OJB EDIÇÃO 22 - ANO 2023

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Dia da Comunicação Batista

4° domingo de maio

Reflexão Missiológica

ABIBET e Juntas Missionárias promoverão 3ª edição do Congresso

Seminários da CBB

Encontro de Planejamento Estratégico é realizado no Rio de Janeiro

Espaço para a história

Convenção Batista do Planalto Central inaugura galeria de presidentes eméritos

ISSN 1679-0189 R$ 3.60 ANO CXXII EDIÇÃO 22 DOMINGO, 28.05.2023 ÓRGÃO OFICIAL DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA FUNDADO EM 1901 Uma das primeiras Igreja Batistas do Brasil Primeira Igreja Batista em Macaé - RJ celebra 125 anos de história
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Notícias
do
Brasil Batista Missões Mundiais Notícias do Brasil Batista Notícias do Brasil Batista

Reflexões sobre a Comunicação dos Batistas brasileiros

O quarto domingo do mês de maio foi escolhido para celebrarmos o Dia da Comunicação Batista. E nós podemos dizer que nossa denominação sempre esteve atenta ao bom uso dos meios de comunicação. Este jornal que você lê agora, por exemplo, foi criado em 10 de janeiro de 1901, mas, antes disso, já existiam outros dois, como já apresentamos aqui em outras oportunidades.

Com o passar do tempo, as tecnologias, os meios de comunicação foram modificados, melhorados e outros até criados. Além do jornal, rádio e televisão também marcaram a comunicação dos Batistas brasileiros. Falando em rádio, hoje temos a Rede 3.16 fazen-

do muito bem esse papel e indo além das fronteiras denominacionais e mais, alcançando aqueles que ainda não conhecem a Cristo, nosso maior objetivo.

Vivemos, hoje, um novo momento, mas com o mesmo pensamento de sempre. As redes sociais trouxeram a possibilidade de estarmos mais perto. Através dos perfis oficiais da CBB e de nossas organizações, juntas missionárias, Convenções e Associações, conseguimos dar maior alcance ao que os Batistas brasileiros têm realizado.

Ao olhar para todo esse cenário, vejo que estamos no caminho certo, mas ainda precisamos de mais. Semanalmente visito as redes sociais de nossas organizações, Convenções

etc., e vejo dois cenários: alguns têm um trabalho consolidado em Comunicação; outros não; alguns recebem investimento na área; outros, nem tanto. O Brasil Batista na Comunicação tem as suas nuances também.

Vivemos num período de intensas mudanças, com muitas atualizações, e a Comunicação está inserida neste contexto. Se não dermos a devida valorização a este segmento, certamente ficaremos para trás. É importantíssimo o investimento na estrutura e nos profissionais que operam essa estrutura. Uma alavanca o outro. Neste Dia da Comunicação Batista, meu pedido a todos os líderes, executivos, presidentes e pastores que

( ) Impresso - 160,00

( ) Digital - 80,00

valorizem as pessoas que atuam em Comunicação (em nossas Igrejas, na maioria das vezes, quem atua no setor são voluntários). Invista, dê palavras de incentivo... isso faz toda a diferença!

E aos queridos guerreiros da Comunicação, deixo aqui os meus parabéns pelo trabalho realizado. Acredito que o trabalho aqui da Comunicação CBB inspire vocês, e com certeza, o que vocês fazem reflete aqui também.

Avancemos! n

Estevão Júlio jornalista responsável pelo Departamento de Comunicação da Convenção Batista Brasileira

O JORNAL BATISTA

Órgão oficial da Convenção Batista

Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901

INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

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INTERINOS HISTÓRICOS

Zacarias Taylor (1904);

A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923).

ARTE: Oliverartelucas

IMPRESSÃO: Editora Esquema Ltda A TRIBUNA

2 O JORNAL BATISTA Domingo, 28/05/23 EDITORIAL
REFLEXÃO

As histórias das famílias registradas na Bíblia revelam ensinos preciosos para as famílias atuais. Há muitas verdades que, se colocadas em práticas hoje, evitariam tristezas, mortes e traumas na vida das famílias. Deus sempre revelou especial apreço às famílias. Ao separar Abrão para formar um povo especial, o Senhor promete que através dele, todas as famílias da Terra seriam abençoadas (Gênesis 12.3b). Esta bênção ainda está valendo para todas as famílias modernas. Esta a razão porque Satanás colocou como alvo primeiro de sua ação; destruir as famílias, com seus ardis.

Vamos pincelar algumas das famílias registradas no texto sagrado e descobriremos que os ardis projetados pelo inimigo continuam presentes nas famílias modernas. Nada mudou na ação do inimigo. Seus métodos sempre foram os mesmos. Nenhuma família está livre do ataque do maligno. A família de Adão sofreu as consequências do ódio entre irmãos. O

Famílias bíblicas

primeiro fratricídio levou Eva a comemorar o nascimento de Sete, confessando: “chamou o seu nome Sete (renovo). Deus me deu outra semente em lugar de Abel, porquanto Caim o matou” (Gn 4.25).

Lameque instituiu a poligamia, com violência, ao se gabar de haver matado um homem e um jovem. Estava agindo fora dos propósitos divinos para a família.

Deus enviou o dilúvio sobre a terra. Preservou a família de Noé, que pecou ao amaldiçoar o filho caçula. Pai bêbado, não conseguiu discernir o erro cometido.

Deus escolheu Abrão para formar um povo especial. Após mudar-lhe o nome para Abraão, Deus afirma que ele seria bênção para todas as nações (Gênesis 18.17). Abraão não conseguiu conviver com as peraltices do filho adolescente, Ismael, e o expulsou do lar a mando de Sara, (Gênesis 21.9-10). Ainda hoje há pais que não conseguem conviver com os filhos na idade da adolescência.

A família de Isaque e Rebeca come-

Faz bem ser bom

mos maltratados. Vejamos algumas atitudes que nos faz zelosos pelo que é bom:

teu a eterna falha, destacar um filho, e desprezar o outro. Esaú e Jacó foram vítimas do pecado da comparação. “Seu irmão tem melhores notas do que você”. Um filho é destacado em descrédito do outro. O pai dá mais atenção ao filho caçador e a mãe elogia o filho que se submete a lavar os pratos. A estrutura familiar não tolera esse agir dos pais. Hoje denominamos traumas que destroem a unidade do lar. Impede a beleza do amor que deve imperar entre os irmãos.

Jacó não apendeu com os erros de Isaque e Rebeca e foi além com uma túnica de várias cores para o filho José, queridinho do papai. José e seus irmãos, que não conseguiram compreender as atitudes do velho Jacó, pagaram elevado preço com o sofrimento que os atingiu. As preferências paternas tornaram a família infeliz. Graças ao perdão de José, que compreendeu Deus no comando de tudo, conseguiu restaurar a família. As lições foram registradas pelos autores bíblicos, visando a não continuação dos erros cometidos pelas famílias aqui citadas. Deus continuou amando

e cuidando das famílias com o objetivo de usá-las para glória do Senhor. Paulo, ao escrever aos efésios, diz que a Igreja é a família de Deus (Efésios 2.19). Como família de Deus cabe à Igreja hoje evitar os erros das famílias do passado, sustentar e fortalecer os que são integrantes dessa família instituída pelo Senhor.

Alguns dos erros cometidos por algumas famílias registrados na Bíblia continuam se repetindo, para tristeza do Autor da família. O inimigo continua na tentativa destrutiva da família criada por Deus. Ele sabe que uma família bem estruturada jamais será destruída. Os Salmos 127 e 128 com suas promessas continuam a nos desafiar a erigir famílias segundo o propósito inicial do Senhor; ser bênçãos nas mãos do Criador.

Há esperança para sua família, pelo retorno do filho pródigo, para aquele que naufragou na fé. O Senhor da família não desistiu do seu projeto inicial. Você que traz traumas familiares em seu viver diário, procure ajuda e liberte-se da dor de sentir-se desprezado.

“Ora, quem é que vos há de maltratar, se fordes zelosos do que é bom?” (I Pe 3.13).

Partindo do princípio de que ninguém nesse mundo é integralmente bom, em face das concupiscências, desejos intensos que o pecado implantou em nós, o texto nos sugere sermos zelosos, cuidadosos na busca do que é bom em nosso viver. Isso, certamente, nos traz o bem de estarmos sendo bons, e nos livra de ser-

Trabalharmos nossas áreas polarizadas, ou seja, aquilo que não abrimos mãos de nossas formas de entender, e não aceitamos a forma que outros entendam de forma diferente. Isso nos leva a atritos, a formação de ideologias radicais que criam más convivências, intolerâncias e ódio para com outros, o que, ao final, nos faz mal, e nunca bem. O combate a isso alivia tensões, desgastes de relacionamentos, agressões verbais, físicas, e aumento da polarização de

nossos oponentes. Nunca chegaremos ao ponto de universalidade de pensamentos e posições iguais, somos seres personalizados.

Outra forma de zelarmos do que é bom é desejarmos e agirmos em prol do bem de nossos semelhantes. Só conseguimos assim atuar à proporção que abrimos mãos de nosso egoísmo natural, doando-nos ao desejo e contribuindo para o bem de nosso próximo, independentemente de nossos conceitos sobre eles e seus méritos.

Finalmente, para que esse zelo seja praticado por nós, precisamos estar alicerçados no que unicamente pode

nos levar a essa ação, o amor; não o amor sentimental que temos, ou seja, amamos o que é amável; mas sim, no amor incondicional, que somente brota de sua exclusiva fonte, que é Deus. Pois, Ele não somente tem amor, Ele é amor. “Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor.

Nisto consiste o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos amou, e enviou Seu Filho como propiciação pelos nossos pecados” (I Jo 4.8,10).

Somente com esse amor seremos zelosos do que é bom. Isso nos fará bem. n

3 O JORNAL BATISTA Domingo, 28/05/23
BILHETE DE SOROCABA
Pr. Julio Oliveira Sanches
n
Celson Vargas pastor, colaborador de OJB
REFLEXÃO

Fidelidade conjugal

escolha. Ninguém foi obrigado a casar, mas foi uma escolha, uma decisão, o cônjuge decidiu amar.

Nossa casa deve ser de Cristo

“Jesus, porém, disse-lhe: Segue-me, e deixa os mortos sepultar os seus mortos” (Mt 8.22).

O casamento é instituído por Deus e foi feito para durar até que a morte os separe.

Gosto da declaração de Rute para Noemi, em Rute 1.16,17 que diz: “Rute, porém, respondeu: “Não insistas comigo que te deixe e que não mais te acompanhe. Aonde fores irei, onde ficares ficarei! O teu povo será o meu povo e o teu Deus será o meu Deus!

Onde morreres morrerei, e ali serei sepultada. Que o Senhor me castigue com todo o rigor se outra coisa que não a morte me separar de ti.”

Faço um paralelo deste texto com o casamento. Entendo que é necessário fidelidade um ao outro. Casamento é

Casamento é cumplicidade, é necessário acompanhar um ao outro aonde for, não deve o marido ter um plano diferente da esposa e vice-versa. O casal deve fazer planos juntos.

O homem cristão deve casar-se com uma mulher cristã, o casamento do cristão não pode ser um jugo desigual. Há muitos problemas no jugo desigual, o marido cristão e a esposa não cristã ou o contrário, terão dificuldade de criar os seus filhos no caminho e admoestação do Senhor.

É necessário que ambos sirvam o mesmo Deus, façam a vontade dEle, busquem uma Igreja onde Cristo é honrado e a Bíblia é pregada com fi-

Buscai ao senhor

A expressão “sepultar o meu pai” referia-se à tradição israelita que ensinava sobre a responsabilidade dos filhos, quanto a assumir o sustento total dos próprios pais, enquanto houvesse vida. Foi neste contexto cultural que um “seguidor de Jesus” explicou o adiamento do seu discipulado integral: “E outro, que era seguidor de Jesus, disse - Senhor, primeiro deixe que eu volte e sepulte o meu pai. Jesus respondeu - Venha Comigo e deixe que os mortos sepultem os seus mortos” (Mt 8.21-22).

A resposta de Jesus, vista no seu contexto, elimina a ideia de abandonar a família como condição

delidade.

Espera-se de um casal cristão fidelidade, é necessário ser verdadeiro um ao outro, não pode esconder nada de ninguém.

enquanto se pode achar

Marinaldo Lima

pastor, colaborador de OJB

Buscai ao Senhor enquanto se pode achar;

Uma atitude sábia que deves abraçar.

Saibas que Deus quer tua vida salvar,

Coloque-a diante dEle, oferecendo-a no altar.

A tua vida Ele vai grandemente sustentar;

Irás com gratidão ao Seu nome exaltar.

A tua vida será ricamente abençoada;

O Senhor já preparou a tua eterna morada.

Se vier a tempestade em todo o seu furor

E te achares no vale da morte e do horror,

Neste momento Deus te cobrirá com amor.

Haverás de ver o seu auxílio e favor;

O seu cajado será bênção, pois Ele é o Consolador!

Regozijado estarás na presença do Senhor.

Enquanto há tempo busques a tua salvação;

Não permitas que o inimigo te leve à perdição.

Quebranta a tua alma em jejum e oração;

Une-te ao povo santo em serviço e comunhão.

Anuncies aos perdidos que só em Cristo há redenção;

Neutralizes quem deseja frustrar a tua missão.

Todos que pegam o arado devem ter a direção, Olhando só para frente com grande resolução.

necessária de discipulado cristão. O mandamento estabelecido em Êxodo 20:12 nunca foi anulado nas Escrituras. Sua mensagem é clara e definitiva: “Respeite o seu pai e a sua mãe, para que você viva muito tempo na terra que lhe estou dando”.

A Bíblia deixa bem clara nossa responsabilidade familiar. Haja vista o cuidado de Jesus para com o bem-estar de Sua mãe: “Quando Jesus viu a Sua mãe e perto dela o discípulo que Ele amava, disse a ela - Este ´o seu filho. Em seguida, disse a ele: Esta é a sua mãe. E esse discípulo levou a mãe de Jesus para morar dali em diante na casa dele” (João 19:2627). Nossa casa deve ser a casa de Jesus, para o bem-estar do mundo em que vivemos.

A fidelidade conjugal é importante para que a família tenha equilíbrio espiritual. Dentro do lar é necessária uma busca constante por Deus, Ele deve ser o centro do lar. n

Salvo tu foste para a santificação

E para uma vida de louvor e adoração.

Podes tudo naquele que te fortalece:

O Príncipe da Paz que acaba com o estresse.

Dás a Ele toda honra que merece

E com a tua vida tu O enaltece.

Achaste a salvação, que grande felicidade!

Cristo te deu a verdadeira liberdade.

Hoje tens uma vida com real qualidade.

Adore ao Senhor por toda a sua majestade; Renderás graças agora e por toda eternidade. n

4 O JORNAL BATISTA Domingo, 28/05/23
Olavo Fe ijó Cleverson Pereira do Valle pastor, colaborador de OJB
REFLEXÃO
pastor & professor de Psicologia

Ministros em constante formação

A expressão “formação continuada” não é muito comum em nossos espaços eclesiásticos e teológicos, mas sua orientação deveria ser. A sentença é muito utilizada nos ambientes de formação pedagógica, está relacionada a área da educação. Em linhas gerais, trata-se de um processo de capacitação do educador que continua ininterruptamente mesmo após a sua formação. Um bom professor é o que continua aprendendo para melhor ensinar, é o que continua se qualificando para melhor responder às demandas educacionais de seu tempo. Um ministro do Evangelho deveria ter essa mesma mentalidade e a Igreja ser o suporte necessário para

esse constante preparo.

Escrevendo a um jovem pastor, Timóteo, o apóstolo Paulo dá a seguinte recomendação: “dedique-se à leitura pública da Escritura, à exortação e ao ensino. Não negligencie o dom que lhe foi dado por mensagem profética com imposição de mãos dos presbíteros. Seja diligente nestas coisas; dedique-se inteiramente a elas, para que todos vejam o seu progresso.” (T Tm 4.13-15, NVI). Destaco as palavras dedicação, ensino e progresso. A recomendação de Paulo é para que o jovem pastor, chamado para o ensino da Palavra, dedique-se a ensiná-la com tal zelo que sua comunidade visualize seu progresso como educador das Escrituras. Um bom pastor é aquele que está em constante formação, que nunca para de estudar com zelo para bem servir a sua comunidade.

Contudo, para que isso seja uma realidade na vida de nossos pastores Batistas e em nossas amadas Igrejas, penso que algumas coisas são necessárias. Primeiro, tempo para se preparar. O pastor não pode ficar soterrado em tarefas administrativas que o ocupam demasiadamente a ponto de negligenciar seu ensino (cf. Atos 6). Os pastores precisam desse apoio da comunidade para que boa parte de seu tempo se encontre no preparo das suas exposições. Segundo, eles necessitam de apoio para isso, de ferramentas. Cursos de capacitação tem um custo, livros são caros, formação continuada do ministro tem um preço. Nós, como comunidade, devemos nos envolver nesse suporte (cf. I Coríntios 9.13-14).

Mas uma palavra sobre a responsabilidade dos pastores nesse proces-

so também é necessária. Pois haverá mais rigor com aqueles que são os mestres da Igreja (cf. Tiago 3.1). Há muita responsabilidade em ensinar de modo claro, contextual e formativo as Escrituras para o povo de Deus. A Igreja deve dar o suporte necessário para essa dedicação, mas negligenciar esse esforço comunitário é negligenciar o chamado de Deus, sua obra e o esforço da comunidade. Pastores que não reconhecem essa responsabilidade não devem continuar em seus púlpitos.

Portanto, a formação dos ministros da Igreja deve ser refletida em seu caráter de perenidade, mas para isso ocorrer são necessários o apoio comunitário e a dedicação dos pastores. Com isso, teremos Igrejas que glorificam a Deus com um ensino robusto das Escrituras. n

A Igreja e o acolhimento da família do autista

Samya Vanessa Soares de Araújo educadora cristã

Quando uma Igreja decide se envolver com a inclusão, ela precisa estar ciente de que uma criança com Transtorno do Espectro Autista (TEA), tem uma família que enfrenta grandes desafios.

O primeiro desafio é perceber que seu filho é diferente e que você precisa procurar profissionais para poder ajudá-lo em seu desenvolvimento, mesmo antes de um diagnóstico fechado de TEA.

Só que essa busca é longa e demorada, principalmente se a família não possuir um convênio médico, pois pelo SUS a demanda é muito grande e a espera é angustiante.

O TEA não é diagnosticado através de exames, é um diagnóstico clínico e é feito através de muitas observações por uma equipe de profissionais da área da saúde e mesmo após todas

essas buscas, às vezes os pais ainda saem sem um laudo definitivo e são encaminhados para algumas terapias enquanto as investigações continuam.

O segundo desafio é após o laudo, quando o diagnóstico é confirmado. A maioria dos pais passam pelos estágios ou fases do luto, são eles - fase de negação e isolamento, a raiva de Deus, do mundo, questiona de quem é a culpa, depois chegam na fase da barganha e desejam até trocar de lugar com o filho.

A próxima fase é a depressão, em alguns casos, chegam até ao suicídio. Aqueles que conseguem passar pela depressão entram na última fase, percebem que o problema é real e não dá para adiar, essa é a fase da aceitação.

O laudo é o primeiro passo de um processo que será para a vida toda e quanto mais rápido os pais passarem por essas fases, mais seu filho será

beneficiado.

Além disso, tem a questão do divórcio, quatro em cada cinco casais se separam antes do final do primeiro ano após o diagnóstico. Com isso, os problemas financeiros aumentam, pois a pensão, geralmente, não cobre as necessidades da criança, pois as crianças atípicas gastam em média 45% a mais do que as crianças típicas. Mesmo os casais que não cheguem a uma separação, passam por problemas financeiros, pois um dos cônjuges precisa parar de trabalhar para cuidar da criança e o tratamento é caro.

Outro problema sério é o cansaço e esgotamento físico e emocional, pois tem casais que dormem apenas duas horas por noite, pois uma das características das crianças com TEA é ter um sono agitado e chegam a passar horas acordados durante a noite. O grau de estresse desses pais é tão grande que

chega a ser comparado com o estresse de alguém que passou pelo holocausto ou alguém em estado de guerra.

Diante de tudo isso, a Igreja precisa se posicionar, pois, incluir é acolher a família em sua totalidade, conhecer suas demandas e buscar soluções para os problemas apresentados.

Esses pais, desanimados, estressados e desestruturados, já foram excluídos pela família, expulsos de restaurantes, olhados de forma atravessada, teve o filho rejeitado na escola e às vezes a Igreja é o último refúgio onde a família procura abrigo, é o seu lugar de esperança. E nós não podemos agir com um olhar de indiferença, antes, a Igreja deve assumir o seu papel de lugar de acolhimento e cuidado. Agindo como Jesus nos ordenou, sendo suporte uns para com os outros.

Que Deus nos ajude a cumprir nossa missão. n

5 O JORNAL BATISTA Domingo, 28/05/23 REFLEXÃO
pastor da Igreja Batista Memorial de Jacarepaguá - RJ

Mãe é memória, amor e exemplo

O Dia das Mães é considerado uma data muito especial e, sendo assim, podemos usar este momento para pensar sobre o privilégio e a responsabilidade que é ser mãe. E para isso, nada mais belo e poderoso que aprendermos com a Palavra de Deus. Neste dia especial, compartilho aqui três palavras que formam a palavra mãe: memória, amor e exemplo.

Quando nos deparamos com o ato de gerir, seja em uma gestação ou em um processo de adoção, a esperança é o que nos nutre. Mãe é aquela que traz à memória o que lhe dá esperança (Lm 3.21-26). A mãe, a cada dia de sua gestação, a cada ultrassonografia, a cada batimento cardíaco ouvido, experimenta que as misericórdias do Senhor se renovam a cada manhã.

E esta esperança trazida à memória dia após dia deve permear a maternidade para sempre. Seja a esperança que os filhos cresçam em graça, estatura e conhecimento da Palavra, a esperança do filho (a) afastado que voltará aos braços do Pai, ou a esperança do reencontro com aquele que se foi. Que cada mãe possa trazer à memória as coisas boas que já viveu na maternidade, sem saudosismo melancólico, mas com gratidão pela graça concedida, afinal, as misericórdias renovam-se todas as manhãs!

Mas além de trazer à memória a esperança para si mesma, é importante criar memórias em nossos filhos. Eles, nem sempre se lembrarão das coisas que compramos, pois às vezes, se empolgam mais com a caixa do que com o presente em si. Portanto, não se trata de presentes, mas de presença. Criemos memórias afetivas: guardemos pequenos objetos encontrados em um passeio ou viagem, que possamos tirar fotos do dia a dia e não só dos momentos especiais, afi-

nal, especial é cada momento em que atribuímos significado. Que em meio aos afazeres de Marta, possamos, por breves momentos, contemplar a presença de quem amamos, como Maria fez. Que vivamos a beleza do ordinário!

Outra palavra muito relacionada às mães é amor. Uma mulher saudável que lhe é concedido o dom de ser mãe, amará seus filhos. E para muitos, este amor é o que mais se aproxima do descrito em I Coríntios 13.

O amor de mãe é paciente, pois desde o momento em que recebemos a notícia sobre a gravidez, ou sobre a aprovação na lista de adoção, a paciência é um exercício constante na vida da mulher. E será a paciência que gerará a experiência, o que filosoficamente podemos entender como qualquer conhecimento obtido por meio dos sentidos. Ou seja, a paciência nos fará conhecer novos sentidos. Basta esperar o primeiro choro, a primeira palavra mãe, a primeira queda

O amor de uma mãe é benigno, uma qualidade ligada ao caráter, ou seja, quando não está sob os holofotes. Uma mãe ama quando ninguém está vendo. Ela expressa a bondade como expressão da benignidade que sente, e isto, sem precisar de reconhecimentos ou aplausos.

Uma mãe não arde em ciúmes, pois sabe que os filhos são do Senhor, e assim, torna-se uma boa mãe e futuramente, uma boa sogra. Permite que os filhos vivam suas próprias vidas sem cobranças desnecessárias. Sai de cena para que os filhos se tornem protagonistas de suas próprias histórias.

Em tempos de superexposição nas redes sociais, uma mãe que ama não se envaidece. Sabe que se há bondade e sabedoria na forma como educa os filhos, estas vêm de Deus, portanto, não há espaços para empavonar-se. O amor fala do que está cheio o coração, mas não precisa de curtidas.

A mãe que ama não é orgulhosa,

cuja melhor definição encontra-se em pensar em seu antônimo: é humilde. Serve e não busca ser servida. Considera os outros maiores e mais importantes, e faz isto com alegria.

Ela também não se conduz de forma inconveniente. Presta atenção às suas roupas, ao que ouve, ao que assiste, pois sabe que educar a criança se faz no caminho, e não fora dele. Não busca seus próprios interesses.

A Bíblia “A Mensagem” traduz a passagem como não se impõe sobre os outros, mas respeita os ritmos da Graça de cada filho, de cada situação, de cada geração.

Uma mãe que ama não se irrita, pois entendeu que a irritação não leva a lugar nenhum. Não será a irritação que tirará a toalha de cima da cama, ou que guardará os brinquedos, ou que desligará o celular na hora do jantar. E não se irritar é mais um dos exercícios que precisamos nos disciplinar. Uma mãe que ama não ressente do mal, mas perdoa. Não se alegra com a injustiça, portanto, não defenderá filhos que estiverem com más condutas, seja na escola, enquanto pequenos, ou mesmo quando adultos.

Uma mãe que ama sofrerá, crerá, esperará e suportará tudo, firme como uma casa construída sobre a Rocha, pois sabe que a ciência e as novas formas de educar passarão, mas os princípios da Palavra, nunca serão obsoletos.

E para concluir esta breve reflexão, uma mãe é exemplo. Uma mãe não se intimida em dizer aos filhos o descrito em I Coríntios 11.1: “Sede meus imitadores, como também eu de Cristo”.

Sabemos que um dos primeiros recursos de aprendizagem de uma criança é a imitação. O jeito de comer, se portar, falar, se expressar, virá de olhar o outro e tentar imitá-lo. Quem nunca se apaixonou ao ver um bebê folheando a Bíblia e balbuciando palavras ininteligíveis, por que antes viu alguém o fazer?

A regra para ser exemplo é bem prática: o que eu não desejo que eles façam, não devo fazer. O que desejo que aprendam, preciso viver. A pior coisa que pode existir para uma criança é ouvir de sua mãe faça o que eu digo, não faça o que eu faço. Isto porque, caso a mãe não seja cristã, a hipocrisia recairá sobre ela. Mas caso se intitule seguidora de Cristo, o peso por não viver o que prega poderá recair sobre o próprio Salvador, cuja criança quando adulta, se afastará. Quantas pessoas não conhecemos que se afastaram dos caminhos do Senhor por terem vivido o céu na igreja e o inferno dentro de seus lares?

E isto é tão sério que não podemos achar que a atuação dará conta. Ser exemplo requer dedicação integral. A luta espiritual é diária, 24 horas por dia, pois não adianta sermos algo perto dos filhos e longe deles, sermos outra pessoa. Lembremos de I Pedro 5.8, que diz: “Tende bom senso e estai atentos. O Diabo, vosso adversário, anda em derredor, rugindo como leão que procura a quem possa devorar”. Não podemos nos esquecer que o mundo espiritual está aí, e o que fazemos no secreto conta muito mais do que o que fazemos quando as luzes estão acesas.

Quanto a isto, porém, quero deixar uma palavra de alívio, pois “Porque os olhos do SENHOR passam por toda a terra, para que ele se mostre forte para com aqueles cujo coração é íntegro para com ele” (II Cr 16.9a). É o olhar de Deus sobre a mãe que se esforça para viver com Ele e assim, educar a criança no caminho trará conforto. Ele sabe as noites em claro em oração, as leituras bíblicas com lágrimas nos olhos, o esforço diário em educar, amar, cuidar. Seus olhos estão sobre você, mãe. E que neste dia, você possa sentir este olhar amoroso e o abraço caloroso do Amado de nossas almas, que a escolheu para trazer vida e esperança ao mundo. n

6 O JORNAL BATISTA Domingo, 28/05/23 REFLEXÃO
Dayane Cristina da Cunha Fernandes educadora cristã

A Ação Jesus Transforma é uma ação missionária que envolve voluntários na proclamação do Evangelho em cidades e bairros ainda não alcançados. Durante o período da viagem, a equipe desenvolve diversas atividades evangelísticas, com o objetivo de plantar ou revitalizar uma Igreja, fortalecendo o trabalho que já acontece no local ou ajudando na formação de uma nova frente de ação missionária.

Ao longo da ação, o voluntário apoia igrejas locais; realiza estudos bíblicos; desenvolve atividades com crianças, como teatros, esportes e con-

Seja um voluntário nas Ações Jesus Transforma!

tação de histórias; e participa e organiza muitas outras atividades, sempre visando impactar vidas com o Evangelho de Jesus. Após esse período, os missionários continuam o trabalho que foi iniciado no local, firmando a fé dos novos convertidos, e, no caso de surgir uma nova igreja, estruturando lideranças e tornando a Igreja com DNA missionário.

Denise Santana, da Primeira Igreja Batista da Convenção, em Juazeiro do Norte - CE, participa dessa mobilização missionária desde 2012, quando ela tinha 14 anos. “É algo incrível. Deus

fala de uma maneira muito especial conosco usando as nossas vidas e nos dando experiências que são importantes para a nossa fé”, compartilha.

Outro voluntário é o irmão Robson Costa, que pertence à Igreja Batista Conexão, em Ceilândia - DF, e tem participado dessa mobilização missionária há pelo menos 20 anos. “O que eu recomendo é: participe, contribua e vá para uma Ação Jesus Transforma. Isso muda a nossa vida e a nossa perspectiva”, conta Robson, que afirmou ter tido o privilégio de ajudar a plantar uma Igreja no Vale do Amanhecer - DF em 2011.

Participar dessa mobilização missionária é uma bênção! Se você é um discípulo de Jesus, tem amor pela proclamação do Evangelho, espírito de equipe e um coração de servo, e, claro, atende a todos os critérios objetivos, você pode ser um voluntário nas Ações Jesus Transforma. Aproveite essa grande oportunidade e compartilhe a mensagem da salvação em lugares não alcançados. Acesse: bit.ly/CalendarioJT, faça a sua inscrição e vamos juntos anunciar por todo o país que “A Solução é Jesus Cristo”! n

7 O JORNAL BATISTA Domingo, 28/05/23
MISSÕES NACIONAIS

Embaixadores de São Paulo obedecem ao ide de Jesus

Congresso reuniu mais de 200 Embaixadores do Rei

No dia 29 de abril de 2023 aconteceu, na Primeira Igreja Batista em Vila Maria na cidade de São Paulo, o XXII Congresso Estadual dos Embaixadores do Rei. Contando com a presença de 226 ER’s, num total de 353 inscritos, incluindo conselheiros, diretoria do Departamento Convencional dos Embaixadores do Rei (DCER Paulista), lideranças associacionais, colaboradores da Igreja local na equipe de apoio, acompanhantes, e ainda a equipe de Libras, somando um total de 29 Igrejas representadas.

O conclave contou com atividades de competições bíblicas, incluindo as já tradicionais gincanas de esgrima bíblica e debate de versículos e ainda a inovação com provas digitais para os ER’s que responderam perguntas pelo celular. O DCER utilizou o portal

Kahoot, dinamizando e modernizando a aplicação das mais variadas provas de conhecimento bíblico e missionário.

O pastor Sergio Moreira, da Igreja Batista Vila Medeiros - SP, foi o preletor geral da programação. A Palavra foi

a última das preleções espirituais do evento, que também contou durante o dia com palestras específicas para cada faixa etária dos embaixadores do Rei, com os preletores pastor Roberto Ramos Pinto e missionário Enoque Paz.

O conselheiro Saulo Pazini, diretor geral do DCER Paulista encerrou o congresso com a premiação dos meninos que se destacaram nas atividades, juntamente com sua diretoria. A embaixada que mais se destacou nas competições bíblicas foi a Igreja Batista Ebenézer, que foi a campeã do Congresso deste ano, seguida pelos também estudiosos meninos das embaixadas das Igrejas Batistas Brás Cubas e Praia Grande.

No Culto de encerramento, os embaixadores reuniram uma oferta missionária no valor de R$ 2000,02 para o Projeto Vila Minha Pátria da Junta de Missões Nacionais e os inscritos também enviaram 201 litros de leite para o Lar Batista das Crianças de Mogi das Cruzes.

A Deus seja a glória pela organização Embaixadores do Rei, que neste ano completa 75 anos de trabalho no Brasil, construindo meninos para não remendar homens. n

Embaixadores do Rei do Ceará participam de 57° Acampamento Estadual

Helio Medeiros pastor, coordenador dos Embaixadores do Rei no Ceará

Nos dias 06, 07, 08 e 09 de abril de 2023 aconteceu o 57º Acampamento Estadual de Embaixadores do Rei do Ceará, no Sítio Batista, em Paupina, na cidade de Fortaleza. O evento foi realizado pelo Departamento de Conselheiros de Embaixadores do Rei do Ceará (DCER Cearense), com o tema “Um Embaixador forte e corajoso” e divisa em Josué 1.9: “Não to mandei eu? Sê forte e corajoso; não temas, nem te espantes”.

O acampamento é o encontro estadual de todas as embaixadas localizadas no estado Ceará, para comunhão e crescimento de todos os garotos, tanto na parte espiritual, como as provas bíblicas (Conhecimentos gerais da Bíblia, Conhecimentos gerais da organização, montagem bíblica, esgrima bíblico, debate de versículos, biografia missionária e pregador do Evangelho) e na parte esportiva com Futsal, Futebol, Vôlei, Tênis de mesa, Xadrez, Futebol de botão, Dama, Dominó, Atletismo e Natação. Das atividades realizadas

tivemos três oficinas sobre Missões, de acordo com a faixa etária: Juniores (9 a 11 anos); Adolescente (12 a 14 anos); e Juvenis (15 a 17 anos).

Uma das atividades marcantes que acontecem no acampamento é o culto ao redor da fogueira, quando as crianças firmam seu proposito com Deus e muitos embaixadores aceitam a Cristo, outros aceitam chamados para missionários e para pastores.

Tivemos também algumas presenças de honra, como o pastor Fabiano Lessa, coordenador Nacional dos Embaixadores do Rei; pastor Washing -

ton, da PIBC Juazeiro do Norte; pastor Jiannino, presidente da Convenção Batista Cearense (CBC); o conselheiro Bruno Tota, da Igreja Batista Koinonia, em Cruz - CE; irmão Elizael, da Congregação Batista California, em Quixadá - CE; conselheiro Reinaldo Cavalcante, da Igreja Batista em Quixadá - CE. Além disso, Congregações e Igrejas distantes que se esforçaram para estarem presentes, como a Congregação Batista Araripe, em Cariri, na Região Centro Sul; e a Igreja Batista Central em Timbaúbas, em Cariri, na Região Centro Sul

Números Gerais

Contamos com a presença de 26 Igrejas:

Igreja Batista Boas Novas; PIB Potira 1; PIB Caucaia; PIB Horizonte; PIB Beberibe; Litoral Ágape; CB em Araripe; PIB Pacajús; PIB Potira 2; IB Salém; PIBC Brejo Santo; IBC Timbaúbas; IB Moriá; IB Jardim Bandeirantes; CB California; PIB São Miguel; PIBC Juazeiro do Norte; IB Quixadá; CB São Gonçalo; Assembleia de Deus Água Viva; IB Koinonia; PIB Maracanaú; IB Boas Novas Barra do Ceará; PIB Alto Alegre; IB Jardim União; SIB Horizonte. Tivemos 312 pessoas nesses dias de acampamento (240 embaixadores, 60 conselheiros e 12 acampantes).

Diretoria do DCER Cearense

Coordenador Estadual: Pr. Helio Morais de Medeiros

Coordenador Adjunto: Misael Bezerra dos Santos

1º Ssecretário: Gabriel Oliveira Paulo Soares

2º secretario: Jonathan Nogueira Soares

1ª tesoureira: Lucia Helena

2º tesoureiro: Pr. José Gois n

8 O JORNAL BATISTA Domingo, 28/05/23
NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
Programação é a oportunidade de reunir meninos de todo o estado.
Momento de louvor no templo Meninos de 9 a 17 anos participaram do Acampamento Estadual

Evento da Juventude Batista Caxiense, “Diazão Batista” reúne quase 500 pessoas

Diversas atividades aconteceram ao longo do dia.

Com o objetivo de reunir os jovens e adolescentes Batistas para promover a integração, comunhão e crescimento espiritual, foi realizado no dia 06 de maio, na Cidade Batista Caxiense, o Diazão Batista. Foi um dia muito agradável, com participações de diversas Igrejas dos quatro setores da Associação Batista Caxiense (ABC). Foi um dia que podemos contemplar que Jesus está fazendo algo novo no meio da Juventude Batista Caxiense.

O dia foi intenso com torneios de Futsal, “Queimada” e FIFA, jogo de futebol para videogames, recreação para crianças e adolescentes. A abertura das competições se deu com o Futsal

com os pastores da Ordem de Pastores Batistas do Brasil – Subseção Caxiense (OPBB - DC). A equipe campeã no Futsal foi a Primeira Igreja Batista em Pilar; em segundo lugar foi a Primeira Igreja Batista Centenário e o terceiro lugar ficou a Primeira Igreja Batista em Campos Elíseos. A equipe vencedora

da “Queimada” foi a Primeira Igreja Batista em Parque Fluminense. Apesar da atmosfera de competição, a vitória foi de todas as equipes que participaram. Além disso, a cantina funcionou durante todo dia e o almoço foi muito bom. Parabéns ao presidente da JUBAC, Tiago, os pares, equipe e todos que dire-

ta ou indiretamente fizeram desse evento “Diazão Batista”, um grande sucesso. Deus seja louvado pela vida de vocês. Conte sempre com o suporte da ABC. Agradecemos a presença, participação e apoio das Igrejas, pastores e pastoras. É chegado o tempo de viver o extraordinário! n

Igreja Batista Curuçá, em Santo André - SP, celebra 72 anos

Conheça a história da Igreja.

Departamento de Comunicação da Igreja Batista Curuçá, em Santo André - SP

Em meados de 1950, irmãos da Primeira Igreja Batista do Brás - SP começaram a organizar uma próspera Congregação em Santo André - SP, dirigida por Manoel Alves da Silva. Em virtude do seu rápido crescimento, em 21 de abril de 1951, a antiga congregação se transformou na IBAC (Igreja Batista Curuçá), cujo pastor era Rafael Gióia Martins, situada à Rua Arujá, no bairro Vila Curuçá. Com o passar dos anos, vários irmãos foram chegando. A Igreja crescia em números, graça e em maturidade espiritual. As salas da União Feminina Missionária, da União de Homens, União de Mocidade e Adolescentes ficavam lotadas, a ponto de ficar gente de fora. Diante disso, a IBAC se deparou com um desafio: alargar as tendas. Assim, liderado pelo pastor Raimundo de Paiva Farias, foi iniciado um mutirão para construção do novo templo, que foi inaugurado em dezembro de 1981. A fidelidade dos irmãos foi fundamental para alcançar esse objetivo tão importante.

Consolidada, a IBAC tornou-se um referencial de excelência e qualidade para a região do ABC, nas áreas de música e ação social. Os cultos eram sempre cheios e com participação dos

grupos musicais da Igreja, como o Vozes de Cristal, o Adoração, o Grupo Ágape, o Jesus Maior (JM), o Rosas de Saron, o Esplendor e o Coral Max Lenk. O trabalho de ação social sempre esteve presente nas atividades da Igreja. O Centro Social Bom Samaritano foi uma iniciativa que dispôs para a comunidade cursos profissionalizantes (artesanato e informática) e atendimentos dentários e psicológicos. A IBAC organizou Natais Solidários para mais de 300 crianças, Dias do Carinho (trabalho social para comunidades em vulnerabilidade social da região) e entregas de Sopão nas noites das sextas-feiras aos moradores de rua. Além disso, funcionou por muito tempo a escola fundamental CEBAC, cujo prin-

cipal objetivo era atender as crianças de nossa igreja e da comunidade. Sempre preocupada em cumprir o IDE de Jesus, a IBAC abriu várias Congregações, que se tornaram Igrejas autônomas, formou vários pastores, missionários e ministros, que até hoje pastoreiam e trabalham em suas Igrejas espalhadas pelo interior de São Paulo e até em outros lugares do Brasil e do mundo. Ao longo desses 72 anos, sete pastores passaram pela IBAC: Augusto Victorino, Raimundo de Paiva Farias, Abel Pereira de Oliveira, Araquinan Graque dos Santos, Fernando de Oliveira Cintra, Adalbérico Rocha Barbosa e Giovanni Diodato Neto. Homens de Deus, que deixaram suas marcas, realizações, legados e, acima

de tudo, o amor pela obra do Senhor na história da IBAC. Por todos eles, agradecemos a Deus, pois cada um em seu tempo, foi benção para nossa amada Igreja. Hoje, há pouco mais de um ano, o pastor Filipe Gomes de Albuquerque está na direção da IBAC e tem ajudado na escrita de mais um capítulo dessa linda história, na celebração de um novo tempo e na superação dos novos desafios.

Gratidão a Deus pelas vidas alcançadas durante esses 72 anos e por cada homem e mulher que aqui passaram e contribuíram para que a IBAC se tornasse essa Igreja acolhedora, amável e dedicada com a obra e a vontade de Deus. Glória, pois, a Ele eternamente! n

9 O JORNAL BATISTA Domingo, 28/05/23
Carlos Alberto dos Santos pastor da Segunda Igreja Batista em Pilar; secretário Executivo da Associação Batista Caxiense
NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
Líderes Batistas da região participaram da atividade com a Juventude Batista Caxiense Celebração de 72 anos da Igreja Batista Curuçá, em Santo André - SP Membresia da Igreja Batista Curuçá, em Santo André - SP

Primeira Igreja Batista em Macaé - RJ chega ao aniversário de 125 anos

Ela é a 34ª Igreja Batista organizada no Brasil.

Robson Melo Câmara

pastor titular Primeira Igreja Batista de Macaé - RJ

No último dia 13 de maio, a Primeira Igreja Batista na cidade de Macaé - RJ celebrou o seu jubileu de 125 anos de organização (1898-2023) com a presença e participação do presidente da Convenção Batista Brasileira (CBB), pastor Hilquias Paim, que foi o orador oficial do evento.

Sob a liderança espiritual do pastor

Robson Melo Câmara desde dezembro de 2010, a PIB de Macaé - RJ foi organizada pelo missionário Salomão

Luiz Ginsburg, tendo sido a nona Igreja Batista organizada no estado do Rio

de Janeiro e a 34ª Igreja Batista organizada em todo o Brasil, sendo assim, portanto, uma das Igrejas Batistas mais antigas da história Batista em nosso país.

Além de organizar várias Igrejas e trabalhar sistematicamente na obra de missões estaduais, nacionais e mundiais ao longo destes anos, a PIB de Macaé busca o seu próprio crescimento com um esforço contínuo para alcançar para Cristo todos os queridos moradores da cidade.

O grande desafio deste momento é a construção do novo Templo, que terá capacidade para 1200 lugares, no mesmo endereço atual, complementando as instalações do prédio

de oito andares, concluído, e que serve aos ministérios de educação cristã, música, infantil, administração e pastoral.

Além das mensagens bíblicas com o pastor Hilquias Paim, a programação do Quasquicentenário contou com um maravilhoso piquenique ao ar livre e as brilhantes participações do Coro Infanto-Juvenil, do Coro Principal, da Banda de Cânticos, da Orquestra, entre outros.

Os pastores mais antigos da cidade e algumas Igrejas foram homenageadas, bem como alguns membros mais antigos da Igreja, com destaque para a irmã Ivany de Almeida Trindade, aos 96 anos de idade, dos quais 81 anos

como membro desta Igreja.

Também se destacou a celebração do culto de domingo à noite com o Batismo de mais 18 novos irmãos em Cristo após profissão pública de fé e aprovação pela Igreja em Assembleia.

Uma Igreja preocupada com o Reino de Deus e com a Denominação Batista, a PIB Macaé é a atual sede do escritório da Associação Batista Serramar e de suas organizações, bem como do Seminário Teológico Batista Serramar, que ocupa dez salas do sexto andar, preparando vocacionados para a grande obra de evangelismo e missões em nossa cidade, no Brasil e em todo o mundo. n

Primeira Igreja Batista de Itabuna - BA

realiza segunda edição do curso “Nós e o culto”

Curso durou pouco mais de um mês.

Departamento de Comunicação da Primeira Igreja Batista em Itabuna - BA

Domingo após domingo, nos reunimos para expressar nosso culto a Deus. Esse encontro é uma resposta espontânea da Igreja ao seu Senhor, e deve se constituir em termos responsáveis, compreensíveis e que tenham integridade. Sobre esta ideia, reuniram-se os Batistas grapiunenses na segunda edição do curso “Nós e o Culto”, promovido pelo Departamento de Música e Culto da Primeira Igreja Batista de Itabuna - BA.

Durante cinco encontros, nos apoiamos sobre os fatos e a história, sobre as relações entre Teologia e Música buscando compreender como a devoção cristã se materializa no culto ao Senhor. Num mundo onde as expressões culturais estão vez mais

diversificadas nos empenhamos em reconhecer a unidade da fé, presente inescapavelmente, na unidade do culto.

Para isso nos debruçamos sobre temas como: Teologia bíblica da adoração; honra, serviço e respeito a Deus; prática de culto; música e canto congregacional; aspectos da incultu-

ração litúrgica; o caráter do adorador; lidando com as críticas; disciplinas espirituais; liderando artistas; vencendo o sofrimento por meio do culto; a realidade da comunhão; aconselhando com salmos e hinos; mantendo a esperança que professamos e começando e completando a carreira com alegria. Sob a instrução dos professores

Abner Ferreira, pastor João Luiz, Mateus Oliveira e Cacilda Lourenço, todos membros da PIB, os mais de 50 cursistas experimentaram o exame detalhado da orientação fundamental a respeito da experiência de culto de uma típica comunidade cristã. Ao final cultuamos ao Senhor em gratidão pelo ciclo concluído. n

10 O JORNAL BATISTA Domingo, 28/05/23 NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
Diretoria da PIB Macaé - RJ Pr. Robson M. Câmara e Pr. Hilquias A. Paim Culto de encerramento do curso “Nós e o culto” Equipe Ministerial da PIB Macaé - RJ

Está chegando a 3ª edição do Congresso Missiológico da Associação Brasileira de Instituições Batistas de Ensino Teológico (ABIBET), em parceria com Missões Mundiais. O evento acontecerá de forma online e gratuita nos dias 29 e 30 maio, das 19h às 21h50. O tema escolhido para a edição 2023 é “Excelência na Grande Comissão”.

A programação com plenárias e oficinas é voltada para seminaristas e professores, na qual os vocacionados serão despertados em um ambiente de discussões sobre questões pertinentes ao ambiente de Educação Teológica no Brasil e no mundo, durante as plenárias e oficinas. Os participantes terão a oportunidade de vivenciar o campo missionário e aprofundar o conhecimento acadêmico.

As inscrições são totalmente gratuitas e devem ser feitas no site www. reflexaomissiologica.com.br.

Os congressistas terão a oportunidade de vivenciar o campo missionário, aprofundar o conhecimento acadêmico e dialogar com as práticas teológi-

Vem aí o 3º Congresso Missiológico da ABIBET

cas em programações direcionadas pelo doutor Alcir Almeida de Souza e a doutora Analzira Nascimento, com a participação de outras grandes autoridades em missiologia e teologia.

Através das plenárias e das oficinas, os participantes irão aprofundar seus conhecimentos acadêmicos, despertar seu lado missionário e aperfeiçoamento ministerial e educacional. E ao final, queremos que todos possam responder com convicção sobre o que têm feito para chegar no centro do que Deus está fazendo no mundo, ocupando sua posição dentro desse plano maravilhoso para a salvação dos povos e cumprindo com excelência a ordenança da Grande Comissão.

PROGRAMAÇÃO

Plenária - momento de reflexão e aprofundamento teológico em transmissão aberta ao público em geral pelo YouTube

Adoração - louvor com transmissão também pelo YouTube

Oficinas - serão 10 oficinas exclusivas aos inscritos no congresso, divididas em dois dias. Os participantes receberão uma chave de acesso à videoconferência em salas no Zoom

1.“O papel das redes sociais no cumprimento da Grande Comissão de Mateus 28”;

2. O desafio para a prática missiológica contemporânea: todos enviando para todos;

3. Educação e vocação: uma missão a ser partilhada;

4. Paulo e as metrópoles gregas: vivendo a Grande Comissão no contexto urbano;

5. A intencionalidade do “Ide”: para onde o verbo aponta?;

6. Ide às nações brasileiras! Uma aplicação de “panta ta ethn” aos povos étnicos do Brasil;

7. Liderança autóctone: um caminho de excelência para o cumprimento da Grande Comissão;

8. A compaixão do paradigma missionário lucano: evangelizando ricos e pobres;

9. A missão da igreja na sociedade pós-cristã;

10. Cumprindo A Grande comissão entre comunidades muçulmanas

Ao Mestre com Carinho – em uma alusão ao grande sucesso dos cinemas da década de 1960, este será um espaço de diálogo entre professores de instituições teológicas. Após inscritos, os mestres serão orientados a participar desta programação especial que promete grandes surpresas e irá levá-los a uma reflexão sobre seu papel transformador.

Compartilhando conhecimento

O congresso também dará aos mestres e doutores a oportunidade de compartilhar seus artigos em uma publicação da Revista de Reflexão Missiológica. Para mais informações dos critérios e temas das próximas edições da Revista, acesse: https:// www.missoesmundiais.com.br/noticias/sede/802-seu-artigo-na-revista-reflexao-missiologica n

11 O JORNAL BATISTA Domingo, 28/05/23 MISSÕES MUNDIAIS

Lideranças dos Seminários da CBB se reúnem para Encontro de Planejamento Estratégico

Encontro faz parte do processo de unificação da gestão dos seminários da CBB.

Redes sociais do Seminário

Teológico Batista do Sul do Brasil

Vivemos dias históricos para a Educação Teológica Ministerial Batista. Durante os dias 15 a 19 de maio, os três Seminários da Convenção Batista Brasileira (CBB), por meio de seus coordenadores acadêmicos e adminis-

trativos, se reuniram no Rio de Janeiro para avaliar, planejar e alinhar visão e ações estratégias para os próximos anos.

Em uma semana de trabalho intenso, os Seminários do Norte, Sul e Equatorial refletiram sobre seus projetos pedagógicos, com a finalidade de servir melhor às necessidades das Igrejas e

organizações Batistas, e avançar em novos projetos para continuar formando e desenvolvendo líderes vocacionados para os ministérios cristãos.

Durante os encontros, participaram também pastores e líderes Batistas que expuseram suas sugestões e expectativas para a formação teológica ministerial.

Louvamos e agradecemos a Deus por esse momento e rogamos que o Senhor nos ilumine e oriente na gestão dos Seminários da CBB! Louvamos a Deus por tudo que o Senhor tem feito pela formação ministerial desenvolvida pelo STBNB, STBSB e STBE. n

12 O JORNAL BATISTA Domingo, 28/05/23 NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
Pr. Fernando Brandão com lideranças e colaboradores dos seminários da Convenção Batista Brasileira Encontro de Planejamento Estratégico teve participações presenciais e online Líderes e professores dos seminários teológicos da Convenção Batista Brasileira Sede da Junta de Missões Nacionais recebeu pastores e líderes no Encontro de Planejamento Estratégico

Convenção Batista Paranaense e juventude estadual promovem congresso LiderAção

Objetivo é alcançar líderes de juventude e pastores.

A cidade escolhida para realização da oitava edição do congresso “LiderAção” foi Foz do Iguaçu - PR, de 21 a 23 de abril com o tema “O que te move”. Com o intuito de alcançarmos líderes de juventude, pastores e esposas de pastores, o congresso “LiderA-

ção” 2023 teve como convidados os pastores Felipe Breder (Primeira Igreja Batista de Campo Grande - MS), Raphael Abdalla (Primeira Igreja Batista em Guarapari - ES), Izaias Querino (Primeira Igreja Batista de Curitiba - PR) e da pastora Fabíola Lobo (Igreja Batista Bom Retiro - PR). A inspiração musical foi com o pastor Samuel Barbosa (Igreja Batista Bom Retiro - PR).

O congresso “LiderAção” teve sua

primeira edição no ano de 2004, com a proposta de treinar e capacitar líderes. Ele surge com a proposta de desenvolver na liderança uma consciência ministerial, aprimorando seu relacionamento com Deus e com o grupo, de forma a capacitá-lo para o evangelismo integral.

A segunda edição foi realizada em 2009, com o tema “Liderando para as Alturas”; em 2010, com o tema “Seja um Líder Prime - Atenda o chamado

de Deus com Excelência”; e em 2011 foi realizada a quarta edição do congresso com o tema “Sem fronteiras para liderar”. A quinta edição, foi realizada em 2013 trabalho o “Reconstruir Rumo ao Futuro” e no ano seguinte, 2014, “Liderando entre Gerações”, a sexta edição do congresso. Em 2021, devido ao pós pandemia, o congresso foi realizado em formato online com o tema “Conectados”. n

Convenção Batista do Planalto Central inaugura galeria de presidentes eméritos

Ex-presidentes participaram da solenidade.

Luís Claudio Pessanha

pastor da Primeira Igreja Batista em Valparaíso de Goiás - GO; diretor executivo da Convenção Batista do Planalto Central

Tivemos o privilégio de inaugurarmos a Galeria dos Presidentes Eméritos da Convenção Batista do Planalto Central (CBPC), nas dependências da nossa sede, no dia 12 de maio.

Foi um grande privilégio poder reunir os pastores Ezequias Fragoso, Moisés Dias e João Roberto Raymundo, para juntos podermos agradecer ao Senhor Jesus pelo legado abençoado que esses grandes homens de Deus deixaram registrados ao longo dos anos de serviço na nossa Convenção.

Nosso atual presidente, pastor Benilton Custódio, e o pastor Heber Aleixo, ex-presidente da CBPC, conduziram este momento de gratidão e solenidade que ficará marcado na nossa história.

Que Deus continue abençoando nossa CBPC!

Avante, Igreja!

13 O JORNAL BATISTA Domingo, 28/05/23 NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
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Louvor, adoração, aprendizado e comunhão marcaram mais uma edição do LiderAção Inauguração da galeria de presidentes eméritos da Convenção Batista do Planalto Central Pastores que fazem parte da história Batista no Planalto Central participaram da solenidade

Estamos vivendo um tempo muito difícil no Brasil, especialmente nas áreas espiritual, ética e econômica. Precisamos de reformas profundas. Carecemos de uma revolução ética no Brasil, nossa pátria tão amada! Revolução significa mudança de rumo a partir de um conteúdo consistente comum a maioria. Quebrar paradigmas pela pregação do genuíno evangelho (Miquéias 6.8). Aspiramos as reformas na política, no código penal, na educação, na saúde, na tributação e uma reforma social e, por que não dizer, um pacto social sem precedentes. Uma nação unida em torno de um projeto de desenvolvimento de Estado e não simplesmente de governo. Urge uma participação efetiva dos cristãos genuínos de forma criativa na sociedade civil sendo sal da terra e luz do mundo (Mateus 5.13-16). Uma contribuição consistente para que as instituições sejam bem estruturadas e eficientes. A arregimentação de cidadãos éticos, comprometidos com um projeto de nação. Um projeto para a nação e um pacto de desenvolvimento sustentável, tendo uma visão bíblica da ecologia ou do meio ambiente (Gênesis 1.26-31; Salmos 8 e 19).

A revolução necessária

Um compromisso com a educação e o trabalho

É mister que anulemos a política de assistencialismo, substituindo-a pela política de dignidade por meio da educação, da assistência profissional continuada, do emprego e da inclusão social pelo trabalho sério e comprometido com o desenvolvimento em vários níveis. O apóstolo Paulo ensinou: “Quem não trabalha que também não coma” (II Ts 3.10). Sabemos sobejamente que o povo brasileiro precisa de saneamento básico, uma política séria de resíduos sólidos, segurança p ú blica constituída de agentes honestos, bem remunerados e prontos para combaterem a corrupção e toda a sorte de violência e criminalidade. A nação brasileira aspira por um combate contundente e tolerância zero ao tráfico de drogas, o tráfico de seres humanos, a pedofilia, os crimes pela internet, a pornografia. Tolerância zero para os políticos e funcionários públicos corruptos.

Um compromisso com a excelência nos serviços à população

A nossa revolução deve ser pela conscientização, mobilização e execução de programas eficientes nos vários

setores da vida da população. Combater veementemente toda a sorte de desonestidade. O povo precisa, urgentemente, de uma saúde de qualidade, um transporte muito eficiente e barato, bem como um serviço público comprometido com a excelência em servir com funcionários capacitados de forma continuada. A sociedade brasileira está cheia dos políticos enganosos, engambeladores e aproveitadores. O povo brasileiro não aguenta mais tanta incoerência, tanta corrupção e tantos desmandos. Sonhamos com um país mais justo, mas solidário e mais igual (Salmos 15). Somos chamados à revolução de ideias, de sonhos e ações propositivas.

Um compromisso com um Brasil novo

Que todas as forças democráticas se unam na construção de um Brasil novo. A construção pela revolução na ética e na eficiência em todas as áreas da vida do povo brasileiro. Que sejamos um país de vanguarda. Um país em que a tecnologia não está acima da ética, dos valores nobres. Um governo competente, honesto, criativo, íntegro e trabalhador; um Congresso que fiscaliza e age com dignidade. Uma justiça imparcial e que só responde nos autos. Não o povo do jeitinho, mas a nação

que aspira, deseja intensamente que a justiça seja feita doa a quem doer. Não um país de uma minoria privilegiada, mas um país que tenha justiça social, distribuição de renda coerente com a Constituição. Que cada brasileiro tenha salário justo e com ele possa adquirir bens e serviços com dignidade. Que todos tenham acesso aos melhores serviços públicos como resultado dos seus impostos pagos com o suor do seu trabalho.

Precisamos de uma revolução que produza padrão de qualidade, de excelência nas empresas públicas bem como nas empresas privadas. Que direitos e deveres sejam assegurados. Primemos por uma política de desenvolvimento sustentável - que é a união muito bem articulada entre produção com tecnologia de ponta, preservação do meio ambiente, do ecossistema com justiça social. Uma política que busque com insistência o trato com o meio ambiente digno de uma nação realmente desenvolvida. Que nesta revolução nossas armas sejam as da educação de qualidade, do trabalho com excelência e da ética, da integridade em todos os níveis, do diálogo sério, responsável e dos pactos suprapartidários. Esta revolução é possível com a participação de todos no esforço de cada um. n

14 O JORNAL BATISTA Domingo, 28/05/23 FÉ PARA HOJE PONTO DE VISTA
Pr.

Lourenço Stelio Rega

É possível ver em diversos meios de comunicação a dificuldade que tem sido divulgada em aceitar a constituição da família como tem sido ao longo do tempo construída e vivenciada. Um dos itens dessa discussão, entre outros, é a busca pela valorização da pessoa como indivíduo. Aplicando-se isso aos filhos, o que se pretende é afirmar que eles possuem o direito de fazer as suas próprias escolhas, como indivíduos, e não caberia aos pais interferir nesse processo.

Olhando para a história é possível descobrir que o conceito da pessoa como indivíduo se fortalece como algo até não distante na linha do tempo. Michel Foucault, em seu livro “A palavra e as coisas”, nos lembra que o homem (ser humano) é descoberta ou invenção recente. Essa invenção ou descoberta se refere provavelmente ao estado da individualidade humana que foi germinada pelo Iluminismo, um movimento intelectual e filosófico que dominou o mundo das ideias na Europa durante o século XVIII. Foi também conhecido como “Século das Luzes”, um movimento que se antepôs à Idade Média, também conhecida como Idade das Trevas, pelo domínio da Igreja Católica como detentora da verdade e do saber inclusive científico.

No Iluminismo temos, entre outras discussões, a descoberta da individualidade humana, deixando de lado a pessoa como alguém orgânica, isto é, relacionada com seu ambientefamiliar, social, político etc. Assim, o sujeito deixa de levar em conta seus relacionamentos e compromissos sendo um sujeito com direitos e papeis que podem ser construídos a partir de si mesmo.

Em vez de responder ou ter compromissos com seu meio ambiente, o indivíduo terá diante de si o direito de decidir o que desejar e começa seu estágio de ser legislador e juiz de si mesmo. Essa abordagem vai crescendo e tingindo toda sociedade, seu modo de ser, pensar, decidir. Os conceitos dos direitos humanos têm sua origem mais definida desse caminho.

Não podemos deixar de valorizar a descoberta da individualidade, pois isso ressalta a singularidade do sujeito, da pessoa e isso é até confirmado pela identidade única do código genético de cada um de nós. Mas, no caso em que

Por que a família é tão questionada hoje? (Parte 1)

estamos discutindo, sobre filhos-pais-família, temos algumas implicações que necessitam ser consideradas tal como o levantamento da pergunta: por que filhos necessitam ter a interferência de pais ou quaisquer outras pessoas para decidir o que melhor existe para sua própria vida? O que os pais precisam fazer é dar-lhes condições de sustento e sobrevivência.

O Estatuto da Criança e do Adolescente aponta para o papel do cuidado paterno, sem contudo aprofundar e detalhar, mas se considerarmos que uma criança e até mesmo um adolescente não possui todas condições afetivo-mentais para conseguir tomar suas decisões com segurança e de forma consequente, caberá aos pais orientar, apontar, dialogar, dar suporte para que seus filhos possam crescer e aprender a tomar suas decisões de forma segura, compreendendo ainda seu papel comunitário, assumindo responsabilidades etc. E tudo isso além do sustento que lhe caberá receber. Aos pais deve ser assegurado também a disciplina (e aqui não estou dizendo a violência disciplinar, pois o lar não deverá ser uma prisão) orientativa, uma vez que a criança, o adolescente está aprendendo a viver e necessita de direção e orientação de modo a assegurar a sua historicidade de modo que, ao crescer, possa olhar em sua trajetória história e ver sua participação eficiente, eficaz e efetiva na construção positiva e perene não apenas de sua vida, mas de seu ambiente.

Temos na concepção bíblica, inúmeros indicativos que asseguram esse papel formativo e discipular dos pais que necessitam ser compreendidos e vividos. Aqui entra outra semente que tem sido germinada, que é a construção social ou cultural do comportamento, que também tem sido uma das principais bases ou fundamentos de diversos temas no campo da Ética e Bioética, tais como a cultura de gênero, abortamento etc.

Em outras palavras, todo comportamento humano é construção social, pois tudo na vida é resultado de uma ação social ou cultural com a intenção de se tornar um hábito que manifeste um conteúdo, um comportamento, que não existia anteriormente. Essa construção social é criada pela sociedade que vai se disseminando e se instalando na maneira e agir, pensar e decidir das pessoas e existe desde que

o ser humano existe. A cultura, além de dinâmica, é de origem humana e fruto natural da vivência relacional e social.

Há também o que é conhecido como a construção social do conhecimento, que tem sido objeto de estudos pela Sociologia do Conhecimento. No futuro poderemos aprofundar mais isso.

Em outras palavras, somos produto e fruto sempre de construção social, portanto, os valores éticos, os costumes, o estabelecimento do que seja certo e errado dependerá sempre da dinâmica cultural que se move constantemente. Assim, não é possível construir valores universais e atemporais, isto é, a partir dessa concepção não existe de forma definitiva o que possa ser estabelecido como padrão de conduta.

E torna-se fácil estabelecer o que hoje se estabelece que é natural diferenciar entre o conceito de sexo biológico e o de gênero que a pessoa possa individualmente aceitar, mesmo que não seja compatível com sua constituição biogenética. Daí surgindo a diferenciação entre identidade de gênero e identidade sexual, que, nessa concepção, poderão ser diferentes.

Em outra ocasião iremos aprofundar esse tema aplicado aos fundamentos da cultura de gênero. Aliás, falo em cultura e não em ideologia de gênero, pois o tema já se aprofundou a ponto de não ser apenas uma ideologia, mas cultura. Infelizmente, o tema já se tornou tão bélico e guerreiro, que quem pensa diferente é etiquetado de preconceituoso, mas aqui não se trata de preconceito (apenas porque penso diferente), mas um conceito, uma concepção diferente. É um direito constitucional apresentar algo que é produto de minha consciência, desde que respeite quem pensa diferente.

No caso da família como construção social, o ponto é que hoje devemos demolir todo seu conceito que foi construído no linha do tempo, pois o momento histórico-social de hoje já não aceita mais a família como foi concebida, especialmente dentro da visão judaico-cristã.

Pois é, que somos construção social não podemos negar, mas que necessitamos saber até onde será possível legitimar a construção social se torna algo necessário para que sobrevivamos como raça humana. Assim, como legitimar o holocausto? Como

legitimar a escravidão, a segregação em suas mais variadas formas (étnica, racial, feminina)? Como legitimar o tribadismo (retirada do clítoris, em algumas culturas) para que a mulher não tenha prazer sexual? Daqui há pouco a construção cultural e social vai acabar legitimando a pedofilia como uma orientação sexual plenamente válida, ou mesmo o adultério (poliamor), o incesto etc. etc. etc.

Onde vamos parar? É possível viver sem valores que possam nos dar segurança? No terreno acadêmico descobrimos que com a Hipermodernidade as metanarrativas desapareceram (Lyotard), isto é, em linguagem simples, as narrativas que davam conta de explicar o mundo desapareceram e cada um que cuida de decidir o que melhor achar. E nesse meio de caminho tentou-se ressuscitar Aristóteles com o conceito de felicidade (Eudaimonia) em que cada um deve fazer bem o que desejar desde que se sinta feliz. E, então, vamos legitimar criminosos que se sentem realizados e felizes em cometer latrocínio? Corruptos que ficam felizes em seguir a “lei de Gerson!” tirando vantagem de tudo?

Ao longo do tempo, atuando no campo da Ética e Bioética, acabei desenvolvendo um ensaio desenhando uma série de princípios que chamo de “Ética Mínima” que podem ser compreendidos por qualquer pessoa independentemente de sua condição, opção política ou mesmo religiosa. É um processo em construção e espero transformar em um artigo para esta coluna em breve.

Então, como resolver o tema da construção social ou cultural do comportamento, da ética, das decisões? Seremos prisioneiros eternos disso? Como evitar as consequências graves e funestas que temos visto no registro histórico sobre essa abordagem? Mesmo porque não há como rejeitar essa construção, ela é real e existe. Como compreender a família como um ambiente seguro e fértil para o desenvolvimento humano na construção da história de vida e da sociedade?

Voltaremos no próximo artigo para dar um caminho, até lá veja o quanto a sua vida é construção social ou cultural e veja se há algum meio de tirar as algemas disso.

Desejando entrar em contato: rega@batistas.org

Instagram @lourencosteliorega

15 O JORNAL BATISTA Domingo, 28/05/23 OBSERVATÓRIO BATISTA PONTO DE VISTA
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