santo e escolhido, o povo amado por Deus tem a missão de servir ao Senhor e de sempre estar à disposição dEle para o serviço dEle e da expansão do Seu reino. Somos “reino de sacerdo tes”, ou seja, somos um povo com a vocação do serviço (cf. Êxodo 19.6/ I Pedro 2.9/ Apocalipse 1.6). Deus nos convocou para o serviço à semelhan

ça do nosso Mestre e Senhor Jesus, que se esvaziou de Sua glória e tomou a forma de servo, e serviu a humani dade (cf. Filipenses 2.5 a 11). Jesus veio para nos servir e não para ser servido, e deixou essa lição e lega do aos seus seguidores ao lavar os pés dos discípulos (cf. Mateus 20.28 João13.1-15). Jesus deu exemplo do serviço, Se doou em serviço visando o resgate dos que creem no amor de Deus, e nós como Seus discípulos e filhos de Deus, devemos ouvir a con vocação para o serviço cristão que impacta o mundo.

Na lista da seleção brasileira de fu tebol, apenas 26 jogadores são convo cados, mas no Reino de Deus, todos nós sem distinção somos chamados e convocados a sermos uma repre sentação da imagem e semelhança de Deus, e como povo somos chamados a sermos um luzeiro do mundo mergu lhado nas trevas (cf. Filipenses 2.15). É um privilégio imenso e inenarrável em sermos chamados filhos de Deus e sermos convocados para fazermos parte da família de Deus; e assim pre cisamos viver de um modo tão intenso que o mundo saiba e veja em nós a alegria de representarmos o Reino de Deus enquanto aqui estamos (cf. João 1.12/ Efésios 2/ II Coríntios 5.18 a 20). Honremos a convocação feita a nós e que sejamos fiéis ao representar o rei no de Deus. Que Deus abençoe o Seu povo, os seus embaixadores, a nação santa e feliz cujo Deus é o Senhor (cf. Salmo 33.12). Nunca nos esqueçamos da convocação feita pelo nosso Senhor de que devemos semear o Evangelho, pregá-lo por tudo mundo, ser testemu nhas fidedignas, ser luz em meio as trevas e salgar esse mundo sem sabor (cf. Mateus 13.3 a 9/ Mateus 28.18 a 20/ Atos 1.8/ Mateus 5.14-16).

Avante, povo de Deus! n

14 O JORNAL BATISTA Domingo, 20/11/22 PONTO DE VISTA

Viva a boa Teologia

“Você não compreende correta mente a teologia enquanto não tem a presença de Deus” (Leonard Ravenhill, 1907-1994).

Tudo começa com a Teologia. O que cremos sobre o Deus Eterno define como vivemos. Se cremos que Ele é

bondoso e compassivo, nós nos im portamos com os outros. Se acredita mos que Ele é perfeito e santo, temos a perfeição como meta e a santidade como estilo de vida. Se separamos tempo para ler a Palavra de Deus, os padrões morais nela encontrados se rão os nossos, mesmo que elevados. Se entendemos que sempre estamos na presença de Deus, procuramos viver de modo que não O ofenda.

A boa Teologia nos abre o horizon te da caridade, da honestidade e da fidelidade. Os necessitados podem contar conosco. Nossos parceiros de negócios podem confiar em nós. Nos sos familiares não nos precisam vigiar, quando viajamos. Quando fazemos de Deus o nosso amigo, não somos insen síveis, não fraudamos, não traímos.

Por isso, precisamos avaliar a nos sa Teologia, para que ela nos advirta

contra a autossuficiência exagerada e nos alimente com uma confiança adequada, não em nós mesmos, mas no Deus Eterno a quem amamos acima de tudo, até mesmo dos nossos mais fortes e péssimos desejos.

“Senhor, tu me ensinas a viver. Tua presença me enche de alegria, sim, ao teu lado a alegria não termina, jamais” (Salmo 16.11 - Paráfrase de Israel Belo de Azevedo). n

Palavra diaconal

“Pois os que desempenharem bem o diaconato, alcançam para si mesmo justa preeminência e muita intrepidez na fé em Cristo Jesus” (I Tm 3.13).

A graça e a paz do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, meus queri dos e amados irmãos. A Convenção Batista Brasileira reservou o segundo domingo do mês de novembro para comemorar o Dia do diácono Batista. O apóstolo Paulo, ao escrever a carta acima citada, finalizando as orienta ções bíblicas para o ministério dia conal, afirma que todos os diáconos e diaconisas que realizarem bem o seu ministério vão alcançar para si mesmos intrepidez na fé em Cristo Jesus. Eu fui consagrado no dia 11 de fevereiro de 2011, porém, antes mesmo desta consagração, eu já me sentia um diácono, porque dentro de mim, ardia um grande prazer em servir e creio que também deve ser assim em todas as pessoas consagradas ao ministério diaconal. Ser diácono ou

diaconisa é ser servo e temos investi do tempo na preparação de pessoas para tal ofício.

Desejo enfatizar alguns erros que devem ser evitados: diácono é servo e não senhor. Em Marcos 10.45, a Bíblia nos fala que o próprio filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos. O Senhor Jesus nos mostrou que Ele, mesmo sendo Senhor, tomou forma de servo. Diante disso, entende mos que a Igreja só tem um senhor e esse chama-se Jesus Cristo.

Não é por status. Muitas pessoas, por falta de esclarecimento, acreditam que o ministério diaconal é meramente um título recebido. Na verdade preci sam ter a consciência que ser diácono, como está na etimologia da palavra, é ser servo e temos que estar prontos para atender todas as necessidades que chegam em nossas mãos.

O candidato ao ministério diaconal tem que ser preparado para o minis tério. Outro grande erro que perce bemos é que muitas vezes não se preparam pessoas para o ministério diaconal, e isso traz futuras dificul dades, tanto para o ministério pasto

ral, para toda a Igreja, como também para família do diácono consagrado. É fundamental investir tempo na pre paração desses homens e mulheres ao ministério diaconal; é necessário mostrar e fazer.

Quando lemos Atos 6. 1-4 encontra mos uma dificuldade instalada naquela Igreja, isso está no versículo 1; já no versículo 2, os apóstolos então dizem que não é interessante abandonar a Palavra para cuidar das mesas. Quan do os apóstolos disseram isso, não diminuíram a importância do serviço das mesas, enfatizaram o o cuidado com as vidas.

Então, o que era necessário para exercer o ministério diaconal? Boa re putação, ser cheio do Espírito Santo e de sabedoria. Logo à frente, o apóstolo Paulo (I Timóteo 3) aumenta o grau de exigência para o ministério diaconal. Isso nos faz pensar que o ministério é algo muito importante na vida da Igre ja, como também é muito sério.

Agradecemos a Deus por homens e mulheres que primeiramente es cutaram de Deus o chamado para o ministério; em seguida ouviram a confirmação através da sua Igreja, do

seu pastor, com relação ao chamado ministerial. Louvamos a Deus por pes soas que entregam, verdadeiramente, sua vida para servir as mesas: mesa do Senhor, mesa da família, pastoral e mesa geral. Precisamos sempre lem brar o que diz o hino dos diáconos: “Je sus Cristo nos chamou para os outros ajudar minha vida tem sentido se aos outros eu servir, pois servindo ao meu senhor vou seguir”.

Aproveito o momento para direcio nar-me a todos os diáconos e diaco nisas pedindo que sirvam no ministé rio com muita alegria. Olhem sempre para o texto de Colossenses 3.23: “E tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor, e não aos homens”.

O meu desejo é que os diáconos se assemelhem a Eliseu, em II Reis 4: observados como um santo homem de Deus. Isso quer dizer que ele tinha uma boa reputação. A minha vontade é que todos sejamos recomendados, assim como foi Febe pelo apóstolo Paulo em Romanos 16. Também quero, desde já, convidá-los para os congressos regio nais que acontecerão neste mês. Que Deus em Cristo Jesus vos abençoe. n

15 O JORNAL BATISTA Domingo, 20/11/22 PONTO DE VISTA
Israel Belo Jorge Carlos Alves de Souza presidente da Associação dos Diáconos Batistas do Brasil
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