OJB EDIÇÃO 07 - ANO 2023

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AECBB  OECBB

Educadores

cristãos

votam e organização passa a ser uma Ordem

Assembleia Anual dos Educadores Cristãos Batistas do Brasil aconteceu no dia 17 de janeiro de 2023, na Igreja Batista Emanuel, em Boa Viagem - PE. Com a sua principal mudança no Estatuto, a Associação dos Educadores Cristãos Batistas do Brasil passa a ser Ordem dos Educadores Cristãos Batistas do Brasil. Leia a matéria completa na página 12.

AMBB/OPBB

Leia a 2ª parte da matéria sobre o Congresso/Assembleia das Organizações

Inspire-se

UFMBB fala sobre a 99ª Assembleia, realizada em Recife - PE

23 vezes ADBB

Organização reúne diáconos de todo o país na Semana Batista

Parceria ministerial

Matéria fala das atividades dos Seminários do Sul e Equatorial na Assembleia da CBB

ISSN 1679-0189
ANO CXXII EDIÇÃO 07 DOMINGO, 12.02.2023 ÓRGÃO OFICIAL DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA FUNDADO EM 1901
R$ 3.60
pág. 06 págs. 08 e 09 pág. 10 pág. 13
Notícias do Brasil Batista Notícias do Brasil Batista Notícias do Brasil Batista Notícias do Brasil Batista

Quase um mês depois do início das atividades da Semana Batista da 102ª Assembleia da Convenção Batista Brasileira (CBB), seguimos com informações sobre tudo o que aconteceu em O Jornal Batista. E isso é muito bom, pois mostra que nossas organizações valorizam o trabalho e alcance que OJB tem em nossa denominação; bom também para os leitores, aqueles que estiveram em Recife, para relembrar o

Mudanças históricas

que viveram, mas, principalmente os que, por algum motivo, não puderam participar do maior encontro anual dos Batistas brasileiros.

Falando em prestígio de O Jornal Batista, levamos para Recife aquela edição que preparamos como um guia de tudo o que aconteceria na Semana Batista. Foi um sucesso! Depois percebemos que deveríamos ter levado mais exemplares conosco.

Agora, queremos falar sobre o destaque de capa desta edição de OJB. Com certeza, todos os eventos que estão aqui publicados têm a sua importância. Mas este traz um tempo novo, mudanças em uma de nossas organizações. Escolhemos a Assembleia da Ordem dos Educadores Cristãos Batistas do Brasil, antiga Associação dos Educadores Cristãos Batistas do Brasil (AECBB). Foi uma mudança, sem

( ) Impresso - 160,00

( ) Digital - 80,00

dúvidas, histórica para a organização e para os Batistas brasileiros. Merece o devido reconhecimento e holofote.

Vale destacar também que adiantamos o texto da Coluna Dicas da Igreja Legal, que sairia no terceiro domingo, a pedido do nosso colunista Jonatas Nascimento, por conta de prazos do INSS, que a coluna apresenta a pastores.

Que seja uma leitura agradável e edificante. Deus te abençoe! n

O JORNAL BATISTA

Órgão oficial da Convenção Batista

Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901

INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

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INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904);

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2 O JORNAL BATISTA Domingo, 12/02/23 EDITORIAL
REFLEXÃO

O espremer do nariz

Pr. Julio Oliveira Sanches

A mensagem bíblica é sempre atual. Suas verdades são incontestáveis. Tem aplicações práticas em todo o tempo. Ao ler e meditar nos provérbios bíblicos descobrimos pérolas preciosas, que são sempre atuais. Ficamos encantados com suas aplicabilidades em nosso tempo. Assim, as verdades exaradas em Provérbios 30.33 são atuais. Dariam uma excelente manchete jornalística para qualquer “grande” jornal da atualidade. É lastimável que os atuais homens da imprensa não conheçam o conteúdo bíblico aplicável ao que estamos vivendo no momento. Caso o conhecessem usariam como manchete o verso trinta e três de Provérbios trinta, para explicar o que está acontecendo. Diz o sábio bíblico: “O espremer ou bater do leite produz manteiga; o espremer do nariz produz sangue; e o espremer da ira produz a contenda.” Realidade atual na experiencia de nosso povo sofrido deste rico Brasil. O bater a nata do leite

para extrair a manteiga, exige tempo e perseverança do fabricante.

Lembro-me, com saudades, do tempo de criança, quando mamãe nos oferecia uma vasilha cheia de nata de leite, que só poderia ser devolvida quando produzisse manteiga de qualidade. E da boa. Às vezes era uma forma de castigo por alguma peraltice cometida. Noutras ocasiões era serviço necessário. Quem já bateu nata de leite até transformá-la em manteiga aprende a ser paciente, obediente e perseverante. Não há como conseguir boa manteiga sem trabalho árduo e definido. Hoje temos excelentes batedeiras que realizam o milagre da manteiga em alguns minutos. Temos manteiga de qualidade nos supermercados, à disposição. Não é preciso castigar os filhos peraltas com uma tigela de nata de leite. Aliás, os pais modernos não sabem mais o que é educar os filhos. Muito menos a bater nata de leite. Sinto saudades dos velhos tempos. A modernidade nos roubou o precioso tempo de reflexão e as tigelas de nata de leite.

Mas, o que tem o espremer da ira com as contendas atuais? Muito a nos ensinar. Durante a campanha política passada, os vários candidatos à presidência do país gastaram seus tempos na TV espremendo ira e agressão. Sem programas de governo definidos e plausíveis incitaram a ira e o ódio nos corações dos eleitores. A moda foi falar mal do suposto adversário. Todos os defeitos do outro foram escancarados ao público. Algumas famílias, inclusive a minha, estabelecemos um pacto em não discutir política entre os grupos familiares. Com muitos dissabores, eu e minha adorável esposa conseguimos nas várias reuniões familiares manter a paz no grupo familiar. A união dos queridos familiares foi mantida, gerando a paz que permanece após a eleição. Conheço famílias em que as discórdias venceram, por causa da paixão política de seus membros. A política é um mau ou mal necessário, mas, não pode ser usada a serviço do ódio entre as pessoas.

Os quadros e ações que vemos na atualidade, não condizem com as necessidades de nossa Pátria. O nosso povo sempre foi gentil e pacífico com o semelhante. Amamos a paz em todos os seus aspectos. É inaceitável as reações de determinadas autoridades, que não promovem a paz, mas, estimulam a contenda. Vidas preciosas ceifadas. O desequilíbrio social não integra e jamais integrará os sonhos dos brasileiros. A paz não é produzida no revanchismo louco e sem respeito à dignidade do outro, embora pense de modo diferente. Que Deus tenha misericórdia do nosso povo, nos livre do mal e dos homens maus, é a oração do Pai Nosso, que deve ser praticada neste momento em que há prazer em espremer a ira, geradora da contenda.

“Que a paz de Deus que excede todo o entendimento guarde os corações de todos os brasileiros” (Filipenses 4.7). Inclusive, de pastores e salvos que sentem prazer em espremer a ira contenciosa. n

A importância da contribuição previdenciária (INSS) do pastor e demais ministros

Jonatas Nascimento

Como acontece a cada janeiro, o salário-mínimo nacional é reajustado de acordo com critérios estabelecidos pela política econômica do Governo, por força de Medida Provisória, Lei, Decreto ou até mesmo Portaria Interministerial. Eventualmente, pode acontecer dois reajustes no mesmo ano, como foi em 2020 e possivelmente se repita neste ano, quando se cogita elevar tal valor de R$1.302,00, em vigor desde 1º de janeiro, para R$1.320,00 a partir de maio. Mas, por enquanto isso não passa de conjectura.

O que importa ao leitor, aqui e agora, é saber que o valor da sua contribuição previdenciária mensal está atrelado a um percentual do salário-mínimo vigente de 11% ou 20%, pelo valor por ele declarado, obviamente respeitada

a tabela que define o piso e o teto da mencionada contribuição.

Costumo dizer que este é o melhor dos mundos para os pastores e demais ministros religiosos, pois até hoje não encontrei na legislação previdenciária tratamento tão diferenciado a qualquer outra classe de contribuintes.

Diz a legislação que ao ministro de confissão religiosa é facultado efetuar o recolhimento mensal por ele declarado. Ou seja, o valor a ser recolhido deve ser com vistas ao valor pretendido para a sua aposentadoria. Se o ministro optar por um recolhimento mínimo (11% do salário-mínimo (R$143,22) ou (20% do salário-mínimo (260,40) mensal, é bom que ele saiba que a sua aposentadoria será a mínima, ou seja, um salário-mínimo por mês.

Abro parêntese para lembrar que a responsabilidade pelo recolhimento do

INSS é unicamente do obreiro e, caso a Igreja queira contemplar o obreiro com tal benefício, deverá incluí-lo em seus rendimentos e oferecer à tributação do IRFON (Imposto de Renda na Fonte). Fecho parêntese.

Importante frisar que, embora permitida, a opção pela alíquota de 11% ensejará algumas restrições, por isso defendo a aplicação da alíquota de 20%, seja qual for o valor da contribuição.

Sendo possível ao obreiro recolher a sua contribuição previdenciária (INSS) pelo maior valor permitido (teto), a sua aposentadoria será infinitamente mais tranquila, pois uma aposentadoria cheia atualmente gira em torno de R$7.000,00. Muito melhor do que R$1.302,00, certo?

Afora esses parâmetros, ainda existe a opção da contribuição inter-

mediária, ou seja, nem piso, nem teto, mas um valor que permita ao obreiro gozar de uma aposentadoria mais tranquila.

Como se sabe, o ministro de confissão religiosa é contribuinte obrigatório da previdência, na condição de equiparado a autônomo. O código de recolhimento a ser utilizado é o 1007 e o vencimento é sempre no dia 20 do mês subsequente.

Nota: Para conhecer o meu trabalho, visite, inscreva-se e tire dúvidas no canal Cartilha da Igreja Legal no Youtube n

Jonatas Nascimento, diácono. Autor da obra Cartilha da Igreja Legal. WhatsApp: (21) 99247-1227. E-mail: jonatasnascimento@hotmail. com.

3 O JORNAL BATISTA Domingo, 12/02/23
DE SOROCABA
BILHETE
DICAS DA IGREJA LEGAL
REFLEXÃO

Vivendo SEM GRAÇA...

A revelação completa

O ser humano bem que tenta, mas nunca irá conseguir viver sozinho como um “super-homem”. E quem acha que pode tudo, viverá numa vida sem graça.

O nosso Deus, com grande misericórdia, veio ao encontro do homem perdido, como diz a divisa de Missões Mundiais: “Porque a graça de Deus se manifestou, trazendo salvação a todos” (Tito 2.11).

Graça, segundo o dicionário Aulete, Digital significa “Dádiva ou favor dado ou recebido (...); a misericórdia divina que concede favores aos homens”. Depois dessa definição, dá para viver sem essa graça? É tremendamente impossível!

Alguns podem pensar: “Chegou o período chato de pedido de ofertas para missionário!”. O Senhor cuida e supre a cada um e não precisaria de nenhum centavo nosso. Porém, quando percebemos quão grandes são as coisas que ele fez, faz e fará por nós (Salmos 126.3), abriremos nosso coração para retribuir um pouquinho “por tudo que tens feito e tudo que vais fazer” pela nossa vida.

O que “não tem a menor graça” é ver povos, vizinhos e parentes caminhando para o inferno pela nossa omissão e falta de atitude!

Amar missões é viver o Evangelho de forma plena e não se conformar que o mundo seja entregue ao maligno sem ouvir que só Jesus Cristo salva. n

“O que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai, e com seu Filho Jesus Cristo” (I Jo 1.3).

Por que o Senhor fez questão de Se comunicar conosco utilizando nossa capacidade de ver e de ouvir?

A resposta é revelada pelo apóstolo João, quando escreveu sua Primeira Carta: “Contamos a vocês o que vimos e ouvimos, para que vocês estejam unidos conosco, assim como nós estamos unidos com o Pai e com Jesus Cristo, o Seu Filho” (I Jo 1.3).

O propósito do Senhor, então,

quando criou os seres humanos, foi o de compartilhar conosco capacidades que são próprias do Criador: “Agora, vamos fazer os seres humanos, que serão como nós, que se parecerão conosco... Assim, Deus fez os seres humanos - Ele os criou parecidos com Deus” (Gn 1.26-27). O próprio Evangelho de João revelou: “Vocês irão chorar e ficar tristes... Mas vocês ficarão cheios de alegria e ninguém poderá tirar essa alegria de vocês” (Jo 16.22).

“O ladrão só vem para roubar, matar e destruir - mas Eu vim para que as ovelhas tenham vida, a vida completa” (Jo 10.10).

Proclamemos a verdade ao mundo com alegria

“Estejam Sempre cheios de alegria no Senhor; e digo outra vez: alegrem-se!” (Fp 4.4)

O mês de fevereiro nos oferece a oportunidade de refletirmos um pouco mais sobre a alegria, esse sentimento que brota de corações estimulados por alguma realização ou desejos alcançados.

Nesse mês a Convenção Batista Brasileira celebra no primeiro domingo, “O Dia da Aliança Batista Mundial”, fundada em 1905 em Londres, Inglaterra, cujo primeiro presidente foi o pastor inglês John Clifford. A ABM é uma associação voluntária, através do qual os Batistas de todo o mundo

operam juntas para o cumprimento da Grande Comissão do Senhor Jesus Cristo. As reuniões acontecem de cinco em cinco anos em algum país escolhido para sediar, e, é, uma oportunidade dos cristãos Batistas de várias nacionalidades, línguas, costumes e culturas se reunirem para celebrar a alegria do Senhor em nossos corações! Em fevereiro, principalmente aqui no Brasil, o mundo sem Cristo celebra a sua festa anual desde os primórdios do século 18, o Carnaval, ou a festa da carne. Nesse período de festas momescas, praticamente o Brasil para; os carnavalescos têm um objetivo, extravasar e conseguir ter alegria, uma alegria produzida de forma superficial, dando a atender que a alegria se perpetua, é mera ilusão. São vários dias e até

meses de tentativa para uma alegria que jamais acontecerá, pois é efêmera e logo se dissipa, e todos voltam a rotina do trivial. Foi apenas uma ilusão e em muitos, a solidão e a tristeza voltam a fazer parte do seu dia a dia, só resta um grande vazio na alma próprio do ser humano sem Cristo.

Mas agora, temos a alegria verdadeira, real, perene. É uma alegria sobrenatural, que só tem aqueles que passaram pela experiencia marcante do novo nascimento, a mesma experiência pela qual passou o fariseu e um dos principais judeus chamado Nicodemos. Primeiro, a dúvida, e, depois, a certeza da vida, a alegria da presença constante do Jesus vivo em sua vida.

Alegrar-se em Deus, ser cheio de gratidão para com Ele, é uma caracte-

rística marcante do servo fiel e leal a Ele. Essas atitudes trazem o senso de realização e a alegria que afeta todas os nossos relacionamentos. Esta é a paz de Deus, tão maravilhosa que a mente humana não consegue compreender inteiramente.

Essa paz pode ser uma realidade constante para todo aquele que vive a vida com mansidão, deixando que Deus cuide de suas ansiedades.

Toda esta carta de Paulo é um chamado a alegria. Nessa passagem do verso 4, ele ensina especificamente que houvesse muita alegria, que é uma parte vital de nossa adoração ao Senhor. Então, proclamemos ao mundo sem esperança e sem, a alegria verdadeira, a alegria constante do Senhor em nossos corações, independente das circunstancias. n

4 O JORNAL BATISTA Domingo, 12/02/23
Rogério Araújo (Rofa) colaborador de OJB Olavo Fe ijó
REFLEXÃO
pastor & professor de Psicologia

Páginas da nossa história: organização da Primeira Igreja Batista no Brasil

Cleilma Sousa Rodrigues Riker e Thiego Breno Fernandes Riker

A pesquisa da irmã Betty Antunes de Oliveira mostrou que o marco dos Batistas brasileiros começou em Santa Bárbara D’Oeste - SP, com um pequeno grupo de sulistas que se estabeleceu após guerra civil nos Estados Unidos. A sua obra, “Centelha em Restolho Seco”, foi a primeira pesquisa historiográfica que tratou dessa parte da nossa história.

Nosso objetivo neste texto é mostrar algumas correspondências dos Batistas de Santa Bárbara com James Robinson Graves, o editor do Tennessee Baptist. Essas correspondências não foram citadas na pesquisa de Betty Antunes de Oliveira. Por isso, são importantes e integram as páginas de nossa história [até o momento não foram encontradas as atas de organização da Primeira Igreja Batista no Brasil].

A primeira referência aos Batistas de Santa Bárbara no Jornal Tennessee Baptist é a seguinte: “Da Igreja

no Brasil, sob o pastorado do Elder R. Ratcliff, recebemos um clube de seis assinantes esta semana - R. Brodnax, D. Davis, J.J. Lang, A. T. Oliver, E. L. Trigg, Elder R. Ratcliff. (...)” [ Tennessee Baptist , 8 de outubro de 1870].

A primeira referência mostra que o pastor Ratcliff, antes da organização da Igreja, reuniu um grupo de Batistas com o objetivo de organizar uma Igreja, mas não foi possível, pois o grupo era pequeno. Somente no ano seguinte, a Igreja seria organizada.

A segunda correspondência diz respeito à organização da Igreja Batista em 10 de setembro de 1871. O Tennessee Baptist , edição de 20 de janeiro de 1872, p.1., publicou uma carta de Ratcliff, datada de Santa Bárbara, São Paulo, 9 de outubro de 1871. Segue uma tradução da carta:

CARO IRMÃO GRAVES: No último dia 10 [de setembro] organizamos a North American Missionary Baptist Church, com quinze membros. O escritor foi escolhido pastor, e R. Brodnax e D. Davis foram escolhidos

diáconos. Ontem eles foram ordenados e imediatamente me ajudaram a dar pão e vinho ao pequeno rebanho, como emblemas do corpo partido e do sangue derramado de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo.

Esta foi a primeira vez (tanto quanto sei) que os batistas ‘anunciaram a morte do Senhor’ com esta ordenança sagrada nesta terra supersticiosa e idólatra. Embora meus deveres fossem os mais responsáveis e solenes já assumidos, eles me deram conforto e alegria. Desde que senti o desejo de pregar, tenho desejado pregar Cristo àqueles que nunca ouviram falar dele, ou às pessoas que foram privadas do evangelho pregado. Aqui estão essas duas classes [de pessoas]. Tivemos três acréscimos ontem, dois por carta e um por batismo.

A casa em que adoramos já foi uma mercearia brasileira, mas na divisão de terras, ela caiu nas mãos de um americano muito liberal, que a reparou e a deu para uma causa melhor. Em meu assentamento imedia -

to, meus vizinhos construíram uma nova casa para escola e culto. Estou pregando regularmente em três lugares. Em dois deles, temos interessantes escolas dominicais. Precisamos muito de livros como os que a S.W.P. Company oferece. Mas como podemos obtê-los? Eu não sou capaz. Até este ano, minha família foi sustentada pelo meu trabalho na fazenda. E a ajuda agora prometida não pagaria os livros.

Cordialmente, RICHARD

A carta de Ratcliff declarou o número de um total de 15 membros na organização e o primeiro nome da Igreja: North American Missionary Baptist Church . Ela também informou que o autor foi eleito pastor e os primeiros diáconos da Igreja foram Robert Brodnax e David Davis. Por fim, a interessante a referência ao batismo aponta a evangelização como um tema central para os primeiros Batistas em Santa Bárbara desde o início da Igreja.  n

5 O JORNAL BATISTA Domingo, 12/02/23 REFLEXÃO

Foi muito bom (parte 2)

Leia a segunda parte da matéria sobre o Congresso/Assembleia da Associação de Músicos Batistas do Brasil e Ordem dos Pastores Batistas do Brasil.

Batistas do Brasil (OPBB), que aconteceu em janeiro último na cidade do Recife - PE. Nessa edição, convido você a saber como foi o segundo e último dia deste Congresso.

Segundo dia

Às 9 horas, os trabalhos foram iniciados com um tempo inspirativo em conjunto com as duas organizações. A oração inicial foi proferida pelo pastor Miguel, que completou 64 anos de ordenação ministerial. Em seguida, os presidentes das organizações saudaram a todos os presentes. Sob a liderança musical do ministro Samuel Vieira Barros (PR) foram entoados os louvores: “Te agradeço”, de Ana Paula Valadão e “Ao Deus de Amor e de Imensa Bondade”, número 32 do Hinário para o Culto Cristão (HCC).

A mensagem da manhã foi proferida pelo pastor Paulo Davi e Silva, pastor de adoração da Primeira Igreja Batista de Curitiba - PR, que apresentou o tema “Aprovados no Ministério”, baseado no texto de I Coríntios 4.1-5. No momento de consagração foi entoada a canção “Espinhos”, de Paulo Cesar, seguido de um tempo de oração e confissão. Após o momento devocional em conjunto, os músicos Batistas seguiram para as práticas musicais: coral, orquestra e banda.

Após o intervalo para o almoço, às 16h30 foi realizada a assembleia ordinária da AMBB que contou com a seguinte pauta: a) relatório da comissão de assuntos especiais; b) relatório da comissão de indicação; c) relató-

rio da presidência. Nenhum assunto especial foi apresentado a comissão. A comissão de indicação apresentou os seguintes nomes para compor o conselho da AMBB para os próximos três anos: Armindo de Araújo Ferreira (PE), Breno Tomazinho (PR) e Rosa Eugenia Vilas Boas Moreira de Santana (BA); como suplentes pelo período de 1 ano foram apresentados os nomes de: Angela Cristina Gomes da Silva (PR) e Francisca Maria Ribeiro Frota (CE). Todos os nomes foram aprovados por unanimidade. O relatório da presidência também foi aprovado por unanimidade.

Às 17h30, os 170 inscritos no congresso retornaram para o último ensaio antes da programação da noite, que contou com a participação da orquestra e banda AMBB, fruto das práticas realizadas durante o dia, e o coral do congresso que apresentou oito canções.

Em comemoração aos 40 anos da AMBB, os presentes puderam assistir a

um breve documentário sobre a história da AMBB através do testemunho de alguns dos seus presidentes durante este tempo. Logo após, foi entregue um certificado aos integrantes das diretorias passadas que não puderam comparecer ao culto de gratidão que fora realizado no dia 15 de outubro de 2022, na cidade do Rio de JaneiroRJ. Esta foi uma forma de agradecer o valioso trabalho voluntário prestado a AMBB.

Nesta noite de encerramento aconteceu também mais uma edição do prêmio Arthur Lakschevitz. A comissão eleita premiou: a) Categoria In Memoriam: Jael Sant’anna da Silva (RJ); b) Categoria Músico Estrangeiro: Priscila Bomfim (Portugal); c) Categoria Amigo dos Músicos: pastor Joésio Gomes de Oliveira (PE); d) Categoria Músico Brasileiro: Jorge Luiz Monteiro Arruda (PE).

Agradecemos a Igreja Batista da Capunga, na pessoa de seu pastor presidente, Marcos Gaudard Correa, pela

maravilhosa acolhida nestes dias de congresso; assim como ao Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil, na pessoa do seu diretor, doutor Lyncoln Araújo. Nossa gratidão também ao pastor Daniel Ventura pela parceria abençoadora com a OPBB. Aos nossos preletores: Alcingstone Cunha, Keila Guimarães, Priscila Bomfim e Leo Gomes, o nosso muito obrigado. Gratos somos por todos os músicos recifenses que se fizeram presentes e nos apoiaram neste congresso, assim como a Associação dos Músicos Batistas do Estado de Pernambuco (AMBEPE), na pessoa de seu presidente, George Luiz Albuquerque Brandão, que nos apoiou em todas as fases deste evento.

Obrigado, músicos Batistas do Brasil, por acreditarem na AMBB, e espero encontrar todos novamente em Foz do Iguaçu - PR, para o nosso quadragésimo congresso, que acontecerá nos dias 23 e 24 de janeiro de 2024.  n

6 O JORNAL BATISTA Domingo, 12/02/23
NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA

Uma experiência voluntária na Ação Jesus Transforma!

A Ação Jesus Transforma Recife aconteceu entre os dias 14 e 23 de janeiro e reuniu 70 voluntários, de 15 estados do nosso país. Foi um tempo precioso, em que 20 mil exemplares do Evangelho de João e 4.988 folhetos foram distribuídos, e 115 estudos bíblicos realizados. Houve também decisões por Cristo, reconciliações e muitos outros momentos abençoadores.

Membro da Primeira Igreja Batista da Convenção, em Juazeiro do NorteCE, Denise Santana, de 25 anos, sabe bem o que é participar da Ação Jesus Transforma. A mobilização que houve em Recife - PE foi sua quinta vez como voluntária, mas, apesar de já ser veterana nas viagens, ela afirma que cada vez é uma experiência única e que Deus também transforma os voluntários.

Sua primeira Jesus Transforma foi no ano de 2012, em Juazeiro do Norte, quando tinha 14 anos e era nova na fé. Nessa ocasião, Denise recorda que, empolgada para evangelizar, abordou uma casa, mas, antes que ela terminasse de falar, algumas pessoas saíram do local e começaram a falar coisas ruins. “Eu saí muito triste e chorando, mas os outros voluntários e missionários falaram que era para eu ficar feliz, pois, segundo a Bíblia, é uma honra sofrer por Jesus. Eu não sabia disso. Mas, essa experiência me marcou. Hoje, vejo que foi uma glória para mim”, conta.

Depois disso, Denise continuou envolvida com missões. Vieram outras experiências, outras viagens, e, agora, em 2023, ela participou pela quinta vez da Ação. “Eu tive um sonho, em que vi

um mapa e senti um direcionamento para ir primeiro a Pernambuco. Quando acordei, pela manhã, fiquei orando em pensamento para saber se era de Deus”. O Senhor já estava preparando tudo. Nesse mesmo período do dia, Denise abriu o Instagram e viu o anúncio da Jesus Transforma em Recife - PE. Ela ficou maravilhada e fez a inscrição para participar da viagem!

No decorrer das atividades, uma situação marcou a voluntária: ver que existem muitas pessoas presas às drogas e vivendo nas ruas. “Isso doeu muito no meu coração”, comenta. Ape-

sar disso, quando ela viu o coral Cris tolândia louvando o nome do Senhor, a esperança renasceu. Homens que viviam nos vícios, sem ter onde dormir, onde comer ou com quem conversar, estavam verdadeiramente alegres, porque foram alcançados pelo amor e pela graça de Jesus!

Por fim, Denise deixa um recado para você, que quer se envolver com a obra missionária em nossa nação: “Se você sente que Deus está te chamando, vá. Ele cuidará de ti. As experiências que vivemos na Jesus Transforma, de fato, marcam a nossa vida. Quando

retornamos para casa e rotina, vemos as pessoas de um modo diferente. Sabemos que Deus também deseja continuar usando a nossa vida onde estamos. A missão segue o seu rumo

luntário! Você já pode se inscrever para uma das próximas Ações Jesus Transforma de 2023! Acesse o site: www.missoesnacionais.org.br, fique por dentro do nosso calendário, faça a sua inscrição e, é claro, chame os seus amigos para viverem esse momento com você.

7 O JORNAL BATISTA Domingo, 12/02/23
MISSÕES NACIONAIS
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8 O JORNAL BATISTA Domingo, 12/02/23 NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
9 O JORNAL BATISTA Domingo, 12/02/23 NOTÍCIAS DO BRASIL
BATISTA

Assembleia da Associação dos Diáconos Batistas do Brasil reforma Estatuto

Diáconos ouviram uma série de reflexões.

Batistas do Paraná, ambas organizadas em novembro de 2022.

“Diáconos integrados a serviço do Reino proclamando a verdade ao mundo”, este foi o tema que a Associação dos Diáconos Batistas do Brasil (ADBB) trabalhou na sua 23ª assembleia anual, realizada na Igreja Batista em Campo Grande, em Recife - PE.

Realizamos a assembleia extraordinária com um único assunto: reforma do estatuto. A comissão de reforma composta pelo pastor Israel Dourado Guerra Filho, diácono Jonatas Nascimento e o diácono Aurélio Macedo; realizaram um excelente trabalho entregando uma proposta para a assembleia que participou em todos os momentos, alcançando o objetivo que era a aprovação.

Podemos destacar um ponto interessante: o diácono e a diaconisa, para serem aceitos como associados da ADBB, se faz necessário que eles sejam submetidos a um concílio e uma consagração realizado por sua Igreja. Levamos em consideração que todos os diáconos que foram consagrados sem o concílio até a data dessa reforma, conti nuarão sendo membros da Associação.

Ainda no dia 16, tivemos uma men sagem bíblica com o pastor Israel Dou rado guerra filho, que também foi ho menageado pela composição do hino dos diáconos do Brasil. No dia 17 tive mos, na primeira sessão, o mensageiro pastor Ney Ladeia, da Primeira Igreja Batista do sul da Flórida (EUA), que abordou sobre a divisa de Romanos 15.5-6 falando sobre o tema principal. Em ato contínuo tivemos a apresenta ção dos relatórios das associações e ordens estaduais do Brasil que estão

em funcionamento. Os trabalhos que foram realizados no ano 2022 foram apresentados e elogiados por todos. Já na segunda sessão tivemos duas palestras muito importantes: uma com o pastor Erivaldo Barros, presidente da Convenção Batista Baiana e terceiro secretário da Convenção Batista Brasileira, e outra com o pastor Ronaldo Robson, coordenador acadêmico do Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil, vice-presidente da Convenção

ja Batista em Campo Grande. Um dos temas foi a importância do ministério diaconal com o conhecimento bíblico, com o estudo teológico no seminário para adquirir mais conhecimento e propriedade para proclamar a verdade ao mundo. Foi muito edificante, houve perguntas e respostas. Ainda na segunda sessão foi dada as boas-vindas a Ordem dos Diáconos Batistas do Estado do Acre e a Associação dos Diáconos

Na terceira e última sessão tivemos a mensagem oficial com o pastor Hilquias Paim, presidente da Convenção Batista Brasileira. No momento foi escolhida uma comissão especial composta pelos diáconos: José Ayres, Antônio Domeni e Justino Rodrigues, para deliberar sobre as pendências com relação as carteiras do ministério diaconal do Brasil. Também tivemos o momento de agradecimento e homenagens. Homenageamos a diaconisa Maria da Natividade, pela conclusão do seu trabalho à frente como coordenadora dos diáconos Batistas do Nordeste, pelos excelentes trabalhos prestados e pelo avanço do ministério diaconal na região, enquanto ela esteve como coordenadora; também homenageamos o diácono Antônio Soares, membro da Associação dos Diáconos Batistas do Rio de Janeiro (ADIBERJ) por seus excelentes trabalhos prestados na sua Igreja e na sua associação, na sociedade, como também aos diáconos Batistas do Brasil, reconhecido assim como diáconos dos diáconos, aquele que está pronto para servir a todos.

Por fim, homenageamos e agradecemos a Igreja Batista em Campo Grande - PE por sua maravilhosa recepção e cuidado naquela assembleia onde recebemos quase 200 inscritos e mais de 300 participantes. n

10 O JORNAL BATISTA Domingo, 12/02/23 NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
Jorge Souza presidente da Associação dos Diáconos Batistas do Brasil
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O agir de Deus nas dificuldades

Percebemos aqui na Argentina, a necessidade de ensinar e treinar os nossos jovens que estavam muito interessados na grande missão de compartilhar o Evangelho. Assim, desde 2017, começamos a lecionar aulas específicas em nossa Escola de Missões, “Centro de Formação Missionária” (CFM).

Enfrentamos alguns desafios durante este período, um deles foi a pandemia, em que alguns desanimaram em razão da ausência de recursos tecnológicos. Porém, em meio aos obstáculos, nunca nos faltou a graça e a misericórdia de Deus para superá-los, e ver, inclusive, o que Ele sinalizava.

Começamos o CFM com 25 alunos, que se dedicavam e se maravilhavam com o que aprendiam. Com a pandemia, suspendemos as aulas presenciais e nos adaptamos à nova modalidade virtual. E, mais uma vez, Deus nos surpreendeu trazendo alunos de outros países, inclusive de Cuba.

Recentemente, realizamos um intensivo no qual ministramos uma das últimas matérias (Bibliografias missionárias), em que os alunos, dois meses antes, se preparavam para expor seus trabalhos e concluir com um programa

estabelecido. Uma vez mais, Deus nos surpreendeu, pois vimos o nível de conhecimento nas apresentações finais de cada aluno.

Em novembro, viajamos com um grupo de alunos que concluíram as matérias para um tempo de prática transcultural no Paraguai. Para que isso seja possível, contamos com suas orações, pois temos pouco tempo para

levantar os recursos necessários para alugar um veículo próprio. Louvamos a Deus pela vida desses jovens que aceitaram o desafio. E nossa oração é que tenham um tempo prático maravilhoso e sirvam a Deus por toda a vida.

Ore pela Argentina, um país tão rico em recursos naturais, mas, no entanto, mergulhada numa crise política e econômica intensa. Interceda pelos

jovens, para que não desanimem e sigam aprendendo e compartilhando o evangelho. Ore pelo final do projeto de revitalização da igreja local, que estamos concluindo. E interceda por nossa saúde e nossa família no Brasil.

Receba um grande e forte abraço dos seus missionários na Argentina. Rogamos muitas bênçãos de Deus sobre sua vida. n

Nova revista da Reflexão Missiológica disponível

Redação Missões Mundiais

A Reflexão Missiológica tem como missão ser um espaço de reflexão e diálogo que estimule a publicação de textos inéditos em língua portuguesa, fomentando pesquisas interdisciplinares relevantes à práxis missionária.

Os conteúdos da revista destinam-se prioritariamente ao público acadêmico, a saber, professores, pesquisadores e estudantes, bem como cristãos interessados na reflexão teológico-missionária

Palavra do diretor executivo de Missões Mundiais, pastor João Marcos B. Soares, sobre a nova revista disponibilizada:

Compartilhamos com todos mais uma publicação da Revista de Reflexão Missiológica, que é uma publicação eletrônica semestral produzida pelo Núcleo de Inteligência MissionáriaGerência de Missões da Junta de Missões Mundiais da Convenção Batista Brasileira.

Queremos que a Revista de Reflexão Missiológica permita aos leitores estudar e discutir as questões mais atuais em missões, identificar

as necessidades e as oportunidades, analisar as respostas às questões missiológicas e compreender melhor os desafios e as tendências globais da missão.

Nessa publicação, a Revista de Reflexão Missiológica aborda sobre “os desafios globais da missio Dei”. O princípio fundamental da missio Dei é que Deus é o autor da missão e usa a Igreja para realizar Seu plano de salvação.

A missio Dei também se tornou um princípio importante para entender como a Igreja deve enfrentar as mudanças culturais, sociais e teológicas ao longo das eras. Enquanto a Igreja segue o princípio da missio Dei,ela tem sido capaz de se adaptar e permanecer relevante.

É necessário que façamos uso da nossa criatividade para abordar esses desafios e fazer o avanço do Reino de Deus possível para todos. Estamos comprometidos em ajudar a alcançar essas metas e acreditamos que, juntos, podemos criar uma mudança significativa na vida dos povos não alcançados.

Confira a revista atual: www.periodico.reflexaomissiologica.com.br n

11 O JORNAL BATISTA Domingo, 12/02/23 MISSÕES MUNDIAIS

Com o olhar atento no futuro, Ordem dos Educadores Cristãos Batistas do Brasil inicia o ano com mudanças e novidades

“Educação Cristã: O Futuro Começa Agora!” foi a temática desenvolvida.

A Assembleia Anual da Ordem dos Educadores Cristãos Batistas do Brasil (OECBB) aconteceu no dia 17 de janeiro de 2023, na Igreja Batista Emanuel, em Boa Viagem (Recife-PE). Com a sua principal mudança no Estatuto, a Associação dos Educadores Cristãos Batistas do Brasil (AECBB) passa a ser Ordem dos Educadores Cristãos Batistas do Brasil (OECBB).

Além da nova fase da OECBB, que traz desafios e fortalece o envolvimento de educadores cristãos em todo o Brasil, o tema abordado neste ano também foi igualmente motivador: “Educação Cristã - O Futuro Começa Agora!”

Durante a programação do período da manhã, os educadores cristãos refletiram sobre o tema de diversas formas, tiveram momentos de louvor e adoração e participaram das seguintes oficinas:

A Igreja, o futuro e a criança

A Igreja, o futuro e o adolescente

A Igreja, o futuro e a juventude

A Igreja, o futuro e inclusão

A Igreja, o futuro e tecnologia

A Igreja, o futuro e cultura de paz

A Igreja, o futuro e produção de conteúdo

Tivemos o total de 194 inscrições, sendo 172 para participar presencialmente e 22 de forma online. No local do evento estavam presentes 156 dos inscritos, representando 17 Estados brasileiros.

Nos momentos deliberativos do período da tarde tivemos a aprovação de atas, apresentação de relatórios, homologação dos sócios convidados, revisão e aprovação do regimento interno, orçamentos para o ano e a pos-

se da nova Diretoria. Conheça a nova diretoria da OECBB para os anos de 2023 a 2025:

Presidente: Márcia Fernandes Kopanyshyn

Primeira vice-presidente: Laudicéa

Cordeiro de Pina

Segunda vice-presidente: Eva Souza da Silva Evangelista

Primeira secretária: Luciene Costa

Santos Freitas

Segunda secretária: Vanessa Ramos do Nascimento

Também tivemos a eleição do Conselho Fiscal e os coordenadores Regionais. Confira os nomes:

Conselho Fiscal: Maria de Fátima dos Santos (relatora), Magnoneide Matos da Silva e Cleide Maria da Silva

Coordenadora da Região Norte: Chilejone Rodrigues Almeida Marinho

Coordenadora da Região Nordeste: Eliszangela Santos de Oliveira

Coordenadora da Região Centro-Oeste: Samya Vanessa Soares de Araújo

Coordenadora da Região Sudeste: Neusir Brito

Coordenadora da Região Sul: Sandra Gusso

Para finalizar a programação foi oferecido um jantar regional muito especial, proporcionando comunhão para todos os participantes e equipe. Nossa esperança é que com as mudanças e novidades, a OECBB seja ainda mais representativa em Foz do Iguaçu - PR, no ano de 2024! n

12 O JORNAL BATISTA Domingo, 12/02/23 NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
Priscila Slobodticov Saffiotte jornalista, membro da Primeira Igreja Batista da Penha - SP

Ex-alunos dos Seminários do Sul e Equatorial se reúnem na 102ª Assembleia da Convenção Batista Brasileira

Egressos refletiram sobre a “Paixão pelo Ministério”.

do Brasil e Seminário Teológico

Batista Equatorial

Durante a 102ª Assembleia da CBB, que aconteceu em Recife - PE, de 19 a 21 de janeiro, diversos ex-alunos do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil (STBSB) e do Seminário Teológico Batista Equatorial (STBE) se encontraram, para relembrar os tempos em que foram seminaristas. Foi um tempo de muita emoção, gratidão e boas lembranças.

O evento aconteceu no Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil (STBNB), em Recife - PE e o primeiro encontro foi para os ex-alunos do Seminário do Sul. O tema da programação foi: “Paixão Pelo Ministério”, e o preletor e ex-aluno do Seminário do Sul, pastor Fausto Aguiar de Vasconcelos, compartilhou momentos preciosos que viveu em sala de aula, durante os anos em que esteve no seminário. “A idade é o que conta menos desde que você esteja aberto a aprender”, disse o pastor”.

Já no segundo dia de evento, foi a

vez do Seminário Equatorial conduzir o momento de reencontro dos seus ex-alunos. O preletor foi o pastor Jefferson Dantas, que também falou sobre o tema “Paixão Pelo Ministério”. Foi um reencontro mais do que especial e memorável para os ex-alunos do Seminário Equatorial de Belém - PA.

Essa programação promove encontros entre ex-alunos, que, na maior parte das vezes, seguiram rumos diferentes na caminhada ministerial. Aqueles que se viam todas as semanas na faculdade, agora, pastoreiam,

são ministros de música e servem em diversos estados do nosso país. Por isso, esse foi um momento especial para relembrar as histórias vividas nos seminários e compartilhar sobre como tem sido essa caminhada de “Paixão pelo Ministério”.

Tanto o Seminário do Sul quanto o Seminário Equatorial buscam, incansavelmente, trabalhar com excelência para receber e preparar seus alunos, capacitando-os para o exercício do ministério cristão. Continuamos firmes na missão! n

13 O JORNAL BATISTA Domingo, 12/02/23 NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA

A vaidade é um sentimento de grandeza, desejo de projeção pessoal e elevação de si mesmo. Sem dúvida, é um sentimento que tem a sua origem, a sua gênese na desobediência dos nossos pais no Éden (Gênesis 3.1-7). A artimanha da serpente era tornar Adão e Eva vaidosos, senhores de si mesmos e capazes de se autogovernarem e se autopromoverem. A vaidade se revela interna e externamente. A estética como estilo de vida mostra drasticamente a vaidade do coração. Adquirir coisas caras para se afirmar na vida é uma atitude de vaidade. A pessoa vaidosa gosta de aparecer. A vaidade é um sintoma do coração doente, da cardiopatia produzida pelo pecado. O antídoto é a simplicidade do Evangelho. A Pessoa de Cristo que se humilhou por amor a nós. Ele, sendo Deus, tomou a forma de servo e fez-se semelhante aos homens (Filipenses 2.5-8).

Precisamos considerar com muita seriedade a vaidade ética daqueles que se acham invulneráveis, que têm a especialidade característica do reli-

gioso de se considerar melhor do que o outro. Jesus acertou precisamente ao contar a parábola do fariseu e do publicano. Diante do altar, em oração, o fariseu era um vaidoso do ponto de vista ético, moral. Aliás, esta atitude denota moralismo, enquanto a simplicidade dos que têm consciência de suas falhas, limitações, chama-se moralidade. Os chamados éticos vaidosos são insensíveis em relação ao erro dos outros. Como o fariseu da parábola contada por Jesus, eles batem no peito e agradecem ao Senhor que não são como os outros homens, ladrões, injustos, adúlteros (Lucas 18.11).

Os que são acometidos de vaidade ética confiam em si mesmos, se consideram justos e desprezam os outros (Lucas 18.9). Vivemos dias difíceis, de homens e mulheres da mídia chamada evangélica que dão lição de moral em todo mundo. Parece-nos que eles não têm pecados, são pessoas perfeitas, acima daqueles que se acham incapazes de olhar para o alto, se lamentam profundamente e pedem misericórdia ao Senhor (Lucas 18.13. Os acometidos de vaidade ética têm a sua mente fica cauterizada e o seu cora-

A vaidade dos éticos

ção endurecido por uma religiosidade voltada para o juízo temerário. Estão mais preocupados com o seu trabalho, sua profissão do que com pessoas e suas necessidades. Expressão pura de egocentrismo na contramão do amor incondicional.

Jesus nos ensina que “todo o que se exaltar será humilhado; mas o que se humilhar será exaltado” (Lucas 18.14). A vaidade ética é, na verdade, uma atitude de se exaltar, se achar melhor do que os outros. Essa gente pensa que é tão santa que não se mistura, pois, a plataforma do seu moralismo está muito acima dos que eles chamam de fracos, carnais e debilitados moral e espiritualmente. Há homens e mulheres que são idolatrados, ovacionados pelos chamados ‘fiéis’. Cantores evangélicos e pregadores “famosos” se acham referenciais éticos. Há líderes chamados evangélicos da mídia que vivem regaladamente. Essas pessoas são tão bajuladas, tão requisitadas e tão famosas que se acham acima de qualquer suspeita. Usam os crentes sinceros para inflarem a sua vaidade. É aqui que perdem a consciência da ética cristã.

Que o Senhor nos livre da vaidade ética dos escribas e fariseus e nos dê a consciência das nossas fraquezas, limitações e vulnerabilidades tão presentes nos publicanos. Vivamos como filhos de um Deus Santo em plena obediência. Que olhemos para o Senhor como motivação para vivermos uma vida pura, saudável e útil. Que a ética do Reino de Deus permeie todo o nosso ser. Sejamos pacientes com os que erram e os ajudemos a levantar-se. Odiemos o erro, o pecado, mas amemos o errado, o pecador. Tenhamos a consciência de que falhamos, mas o perdão de Deus em Cristo Jesus é real e eficaz para nos ajudar e nos levar à superação. Aprendamos com Jesus a amar as pessoas, entendê-las e encorajá-las a vencerem as suas lutas diárias. Que o Senhor avive a nossa consciência, examine o nosso coração e firme bem os nossos passos. Deixemos todo o embaraço e o pecado que nos assedia diariamente e corramos com perseverança a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para Jesus, o Autor e Consumador da fé (Hebreus 12.1,2). Vivamos sob a ética de Jesus de Nazaré!

Um homem de coração puro

Estudo extraído do site www.embaixadoresdorei.org

Você já parou para pensar no significado da palavra pureza? A pureza é uma qualidade do puro, ou um estado ou qualidade do que não tem mácula moral. Parecem metas difíceis de serem alcançadas. Quando falamos de pureza imaginamos uma vida 100% correta, sem erros, sem falhas. Como podemos ter um coração puro, um coração que agrade a Deus, mesmo tendo nossos pecados, nossos defeitos, nossas fraquezas. Quero compartilhar com você, Embaixador do Rei, a vida de um personagem que cometeu muitos erros, mas, que através de um arrependimento sincero e mudança de atitudes, teve um coração puro na presença de Deus. Vamos estudar a vida de Davi.

Vamos começar relembrando o significado do branco:

Branco: Pureza

a) Do corpo

b) Da mente

c) Da alma, na adoração a Deus e somente a ele.

Leia o texto bíblico de Atos 13.22.

1. Um homem de coração puro tem o espírito do Senhor em sua vida

Veja como começa a história de Davi: Leia I Samuel 16.13. Davi foi escolhido por Deus e ao ser ungido recebeu o Espírito em sua vida.

Ter o Espírito do Senhor em nossas vidas nos aproxima de Deus. Foi esse Espírito que dirigiu as ações de Davi. Foi esse Espírito na vida de Davi que fez dele um Rei de muitas qualidades. Veja alguns textos bíblicos: I Samuel 17.26 (corajoso), I Samuel 18.5, 14 (prudente), I Samuel 18.16 (o povo amava a Davi).

Quando aceitamos a Jesus recebemos o seu Espírito, que nos orienta e ajuda em nossa jornada cristã. Este Espírito em nossas vidas é a principal diferença entre o homem de Deus e o pecador. Leia João 14.26.

O Espírito do Senhor foi a diferença na vida de Davi. Você tem ouvido a voz do Espírito Santo para mudar suas atitudes? Um coração puro diante de Deus é um coração que ouve a voz de Deus e busca seguir os Seus ensinamentos. Veja o que Jesus diz sobre isso em João 15.14.

Um homem de coração puro busca através da leitura da Palavra de Deus, da oração, de comunhão. Muitos dos Salmos escritos por Davi refletem esta comunhão que ele tinha com o Senhor. Descubra algum desses Salmos e leia, depois verifique a pureza da adoração de Davi através de sua glorificação e da sua adoração a Deus.

2. Um homem de coração puro confessa seus erros a Deus.

Davi cometeu muitos erros em sua vida. Alguns por imprudência, outros por imaturidade. Alguns pecados nas guerras. Mas teve um erro cometido por Davi que provavelmente foi um dos mais graves que ele cometeu em sua vida. Leia esta história em II Samuel 12. Como disse, Davi não era mau, nem tinha prazer em pecar, antes, seu coração era preocupado com as coisas de Deus. Leia II Samuel 7.2-3 e veja como Davi se preocupava com a Arca. Ele dizia a Natã que morava em uma boa casa enquanto a Arca de Deus estava protegida por cortinas.

Mas voltando a história de II Samuel 12, Davi pecou contra Deus. Usou

a sua autoridade, o seu corpo, a sua mente para praticar um terrível pecado contra seu amigo e contra o Senhor.

Após a visita de Natã, Davi caiu em si e viu o grande mal que tinha feito contra Deus. O Salmo 51 é a oração confessando o seu pecado e buscando perdão em DEUS. “Cria em mim ó DEUS um coração puro e um espírito de retidão.” Esta foi uma oração sincera de alguém arrependido. Esta honestidade em confessar e buscar o perdão revela a natureza do seu coração.

I João 1.9, este versículo você conhece bem. Mas a pergunta é: Você confessa os seus erros diante de Deus? Você tem buscado corrigir estes erros cometidos? Como todo cristão, você não está isento de errar diante do Senhor, mas ao fazê-lo deve buscar ser como Davi, confessar, pedir perdão e mudar suas atitudes.

Deus ama a sinceridade do cristão. Procure ter em Deus um amigo de verdade, confie a Ele suas aflições, busque nEle a ajuda que você precisa. Confesse com honestidade seus erros, seus pecados e, com certeza, o seu coração será um coração que agradará ao Senhor. n

14 O JORNAL BATISTA Domingo, 12/02/23 FÉ PARA HOJE PONTO DE VISTA

Fins e meios - segredo que pode levar ao sucesso ou fracasso

Há princípios simples que regulam a vida humana. Um deles diz respeito às finalidades das coisas. No campo da filosofia estudamos isto no capítulo chamado teleologia. Um fogão foi feito para aquecer, uma geladeira para gelar etc. Como você pode ver, o princípio é simples. Há ainda o princípio dos meios que indica como um fim é alcançado. Um fogão aquece utilizando geralmente gás liquefeito de petróleo. Uma geladeira, eletricidade. O próprio fogão ou geladeira são também meios.

Outro detalhe fundamental é o relacionamento entre meios e fins. Para chegarmos aos fins precisamos dos meios. Para um fogão cumprir o seu papel - aquecer - é necessário um agente que funcione como meio - gás. O que é mais importante? O gás, que é o meio, ou o fogão? Todos os itens são importantes, mas o mais importante é o fim que queremos conseguir - aquecer uma comida, por exemplo. Assim, fogão e gás são meios para que o aquecimento de concretize, que é a finalidade que desejamos.

Podemos confundir fins e meios e vice-versa a ponto de um ser trocado pelo outro. Um fogão pode ser autolimpante, ter acendedor automático, ter cronômetro etc. Assim, por exemplo, quando vamos a uma loja comprar um fogão, poderemos nos confundir em diversos detalhes a ponto de esquecermos do fundamental - fim para o qual precisamos de um fogão: aquecer, fazer comida etc.

Esses princípios simples também se aplicam às organizações e entidades, que existem em função de fins a elas propostos. Seminários existem para formar líderes; Juntas Missionárias para promover a obra missionária; Orfanatos, para promover a dignidade humana; Colégios Batistas para promover a obra educacional expandindo os ideais evangélicos, evangelizar

e promover a ação social (no correto sentido da palavra) etc. Assim, uma instituição ou entidade existe como meio para realizar um ou mais fins. Isso é tão importante que os cientistas da administração contemporânea têm escrito pilhas de livros sobre temas como RAZÃO DE SER, MISSÃO, VISÃO e hoje já se fala em Propósito Transformador Massivo (PTM) que aprofunda muito mais a busca pelos fins desejados para uma organização ou empreendimento.

Com o passar do tempo a distinção entre meios e fins pode não ficar bem clara. Os meios podem se tornar em fins e os fins podem ser esquecidos, por exemplo, no funcionamento de uma organização.

A própria estrutura denominacional, que chamamos de Convenção Batista e suas instituições/entidades/organizações, deve existir em função das Igrejas locais promovendo a cooperatividade e mutualidade entre elas, que aliás está expressa na declaração de missão da Convenção Batista Brasileira, como seu fim a ser alcançado.

As Igrejas locais não existem por causa da Convenção, mas a Convenção existe por causa das Igrejas. Atender as necessidades das Igrejas locais deve ser a preocupação-fim de uma Convenção, seus organismos, de associações regionais etc., enquanto estrutura funcional.

Vamos a uma abordagem prática. É comum quando uma Junta ou Conselho de Área se reúne enfatizar a avaliação do relatório administrativo/ contábil/financeiro da entidade ou instituição “subordinada”, mas nem sempre enfocando o relatório de suas atividades-fim e conectando esses outros aspectos com suas atividades-fim.

Assim, não é raro que Juntas e Conselhos de Áreas sejam surpreendidos por situações de crise e fora de controle de instituições/entidades, tendo deixado de considerar sinalizadores

preventivos que foram apresentados nos relatórios, que estão conectados direta e imediatamente com aspectos contábeis e financeiros, mas nem sempre com as finalidades da existência de uma instituição, às vezes considerada de natureza mais abstrata do que relatórios financeiro/contábeis com seus detalhes quantitativos mais visíveis de imediato. Daí criam-se comissões, Grupos de Trabalho, mas muitas vezes, poderá ser tarde demais. Parece ficar claro aqui que os fins provavelmente foram trocados pelos meios.

Nesse sentido, pode ocorrer que as atividades, preocupações e gestão da instituição/entidade acabem por convergir para ela mesma e se busca a sua sobrevivência, esquecendo-se do fim para o qual existe.

Claro que o aspecto financeiro-contábil precisa ser considerado. A gestão estratégica é como um avião em que cada asa representa um aspecto do seu funcionamento. Uma asa é a da sustentabilidade financeira (asa quantitativa), a outra diz respeito à finalidade, razão de ser institucional (asa qualitativa). Para um voo adequado, as duas precisam estar em equilíbrio. O que estamos aqui destacando é sobre essa outra asa, pois se a ênfase seja apenas no aspecto quantitativo, o qualitativo é prejudicado e o voo perde o rumo.

Pode também ocorrer que membros de Juntas ou Conselhos, em geral pastores, tragam o modelo de gestão e funcionamento eclesiástico para dentro dessas organizações, mas temos de nos valer dos princípios de gestão próprios da natureza e finalidade da organização a que devemos gerir ou supervisionar. Então, Igreja e estruturas convencionais sendo modelos diferentes exigirão adoção de modelos adequados de gestão e, em cada caso, diferenciando fins e meios. O mesmo poderá ocorrer quando o comando de uma instituição ou organização de-

nominacional, especialmente se for exercido por alguém com o dom pastoral. Pastorear uma Igreja é uma coisa, dirigir uma instituição denominacional poderá ser outra. São fins e meios geralmente diferentes.

Outro aspecto é a preservação da memória histórica da instituição que foi confiada a um dirigente ou executivo, pois muitas vezes poderemos ser tentados a “zerar o velocímetro” histórico da instituição a partir do dia de posse, fazendo com que a história da instituição, bem como seus princípios vitais e fundamentais, seja considerada apenas a partir daquele momento, sendo mobilizados a recriar ou reinventar a instituição que está sendo dirigida. Tudo isso se aplica também a qualquer atividade, inclusive a eclesiástica, ao pastoreio, não apenas ao ambiente denominacional.

Precisamos dinamizar nossa ação como denominação e redescobrir com clareza nossa razão de ser e redimensionar todas as nossas atividades e projetos de modo que venhamos a ter esse foco como nosso alvo a perseguir.

Todo povo Batista precisa estar em contínua oração para que executivos, diretorias, conselhos e juntas possam ter sempre lúcida nossa missão como convenção e instituições, para que sempre possamos ter sabedoria nas decisões diárias, para que possamos, por Deus, sermos capacitados para os desafios que nos cabem. Também para que membros de Juntas e Conselhos possam atuar de modo cada vez mais sábio, especialmente considerando os sinalizadores que colocam em risco a existência de nossas instituições no cumprimento dos fins para os quais elas existem. É nossa oração. Amém! Detalhes como estes promoverão mais e mais nossa unidade como denominação.

Contatos: rega@batistas.org

Instagram: @lourencosteliorega n

15 O JORNAL BATISTA Domingo, 12/02/23
BATISTA PONTO DE VISTA
OBSERVATÓRIO
Lourenço Stelio Rega
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