OJB EDIÇÃO 44 - ANO 2023

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ANO CXXII EDIÇÃO 44 DOMINGO, 29.10.2023

R$ 3.60 ISSN 1679-0189 ÓRGÃO OFICIAL DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA

FUNDADO EM 1901

Outubro foi recheado de diversão para os mineirinhos Batistas

As celebrações do Mês das Crianças já estavam acontecendo desde o dia primeiro. Todas essas festas não só divertiram os pequenos, mas demonstraram o cuidado com as suas almas. Leia a matéria completa na página 08.

Juventude Batista Brasileira

Notícias do Brasil Batista

Notícias do Brasil Batista

Ponto de Vista

“Aborrecentes”?

ABIBET convoca para Assembleia Geral

2ª Marcha para Jesus em Alvorada de Minas

Existe Dia da Reforma Protestante?

A reunião acontecerá em Foz do Iguaçu, durante Assembleia da CBB

Roberto Maranhão esteve na pequena cidade mineira para evangelizar

Rubin Slobodticov volta os olhos para a Igreja que nunca desapareceu

pág. 09

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Coordenador de adolescentes da JBB, Tiago Mercedes destaca as possibilidades de trabalhar com essa faixa etária pág. 05


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REFLEXÃO

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EDITORIAL

SOS Iconoclastas A Igreja Oriental no século VIII sofreu uma crise com a eclosão do movimento iconoclasta. Um movimento de cunho reformador, dedicado à destruição das imagens. A mobilização começou no ano 726 d.C., quando o imperador bizantino Leão III declarou oposição à veneração dos objetos artísticos. Em 730, ele transformou esse movimento em lei por meio de um Edito. As imagens, em grande parte reverenciadas, de certa forma fomentavam um desvio da adoração ao único que é digno, o Deus Criador. Os ícones foram retirados das Igrejas e pinturas murais apagadas. Na ocasião, muitas relíquias foram destruídas e muitos dos que reverenciavam imagens foram perseguidos e mortos. Sem a intenção de fazer apologia à iconoclastia, que inclusive tem suas mazelas, precisamos analisá-la de maneira cuidadosa. Por um lado, tal combate pode ser visto com intenções nobres de retomar a adoração ao úni-

co que deveria ser adorado. Por outro lado, o movimento se apoia em um Concílio considerado acéfalo, isto é, realizado sem a presença de qualquer patriarca, cometendo atrocidades em nome de Deus. Assim, reitero que não quero fazer defesa do movimento iconoclasta, reconhecendo o extremismo praticado na ocasião. Porém, precisamos atentar para os ídolos erguidos nos nossos dias. Muitos deles não são de escultura e ainda há um ídolo, em especial, extremamente estimado, simplesmente adorado: o “ego”. O ser humano tem se tornado amante de si mesmo. O narcisismo está estampado nas selfies compulsivas sem limites. A egolatria é uma marca contemporânea e precisamos tomar muito cuidado para não estar erguendo, centralizando, entronizando nosso ego. Às vezes, não nos damos conta que isso está acontecendo conosco. É mais fácil enxergar no outro. Na segunda carta do apóstolo Pau-

lo a Timóteo, capítulo 3, versos 1 e 2, o apóstolo relembra que o período que antecederia a volta de Cristo seria de crise agonizante, envolvendo um colapso de padrões morais. Tempos difíceis, penosos e perigosos. E uma das manchas destes dias seria o egoísmo. A expressão philautos (φίλαυτος) relativa ao amor egoísta, voltado para si mesmo, um amante de si mesmo, evidencia o abandono a Deus e a ocupação com o próprio ego. O ídolo chamado ego está em alta, ovacionado, aclamado e ostentado, precisamos derribá-lo, queimá-lo. SOS Iconoclastas! Que sejam destruídas nossas vontades egoístas, nossos pensamentos presunçosos, nossos ideais vaidosos, nossa imagem jactanciosa, nossos discursos pedantes. Enfim, seja estilhaçada nossa egolatria. Seja destronado o nosso ‘eu’. SOS Iconoclastas! É verdade que muitos são os desvios doutrinários dos nossos dias. O Evangelho que se propaga é híbrido

e sincrético, mensagens triunfalistas e pragmáticas (no sentido filosófico). Contudo, podemos estar sendo ortodoxos, refutando tais formas de propagar o Evangelho e estarmos com o ego inflado, cheios de si, prostrados na egolatria. Precisamos instaurar uma reforma internamente antes de instalar externamente. Derribar, destruir, queimar o ídolo chamado ego dá trabalho, afinal ele nos eleva, nos coloca no centro, elogios não nos faltam. Tudo isso é envaidecedor, um combustível que abastece nossa humanidade caída nos colocando em páreo com Deus. Adoração só a Deus! Reforma Já! SOS Iconoclastas! n Nédia Maria Bizarria dos Santos Galvão

membro da Igreja Batista do Centenário; professora de EBD da Congregação Batista em Areia Branca - SE; especialista em Ciência da Religião; bacharel em Teologia

( ) Impresso - 160,00 ( ) Digital - 80,00

O JORNAL BATISTA Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901

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Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Editora Esquema Ltda A TRIBUNA


REFLEXÃO

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Impactos das redes sociais na formação dos Educadores

Mônica Coropos

educadora cristã Extraído do site da Ordem dos Educadores Cristãos Batistas do Brasil (www.oecbb.com.br)

A velocidade das transformações no mundo é avassaladora, imparável, incontrolável. Enquanto escrevo, minha cabeça pensa e repensa o que estou escrevendo, pois sei que, quando o artigo chegar a cada leitor, chegará em tempos, situações e finalidades diferentes. O próprio computador que uso, neste momento, me ajuda ou me atrapalha, pois nele posso ter notificações ou acesso a outras janelas, tarefas, links e e-mails que chegam a todo tempo. Mesmo habituada aos estudos, pesquisas e prazos, tendo à dispersão. Nas palavras atuais, nossa mente sofre um bug diante dos impactos da modificação da sociedade em sua forma de aprender. As mudanças interferem em nossos hábitos, informações, estilo de vida e, ainda, há novos aparatos tecnológicos emergindo diariamente. A impressão que temos é a de que não damos conta desses avanços. O ensino-aprendizagem via redes sociais Em Boyd (2007), encontramos o termo rede social como “um serviço baseado na Web”, pelo qual é possível criar e manter um perfil público dentro de um sistema com formato e estrutura dinâmica pré-determinados, no qual é possível interagir com outros perfis, postar fotos, vídeos, links, trocar mensagens de forma privada ou coletiva. A interação com as diversas redes sociais pode ser considerada uma maneira de ser gente, de passar e receber informações e conhecimentos. Enredados, precisamos tomar decisões a todo tempo, quer para nos acharmos, quer para nos perdermos nestas possibilidades da adesão em massa e dependência das redes sociais. Kenski (2004) sinaliza que o ensino via redes pode ser uma ação dinâmica e motivadora. Mesclam-se nas redes informáticas – na própria situação de produção e aquisição de conhecimentos – autores e leitores,

professores e alunos. As possibilidades comunicativas e a facilidade de acesso às informações favorecem a formação de equipes interdisciplinares de docentes e discentes, orientadas para elaboração de projetos que superem os desafios do conhecimento. Equipes preocupadas com a articulação do ensino com a realidade dos alunos, procurando entender melhor os problemas do ambiente em que vivem ou no contexto social geral da nossa época (Kenski, 2004, p. 74, grifo nosso). O uso das redes sociais e seus recursos, a diversidade de mídias e suas diversas fontes de informação e conhecimento atestam a modificação da sociedade e da forma de se informar, buscar aprendizado e, finalmente, aprender. Capacidades cognitivas como raciocínio, memória, capacidade de representação mental e percepção estão sendo constantemente alteradas pelo contato com os bancos de dados, modelização digital, simulações interativas etc.” (Brennand, 2006, p.202), proporcionado aos usuários dados acessíveis em poucos cliques. As redes sociais existem em um processo de expansão contínuo, com ligeira circulação de conteúdos. Ainda que se observe limitações e má compreensão na redação de algumas postagens (Burbules, 2004), as redes sociais possibilitam o estudo em grupo, a troca de conhecimento e a aprendizagem colaborativa, trazendo motivação ao educador, que se envolve e se encanta com esta nova forma de Pedagogia (Bohn, 2009). O Facebook é uma dessas redes a serviço dos interesses de seus usuários, proporcionando lazer, estudos, relacionamentos e informações diversas. Formação continuada e Facebook: Experiências a partir da página Musicalizando com Alegria Por que não aproveitar o Facebook na formação continuada de educadores, já que ele contribui para aproximá-la de pessoas com interesses semelhantes, agiliza a formação continuada não-formal e atende às necessidades recorrentes de pesquisa no dia a dia dos educadores? As inda-

gações transformaram-se em criação e administração da página do Facebook denominada “Musicalizando com Alegria”. A criação da página aconteceu em 2011, quando eu já tinha uma rede considerável de relacionamento entre educadores de diversas frentes. A ideia partiu da minha própria necessidade de reunir o acervo de fotos e trabalhos realizados junto a estes professores, que me solicitaram consultoria para desenvolver o trabalho de ensino-aprendizagem de e com música. Encontrei no Facebook a possibilidade de compartilhar com um número maior de interessados as propostas e a produção de materiais, como livros e CD’s autorais. Desde então, alimento a página com postagens sobre diversos temas educacionais. Estes conteúdos são selecionados a partir dos seguintes critérios: (a) demanda dos professores pelas mensagens, comentários e e-mails enviados; (b) atividades dirigidas e músicas autorais; (c) envio de conteúdos pelos professores colaboradores e pelos seguidores da página; (d) fotos, links, vídeos, descrição de atividades, planos de aula, partituras, repertório diverso, composições próprias e de outros professores e uma gama de informações relevantes ao trabalho do educador. Cada postagem é seguida de comentários, sugestões e contribuições. Professores voltam à página com relatos de experiências desenvolvidas com seus alunos a partir de determinada postagem. Comentários e relatos podem se transformar em novas postagens na página, trazendo sempre novas informações e crescente número de acessos. Todos os comentários são lidos por mim ou, quando solicito, por professores autorizados para contribuição com a página. Quando a postagem selecionada é enviada por seguidores da página, respondo diretamente ou submeto ao professor que enviou a atividade a explicação solicitada. Este movimento interpessoal tem gerado novas amizades, ideias e projetos compartilhados por gente de toda parte que, não fosse a página nesta rede social, não teriam oportunidade de se conhecer.

Considerações Finais A experiência com a página do Facebook Musicalizando com Alegria confirma que a utilização de redes sociais para a formação continuada não-formal de professores é uma realidade, uma solução e uma urgência. São inúmeras as possibilidades de compartilhar saberes, o que tem atraído um contingente cada vez maior de educadores – mesmo geograficamente distantes – para as redes sociais de ensino, buscando em fontes como a minha página o enriquecimento de seus trabalhos e aulas, podendo, a partir do contínuo fluxo dessa formação, levar frescor nos diversos conteúdos abordados. Referências BOHN, Vanessa. As redes sociais no ensino: ampliando as interações sociais na web. Disponível em: www. conexaoprofessor.rj.gov.br/temas-especiais. Acesso em: 08 de abril de 2015. BRENNAND, Edna G. G. Hipermídia e novas engenharias cognitivas nos espaços de formação. IN: SILVA ETAL (Org.) XIII ENDIPE – Encontro Nacional de Didática e Prática de Ensino. Políticas educacionais, tecnologias e formação do educador: repercussões sobre a didática e as práticas de ensino. Recife: ENDIPE, 2006. BURBULES N. C. A internet constitui uma comunidade educacional global? In. BURBULES N. C. TORRES C.A. e colaboradores. Globalização e educação: perspectivas críticas. Porto Alegre: Artmed, 2004. COROPOS, Mônica. Utilização de Redes Sociais para a Formação Continuada Não-formal de professores: apresentação da página Musicalizando com Alegria, repertório e atividades. Anais do X Encontro Regional Sudeste da ABEM Diversidade humana, responsabilidade social e currículos: interações na educação musical. 2016. KENSKI, Vani Moreira. Tecnologias e ensino presencial e à distância. 2ª Ed. Campinas, SP: Papirus, 2004. n


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Comprovando a Fé (Tiago 2.1-18) Hanri de Oliveira Pinheiro

doentes, crianças; israelitas e gentios. Como Deus não considera as diferenças nacionais, sociais, culturais e econômicas, não podemos favorecer pessoas em detrimento de outras. Devemos tratar as pessoas como Deus Neste estudo, Tiago fala sobre um trata, com base no mandamento do problema recorrente na Igreja naque- amor que evidencia a qualidade da le tempo e que deveria ser corrigido nossa fé. como evidência da fé que os irmãos professavam: o preconceito. Ele cita o A fé morta mata (v. 14–17) problema do preconceito para corrigir os cristãos, mas aproveita para ampliar A fé é um dom fundamental para o o entendimento da relação entre a fé cristão. Sem fé é impossível agradar e as obras. Podemos apreender três a Deus (Hebreus 11.6). Tudo o que realidades sobre a fé: nossa fé é ava- fazemos sem fé é pecado (Romanos liada, a fé morta mata e a fé verdadeira 14.23). Nem todas as pessoas que dizem crer em Jesus estão salvas (Maé comprovada. teus 7.21). Muitas dizem crer, mas sua fé é morta. Nossa fé é avaliada (v.1–13) As pessoas com uma fé morta não Tiago mostra que nosso comporta- têm obras. No lugar das obras, aparemento com as pessoas revela qual a cem belos discursos, muitas palavras. qualidade da nossa fé. Preferências e Elas conhecem as doutrinas, mas não acepção de pessoas não são atitudes praticam. Têm discurso, mas não têm de seguidores de Cristo. Tratar bem um vida. A fé está apenas na mente, mas rico e desprezar um pobre, é negar a não no coração. fé cristã. Jesus não distinguia pessoas Como crentes, devemos ajudar a por cor de pele, qualidade das roupas todos e, principalmente, aos que proou dinheiro. Jesus, o rei da glória, se fessam a mesma fé (Gálatas 6.10). fez pobre e atendeu ricos e pobres; Tiago é claro em afirmar que a fé sem religiosos e cobradores de impostos; as obras é morta (v.17 e 26), e uma fé pastor Extraído do site da Associação dos Diáconos Batistas do Estado do Rio de Janeiro (adiberj.com.br)

Olavo Feijó

pastor & professor de Psicologia

Livramento no Senhor “Descansa no SENHOR, e espera nele; não te indignes por causa daquele que prospera em seu caminho, por causa do homem que executa astutos intentos” (Sl 37.7). A injustiça provoca revolta em nosso coração. Por isso, a Bíblia nos garante que a justiça divina, eventualmente, eliminará o poder dos injustos que fazem o mal. O tamanho da justiça divina nos é revelado no Salmo 37, verso 7: “Não se irrite por causa dos que vencem na vida, nem tenha morta não salva ninguém pois é apenas intelectual, inútil e incompleta. Não podemos ignorar as necessidades do próximo e dizer que somos cristãos. Esse tipo de fé não produz vida, apenas morte, pois não é alimentada pelo amor. A fé verdadeira é comprovada (v. 18) Aqui, Tiago se dirige a pessoas que separam a fé das obras. Tiago quer dizer que, em todas as suas boas obras, a fé é o ingrediente principal. A verda-

inveja dos que conseguem realizar os seus planos de maldade. Tenha paciência, pois o Senhor Deus cuidará disso...” (Sl 37.7). Na sua experiência pessoal com Jeová, Davi escreveu: “Fui moço e, agora, sou velho, mas nunca vi um homem bom abandonado por Deus... Afaste-se do mal e faça o bem e você sempre morará na Terra Prometida” (Salmos 37.25 e 27). Nada mais abençoador do que nossa postura de completa confiança nos livramentos providenciados por Deus. deira fé é comprovada pelas obras coerentes com o discurso. Portanto não há fé sem as obras agradáveis a Deus e nem há obras sem a fé verdadeira. De fato, a verdadeira fé é acompanhada e comprovada por obras de obediência a Deus. Que nossa fé seja coerente com a sã doutrina, para que nossas proclamações sejam adornadas pelo fruto do Espírito (Gálatas 5.22-23). E que este fruto revele a fé que professamos, o Evangelho que vivemos e cremos. n

Pastor como Teólogo Público Jonathan Salgado

pastor da Igreja Batista Memorial de Jacarepaguá - RJ

Em um excelente livro sobre o ministério pastoral, Kevin J. Vanhoozer e Owen Strachan destacam imagens que deixam os pastores cativos e impedem o principal exercício de sua função: o ensino (VANHOOZER e STRACHAN, 2016). As imagens são, para citar algumas: terapeuta, gestor de pessoas e programas religiosos, agitador político. Acrescento uma: a do pastor como síndico de condomínio. O grande problema com essas imagens é que não são fruto do ensino do texto bíblico, mas expressões de demandas culturais do tempo. Contudo, um olhar para a última recomendação do apóstolo Paulo ao

jovem pastor Timóteo não carrega nenhuma referência das metáforas utilizadas atualmente para definir o ministério pastor. Paulo escreve: “Pregue a palavra, esteja preparado a tempo e fora de tempo, repreenda, corrija, exorte com toda a paciência e doutrina.” (II Tm 4.2). A recomendação é uma dedicação em ser um homem da Palavra, um expositor da doutrina, um teólogo que ensina à sua comunidade. Certamente, a pregação e o ensino da Escritura não são as únicas funções do pastor. A própria metáfora do ministro como um pastor de ovelha carrega essa conotação. Entretanto, a principal função do pastor local é ser mestre (Efésios 4.11). Para isso, o pastor precisa de estudo continuado, leitura, capacitação, boa formação, tempo adequado para o preparo. O que é im-

possível com a Igreja cobrando dele a partir daquelas funções extrabíblicas. O terapeuta, o gestor de pessoas e o administrador são profissões e funções abençoadoras e devemos louvar a Deus por elas, mas são distintas do ministério pastoral. Um pastor aconselha, lida com pessoas e administra certas necessidades institucionais da Igreja. Aconselhamento bíblico não é psicoterapia, liderar espiritualmente uma comunidade não é gerenciamento de pessoal e lidar com demandas institucionais não caracteriza o ministro. O ensino responsável da Palavra de Deus, sim. Quando orienta Timóteo sobre os critérios para a escolha de ministros, Paulo elenca inúmeras características morais. A única de ordem prática é a aptidão para o ensino (I Timóteo 3.2). É inevitável perguntamo-nos: será

que, como Igreja, estamos trazendo imagens que têm pressionado nossos pastores para cativeiros que os distanciam de sua real função? Será que, como pastores, estamos vivendo a orientação bíblica ou estamos cedendo às demandas da cultura? Será que nossos processos de sucessão pastoral procuram mestres da Palavra ou gestores de pessoas, administradores, terapeutas ou até mesmo ativistas políticos? Suplico ao nosso Senhor que nos auxilie a resgatar os pastores teólogos. Bibliografia: VANHOOZER, Kevin J.; STRACHAN, Owen. O pastor como Teólogo Público: recuperando uma visão perdida. São Paulo: Vida Nova, 2016. n


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JUVENTUDE BATISTA BRASILEIRA

Um olhar atento aos adolescentes

Tiago Mercedes

pastor, Coordenadoria de Adolescentes da JBB

Como pastor, reconheço a importância de investir tempo e recursos em trabalhos voltados para adolescentes nas Igrejas Batistas do nosso país. Esta geração tem sido bombardeada em uma enxurrada de informações. Eles sofrem pressões para um embate de colocações profissionais e estudantis. E, como se não fosse o bastante, nossos irmãos dessa faixa etária são colocados em bolhas por uma geração de pais que têm medo e insegurança da maldade do mundo, gerando ainda mais percalços no desenvolvimento e maturidade de nossos adolescentes. Assim, apontarei alguns motivos que justificam a necessidade de iniciar, em nossas Igrejas, um trabalho de acolhimento e cuidado dos adolescentes. Primeiramente, esses jovenzinhos são o futuro da Igreja. Ao investirmos em seu crescimento espiritual e emocional, estamos construindo uma base sólida para a próxima geração de líderes e membros ativos em nossa comunidade de fé. Os adolescentes são receptivos a novos aprendizados e estão numa fase crucial de formação de valores e crenças. Portanto, é fundamental que ofereçamos ambiente acolhedor e estimulante para o desenvolvimento de sua fé. O trabalho com adolescentes nas Igrejas Batistas permite que eles sejam

discipulados de forma mais direcionada. Essa faixa etária apresenta desafios específicos, como a busca por identidade e o enfrentamento de pressões sociais. Ao oferecermos programas e atividades adaptados às suas necessidades, podemos ajudá-los a compreenderem e aplicarem os princípios bíblicos em seu cotidiano. Estarão capacitados a tomar decisões sábias e a viver uma vida cristã autêntica. Outro motivo importante é o potencial evangelístico das atividades com adolescentes. Muitos deles estão buscando respostas para suas dúvidas existenciais e anseiam por um propósito maior em suas vidas. Ao proporcionarmos um ambiente receptivo e intencional, onde possam fazer perguntas e encontrar respostas baseadas na Palavra de Deus, estamos abrindo portas para que eles conheçam e experimentem o amor de Cristo. Os adolescentes são influenciadores naturais em suas redes sociais e comunidades, o que torna seu envolvimento na Igreja uma oportunidade estratégica para alcançar outros com a mensagem transformadora do Evangelho. Por fim, lidar diretamente com adolescentes em nossas Igrejas permite contribuir para a formação de indivíduos maduros e comprometidos com sua fé. Ao oferecermos mentorias, discipulado e oportunidades de serviço, estamos capacitando-os a se tornarem líderes e servos ativos em suas comunidades. Esta geração tem um poten-

cial incrível para impactar o mundo ao seu redor e é nossa responsabilidade guiá-los e encorajá-los nesse caminho. Em suma, o trabalho com adolescentes nas Igrejas Batistas é essencial para construir uma Igreja saudável, que prepara líderes, conhecedores de valores bíblicos para o futuro e alcançar outras vidas com o amor de Cristo. Ao investirmos nessa faixa etária, cumprimos a missão de fazer discípulos e contribuímos para o crescimento do Reino de Deus. A Juventude Batista Brasileira se coloca no lugar de apoio para a Igreja local, a fim de oferecer suporte nesse trabalho. Intencionamos oferecer materiais dedicados para questões atuais, cursos (presenciais e on-line) que ofereçam capacitação continuada para líderes, iniciantes ou experientes, tornarem o ministério ainda mais relevante no que tange à realidade dos adolescentes deste tempo. A construção de tudo o que podemos e precisamos é árdua, perpassa desde o conhecer necessidades específicas e levantar demandas até estreitar relações, cuidar dos líderes e produzir material, entre outros. Além disso, precisamos fortalecer nossa rede de juventude, pois a JBB é composta e construída a muitas mãos, incluindo as juventudes estaduais, as jubas de associação, até chegar no líder da Igreja local. Reconhecer esse trabalho, fortalecê-lo e unir forças certamente é o que nos levará a servir com exce-

lência às nossas Igrejas, contribuindo para o fortalecimento dos ministérios. Temos também a intenção de levantar mentores e conectar líderes e pastores de adolescentes que possam caminhar juntos para compartilharem entre si a jornada de dificuldades que se apresentam para esse ministério e, assim, serem fortalecidos diante da falta de conexão e da individualidade eclesiástica. Hoje, possuímos um grupo de conteúdo gratuito semanal pelo WhatsApp, que oferece devocionais que conectam as responsabilidades do líder com valores bíblicos. No grupo, oferecemos ferramentas e dinâmicas que agregam no ministério com adolescentes e também oferecemos análise de conteúdo jornalístico sobre a geração Z e Alpha, possibilitando a atualização da liderança para questões atuais. O caminho a ser percorrido ainda é longo e desafiador, mas temos avançado, um passo de cada vez, nesta construção. Para melhor desenvolver este trabalho, é necessário conhecer de forma mais efetiva cada líder e ministério e, desse modo, preparar conteúdos ainda mais efetivos e possibilitar o mapeamento das necessidades das Igrejas locais em suas diversas regiões e culturas. Assim, te convidamos a participar de uma pesquisa ministerial sobre os ministérios de adolescentes Batistas. (Para participar, acesse o link via QR Code) n


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REFLEXÃO

O JORNAL BATISTA Domingo, 29/10/23 VIDA EM FAMÍLIA

Nossas faltas para com os solteiros Como Igrejas evangélicas, temos que pedir perdão a Deus e aos solteiros por nossa omissão, para não dizer negligência, em relação a um ministério constante, bíblico e atuante junto a estas pessoas, ovelhas do Sumo Pastor, Jesus Cristo. Pensando nesta realidade, desejo apontar alguns erros que a Igreja evangélica brasileira tem cometido em relação a um trabalho sério com os solteiros. Pecamos por omitirmos de ensinar uma teologia bíblica do celibato Jesus deixou claro que o celibato pode ser uma opção para se dedicar integralmente ao Reino (Mateus 19.12). Muitos dos servos de Deus receberam um mandato para continuar solteiros com o objetivo de se dedicarem, em tempo integral, ao Reino. Jeremias, no Velho Testamento, (Jeremias 16.1), e Paulo, no Novo Testamento (I Coríntios 7.8), são exemplos clássicos. Muitos que são casados não deveriam jamais ter casado. Se dedicam tanto à obra de Deus que se esquecem de dar atenção à família. Foi por isso

que o apóstolo Paulo alertou sobre o dever do casado em preocupar-se com as coisas do Senhor, mas jamais se esquecer de como agradar ao cônjuge (I Coríntios 7.32-35). O celibato não deve ser imposto, como a Igreja Católica faz, mas, se for algo comissionado por Deus, deve ser honrado.

Pecamos por associar a felicidade somente à vida de casado

O número de pessoas solteiras nas grandes e pequenas cidades cresce cada vez mais. Parece que só a Igreja não está dando conta dos números constantemente divulgados pela mídia. Enquanto empresas de alimento, construtoras, indústria do turismo estão oferecendo produtos e serviços para atrair os solteiros, a Igreja ainda não despertou para esse público. Continuemos a investir no ministério com casais, mas não cometamos o erro de deixar os solteiros sem uma ministração bíblica relevante para suas vidas.

“ficar para titia”, para os solteiros? Eu acho que Deus se entristece também quando ouve esses e outros tipos de Casamento não é um passaporte colocações em nossas Igrejas. para a felicidade. Conheço pessoas tremendamente infelizes na vida conPecamos por associar a vida dos jugal. Mas conheço também pessoas solteiros a pecados sexuais felizes e realizadas na condição de solteiras. A felicidade não está num hoUm dia desses, fiquei triste quanmem ou numa mulher, mas em Deus. do soube que uma Igreja querida, no Na Bíblia, encontramos os exemplos processo de escolha do novo pastor, de Jeremias, Jesus, Paulo (pelo menos ao elaborar o perfil do novo obreiro, durante todo o seu ministério), Marta, votou em excluir a possibilidade de Maria e Lázaro que foram solteiros. se convidar um pastor solteiro. Por Em nenhum lugar da Bíblia, há menção quê? Estou cansado de ouvir histórias de que tenham sido infelizes. Jesus, tristes envolvendo líderes casados. um solteiro, por exemplo, foi a própria Manter a pureza sexual é questão de felicidade. caráter e temor de Deus, seja casado ou solteiro. Pecamos por ridicularizar Oro para que a Igreja de Cristo no os solteiros Brasil pense sobre estas verdades e comece já a ser uma bênção para os Fico triste quando ouço dos pró- solteiros, como tem sido, na sua granprios púlpitos piadinhas, neologismos de maioria, para os casados. n e brincadeiras com os solteiros. Por que usamos o neologismo “solteirão” Gilson Bifano ou “solteirona” para os solteiros e não Pastor, conferencista, escritor e usamos o termo “casadão” ou “casadocoach de relacionamento na” para aqueles que são casados? Por Instagram: @gilsonbifano que usar termos como “encalhados”, oikos@ministeriooikos.org.br

é, qualidades e defeitos. Contudo, é um lugar em que se deseja pertencer, principalmente, quando se tem referências positivas e interações saudáveis. A menção trazida no versículo bíblico diz respeito ao episódio que envolveu o decreto real, a rainha Ester, seu primo Mordecai e o povo de Israel. O decreto assinado pelo rei Assuero selava o destino de um povo, ou seja, a sua dizimação. Entretanto, Mordecai aciona a rainha Ester e lembra sobre sua descendência e responsabilidade diante do povo. O ato de Mordecai, trazer à memória de Ester sobre a sua descendência, impactou em sua decisão. Mesmo diante de uma situação perigosa, ela assume o seu lugar e enfrenta o perigo de frente. Ela sabia que tudo poderia desmoronar, mas preferiu confiar em Deus. Embora não se tenha registro deste pensamento, mas, sim, de sua ação: ela conclama o povo a jejuar por ela. E isso foi o diferencial para que pudesse contemplar a mudança da história de seu povo, sua família. A partir da ação de Ester, é possível

compreender que, mesmo em situações desesperadoras, não se pode sucumbir diante delas. Antes, é preciso entregá-las nas mãos dAquele que pode todas as coisas. Não é pela força humana, mas é pela força do Senhor. Compreende-se, ainda, que não se pode entrar em situações complicadas de forma despreparada. É preciso investir tempo em oração, jejum e comunhão com Deus, porque é nesse momento em que ocorre o preparo para enfrentar os problemas, tendo discernimento sobre o que se está combatendo. É uma luta que não se trava sozinho, porém com a presença do Espírito Santo de Deus. Aprende-se que não se pode renunciar à família. É preciso lutar pelo restabelecimento dos vínculos, ou seja, dos relacionamentos. A família faz parte de quem se é, do que se acredita. Assim, se um integrante não está em paz, isso desequilibra toda a família, pois ela é uma unidade composta por cada um de seus membros. A harmonia na família é conquistada por meio dos relacionamentos

Pecamos por não canalizar nossas energias para um ministério com solteiros da mesma forma que damos atenção ao ministério com casais

Quando tudo parece ruir, continue crendo!

Gleyds Silva Domingues

educadora cristã Extraído do site da Ordem dos Educadores Cristãos Batistas do Brasil (www.oecbb.com.br)

“Como suportarei a destruição da minha família?” (Ester 8.6b) Existem momentos em que a dor que se sente é tão profunda que parece não ter fim. Não se enxerga saídas e isso causa uma tristeza que abate a alma, de tal maneira que atinge a saúde e o bem-estar bio-psico-espiritual. E isso ainda se torna mais contundente quando a dor atinge um integrante da família. Estar e conviver em família é uma dádiva, pois é nela que se aprende os primeiros passos sobre relacionamentos, os quais envolvem renúncia, compartilhamento, conflitos e decisões. É nela que se aprende a respeitar, valorizar e até mesmo a se indignar diante de injustiças e promessas quebradas. A família é um espaço singular porque não há como se esconder do outro. Nela, cada um se apresenta como

saudáveis, significativos e constantes. Isso não quer dizer que não existirão conflitos, mas que se sabe a maneira correta de como resolvê-los. Uma das formas é chamar à responsabilidade. Não se pode “passar a mão na cabeça” e fingir que tudo ficará bem. Existem momentos que o confronto é necessário para que haja crescimento e amadurecimento. No episódio que marca a história de Ester, é possível ver estas ações presentes e é claro que aconteceu o milagre. Deus atendeu à oração, moveu o coração do rei e trouxe meios de o povo se defender do perigo iminente. Isso ensina que, mesmo diante do caos, Deus intervém e pode, sim, mudar o desfecho da história. Então, o que está causando dor ao seu coração? Que motivos você precisa levar em oração? Ainda, esses motivos precisam ser alvos do jejum? Leia a história de Ester e deixe Deus ministrar ao seu coração. Tenha uma semana abençoada e creia que jejuar e orar pela família vale a pena. n


MISSÕES NACIONAIS

Manoel Moreira

O JORNAL BATISTA Domingo, 29/10/23

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Mais uma Igreja no Rio Grande do Norte!

pastor, missionário de Missões Nacionais Texto adaptado pela redação de Missões Nacionais

A plantação de Igrejas é algo extraordinário que acontece na vida cristã, na dependência do Espírito Santo, pois Ele é o executivo da obra missionária. Dentre os princípios da visão de Igreja Multiplicadora, a ênfase na plantação muitas vezes é negligenciada ou passa despercebida, como um valor de menor importância na vida de uma Igreja. A Segunda Igreja Batista em Assú, no Rio Grande do Norte, tem procurado viver todos os Quase 200 pessoas estiveram presentes para celebrar a inauguração de novo templo em Assú - RN princípios de Igreja Multiplicadora, pois cremos que os mesmos são inseparáveis. No dia 7 de outubro, organizamos mais uma Igreja filha: a Terceira Igreja Batista em Assú, que fica no bairro Frutilândia. Tudo começou por meio de um Pequeno Grupo Multiplicador, que foi liderado pela nossa filha Tabita Aija da Silva Moreira. O encontro era uma vez por semana e logo passou a ser uma pequena congregação. A liderança atual está com o seminarista José Sérgio Gonzaga e sua esposa, a irmã Viviane. O casal está atuando há quase 3 anos na nossa Igreja e continuará com a visão de expandir o Reino de Deus. Após aprovação pelo concílio, aconteceu o culto de celebração, em A cem por um: Nova Igreja em Assú - RN é fruto de Pequeno Grupo Multiplicador que o pastor Carlos Alberto levou uma mensagem enfatizando a relevância de uma Igreja para a sociedade. Mais e glórias ao grande líder da Igreja, o por que devemos plantar Igrejas? Por- Igrejas deve ser algo normal e relevande 180 pessoas estiveram presentes Senhor Jesus. que elas permitem o avanço da obra te na vida de uma Igreja que entende a nessa grande festa, rendendo honras Talvez você esteja se perguntando: missionária no mundo. A plantação de grande comissão. n

SUA OFERTA TRANSFORMA VIDAS

CHAVE 33.574.617/0001-70 CNPJ MISSÕES NACIONAIS


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NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA

O JORNAL BATISTA Domingo, 29/10/23

Filhos de pastores se reúnem em mais um REFIPA RJ O evento focou no cuidado da saúde emocional desses que vivenciam a pressão ministerial desde cedo. Diana Sampaio Rodrigues

Departamento de Comunicação da Convenção Batista Fluminense

O conhecido Retiro de Filhos de Pastores Batistas (REPIFA) do Rio de Janeiro aconteceu dos dias 06 a 08 de outubro, no Acampamento Batista Fluminense em Rio Bonito. Com tema “Cais - Encontrando Refúgio para Renovar a Jornada”, o evento traduziu os desafios únicos que essas pessoas enfrentam e da responsabilidade que carregam em seus ombros devido ao peso da expectativa e da pressão emocional. O objetivo era criar um espaço onde os filhos de pastores pudessem descarregar as cargas que estavam em seus corações, encontrando paz e cura. Aportaram num verdadeiro “cais”, lugar onde a tempestade encontra abri-

Mais de cem filhos de pastores acamparam durante três dias go e se transforma em calmaria. Onde nossas ansiedades e angústias são descarregadas e nos encontramos prontos para abraçar novos caminhos. A programação contou com cultos, momentos de louvor, oração e comunhão, além da festa com o tema “Brasilidade”. O preletor de sexta-feira à

noite, dia 06, e sábado pela manhã foi Ramon Oliveira, pastor da Mosaico Juventude na Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro e professor do Seminário do Sul. Já no sábado à noite e no domingo pela manhã, Leonardo Souza, pastor da Juventude da Primeira Igreja Batista do Retiro em Volta Redonda,

esteve levando uma mensagem abençoadora a todos os participantes. Com certeza, foram momentos maravilhosos e edificantes que ficarão guardados para sempre na memória desses filhos de pastores. Que Deus continue abençoando a vida de cada um! n

Melhor que pão de queijo: mês das crianças foi recheado de diversão entre os Batistas mineiros As festas aconteceram do centro ao interior do estado. Sebastian Zanuncio

estagiário do Departamento de Comunicação da Convenção Batista Brasileira*

Não faltou oportunidade para os mineirinhos pularem neste mês. Os Batistas de Minas Gerais não deixaram passar em branco o Dia das Crianças. Pelo contrário, as celebrações já estavam acontecendo desde o começo de outubro. Todas essas festas não só divertiram os pequenos, mas demonstraram o cuidado que as Igrejas e Associações Batistas mineiras têm em levar a nova geração a Cristo, como Ele deseja (Mateus 19.14). A primavera chegou e trouxe consigo a primeira farra do mês. No final da tarde de primeiro de outubro, o Instituto Amor Que Serve, da Primeira Igreja Batista de Belo Horizonte, reuniu a criançada na Praça Raul Soares para o Dia D. O evento social e evangelístico não deixou ninguém murchar com as oficinas e a alegria contagiante do Três Palavrinhas, ministério de canções bíblicas infantis. Os bonecos Sarah, Davi e Miguel finalizaram a festa comunitária cantando no templo da PIB de BH. O interior do estado não ficou para trás na hora de florescer sorrisos. No

Dia D reuniu turma do 3 Palavrinhas para louvar com os pequenos da PIB em Belo Horizonte - MG

ABCZOMA encheu a Igreja Batista Memorial em Muiaé - MG com crianças da cidade para tarde de diversão dia 12, a Associação Batista Central da Zona da Mata (ABCZOMA), na região sudeste do estado, realizou um dia especial para comemorar o Dia da Criança Batista. Com o apoio dos palhaços

*Sob a supervisão de Estevão JúParafuso e Pipoca, a Igreja Batista Memorial em Muriaé recebeu as crianças lio, jornalista responsável pelo Deparda Associação para uma tarde com tamento de Comunicação da CBB n músicas, truques de mágicas, palavra de Deus e muita brincadeira.


NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA

O JORNAL BATISTA Domingo, 29/10/23

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PIB em Curado IV - PE celebra 36 anos de organização para a glória de Deus! Celebração não se restringiu ao culto comemorativo, com eventos abertos para a comunidade. João Vitor de Lima Romeu Torres

membro da Primeira Igreja Batista em Curado IV

No coração do Curado IV, bairro de Jaboatão dos Guararapes - PE, há um lugar onde a fé, a esperança e o amor florescem. No dia 17 de outubro, a Primeira Igreja Batista em Curado IV comemorou seu 36º aniversário, marcando três décadas e meia de compromisso inabalável com a comunidade e a missão de servir a Deus. A comemoração, intitulada como “Uma Igreja para a Glória de Deus”, refletiu sobre a jornada da Igreja e permitiu os participantes olharem para um futuro brilhante. O ponto culminante das comemorações do 36º aniversário foi o culto especial realizado no dia 17. Membros, congregados, amigos e visitantes se reuniram para adorar, agradecer e refletir sobre a história da PIB neste bairro residencial. A celebração teve divisa em I Coríntios 10. 31: “Portanto, quer vocês comam, bebam ou façam qualquer outra coisa, façam tudo para a

Uma das razões para os irmãos de Curado IV - PE comemorarem é a dedicação do novo pastor, Hélio José glória de Deus.” Este versículo ressoa com a visão e os valores da PIB em Curado IV, lembrando a todos que cada ação e cada momento da vida devem refletir a glória de Deus. Além disso, durante o mês do aniversário, a Igreja ofereceu uma série de atividades, incluindo vigília de oração e eventos sociais, proporcionando oportunidades para a comunhão e o crescimento espiritual. A nossa Igreja estendeu um convite caloroso a todos para se juntarem às celebrações do

União Feminina da Região Metropolitana realiza acampamento em Camaçari - BA Irmãs estreitaram os laços em três dias de comunhão.

36º aniversário. Este aniversário não apenas retratou um novo marco nas nossas vidas, mas também destacou o amor e o compromisso que nutrimos pela comunidade. Um dos momentos marcantes deste aniversário é a liderança do pastor-presidente, Hélio José da Silva Júnior, que assumiu o pastorado da Igreja em 2 de setembro. Com paixão, visão e compromisso, o pastor Hélio tem liderado a Igreja em direção a um futuro promissor. Seu trabalho incansável e

inspirador tem sido fundamental para manter a chama da fé acesa e a missão da Igreja em andamento. Uma jornada de fé e dedicação A Primeira Igreja Batista em Curado IV tem uma história de fé, dedicação e serviço à comunidade. Organizada oficialmente em 17 de outubro de 1987, esta congregação tem sido um farol de esperança, amor e espiritualidade na região há 36 anos. Desde seu início humilde, a Igreja vivenciou desafios, superou obstáculos e, com uma fé inabalável, cresceu em número e influência. Este aniversário é um marco que não apenas comemora o passado, mas também renova o compromisso de servir a Deus e aos outros. Que esses 36 anos de história sejam apenas o começo de uma jornada que continua a impactar vidas e a espalhar o amor de Deus pela comunidade do Curado IV, em Jaboatão dos Guararapes e em todo o estado de Pernambuco. Estamos prontos para continuar a missão de ser “Uma Igreja para a Glória de Deus” nos próximos anos. n

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE INSTITUIÇÕES BATISTAS DE ENSINO TEOLÓGICO Rua José Higino, 416 – Edifício 14 – Sala 226 – Tijuca – Rio de Janeiro/RJ CNPJ: 02.191.726/0001-84

EDITAL DE CONVOCAÇÃO ASSEMBLEIA ORDINÁRIA

241 irmãs estiveram reunidas durante um final de semana Raquel Lima

segunda vice-presidente da União Feminina da Região Metropolitana

O Acampamento da União Feminina Missionária Batista da Região Metropolitana da Bahia aconteceu em Camaçari, dos dias 06 a 08 deste mês. no O Sítio Bella Vista, no bairro de Parafuso, recebeu 241 mulheres para serem ministrados com o tema “Ser Luz, essa é a minha missão” e divisa em Salmos 18.28: “O Senhor mantém a minha lâmpada brilhando; o meu Deus transforma as minhas trevas em luz”.

Cada grupo teve uma preletora diferente. Quem ministrou para as integrantes de Mulher Cristã em Ação foi a irmã Jussara Hubner, psicóloga e professora da Faculdade Batista Brasileira. A preletora das Mensageiras do Rei foi Andréa Dias, líder das MR da Capital. A irmã Samantha Mendes foi a preletora para o grupo de Amigos de Missões. Foram momentos especiais de crescimento espiritual que nos conduziram a ampliar nossa comunhão com Deus e com as Igrejas da Região Metropolitana. n

Convocamos todos os representantes das instituições associadas à ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE INSTITUIÇÕES BATISTAS DE ENSINO TEOLÓGICO para se fazerem presentes na Assembleia Geral Ordinária, que se realizará no dia 24 de janeiro de 2024, às 08:30h em primeira convocação com 50% das filiadas, e às 09:00h em segunda convocação com a presença de qualquer número, conforme orientação do Estatuto da ABIBET em seu Artigo 13º. Conforme o Artigo 7º do Estatuto da ABIBET, cada instituição associada terá direito até 03 (três) delegados e mais 01 (um) para cada 200 (duzentos) alunos matriculados em seus cursos regulares. Os mesmos devem ser credenciados conforme carta modelo enviada às instituições. A Assembleia Geral Ordinária da ABIBET ocorrerá das 08:30h às 12:30h, n no Rafain Palace Hotel e Convention, na Av. Olímpio Rafagnin, 2357 - Parque Imperatriz, CEP 85862-210. Foz do Iguaçu – PR. No amor de Cristo, Rio de Janeiro, 20 de outubro de 2023.

__________________________________ Dr. Claiton André Kunz Presidente da ABIBET


10 O JORNAL BATISTA Domingo, 29/10/23

NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA ARTE & CULTURA

Alvorada de Minas, uma cidade especial A cidade de Alvorada de Minas - MG esteve alvoroçada entre os dias 29 de setembro e 2 de outubro. No último final de semana do outono, a Marcha para Jesus agitou a cidade, contando com a condução de líderes cristãos da cidade e região e o apoio da Prefeitura Municipal e sua equipe. A segunda edição da Marcha no pequeno município mineiro ocorreu no sábado, dia 30, mas os outros dias também foram marcados pela celebração e oração pela obra de Deus na localidade. Comecei a ministrar já na sexta-feira à noite, na Igreja Assembleia de Deus em Alvorada de Minas, onde o pastor Zezinho exerce seu ministério com a irmã Deleia Padilha e sua equipe ministerial. No sábado pela manhã, tive a oportunidade de divertir e evangelizar o público na Praça Castro Pires, contando histórias com a turma do teatro de bonecos. O povo de Alvorada de Minas marchou pela tarde, enquanto ministros locais louvavam e ministravam sobre os participantes. A mensagem do pastor Jônatas Menezes e a participação especial dos seus liderados da Cristolândia Minas Gerais conscientizaram aos centenas de presentes sobre o poder transformador de Jesus, que é uma realidade na sua vida e na equipe de jovens recuperados do vício. A noite encerrou com a participação da cantora Bruna Karla, cuja presença levou o grande público a louvar ao nosso Deus com júbilo. Na manhã de domingo, estive com a equipe da Cristolândia MG, na companhia do pastor Jônatas, que ministrou através do seu testemunho. Ministrei no culto da noite, por ocasião das celebrações do mês das crianças.

Pude desafiar a amada Igreja Batista em Alvorada de Minas a continuar firme na obra missionária. Agradeço a Deus pela vida do líder da Igreja, pastor Paulo Sérgio Serejo, e sua abençoada esposa pelo excelente trabalho que desenvolvem na cidade, para a glória de Deus. A segunda foi dia de, juntamente com o pastor Paulo Sérgio, fazer visitas de oração. Fomos aos amigos da Secretaria de Esporte e Lazer, na liderança de Roberto Oliveira e equipe. Além de orar pelas vidas, oferecemos capacitação de pickleball, que aconteceu em dois dias. Visitamos a irmã Deleia e algumas autoridades locais. Entre elas, o próprio prefeito, Valter Antônio Costa, homem atencioso, carismático e muito querido pela popu-

lação. Nesse momento, ouvimos seus pedidos de oração por sua cidade. Precisamos orar bastante por Alvorada de Minas, para que Deus repreenda constantes ataques contra seus moradores. Cada cidade tem um ponto elevado de ataques do inimigo. Em algumas cidades, o problema maior é a violência. Em outras, as drogas, idolatria, pedofilia, roubo, abuso sexual. Com certeza, a melhor coisa que um cidadão pode fazer pela sua comunidade é pedir socorro ao Senhor Jesus e se colocar na Sua dependência. O coração do prefeito e de sua liderança está nesse propósito. Também fiz uma rápida visita a Serro, cidade vizinha. Lá, tive a chance de ministrar na festa de aniversário de uma das alunas da rede municipal de

ensino, a princesa Evelyn, que comemorou 7 anos. Na ocasião, ministrei sobre a criação de Deus e deixei claro que cada criança foi criada por Deus. Agradeço a todos os amados que foram usados por Deus para tornar possível mais esta missão que teve como objetivo único o de glorificar ao Senhor Jesus. Em especial, minha gratidão à querida Neuza Maria Cardoso, dona da Pousada Estrada Real, que com muito carinho me hospedou e até nos providenciou condução para o deslocamento pela cidade. n Roberto Maranhão Ministro de Arte e Esporte Internacional marapuppet@hotmail.com WhatsApp: +55 31 9530-5870


MISSÕES MUNDIAIS

O JORNAL BATISTA Domingo, 29/10/23

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Doe Esperança às crianças de Honduras Carmen Lígia

coordenadora do PEPE na Américas e missionária no Panamá

Honduras é um pequeno país da América Central, com pouco mais de dez milhões de habitantes, que ainda é considerado um dos países mais pobres e desiguais do Ocidente. Mas, ali, temos o Programa de Educação Pré-Escolar (PEPE)! Começamos o PEPE Honduras em 2017 e é uma grande bênção às crianças, famílias, Igrejas e comunidade. Temos, atualmente, sete unidades e atendemos cerca de 130 crianças. Alejandra, nossa coordenadora nacional, faz um excelente trabalho de evangelização das crianças e suas famílias. Este ano, no primeiro semestre, alcançamos 104 novos convertidos entre filhos e pais, para a glória de Deus. Em termos de educação dos pequenos, é emocionante escutar as crianças juntando as letras, formando sílabas, pronunciando palavras e descobrindo o lindo mundo da leitura. E é pensando nessas crianças que criamos a Biblioteca do PEPE em Honduras. São 36 crianças matriculadas no PEPE que agora têm acesso direto aos livros e em um lugar adequado

para esse tempo em que dão os primeiros passos no desenvolvimento da leitura. A biblioteca está na unidade de Azacualpa, que funciona em um centro

educacional, entre a etnia Lenca, um dos sete povos indígenas do país em que há altos índices de pobreza e desigualdade. Os Lenca vivem do cultivo

de milho, feijão, abóbora, chile e cacau. Além da venda de artesanatos, tendo a olaria como um dos pontos fortes, ao produzir peças decorativas de alta qualidade e com desenhos lindos. Sabemos que ainda falta muito para completar a missão, porque ainda temos em Honduras milhares de crianças precisando da nossa ajuda para crescer de forma saudável, tanto no aspecto físico, emocional e intelectual, quanto em ter uma nova vida ao conhecer a Jesus como o melhor amigo e Salvador! Portanto, peço a você que não deixe de orar pelo PEPE Honduras. Queremos chegar a outras cidades, abrir novas unidades, alcançar mais crianças, transformar famílias e gerações até completar a missão! Queremos doar esperança levando Jesus, educação e alimento aos pequeninos de Honduras. E para isso precisamos da sua ajuda! Participe da Campanha Doe Esperança de Missões Mundiais! Faça uma doação para o PIX doesperanca@ doeagora.com. Incentive sua família, seu pequeno grupo/célula, sua Igreja a fazerem parte da obra missionária. Não fique de fora do que Deus está fazendo no mundo! Vamos completar a missão. n

Novas estações para oportunidades Hans e Elaine Behrsin missionários na Letônia

Aqui, no Leste Europeu, a estação do verão terminou, o que marca o término das férias escolares (junho a agosto). O período, especialmente acolhedor, permite-nos engajar mais diretamente com a comunidade, aproveitando o clima mais ameno, antes que o frio rigoroso se instale, levando a temperaturas frequentemente abaixo de 0° C. Ao longo dos meses ensolarados, nos dedicamos intensamente em diversas atividades nas Igrejas locais. Participamos de jogos destinados aos adolescentes, organizamos acampamentos para jovens e tivemos a honra de pregar em diversas congregações. É válido mencionar que muitas dessas Igrejas, apesar de possuírem espaços significativos para culto, enfrentam desafios de recursos, tendo uma presença jovem notadamente escassa. Nosso compromisso se estende à formação de novos líderes, colocando foco especial nas Igrejas em processo de fundação. Testemunhamos inovação e criatividade admiráveis por parte da nova liderança, particularmente em

ações evangelísticas e ministérios infantis. Um destaque foi nossa colaboração em um evento evangelístico em Ropazi. Naquela cidade, a Igreja, em seu estágio inicial, se reúne no centro cultural, espaço que abriga diversas atividades para a comunidade local.

Setembro trouxe novos horizontes para nosso ministério. Retomamos nosso trabalho com os estudantes da Universidade da Letônia, onde o missionário Hans ministra aulas semanais, uma oportunidade para conhecermos jovens. E a tarefa se tor-

na ainda mais vital considerando o contexto secular predominante nesta região do mundo. Pedimos suas orações pelo pastor Peteris, nosso missionário da terra na Letônia. Ele tem sido um pilar em nossos esforços para auxiliar mulheres e crianças ucranianas que encontraram refúgio na Letônia, especialmente em tempos tão desafiadores. Além disso, Peteris também pastoreia uma Igreja no interior do país. Ore pela saúde e proteção de nossa família missionária, pela contínua educação de nossa filha Anna e por nossos filhos adultos, em suas respectivas jornadas acadêmicas e profissionais. Pela profundidade e frutificação de nossos relacionamentos com os estudantes universitários. Pela orientação divina em nossos desafios evangelísticos e de discipulado no semestre que se inicia. Agradecemos a você e sua Igreja pelo constante apoio nestes 17 anos em que trabalhamos na Letônia. Suas orações e contribuições são um sustento valioso para nós, permitindo compartilhar o amor de Cristo e cumprindo a missão que o Senhor nos confiou! n


12 O JORNAL BATISTA Domingo, 29/10/23

NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA

MCM da Igreja Batista em Vila Natal - SP celebra 40 anos

Outras MCMs foram a Mogi das Cruzes comemorar as décadas de fidelidade à obra missionária. Cleverson Pereira do Valle

pastor da Igreja Batista em Vila Natal

Dias 13, 14 e 15 de outubro foram dias de comemoração. A Mulheres Cristãs em Missão (MCM) da Igreja Batista em Vila Natal (IBVN), em Mogi das Cruzes - SP, comemoraram 40 anos de organização. Os cultos de celebração tiveram o tema “Mulheres fiéis a um Deus maravilhoso”, com divisa em Salmos 126. A irmã Ivani Marcelina Silva Pereira do Valle, presidente da MCM local, dirigiu a programação nos dois primeiros dias. Ela agradeceu à sua atual diretoria, composta por Catarina Siqueira e Carla Regina Xavier, pelo apoio e a todas as irmãs que estiveram em oração a Deus pela programação. Na sexta-feira, dia 13, o evento contou com a participação da MCM da Igreja Batista em Jardim Esperança (IBJE), bairro vizinho, e com a presença do pastor da mesma, Joel de Lima. A preletora da noite foi a irmã Cristiane Souza Villar de Carvalho, membro da IBJE. No sábado, as irmãs da MCM da Primeira Igreja Batista em Guararema estiveram à frente do louvor. A irmã Maria das Graças dos Santos, membro da PIB em Guararema, ministrou a mensagem da noite. Contamos com a presença da irmã Maria Lucilene Nascimento, presidente da União Feminina Missionária da Associação das Igrejas

Da esquerda para a direita, Marilene Lucilene, Virgínia Lucia e Ivani Marcelina

Coral da MCM da IB em Vila Natal - SP

Pastor Cleverson passa a palavra para a presidente da MCM e as diretoras

Maria das Graças, da PIB em Guararema - SP, ministrou no segundo dia

Batistas de Mogi das Cruzes e Adjacências (AIBAMCA), que orou e trouxe uma palavra às presentes. A irmã Ligia Braz dirigiu a programação de domingo. A parte musical foi abrilhantada pelo Coral da MCM da IBVN. Participaram do louvor as irmãs Ligia Braz, Sonia Freitas e Ivani do Valle. Ligia Braz ainda fez um solo.

O pastor Cleverson Pereira do Valle, titular da IBVN, pregou em Atos 9.36-42 e falou a respeito de Dorcas, uma mulher fiel a Deus e notável. Toda noite após o culto teve momento de confraternização com salgados e bolo e, último dia, as participantes cantaram parabéns. Registramos a presença da irmã Virgínia Aparecida Lucia que esteve

todos os dias. Ela é membro da MCM desde 1983, sendo uma das fundadoras. Parabéns a todas as irmãs da MCM pela presença e apoio. Parabéns à Diretoria, na pessoa da irmã Ivani do Valle, pela dedicação e empenho. A Deus toda a honra e glória para todo o sempre. Amém. n

Associação Batista Caxiense - RJ promove Simpósio de Administração Eclesiástica

Evento abordou a seriedade da contabilidade para líderes de Igrejas da Baixada Fluminense.

Reunião dedicada à administração de Igrejas contou com o diácono Jonatas Nascimento, especialista na área financeira Carlos Alberto

ção Eclesiástica, no dia 14 de outubro. O evento realizado pela Associação Batista Caxiense teve como palestrante o diácono Jonatas Nascimento, espeA cidade de Duque de Caxias, na cialista em contabilidade eclesiástica e Baixada Fluminense, foi o centro das autor do livro “Cartilha da Igreja Legal”. atenções do Simpósio de AdministraA Igreja é o corpo vivo de Cristo, pastor, secretário-executivo da Associação Batista Caxiense

um organismo, e precisa ser pastoreada com todo zelo. Diante dos órgãos públicos, ela é contribuinte como qualquer outro e deve ser irrepreensível também em sua administração. Obrigado, Jonatas Nascimento, pela parceria. Agradecemos também

aos pastores presentes e a cada Igreja representada. Agradecemos à nossa staff e a todos que, de forma direta ou indireta, nos ajudaram a fazer desse evento um grande sucesso! Somos um! n


NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA

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“Nosso alvo é conhecer a Palavra de ponta a ponta” Renata Gomes e Solange de Almeida apresentam a riqueza trazida pela Convicção Editora à educação cristã brasileira. Sebastian Zanuncio

estagiário do Departamento de Comunicação da Convenção Batista Brasileira*

Os Batistas são conhecidos historicamente pela qualidade de seu ensino. Salomão Ginsburg, missionário Batista fundador do Seminário Teológico Batista do Norte, chegou a ter um jornal chamado “O Bíblia”, em referência ao apelido popular que os protestantes receberam por causa do estudo constante das Escrituras. O Jornal Batista já no século passado trazia em suas páginas conteúdos de Escola Bíblica Dominical (EBD), que eram repassados em Igrejas. A necessidade crescente de reunir os materiais numa editora própria levou a denominação a fundar a Convicção Editora, em 2006. A partir de 2015, a organização passou a ser a responsável oficial de toda a literatura de EBD para as Igrejas Batistas brasileiras. Nesta última edição de outubro, mês em que se comemora o Dia do Educador Cristão, OJB traz esta conversa com Renata Gomes, supervisora administrativa da Convicção, e Solange de Almeida, coordenadora editorial. Em entrevista ao Batistas em Pauta, as representantes da editora da Convenção Batista Brasileira falam da experiência de oito anos trabalhando na confecção de literatura de ponta para as Igrejas convencionadas, usada até por outras denominações evangélicas. Elas aproveitaram para recomendar boas leituras que a Convicção Editora oferece para apoiar o trabalho em diversas áreas das congregações.

cristã, separada em algumas vertentes. Uma é o preparo teológico, espiritual e doutrinário para líderes, necessário para executarem a missão dada pelo Senhor a todos nós de pregar o Evangelho e ensinar (Mateus 28.20). Outra é a edificação espiritual dos membros de Igrejas locais, para que não se deixem levar pelos ventos de falsas doutrinas. Ainda outra é o fortalecimento da família por meio de livros que ajudem a viver os princípios relacionais, morais e éticos baseados na Palavra. Tudo isso porque acreditamos que uma Igreja preparada e edificada na Bíblia é um instrumento de Deus para transformar a sociedade do século XXI. Como tem sido a recepção dos leitores? Renata – A gente tem um público muito fiel, com Igrejas do Brasil todo, de todas as regiões. É um trabalho muito minucioso, porque temos Igrejas espalhadas pelos interiores e tem lojas que compram para fazer uma distribuição mais completa nessas regiões. Às vezes, atendo o WhatsApp da Convicção e vejo que as Igrejas gostam muito do conteúdo, por ser sólido, bem planejado, com continuidade. Depois de cada ciclo etário, ao final de cada matriz curricular, você estudou a Bíblia de ponta a ponta. Como a Solange falou, não é doutrina de vendaval, que passa. Não é modismo. Mas a gente precisa melhorar, sim. Um pedido que tenho recebido é para voltar com revistas paralelas à EBD de estudos temáticos. E ainda não alcançamos todas as nossas Igrejas. Um grande passo foi a criação do perfil de Instagram. Lá, fazemos o lançamento de todas as literaturas e temáticas do semestre seguinte. Isso tem ajudado a alcançar mais Igrejas e a reconquistar outras.

A Convicção Editora tem ligação forte com a educação cristã e, recentemente, a CBB nomeou Márcia Kopanyshyn para coordenar esse Departamento. O contato entre vocês está sendo importante? Solange – A chegada de Márcia é uma resposta a um desejo de dez anos da CBB. Essa coordenadora tem uma visão ampla, trabalhando com todas as organizações que desenvolvem a Educação Cristã entre os Batistas brasileiros. Ela está mantendo diálogo com as diferentes áreas educacionais e tem surgido projetos novos, de maiores abrangências. É um momento super criativo para a CBB. A Convicção está debaixo do guarda-chuva da Convenção Batista Brasileira, é uma organização da denominação. Ela tem uma visão: servir à sociedade Batista e a outras denominações, disponibilizando literatura Comentem um pouco mais sobre estratégica para as Igrejas. essa matriz curricular. E tem a missão de fortalecer a fé Solange – Dentro da proposta da

Todas as pessoas que estão envolvidas com a educação cristã deveriam ler, porque aborda assuntos interessantes, necessários e atuais. Temos outras duas revistas que vão atender a área masculina das nossas Igrejas. A Homem Batista, que contém, por exemplo, matérias específicas para a saúde do homem, escritas por médicos. E a Embaixadores do Rei, para a organização queridinha dos Batistas brasileiros. Além disso, temos os Manuais, para orientar os conselheiros [de ER]. Está saindo do forno o Manual Sênior. São revistas que pensam em públicos específicos, mas todas pautadas numa única regra de fé e prática: a Palavra do Senhor. Renata – A gente tem um livro muito bacana: o “ABC Doutrinário”. Os pastores podem indicar para os novos crentes. Ele é muito interessante para ensinar os primeiros passos para quem se converteu agora. É nosso campeão de vendas. Solange – Posso citar ainda dois clássicos para o estudante de Teologia. O Preparo e a Pregação do Sermão, de Jerry Stanley Key, com tudo o que você precisa saber para ser um pregador, do ponto de vista técnico. E o Esboço de Teologia Sistemática, Vocês podem recomendar algumas de Alva Bee Langston, que trabalha as doutrinas bíblicas dentro da sisliteraturas disponíveis na editora? Solange – A Renata já deu uma pa- tematização, fidedigno às Escrituras linha em cima das revistas temáticas, Sagradas. que são direcionadas para a liderança. Este texto foi composto a partir Por exemplo, a [revista] Administração Eclesiástica é direcionada para do episódio 23 do Batistas em Pauta, pastores, presidentes, coordenadores programa semanal da Convenção Bade área, porque trata de assuntos vol- tista Brasileira em parceria com a Rede 3.16. Acesse esta e outras entrevistas tados para a liderança da Igreja. Temos a Revista Louvor, que traz no canal da CBB no Youtube: www. temas do dia a dia do músico, suges- youtube.com/@ConvencaoBatistatões de hinos e divisas, além de artigos Brasileira. atualíssimos. A do primeiro trimestre, *Sob supervisão de Estevão Júlio, por exemplo, contém uma agenda jornalista responsável pelo Departaanual de temas mensais. Outra revista é a Educador, que não mento de Comunicação da CBB n é apenas para os professores da EBD. Convicção, temos a matriz bíblica. O objetivo é justamente ensinarmos, desde os pequenininhos, a Bíblia. A gente respeita o desenvolvimento psicológico das pessoas, até chegar no tempo dos jovens e adultos, como Pedro diria, que já passaram da fase do leite. Vamos dando, paulatinamente, todo a revelação bíblica. Nosso conhecimento é cíclico. Nosso alvo é, como a Renata disse, conhecer a Palavra de ponta a ponta. E sem repetição. Depois de terminar um ciclo de oito anos, por exemplo, nós adultos não precisamos mais estudar a Bíblia? Claro que sim, porque nossa vida é cíclica. Voltamos a estudar os mesmos temas, mas com novos autores, novas abordagens, atualidades e aplicações. Renata – Até porque, se fosse assim, nenhum pastor pregava duas vezes no mesmo versículo. Daqui a oito anos, sua mentalidade é outra. Você vai ver o tema de outra maneira, vai abordar o professor de outro jeito. O que a gente ressalta é que os professores, mesmo não formados em pedagogia, se capacitem cada vez mais, que estudem o que estão falando. Não adianta uma revista de qualidade como a nossa sem que seja estudada, elaborada para passar adiante.


14 O JORNAL BATISTA Domingo, 29/10/23

PONTO DE VISTA

Existe Dia da Reforma Protestante?

Rubin Slobodticov

pastor, colaborador de OJB

A história determina que 31 de outubro deve ser visto como Dia da Reforma Protestante. Muitos têm absorvido a história de que as Igrejas evangélicas cristãs são fruto da denominada Reforma Protestante. Mas é importante definir os termos a partir do surgimento e desenvolvimento da Igreja Católica. A história confirma que o Império Romano baniu os cristãos por perseguições terríveis, nos primeiros 280 anos do surgimento do cristianismo. Entretanto, o Imperador Constantino “se converteu” e legalizou a crença pelo Edito de Milão, em 313 d.C. Ele também organizou o Concílio de Nicéia, em 325, na tentativa de unificar os cristãos ao supor que poderia unir todo o Império Romano, como uma religião forte. Mas não demorou muito e o Imperador se recusou a seguir os novos ensinamentos, pelo fato de continuar com muitas práticas de credos pagãos que não lograram aprovação do verdadeiro cristianismo praticado pelas verdadeiras Igrejas que seguiam, há muito, o Evangelho de Jesus. E assim, o anti-evangelho ganhou identidade por instituir o culto a Ísis, deusa-mãe do Egito sincretizada a outros títulos, como “Rainha dos Céus”, “Mãe de Deus”, “Theotokos” (do grego “portadora de Deus”). Mais tarde, esses títulos passaram a ser atribuídos a Maria, mãe de Jesus. Surge, nessa época também o Mitraísmo, aspecto religioso comum até o século V d.C.,

que foi integrado como “status oficial” do Império Romano e carregava em si o romanismo sacramental da Ceia do Senhor, da Missa Católica. Não bastava. O Império, agora detentor de poderes por estabelecer a Igreja Católica, acabou por absorver a ideologia de “outros deuses”, que culminou pela invocação de “seus santos”. E, para manter o sistema doutrinal, reafirmou a supremacia do bispado romano com a criação do papado, com centro em Roma. Assim, o Estado tinha em alta estima o bispo romano, que acabou por ascender à supremacia da religião católica, então aceito como Máximo Pontífice, o papa da Igreja. Percebe-se, pois, o amálgama absorvido pela religião formalizada pelo Estado Romano. Era nítido que o cristianismo empreendido pelo catolicismo romano estava distante da fé, crenças e práticas pregadas por Jesus e vividas pela Igreja primitiva edificada e descrita no livro de Atos dos Apóstolos. E, lá já estavam sendo vividas as “solas” descobertas e destacadas por Lutero, as quais os cristãos, infelizmente, não viviam há séculos, em plena desarmonia com o que o apóstolo Paulo profetizou: “virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas” (II Tm 4,3-4). A reforma pretendida por Martinho Lutero, em 31 de outubro de 1517, no afixar de 95 teses que discordavam

das atitudes da Igreja, balançou para sempre as estruturas do catolicismo. Consta que, a princípio, não era para se separar da Igreja Católica, mas demonstrar suas discordâncias de caráter teológico. Além do mais, a história afirma que as negociações seculares dos burgueses não eram bem-vistas pela Igreja porque desafiavam as riquezas do clero romano, que mantinha forte ascensão ao monopólio político e religioso europeu. Estava evidente que um movimento de “pré-reformadores” estava em gestação na Europa. Insatisfações e críticas à Igreja Católica que transitavam pelas ruas ganharam figura no monge Lutero. Nem as próprias indulgências oferecidas pelo papa Leão X suavizaram o coração e convicções do monge católico para colar suas 95 fortes ideias contra a religião reinante no século XVI. A propagada reforma foi um forte protesto contra a própria Igreja Católica, e não para um soerguer dos verdadeiros cristãos que viviam em suas Igrejas locais, tal como iniciada pelos Apóstolos, em todas as “solas” relembradas por Lutero. Aliás, estas não eram novidade para os seguidores de Jesus, que jamais deixaram de existir desde o princípio. A Igreja edificada por Jesus nada tem a ver com as formas de governo existentes, uma vez que Ele usou a própria palavra “ekklesia” (do grego “assembleia”) para nomear seus seguidores. Significava que o governo do seu povo em nada deveria se equiparar ao governo do mundo. A principal

assembleia da democracia ateniense na Grécia antiga era popular, aberta a todos os cidadãos masculinos com mais de 21 anos de idade cujos pais fossem da mesma cidade. Seu governo político legislava soberanamente, obrigando seus moços a servirem ao governo por pelo menos dois anos de serviço militar, indicando seus magistrados e fiscalizando os que detinham cargos de poder, para que cumprissem suas incumbências da melhor forma possível, por exemplo. Então, os cristãos que seguiam o Evangelho de Cristo tinham conduta típica e própria desde o nascimento do movimento cristão e assim procediam desde a organização da Igreja pelo próprio Senhor, pelo derramar de seu Espírito Santo. Portanto, completamente em ordem que os cristãos genuínos em todos os tempos sempre proclamavam somente as Escrituras, somente Cristo, somente a graça e somente a glória de Deus. Essas não devem ser atribuídas como causas que fizeram surgir ou mesmo ressurgir os verdadeiros cristãos, mesmo porque Lutero se voltou contra sua Igreja Católica que abandonara as “solas” básicas da Igreja cristã. Verdade se afirme: não foi o monge Martinho Lutero quem fez ressurgir os cristãos, porque estes preexistiam como verdadeiros seguidores de Jesus Cristo desde o tempo da edificação da Igreja descrita em Atos. Foram estes quem jamais abdicaram de todas as “solas” por serem fieis ao Senhor que edificou sua Igreja. n


PONTO DE VISTA

O JORNAL BATISTA Domingo, 29/10/23

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Convocação à oração Jeferson Cristianini

pastor, colaborador de OJB

É tempo de investimento na nossa vida de oração. Na realidade, precisamos orar mais. Os verdadeiros servos e servas de Deus sempre foram marcados por uma vida de piedade e devoção. Precisamos orar mais. Precisamos seguir a agenda de Jesus, nosso Senhor, que investia tempo orando e nos ensinou a orar (Mateus 6.9-15). O pastor Batista C.H Spurgeon disse assim: “Sempre que Deus quer realizar algo, Ele convoca o seu povo a orar”. Deus tem nos convocado a orar pelo avanço de Sua obra pelo mundo, pelos missionários abnegados e anônimos que semeiam o Evangelho e discipulam os discípulos de Jesus. Orar pelas pessoas que estão “aflitas e exaustas como ovelhas sem pastor” (Mateus 9) e lhes apresentar Jesus Cristo, o Bom pastor (João 10). Orar pelas pessoas que nos cercam e que não depositaram sua fé em Jesus, pessoas incrédulas e céticas, pessoas descrentes em relação à vida e à eternidade. Orar pelas pessoas de nossa cidade, nosso bairro, nossa rua. Orar pelos nossos familiares que estão lon-

ge do caminho da cruz e distantes da vontade de Deus. Deus tem nos convocado a orar pela nossa Igreja local, pela manutenção de nossa unidade e comunhão, pela nossa colaboração diaconal e ações de serviço. Orar pela diretoria e suas demandas administrativas, orar pelos líderes ministeriais. Orar pela família pastoral. Orar pelos seminaristas em formação para o ministério pastoral/missionário. Orar pelos missionários conveniados a nós. Deus tem nos convocado a orar pelos desafios que temos para o término de nosso templo, pelas demandas administrativas que temos para regularizar toda a documentação da Igreja, pelas situações de cuidados pastorais e pelas atuações de serviços diaconais. Deus tem nos convocado a orar pelas crianças de nossa Igreja, pelas famílias dessas crianças, mas também pelos pequeninos que o Senhor tem enviado para cuidarmos e discipularmos. Precisamos orar pelas crianças de nosso bairro, orar pelas crianças das escolas de nossa região e orar para que Deus nos dê estratégias para alcançá-las com a verdadeira alegria, a alegria de Jesus. Nossas crianças

precisam da salvação em Jesus, pois a cultura contemporânea ensina tudo contrário à Palavra de Deus. Oremos pelas crianças. Deus tem nos convocado a orar pela nova geração, pelos adolescentes e jovens, que têm inúmeros desafios. Nossa juventude está exposta a tudo com o acesso ao mundo digital. Nossa juventude precisa ser alvo de nossas orações, pois têm contato com os conceitos ideológicos que moldam a mente contra a fé cristã e que deturpam os valores eternos da Palavra. Devemos orar por eles, pelos namoros, pelas escolhas e para que busquem no Senhor as respostas e a orientação para exercerem suas vocações neste mundo caótico que precisa do cheiro de vida que os filhos de Deus exalam, o bom perfume de Cristo Jesus. Deus tem nos convocado a orar pelas famílias, que tem sido bombardeadas com tantos dardos inflamados do inimigo, que infelizmente muitas famílias não suportam e desmoronam diante de nossos olhos. Orar pelos casais e a gestão do lar. Orar pela criação dos filhos. Orar pela espiritualidade nos lares, a afetividade escassa nas casas, pela intimidade dos casais e

pela boa convivência com a extensão familiar. Deus nos tem convocado a orar pela evangelização e saímos a evangelizar. Orar para que Deus mostre a nós as pessoas em que Ele está atuando, para levarmos a semente do Evangelho. Orar para termos ousadia e intrepidez para entregar um folheto, para começar uma conversa evangelística ou para falar e pregar abertamente sobre o amor de Deus a uma pessoa próxima. Orar pelas pessoas que conhecem a Palavra, mas se encontram distante da convivência da Igreja local. Deus nos tem convocado a orar pelas famílias que têm se aproximado de nossas Igrejas, para que sejamos Igrejas acolhedoras, que abraçam as pessoas e cuidam delas à luz das orientações do Evangelho de Jesus. Deus deseja fazer grandes coisas e nós precisamos orar para ouvir Sua voz, receber Seu consolo e Suas orações. Deus sempre faz a parte dEle. E nós? Faça sua parte. Ore mais. Deus está convocando. Alguns irão desobedecer, outros darão desculpas, mas que você seja obediente à convocação. Oremos! n

Cristianismo e as outras religiões Dayane Cristina da Cunha Fernandes educadora cristã Extraído do site da Ordem dos Educadores Cristãos Batistas do Brasil (www.oecbb.com.br)

Se você já parou para conversar com alguém de outra religião, sem a necessidade louca de tentar “convertê-la”, deve ter pensado sobre a beleza que ela tem. Quando converso com alguém sobre religião, sempre tento trocar experiências. Mais que falar sobre minha fé, desejo ouvir sobre a fé do outro. Isto porque, na troca, percebemos que existem valores universais nas religiões. Segundo vários estudiosos, a palavra religião é um termo derivado do latim

religio, religionis, que significa “culto, prática religiosa, cerimônia, lei divina, santidade”. A grande questão entre eles, no entanto, é de qual verbo a palavra religião surge: relegere ou religare? Se for da palavra relegere, significa “reler, revisitar, retomar o que estava largado”. Se for do verbo religare, podemos traduzir como “religar, atar, apertar, ligar bem”. Embora seja mais difundida a segunda, que fala sobre “religar”, gostei bastante da primeira, que é inclusive mais levada à sério por quem estuda etimologia. E o que isto tem a ver com a gente, que se diz cristão? Então, o cristianismo é só mais uma, entre tantas religiões? A meu ver…sim e não! Se você pensar no cristianismo que

as pessoas conhecem por aí, que se encaixam em doutrinas, regras, leis, tempos e espaços, sim. Ela é apenas mais uma entre tantas. Mas se você pensar somente em Jesus… não! Ela nunca será uma religião. Isto porque, para o cristianismo “raiz”, Jesus é a religião pura! Mais do que seguir uma doutrina, frequentar uma Igreja, nós seguimos a Cristo. Porque em Jesus, as Boas Novas foram relidas, revisitadas e passamos da velha para a nova aliança. Por meio dEle, Deus retomou o que havia sido largado pelo homem desde Adão: a reconciliação com Ele. Quando enxergamos isto, percebemos que Jesus jamais se encaixa nos moldes da religião.

Assim, quando conversar com alguém sobre a razão da fé dela, pare e pense sobre a razão da sua fé. Relembre que, por Ele, todas as coisas passaram a existir e que, por isso, muito do que essa pessoa fala, pode ser um pedacinho do todo, que é Jesus. Admitir que há beleza na religião do outro não significa colocar o cristianismo no mesmo patamar, mas confirmar que Cristo está acima de toda e qualquer religião. Pois Ele não é fundador de mais uma religião, mas é o Caminho, a Verdade e a Vida (João 14.6). A religião, portanto, é só um pequeno pedaço de tudo o que Cristo nos oferece. “Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito existiria”. (Jo 1.3) n



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