OJB EDIÇÃO 23 - ANO 2023

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Dia do Homem Batista

1° domingo de junho

“Você, porém, homem de Deus, fuja de tudo isso e busque a justiça, a piedade, a fé, o amor, a perseverança e a mansidão” (I Timóteo 6.11).

Reflexão Notícias do Brasil Batista Notícias do Brasil Batista Notícias do Brasil Batista

Um assunto muito sério

Coluna fala sobre importância da gestão eclesiástica

Receber e compartilhar Jesus

Convenção Batista do Rio Grande do Sul celebra 86ª Assembleia

Mulheres centenárias

União Feminina de Minas Gerais comemora aniversário de 100 anos da organização

Investimento em liderança

Convenção Batista de Carajás organiza primeira conferência de liderança

ISSN 1679-0189
ANO CXXII EDIÇÃO 23 DOMINGO,
ÓRGÃO OFICIAL DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA FUNDADO EM 1901
R$ 3.60
04.06.2023
pág. 3 pág. 8 pág. 9 pág. 12

EDITORIAL

Junho, o mês dos Batistas brasileiros

Junho é um tempo de memórias, de lembranças para o povo Batista brasileiro. Pois foi exatamente nesse período, em 1907 e 1908, que nossa CBB e suas organizações foram criadas, e até hoje prestam relevantes serviços para o Reino de Deus.

No dia 22, celebraremos o aniversário de 116 anos da Convenção Batista Brasileira. No dia 25, é tempo

de comemorar mais um ano da obra missionária a nível nacional, através da nossa Junta de Missões Nacionais (JMN). No dia 27, celebraremos a organização que trabalha para que, juntos, possamos completar a missão, a Junta de Missões Mundiais (JMM). Fundada um ano depois, a União Feminina Missionária Batista do Brasil (UFMBB) comemora 115 anos no dia

O JORNAL BATISTA

Órgão oficial da Convenção Batista

Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901

INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB

FUNDADOR

W.E. Entzminger

PRESIDENTE

Hilquias da Anunciação Paim

DIRETOR GERAL

Sócrates Oliveira de Souza

23, mesma data que contempla o Dia da Educação Cristã Missionária.

Com certeza teremos celebrações para agradecer a Deus por tão significativa data. Para render graças ao Senhor pela vida e visão dos pioneiros e tudo o que foi conquistado até aqui, vislumbrando o que podemos fazer futuramente.

O sexto mês ainda traz outras datas

( ) Impresso - 160,00

( ) Digital - 80,00

também importantes em nosso calendário: Dia Internacional de Oração pelas Crianças em Crise (02); Dia do Homem Batista (04 -1º domingo do mês); Dia do pastor (11 - 2º domingo do mês); e o Dia do Missionário Batista (26). Que o seu coração esteja cheio dessa boa expectativa de celebrarmos e agradecermos a Deus pelo trabalho da Convenção Batista Brasileira. n

SECRETÁRIO DE REDAÇÃO

Estevão Júlio Cesario Roza (Reg. Profissional - MTB 0040247/RJ)

CONSELHO EDITORIAL

Francisco Bonato Pereira; Guilherme Gimenez; Othon Ávila; Sandra Natividade

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REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA

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A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação Batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOS

W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919);

A.B. Detter (1904 e 1907);

S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);

Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988);

Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOS

Zacarias Taylor (1904);

A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914);

L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923).

ARTE: Oliverartelucas

IMPRESSÃO: Editora Esquema Ltda

A TRIBUNA

2 O JORNAL BATISTA Domingo, 04/06/23
REFLEXÃO

Jonatas Nascimento

Por bondade de Deus, tenho tido o privilégio de falar a muitos pastores e líderes em espaços eclesiásticos e em outros ambientes nos mais diversos recantos do nosso país. Tenho frequentado espaços acadêmicos (faculdades e seminários de teologia, faculdades de Ciências Contábeis para falar da importância da inserção da disciplina de contabilidade do terceiro setor), além de frequentar a própria classe contábil, através do Conselho Regional de Contabilidade (RJ), onde honrosamente componho a Comissão de Assuntos do Terceiro Setor com ênfase nas entidades religiosas ou templos de qualquer culto.

Para começar, vou contar-lhes um segredo. Eu iniciava as minhas palestras falando sobre os dois lados da Igreja, a saber: a Igreja de Cristo (invisível - aquela instituída por Cristo lá em Mateus 16.18) e a Igreja instituição religiosa, caracterizada como pessoa jurídica, instalada em um prédio, portadora de ata, estatuto, CNPJ

Gestão eclesiástica: um assunto muito sério

e outros documentos necessários ao seu funcionamento.

Quando em 2019 recebi um convite da Igreja Memorial Batista de BrasíliaDF, através do irmão Daniel de Oliveira, perguntei qual era a dor do público e então tudo ficou mais fácil, pois o Conselho Fiscal daquela Igreja fez a gentileza de pontuar o que precisava saber e o meu trabalho foi pontual, perante um seleto e numeroso público.

Na ocasião recebi a incumbência de abordar os seguintes pontos como objetivos:

a) Promover a cultura da transparência e das melhores práticas de governança eclesiástica;

b) Enfatizar a importância da tempestiva e correta prestação de contas;

c) Destacar o papel do Conselho Fiscal, enquanto órgão autônomo, fiscalizador da gestão administrativa, com foco na visão, missão e nos valores da Igreja; e

d) Equalizar conhecimentos sobre possíveis mudanças na legislação relacionadas com a gestão eclesiástica.

A partir daí abordei os seguintes tópicos:

a) Equalização dos conhecimentos sobre possíveis mudanças na legislação relacionadas com a gestão eclesiástica;

b) Cuidados com os deveres e direitos dos profissionais que trabalham na e com a Igreja;

c) Importância do Conselho Fiscal para a saúde financeira da Igreja;

d) Organizações religiosas como OSC (Organização da Sociedade Civil);

e) Adequação do estatuto ante à Lei nº 13.019/2014 e às demandas pósmodernas; e

f) Serviços voluntários em espaços eclesiásticos - mensuração. Necessidade de cumprimento da norma legal.

Resultados esperados:

a) Implementação das melhoras práticas de gestão em ambiente eclesiástico;

b) Proatividade ante os riscos e as ameaças associados à gestão eclesiástica;

c) Melhoria de qualidade da documentação fiscal, financeira e contábil;

d) Tempestividade das prestações de contas;

e) Valorização das áreas de execução orçamentária, financeira e contábil da Igreja; e

f) Noções básicas de legislação, legalização, gestão e aspectos fiscais e contábeis das organizações eclesiásticas.

Se você entender que tais abordagens são pertinentes para você, sua Igreja e sua liderança, coloco-me à disposição para convites presenciais ou à distância.

Nota: Para conhecer o meu trabalho, visite, comente, inscreva-se e tire dúvidas no canal Cartilha da Igreja Legal no YouTube n

Jonatas Nascimento, diácono. Autor da obra Cartilha da Igreja Legal. WhatsApp: (21) 99247-1227. E-mail: jonatasnascimento @hotmail.com

A Comunicação em ação

A comunicação faz parte da essência do homem e do próprio Deus. Logo, o homem precisa se comunicar, tanto com Deus, que dará mais segurança a sua vida, quanto (e principalmente) com os outros. Ele foi feito para isto. Nós nos realizamos, nos autorrealizamos, à medida que nos comunicamos uns com os outros.

Jesus Cristo usou, e ainda usa através do Espírito Santo, diversos

recursos audiovisuais e imagens simples para que a palavra chegue e cause efeito nas pessoas de maneira mais eficaz. E o cristão precisa seguir este exemplo e irradiar a Palavra através de sua comunicação missionária. Não podemos desrespeitar o homem e nem perder a consciência de que a comunicação é, em última análise, amor em ação. O homem não é só razão. Ele possui razão. É um feixe de emoções. É coração. É uma “seta” voltada para Deus. Comunicação é comunhão. Riger

Mehl nos lembra disso: “a comunicação deve criar um nós, arrancando-nos da individualidade”. A palavra nós gera coletividade, grupos é muito bem colocada aqui. Porém, alguns a transformam em “nós” (embaraço) e enrolam tudo, não cumprindo o objetivo devido. Precisamos desatar esses nós, deixando o egoísmo de lado, fazendo com que “nós” seja a palavra mais importante que o “eu”!

O amor é o núcleo e a vida de toda comunicação verdadeira. Amor é Comunicação. E comunicação é amor. O

amor continuará a comunicar, ainda quando os recursos comunicativos dos homens se tornarem impotentes ou desnecessários.

Enfim, a comunicação requer a troca, já que funciona como uma estrada de mão dupla: a informação precisa ir e retornar para ser completa. Comunique-se através de uma palavra, um gesto, um olhar, uma oração, uma ação para viver em comunhão com Deus e com outros irmãos e amigos. Assim colocaremos a comunicação em ação. n

3 O JORNAL BATISTA Domingo, 04/06/23
Rogério Araújo (Rofa) colaborador de OJB
REFLEXÃO
DICAS DA IGREJA LEGAL

Dia do Homem Batista

Dia do Homem Batista;

Importante data, uma conquista!

A mais importante em minha lista.

Do Senhor sou servo, sou seu embaixador; O meu ideal é servi-Lo com amor.

Homens batistas participam de suas organizações.

Os rapazes integram-se no GAM, promovendo missões.

Militam na União de Jovens, são valorosos varões

E na Escola Bíblica participam das lições.

Ministram a Palavra em abençoados sermões.

Buscam uma vida de oração e castidade, A maturidade chega e casam-se com santidade, Tratando a esposa com total fidelidade.

Ingressam na União de Homens com responsabilidade, Servindo ao Senhor Jesus com tenacidade.

Todos os homens Batistas, de qualquer idade, Abraçam a Causa do Mestre com toda lealdade. n

Não é um direito: é uma dádiva

“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Ef 2.8).

Na carta que escreveu aos Efésios sobre a salvação espiritual, Paulo nos revela: “Pois pela graça de Deus vocês são salvos por meio da fé. Isso não vem de vocês, mas é um presente dado por Deus. A salvação não é o resultado dos esforços de vocês, portanto, ninguém pode se orgulhar de tê-la” (Ef 2.8-9).

Se os seres humanos, com humildade, tivessem aceitado o fato de não serem autossuficientes, o pecado de desprezar a dádiva divina não teria acontecido. O episódio da “Torre de Babel” constitui uma das

demonstrações do orgulho humano, na sua postura de rejeitar a ajuda divina. No Seu diálogo com Nicodemos, Jesus explicitou o caminho da vida eterna com o Senhor: “Porque Deus amou o mundo tanto, que deu o Seu único Filho, para que todo aquele que Nele crer não morra, mas tenha a vida eterna. Pois Deus mando o Seu Filho para salvar o mundo e não para julgá-lo” (Jo 3.16-17). Nossa salvação é fruto da graça divina. Ela é uma dádiva. Além de nos aprofundarmos no conhecimento do Senhor, investindo no relacionamento com Ele, cabe a nós, também, proclamar ao mundo a dádiva da salvação.

Famílias no controle do Espírito Santo

O apóstolo Paulo, ao escrever à Igreja de Éfeso, diz no capítulo 5.18 que todos devem ser cheios do Espírito. Dos versículos 19 ao capítulo 6.1-9 temos a explicação bíblica de como uma família deve viver. Em Gênesis temos o registro da queda do homem, e com a desobediência de Adão e Eva, toda a raça humana nasce em pecado. E todos estão destituídos da glória de Deus. O pecado separou o homem de Deus, de si mesmo, do próximo e separou da natureza.

A família que nasceu perfeita passa, a partir da queda, a ter comportamento pecaminoso. O homem e a mulher começam a transferir a culpa. Adão disse: “A mulher que me deste”; e a mulher disse: a serpente me enganou. Caim, com inveja de Abel o mata; na família aconteceu o primeiro homicídio. Quando a família se afasta de Deus, tudo começa a dar errado. Este é o relato da primeira família que entrou no mundo.

Quando uma família passa a seguir Jesus Cristo e deixa o Espírito Santo guiar a vida, tudo é diferente. Quando a família está no controle do Espírito Santo, na direção dEle, ela passa a louvar a Deus,

cantar hinos e cânticos espirituais. Quando a família está no controle do Espírito Santo ela é grata ao Senhor, todos passam a ter gratidão. Agradecem pela vida, pela salvação em Cristo, pelo cuidado diário do Senhor. É grata por tudo. Quando a família está no controle do Espírito Santo, ela é submissa a Deus, o marido sabe exatamente qual o seu papel, a esposa também sabe qual o seu papel, os pais e filhos sabem o seu papel dentro de casa.

Vale a pena deixar o Espírito Santo controlar a sua vida, ou seja, dirigir todos os passos dela. n

4 O JORNAL BATISTA Domingo, 04/06/23
Cleverson Pereira do Valle pastor, colaborador de OJB Olavo Feijó
REFLEXÃO
pastor & professor de Psicologia

Tesouro, no grego, significa tesouraria, armazenar para si mesmo valores materiais além do necessário (I Timóteo 6.6-10). Nós, os cristãos, ajuntamos tesouros no céu quando pregamos o Evangelho e ganhamos almas para Cristo.

Tesouros nos céus é a quarta seção do sermão do monte proferido por Jesus. Aborda especialmente o materialismo nefando, fazendo um contraste com a espiritualidade. É, portanto, um manifesto de Jesus contra o materialismo. Jesus faz alusão a verdade e os cuidados de Deus por nós, tendo como consequência o fornecimento para as nossas necessidades espirituais.

Jamais devemos ter dinheiro como um deus. Em suma, devemos buscar em primeiro lugar o Reino de Deus e sua justiça e todas as coisas nos serão acrescentadas. Jesus não se opõe aos tesouros deste mundo hostil, mas ao acúmulo das riquezas. Por que não devemos acumular tesouros na terra? Porque deste mundo, não vamos levar nada. Por que tanta apreensão e ansiedade? Como viemos ao mundo, voltaremos! Todos nós quando nascemos, choramos e quando morremos nos despedimos dele. Um libanês, muito rico, pediu a família que, quando morresse, deixasse as mãos para fora do caixão. Todos ficaram apreensivos. A lição foi muito importante. Ele quis

Tesouro no céu (Mateus 6.19-21)

dizer que, naquele momento, “não estava levando nada para a eternidade”.

Jesus também fez alusão à traça, nos tesouros orientais: destruíam roupas de grande valor. “Se amontoar prata como pó, e aparelhar vestidos como lodo. Ele os aparelhará, mas o justo os vestirá e o inocente repartirá a prata” (Jó 27.16). “Eis que o Senhor Jeová me ajuda: quem há que me condene. Eis que todos eles como vestidos se envelhecerão, e a traça os comerá” (Is 50.4-9). “Porque a traça os roerá como a um vestido, e o bicho os comerá como alça; mas a minha justiça durará para sempre, e a minha salvação de geração em geração” (Is 51.8).

A ferrugem vem de uma palavra genérica, indicando diversos agentes que desgastam as coisas de valor, não somente os objetos de metais. Os gregos chamavam de ladrões os que escavavam a lama a fim de entrarem em alguma coisa, era mais fácil fazer buracos nas paredes do que arrombar portas fechadas, acumular era a maneira de adquirir coisas terrenas e mundanas.

Os tesouros dos céus estão em contraste com os tesouros da terra. São tesouros eternos e não estão sujeitos aos assaltos dos ladrões. Jesus deixou bem claro que esses tesouros estão reservados nos céus.

A multidão que ouviu Jesus falar compreendera perfeitamente a veracidade desse ensino. Devemos nos conscientizar que lá no outro mundo

nos esperam os melhores tesouros. O crente em Jesus deve ser rico em boas obras. Em I Timóteo 6.1-8 diz: “Que façam o bem, enriqueçam em boas obras, repartam de boa mente e sejam comunicativos”. E em Tiago 2.5-7: “Ouvi meus amados irmãos: Porventura não escolheu Deus os pobres deste mundo para serem ricos na fé, e herdeiros do reino que prometeu aos que o amam?”.

Aquele que pratica a justiça entesoura diante do Senhor a vida para si mesmo. Aqui já na terra, podemos construir no céu a nossa própria mansão. Podemos mandar o material na nossa frente com esse propósito. O galardão será de acordo com as obras.

O Novo Testamento não ensina igualdade na outra vida entre os salvos; como também o nivelamento do castigo para os que estão perdidos. Jesus recebeu uma herança, porque cumpriu a sua gloriosa missão, sublime missão. Jesus Cristo sofreu e obedeceu pelo que Deus também O exaltou sobremaneira. (Filipenses 2. 1-10). Podemos esperar que suceda diferentemente conosco?

“Onde estiver o vosso tesouro, aí está também o seu coração, disse Jesus”. Essas palavras indicam mais adiante de que é impossível servir a dois senhores: a Maomé que personifica as riquezas. Mamom é o deus das riquezas. Temos o dever de declarar a nossa preferência e escolher.

Lutero disse: “O Deus do homem é aquilo que ele ama”. Não é pecado

ajuntarmos dinheiro; isso é bom; o problema é possuir para ajuntá-lo. Em II Coríntios 12.14b, Paulo diz: “Não devem os filhos entesourar para os pais, mas os pais para os filhos”. Quando visa a segurança do futuro ou quando se emprega em algo muito importante. Mas, desgastar o pensamento e as suas próprias forças nesse caso é pecado. Sabemos perfeitamente que, o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. O importante é obter o necessário para a nossa própria existência.

O apóstolo Paulo escreveu: “Buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus” (Cl 3.1).

Nós, cristãos, não acreditamos em mitologia. Mas existe uma lenda que o apóstolo Tomé recebeu muito dinheiro de um reino indiano para construir um palácio. O rei partiu e foi para um lugar distante e Tomé ao invés de construir o palácio, distribuiu o dinheiro com os pobres e enfermos. Quando rei voltou, ficou indignado e lançou Tomé na prisão. Nesse espaço de tempo, o irmão do rei morreu. Após 4 dias ressuscitou afirmando que esteve no paraíso e viu um belo palácio e um amigo explicou: Esse palácio que Tomé edificou é para o seu irmão. O rei ficou muito perturbado e mandou soltar Tomé. Tomé retrucou que os que querem possuir as riquezas nos céus pouco cuidam das coisas deste mundo. Trata-se de uma história lendária. Ponderemos nas palavras de Jesus. “Onde estiver o vosso tesouro, aí também está o vosso coração”.

5 O JORNAL BATISTA Domingo, 04/06/23 REFLEXÃO
Arnaldo Nunes pastor
n

Uma marca de sangue. Essa foi a ordem de Deus para as famílias israelitas que se encontravam no Egito. O sangue de um cordeiro sacrificado por cada família deveria ser passado nas laterais e nas vigas das portas das casas. Seria, naquela noite, a primeira páscoa dos judeus (Êxodo 12.7).

O não cumprimento da ordem seria desastroso. Os primogênitos, tanto de homens como dos animais, seriam mortos (Êxodo 12.12,13). E assim aconteceu. As casas onde não havia marca de sangue ouvia-se prantos (Êxodo 12.30). As casas dos israelitas havia festa (Êxodo 12.14).

Seria tão bom que se pudéssemos também fazer o mesmo hoje, apenas colocar um pouco de sangue de cabrito nos umbrais de nossas portas para que nossos filhos não fossem atingidos por tantas pragas modernas que atingem as famílias. Podemos citar algumas, como por exemplo, das dro-

Nos umbrais das portas

gas, do liberalismo sexual, da criminalidade, do ateísmo, do alcoolismo. Já que não podemos colocar um pouco de sangue nos umbrais, o que então os pais podem fazer para que seus filhos não sejam atingidos por essas e outras pragas?

Em primeiro lugar, muita oração. Os pais devem orar para que seus filhos tenham a sabedoria e a coragem para rejeitarem tais pragas. Pais e mães devem dobrar seus joelhos pedindo a misericórdia de Deus para que seus filhos estejam livres dessas chagas. Crianças e adolescentes, mesmo que tenham sido criados em lares saudáveis, tem oportunidade de transgredirem. Por isso, a oração é importante. m segundo lugar, já que não podemos repetir o gesto dos israelitas, na primeira páscoa, devemos, como pais, manter sempre aberto o canal da comunicação com os filhos. Diálogo franco e sincero, sem conotação de sermão. Pais devem cultivar o diálogo com os filhos sobre todos os temas,

sem exceção. Como livrar nossos filhos das drogas ou do liberalismo sexual se em casa não há diálogo sobre esses temas?

Orientação segura. Enquanto dialoga, pais devem ser uma fonte de orientações seguras para suas decisões, sempre com o respaldo da Palavra de Deus. Pais que desejam ver os seus filhos livres das pragas modernas não podem se omitir quanto a orientação baseada na Bíblia. Essas orientações, conforme dizem as próprias Escrituras, determinam que devem ser dadas sentados à mesa, andando pelo caminho, ao deitar-se e ao levantar-se (Deuteronômio 6.7-9).

Isso sem mencionar a importância e a responsabilidade dos próprios pais falarem de Jesus para seus filhos.

Outro caminho seria o da valorização dos trabalhos da Igreja. Pais que amam e participam dos trabalhos da Igreja com alegria irão influenciar seus filhos a cultivarem os mesmos sentimentos. O ir à igreja deve ser um

Perto está o Senhor!

Nédia Maria Bizarria dos Santos Galvão

membro da Igreja Batista do Centenário - Congregação em Areia Branca - SE; professora de EBD, especialista em Ciência da Religião; bacharel em Teologia.

Há uma ilustração que conta: “Certo dia um pai saiu com seu filho para passear e apontou para o céu onde tinha uma luz bem longe a piscar. Perguntou ao filho: Você sabe o que é aquilo? O filho respondeu: É um avião, papai. O pai perguntou mais uma vez: Você acha que aquele avião é grande ou pequeno? O menino respondeu: Ah, papai, é muito pequeno! Olha só aquela pequena luz. O pai pegou o filho, colocou-o no carro e o levou ao aeroporto. Chegando lá, levou-o para o lugar em que as naves decolam e pousam, e mostrou ao menino os aviões. E perguntou: E agora, meu filho, o avião é grande ou pequeno? O menino que nunca tinha visto um avião de perto, respondeu espantado: Pai, é muito grande! O pai então disse: É, meu filho,

o tamanho de algo ou alguém vai depender da distância que você está. Se você está longe de algo ou alguém, vai ver sempre pequeno. Porém, se você está perto de algo ou alguém, você pode contemplar verdadeiramente a grandiosidade do ser ou objeto.”

Assim é com Deus e Suas promessas, se estamos longe dEle, sempre o veremos pequeno e Suas promessas sem importância. A frase no final do texto da carta aos Filipenses 4.5, pouco explorada e às vezes até esquecida, “Perto está o Senhor”, é de um valor ímpar, é uma pérola que precisa ser apreciada. Para mim, esta frase, “Perto está o Senhor”, tem sido um suporte, um bálsamo em momentos difíceis e de aguardo que todo choro um dia cessará. E eu resolvi parar e analisar o significado desta frase. O termo “Perto”, nesta passagem, tem um significado amplo. O termo utilizado pelo apóstolo é ἐγγύς “engys”, que significa posição próxima a outra posição; assim como também tem o significado de proximidade temporal. Assim, no texto em Filipenses 4.5, o

apóstolo Paulo fala de proximidade no sentido que abrange espaço e tempo. Então podemos entender esta frase que apesar de escrita de maneira simples, posicionada de forma discreta na carta, têm dois significados profundos.

O primeiro, “Perto está o Senhor”, porque Ele está junto a nós. Uma das formas de entender esta frase é que Deus, o Senhor está perto, está próximo a nós. Isso quer dizer que não estamos sozinhos em meio às nossas labutas, dores, perdas, crises etc. Deus está conosco! No Salmo 34.18 “Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado…” Deus está perto daqueles que têm um coração humilde, arrependido, e concede consolo, força, restauração em momentos adversos. Não estamos sós em momentos difíceis, por mais que sintamos o isolamento, o abandono das pessoas, o Senhor está juntinho de nós contemplando nossa aflição, enxugando nossas lágrimas e nos amparando com amor.

O segundo significado, “Perto está

evento impregnado de alegria e prazer.

Por último, alistaria a disciplina. Filhos precisam de disciplina. Se forem criados sem disciplina terão grandes possibilidades de se desviarem dos caminhos aprovados por Deus. O fim deles é a sepultura, conforme afirma o sábio em provérbios. (Provérbios 23.12-14).

Não é tão fácil, como aqueles pais que celebraram a primeira páscoa. Vai dar trabalho e precisará de tempo, mas com certeza teremos a ajuda do mesmo Deus que esteve ao lado daquelas famílias e teremos festas e regozijo em nossos lares. n

Gilson Bifano Palestrante, escritor e coach na área de casamento e família. Siga-me no Instagram: @gilsonbifano E-mail: oikos@ministeriooikos. org.br

o Senhor”, é que em breve Ele voltará. Pois, o termo também está relacionado a proximidade de um ponto temporal com outro ponto temporal. O apóstolo Paulo também nos comunica nesta frase que a promessa que o Senhor Jesus fez de retornar para julgar e buscar os Seus, o dia do cumprimento dessa promessa está próximo. Se aproximadamente há 2000 anos, já se falava de uma proximidade, quanto mais nos nossos dias. Perto está o Senhor de cumprir a promessa de Seu retorno. Na Segunda carta do apóstolo Pedro 3.9, “O Senhor não demora em cumprir a Sua promessa, como julgam alguns…” Devemos aguardar o retorno do Cristo com expectativa e esperança, pois, Sua Palavra nos promete Sua volta. A vinda do Senhor Jesus será de alegria e consolo para os que guardam e creem em Suas promessas, para os que vivem por Ele e para Ele.

Perto está o Senhor de nós e perto está o Senhor a cumprir Sua promessa de retorno. n

6 O JORNAL BATISTA Domingo, 04/06/23
VIDA EM FAMÍLIA REFLEXÃO
Gilson Bifano

Promotor de Missões: um chamado missionário para impactar a Igreja local

Thatiana Cordeiro Redação de Missões Nacionais

Deus tem levantado homens e mulheres para mobilizarem Igrejas inteiras em prol da obra missionária. Esses são os promotores de Missões. Eles não são frustrados por não terem ido para um campo distante, mas entendem que foram chamados por Deus para mobilizar, incentivar e despertar a Igreja para a grande obra que Deus tem feito no mundo. Segundo Silvana Martines, coordenadora Nacional de Mobilização Missionária de Missões

Nacionais, “o promotor de missões é um servo tremendamente usado por Deus em sua Igreja local”, que tem influenciado pastores, líderes e Igrejas em todo o país.

No dia 19 de maio, tivemos o Encontro Nacional de Mobilização Voluntária 2023, na Igreja Batista em Alto Alegre - SP. Foi um tempo abençoador para todos os presentes e para os que acompanharam de forma online. No dia seguinte (20), houve ainda uma oficina missionária, que foi um bate-papo sobre o que é ser um Missionário Mobilizador Voluntário (MMV) e como

cuidar e acompanhar da melhor forma os Promotores.

Missões Nacionais quer investir cada vez mais na evangelização do Brasil, e as Igrejas locais são de extrema importância nesse processo. Nesse sentido, enquanto o MMV orienta, informa e cuida dos promotores da região, cada um mobiliza sua Igreja para um maior envolvimento com o a obra missionária.

Já imaginou se cada igreja tivesse um promotor? Pensando nisso, preparamos o Curso de Promotores! Ele é gratuito e online. Os conteúdos

são todos em vídeos e estão divididos em quatro módulos: Mobilização Missionária (1), Vocação Missionária (2), Dicas Práticas de Mobilização (3) e Enfrentando os Obstáculos (4).

Ore pelos Missionários Mobilizadores Voluntários, pelos promotores e Igreja local, e envolva-se! Você pode estar sendo chamado para ser um promotor de Missões e levar a sua Igreja a uma relação mais profunda com aquilo que Deus tem feito no Brasil! Faça a sua inscrição pelo link: www. bit.ly/CursodePromotores . Vamos avançar!. n

7 O JORNAL BATISTA Domingo, 04/06/23
MISSÕES
NACIONAIS

“Receber e Compartilhar Jesus” é o tema da 86ª Assembleia da

CB do Rio Grande do Sul

PIB de Pelotas celebrou primeiro centenário durante o evento.

Nos dias 18 a 20 de maio, a Convenção Batista do Rio Grande do Sul (CBRS) realizou a sua 86ª Assembleia Geral. O local do encontro fraternal foi a cidade de Pelotas, no Sul do estado, a convite da Primeira Igreja Batista, dando início à celebração de seu Centenário. O testemunho Batista nessa região teve início em 1921, quando o missionário pioneiro no estado, depois de 11 anos de trabalho em Porto Alegre e na Região Noroeste, voltou os olhos para o Sul e se mudou para Pelotas. Em 1923, ele fundou o Colégio Batista e, em 13 de maio de 1924, a PIB de Pelotas, com 27 membros.

O tema da Assembleia foi o mesmo que a Convenção escolheu para a Campanha de Missões Estaduais neste ano - “Receber e Compartilhar Jesus” (Mateus 14.19). Fomos e estamos sendo desafiados a compartilhar com as multidões “o pão e os peixes” que Jesus coloca em nossas mãos.

O orador oficial da Assembleia, pastor Raphael Abdalla, foi muito claro e objetivo ao pregar sobre esse tema. Em três mensagens, desafiou os Batistas gaúchos a não guardarem para si a mensagem da salvação, mas levá-la aos confins do estado. Somos 106 Igrejas e 60 Congregações em 497 municípios. “Ainda há muitíssima terra para ser possuída”.

Antes da Assembleia, na tarde do dia 18, os pastores se reuniram

no templo da PIB de Pelotas para a sua Assembleia Anual. Na ocasião foi eleita a nova diretoria da Ordem, que ficou assim constituída: Presidente: pastor David Scherdien Santos (reeleito); 1° vice-presidente: pastor Eduardo Quintana da Silva; 2° vice-presidente: pastor Josué Natanael Machado Selayaran; 1º secretário: pastor Leandro Weige Dias; e 2º secretário: pastor Renato Silva Florêncio.

À noite teve início a Assembleia da Convenção, que se prolongou até à noite de sábado, dia 20. O local foi o salão G2 Eventos. No programa, além dos relatórios das Juntas e Organizações, vários momentos inspirativos sob a liderança do Grupo Geração Fiel, que cantou e dirigiu a Congregação no louvor a Deus. Na manhã de sexta-feira, um painel sobre “Saúde IntegralCorpo, Mente e Espírito” com a participação de médicos e pastores, cada um em sua especialidade, despertou os convencionais para os cuidados com a saúde. Outro destaque foi a apre-

sentação de relatórios informativos sobre os projetos sociais de várias Igrejas em parceria com a Convenção, trabalho que está trazendo resultados expressivos. Foi salientada a necessidade da participação de todas as Igrejas no Plano Cooperativo e na oferta missionária, origem dos recursos que tornam possível a realização desses convênios e parcerias.

A nova diretoria eleita para o biênio 2023/2025 é a seguinte: Presidente: pastor Olavo da Rosa Vigil (PIB de Pelotas); 1º vice-presidente: pastor Ailton Rodrigues Moraes (IB de Camobi, em Santa Maria); 2º vice-presidente: pastor Cléryston Oliveira de Lima (PIB de Santa Maria); 3º vice-presidente: pastor Jorge Souza Garcia (IB Manancial, em Canoas); 1º secretário: pastor Leonardo dos Santos Loureiro (IB de Rio Grande); 2ª secretária: Charline Soares de Carvalho (PIB de Sapiranga); 3º secretário, pastor Maurício Vargas da Rosa (PIB em General Câmara). Uma diretoria renovada, apresentando

os novos valores na liderança Batista estadual.

A próxima Assembleia da Convenção será realizada no Colégio Batista, em Porto Alegre - RS, nos dias 01 a 03 de maio de 2025, abrindo a comemoração do Centenário da CBRS, a ser celebrada no dia 17 de dezembro.

A Assembleia, que foi presidida pelo pastor Roosevelt Gomes Goularte, foi encerrada no sábado à noite, dando início à celebração do centenário da Igreja hospedeira. O pastor Olavo Vigil dirigiu o programa festivo, que constou de um momento histórico, quando foi relembrado o início do trabalho em Pelotas e região, a palavra de saudação da “igreja-mãe”, IB da Floresta, em Porto Alegre, e, especialmente, com a mensagem do Senhor na palavra do pastor Tiago Matias da Silva, pastor da Igreja Batista Central de Porto Alegre.

Esperamos que as bênçãos da Assembleia se estendam sobre as Igrejas no decorrer do ano. n

Mensageiras do Rei da Associação

Batista Caxiense lançam seu primeiro livro

Obra é fruto de concurso de textos realizado pela organização.

Carlos Alberto dos Santos

pastor da Segunda Igreja Batista em Pilar; secretário executivo da Associação

Batista Caxiense

Mensageiras do Rei da Associação

Batista Caxiense tiveram um momento especial na tarde do dia 20 de maio, um sábado, na Biblioteca Municipal Leonel de Moura Brizola, no centro de Duque de Caxias - RJ. Numa iniciativa das MR Caxiense, o lançamento do livro “O que os personagens bíblicos nos ensinam?” emocionou a todos os presentes. Foi um momento de comunhão, adoração a Deus e de honra

a essas meninas valorosas. O livro é fruto do 1° Concurso de textos das Mensageiras do Rei da Associação Batista Caxiense.

Ficamos muito felizes ao ver o trabalho das Mensageiras do Rei Caxiense, atuando de forma extremamente positiva na vida dessas jovens, jus-

tamente nessa fase de muitas descobertas.

Parabenizamos a jovem Ingrid, pela idealização do projeto; a Jussara Porfirio - e toda sua equipe de trabalho, a irmã Sara Fazollo, presidente da União Feminina Missionária Batista Caxiense (UFMBC). Agradecemos as Igrejas, pastores e pastoras pelo apoio nesse grandioso evento.

Não poderia deixar passar essa oportunidade de homenagear essa tão honrosa organização. Desejamos sucesso e que venham os próximos eventos n

8 O JORNAL BATISTA Domingo, 04/06/23
T. Seitz pastor da Igreja Batista Gaúcha, em Porto Alegre - RS
NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
86ª Assembleia da Convenção Batista do Rio Grande do Sul teve vários momentos inspirativos Biblioteca Municipal de Duque de Caxias ficou recebeu bom público durante lançamento do livro

OPBB Seção Fluminense realiza o congresso “Convergência Unindo Gerações”

Congresso é realizado anualmente.

Diana Sampaio Rodrigues Departamento de Comunicação da Convenção Batista Fluminense

Dos dias 08 a 11 de maio, o Acampamento Batista Fluminense, localizado em Rio Bonito - RJ, recebeu mais um congresso. Dessa vez, a Ordem dos Pastores Batistas do Brasil – Seção Fluminense (OPBB - FL) reuniu diversos pastores para serem ministrados pelo Senhor através das men-

sagens e louvores, e sem contar com momentos de descontração e amizade junto com outros colegas.

Com o tema “Convergência Unindo Gerações”, a programação iniciou na segunda-feira (08) com a chegada dos irmãos, e à noite foi realizado o primeiro culto de celebração, com a mensagem do pastor Ailton Desidério, sobre saúde mental. Durante os outros dias, pela manhã, os pastores puderam participar do jardim de oração e de exposições bíblicas com o pastor

Henrique Araújo, da Segunda Igreja Batista de Rondonópolis - MT.

Na terça-feira (09), o mensageiro da noite foi o pastor Sidney Costa, da Igreja Batista Memorial de AlphavilleSP, que também foi o pregador na manhã da quarta-feira (10). Nesse mesmo dia, à noite, o cantor e compositor David Joaquim foi o responsável pelo louvor e adoração; a mensagem foi levada pelo pastor Ezequias Amancio, pastor titular da Igreja Batista Cen -

tral em Japuíba, em Angra dos Reis - RJ.O encerramento do congresso aconteceu na quinta-feira (11), quando os pastores puderam se reunir pela última vez e ouvir a Palavra de Deus ministrada pelo pastor Adonias Jr., da Segunda Igreja Batista de Campos - RJ. Além disso, o pastor Daniel Cunta, coordenador do Departamento de Evangelismo e Missões, deu uma palavra com a equipe de Missões Estaduais acerca da Campanha de 2023 “Deus é por Nós”. n

União Feminina Missionária Batista Mineira alcança 100 anos contando as maravilhas Centenas

Comunicação da Convenção Batista Mineira

Para agradecer a Deus os 100 anos da União Feminina Missionária Batista Mineira (UFMBM), que nos dias 19 e 20 de maio, na Igreja Batista do Barro Preto, centenas de mulheres de vários cantos de Minas Gerais celebraram o Centenário da organização. As preletoras convidadas foram: Narriman Nuñez, Marli González e Flávia Lopes, e os momentos de louvor e adoração conduzidos por Ana Ribeiro, Ministério de Música do Barro Preto e o Coral 100 vozes.

Além disso, aconteceram apresentações teatrais, musicais e poéticas, honrando a história e rendendo graças ao Senhor por todas as maravilhas vividas até aqui pela União Feminina. “Enquanto planejávamos este centenário Deus usou a vida do meu amado e saudoso esposo, pastor Geraldo Rangel, para me dar o seguinte conselho: Elvira que seja um dia de oração, gratidão, adoração e louvor ao Único e Soberano Deus que colocou no coração das mulheres mineiras em 1923, a organizar a União Feminina Missiona-

de mulheres participaram da celebração.

ria Batista Mineira, nada de glamour, a glória é para Ele. E assim aconteceu. Nosso centenário foi de gratidão, adoração e louvor ao nosso Deus! Agora, só posso declarar: Ebenezer até aqui nos ajudou o Senhor, vamos juntas caminhar mais um centenário ou Até que Ele venha!”, declarou Elvira Rangel, diretora-executiva da UFMBM desde 2005.

Iracy, Priscila Werneck, Secretária da UFMBM, valoriza a história e principalmente o quanto essa grande história impactou diversas micro histórias. De mulheres que fizeram a diferença onde estavam. “Os 100 anos de UFMBM, nos fazem ver quantos legados deixados por mulheres fortes e ativas, que muitas vezes no cantinho de sua cidade e Igreja impactou e muito, tantas gerações. Mulheres que não pensavam em reconhecimento, e sim na expansão do Reino de Deus. Quantos investimentos missionários, pastorais e educacionais investidos para que o nome de Jesus fosse proclamado. Vamos continuar a investir e a dar valor aos pequenos começos, pois eles que trazem grandes marcar de valor”.

Quem participou dos dois dias das comemorações do Centenário pôde se alegrar e compartilhar do mesmo sentimento: gratidão. A irmã Clélia Olinda Diniz, da Igreja Batista Betel, em Belo Horizonte, serviu 42 anos na liderança da UFMBM e declarou: “estou muito feliz porque eu amo a UFMBM e sempre vesti a camisa da organização, pois desde os 17 anos participo ativamente!”.

O Centenário da UFMBM foi encerrado com momento de honra a história, relembrando o começo, na cidade de Ipanema, através da presença do pastor Fernando e membros da igreja e com a presença de algumas ex-presidentes e ex-diretoras-executivas da organização.

Lançamento do livro “Mulheres no Plano de Deus”

Para marcar ainda mais essa história centenária da UFMBM foi lançado, no primeiro dia de celebração, através da Editora CBM, o Livro “Mulheres no Plano de Deus”, escrito pela autora Senhorinha Gervásio.

Na ocasião, a Convenção Batista Mineira entregou para Elvira Rangel a medalha de honra permanente Carolina Casséte. Essa honra foi dada a irmã Elvira pelos seus 18 anos como diretora-executiva da UFMBM. “A missionária Elvira Rangel tem realizado um belíssimo trabalho junto as mulheres Batistas de Minas Gerais, contribuindo para a formação de educadoras e missionárias que têm feito a diferença em Minas Gerais. Louvamos a Deus pela sua vida o pelo quanto nos abençoa”, declara o pastor Marcio Santos, executivo da CBM. n

9 O JORNAL BATISTA Domingo, 04/06/23
Medalha Carolina Casséte
NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
Mensagens, louvores, descontração e amizade fizeram parte da programação do Congresso Celebração do centenário da UFMBM

Convenção Batista Alagoana promove

bate-papo denominacional online

Objetivo era capacitar novos membros do Conselho.

João Vitor Leite auxiliar de Comunicação da Convenção Batista Alagoana

A Convenção Batista Alagoana (CBAL), através do seu presidente, pastor Carlos Ruben, deu início no dia 23 de maio, a uma série de encontros online, intitulados de “Bate-papo De-

nominacional”, que será dividida em três etapas. Os encontros têm como objetivo capacitar os novos membros do Conselho de Planejamento e Coordenação (CPC) eleitos na última Assembleia Geral, realizada em março, deste ano sobre o funcionamento da denominação.

Este primeiro momento foi con -

duzido pelo pastor Carlos Ruben, onde foram abordados temas como: o funcionamento da denominação, estrutura da Convenção Batista Brasileira (CBB) e CBAL e também a relação das Igrejas com a Convenção. Nos encontros seguintes, agendados para os dias 30 de maio e 02 de junho, foram abordados os seguintes temas:

função do CPC e o estudo do Estatuto e Regimento Interno da CBAL.

A expectativa é que encontros como estes sejam repetidos ao menos uma vez por ano, e que também seja ampliado para todos que desejarem participar e conhecer melhor a denominação da qual fazem parte n

Diácono da PIB Niterói - RJ completa 100 anos

vida com saúde exemplar

Gilmar Pereira de Souza

presidente do Diaconato da Primeira Igreja Batista em Niterói - RJ; colaborador de OJB

Participante ativo da Segunda Guerra Mundial, o submarinista José Osório de Oliveira Filho completou 100 anos de vida radiante no dia 20 de maio, com uma saúde inacreditável: caminha praticamente todos os dias, levanta peso, faz natação. Do alto dos seus 100 anos de idade, é - seguramente - um dos membros mais assíduos e pontuais da Primeira Igreja Batista em Niterói - RJ, Igreja na qual exerce o Diaconato, já tendo integrado a diretoria da Igreja, com funções voluntárias na Tesouraria, no Reencontro - Obras Sociais e Educacionais, com destaque na Ação Social da Igreja.

Por ser Veterano da Segunda Guerra Mundial, o culto de gratidão a Deus, realizado na PIB Niterói no dia 21 de maio contou com a brilhante participação da Banda do Corpo de Fuzileiros Navais e com a presença de várias Autoridades da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. Trouxe a palavra do Senhor, o capelão militar tenente coronel R/1 do Exército Brasileiro, pastor Ivan Xavier, da Igreja Batista em Guarabu/ Ilha do Governador - RJ.

Osório

É uma honra para os Batistas brasileiros contar com um dos submarinistas mais antigos do Brasil e por ter esse reconhecimento oficial pela Marinha do Brasil, através de seus registros e catalogações. O contra-almirante Manoel Luiz Pavão Barroso, comandante da Força de Submarinos da Marinha do Brasil, presente ao culto de gratidão, destacou e corroborou, na oportunidade, os relevantes serviços prestados à Pátria Brasileira pelo primeiro tenente José Osório, quando atuou nas frentes efetivas de batalhas para defender com patriotismo e coragem os interesses da Nação. Participaram também do culto de gratidão

o capitão de Corveta Luiz Lourenço de Medeiros Filho, representando o comandante-geral do Corpo de Fuzileiros Navais - almirante de Esquadra (FN) Carlos Chagas Vianna Braga, além de vários oficiais que integraram a justa homenagem.

A CONFRATEX - Confraternização dos Ex-Combatentes e Veteranos Evangélicos da Força Expedicionária Brasileira se fez representar através do seu presidente - capelão Militar pastor Dejair Peres de Farias, que outorgou a Medalha da Confraternização, organização essa fundada no ano de 1978 pelo 1º Capelão Militar Evangélico do Brasil, pastor João Filson Soren.

Organizações do trabalho Batista também se fizeram presentes, dentre os quais destacamos o presidente da Associação dos Diáconos Batistas do Estado do Rio de Janeiro (ADIBERJ), diácono Eduardo Martins Pires, e do pastor Edson Silva, capelão Militar do Exército Brasileiro e missionário Estadual da Convenção Batista Fluminense (CBF).

Em recente entrevista à colaboradora de O Jornal Batista, irmã em Cristo escritora Maria de Oliveira Nery, o irmão Osório revelou: “Eu me sinto um homem realizado, com minha família e como militar da Marinha do Brasil e herói da minha Pátria Brasil. Sou feliz porque aceitei Jesus Cristo como meu Salvador e passei a pertencer à Denominação Batista Brasileira e como diácono membro da PIB de Niterói, onde recebo as bênçãos de Deus”.

Deus seja louvado pela vida preciosa do diácono José Osório, hoje vendo cumprir na sua vida as promessas Divinas exaradas nos Salmos 112.1-2: “Louvai ao Senhor. Bem-aventurado o homem que teme ao Senhor, que em seus mandamentos tem grande prazer. E a sua descendência será poderosa na terra; a geração dos justos será abençoada” n

10 O JORNAL BATISTA Domingo, 04/06/23 NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
de
é Veterano da Segunda Guerra Mundial.
Novos conselheiros conheceram a estrutura da Convenção Batista Brasileira e da Convenção Batista Alagoana Dc. Osório recebeu diversas homenagens

Jesus é o único caminho para o pai

Você está em uma cidade e pergunta como chegar a um lugar... A pessoa fala para seguir por duas quadras, virar à direita, depois à esquerda, passar pela praça... Provavelmente nos perderemos na segunda quadra. Mas, suponhamos que a pessoa diga: “Venha comigo, eu vou levar você até lá”. E, então, a pessoa que nos leva se transforma na extensão do caminho.

É simples assim: A Igreja, com todos os cristãos, deve ser a extensão do Caminho, da Verdade e da Vida, revelando Jesus ao mundo e mostrando como chegar a Deus!

Jesus é a segurança de vida eterna

Os discípulos estavam perturbados, pois Jesus tinha dito três coisas muito sérias:

1) Um deles o trairia (João 13.21-30);

2) Seu discípulo mais intrépido o ne-

garia (João 13.36-38);

3) Ele desapareceria do meio deles (João 13.33).

Nós também estamos no mar tempestuoso e nosso barco é muito frágil. Às vezes, as ondas batem com tanta força que perdemos a esperança. Mas, Jesus está sempre nos dizendo “creiam” (João 14.1).

O nosso coração fica atribulado, diante de várias circunstâncias, devido à nossa incredulidade, e a cura para isso é a fé (João 14.27).

Jesus fala sobre o lugar eterno, o céu. Numa palavra apenas: o céu é nosso lar! O lar de Deus, nosso Pai. Lar é o lugar onde somos amados, onde sempre somos bem-vindos (João 14.2).

Jesus voltará para nos buscar

Jesus virá buscar os seus, no dia da morte, para viver eternamente no lugar que Ele preparou para nós (João 14.3). Davi viveu com esta certeza

(Salmos 23.4). Jesus voltará entre as nuvens e todos O verão. Seremos levados para a Eternidade. Jesus levará para o céu os que creem nEle (I Tessalonicenses 4.15-17). Jesus voltará para cumprir esta promessa porque nada pode nos separar do amor de Cristo (Romanos 8.38,39).

Jesus entende suas dúvidas

A pergunta de Tomé foi registrada para ficar claro como os discípulos também ficaram confusos com o que estava acontecendo. Tomé não entendeu nada; ele queria entender coisas espirituais apenas com a mente. Não é errado ter dúvidas, perguntas. Errado é não perguntar a Deus. Errado é esquecer que nossa mente é limitada para compreender as coisas de Deus (João 14.4,5).

Em um mundo em que as pessoas criam suas próprias verdades, em meio a uma sociedade do politicamente correto, “sociedade líquida”, Jesus é

a verdade eterna que não muda, pois Ele é o mesmo ontem, hoje e eternamente! Isso acaba com o universalismo de que “todos os caminhos levam a Deus”, ou o “importante é a sinceridade do coração”. A verdade é: todos os esforços para chegar a Deus não são suficientes para resolver o problema do pecado (João 14.6).

Lembre-se: Todos os cristãos devem ser a extensão do Caminho, da Verdade e da Vida, revelando Jesus ao mundo e mostrando como chegar a Ele!

Todos desejam encontrar o que, ou quem, faz a vida valer a pena. A vida com Jesus merece ser vivida, é autêntica. É por Jesus que o pecador recebe o presente da vida, e porque Cristo ressuscitou temos a certeza da vida eterna, pois a morte foi vencida na crucificação e ressurreição. Só aceitando Jesus como Senhor e salvador temos: vida com significado; vida com paz; vida com propósito; e vida eterna com Deus (João 10.10b).

11 O JORNAL BATISTA Domingo, 04/06/23 MISSÕES MUNDIAIS
Luís Roberto Silvado pastor da Igreja Batista do Bacacheri - PR
n

CBESP promove Acampamento de Missões Estaduais e lança campanha para 2023

#PazCompartilhe é o tema deste ano.

munhos e pregações e itens para download, como cartaz e arquivos para auxiliar nas publicações e divulgações com as trilhas musicais.

O Acampamento de Missões Estaduais 2023, encontro missionário realizado anualmente pela Convenção Batista do Estado de São Paulo (CBESP), foi realizado de 05 a 07 de maio. O evento acontece ao longo de três dias no Acampamento Batista “Mary Elizabeth Vaughan”, em Sumaré - SP Tradicionalmente, na ocasião houve lançamento do tema da campanha deste ano (Paz Compartilhe). Programação contou com intercessão, testemunhos e momentos de louvor.

O AME 2023 CBESP teve como preletores: os pastores Joelito Santos (presidente da CBESP), Alípio Coutinho Jr. (1º vice-presidente da CBESP), Elias Soares (2º vice-presidente da CBESP), Adilson Santos (executivo da CBESP), Emanuel Uchôa (titular da PIB Mauá), Antonio Kukul (executivo da Convenção Batista Paranaense), Sandro Correia (coordenador da Junta de Missões Mundiais em São Paulo), e William Salgado (missionário da Junta de Missões Nacionais). Somam a esse time os missionários Karla Baessa, Luís Carlos de Assis e Zé Liberio.

Os conteúdos envolveram a apresentação da música-tema e o vídeo oficial da campanha missionária de 2023. E, entre os materiais de apoio para promover Missões Estaduais, há também o hotsite (cbesp.org.br/campanha2023). A página agrega teste-

Na primeira noite, as preleções foram dos pastores Antonio Kukul, executivo da Convenção Batista Paranaense (CBP), e Emanuel Uchôa, titular da PIb Mauá - SP. Pela manhã de sexta, as exposições foram dos pastores Elias Soares, 2º vice-presidente da CBESP, William Salgado, missionário da Junta de Missões Nacionais (JMN), e novamente Emanuel Uchôa. A programação incluiu momentos e participação de missionários CBESP.

A segunda noite do Acampamento de Missões Estaduais 2023 teve preleção dos pastores Alípio Coutinho Jr., 1º vice-presidente da CBESP, e Adilson Santos, diretor executivo da CBESP. No mesmo bloco noturno, logo após a sua mensagem, o pastor Adilson ministrou ceia memorial. Os missionários presentes distribuíram os elementos para os promotores de Missões.

Na manhã de domingo (7/5) aconteceu a conclusão dos três dias do Acampamento de Missões Estaduais 2023, da Convenção Batista do Estado de São Paulo (CBESP).

No encerramento houve um período de intercessão acerca do cuidado missionário, conduzido por Luciane Gomes, e uma palavra testemunhal de Karla Baessa, que contou sobre sua jornada de promotora a missionária.

As mensagens finais ficaram a cargo dos missionários Marcelo Fe-

doruk e Luís Carlos de Assis. O pastor Almyr Chaffin dirigiu o despertamento de vocacionados. Ele intercedeu por aqueles que se dedicaram à obra de Missões.

Os períodos musicais nos três dias foram ministrados por cantores e instrumentistas na equipe composta por Primeira Igreja Batista de Campo Limpo, Igreja Batista Central de Paulina e

Igreja Batista Parque Primavera. Os materiais de apoio para promover Missões Estaduais estão no hotsite cbesp.org.br/campanha2023.

A página agrega testemunhos e pregações e itens para download, como cartaz e arquivos para auxiliar nas publicações e divulgações do tema de Missões 2023. n

Convenção Batista de Carajás idealiza sua primeira conferência de liderança

Carajás Leading Conference terá mais duas edições em 2023.

Redes Sociais da Convenção Batista de Carajás

Nos dias 05 e 06 de maio, a Convenção Batista de Carajás realizou a 1ª edição do Carajás Leading Conference, uma proposta da COBAC que visa construir, aperfeiçoar e ampliar a visão de atuação de nossos membros como líderes dentro e fora do ambiente eclesiástico.

Com um número aproximado de 50 participantes das Igrejas Batistas

de Marabá - PA, o evento contou com pequenos testemunhos de crentes que foram tocados por Deus para exercer variados tipos de liderança nas mais diversas áreas de atuação aproveitando dessa oportunidade para testemunhar do amor de Deus. Além disso, quatro palestras foram ministradas nas duas sessões da Conferência:

O Sentido da Liderança (pastor Olavo Dias);

Liderança: Forma x Essência (pastor Judáh Lopes)

Liderança, Propósito e Atualidade (pastor Max Walber Dutra) Liderança Inovadora (Israel Almondes)

Nossa próxima edição será na Regional 3, no mês de agosto. E em outubro, em Canaã dos Carajás, para as Igrejas das Regionais 4 e 5.

Com sede em Marabá, agrupa Igrejas Batistas da Convenção Batista Brasileira (CBB) do Sul e Sudeste do Pará. n

12 O JORNAL BATISTA Domingo, 04/06/23 NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
Chico Junior jornalista da Convenção Batista do Estado de São Paulo Acampamento de Missões Estaduais 2023 Participantes do Congresso de Liderança
NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA

Mordomia do meio ambiente

Dia 05 de junho é marcado como Dia Mundial do Meio Ambiente e, não por acaso, é também o Dia Nacional da Reciclagem e da Ecologia. Assim sendo, mordomia é vantagem que um empregador oferece a seus funcionários, além do salário combinado. Em boa mordomia, nada se deve perder para bons empreendedores, nem a reciclagem e os benefícios prestados para a Ecologia. Em viés mais avançado, diga-se que o Estado oferece altos benefícios a seus funcionários além do salário, moradia, alimentação e serviços variados que também são identificados, como mordomias. Esses altos benefícios são considerados mordomias.

Meio ambiente, por seu turno, é o sistema formado por elementos naturais ou artificiais que, interrelacionados, são modificados pela ação do próprio ser humano que recebe o dever de cuidar dele. Assim, pois na mordomia do meio ambiente todos devem cuidar do ar que respiram, proteger a flora para que as chuvas sejam regulares a fim de que animais de toda

sorte e vegetais possam satisfazer as necessidades básicas da mesa de cada cidadão, e, neste ponto, a reciclagem auxilia o meio ambiente como também proporciona mais equilíbrio para a ecologia.

As Escrituras Sagradas já assinalavam que o ser humano deveria cuidar bem do seu ambiente, certamente ao objetivar favorecer sustento e satisfação para seus moradores (Gn 2.15). Sedimentado por bom senso, as civilizações têm desenvolvido, pelo menos teoricamente, satisfatoriamente a mordomia do meio ambiente. É observar que os governos implantam sistemas para fiscalizar o uso e consumo dos recursos naturais, exercer controle na emissão de poluição ambiental, controle do uso consciente do solo, da água mediante o incentivo de pesquisas e estudos que envolvem todas essas áreas, para proteger ecossistemas, preservá-los e recuperar, inclusive, áreas ameaçadas. Reciclagem e Ecologia estão conjugadas com a preservação do meio ambiente. Assim, pois mordomia é o ofício do mordomo que é a pessoa responsável pela administração de acervo importante. Jesus elabora a importante

“parábola dos dois servos” onde Ele ensina: “Quem é, pois, o mordomo fiel e prudente, a quem o senhor confiará os seus conservos para dar-lhes o sustento a seu tempo? Bem-aventurado aquele servo a quem seu senhor, quando vier, achar fazendo assim” (Lucas 12:42,43), ao mesmo tempo em que adverte acerca do perigo da má mordomia cristã (ibid. vs. 45 e 46). E, o Mestre amplia seu ensino para dizer que quanto mais conhecimento o mordomo tem da responsabilidade que recebeu de seu senhor, assim será tratado com mais rigor na prestação de contas (ibid. vs. 47 e 48).

Em outra parábola, na dos Talentos, Jesus assegura que Seus filhos são chamados à mordomia e tem o dever de administrar com diligência e responsabilidade; que, independentemente do quanto cada um recebe, cada qual será cobrado na prestação das contas (Mt. 25. 14-30). Assim, pois existem medidas quanto à preservação e sustentabilidade do meio ambiente; cada qual deve cuidar do patrimônio recebido de modo a frutificá-lo evitando desastres como poluições degradantes, tudo para que cada talento produza o adequado.

Bons mordomos sempre existiram, e cada um deles sempre procedeu com esmero para cuidar do meio ambiente em que viveram. Um deles, as Escrituras, dizem que foi Eliezer, o mordomo de Abraão, a pessoa que governava tudo o que esse patriarca possuía (Gênesis 15.2; cf. 24.12-14). Outro foi José, filho de Jacó que antes de se tornar governador do Egito foi mordomo da casa de Potifar (Gênesis 39.4,6) que veio a ser o responsável por um vasto meio ambiente que administrou com competência ímpar por sete anos de “vacas gordas” capaz de alimentar o Egito por cerca de outros sete de “vacas magras”.

Nas Escrituras do Novo Testamento mordomia tem o objetivo de ensinar responsabilidades que os filhos de Deus devem desenvolver para que o ambiente em que vivem seja sadio, próspero e prazeroso. Assim, pois o próprio Jesus usa a figura do servo em suas parábolas (Lucas 12.42-48; 16.2-4; etc.) para incentivar a lealdade na mordomia do meio ambiente, como habitat favorecido pelo Criador, desde a fundação do mundo. n

Uma consciência tranquila

Raimundo Ribeiro Passos educador cristão

“Pois nosso motivo de orgulho é este: o testemunho da nossa consciência de que temos vivido no mundo, principalmente em relação a vós, em santidade e sinceridade que vêm de Deus, não em sabedoria carnal, mas na graça de Deus” (II Co 1.12).

Há um provérbio latino que você deve ter ouvido que diz que “a consciência tranquila é o melhor travesseiro”. Em termos morais, para se ter uma consciência tranquila você precisa ter atingido um patamar de acordo com um padrão estabelecido. Caso isso não aconteça, você vai gastar umas boas noites de sono. A não ser que você burle o padrão ou a consciência, o que nunca é uma boa! A consciência é uma capacidade inata, própria de cada um. E ela não é o padrão absoluto da verdade, nem mesmo a voz de Deus dentro de você! Pela consciência aprovamos ou reprovamos algo de acordo com nossos padrões, o que

não necessariamente será o mesmo para uma outra pessoa ou mesmo para Deus.

Mas ter uma consciência tranquila é necessário para a vida. Parece ser disso que Paulo está falando. Ele a tinha diante dos irmãos que estavam em Corinto, pois havia alcançado o padrão para isso. O padrão que estava em Deus e era demonstrado na santidade e sinceridade para com os irmãos. Não era algo abstrato, que não pudesse ser medido, antes era medido na própria relação afetiva estabelecida e que não lhe permitia agir de maneira duvidosa, aproveitadora, leviana e muito menos assediosa para com eles. Quando estabelecemos Deus como o nosso padrão, a nossa consciência deve se amoldar ao padrão que ele é e mantém dentro da relação estabelecida na trindade santa.

O contrário disso, na linguagem de Paulo, é agir com sabedoria humana, que significa agir como lhe der na telha, estabelecendo seu próprio padrão sem levar em conta o que Deus é, ou sua relação com ele. Isso não

quer dizer que aqueles que não têm Deus como seu padrão não possam dormir à noite! Mesmo que qualquer ser humano em sua existência não leve em conta Deus, ele (Deus) colocou no coração de cada pessoa uma exigência moral interna, baseada nele (Deus) mesmo, e que nos faz agir cotidianamente na busca do que é certo e na recusa do que é errado. Isto não nos justifica, antes nos condena, pois apartados de Deus nunca conseguimos alcançar o padrão necessário.

Assim, a nossa consciência não pode ser o árbitro absoluto em nossa existência, pois existem muitos fatores que influenciam o padrão que possamos adotar. Para nós, Deus é o referencial absoluto que devemos nos pautar, pois “[…] nele vivemos, e nos movemos, e existimos […].” (At 17.28). Deus não é só transcendente, mas é também imanente! E para Paulo, assim como deve ser para nós, essa imanência é demonstrada em Jesus Cristo, que na linguagem bíblica geral é o Deus conosco, o Logos divino, a representação máxima de Deus na

terra. E assim, torna-se o nosso modelo maior de comportamento, de vida, de ação e reação etc. Jesus é como devemos ser, pois é a expressão do verdadeiro Deus.

Portanto, uma consciência cem por cento tranquila é alcançada somente tendo Deus como padrão, que se expressa através de Jesus Cristo. Para Ele é que devemos correr para resolver nossos problemas de consciência, pois nEle não há falsidade, mentira ou dúvida. Ele é sempre “sim”! (II Coríntios 1.19). Mais ainda, a partir dEle é que nossa própria consciência é julgada, nossos padrões estabelecidos são testados, apurados e modificados para o padrão que é o próprio Cristo. Neste sentido, Paulo pode gloriar-se na sua própria consciência, pois está tranquila diante de Deus, é baseada nEle e é o que mantém o relacionamento com os irmãos a quem escreve, mesmo que venham as dificuldades. E sua consciência, como está? Vá para Cristo! n

14 O JORNAL BATISTA Domingo, 04/06/23 PONTO DE VISTA

Domingos de Sousa Machado1

As primeiras décadas do século XXI se descortinam sobre a Igreja de Cristo apontando para a consolidação de profundas mudanças sociais, políticas, econômicas, filosóficas e religiosas, que tiveram início desde a segunda metade do século passado. O mundo atual é pragmaticamente diferente de tudo aquilo que já se viu. Do ponto de vista ético, é quase amoral e narcisista; do ponto de vista político, pluralista; do ponto de vista filosófico, relativista; do ponto de vista econômico, consumista; e do ponto de vista religioso, místico e fetichista.

Sem dúvida, é neste último aspecto onde se concentram os maiores desafios para Igreja e para a prática pastoral. A religiosidade pós-moderna é marcada pela insegurança existencial e centrada na identidade individual. A busca pelas experiências religiosas individuais e a hipervalorização do pluralismo religioso não só revelam o narcisismo do indivíduo pós-moderno como também têm gerado um sentimento de revolta contra a religião institucionalizada.

Como resultado disso, as pessoas

1 Pastor da Igreja Batista no Bela Vista (Teresina-PI)) há 20 anos. Doutor em Ministério pelo Seminário Teológico Batista Servo de Cristo (STSC-SP) e Doutor em Linguística/Semiótica pela Universidade Federal do Ceará. Professor adjunto de Linguística da Universidade Estadual do Piauí-UESPI e de grego bíblico no Seminário Batista de Teresina.

Desafios da prática pastoral na contemporaneidade - Parte 1

não buscam mais na religião as noções de verdade - “pois cada uma possui a sua” -, dizem, procuram experiências, as mais diversas e mais intensas, a fim de satisfazer seus apetites narcisistas. Querem uma religião funcional. Aliás, não é religião que querem, mas, como já dito, experiências místicas - não importando quem ou como se ofertam essas experiências.

Tragicamente, essa visão religiosa tem contaminado também a Igreja. Deus não é mais visto, de modo geral, como o Senhor do universo a quem se deve amar e servir ao longo de toda vida, é, pelo contrário, alguém que tem o dever de satisfazer necessidades e desejos do indivíduo; e se esse sujeito tem algum dever para com Deus, isso se deve ao fato de cumpri-lhe algumas exigências (dízimos, sacrifícios pessoais, esmolas) para que o abençoe. A lógica de mercado, constituída da troca de sacrifícios por bênçãos, determina o tipo de relacionamento que se estabelece com o sagrado. Ao contrário do pensamento bíblico de que existimos para amar e glorificar a Deus, se tem sugerido que Deus existe somente para nos amar e nos fazer felizes.

Não há dúvidas, vivemos num caos. Como ser pastor neste areópago pós-moderno? Que tipos de desafios enfrentamos em nossa prática pastoral ao ministrarmos a essa geração babélica? Neste artigo queremos considerar dois grandes desafios para a prática do ministério pastoral na sociedade contemporânea. Nesta

primeira parte, abordaremos a necessidade que tem o pastor, como um profeta de Deus para sua geração, de compreender o contexto cultural no qual ministra, para então suplantar os desafios da semeadura do Evangelho nesse solo pós-moderno.

Da leitura da Bíblia para a leitura da Cultura

Primeiramente precisamos fazer uma leitura correta e adequada da cultura de nosso tempo. O pastor precisa entender o mundo ao qual ministra. Deve ter a percepção de que labuta em uma sociedade pós-moderna e pluralista e que os métodos que funcionaram bem em outra época podem estar fadados ao fracasso em nossos dias. Precisa saber lidar habilmente com esse espírito pluralista e religioso que está possuindo as almas das pessoas em nossa geração, não para expurgá-lo, porque essa casta não sai mais nem com oração e jejum, veio para ficar; o ministro cristão deve subjugá-lo a fim de conduzir as almas dos homens a Cristo.

Creio que Eugene Peterson tem razão ao argumentar que o pastor não deve crer que foi chamado para mudar o mundo, declarando guerra abertamente ao modo de pensar das pessoas, nem tão pouco para ser um capelão para nossa cultura, mas para subvertê-la de modo silente, implantando o Reino de Deus no coração das pessoas. Desse modo, “o verdadeiro trabalho do pastor é o que Ivan lllich

chama de operação na ‘sombra’ – um trabalho [...] que constrói um mundo de salvação, significado, valor e propósito, um mundo de amor, esperança e fé – em resumo, o reino de Deus”2 Como um experiente lavrador, o pastor deve saber a que tipo de solo lança sua preciosa semente. E, a partir desse conhecimento, esmerar-se por encontrar um lugar seguro para o Evangelho no coração das pessoas. Isso tem a ver com métodos e não com a mensagem. O evangelho de Cristo é imutável, mudam-se os tempos, mudam-se as pessoas, mas a oferta da salvação por intermédio da graça3 deve permanecer inalterável. A mensagem é resultado da leitura da Bíblia, a imutável palavra de Deus, mas os meios e os métodos como essa mensagem deve ser comunicada para alcançar emergem da correta leitura da cultura e do tempo.

Em síntese, se queremos cumprir nosso chamado celestial como bons despenseiros da multiforme graça de Deus no mundo, primeiramente precisamos aprender a ler nossa cultura à luz da Bíblia e não a Bíblia à luz da nossa cultura. Só assim preservaremos o Evangelho e derivaremos dessa leitura meios e métodos mais eficazes para alcançar o coração de nossa geração. n

15 O JORNAL BATISTA Domingo, 04/06/23 PONTO DE VISTA
2 PETERSON, Eugene H. O pastor Contemplativo. São Paulo: Mundo Cristão, 2008, p. 45 3 Efésios 2:8
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