OJB EDIÇÃO 37 - ANO 2022

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ISSN 1679-0189 R$ DOMINGOEDIÇÃOANO3.60CXXI37, 11.09.2022 ÓRGÃO OFICIAL DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA FUNDADO EM 1901 Vem pra Vida JBB apresenta tema de campanha em apoio ao Setembro Amarelo Mulheres em Missão pelo Brasil UFMBB traz os últimos destaques da organização Por que as Igrejas estão esvaziando? Pr. Oswaldo Jacob revela sete respostas para esta pergunta; confira! Existe vida antes da morte?! Lourenço Stelio Rega fala sobre o verdadeiro sentido da vida pág. 05 págs. 08 e 09 pág. 14 pág. 15 Reflexão Notícias do Brasil Batista Fé para Hoje Observatório Batista

A Junta de Missões Nacionais

Principal estratégia: visão multi plicadora

Principais valores: orar e confiar no Senhor

2 O JORNAL BATISTA Domingo, 11/09/22

Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557

CONSELHO EDITORIAL Francisco Bonato Pereira; Guilherme Gimenez; Othon Ávila; Sandra Natividade

INTERINOS HISTÓRICOS

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centros urbanos, favelas, condomí nios fechados, presídios, ruas ou becos, trabalhamos desenvolvendo estratégias para que todos sejam alcançados por este evangelho que transforma.

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação Batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

Informações extraídas no site www. missoesnacionais.org.br n MTB 0040247/RJ)

( ) Impresso - 160,00 ( ) Digital - 80,00

EDITORIAL

REDAÇÃO CORRESPONDÊNCIAE

Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923).

DIRETORES HISTÓRICOS

Somos uma agência missionária da Convenção Batista Brasileira que tem por missão multiplicar discípulos de Jesus em solo brasileiro. Desde 1907, temos superado desafios em nome da visão de alcançar todos com o evangelho.

Por meio de projetos de plantação de igrejas, compaixão e graça, e evan gelismo, nossos missionários estão atuando nos 26 estados e Distrito Fe deral, sustentados por ofertas de par ceiros fiéis.

Com foco em vidas transformadas e com um padrão de excelência para a glória de Deus, a oração e a total dependência de Deus são alguns dos principais valores de nossa organiza ção. Somente assim somos capazes de continuar avançando, dia após dia.

Todas as pessoas que formam a equi pe de Missões Nacionais entendem a importância do seu trabalho para o cumprimento dessa missão e têm isso como o objetivo principal de suas ações.

ção de igrejas, formação de líderes e compaixão e graça.

ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Editora Esquema Ltda A TRIBUNA

Fax: (21) 2157-5560 Site: www.convencaobatista.com.br

REFLEXÃO O JORNAL BATISTA Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Hilquias da Anunciação Paim DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIO DE REDAÇÃO Estevão Júlio Cesario Roza (Reg. Profissional -

Anúncios e Colaborações:jornalbatista@batistas.comassinaturas:decom@batistas.com

Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

Retornando aos princípios do Novo Testamento, esta estratégia busca de senvolver a multiplicação intencional de discípulos baseada em 5 princípios bíblicos para crescimento: oração, evangelização discipuladora, planta

Missão: multiplicar discípulos Multiplicar é fazer discípulos e ga

Não importa onde as pessoas es tejam: no campo, na floresta, margens dos rios, cidades do interior, grandes

Visão: alcançar todos com o Evan gelho

rantir o avanço do evangelho de Cris to, cumprindo o chamado primordial da Grande Comissão (Mat. 28.18-20).

W.E. fundadorEntzminger,(1901a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);

O desejo do filho pródigo era estar bem longe do lar, da família, do pai e experimentar a tão almejada felicidade, gerada pela liberdade. Assim, ele partiu para uma terra distante. Queria outros ares, um ambiente onde ninguém in terviesse em suas decisões. Não ofe recesse palpites. Com a bolsa cheia de dinheiro, que não avaliava o preço pago por seu pai para adquiri-lo, foi embora. E mesmo não tendo direito à herança, não desejava esperar a morte dos pais para recebê-la. Pais idosos duram. Não morrem com facilidade para aqueles que almejam riquezas, sem que tenham trabalhado para adquiri-las.

“Quantos jornaleiros que servem a meu pai, tem abundância de pão, e eu aqui pereço de fome” (Lc 15.17). Foi necessário experimentar a fome para lembrar da mesa farta existente na casa do pai. Tal lembrança aguçou sua fome ainda mais. Quantas vezes, na casa do pai, recusou a comida co locada à mesa a seu dispor. A fome o fez lembrar da abundância de pão, que às vezes desprezamos. Ao longo da caminhada da existência desprezamos muitas oportunidades, que são lembra das quando as dificuldades surgem.

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grande fome, e começou a padecer necessidade” (Lc 15.14). Só restou a compaixão de um criador de porcos, que o emprega para cuidar dos suínos. Mas, sem direito à alimentação. A seco, como diria meu pai aos diaristas que colhiam o algodão. Eis que agora ele se encontra entre porcos. Ao ver os por cos se alimentando, ele passa a dividir com os mesmos a comida que lhe era negada. Consegue algumas alfarrobas, mas não eram suficientes. Isto o leva a refletir e a lembrar do seu velho pai.

Os porcos o fizeram lembrar

vantar-me-ei, e irei ter com o meu pai, e confessarei que pequei” (Lc 15.18). Sabe que não tem mais direito a he rança. Perdeu o direito de ser tratado como filho. Resta-lhe a esperança de ser acolhido como jornaleiro, que lhe daria a segurança e a certeza do pão diário. Melhor ser jornaleiro na casa do pai, do que usufruir a liberdade plena, mas faminto. A reflexão o leva a retor nar ao lar, de onde nunca deveria ter saído. Assim caminha a humanidade em busca de prazer, liberdade e liberti nagem, mas, sem paz íntima por estar longe do lar criado por Deus Pai, para acolher suas criaturas rebeldes.

pródigo. A tristeza reinante é substituí da por belas músicas. A justificativa do pai para festejar é: “poque este meu filho estava morto, e reviveu, tinha-se perdido, e foi achado. E começaram a alegrar-se” (Lc 15.24).

Não espere se encontrar no meio dos porcos para refletir sobre a ne cessidade de arrepender-se dos seus pecados e voltar à casa do Pai. Deus o aguarda com festas onde os anjos cantam louvores pela conversão de um pecador. n

A fome o leva a lembrar da casa do pai e a tomar a decisão certa. “Le

BILHETE DE SOROCABA

Pr. Julio Oliveira Sanches

O dinheiro fácil atraiu muitos ami gos. Longas noitadas, que terminam sempre em tragédias. Prazeres que não duraram muito. De repente, ele acorda com a bolsa vazia. Os amigos o abandonam. Os prazeres se diluem, gerando insatisfação e raiva. As portas que o recebiam agora estão fechadas. “Ninguém lhe dava nada,” diz Jesus (Lucas 15.16b). A natureza conspirou contra ele. “Houve naquela terra uma

Na casa do pai recebe o abraço aco lhedor do pai que foi desprezado e não faz perguntas, não procura saber onde a herança foi desperdiçada. As belas vestes que levou, agora são farrapos. Precisam ser trocadas. O filho está descalço, precisa de sandálias novas. O pai providencia um novo anel. O pai providencia novas vestes. A alegria do pai é tão intensa, que precisa ser compartilhada. O bezerro cevado que aguardava ocasião especial é sacrifi cado. A casa inteira festeja a volta do

Ao filho mais velho que estava no campo trabalhando, o Pai justifica: “Fi lho, tu sempre estás comigo, e todas as minhas coisas, são tuas. Mas era justo alegrarmos e folgarmos, porque este, teu irmão estava morto, tinha-se perdi do, e achou-se” (Lc 15.31-32). Ao contar esta parábola, Jesus diz da alegria que invade o coração divino, quando um pe cador arrependido volta à casa paterna. Os anjos se alegram. Deus se alegra. A família de Deus, a Igreja se alegra. O universo inteiro canta louvores por um pecador arrependido que retorna ao lar celestial. O próprio pecador se alegra pelo acolhimento que recebe.

REFLEXÃO

Ver não é a mesma coisa que visão. Ver é com os olhos e visão é com a men te. Quando temos uma visão, sabemos exatamente aonde queremos chegar! Uma das razões pelas quais Martin Lu ther King foi capaz de mobilizar tantas pessoas voluntariamente para o con fronto contra um racismo enraizado é a clareza com a qual ele definia como o mundo poderia ser. Ele enxergava o mundo sem racismo! Ele tinha visão!

apenas em alguns estados! Não te remos cidades imensas em grandes centros urbanos com pouquíssimas Igrejas! Não! Nosso Sonho Chamado Brasil será realidade! Ganharemos o Brasil e o mundo para Cristo e Ele virá nos buscar!! Maranata! Isso tudo não é utopia! Isso pode acontecer se trans mitirmos essa visão! A começar em nós, podemos chegar em toda nossa geração! Essa é a nossa visão!

Um pastor, um líder, um gestor, regularmente deve fazer quatro tipos de reuniões para melhorar o quadro organizacional, o trabalho em equipe etc. Vamos lá:

gestor, deve inspirar as pessoas. Esse encontro é importante!

Silvana S. P. Martines coordenadora de Mobilização Voluntária da Junta de Missões Nacionais

“Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos meus olhos; cessai de fazer mal” (Is 1.16).

Segunda reunião: de encorajamen to ou motivação poderíamos também dizer. O seu grupo de trabalho precisa estar entusiasmado! Precisa ser um grupo motivado, engajado. O líder, o

Quarta reunião: de agradecimento. Momento de valorizar as pessoas. Di zer para elas muito obrigado! Presen tear, demonstrar afeto, reconhecimen to. O quanto a sua equipe é importante na sua vida. Sem eles, o trabalho não poderia ser executado!

Quando abraçamos uma visão, vive mos isso intensamente! Não fazemos esforço para contagiar outros. Damos nosso melhor, trabalhamos com ale gria, sem peso, com paixão, com brilho nos olhos. Não há necessidade de al guém nos motivando! O que nos motiva é a própria visão, visão dada por Deus!

Olavo Fe ijó

O Senhor tem levantado um exército de promotores e mobilizadores volun

Querido promotor, não perca o foco! Muitas vezes a falta de recursos, de apoio, de equipe e outras dificuldades, nos fazem olhar para os lados e dei xamos de manter a visão no alto, em Cristo! Olhe para cima, tenha a visão de Deus e siga rumo ao alvo! O Senhor, o Rei dos Exércitos é contigo! Nunca se esqueça: “Sua Igreja vai até onde vai a sua visão”. n

ram desejo de aprender com eles. Por infelicidade, entretanto, juntamente com as boas técnicas do plantio, os nativos também enfatizaram a neces sidade da adoração aos seus deuses da fertilidade.Amensagem de Isaías contém a reprimenda feita pelo Senhor, na qual um apelo é feito para que o povo de Israel se arrependa e se corrija da ido latria: “Parem de fazer o que é mau e aprendam a fazer o que é bom. Tratem os outros com justiça, socorram os que são explorados, defendam os di reitos dos órfãos e protejam as viúvas” (Is 1.16-17). A mensagem de Isaías é também para nós e combate as injus tiças do tempo que estamos vivendo.

Quando temos uma visão, vivemos e respiramos isso! Nossa influência é natural e até sem perceber, envolvemos as pessoas em nosso sonho! O mundo ao nosso redor muda! As pessoas come çam a pensar como a gente, fazer como a gente, falar como a gente! Isso é algo que vem de Deus e não de nós mesmos!

pulos naturalmente no seu dia a dia, vive em santidade, muitos cumprindo o chamado no campo missionário, ou tros cumprindo seu chamado com sua profissão, onde estão, todos orando e sustentando a obra missionária! Daqui 10, 20 anos, teremos milhares de radi cais por todo Brasil, seremos o maior celeiro de missionários do mundo, as crianças de hoje serão adultas com fa mílias fiéis, multiplicadores de discípu los no trabalho e escola, serão grandes mantenedores e intercessores da obra missionária! Não teremos apenas 5% dos sertanejos e ribeirinhos isolados do Brasil alcançados pelo Evangelho! Não teremos mais centenas de tribos indí genas sem conhecerem a Cristo! Não teremos milhares e milhares de surdos sem uma Igreja que pregue Jesus em sua língua! Não teremos Cristolândias

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Cuidado com o foco! Onde está sua visão? REFLEXÃO

Aprendam a fazer o que é bom

Ficam essas dicas para que você seja um líder melhor! Um bom gestor, um bom pastor deve dar esses passos para ter um trabalho de sucesso! n

Quando chegaram à terra que o Senhor lhes prometera, os israelitas passaram a invejar a riqueza dos po vos que já estavam morando lá. Os antigos moradores eram agriculto res e aprenderam as técnicas de se beneficiar da terra. Acima de tudo, porém, a população local praticava idolatria, adorando entidades a que eles atribuíam o poder de fazer a terra sempreVendofértil.aprosperidade daqueles agricultores, os israelitas demonstra

Davi Nogueira pastor, colaborador de OJB

pastor & professor de Psicologia

Quatro tipos de reuniões que todo gestor deveria fazer

Onde está sua visão? O promotor de missões precisa estar focado, ter a visão clara e saber onde deseja chegar!

Primeira reunião: para ouvir a ne cessidade das pessoas, dos liderados. Saber o que eles carecem, precisam, para que possam produzir mais, serem melhores, mais eficientes e sentirem felicidade nas funções que desenvol vem. Você só vai saber o que eles sen tem, necessitam, se ouvi-los.

Terceira reunião: de treinamento ou capacitação. As pessoas somente saberão o que devem fazer, se forem capacitadas. O líder deve desenvolver uma liderança capacitadora. Equipar as pessoas com ferramentas para que executem a missão, o propósito de signado!

Nós queremos ver o Brasil Batis ta envolvido na missão de Deus. Uma geração que ama a Jesus, faz discí

tários para espalhar essa visão, pois a obra missionária é uma grande engre nagem e sem mobilização ela não gira.

vida sofrida. O amor que lança fora o medo do futuro incerto. O amor que é maior do que o passado marcado por lágrimas. O amor que nos faz seguir adiante e cura as feridas do coração. O amor que é nossa âncora e nos ajuda a não nos perdermos em meio a dor.

Nesses primeiros versos de João

A vida é

É possível viver bem com tanta coi sa fora do lugar?

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Levir Perea Merlo pastor, colaborador de OJB

das obras de Deus para a Sua glória. A fé também nos alivia de nossas an siedades.Porisso, a campanha de Missões Nacionais deve reafirmar ao mundo que Só Jesus Cristo Salva e é o antidoto contra o mundo sem Deus e contra to das as formas de desesperanças, pois só Ele propicia a paz verdadeira tão necessária e urgente no mundo con temporâneoCelebremos a vida com gratidão, alegria, envolvimento na obra, com os bens talentos outorgados por ele a nós! Avante, irmãos, nessa obra sem igual! n

Quando a dor parece sucumbir nos sos corações, chegamos a acreditar que a vida não é nada além de um retra to caótico de traumas, culpas, medos, solidão, perdas, inseguranças, saudade e temores.Comonão perder a esperança dian te de tantas dores e frustrações que doem e corroem a alma? Apenas o amor pode dar conta da angústia da

Por mais confuso que pareça o meio da história, não estamos à deriva, no caos. Estamos seguros nas mãos amorosas Daquele que continua sobe rano sobre todas as coisas e sustenta o mundo - e também nossas vidas. E a cada dia recebemos sustento dos céus para compreendermos que não há dor que nos impeça de viver.

“Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; nin guém vem ao Pai, senão por mim” (Jo 14.6).

Rebeca Andrade coordenadora do Vem Pra Vida, da Juventude Batista Brasileira

uma 3ª guerra mundial no conflito entre Rússia e Ucrânia, além do estremeci mento relacional entre China e EUA. No Brasil vivemos momentos de elei ções, de escolhas, que por vivermos em uma democracia as escolhas devem ser livres e soberanas e, acima de tudo, respeitadas, pois é assim que rege um processo democrático.

Pela graça e misericórdia do Senhor das nossas vidas chegamos ao mês de setembro e mais uma campanha de Missões Nacionais. Estamos diante de grandes desafios e incógnitas, ain da vivendo a pandemia da COVID-19 e convivendo com outros vírus também letais. Vivemos também o fantasma de

14, temos a Palavra do Mestre que nos orienta, nos exorta a vivermos em calmaria diante de todos os rebuliços desse mundo cruel. O “não se turbe o coração”, não fiquem angustiados, perturbados, nos fala muito, porque a dimensão da nossa fé está acima de todas as mazelas desse mundo sem Deus. Nessa mensagem de Jesus, a es perança do céu é cura para o coração. Essa esperança se baseia na confiança emACristo.féem Deus Pai e em Deus Filho não pode ser separada. A fé leva-nos a oração. A oração ao Senhor concede a cada um de nós poder para a realização

Nossa fé precisa estar fundamenta da no caráter dEle porque Ele é quem diz quem é. Ele é o Deus que está co nosco. Nele podemos acreditar que a tragédia pode se transformar em vida. Podemos confiar que Ele nos dará graça e força para lidarmos com os desafios e sofrimentos desse lado de cá da Emeternidade.Jesustemos a certeza do descan so para nossos corações cansados de carregar fardos pesados. Ele nos segura e nos ajuda a seguir. Sobreviver. Viver. n

Mas, graças a Deus, que a nossa esperança, alegria e paz está acima dessas coisas efêmeras. A Igreja do Senhor Jesus Cristo deve estar acima de todas as questões que se esvane cem aqui mesmo na terra.

caos?

Não é uma questão de “se” as afli ções virão. Na vida teremos dificulda des, sabemos disso, mas será que é somente isso? Não há mais nada além de dor, tristeza, decepções, mágoas e angústias? Existe vida sem sofrimento?

ComoImperfeita.Incontrolável.Instável.Imprevisível.inconstante…lidarcomtodoesse

REFLEXÃOCampanha

da Juventude Batista Brasileira em apoio ao SetembrosalvaSóAmareloJesusCristoeproduzapazverdadeira

A esperança em Cristo como alento em meio às crises

Os Batistas têm diante de seus olhos grandes desafios. É um desafio evangelizar as pessoas no interior dos estados e plantar Igrejas rurais. É um desafio levar o Evangelho ao sertão do país com suas características e necessidades específicas. É um de safio evangelizar nos grandes centros urbanos, cada vez mais materialistas e secularizados. Nos grandes centros, há os desafios da evangelização dos de pendentes químicos, das comunidades periféricas que clamam por atenção e ajuda, das pessoas que idolatram o dinheiro e a carreira profissional. É nos grandes centros, hoje, que a missão tem seus desafios de contextualização. É desafiador transmitir a mensagem

lidade é que “precisamos evangelizar os evangélicos” que não internalizaram o verdadeiro Evangelho, que muda e transforma o pecador em salvo que trilha o caminho da santificação. Ca recemos de Igrejas sérias e bíblicas, comunidades de discípulos maduros e conscientes de sua nobre missão e não de Igrejas cheias e de crentes no minais, mas que não amam a missão e não vivem testemunhando o poder de Deus. O Brasil carece de crentes madu ros e discipulados a fim de que formem novas gerações de cristãos tementes e devotos a Deus.

Para um mundo afundado e vencido pelas crises, a única solução é a espe

Os Batistas brasileiros e todos os cristãos de outras denominações de veriam sentir o “peso” da responsabili dade da pregação do Evangelho, pois nosso país ainda carece do Evangelho. As estatísticas dizem que os “evangéli cos” estão crescendo, mas a triste rea

mas tende bom ânimo; eu venci o mun do” (Jo 16.33). A mensagem de Jesus é profunda e toca no mais íntimo do coração humano. Diferente de qualquer outra mensagem humana, a mensagem do Mestre carrega em si o peso de ser uma mensagem do próprio Deus. Isto a legitima e a torna digna de toda a aceitação. Tal mensagem traz em seu bojo a esperança que consubstancia a fé, o que aumenta exponencialmente a confiança no Deus Provedor.

Os Batistas são conhecidos mun dialmente como uma denominação cristã que ama missões. É uma de nossas marcas. Nosso DNA Batista carrega nosso amor pela evangelização e a obra missionária. Por isso damos graças e rogamos para que essa “cha ma” continue acesa nos nossos cora ções, assim como nas próximas gera ções. Que nossos filhos e netos amem a Deus e ver pessoas transformadas pela mensagem poderosa do Evange lho de Jesus Cristo. Que tenham amor pela evangelização e o cumprimento da Grande Comissão deixada por Jesus (cf. Mateus 28.18-20; Marcos 16.15; João 20.21; Atos 1.18). Desde que os pioneiros Batistas pisaram nosso solo, eles começaram a evangelizar nosso país, e por isso, ainda hoje os Batistas são respeitados e conhecidos como o povo que ama a Bíblia e a ensina com amor e devoção.

rança em Cristo, alento e conforto para almas dilaceradas pela falta de paz e tranquilidade autênticas. Essas palavras não são palavras lançadas ao vento, a esmo. São palavras que compõem o construto do pensamento cristão e que solidificam todo o conteúdo da fé pro priamente dita. Não produz, no entanto, letargia, alheamento ou qualquer tipo de distração entorpecente. Antes dá cons ciência e plenitude diretiva. É nas Sagra das Escrituras que aprendemos a cami nhar olhando para frente rumo ao alvo que é Jesus Cristo (Filipenses 3.14). Se quisermos olhar para trás corremos o risco de tropeçar na primeira pedra que estiver adiante. Se detivermos o nosso olhar distraidamente para esquerda ou para direita também poderemos sofrer algum tipo de dano. O nosso caminhar é um caminhar dinâmico, contínuo, per severante e sempre avante. O nosso ca minhar é em Cristo, a nossa esperança em meio as crises! n

Essa esperança também nos ensi na que é possível olhar para o futuro com os pés firmes no presente. Não ter o futuro apenas como uma utopia. Mas, com a certeza de que o que há de vir virá, e não tardará (Hb 10.37). O que faz a Igreja alegremente cantar e desejar ardentemente: Maranata! Vem, Senhor Jesus! Isso, de fato, a susten ta e alimenta. A esperança em Cristo catapulta a Igreja para o futuro de es perança, para o futuro feliz que é viver eternamente com o seu Deus.

do Evangelho às muitas tribos urba nas que estão nas cidades e tem seus códigos de fala, seu jeito de se vestir e sua música característica, mas que carecem conhecer o amor de Deus.

Além disso, a mensagem de Cristo é um antídoto eficaz contra a ansiedade. Por diversas vezes, as Escrituras sa lientam a importância de se superar a ansiedade e o poder destrutivo da mes ma. O próprio Jesus proferiu palavras significativas a respeito: “Não andeis, pois, inquietos, dizendo: que comere mos ou que beberemos ou com que nos vestiremos? (Porque todas essas coisas os gentios procuram.) Decerto, vosso Pai celestial bem sabe que ne

Jeferson Cristianini pastor, colaborador de OJB

Douglas Azevedo Pereira pastor, membro da Igreja Batista da Amizade, em Trindade, São Gonçalo - RJ

6 O JORNAL BATISTA Domingo, 11/09/22 REFLEXÃO

cessitais de todas essas coisas” (Mt 6.31-32). O apóstolo Paulo também registrou: “Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças” (Fp 4.6). Essas palavras são balsâmicas para qualquer período de crise que possamos atravessar.

É um desafio a evangelização nas escolas e nas universidades, onde ideo logias e propagandas contra o cristia nismo são disseminadas de modo sutil e diabólico para confundir as crianças, adolescentes e jovens. É um desafio a evangelização da região sul de nosso país, onde em muitas cidades não te mos presença de um trabalho Batista. É um desafio a evangelização na ma crorregião norte, pois as comunidades ribeirinhas e as inúmeras tribos indíge nas que precisam de obreiros capacita dos e treinados para compreenderem a cultura e as pontes de contato para a evangelização dos povos não alcan çados.Éum desafio no nosso país, a mul tiplicidade de outras nacionalidades que aqui moram. Por conta das crises humanitárias do mundo e por sermos um país hospitaleiro, o Brasil, ano após ano, tem recebido imigrantes de pes soas de todas as línguas, e nós pre cisamos fazer missões transculturais sem sairmos de nossa nação ou bair ro. É um desafio, hoje, a evangelização nas unidades penitenciárias com suas

É grande o número de pessoas que nos últimos anos, devido as fortes cri ses que se instalaram no mundo, estão sem senso de direção. Muitas delas, literalmente, não sabem para onde ir. Perderam as esperanças por dias me lhores e em casos mais graves já até pensaram no absurdo de dar cabo a própria vida. Este terrível quadro não pode, de maneira alguma, passar des percebido aos olhos dos que professam a fé em Jesus. A Igreja de Cristo, como Sua representante, tem que ser sensível aos clamores dos que sofrem das mais variadas mazelas físico-espirituais.

As crises existem e precisam ser enfrentadas resilientemente com espe rança e fé. Jesus Cristo mesmo disse: “Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições,

características e peculiaridades. É um desafio a nós, a evangelização das co munidades periféricas das cidades, as favelas e as comunidades dominadas pelo tráfico de drogas. É um desafio a evangelização de uma geração digi tal, que está cada vez mais conectada nas telas, mas distante fisicamente das pessoas. É um desafio falar do amor de Deus aos nossos pequeninos e aos adolescentes dessa geração totalmen te digital.Vejaque temos inúmeros e incon táveis desafios, mas graças a Deus a obra de evangelização não conta com nosso esforço e, sim, o poder sobre natural do Espírito Santo, que conven ce o pecador e usa pecadores para a transmissão dessa mensagem do Evangelho. O Espírito Santo equipa as Igrejas locais, dá estratégias aos mis sionários e evangelistas, assim como aos pastores, para que todos juntos, orquestrados, cumpram a missão de proclamação da mensagem do amor de Deus aos Lembremosbrasileiros.sempreque só o Espíri to Santo convence o pecador, que só o amor de Deus é real, e que só Jesus Sal va. Que privilégio ter essa mensagem a ser proclamada. Que bênção dizer que nossa esperança para nosso país está nessa mensagem: Só Jesus salva! n

Só Jesus salva

Você conhece a Ação Jesus Transforma Minha Cidade?

7O JORNAL BATISTA Domingo, 11/09/22 25 a 28 de outubro Centro de Celebrações da PIB em Jardim Camburi

Thatiana Cordeiro Redação de Missões Nacionais

nizar uma Ação Jesus Transforma Minha Cidade e impactar muitos mo

A sua Igreja também pode orga

radores! Você foi chamado para viver o Reino de Deus no lugar onde está

hoje. Não perca tempo. Há muito tra balho para ser feito!  n

MISSÕES NACIONAIS

A Ação Jesus Transforma Minha Cidade é uma ação missionária or ganizada por uma Igreja local, que busca anunciar o Evangelho na ci dade em que está inserida. A cidade de Jaraguari, no Mato Grosso, por exemplo, foi abençoada por essa ação. “Sabemos que um projeto assim traz um impacto profundo na vida das pessoas, tanto dos que participam, como dos que recebem o Evangelho”, conta Tatiana Passos, voluntária na ação.

Segundo a voluntária, os missio nários que atuam na cidade falaram sobre a necessidade de alcançar a faixa etária de 10 a 18 anos, então, esse foi o foco da ação. Foram orga nizados cultos evangelísticos e evan gelismos nas ruas e na praça. Além disso, os adolescentes puderam par ticipar de oficinas de lettering (letras desenhadas), esportes e dança. Em todas as atividades eles interagiram e houve conversões, para a glória de Deus!

O projeto foi liderado pelo Minis tério Infantil da Primeira Igreja Batis ta de Campo Grande-MS. “Treinamos um grupo de pais, pré-adolescentes e jovens, e essa foi a grande equipe da Ação Jesus Transforma!”, lembra Tatiana, acrescentando que o traba lho foi desenvolvido em parceria com uma Igreja que é missão da PIB de Campo Grande. “Os missionários que atuam lá na cidade, Éder e Luciana, e algumas pessoas da Igreja foram parceiros no projeto”, conclui.

8 O JORNAL BATISTA Domingo, 11/09/22 NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA

9O JORNAL BATISTA Domingo, 11/09/22NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA

também, e nesse sentido identificamos que tinham necessidades de serem trabalhadas, inclusive no processo de alfabetização. Com isto podemos evangelizar toda a família. Estratégia que o Senhor nos deu. Já batizamos professores e alunos em nossa cidade.

so de aprendizagem. Porém, após a pandemia, identificamos que havia não somente esta necessidade, mas se apresentou vários distúrbios a se rem trabalhados. Infelizmente, a es cola não tem esse cuidado em ofertar serviço para acompanhar e trabalhar adequadamente com esta demanda. Poucos municípios do país conseguem colocar em prática e ofertar este servi ço. Vimos, então, a oportunidade que o Senhor nos concedeu, ao conduzir pessoas para terem esse cuidado por meio de nossa Igreja. Ao atender as crianças, trabalhamos de forma indivi dualizada, com os pais ou responsáveis

No dia 03 de julho tivemos a aber tura, pela manhã, com a mensagem do pastor Jerisvaldo Araújo e a mis sionária Dinalva Soriano, do campo Li vramento de Nossa Senhora, que atua no trabalho de revitalização da Igreja.

através de @ pib_itiquira nas redes sociais. n

Primeira Igreja

DO BRASIL BATISTA

Projeto “Amor em Ação” alcança comunidade local em diferentes necessidades

Igreja Batista Graça, em Salvador - BA, se mobilizou para participar da Campanha de Missões Estaduais

Com estas ações identificamos a necessidade de atendermos a comuni dade com a formação que adquirimos nesse tempo servindo ao Senhor. Minha esposa, Maria, se formou em Pedagogia e posteriormente pós graduou em Neu ropedagogia, em ABA (Autismo e TDAH e suas vertentes) e Terapeuta Comporta mental e Processamento Regenerativo,

Igreja Batista da Graça, em Salvador - BA relata atividades durante Campanha de Missões Estaduais “Projeto Amor em Ação”, da Batista

Veranice Pinheiro promotora de Missões da Igreja Batista da Graça, em Salvador - BA

A Campanha de Missões Estaduais 2022 da Convenção Batista Baiana (CBBA) trabalhou o tema “Jesus, o ca minho, a verdade e a vida”, com divisa em João 14.6: “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim”.

Para mobilização na Igreja, partindo

Você pode fazer parte deste projeto. Para isso, contamos com suas orações e contribuições financeiras, pois temos grandes desafios para mantê-los em andamento. Além disso você pode co nhecer melhor o projeto, fazendo con tato com a PIB Itiquira-MT,

No dia 28 de julho fizemos evange lismo com a camisa da campanha na avenida Djalma Dutra, Aquidabã, Baixa dos Sapateiros e Praça da Piedade, fa zendo a distribuição de um kit conten do sopa, pão, água e um folheto, além de entregar o evangelho de João.

da

Para a mobilização financeira varia mos as estratégias ao longo do mês. No começo, fizemos uma cantina missioná ria, com diversas comidas típicas do Nor

deste, como milho e amendoim cozido, bolos de laranja, aipim e milho, canjica, mungunzá, mingau de milho e tapioca. Também personalizamos os envelopes da oferta com as cores da campanha e demos preferência a camisa de cor laran ja, para gerar ainda mais impacto visual.

O encerramento da campanha, na manhã de 31 de julho, contou com o gerente de expansão missionária da CBBA, pastor Davi Pina, e Jessijane, missionária responsável pelo SOS pre sídio em FechamosSalvador-BA.comchave de ouro reali zando uma feira missionária, vendemos uma grande variedade de salgados, bolos, doces e alguns elementos que estavam na decoração. Nosso objetivo é ultrapassar o alvo e que mais pes soas conheçam e se apaixonem por missões. n

No segundo domingo vendemos pãozinho, kibe, bolo, mingau, tortas, pizzas; depois disso aconteceu a Feira de Plantas, com de vários tipos, como suculentas, cactos, musgos, violetas, kalanchoe, hypoestes, fitônias, orquí deas, palmeiras, beijo, espada de são jorge, peperomia, pimenta ornamental, flor de maio e dianthus.

em

Diversas ações foram realizadas durante o mês de julho. Conheça o

10 O JORNAL BATISTA Domingo, 11/09/22

Jorge Andrey Miranda pastor titular da Primeira Igreja Batista em Itiquira - MT

da ornamentação, usamos elementos importantes do plantio regional, como o algodão, soja, milho, café, trigo, cacau e o coco; também fizemos uma expo sição de quadros de pontos turísticos do Nordeste e um com o mapeamento dos campos missionários da Bahia. Para mobilizar intercessores, fizemos marcadores de texto com nome, cam po, contato e desafio de oração .

“Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito” (Rm 8.28).

além de Teologia. Eu, além de Teologia, me formei em Pedagogia, História e Fi losofia. Pós graduei em Gestão e Hu manização da Saúde Pública. Isso nos deu a capacidade de trabalhar e ajudar na saúde mental (inclusive dependência química, distúrbios etc). Há uma lista de espera para atendimentos posteriores.

NOTÍCIAS

Ao desenvolvermos este projeto, ini ciamos com o bazar beneficente, distri buição de cestas básicas e distribuição de refeições prontas a famílias necessita das, levando o amor de Cristo Jesus em forma de ação na prática. Na conclusão da construção do salão social estaremos utilizando o espaço para escola bíblica, atividades de cunho social, trabalho com crianças e o jantar com Cristo. Atualmen te distribuímos de casa em casa, a pes soas de situação vulnerável.

É com imensa alegria, que nos diri gimos a você que faz parte da família Batista brasileira e apresentamos o pro jeto “Amor em Ação”, que vem sendo realizado por nossa Igreja na cidade de Itiquira, no estado de Mato Grosso.

O Projeto Amor em Ação - Letra mento, iniciou no afã de atendermos crianças com dificuldades no proces

em Itiquira - MT Atividades de cunho social têm sido desenvolvidas.

FÁBIO - Algo que tentamos e está vamos bem esperançosos foram os grupos familiares, mas infelizmente o italiano tem muita dificuldade em re ceber pessoas de forma continuativa em suas casas e por isso não vingou.

CÉSAR - A pandemia nos ensinou a ousar novas estratégias e depender ainda mais de Deus. Não ter um lu gar físico para as reuniões nos levou a outras alternativas e até o parque da cidade virou o nosso “templo”. O planejamento inicial é extremamen te necessário, pois nos dá o norte. Aprendemos, entretanto, que o objeti vo final pode nos levar a refazer o pla nejamento. Creio que “flexibilidade” seja uma palavra muito importante num projeto de plantação de Igreja.

n

plantação de uma Igreja. Na próxi ma e última parte da entrevista você verá quais as estratégias que cada um tem utiizado.

- Flexibilidade é chave! Precisamos adaptar horários de en contros, locais de encontros, formato do culto, equipamentos de som etc.

A plantação desta Igreja tem al gum relacionamento com o pilar da nosa estratégia “Transmissão do DNA missionário JMM”?

CÉSAR - Sim. Tanto na nossa Igre ja, que tem sido dominicalmente en sinada sobre a importância da obra missionária em todos os âmbitos, mas também através do nosso re lacionamento com outras Igrejas da região central de Portugal. Para além disso também estamos diretamente ligados a projetos de plantação de novas Igrejas da Igreja Baptista das Caldas da Rainha, que é a nossa mãe no projeto de plantação em Torres Vedras.

FÁBIO - A estratégia mais eficaz está no relacionamento e na hospi talidade. Sem relacionamento e sem hospitalidade é muito difícil que o italiano se abra ao que temos para oferecer, o Evangelho.

ARMANDO - Sim, totalmente. Tra balhamos plenamente junto ao reitor, alguns professores e alunos neste sentido. Estamos convencidos que eles têm sido mobilizados, vendo o agir de Deus neste tempo em todas estas iniciativas e estrategias.

Agradecemos aos colegas que pacientemente responderam às per guntas. Esperamos que você tenha lido as três partes e se deseja plantar uma Igreja, aqui temos boas dicas. Se deseja participar da plantação de uma das quatro Igrejas, ou das quatro, poderá adotá-las em oração e também com ofertas mensais atra vés do www.vocacionados.jmm.org. br/relacionamento

Em relação ao modelo de Igreja onde é necessário o “templo” e o “pre sencial”, foi praticamente “abandona do” por um modelo novo que caminha com duas asas, a que continua ligada ao modelo tradicional e a nova, te lemática, com a inserção de novas estratégias.

Plantação de Igrejas na Europa durante a pandemia (3)

Para inicar o projeto de plantar Igrejas, qual a estratégia ou estra tégias você julga foi a mais eficaz?

FÁBIO - Aos poucos temos passa do aos novos irmãos a responsabili dade que cada um tem de se multi plicar em novos discípulos.

FÁBIO - Na verdade, o que pre cisou ser adaptado é o fato de que tivemos que rever o nosso modelo / formato de Igreja, sobretudo com a dificuldade em se encontrar um local de culto para alugarmos; difi culdade que se dá por dois motivos: quando sabem que é para a Igreja não querem alugar; e os aluguéis são realmente proibitivos para a nossa realidade financeira hoje.

ARMANDO - A construçao pacien te e penosa dos relacionamentos,

FABIANO - Com certeza, o curso de inglês foi fundamental para entrar na cidade. Hoje, o curso ainda existe, mas não sou diretamente vinculado. Uma outra estratégia fundamental na plantação e na formação de uma base sólida para a Igreja é o curso de Teologia. Eu o chamo ORO! Pois é precioso e oferece base teológica profunda e ao mesmo tempo acessí vel para qualquer discípulo de Jesus, seja italiano ou estrangeiro que vive na Italia.

Para terminar, houve alguma ação que não deu os resultados espera dos? O que pensa para o futuro?

FABIANO - Com certeza, investir na formação de obreiros, pastores e líderes nacionais deve ser sempre prioridade. Nenhum missionário deve substituir um outro missionário, mas sim o nacional deve se estabelecer como líder da Igreja local plantada pelo missionário. Não seguir o mo

ARMANDO - Tivemos uma Igreja desde o inicio que mostrou muito in tererese em ser mãe do projeto, mas depois afastou-se sem nos dar ne nhuma expilicação. Seguimos orando muito por esse tema. Cremos que todas as atividades, especialmente envolvendo relacionamentos com pessoas, tiveram que ser adaptadas e flexibilizadas pela pandemia.

Vimos nas respostas anteriores, que não há uma receita ou manual para plantação de Igreja, mas há prin cípios bíblicos e algumas ações são comuns como, por exemplo, conhecer a cultura, planejamento, flexibilização e adaptação as necessidades durante o caminhar da plantação, sem contar que construir RELACIONAMENTOS é fundamental.

delo Paulo e “seus” Timóteo é um suicídioOutrasmissionário.questões que precisam sempre enfatizar no processo de plantação de Igreja desde o seu iní cio ao meu ver:

• Declaração de fé clara - muitas Igrejas não possuem uma declaração de fé clara;

ARMANDO - Impacta-nos essa pergunta! Percebemos que nenhu ma destas iniciativas deixaríamos de voltar a repeti-las. Verdade que aprendemos muito com cada uma delas e hoje já podemos realizá-las conhecendo melhor nosso campo de trabalho. Todas funcionaram, dentro da realidade do setor, claro, não com a força e os resultados que desejáva mos, mas sabemos que esta parte é a de Deus no Seu devido tempo.

11O JORNAL BATISTA Domingo, 11/09/22MISSÕES MUNDIAIS

Paulo Pagaciov coordenador regional da Junta de Missões Mundiais na Europa

Nesta segunda parte da entrevista vimos que flexibilizar e adaptar são palavras-chaves para o progresso da

Do planejamento inicial até agora, o que necessitou adaptar ou flexi bilizar?FABIANO

• Curso para membros - principal mente pensando em crentes que se transferem de outras Igrejas.

CESAR - Iniciamos o nosso projeto com o pensamento firme de usarmos os pequenos grupos como principal ferramenta de trabalho. Isso foi frus trado pelo confinamento e também pelo fato de que os portugueses (pelo menos da região onde estamos) se rem muito arredios a convites para frequentarem a casa de outra pessoa. Não abandonamos essa ferramenta mas entendemos que nesse momen to precisamos repensá-la (apesar de termos um pequeno grupo em funcio namento). Temos aproveitado o fluxo migratório de crentes para Portugal. Não faz muito tempo, o Movimento Lausanne publicou um estudo sobre a imigração e a possibilidade de ree vangelização da Europa, através de crentes que para cá vêm e trazem consigo a sua fé e o ardor missio nário. Isso tem acontecido conosco. Também o fato de já termos conse guido um local de cultos na cidade chama atenção de pessoas interes sadas em conhecerem a Palavra de Deus, para além dos contatos que são feitos. Já estamos a discipular uma senhora portuguesa, fruto disso. Temos já vários portugueses conos co. Sabemos que o “Caminho se faz caminhando” e que é Deus quem dá o crescimento para a Igreja de Jesus Cristo. Queremos ser cooperadores de Deus nessa tarefa. Precisamos estar atentos e abertos para o que Deus está a fazer e ainda vai fazer. Essa é a principal estratégia.

onde a abertura para se falar algo espiritual é quase nula, Deus nos tem permitido em distintas iniciativas e estratégias, mostrar seu amor espe cialmente entre as nossas 96 familias vizinhas.

• Formar o sucessor - desde o pri meiro dia;

FABIANO - Sim, pois com um pro jeto é ensinado para a Igreja em Ce sena e em Rimini ao mesmo tempo a necessidade de se plantar Igrejas onde ainda não existem embaixadas do Reino de Deus. É através da práti ca e do envolvimento dos nacionais que isto acontece.

CÉSAR - Ainda estamos na fase de “fazer e avaliar”. Mas, certamen te, não se pode insistir em algo que não funcione e é preciso ter humil dade suficiente para encarar os fra cassos. É muito provável que eles acontecerão e precisamos aprender com eles. Penso que esse seja o pe rigo dos métodos fechados. Insistir com algo que não está a resultar. O compromisso não pode ser com os métodos mas sim com o plano de Deus para o projeto.

mas ressaltou que o evento superou as expectativas e o Senhor foi glorificado.

DO BRASIL BATISTA

NOTÍCIAS

Ministério de Comunicação da Igreja Batista da Lagoa, em Recife - PE

O ministro da Igreja, pastor Paulo Henrique, manifestou a sua alegria e gratidão ao Deus Todo Poderoso pela realização do evento. “Foram dias maravilhosos, Deus aqueceu nossos

Jorge Luiz membro da Igreja Batista Central de Paripe - BA

mento de grande festa, em que foram realizados 43 batismos e mais 62 ou tros membros foram recebidos na fa mília. Além do expressivo número de vi das que decidiram descer às águas do batismo, dando público testemunho de sua fé em Cristo, a Igreja Batista da La goa tem desempenhado um importante papel no Reino: a reconciliação. Muitos irmãos chegam a esta Igreja após um período afastados dos caminhos do Senhor e/ou da comunhão com a Igreja de Cristo, e tem encontrado no local uma família, consciente de suas limi tações humanas, mas cheia de fé em Deus, o único que pode operar milagres e maravilhas em nossas vidas.

Conhecida por seu amor e acolhi mento, a IBLAGOA experimenta o que está registrado em Atos 2.46-47: “To dos os dias, continuavam a reunir-se no pátio do templo. Partiam o pão em casa e juntos participavam das refeições, com alegria e sinceridade de coração, louvando a Deus e tendo a simpatia de todo o povo. E o Senhor lhes acres centava diariamente os que iam sendo salvos”. Esse crescimento é percebido domingo após domingo, com vidas se rendendo a Cristo.

Por crer plenamente no poder e no agir de Deus, bem como na total de pendência, e alicerçados da verdade bíblica de que nossa luta é espiritual, a IBLAGOA mantém um ativo Ministério de Oração. A equipe, que atua 24 ho ras por dia desde o início da plantação, e ainda mais ativamente durante os cultos e atividades da Igreja, conduz e ensina os irmãos a terem uma vida de oração e profundo relacionamento com o Senhor. Essa vida de oração tem pos sibilitado uma intimidade com aquele que é o Cabeça da Igreja, fazendo com que as decisões e estratégias estejam alinhadas com a vontade de Deus, des de a atuação social, através do Pro

encerrando, no domingo à noite, com “Eu sou da Luz. Será?”

Igreja Batista da Lagoa, em Recife - PE, celebra 5 anos experimentando o sobrenatural de Deus Igreja celebrou mais de 40 batismos durante comemoração. Igreja Batista Central de Paripe - BA encerra mês da Juventude com o Congresso Religare Foram dias de reflexão, aprendizado e renovo. Fotos: Nildo/IBCP Pr. Miguel Lima com os 43 irmãos batizados no dia 20 de agosto de 2022 Casa cheia durante a comemoração dos cinco anos da IBLAGOA Toda a Igreja foi abençoada com as atividades do Mês da Juventude e do Congresso

jeto Servir, passando pelos Pequenos Grupos Multiplicadores e chegando a outras localidades através da plantação de quatro novas Igrejas.

Agora, a Igreja Batista da Lagoa avança para um novo ciclo, certos de que Deus pode e irá fazer infinitamente mais do que podemos pedir ou imagi nar. Oramos para que o Senhor opere ainda mais maravilhas nessa Igreja e através dela, e que o Reino cresça para honra e glória do nome de Deus, na Lagoa do Araçá, em Recife, por todo Pernambuco e alcançando o Brasil e o Mundo através de Igrejas bíblicas e relevantes que se dedicam a cumprir o “ide e fazei discípulos”. n

Marcando o encerramento do mês da Juventude, foi realizado pela Igreja Batista Central de Paripe-BA (IBCP) o Congresso Religare, entre os dias 27 e 28 de agosto. A programação nestes dois dias proporcionou momentos de reflexão, aprendizado, não somente para a juventude, como para toda Igreja, além de louvor, adoração e três men sagens edificantes ministradas pelo jovem pastor Michel Rocha, da Primeira Igreja Batista em Gentio do Ouro-BA, que trouxeram um renovo diante de diasNadifíceis.primeira noite, a temática da mensagem foi “O único caminho de volta para Deus”. Na segunda, no do mingo de manhã, “Manifestando o Rei no de Deus na vida em sociedade”; e

corações”. O líder geral da juventude, irmão Fellipe Millet, expressou a sua gratidão ao Senhor compartilhando com os jovens e adolescentes da Igreja por mais um ano de realização de um congresso, onde desafios foram en frentados, pois tem toda uma logística,

No final de semana de 19 a 21 de agosto, durante a comemoração de seus cinco anos, a Igreja viveu um mo

12 O JORNAL BATISTA Domingo, 11/09/22

Ao longo de seus recém comple tados cinco anos, a Igreja Batista da Lagoa, no bairro da Imbiribeira, em Re cife-PE, tem vivenciado diariamente o agir sobrenatural de Deus. Conduzida pelo pastor Miguel Lima e uma lideran ça comprometida e cheia de amor pelo Reino, a Igreja tem caminhado guiada por princípios e valores consistentes: ser uma Igreja bíblica e cristocêntrica, estar em constante movimento para alcançar vidas e a valorização dos rela cionamentos como ferramenta de cres cimento e amadurecimento do cristão.

O sentimento ao final do evento já era de saudades.AIBCPestá situada na Rua Rui Barbosa, nº 30, no populoso bairro de Paripe-BA n

13O JORNAL BATISTA Domingo, 11/09/22NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA

A capacitação foi aberta ao público da TIB e a membros de outras Igrejas, inclusive de outras denominações na cidade. Quem ministrou todo o con teúdo do curso foi a líder do Ministério Colmeia, da Primeira Igreja Batista de Acesita-MG (PIBA), Flávia Lopes. Atual mente o “Colmeia” é considerado uma referência no meio cristão, sobretudo no meio Batista, no que se refere ao ensino de crianças.

portanto capacitar àqueles que são responsáveis por ensiná-las na Igreja é o melhor caminho para alcançar a excelência. “As crianças sempre foram prioridade em meu ministério. Como Igreja, sabemos da importância de formarmos uma geração forte e com prometida com os valores Cristãos. Entendemos que o melhor caminho é a capacitação daqueles que instruem nossas crianças. Buscamos então o que havia de melhor em nosso meio para esse propósito e louvamos a Deus porque o objetivo foi alcançado e as expectativas superadas”, afirma.

Parabéns, doutor Arnon. Um exem plo de amor, generosidade, resiliência, garra e disposição. Desde cedo apren deu que Deus prepararia suas mãos para as batalhas da vida e seus dedos para a guerra do dia a dia como filho, irmão, esposo, pai, amigo e médico. Sem contar, é claro, principalmente, como um grande servo de Deus.

Rosana Tavares filha de Arnon Tavares

Na oportunidade, Flávia falou de forma bastante detalhada sobre os pi lares que norteiam a excelência de um trabalho cristão envolvendo crianças. Ela iniciou sua fala explicando que para trabalhar em um ministério infantil o principal pré-requisito é o desejo de servir ao Reino de Deus. “A pessoa que deseja trabalhar com crianças não pre cisa necessariamente ser ótima em contar histórias ou cantar. A primei ra atitude que ela precisa adotar é se disponibilizar ao serviço, porque exis tem muitas coisas para se fazer além de lidar diretamente com a criança”, pontua.Durante

TIB João Monlevade - MG oferece capacitação a membros do seu Ministério com Crianças

A educadora e membro da TIB, Da niela Lage, se disse completamente im pactada com todo o conhecimento que pôde adquirir por meio do treinamento. “Eu vim com uma expectativa e ela foi totalmente superada. Ouvimos o que queríamos, mas, além disso, ouvimos o que precisávamos. Essa experiência só me comprovou que Deus faz tudo de forma completa”, conta.

Um sábado de muito aprendizado, crescimento e animação. Assim foi o dia 06 de agosto, marcando o “1º Trei namento para Líderes e Voluntários de Ministérios com Crianças”, disponibi lizado pela Terceira Igreja Batista em João Monlevade-MG.

terá solidez para combater esses pen samentos”, reforça.

todo o treinamento, a líder do Colmeia elencou vários critérios que necessitam ser colocados em prática, para o bom funcionamento do trabalho com crianças. Ela citou, entre eles, or

Ainda segundo o pastor Sandro, a intenção é estender esse formato de treinamento aos outros ministérios da TIB. Ele aproveitou para adiantar uma boa notícia. “Com certeza, permitindo Deus, teremos outras capacitações em outros ministérios da Igreja. Inclusive, em breve, teremos uma capacitação na área da música para nossos ministros e músicos. Nossa intenção é capacitar a Igreja de Cristo para servi-lo com exce lência. Não mediremos esforços para que isso aconteça”, revela. n

Segundo o Pastor da TIB, Sandro Albino de Oliveira, as crianças sempre foram prioridade em seu ministério,

Comunicação da Convenção Batista Mineira

Para Cristiane Sanches, uma das líderes do Ministério com Crianças da TIB, a tarde de capacitação foi uma forma de a liderança reafirmar que as agremiações da Igreja não estão so zinhas. “O apoio da Igreja é extrema mente importante para nós, porque há momentos em que desanimamos, e nos sentimos sozinhas; o que é natural. No entanto, quando recebemos uma injeção de ânimo como a de hoje, nos sentimos amparadas, sustentadas por Deus e pela Igreja”, fala.

Programação foi aberta a membros de outras Igrejas. Família homenageia médico Batista Arnon Tavares foi aluno do Colégio Batista em Campos - RJ. Igreja quer alcançar outros ministérios da Igreja com a mesma abordagem de treinamento Família se reuniu para celebrar os 94 anos de Arnon Tavares

Sua trajetória de vida nos inspira a lutar como o senhor lutou desde cedo para conquistar seus objetivos mes mo em meio as adversidades da vida e uma infância sem recursos. Saindo cedo de uma pequena cidade do Rio

de Janeiro, estudou o curso secundário no Colégio Batista em Campos-RJ e depois foi para capital fluminense, onde se formou em Farmácia e Medicina,

ganização, alinhamento de ideias com as lideranças e o pastor, boa comunica ção entre a equipe e entusiasmo para trabalhar para Deus. “É muito importan te que o ministério com crianças tenha um bom relacionamento com todas as lideranças da Igreja e obviamente, com o pastor, afinal é um trabalho realiza do em equipe. Os envolvidos também precisam se doar com alegria, com ani mação porque o nosso Deus merece o nosso melhor”, Questionadaressalta.sobreo fato de a Igre ja estar lidando cada vez mais com situações em que crianças têm sido expostas a ideias contrárias aos en sinamentos de Deus, Flávia é taxativa ao afirmar que é necessário trabalhar incessantemente para que elas sejam alcançadas por Jesus. “Nós precisa mos trabalhar pra que Jesus chegue primeiro ao coração delas. Elas preci sam chegar à escola, por exemplo, com amor de Deus já consolidado em seus corações. Dessa forma, a criança pode ser confrontada em relação ao que ela está aprendendo na Igreja e, a princípio, ela pode até se sentir acuada; mas ela

seguindo para o interior de São Paulo, onde se dedicou todos esses anos a cuidar de vidas e sempre atuante na obra do Senhor.

A sua família celebra os seus 94 anos de vitória. Amamos sua vida. Deus continue abençoando com muita saúde, paz e alegria.

14 O JORNAL BATISTA Domingo, 11/09/22 FÉ PARA HOJE PONTO DE VISTA

Por que as Igrejas estão esvaziando?

A primeira é a falta de oração. Con versar com Deus, abrir o coração para Ele, interceder por pessoas, confessar os pecados e adorar o Senhor na vida de oração se tornaram escassos. Há muita pouca oração pessoal e muito menos coletiva. Sabemos que a oração é a chave do avivamento. A Igreja primi tiva cresceu porque orava intensamen te (Atos 2.42-47; 4.32-37). A oração era um estilo de vida, uma devoção sincera e um deleite para o povo primitivo. Este é um testemunho precioso para nós em pleno século 21.

pouco discernimento e não preparados para receberem a mensagem. O pecado os tem cauterizado a mente, endureci do o coração e cegado os olhos. Há um embrutecimento latente.

A sétima é a falta de profundidade e vida na pregação da Palavra de Deus Muitos púlpitos estão largos e rasos. Obreiros que não oram, não estudam a Bíblia e não cuidam do povo. São co piadores de sermões. Não têm uma vida consagrada, ética. Não tem sido o exemplo dos fiéis. Há aqueles que vivem na carnalidade. Não contextua lizam e nem vivem as Escrituras. Não vão fundo ao texto bíblico. Ignoram as línguas originais e as teologias bíblica

A sexta é a falta de comprometi mento. A assiduidade e a pontualidade não têm sido prioridades. Faltamos à Igreja por qualquer coisa. Ela não é a nossa prioridade de agenda. A nossa maior motivação de estarmos sempre na Igreja é que Jesus morreu por ela e nós somos a Igreja (Efésios 5.25-27). Não devemos ir ao templo, participar da comunhão dos santos, por obrigação, mas por prazer, deleite. Se o nosso pra zer está em Deus, não teremos nenhu ma dificuldade de congregarmos. Aliás, não devemos deixar de comungarmos em profundo amor. Este é o ensino do escritor aos hebreus (10.25). Aqui está uma forte exortação aos desigrejados.

n

Pr. Oswaldo Luiz Gomes Jacob

A terceira é a falta do culto nos la res. Por causa de vários fatores, não temos orado e meditado nas Escrituras em família. Justificamos com a falta de tempo, correria, os compromissos. Na verdade, falta interesse. Tempo não se tem, mas se administra. O nosso problema é a falta de perspectiva cor reta. As coisas espirituais, de Deus, é que definem as coisas materiais. O lar cristão deve ser sempre o lugar de adoração primária. É uma escola onde aprendemos a amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos (Mateus 22.34-40). A falta de espiritualidade no lar o enfraquece diante do mundo iníquo e do inimigo das nossas almas. O diabo trabalha ferozmente contra a família. Não nos esqueçamos: Famílias fortes, Igrejas fortes.

A quinta é a falta de um testemunho poderoso. Temos o Espírito Santo em nós, mas o Espírito não tem dominado nossas vidas. Somos culpados, pois

Por que as Igrejas estão se es vaziando? Faltam a oração, a leitura particular e familiar das Escrituras, o amor fraternal, o testemunho pode roso ao mundo, o comprometimento com a Igreja local na assiduidade e pontualidade, o compromisso com a profundidade na pregação e ensino das Sagradas Escrituras. Temos sido infiéis. Estamos mais preocupados com os nossos interesses pessoais e familiares do que com os do Reino de Deus. O nosso Deus não tem sido a nossa PRIORIDADE. Ele não deseja Sua Igreja esvaziada, mas cheia de pecado res contritos, quebrantados e cheios de amor por Ele e pelo próximo. O esvazia mento não glorifica a Deus. O Senhor nos deu a Grande Comissão (Mateus 28.18-20). Como alguém disse: “Não transformemos a Grande Comissão na Grande Omissão”. Portanto, sejamos obedientes no seu cumprimento e a Igreja será acrescida dos que o Senhor haverá de enviar para a Sua própria gló ria (Atos 2.47).

A segunda é a falta de leitura e me ditação das Escrituras. Se na oração falamos com Deus, nas Escrituras Deus nos fala. A Palavra de Deus é alimento e direção. É lâmpada para os nossos pés e luz para os nossos caminhos (Sal mos 119.105). Dwight Moody já dizia, referindo-se à Bíblia, “ou este livro me afastará do pecado ou o pecado me afastará deste livro”. Muitos membros de Igreja não estão mais lendo a Bíblia de forma devocional. Não se alimentam mais das Escrituras Sagradas. Vão para os santuários vazios, com fome, com

Esta é uma pergunta muito perti nente para o momento que estamos vivendo. Há muitos líderes reclamando do esvaziamento das Igrejas, especial mente as históricas. Creio que existem algumas razões para o esvaziamento dos templos, da participação na adora ção coletiva e aumenta o número dos desigrejados, caracterizados pelo indi vidualismo e por uma certa aversão à comunidade ou à participação coletiva e aos compromissos inerentes. Na mi nha percepção, creio que há algumas razões para esse esvaziamento.

A quarta é a falta de amor que faz aumentar o individualismo e o isola mento. A multiplicação da iniquidade tem trazido o esfriamento do amor. Este foi o diagnóstico preciso do Se nhor Jesus (Mateus 24.12). As pessoas têm trocado a individualidade, que não exclui o relacionamento, com individua lismo que trabalha na direção oposta. O comprometimento se reduz à vida pes soal e familiar. Os interesses genéticos têm estado acima dos interesses do Reino de Deus. Jesus nos deu a receita (Mateus 6.33).

não temos dado lugar ao agir do Es pírito Santo. A promessa de Atos 1.8, é clara: “Recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas em toda a Je rusalém e Judéia, até aos confins da terra”. Como ensina Paulo, devemos nos encher do Espírito Santo (Efésios 5.18). Uma vida cheia do Espírito tem poder para testemunhar ao mundo. Somos testemunhas adorando a Deus em Espírito e em verdade; aprendendo a Sua Palavra; comungando em amor e servindo às pessoas nas suas múltiplas necessidades.

e sistemática. Não sabem fazer a in terpretação do texto, utilizando a exe gese (ontem) e a hermenêutica (hoje) do texto sagrado. Não dependem de Deus para o preparo do sermão, sua aplicação à vida pessoal e a exposição sincera ao povo. Sabemos que o profe ta não fala de si mesmo, mas da parte de Deus. Se não ministramos diante de Deus pela devoção nas Escrituras e em oração, como podemos ministrar ao povo na pregação e no ensino? Muitos púlpitos não pregam mais sobre a he diondez do pecado. Enfatizam a graça barata, e não a graça salvadora e santi ficadora que custou a vida de Cristo na cruz e nos chama a um compromisso ético (Tito 2.11-14).

A salvação não é o todo do Evan gelho, não é o centro da Bíblia, mas o meio para nos trazer de volta para Deus - o real centro de tudo. Aliás, Pau lo mesmo disse que nunca deixou de

Lourenço Stelio Rega

Tenho a impressão de que com a ra cionalidade do Iluminismo poderemos ter intelectualizado o Evangelho a pon to de reduzi-lo a doutrinas conceituais que nos reorientaram de sua essência concreta, que é refletida por meio de vidas que espelham a transformação germinada pela ação da Palavra de Deus em nossa história pessoal. Mais do que isso, o Iluminismo pode ter nos levado a ver apenas o lado individual da salvação, que nos tem conduzido ao in dividualismo, deixando de lado o nosso papel coletivo como agentes de Deus no mundo, como uma SOCIEDADE DE CONTRASTE

Será que reduzimos o plano da sal vação a conceitos cognitivos e abstra tos que deverão ser aceitos por uma pessoa, sem, contudo, que ela de fato se renda ao desafio reconstrutor e transformador do Evangelho propor cionado pela morte e ressurreição de Jesus? Há enorme abismo entre aceitar a ideia de Jesus Salvador e entregar -Lhe a vida a ponto de que essa deci são de entrega (que vai mais longe da aceitação cognitiva) represente ressig nificação de vida desde aqui, no viver do agora.Representando isso uma redesco berta do significado de vida que vá mais além, muito mais além de ser frequentador de reuniões e cultos em um dia da semana, dependendo do profissionalismo de um pregador no púlpito e que a vida cristã seja muito mais do que atividades, eventos, pro gramas dominicais.

Para participar da restauração de toda a criação, como agentes de Deus, a nossa compreensão do que seja o Evangelho e a vida deve ir mais além do que conceitos abstratos e escatológi cos, que são legítimos, mas não o todo.

Eu e você somos o elo entre Deus e a humanidade, e a criação como Seus instrumentos para a sua restauração, formando Seu povo como uma SOCIE DADE DE CONTRASTE para mostrar ao mundo muito mais do que o livramen to das chamas do inferno e não mera mente como um povo do domingo, do templo e repleto de atividades, eventos e programas intra-eclesiais.

É por isso que acredito que a vida existe, sem dúvida, antes da morte, para ser transformada e transforma dora de uma criação decaída e carente de significação e sentido.

Não coloco em dúvida a visão mis sionária de que devemos chegar com a mensagem do Evangelho até a últi ma cidade, mas, será necessário com preender que a missão que Deus nos tem dado (missio Dei) é mais do que isso, é influenciar por meio de vidas transformadas e transformadoras até a última cidade, como sal, luz e em baixadores do Reino de Deus (Mateus 5.13ss; II Coríntios 5.20).

OBSERVATÓRIO BATISTA

Que o frequentar cultos seja subs tituído pela adoração pública como resultado da vida diária aos pés do Mestre (Romanos 12.1), que o domin go seja dia de descanso em vez de cansaço, de celebração da “invasão” do Eterno Deus na vida, que a pregação que vem de um pastor no púlpito seja

autoridade sobre a verdade e, mais do que isso, se envolver na “obra do Se nhor”, pois somente assim poderá ter validada a sua vida como alguém que está em Deus.

segmentação binária do mun do pode estar nos afastando em ser mos sal e luz na vida concreta do dia a dia e nos isolando como que em um gueto de religiosos fanáticos pelo céu, mas longe da significação da própria vida. Bem interessante é ouvir nas ênfa ses evangelísticas em que precisamos chegar com a mensagem do Evangelho até a última cidade, pois o importante é que as pessoas ouçam essa mensa gem e sejam salvas das penas eternas.

Contato: rega@batistas.org - Insta gram @lourencosteliorega

Talvez, a pergunta possa parecer estranha, pois é claro que existe vida antes da morte. Mas, aqui podemos dar dois significados mais profundos para encontramos a resposta que de sejamos demonstrar.

anunciar toda a vontade de Deus (Atos 20.27). Será que o Evangelho que es tamos pregando seria como que um evangelho diet?

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Existe vida antes da morte?!

Em primeiro lugar, podemos conec tar a significação da vida a dois outros significados importantes - dignidade e qualidade de vida. Há pessoas cuja vida existe porque surgiu, isto é, vivem porque nasceram, pois ainda não en contraram um significado mais profun do para viver cada dia. Ao se levantar olham pela janela do quarto, se estiver o tempo nublado iniciam sua jornada do dia com certo pesar pela penumbra na ausência da luz brilhante do sol. Ao final do domingo, a tristeza se instala e só vai renascer ao final da próxima sexta-feira. Trabalham apenas para ga nhar a vida, mas a própria vida não tem sentidoEmboraalgum.possamos responder que, nesse caso, exista vida antes da morte, é uma vida sem significação, repleta de vazio existencial, alimentada pela sensação dolorosa de que o sentido da vida desapareceu e só há sofrimento e uma experiência de desconexão com o mundo exterior. E quando se busca essa conexão é para obter bem-estar e satisfação imediata, mesmo porque o tempo a tudo consome. Neste sentido Oscar Wilde disse: “Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenasMas,existe”.emsegundo lugar, temos ainda que avaliar como temos anun ciado o Evangelho e o que pode estar acontecendo como resultado disso. Há bom tempo tenho visto e ouvido que a ênfase tem sido demonstrar que, ao aceitar a Cristo, a pessoa terá futuro garantido no céu, ficando isenta das penas eternas do inferno. Aí a pessoa é convidada para “ir à igreja”, frequentar a classe de preparação ao batismo, para compreender as doutrinas, o que é ser salvo, ser membro da Igreja, ler a Bíblia, orar etc. E, muitas vezes, diante dos dilemas da vida, o incentivo é para ter esperança no futuro quando Jesus vol tar, pois a vida é assim mesmo, cheia de sofrimento, perseguição e para o mundo somos como que loucura.

Nesse caso, a vida poderá ficar reduzida a frequentar o templo no domingo, ouvir atentamente alguém no púlpito que tem conhecimento e

Para tentar explicar o sentido de vida surgem colocações abstratas, estratosféricas e celestiais. Dilemas do cotidiano devem ser superados e enfrentados lendo a Bíblia, trabalhando duro na Igreja, pois é preciso “buscar o reino de Deus em primeiro lugar”. As sim, o dia do Senhor, tido nas Escrituras como o dia de descanso e celebração, passa a ser dia de cansaço e agitação sem até mesmo tempo para a convi vência familiar. Um dia, Jesus voltará e resolverá tudo. Se a salvação é o cen tro de tudo e a esperança do céu e da Nova Jerusalém, então para que gastar tempo discutindo dilemas e situações da vida, tais como, dilemas ambientais, abortamento, eutanásia etc. São coisas do mundo e não celestiais.

O ensino bíblico que está por trás disso suplanta a visão salvacionista e utilitarista que reduziu o Cristianismo em atividades, programas, estruturas e eventos. A essência é que Deus deseja restaurar toda a criação, tendo chama do Abraão para ser bênção para todas as nações (Gênesis 12.1ss; 18.17), mas sua descendência - Israel e Judá - re jeitou cumprir essa missão de Deus, então, Ele dos dois povos (gentios e judeus Efésios 2.11ss; Romanos 9-11) fez um só para que continuasse nesse SeuEntão,propósito.asalvação é muito mais do que oferecer alguma apólice contra o incêndio do inferno, é o meio pelo qual Deus busca trazer as pessoas de volta para o Plano da Criação, o plano origi nal que foi abandonado como fruto de rebeldia da humanidade em Adão/Eva.

acompanhada com a verificação de sua legitimidade pelas Escrituras como os cristãos de Bereia faziam (Atos 17.11,12), que o seu envolvimento em atividades não seja apenas eclesiásti ca, mas na vida cotidiana, levando em conta o exercício dos dons de servi ço e que a vida vá além do domingo, invadindo cada dia da semana com testemunho vibrante que vá além de palavras ou de um plano de salvação lido para alguém. Que a vida seja ex pressão de testemunho vivo por meio de influência em seu meio ambiente com os valores do Evangelho, como ocorria com a Igreja primitiva que, por onde passava, promovia revolução no modo de viver (At 17.6).

Essa ênfase escatológica nos tem distanciado das pessoas e dividido o mundo em salvos e perdidos, como no passado o povo judeu dividia entre os próprios judeus e os gentios, a raça imunda. As buscas de respostas que as pessoas esperam em nós, nesse caso, acabam se restringindo ao significa do espiritual da vida e à necessidade de garantir o futuro longe do fogo do inferno.Essa

PONTO DE VISTA

De forma alguma estou colocan do em dúvida que Jesus virá um dia e haja necessidade de que as pessoas se arrependam e aceitem a suficiên cia da morte e ressurreição de Jesus Cristo. Sem isso estarão condenadas à perdição. Não há dúvida sobre essas doutrinas. O ponto essencial é que esta é uma parte do Evangelho, mas não o todo do Evangelho.

15O JORNAL BATISTA Domingo, 11/09/22

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