OJB EDIÇÃO 18 - ANO 2023

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ÓRGÃO OFICIAL DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA FUNDADO EM 1901

ANO CXXII

EDIÇÃO 18

DOMINGO, 30.04.2023

R$ 3.60

ISSN 1679-0189

Notícias do Brasil Batista Notícias do Brasil Batista Missões Mundiais Notícias do Brasil Batista

Excelência em Missões

Comissão avalia trabalho das juntas missionárias da CBB

Batistas Capixabas

CB do Estado do Espírito Santo promove Assembleia Geral Extraordinária

Alimento físico e espiritual

Projeto leva alimento e Jesus às crianças africana

Educação Teológica

Reunião junta liderança dos seminários da CBB

pág. 09 pág. 10 pág. 11 pág. 12

Tempo de ensino e reflexão

Que tempo especial tivemos neste mês de abril. Foram cinco domingos, quando pudemos, principalmente, falar sobre Escola Bíblica Dominical e a celebração da Páscoa. Além, claro, das Notícias do Brasil Batista e as colunas de OJB. Para fecharmos este mês trazemos mais artigos sobre Escola Bíblica Dominical, Educação Cristã, vida espiritual,

família, amor, missões e muito mais. E as notícias vêm de Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Bahia e Espírito Santo. Esperamos que a leitura de O Jornal Batista durante o mês de abril tenha abençoado a sua casa, sua família. Sempre que puder, compartilhe OJB com outras pessoas, divulgue em sua Igreja, para que este semanário, com

O JORNAL BATISTA

Órgão oficial da Convenção Batista

Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901

INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB

FUNDADOR

W.E. Entzminger

PRESIDENTE Hilquias da Anunciação Paim

DIRETOR GERAL

Sócrates Oliveira de Souza

122 anos de história, alcance cada vez mais vidas.

E lembre-se, valorize a Escola Bíblica Dominical e a Páscoa todos os dias de sua vida. É na EBD que aprendemos sobre o sacrifício de Cristo na cruz por nós.

“Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de

( ) Impresso - 160,00

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todas as suas forças. Que todas estas palavras que hoje lhe ordeno estejam em seu coração. Ensine-as com persistência a seus filhos. Converse sobre elas quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar” (Deuteronômio 6.5-7).

Que Deus te abençoe. Até maio! n

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IMPRESSÃO: Editora Esquema Ltda

A TRIBUNA

2 O JORNAL BATISTA Domingo, 30/04/23 EDITORIAL
REFLEXÃO

Crentes de lábios, mas ateus com as práticas

Nédia Maria Bizarria dos Santos Galvão

membro da Igreja Batista do Centenário - Congregação em Areia Branca - SE, professora de EBD; especialista em Ciência da Religião e bacharel em Teologia

“Disse o néscio no seu coração: Não há Deus. Têm-se corrompido, fazem-se abomináveis em suas obras, não há ninguém que faça o bem. O Senhor olhou desde os céus para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento e buscasse a Deus. Desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos: não há quem faça o bem, não há sequer um” (Sl 14.1-3).

Conhecemos como definição de ateísmo a descrença na existência de Deus ou deuses. Porém, o termo ateu origina-se do grego ἄθεος, relativo a não ter nenhum relacionamento com Deus, estar sem Deus. Seu significado original era de mera impiedade, não de descrença.

Na carta aos Efésios, capítulo 2, versículo 12, podemos identificar o termo ateu nessa definição: “(...) naquele tempo estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel, e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança, e sem Deus no mundo.”

Os versos 1 ao 3 do Salmo 14, escrito pelo Rei Davi, refere-se a um mundo ímpio, uma possível descrição da humanidade em geral. O salmista descreve neste Salmo a condição de uma humanidade degenerada, corrompida, injusta; trata-se de uma condição de extrema decadência. O Salmista aqui, na ocasião, não trata da filosofia do ateísmo, que traz a ideia da negação filosófica da existência de Deus, mas ele trata de um modo de viver alheio, indiferente a Deus.

O ateísmo como filosofia, que propaga a inexistência de Deus, nem existia nos tempos antigos. Tal filosofia só surgiu oficialmente no século XVIII, com o Barão de Holbach, um filósofo alemão que tentou provar com sua vida que era possível ser virtuoso e ateu.

Para o Barão de Holbach, a religião era algo simplesmente baseado em alguns dogmas e rituais inúteis.

Portanto, como podemos perceber, a doutrina do ateísmo é algo relativamente recente, surgiu no século XVIII e o salmista não se referia a tal filosofia, mas se referia a pessoas que falam que acreditam na existência de Deus, porém vivem como se Deus não existisse.

A afirmação do Salmista “Disse o néscio (tolo) em seu coração: Não há Deus” não se refere a pessoas que negam que Deus existe com a boca, mas aqueles que negam com o coração, com a prática, com a vida. O Salmista se refere nos versos 1 ao 3 a pessoas que se corrompem, que praticam obras abomináveis, que não têm entendimento, que não buscam a Deus, que se desviam do caminho traçado por Deus.

A expressão insensato / tolo / néscio, no hebraico, idioma em que foi escrito o Antigo Testamento, é nabal, não se trata de uma pessoa ingênua ou ignorante, mas refere-se a uma pessoa cujo pensamento moral é perverso,

uma pessoa que escolheu fechar sua mente para a realidade de Deus e as implicações do Seu governo moral. O insensato, o tolo, o néscio é um indivíduo indiferente aos padrões morais estabelecidos por Deus. Muitos acreditam na existência de Deus, mas conduzem suas vidas como se Deus não existisse. Creem teoricamente, mas negam com a prática. Acreditam como um teísta (teísmo - doutrina que afirma a existência de Deus), mas negam na prática como qualquer ateu.

Não adianta declarar com a boca a existência de Deus e desmentir essa afirmação com atitudes. Que a nossa fé seja evidenciada através:

• De um padrão ético e moral elevados;

• Da nossa busca perseverante por Deus;

• Pelo caminho estreito da santificação proposto pelo Senhor Jesus e trilhado por nós.

Não sejamos crentes apenas de lábios, desmentindo a fé com as práticas. n

Oposição a Jesus

Em Mateus 11.1-19 temos aqui o início da oposição ao Ministério de Jesus. Nos capítulos anteriores, O vemos exercer o Seu ministério tríplice: ensinar, pregar e curar.

É interessante que o primeiro a se colocar em oposição a Jesus foi João, o Batista. Ele estava preso há seis meses e ouviu falar dos feitos de Cristo, isto é, ouviu falar que o Messias (o ungido de Deus) estava atuando. A dúvida dele precisava ser respondida, por isso enviou dois mensageiros

para fazer a seguinte pergunta a Jesus: “És tu aquele que havia de vir, ou esperamos outro?” Talvez ali, no cárcere, João, o Batista, estava pensando: “Por que eu não fui liberto da prisão? Se o Messias já está atuando? O próprio João Batista, que era o precursor de Jesus, havia anunciado o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Jesus traria o juízo e a bênção.

A resposta de Jesus a João foi bem clara e objetiva. Se ele tinha dúvidas, Jesus respondeu. Jesus disse aos mensageiros: “Ide, e anunciai a João as coisas que ouvis e vedes; os cegos veem, e os coxos andam; os le-

prosos são limpos, e os surdos ouvem; os mortos são ressuscitados, e aos pobres é anunciado o evangelho”. Se João Batista estava querendo saber sobre a identidade de Jesus, o próprio Cristo respondeu, sim, sou eu mesmo o Messias.

Não podemos duvidar do poder de Cristo, Ele é o Messias prometido pelos profetas do Antigo Testamento. João Batista foi o último profeta da antiga aliança e Jesus disse que dos que haviam nascido de mulher, não tinha aparecido quem fosse maior do que ele. A partir da nova aliança, qualquer que é menor no Reino dos céus é maior do que ele.

Tiro algumas lições desta oposição a Jesus: a primeira lição é que muitas vezes a oposição vem de dentro. Pessoas que andam conosco, nos conhecem e passam a nos trair. João Batista jamais poderia ter ficado em dúvida. Ele chegou até a batizar Jesus e sabia que ele era o Cristo.

A segunda lição é que Jesus nunca deixa de responder às nossas dúvidas, então, lance suas dúvidas para ele. Ele irá responder.

Que possamos crer que Jesus é quem é, e que não sejamos cristãos vacilantes, que não tenhamos dúvidas jamais. n

3 O JORNAL BATISTA Domingo, 30/04/23
Cleverson Pereira do Valle pastor, colaborador de OJB
REFLEXÃO

Elas em família

O dia 28 de abril é marcado como o Dia da Sogra. É plenamente reconhecido que a presença da mulher mãe na companhia cuidadosa de seus filhos, desde o nascimento à puberdade, especialmente, é muito prestigiada por sua importância. Essa mãe amadurece e edita uma cultura familiar típica para seus filhos que se projeta nas descendências consequentes. E, a mãe, passa a ser maravilhosamente, a sogra, com olhos benfazejos sobre seus genros e ou noras, e, magistralmente aos netos que são bem-vindos.

Genros cautelosos sabem prestigiar suas sogras e as reconhecem como educadoras do bem em família, para a vida. E, assim é que o dia 28 de abril é marcado como o dia que homenageia a sogra, e por que não a educadora, também.

A presença de mulher no meio de uma família faz referência à educação doméstica, pois é no lar que os filhos, desde a mais tenra idade aprendem a ver, ouvir, andar, falar e raciocinar. De pronto, seguem a entonação da voz, a direção do olhar dela, a mãe. Mais tarde, sua sabedoria direciona seus pequenos para a figura paterna, sempre com sabedoria ímpar, para com as que fazem de seu lar, uma verdadeira escola.

Desde os tempos antigos, a casa

era como um sacrário, reverenciado pela nobreza de seus moradores. O sistema patriarcal procurava resguardar os mesmos traços da língua, educação e trabalho. Provavelmente por isso, poucas foram as mulheres que se destacavam na vida social. Entretanto, existem exemplos dignos como Ana, a mãe do sacerdote Samuel, Rute, Débora e outras mais. Quanto à Rute, mulher de Boaz, homem rico, experiente. Ele reparou que Rute era mulher muito laboriosa e sentiu um carinho paternal por ela. Ela ficou lisonjeada ao ouvir palavras bondosas dele, elogiando-a por cuidar de sua idosa sogra Noemi (Rute 2. 11 a 13).

Débora, por sua vez, viveu em um tempo em que não havia rei em Israel e povo era liderado por juízes que eram pessoas influentes, usadas por Deus, que se tornavam líderes políticos, espirituais e militares. Foi nesse tempo que Deus levantou Débora. Israel estava desviado de Deus e vivia oprimido por Jabim, rei de Canaã, e Débora era profetisa e mulher sábia; sua “sala de atendimento” era a sombra de uma tamareira e as pessoas vinham até ela para resolver questões (Juízes 4.1-2, 4-5).

História adiante, Jesus conheceu a sogra de Pedro, em uma circunstância sui generis: ela fora acometida de enfermidade que provocava intensa febre e a debilitava. Pedro, cuidadoso com sua família, faz questão de Jesus

Crer e obedecer

“Porém, respondendo Pedro e os apóstolos, disseram: Mais importa obedecer a Deus do que aos homens” (At 5.29).

Obedecer é o mesmo que validar uma declaração, colocando-a em prática. É neste contexto que a carta aos Hebreus identifica a fé cristã: “A fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova daquilo que não vemos” (Hb 11.1).

a conhecer com o objetivo de curá-la. Este fato destaca o cuidado que ele teve com sua sogra, isto é, com a mãe de sua esposa (Lucas 4. 38-44).

Pedro fez questão de amparar sua sogra. E, assim, providenciou o melhor médico que havia em seu tempo: Jesus. E, o Mestre a restabeleceu. Este fato foi recebido como um milagre. Assim, pois, o cuidado com a sogra serviu de meio de comunicar a mensagem da salvação que Jesus veio trazer ao mundo.

O ensino apostólico era cuidadoso quanto ao trato com as mulheres, indiscriminadamente. Foi assim que Paulo disse ao ministro Timóteo:

Escrevendo aos Romanos, Paulo nos oferece sua definição cristã da fé: “No evangelho é revelada a justiça de Deus, uma justiça que do princípio ao fim é pela fé: “O justo viverá pela fé” (Rm 1.17). Viver pela fé requer coragem e um enfrentamento das perseguições advindas daqueles que odeiam a profundidade espiritual das revelações do Cristo. Viver pela fé é uma experiência que transcende as limitações do nosso aqui e agora.

“Não repreendas o idoso com aspereza, mas admoesta-o como a um pai; bem como aos jovens, como a irmãos; às mulheres idosas, como a mães; às jovens, como a irmãs, com toda a pureza” (I Tm 5. 1-2).

Elas estão em família e continuam a merecer toda consideração, respeito e trato amoroso. Jesus jamais as desprezou. Foi no momento mais crucial de sua vida que Ele “viu sua mãe e junto a ela o discípulo a quem Ele amava, disse à sua mãe: “Mulher, ei aí teu filho!” (Jo 19. 26-27). É importante e necessário reconhecer quem está em família: os mais velhos como a sogra. n

Por que Jesus não morreu apedrejado?

Marinaldo Lima

pastor, colaborador de OJB

O capítulo 8 do Evangelho de João começa com o episódio da mulher pega em adultério, sendo levada diante de Jesus para ser apedrejada (vs. 1-11). Usando de Sua divina sabedoria e excelsa misericórdia, o Mestre constrangeu os escribas e fariseus, mostrando-lhes que nenhum deles tinha autoridade para condenar a mulher; e ao mesmo tempo livrou-a da pena capital. Este mesmo capítulo termina relatando a tentativa dos judeus de apedrejarem o próprio Jesus (vs. 59): “Então, pegaram em pedras para lhe atirarem; mas Jesus ocultou-se, e saiu do templo, passando pelo meio deles, e assim se retirou”. Em João 10.31 novamente os judeus quiseram apedrejá-lo. O apedrejamento estava em moda?

Na época de Jesus, os judeus viviam sob o domínio romano. Os ro-

manos eram tolerantes com a cultura e práticas dos povos conquistados. Desde que pagassem os impostos, fossem leais ao imperador e não organizassem rebeliões, podiam manter seus costumes e tradições. Por esta razão, quando se tratava de motivos religiosos, os líderes do Judaísmo podiam condenar e executar um réu por apedrejamento. Nas outras questões, era uma prerrogativa das autoridades romanas a aplicação da pena de morte, incluindo a crucificação.

Desde a época do Antigo Testamento, os judeus adotavam o apedrejamento como forma de pena de morte, conforme podemos ver em Deuteronômio 13.6-10 (culto a outros deuses), Deuteronômio 22.13-24 (pecados sexuais); e Levítico 20.27 (invocação aos mortos e feitiçaria). Portanto, não é que o apedrejamento estivesse em moda. Ele estava na lei e os religiosos judeus podiam aplicá-lo

sem necessidade de um julgamento por parte das autoridades romanas. Foi o que eles iam fazendo com a mulher adúltera e com Jesus. Em Atos 7.54-60 vemos como os judeus, enfurecidos pelo poderoso testemunho de Estevão, resolveram apedrejá-lo. O primeiro mártir cristão foi executado sumariamente sem a necessidade de nenhuma consulta às autoridades romanas.

A crucificação era a mais humilhante pena de morte, devido à exposição do condenado, ao lento e doloroso sofrimento e ao escárnio público. Provavelmente criada na Pérsia, a pena de morte foi trazida para o Ocidente por Alexandre da Macedônia e depois adotada pelos romanos. Quando Jesus foi preso, levaram-no ao sumo sacerdote e inicialmente acusaram-no de blasfêmia (Marcos 14.53-64). Isso o levaria ao apedrejamento. Entretanto, o propósito de Deus era que a morte

de Cristo fosse na cruz. O Salmo 22 já apontava para isto. O próprio Senhor Jesus havia predito o seu martírio (João 12.32,33). Então, para que a vontade soberana de Deus fosse cumprida, Jesus foi levado à presença do governador romano e acusado de conspiração contra César (Lucas 23.1,2). Depois, os judeus começaram a pressionar (Lucas 23.20,21) e até mesmo a ameaçar Pilatos (João 19.12), na intenção de conseguirem a aplicação da pena de crucificação para o réu; até que conseguiram (Lucas 23.24,25).

A morte na cruz era necessária para satisfazer a justiça de Deus diante da maldição dos nossos pecados. Como Cordeiro de Deus, Cristo foi sacrificado na cruz, para nos resgatar da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós (Gálatas 3.13). E na cruz Ele cravou a nossa dívida, riscando-a completamente (Colossenses 2.14). n

4 O JORNAL BATISTA Domingo, 30/04/23
Olavo Fe ijó
REFLEXÃO
pastor & professor de Psicologia

Lei do AMOR - Lei do EQUILÍBRIO

Senhorinha Gervásio extraído do site da Ordem dos Educadores Cristãos Batistas do Brasil

“Mestre, qual é o maior mandamento na Lei? Jesus lhe respondeu: Amarás o Senhor teu Deus de todo o coração, de toda a alma e de todo o entendimento. Este é o maior e o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mt 22.3639).

RESUMO

A lei do amor é a mais importante porque nela estão contidas todas as outras; ela é o equilíbrio que abrange o amor a Deus - na direção vertical e ao ser humano - na direção horizontal.

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

A palavra amor é uma das mais usadas na nossa língua. Com ela podemos AMAR tudo. Podemos AMAR comer queijo com goiabada, uma das delícias mineiras, podemos amar o nosso trabalho, o país em que vivemos, a rua em que moramos, nossa casa, nossa família. Podemos nos amar, amar o outro, amar a Deus.

As tantas formas de amar, usando a mesma palavra podem desatinar nossas ações, induzindo-nos a amar menos o que é primordial e amar mais o que é secundário, causando um desequilíbrio nos relacionamentos. Para ilustrar essas demonstrações de amor responsáveis pelo equilíbrio, considerando que para o outro reconhecer-se amado é preciso que haja demonstra-

ção de forma concreta, quero tomar como exemplo a balança.

Pelo fato de ter nascido e permanecido até os doze anos em um sítio no interior de Minas Gerais, convivi com algumas balanças. A que mais me chamava à atenção era a de dois pratos, usada para medir as massas pequenas. Uma das coisas mais importantes que se devia observar antes de uma pesagem era o fiel da balança, ou seja, se a balança precisava estar “tarada”.

Por fiel de uma balança, segundo o site Prepara Enem, entende-se a haste ou ponteiro que marca o ponto zero, o ponto de equilíbrio, e a palavra “tarada” significa os pratos estarem completamente contrabalançados.

AMOR NA VERTICALO FIEL DA BALANÇA

Com a evolução, as balanças foram mudando de formato e o mesmo site, Pre Para Enem, nos informa que a partir de 1930 o fiel da balança começou a ser substituído com a chegada dos modelos semiautomáticos. Porém, a expressão “fiel da balança” continua sendo usada no sentido figurado para significar prioridade e confiabilidade.

Retomando ao título do artigo como sendo a lei do amor a mais importante para o ser humano, consideramos, num sentido figurado, Deus o fiel da nossa balança. Ele é a prioridade do nosso amor. A Ele devemos amar “com todo o nosso coração, com toda a alma e com todo o nosso entendimento”. Da mesma forma Ele é confiável. Podemos amá-lo porque “Ele nos amou primeiro”, é o que diz I João 4.19. Quando o amamos assim nossa espiritualidade entra em estado de equilíbrio.

A Bíblia é clara em suas páginas em nos dizer que Deus é amor e como criaturas Suas feitas à Sua imagem e semelhança trazemos em nós a capacidade para amar. Ela nos ensina como amar, apresentando uma receita com ingredientes, modo de fazer e destinatários da nossa demonstração de amor, uma receita para o equilíbrio.

AMOR NA HORIZONTALOS PRATOS DA BALANÇA

No texto de Mateus 22.37-46, o próprio Jesus em conversa com o doutor da lei após apresentar-lhe o maior de todos os mandamentos, que é amar a Deus de forma integral, aponta o segundo mandamento como semelhante ao primeiro que é amar o próximo tendo como referência o amor-próprio, o autoamor.

Depois de amar a Deus, a Bíblia diz que devemos amar a nós mesmos para que tenhamos condições de, em terceiro lugar, amar o próximo. Isso significa que se estamos com o nosso tanque emocional vazio não somos capazes de demonstrar amor ao outro, porque não temos o que oferecer. Pelo contrário, estamos precisando receber afeto para que o nosso tanque emocional se equilibre.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Então, para manter o amor em equilíbrio a receita é bem clara: amar o Senhor Deus, amar a nós mesmos, amar o próximo. Amar o próximo como a nós mesmos é nos amar para poder amar o outro.

O amor a Deus exige completude, inteireza, totalidade. Se conseguirmos

amar o Senhor com essa intensidade conseguiremos nos amar e amar o próximo da mesma forma que nos amamos.

Falar sobre a lei do amor é falar de equilíbrio. E se falamos em equilíbrio na forma de amar pressupomos a possibilidade de se poder amar de forma desequilibrada ou de forma inadequada. Por amor inadequado entende-se aquela demonstração de amor desmedida sem limites e abusiva, sufocante por parte de uma das pessoas envolvidas.

Para que o amor, base da vida emocional do ser humano, possa se encaixar no conceito de equilíbrio, o próprio Deus deixou em Sua palavra o mandamento do amor e a forma adequada de como se deve amar: a Deus com todo o nosso ser, a nós mesmos e ao próximo como a nós mesmos.

REFERÊNCIAS

Princípio de funcionamento das balanças

https://www.preparaenem.com/ amp/fisica/principio-funcionamento-das-balancas.htm. Acesso em 11 de junho 2022.

Círculo de amor

https://escritosedesenhos.wordpress.com/ Acesso em 11 de junho de 2022. episódio #07 Círculo do amor https://open.spotify.com/episode/4H3iIIFzmDK8ouNbpA1VmR?si=Niiy1F1mQ2qHew47_vRikw&utm_source=whatsapp (Texto adaptado de “O círculo de amor”: https://escritosedesenhos.wordpress.com/ e episódio #07 do podcast Poética da Vida). n

5 O JORNAL BATISTA Domingo, 30/04/23 REFLEXÃO

A voz da sabedoria

Estávamos em uma grande Igreja, com outras centenas e centenas de pessoas, cultuando a Deus. Na leitura bíblica, o pastor pediu que fizéssemos leitura alternada. Quando as mulheres começaram a ler sua parte do texto bíblico, um enorme coro de vozes suaves e melodiosas se ouviu. Imediatamente, pensei em como aquele som era gostoso de se ouvir e em como as vozes das mulheres tem feito diferença em todos os tempos em que vivem. Elas levantaram a voz e se fizeram ouvir e conquistaram direitos e posições, talvez com certo exagero, mas alcançaram seus objetivos e continuam a levantar essa voz que é capaz de fazer e trazer mudanças tanto fora quanto dentro de casa.

A Bíblia diz, em Provérbios 14.1, que “toda mulher sábia edifica a sua casa”. A mulher sábia edifica sua casa também no bom uso da sua voz. A voz que embala o doce sono da criança, que abençoa seus filhos a cada dia, que profere palavras positivas e incentivadoras, que declara seu amor incondicional pelos seus, que canta em adoração ao seu Senhor, que põe às claras as regras da família e que transmite os valores eternos dentro da sua casa, é a voz da sabedoria. É a voz que toda mulher deveria ter. A voz que, embora suave, soa firme e segura. A voz da sabedoria que constrói e não destrói, que só aumenta e que nunca acaba.

A Bíblia também diz, em Tiago 1.5, que “se algum de vós tem falta de sa-

bedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente”. Há pessoas que tem uma sabedoria pronta, parece que já nasceram assim… outras, precisam buscar e aprender para serem sábias. Mas a Palavra de Deus diz que ele dá. Portanto, aos que tem falta de sabedoria, é preciso que busque, que peça a Deus, porque ela é de extrema necessidade para construir e manter uma família equilibrada e harmoniosa. Ainda outra vez, a Bíblia diz, em Provérbios 24.3, “com a sabedoria se edifica a casa, e com o entendimento ela se estabelece”.

Por lares mais edificados, fortes, felizes e em paz, levantemos nossas vozes, com toda a sabedoria, em oração, em clamor, em louvor e em en-

tendimento, para que nossas famílias sejam edificadas.

Uma das características da mulher virtuosa, descrita em Provérbios 31, é que ela “abre a sua boca com sabedoria” e nos ensina que, se não houver sabedoria, é melhor deixar a boca fechada…

Por famílias mais saudáveis e verdadeiras, saibamos a hora também de calar; porque até mesmo sem usar sua voz em todo o tempo e por qualquer razão, a mulher sabe “falar”.

Por: Elizabete Bifano Esposa, mãe, avó, sogra. Psicóloga, escritora e palestrante na área de família. betebifano@gmail.com

Por que fazer campanhas missionárias?

Milton Monte

pastor, gerente Executivo de Mobilização de Missões Nacionais

“Pois dou testemunho de que eles deram tudo quanto podiam, e até além do que podiam. Por iniciativa própria eles nos suplicaram insistentemente o privilégio de participar da assistência aos santos” (II Coríntios 8.3,4).

A campanha, (assistência aos santos) referida em II Coríntios, tinha o objetivo de ajudar os crentes da Judeia em um período de crise: cristãos de todo o mundo ajudando os de uma única parte. O exemplo dos macedônios, que insistiram em participar, é impactante.

Diferentemente dos macedônios, e por vários motivos, muitos ainda fazem a pergunta: Por que fazer campanha missionária? E essa pergunta geralmente vem acompanhada de outras: Por que não fazemos missões sozinhos? Por que não investimos aqui perto? Por que não atendemos nossas necessidades primeiro? Com

todo o respeito, essas perguntas são egoístas e ingratas. Se os crentes do passado tivessem feito os mesmos questionamentos e desistido de enviar missionários, nós não conheceríamos Jesus, hoje.

Mas, então, por que fazer missões através de Juntas e Campanhas missionárias? Porque a propagação do Evangelho não é igual em todas as regiões do mundo. No Brasil, por exemplo, estatisticamente, temos uma igreja para cada 900 pessoas, mas isso é só estatística. Na verdade, temos regiões inteiras sem nenhuma Igreja evangélica. No Sertão nordestino, por exemplo, mais de 6 milhões de pessoas nunca ouviram falar de Cristo de forma intencional.

Todas essas regiões não alcançadas - sejam bairros, cidades ou países - só serão atingidas se os que já conhecem a Verdade enviarem missionários e investirem na plantação de Igrejas, como um dia alguém fez conosco.

As campanhas missionárias tentam equalizar essa questão e evangelizar toda a região que for enfatizada, não

só com a evangelização em si, mas também com outras ações, como a construção de templos e obras sociais (a campanha de 2 Coríntios 8). Algumas regiões já estão mais desenvolvidas em termos de alcance e menos necessitadas de ajuda para missões diretamente ligadas à plantação de Igrejas, contudo, ainda assim, precisam de ajuda para outras formas de alcance da Palavra, como obras sociais (como o projeto Cristolândia) e crescimento de Igreja (como é o movimento de Igreja Multiplicadora).

Campanhas missionárias unem todas as Igrejas num mesmo objetivo, proporcionando o surgimento de mais vocacionados, de mais intercessores e o levantamento de ofertas para financiar o avanço missionário. Ao fazer assim, a Igreja não delega sua missão, afinal:

• A Junta é administrada e auditada pela Convenção Batista Brasileira, que é a representação das Igrejas Batistas a ela filiadas.

• Os recursos financeiros da Junta vêm das igrejas.

• Os vocacionados e, consequentemente, os missionários vêm das Igrejas.

• Os intercessores são os membros das Igrejas.

• É às Igrejas que os missionários prestam relatórios, ao final.

• O resultado dos projetos missionários é uma Igreja, organizada pelos princípios batistas, ou a representação dos batistas em ações de compaixão e graça, no caso das Cristolândias.

A responsabilidade pela tarefa, e sua execução, é da igreja, ao final. Ela não delega essa responsabilidade, apenas utiliza meios cooperativos de fazê-lo, pois sem a Igreja, as Juntas simplesmente não existiriam.

Concluindo, ao fazer uma Campanha missionária, independentemente da questão da oferta, a Igreja conhece desafios, é informada da ação de Deus através dos missionários, enfim, a Igreja tem sua visão missionária despertada para cumprir seu papel dentro da missão divina de reconciliar consigo o mundo. n

6 O JORNAL BATISTA Domingo, 30/04/23 VIDA EM FAMÍLIA REFLEXÃO
n

Quanto tempo você investe orando pelas famílias?

Redação de Missões Nacionais

“Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não proteger a cidade, em vão vigia a sentinela” (Sl 127.1).

Há muitos motivos pelos quais devemos e podemos orar, mas, desta vez, queremos propor um tema específico de oração para o mês de maio: FAMÍLIA. Na correria do dia a dia, talvez você nunca tenha separado um tempo para pensar e orar pelas famílias que estão perto de você, mas não deixe mais essa oportunidade passar.

Certamente, você conhece famílias desestruturadas, pais e filhos que vivem em constantes brigas, irmãos que não conseguem sentar e conversar, avós e netos que não se entendem, casamentos destruídos, lares sem esperança. Você também deve conhecer famílias que são exemplo, não de perfeição, mas de busca por viver a Palavra de Deus todos os dias. A verdade é que todas as famílias enfrentam seus próprios desafios e precisam do Senhor em todo o tempo.

O inimigo trabalha para destruir as famílias, mas nós, como Igreja, nos unimos para apresentar ao mundo que, pela graça e pela misericórdia de Cristo, é possível ter lares saudáveis e pautados nos ensinamentos bíblicos. A família foi criada por Deus e, por isso, só nEle podemos entender como devemos ser família e viver em família. Entende a importância de orar por esse tema? A Campanha de 31 dias de Oração pelo mês da família está chegando! Em maio, estaremos juntos orando, lendo e aprendendo mais so-

bre o tema: “Minha família, minha identidade”, e queremos incentivar você e toda a sua igreja a viverem esse tempo especial conosco.

Para isso, preparamos um material

com devocionais diários, sugestões de sermões, atividades para crianças e roteiros para Pequenos Grupos Multiplicadores. Os materiais já estão disponíveis em nosso site. Acesse: ht-

tps://missoesnacionais.org.br/31dias/ e confira!

E aí, você vai participar com a gente? Vamos juntos orar pelas famílias de todo o Brasil! n

7 O JORNAL BATISTA Domingo, 30/04/23
MISSÕES NACIONAIS

“Academia Missionária” traz capacitação em Minas Gerais

Missionários, gerentes de missões e voluntários participaram das atividades.

Participantes tiveram um tempo de capacitação, treinamento, ministração e cuidado

Departamento de Comunicação da Convenção Batista Mineira

Entre os dias 10 e 13 de abril, fomos surpreendidos de uma forma incrível. Mais uma edição da Academia Missionária aconteceu e foram momentos extraordinários, de capacitação, treinamento, ministração, cuidado e muito mais. Tivemos a presença de 61 pessoas, entre missionários, gerentes de missões e voluntários que estiveram na logística do evento.

No primeiro dia da Academia, Edson Andrade (Rio de Janeiro), psicólogo da Qualivida, proporcionou momentos de dinâmicas em grupo, aplicação, desenvolvimento do senso de equipe e durante a semana, atendimentos individuais para nossos missionários.

Contamos também com a presença

de Miguel Lima, pastor da Igreja Batista da Lagoa, em Recife - PE, explanando o tema de plantação de Igrejas, discipulado, pequenos grupos, Igreja Multiplicadora, e muito mais. Temas desafiadores, de construção e desconstrução, e nos desafiando para ir além.

Ainda, tivemos a presença de Kaká Menezes (Contagem - MG), fundador da Comunidade Ele Clama (na luta contra a dependência química), trazendo uma palavra de motivação sobre o chamado missionário, nossos desafios diários de entender essa vocação e continuar firmes, mesmo diante das lutas que passamos no exercício do ministério.

Entre os participantes, os gerentes de missões estiveram presentes nos dias de evento, dando todo suporte de acompanhamento dos missioná-

rios. Pastor Robsom Martins, gerente da Área 1 relatou: “Estou muito feliz em podermos proporcionar para os missionários, como Convenção Batista Mineira, um evento de intensa capacitação, cuidado e motivação. A Academia Missionária também proporciona um ambiente de comunhão e interação entre os missionários”. Pastor Francis Abraão, gerente da Área 4, afirma que foram “Dias de cuidado, capacitação, o que nos trouxe motivação para permanecermos na missão que Deus nos deu”. Pastor Carlos Genival, gerente da Área 3, afirma que “A Academia Missionária 2023 foi extraordinária. Todos os preletores de altíssimo nível e a participação dos radicais foi de grande valia. Todo o aprendizado vai agregar muito em cada campo missionário”.

Contamos também com a participação de cinco Radicais, na logística do evento, que deram todo suporte.

Tivemos também o Ônibus Vida na Estrada em nosso evento, com atendimento odontológico. Foram realizados 81 atendimentos e 273 procedimentos. Alguns missionários receberam tratamento odontológico completo. Sem dúvida, de forma abençoadora, cada um que passou pelo Ônibus, foi bem atendido e desfrutou desse cuidado tão importante.

Encerramos mais essa edição da Academia com os nossos corações cheios e transbordando. Agradecemos a Deus por tudo que ele fez e ainda fará, em nossas vidas e através de nossas vidas, em cada canto desse estado. Nós Falaremos Em Todo Tempo. n

Igreja Batista Sião de Curitiba - PR

promove ação de Páscoa em comunidade

Mais de 100 crianças foram contempladas.

No dia 09 de abril, o Ministério Infantil da Igreja Batista Sião de Curitiba

- PR realizou uma ação de Páscoa para 123 crianças em uma comunidade ca rente da região. Levamos a este local um momento de louvor e adoração, explicando as crianças o verdadeiro significado da Páscoa.

Foi extraordinário ver o mover de Deus naquele lugar, onde crianças e pais entregaram sua vida para Je -

Essa ação só pode ser realizada pois a Igreja vestiu a camisa e arre-

cadou doações para abençoar a vida dessas crianças que não esperavam a ação. Que possamos levar a palavra de Deus adiante hoje e sempre, através desse ministério tão importante na Igreja. n

8 O JORNAL BATISTA Domingo, 30/04/23
Angelo Romeiro e Luana Monteiro Ministério Infantil da Igreja Batista Sião, em Curitiba - PR
NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
Ministério Infantil da Igreja Batista Sião de Curitiba - PR explicou o verdadeiro significado da Páscoa para as crianças da comunidade

Comissão de Missões avalia trabalho das juntas missionárias da CBB

Nomeada pelo Conselho Geral, Comissão esteve no Centro Batista Brasileiro.

Estevão Júlio jornalista no Departamento de Comunicação da Convenção Batista Brasileira*

Nos dias 17 e 18 de abril, a Comissão de Missões da Convenção Batista Brasileira (CBB) esteve na sede da Junta de Missões Nacionais (JMN), no Centro Batista Brasileiro, no bairro da Tijuca - RJ, para realizar a avaliação do trabalho da Junta de Missões Mundiais (JMM) e Junta de Missões Nacionais (JMN).

As duas juntas, através do pastor Fernando Brandão, diretor executivo da JMN, e do pastor João Marcos Barreto Soares, diretor executivo da JMM, além dos seus respectivos coordenadores, apresentaram os planejamentos estratégicos e tudo o que tem sido feito em sua execução, além dos seus projetos sociais. Depois disso, a Comissão fez as suas considerações, diante do que foi apresentado.

No final da programação, a Comissão realizou um culto, com os colaboradores das juntas e com os missionários que estão no campo, participando através de videoconferência. O pastor Eude Cabral, do Rio Grande do Norte, conduziu o momento de oração e a mensagem foi ministrada pelo pastor Diego Bravim, diretor executivo da Convenção Batista do Estado do Espírito

Santo (CBEES).

O pastor Diego Bravim, um dos membros da Comissão e diretor executivo da Convenção Batista do Estado do Espírito Santo (CBEES), comentou que “Foi um tempo muito precioso, um tempo de crescimento, um tempo de desenvolvimento, onde os gestores ficaram muito à vontade e abriram os projetos, e houve uma compreensão da Comissão daquilo que estava sendo feito”.

A Comissão de Missões é nomeada pelo Conselho Geral da Convenção Batista Brasileira (CBB), indicada pelo diretor executivo da CBB, pastor Sócrates Oliveira de Souza, em parceria com a Diretoria. O Objetivo é acompanhar a Junta de Missões Mundiais (JMM) e Junta de Missões Nacionais (JMN) e avaliar o que tem sido feito, planeja-

mento estratégico e na entrevista e cuidado na contratação de missionários.

Compõem a Comissão:

Adilson Santos, pastor, diretor executivo da Convenção Batista do Estado de São Paulo (relator)

Antonio Waldemar Kukul Filho, pastor, diretor executivo da Convenção Batista Paranaense

Diego Bravim, pastor, diretor executivo da Convenção Batista do Estado

do Espírito Santo

Eude Cabral, pastor da Primeira Igreja Batista em Goianinha - RN

Samuel Esperandio, pastor, diretor executivo da Convenção Batista Pioneira do Sul do Brasil

*Com informações de Diego Bravim, pastor, diretor executivo da Convenção Batista do Estado do Espírito Santo n

9 O JORNAL BATISTA Domingo, 30/04/23
NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
Visita da Comissão de Missões teve momentos devocionais e deliberações Comissão de Missões durante culto na sede da Junta de Missões Nacionais Reunião na sede da Junta de Missões Nacionais

Convenção Batista do Estado do Espírito Santo promove Assembleia Geral Extraordinária

Linhares recebeu o trabalho dos Batistas capixabas.

Ministério de Comunicação da Convenção Batista do Estado do Espírito Santo

Na noite de 15 de abril, um sábado, tivemos o Culto Inspirativo da Assembleia Geral Extraordinária da Convenção Batista do Estado do Espírito Santo (CBEES). Fomos ricamente abençoados pela vida e canções de Carlinhos Felix e mensagem do pastor Luciano Estevam Gomes, da Primeira Igreja Batista em Aracruz - ES (PIBARA).

Ressaltamos o santuário repleto de pastores, líderes e membros das Igrejas Batistas do Espírito Santo. Agradecemos a representação do governador do estado, na pessoa do seu assessor, Pablo Alves.

Nossa gratidão à Primeira Igreja Batista em Linhares - ES, ao pastor Enilton de Souza Araújo, à Associação Batista Leste e ao irmão Francisco Silva Antônio de Carvalho, pela recepção e todo apoio. Gratidão também à toda a equipe do escritório da CBEES. A Deus toda honra e glória!

Juventude Batista

Programação foi repleta de atividades para a juventude.

Amanda Góes

presidente da Juventude Batista

Nordestina

Nos dias 07 a 09 de abril, foi realizada a trigésima nona edição do Conjubane, o Congresso da Juventude Batista Nordestina (JUBANE), na Primeira Igreja Batista de Santaluz - BA. Contamos com a participação musical do cantor Marcos Cruz, da Igreja Batista Metropolitana de SalvadorBA; Ministério de Louvor da Porta Pra Fora, da Primeira Igreja Batista de São Domingos - BA e a banda local Vida Praise.

O preletor oficial do evento foi o pastor Raian Sátiro, da Igreja Batista Shalom em São Francisco do CondeBA. Além disso, a programação foi bem

diversa, contando com oficinas, mesa redonda, gincanas, sala de oração e muito louvor e adoração. Foi um momento abençoador, que sem dúvidas edificou a vida da nossa juventude. n

Ações da assembleia da CBEES em Linhares

Na manhã de 15 de abril, os Batistas capixabas percorreram as ruas do Centro de Linhares - ES anunciando Jesus na Ação “ Let’s Go ” (Vamos). Atividade teve o apoio da Associação Batista Leste, Coral da Cristolândia e Juventude Batista de Linhares. Durante a tarde, na PIB em Linhares - ES, mais de 70 Batistas da região Leste foram capacitados e treinados pelo pastor Osiel Farias de Souza sobre Dis-

cipulado e o Plano 100. Leonardo Azevedo, presidente da Juventude Batista Capixaba (JUBAC), e Jéssica Martins, coordenadora da Juventude Batista Brasileira (JBB), também participaram. O evento reuniu a Associação Batista Leste, JUBAC e Juventude Batista de Linhares.

As atividades fazem parte das celebrações de 120 anos da presença Batista no Espírito Santo e 87 anos na cidade de Linhares. n

IB Jerusalém de Coaraci - BA, capacita professores de EBD

Ação aconteceu no início do mês.

Neirival Souza

pastor da Igreja Batista Jerusalém de Coaraci - BA

Estamos no mês da Escola Bíblica Dominical. Por isso, nos dias 01 e 02 de abril, a Igreja Batista Jerusalém de Coaraci - BA promoveu capacitação para professores da EBD. Foi um tem-

po de crescimento.

Tivemos como palestrante a irmã Almiranice Cidade, da Igreja Batista Filadélfia, em Ilhéus - BA, que tem formação em Educação Religiosa; bacharela em Teologia; especialização em Psicopedagogia Institucional: Licenciada e Mestre em História. n

10 O JORNAL BATISTA Domingo, 30/04/23 NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
Nordestina, na Bahia, se reúne em 39ª edição do Conjubane
Momento de celebração no Conjubane
Além da Assembleia Geral Extraordinária, Batistas Capixabas promoveram outras ações em Linhares Professores de EBD com Neirival Souza, pastor da Igreja

Os fenômenos naturais, as guerras e doenças continuam a ceifar vidas em diversos lugares do mundo. Mas, pouco é divulgado sobre uma calamidade que continua a fazer milhares e milhares de vidas em diversas partes do mundo: a FOME.

A fome ainda é um dos maiores causadores de morte no mundo, e quando não mata deixa sequelas irreversíveis àqueles que conseguem sobreviver. Segundo um relatório da ONU, atualmente mais de meio milhão de pessoas vivem com fome. E entre 2021 e 2022, os níveis de crise de fome ou em pior situação, aumentou em 40 milhões em relação ao ano anterior. Em mais de 50 países ou territórios, 193 milhões de pessoas enfrentaram “segurança alimentar aguda”.

Projeto leva alimento e Jesus às crianças africanas

Além disso, um relatório da ONU apontou um crescimento expressivo da fome no mundo. No geral, mais 2,3 bilhões de pessoas (ou 30% da população global) não tinham acesso à alimentação adequada durante todo o ano. Esse indicador - conhecido como prevalência de insegurança alimentar moderada ou grave - saltou, em um ano, tanto quanto nos cinco anos anteriores combinados.

A África, como sempre, é o continente mais afetado por esse terrível problema. Em minha recente viagem ao continente, estive no país que tem o 2º pior IDH do mundo. Devido ao radicalismo religioso que tomou boa parte do interior do país, próximo às fronteiras com países vizinhos, milhares de pessoas fugiram de suas vilas e se aglomeram em terrenos vazios na capital. A condição de vida é mais precária do que se imagina, e como consequência a fome mata centenas de crianças anualmente.

Em meio a esse caos, nossos mis-

sionários no país desenvolvem um projeto que salva crianças da morte. O nome do projeto, que chamo aqui de “Nutri-Salvação”, distribui alimentos como leite, farinha enriquecida e algo muito mais precioso àquelas mães: o pão do céu, que é Cristo. Acompanhei um dia de atividade de nossos missionários, como eles fazem o controle da evolução de cada criança, como advertem e encaminham os casos mais graves ao hospital, como visitam as famílias nas suas ocas, identificam outras necessidades e dificuldades.

Tive o privilégio de pregar para as dezenas de mães com seus filhos que esperavam o atendimento. Falei sobre a sabedoria dos amigos do paralítico que o levaram até Jesus. Disse que quando levamos nossos problemas a Cristo temos a respostas para nossos problemas visíveis, e a solução para o principal problema, nossos pecados, que muitas vezes não vemos, mas que nos levam para a eternidade longe de Deus.

Também orei por cada criança que entrava no espaço de atendimento. A maioria trazia em seu pescoço um patuá, ou amuleto, que identificava o encaminhamento ao feiticeiro da tribo e consagrada aos espíritos. Em minha oração eu impunha as mãos e dedicava às crianças ao Senhor, pedindo que Ele as tomasse para Si e as salvasse. Uma das crianças que tomei no colo tinha o nome árabe que significa “abençoado”. Ele chegou ao projeto com pouco menos de um ano de idade, e pesava menos de 3kg. Hoje, fora de perigo, “abençoado” está com um ano e quase 10kg, e é acompanhado pelos nossos missionários. Foi difícil conter as lágrimas em alguns momentos naquela pequena sala. Ore pelo nosso casal de missionários e por suas duas filhas. Pelas duas irmãs de igrejas locais que ajudam no projeto. E por cada uma daquelas famílias atendidas. Estamos completando a missão através do Nutri-Salvação.  n

11 O JORNAL BATISTA Domingo, 30/04/23 MISSÕES MUNDIAIS

Norte do Rio de Janeiro recebe atividades para promotores de missões e pastores

Campanha para o ano de 2023 foi apresentada.

Missões Estaduais da Convenção

Batista Fluminense

A Associação das Igrejas Batistas do Extremo Norte Fluminense (ABENF), em parceria com Missões Estaduais da Convenção Batista Fluminense reuniu no dia 01 de abril, no auditório da ABENF, pastores e promotores de

Missões para a divulgação da Campanha 2023 - Deus é por nós. O objetivo foi mobilizar e despertar as Igrejas da região para um maior engajamento no trabalho missionário no estado do Rio de Janeiro.

Tivemos a participação do missionário de Missões Estaduais, pastor Jorge Teófilo, e a programação foi orga-

nizada pelos coordenadores regionais de Missões Estaduais, Marília e Diogo.

A programação também aconteceu no Colégio Batista Fluminense, em Campos dos Goytacazes - RJ. Foi uma manhã muito abençoada de ensino, comunhão e informações sobre a campanha 2023 e o campo missionário.

Também tivemos uma palavra de

representantes da Junta de Missões Mundiais e da Junta de Missões Nacionais, mostrando que o amor pelas almas e pela propagação do Evangelho move missões.

Estamos na expectativa para começar nossa Campanha de Missões Estaduais proclamando que DEUS É POR NÓS! n

Reunião histórica junta lideranças dos três seminários da CBB

Unificação da gestão dos seminários foi aprovada em 2022.

Departamento de Comunicação da Convenção Batista Brasileira*

Na sexta-feira, 14 de abril, foi realizada uma reunião histórica entre representantes da área de formação ministerial dos três seminários da Convenção Batista Brasileira (CBB): Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil - STBSB (RJ), Seminário Teológico Batista Equatorial - STBE (PA) e Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil - STBNB (PE).

A reunião foi conduzida pelo pastor Prof. Me. Samuel Moutta (representante da direção geral), com a participação dos pastores Prof. Dr. Valtair Miranda (STBSB), Prof. Dr. Ronaldo Robson (STBNB), Pr. Jefferson Dantas (STBE), Prof. Me. Lucas Rangel (STBSB), Prof. Esp. Miguel Lima (STBNB), Prof. Me. Ulicélio Valente (STBE).

O objetivo dessa reunião foi iniciar um processo de reflexão sobre a proposta de matriz curricular dos nossos

Seminários tendo como referência o Projeto Pedagógico de Teologia da Convenção Batista Brasileira (PPT-CBB) e o Perfil do Vocacionado da CBB.

A reunião foi marcada pelo compromisso ministerial e de cooperação que historicamente têm norteado a trajetória exitosa das nossas casas de formação.

Em novembro do ano passado, o Conselho Geral da CBB aprovou a unificação da gestão dos seminários da CBB. O Seminário do Sul já estava sob a direção do pastor Fernando Brandão. Logo após a decisão do Conselho, o Seminário Teológico Batista Equatorial passou a receber as implementações, e, agora, foi a vez do Seminário do Norte. Cremos que será um tempo de avanço, consolidação e consistência de nossas casas de ensino.

*Com informações das redes sociais dos seminários da CBB n

12 O JORNAL BATISTA Domingo, 30/04/23 NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
Lideranças
Sede da Associação das Igrejas Batistas do Extremo Norte Fluminense e Colégio Batista Fluminense cederam o espaço para a divulgação da campanha
dos seminários da CBB
13 O JORNAL BATISTA Domingo, 30/04/23

Li em certo artigo que “num passado recente, acumular e proteger informações conferia significativo reconhecimento e respeito às pessoas pelos seus pares. Mas isso pertence ao passado”. Conhecimento no passado era para ser guardado em alguma grande biblioteca ou em enciclopédias e só seriam manipulados se houvesse interesse e tal iniciativa vinha de algumas cabeças privilegiadas. Nas salas de aula somente uma pessoa falava: o mestre, que tudo saberia e os alunos diante de tanto saber, se calavam para ouvir tamanho ensinamento.

O tempo passa tão rápido que parece que estamos ‘anos luz’ deste modelo de sala de aula. Mas nem faz tanto tempo assim, somente uns 70 ou 80 anos. Isso, no universo do conhecimento não é nada, ou melhor dizendo

Compartilhar conhecimento

era nada. Isso se deve a velocidade como as coisas são compartilhadas a partir da era da tecnologia que vem revolucionando a cultura do conhecimento, a prática da vida e como não poderia deixar de ser da sala de aula.

O tempo da velocidade chegou, o tempo da informação imediata também. “Hoje temos a opção e a oportunidade de produzir conteúdo e de compartilhar tudo, ao mesmo tempo que temos a liberdade de escolher o que consumir e valorizar o que nos é relevante”. Isso tem a ver também com a facilidade, temos qualquer informação na palma da mão. Tenho dito a algumas pessoas que o celular hoje é uma extensão do escritório, do consultório médico, ou até mesmo o próprio escritório e consultório. Sem dúvida é também um locus especial para a sala de aula.

O ato do compartilhamento é um fator essencial para o mundo em que estamos vivendo. O compartilhamento

Oseu sim é sim?

Raimundo Ribeiro Passos extraído do site da Ordem dos Educadores Cristãos Batistas do Brasil

“Pois Jesus Cristo, o Filho de Deus, que entre vós foi pregado por nós, isto é, por mim, Silvano e Timóteo, não foi um sim e um não; mas nele sempre houve sim” (II Co 1.19).

“― Prometo que se ganhar…” Esta frase lhe parece comum? Você sempre a ouve nas campanhas eleitorais. Mas o que normalmente acontece depois é que a promessa, propositadamente ou não, é descumprida. Embora esse comportamento não seja novo, no pensamento pós-moderno ele não somente é mais frequente, mas também é incentivado. Veja como as pessoas mudam de pensamento tão rapidamente, a ponto de a própria verdade perder o significado, ou os fatos não terem o mesmo valor. Expressar a verdade pura, sem ambiguidades ou acompanhamentos está cada vez menos frequente. Até tem sido usado um

termo chamado pós-verdade, que de forma geral significa atribuir a notícias falsas maior importância que os fatos verdadeiros. Com isso estabelecido, fica-se muito à vontade para mudar de opinião ou de verdade de acordo com o contexto que se apresenta, pois o que importa é a narrativa.

O ensino bíblico verdadeiro sempre vai em oposição a isto! E parece-me que esse é o contexto aplicável ao que Paulo fala aos irmãos da Igreja de Corinto. Havia alguém lá que tentava deturpar o ensinamento de Paulo acerca do Evangelho com base numa narrativa falsa, a partir de uma mudança de planos de Paulo de fazer uma visita prometida aos irmãos (I Coríntios 16.5). Lendo o texto bíblico, parece até despropositado a forma de abordagem de Paulo por uma coisa tão simples. “As coisas não deram certo, cancele-se a viagem ou mude-se a data” é algo tão corriqueiro. Quem não faz uma mudança de planos acerca de uma viagem? Mas uma análise mais atenta pode revelar bem mais do que está em jogo.

faz parte do homem de hoje, na sala de aula ou não. Na sala de aula até os anos 70 perguntar ou compartilhar qualquer coisa ao professor era restrito para um momento da aula e muitas vezes não havia esse momento. Poucos se arriscavam a perguntar pelo medo de serem ridicularizados tanto pelo mestre como pelos colegas. Imperava a cultura do ‘fico quieto que é melhor’. Hoje é completamente diferente, o aluno é instigado pelo mestre a interagir mesmo em aulas online. “Atualmente, mesmo que ele não seja convidado a se manifestar, a expor o seu ponto de vista ou instigado a construir e compartilhar o novo, o aluno é um cidadão que vive na era da tecnologia digital”. Da sala de aula não participativa passamos a sala de aula que pede participação. Mais interessante ainda é a divulgação da informação, do tipo, leu, gostou, achou interessante, compartilha nas redes. E, assim, o conhecimento entra

para a ‘rede’, para as mídias e pode ser infinitamente acessada.

Quanta besteira lemos …. você abre um site de buscas como o Google , Edge ou outro qualquer e vê lá: “O casal Gisele e Brad estão se divorciando”, e abre para ler. Já me flagrei umas vezes com a tentação de tamanhas notícias inúteis. Estão compartilhadas. Estão nas mídias para que o maior número de pessoas possa acessar e dar crédito à rede que o anuncia.

Há boas coisas compartilhadas? Sim, e muitas! Algumas de maior importância e outras menos importantes, porém ocupam precioso tempo que poderia ser melhor utilizado para nossa aprendizagem e formação. Ficam aqui dois desafios: incentivarmos nossos alunos à participação e compartilhamentos e talvez um segundo seja mais um alerta do que um desafio: o de buscarmos os melhores artigos, as melhores notícias para nossa própria formação. n

A questão não se tratava apenas de desacreditar das promessas de Paulo, como o caso da viagem, mas de tudo o que ele mesmo já falara aos coríntios, em especial a mensagem do evangelho de Cristo. Aqui está a chave para uma resposta tão dura de Paulo, a mensagem do evangelho é verdadeira e não poderia ser desacreditada de nenhuma maneira. O que estava acontecendo, numa linguagem moderna, era que estava sendo passada uma narrativa que torcia os fatos da verdade do evangelho e outra “verdade” estava sendo anunciada de que a mensagem de Paulo, assim como sua pessoa, era duvidosa, o que na verdade era uma grande mentira. Combater isso era, do ponto de vista da verdade, muito importante para não desacreditar a mensagem do evangelho de Jesus Cristo.

Caso não bastasse o testemunho de duas testemunhas (Silvano ou Silas e Timóteo) de que a mensagem anunciada era verdadeira, Paulo chama o testemunho de outras três pessoas em que não há qualquer tipo de erro, a

Trindade Santa. Deus Pai que é testemunha fiel e que guarda a verdade em si mesmo; Deus Filho em quem não há qualquer dúvida, pois é o cumprimento de todas as promessas de Deus e é a mensagem verdadeira; e, Deus Espírito Santo que é a garantia de que tudo o que foi prometido em Cristo se cumprirá e ainda é aquele que dá o selo de confiança de que o transportador da mensagem é também verdadeiro, pois foi chamado pelo próprio Deus em Cristo para anunciar sua mensagem de salvação.

Portanto, devemos ficar espertos com as narrativas ou metanarrativas que trazem os fatos deturpados para se alcançar determinados objetivos. Invocar a Deus como testemunha, desde que você esteja como sua fiel testemunha, é o remédio para estas situações. Deus não tem compromisso com a mentira e nem com os mentirosos, que, aliás, têm outro Pai. Que o nosso sim seja sempre sim, o não seja sempre não, pois o que passar disso vem do maligno! n

14 O JORNAL BATISTA Domingo, 30/04/23 PONTO DE VISTA
Madalena de Oliveira Molochenco extraído do site da Ordem dos Educadores Cristãos Batistas do Brasil

O Reino de Deus e a Escola Bíblica Dominical

O que o Reino de Deus tem a ver com a Escola Bíblica Dominical? Na minha opinião, muito. A Palavra de Deus é a Palavra do Reino de Deus, e se queremos aprender a ser bons cidadãos desse Reino, precisamos buscar a Palavra de Deus, a Bíblia. Ora, a EBD é a escola onde se estuda a Bíblia; como o próprio nome já diz - Escola Bíblica Dominical - a Palavra de Deus é o seu livro texto. Aliás, é o único livro nela estudado. Portanto, a relação entre o Reino de Deus e a EBD é importantíssima.

A EBD é o espaço adequado para entendermos e desenvolvermos melhor a conceituação do Reino de Deus - sua origem, sua natureza, seus cidadãos, seus princípios, seus objetivos, sua realização, sua glória etc., pois o Reino é o grande assunto da Bíblia, e quando a estudamos, o que mais aprendemos é sobre o senhorio de Deus em nossas vidas. Na EBD compartilhamos nossas diferentes visões pessoais sobre o Reino, e adequamos essas visões ao correto ensino da Palavra de Deus, por meio da ajuda dos professores e dos autores das lições.

A EBD é também o lugar indicado

para aprendermos sobre a ética do Reino de Deus, isto é, sobre como deve ser a vida cotidiana dos súditos desse reino. Os alunos da EBD, assim como qualquer ser humano, são também cidadãos de um reino deste mundo, estão inseridos numa sociedade humana. Há, pois, uma tensão permanente entre ser cidadão do Reino de Deus e cidadão do mundo, e se não tivermos conceitos bem firmados na Palavra de Deus, iremos sucumbir diante das pressões do dia a dia.

Finalmente, é na EBD que aprendemos melhor sobre a pessoa do Rei e sobre a melhor maneira de nos relacio-

narmos com ele. É na Palavra que estudamos na EBD que aprendemos que ele é Rei, e nós, súditos; ele é Senhor, e nós, servos; ele é Pai, e nós, filhos; ele é Deus, e nós, homens e mulheres; ele é Santo, e nós, pecadores; ele é Salvador, e nós, os salvos. Portanto, que Ele governa a tudo e a todos, e nós e a criação somos governados, porque, em suma, o Reino de Deus é o governo final e definitivo de Deus sobre todo o universo.

Consequentemente, se queremos aprender e praticar o ensino do Reino de Deus, devemos ser alunos da Escola Bíblica Dominical. n

Por um ensino mais humanizado na Escola Bíblica Dominical

Nos dias de Jesus, o sistema religioso em Israel estava mais focado nas coisas do que nas pessoas. A Instituição era mais importante do que o indivíduo, principalmente os excluídos (mendigos, pobres, leprosos, atormentados, cegos, paralíticos etc.).

A desvalorização do ser humano podia ser percebida em algumas ações dos discípulos, visto que durante o processo formativo que vivenciavam (discipulado), manifestaram várias vezes a influência que esta visão desumanizadora, característica da sociedade em que viviam, exercia sobre eles.

Em seu desespero, a mulher cananeia foi praticamente ignorada pelos discípulos, quando ao Mestre foi pedido que a despedisse, pois seu clamor e presença os incomodava (Mateus 15.23). Quando o cego Bartimeu clamou por Jesus, a atitude dos Seus discípulos foi a de mandar que ele se calasse (Marcos 10.48). Nem as crianças escaparam de tamanha insensibilidade (Lucas 18.15-17). O que dizer então da parábola do bom samaritano (Lucas 10.25-37), um claro retrato de uma religiosidade ritualística, mas em nada humanista, onde o cuidado com a pureza cerimonial impede o socorro ao outro, onde o “eu” santo nega ajuda ao “tu” moribundo?

A coisificação do indivíduo, ou a sua plena desvalorização, se manifesta no fazer e nos espaços educativos das mais diversas formas, inclusive, nos fazer e nos espaços educativos cristãos evangélicos.

Nos dias atuais, a Escola Bíblica Dominical reproduz um modelo educativo centrado na transmissão de saberes ou conhecimentos. O professor entende que a sua tarefa se limita a encher a cabeça dos alunos de conteúdo. Desta forma, quando os alunos manifestam certa desenvoltura com a Bíblia, e quando demonstram o domínio de algumas doutrinas, os professores depositantes do saber ficam bastante envaidecidos ao ver que seus alunos, depositários e reprodutores de suas ideias ortodoxas, evoluem substancialmente.

É necessário que haja uma tomada de consciência por parte de superintendentes, dirigentes e professores, que os faça entender que o processo educativo na Escola Bíblica Dominical deve ter como objetivo a formação integral de discípulos/discentes, que extrapola as dimensões do saber, se estendendo para as dimensões do ser (caráter), fazer (serviço) e relacionar-se (comunhão).

A ênfase numa prática educativa que supervaloriza apenas o saber chega ao ponto de levar alguns superintendentes, dirigentes e professores a adotar um sistema de provas (instrumentos

avaliativos) fundamentado em notas, que não prova quase nada. Muitas destas tarefas avaliativas são elaboradas sem nenhum critério pedagógico, onde as questões objetivas ou dissertativas são meros exercícios de medição da capacidade de memorização do aluno.

Como bem coloca a educadora e mestre em Avaliação Educacional Jussara Hoffmann (Avaliar para Promover, Editora Mediação, 2006, p. 19), a avaliação deve levar em conta o desenvolvimento do aluno e o favorecimento do processo de aprendizagem. No contexto da educação cristã, a avaliação não pode promover disputas do tipo quem sabe mais ou menos. A avaliação é uma atividade contínua, que não se limita a um exercício ou prova. Tal atividade implica em observação e convivência entre professor e aluno. O progresso integral do aluno, uma vez manifesto (I Timóteo 4.15), é a prova cabal do sucesso do professor, que se revela no sucesso do aluno.

Uma educação cristã humanizadora considera gente como gente. Gente carente de saber, mais também de afeto, de atenção, de correção, de restauração, de toque, de abraço, de socorro, de ajuda, de amor, de um olhar, de uma fala, de um sorriso.

Este tipo de ação pedagógica foi praticada por Jesus, que parava para dar atenção aos cegos, mendigos, paralíticos, publicanos, prostitutas,

leprosos e fariseus. Os conteúdos ensinados por Jesus eram direcionados para o ser total. Suas aulas não eram apenas exposições de doutrinas e de revelações do sobrenatural (teoria), mas ações concretas e transformadoras de vidas.

A grande revolução do ensino na Escola Dominical não acontecerá com a aquisição de recursos didáticos de última geração, com a criação de classes adequadas e confortáveis, com a admissão de professores mestres e doutores em educação, com a elaboração de um currículo impecável, com a formação continuada de superintendentes, dirigentes, secretarias, coordenadoras e professores, com estratégias de Marketing, com o franco apoio do pastor da Igreja ou com qualquer outra iniciativa, se tais ações não forem acompanhadas e regadas por uma postura que promova a dignidade dos alunos, fazendo com que percebam que são mais do que um número na classe, um nome na caderneta e um consumidor de revista de lições bíblicas.

É preciso ensinar na Escola Bíblica Dominical considerando a humanidade do aluno, levando em conta suas complexidades e singularidades, suas potencialidades e limitações, sua sapiência e carência.

É preciso ensinar para a glória de Deus! n

15 O JORNAL BATISTA Domingo, 30/04/23 PONTO DE VISTA
Altair Germano Extraído do site Prazer da Palavra
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