AH - Principal | 3 de dezembro 2015

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Fundado em julho de 2002 Lajeado, quinta-feira, 3 de dezembro de 2015 Ano 12 - Nº 1482 Avulso: R$ 1,00 Fechamento da edição: 21h

PESQUISA DO IBGE

REGIONAL ASLIVATA

Voluntários superam dificuldades Na segunda reportagem da série sobre os 30 anos da Aslivata, presidentes relembram a história da década de 90. Época em que a associação quase fechou as portas.

Média de vida no RS sobe para 77,2 anos E

studo do IBGE mostra que a população do RS está vivendo mais. Dados mostram que a expectativa de vida alcançou 77,2 anos, dois anos acima da média nacional. A projeção do instituto para os próximos anos é

de ampliação no número de pessoas com mais de 60 anos, que hoje representam 13,7% do total. O crescimento no número de idosos resulta em mais procura por atividades físiPágina 6 cas, culturais e de lazer à terceira idade.

OLIMPÍADAS DE MATEMÁTICA

Estudante conquista o 1º lugar

Material escolar encarece até 30% ANDERSON LOPES

MACIEL DELFINO

Vinícius Ritter Pozzebon, de Imigrante, ficou com a medalha de ouro na Olimpíada Brasileira de Matemática. Prova ocorreu Conexão em setembro.

PREVISÃO PARA 2016: Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (Abfiae) estima que itens nacionais ficarão Página 7 12% mais caros. Já os artigos importados podem ter um incremento de até 30% nos preços

TEMPO NO VALE Quinta-feira no Vale: nuvens com chuva passageira e aberturas do sol Mínima: 19°C - Máxima: 27°C FONTE: CIH/UNIVATES

CRUZEIRO DO SUL

Demora na liberação gera perda de investimento A dificuldade em conseguir licença para instalar unidade fabril nos lotes do Distrito Industrial afasta empreendedores do município. Pelo

menos seis empresas suspenderam projetos no local. Município estima Página 8 licenciamento ambiental até o segundo semestre de 2016.


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A HORA · QUINTA-FEIRA, 3 DE DEZEMBRO DE 2015

Ideias

EXPEDIENTE

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Diretor Geral: Adair Weiss Diretor de Redação: Fernando Weiss Diretor Comercial: Sandro Lucas Diretor Administrativo: Fabricio Almeida

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Fundado em 1º de julho de 2002 Vale do Taquari - Lajeado - RS

Redes sociais: lugar de fazer negócios

A

internet possibilita aos empresários mais oportunidades de negócios, ao mesmo passo que amplia aos clientes as chances de comprar. Ao permitir, enquanto empresa, que sua marca seja vista nas mídias digitais, você não apenas interage mais com seu possível consumidor, como gera mais relacionamentos, visibilidade e vendas. Acredito que toda empresa com foco nos resultados de crescimento futuro tenha a obrigação de determinar qual mídia digital é mais importante para o seu público-alvo, para então, fixar-se nela como uma solução. Estratégias de comunicação que contemplam o on-line são importantes para os negócios, pois as mídias digitais são a nova forma de comunicação. Usar pla-

taformas que agregam usuários, encontrar seu nicho e produzir conteúdo para esse potencial cliente são tarefas que exigem responsabilidade. Uma marca

Na era da conectividade, o consumidor não espera.”

não pode simplesmente postar no Facebook, no Instagram e em tantas outras mídias próprias de forma indiscriminada. A marca precisa ter coerência e levar para o ambiente digital estratégias de alto impacto, que estejam alinhadas com seu propósito e universo de atuação. Se sua marca preza pela qualidade no relacionamento com o cliente, tem equipe atuante e gestão inovadora, com certeza será muito mais fácil inserir-se no ambiente virtual. Na era da conectividade, o consumidor não espera. E nem precisa, pois ao seu dispor existem milhares de opções, com um clique de distância entre um e outro. Agir de forma rápida e ser encontrado por esse consumidor, no tempo e espaço dele,

Graziela Muniz Coordenadora do Centro de Educação Profissional Pipocando Marketing Professora de Mídias Digitais contato@pipocandomarketing.com.br

poder garantir além de cliques, novos relacionamentos para sua empresa. Entre as principais mídias digitais sociais, está o Facebook. Segundo dados da própria empresa, quase metade dos usuários da rede (que no Brasil são 96 milhões/mês) utiliza a plataforma para buscar produtos. Ou seja, passou a fase de conectar-se apenas a amigos e familiares. As marcas cada vez mais ganham espaço privilegiado no feed e nas interações.

INDICADORES ECONÔMICOS MOEDA

COMPRA

VENDA

Dólar Comercial

3,8361

3,8367

Dólar Turismo

3,7600

4,0300

Euro

4,0100

4,2800

Libra

5,7681

5,7698

Peso Argentino

0,3974

0,3976

Yen Jap.

0,0312

0,0312

Cotação do dia anterior até 17:45h, Valor econômico.

ÍNDICE

ÍNDICE MÊS (%)

MÊS

ACUMULADO ANO (%)

ICV Mes (DIEESE) 11/2015

0,78

9,47

IGP-DI (FGV)

11/2015

1,76

8,90

IGP-M (FGV)

11/2015

1,89

8,36

INPC (IBGE)

11/2015

0,77

9,07

INCC

11/2015

0,27

6,66

IPC-A (IBGE)

11/2015

0,82

8,53

Salário Mínimo/2015 R$ 788,00

TAXAS E CERTIFICADOS (%)

MÊS

ÍNDICE MÊS (%)

ACUMULADO ANO (%)

TJLP

7,0

Selic

14.25%(meta)

TR

0,1790

1,5670

CDI (Mensal)

11/2015 1,1077

10,7699

Prime Rate

11/2015

3.25

3,25 (Previsto)

Fed fund rate

11/2015

0.25

0,25 (Previsto)

-Ouro (dólar) – Onça Troy – USD 1068.3– cotação do dia 02/12/2015

BOLSAS DE VALORES

PONTO

VARIAÇÃO FECHAMENTO (%)

Ibovespa (BRA)

44914

-0,29

Dow Jones (EUA) 17.888

0,95

S&P 500 (EUA)

2.103

1,47

Nasdaq (EUA)

5.136

-0,37

DAX 30 (ALE)

11.190

-0,63

Merval (EUA)

12.764

-0,49

cotação do dia anterior até 17h45min

Petróleo (dólar)/Brent Crude – barril – USD 44.44 em 02/12/2015

Passando QBoa no centro de Lajeado

C

ontinuo a escrever sobre gênero e sexualidade. Sinto falta de quem aborde a temática sem apenas reafirmar posições pacíficas ou, por outro lado, esbanjar conservadorismo. Aprendi a ser muito liberal em relação a esses assuntos e, creio, os textos podem (me) auxiliar a construir diálogos a partir de diferentes pontos de vista. Não importa se os resultados não diferirem do costumeiro. O filósofo Michel Maffesoli bem conforta ao atestar que não devemos esperar eficácia imediata das palavras. Pois bem, no jornal A Hora do dia 11/11/2015, página 10, há uma matéria intitulada “Proprietários podem ter desconto no IPTU”, que remete aos prédios históricos de Lajeado e à conhecida imperícia regional em lidar com a memória. Destaca-se a atuação do Comitê Gestor de Revitalização do Centro Histórico. Entre seus objetivos, estaria a busca de alternativas para a preservação do patrimônio e “para melhorar a qualidade de vida”. Um dos aspectos problemáticos, segundo Ítalo Reali, presidente do comitê, é a segurança precária. Várias vias estariam tomadas “pela prostituição, drogadição e criminalidade.” Um subtítulo chama

a atenção para a “polêmica sobre prostituição”, informando haver propostas para a “destinação de uma área fora do perímetro urbano para instalar em prédio apropriado os trabalhos de prostitutas e travestis, que hoje ficam nas ruas secundárias do centro.” Uma lei proibindo a atividade nesses espaços estaria sendo pensada.

Não (me) ficou claro para quem será a ‘qualidade de vida’ buscada pelo comitê.”

Esse encaminhamento me lembra de projeto que encontrei por acaso nos arquivos da Câmara de Vereadores de Estrela. Em 1966, havia a intenção de afastar a zona de meretrício dos olhos das pessoas de bem. Sugeria-se a construção de um espaço cercado por arame farpado, uma mata de eucaliptos na frente – para impedir a visão dos transeuntes – e um posto policial com um “xadrez” ao lado. Lindo, não? Os tempos podem ser outros, mas a mentalidade se constitui de permanências. Por exemplo, a persistência em enxergar degenerados naqueles que dispõem livremente de seu corpo (também em casos de aborto, eutanásia e suicídio). A relação entre crime, prostituição e consumo/tráfico de entorpecentes precisa de análises menos simplistas, mas não tenho fôlego para isso aqui. Por hora, basta dizer que enxergo o profissional do sexo (por opção) como vejo o padeiro, a vendedora da loja, a atendente do banco, o motorista de táxi. Apenas mais alguém com uma profissão. Boa parte do resto é preconceito. Não (me) ficou claro para quem será a “qualidade de vida” buscada pelo comitê. Provavelmente, se questionados, apontarão os vários envolvidos como beneficia-

Jandiro Adriano Koch Estudante de História da Univates jandirokoch@gmail.com

dos, mas não estou tão certo de que na prática isso aconteça ou sequer seja preocupação. Porque, de início, envolveria a participação dos interessados nas conversações. Ajuntarei os butiás do chão se isso estiver acontecendo. Criar núcleos distantes por onde não é necessário transitar é a sugestão de sempre. Não seriam os países que mal lidaram com seus imigrantes, escondendo-os das áreas centrais e daquelas visitadas por turistas, resultando em bolsões de pobreza nas periferias, mutatis mutandis, indicadores de que não é a melhor escolha? Para encerrar (ou começar), grifo as palavras de Muniz Sodré em Extremos Contemporâneos: “Existe um abismo entre o reconhecimento filosófico do outro, que é abstrato, e a prática ético-política de aceitar outras possibilidades humanas, de aceitar a diversidade, num espaço de convivência.” É isso.


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Rodrigo Martini martini.jornal@gmail.com lentem.wordpress.com

Quando percebemos que ídolos são humanos

E

u tinha 13 anos no dia 23 de agosto de 1995. Fui de excursão a um dos meus primeiros jogos no Estádio Olímpico. Eu era um dos 61 mil gremistas espremidos sobre o concreto da velha casa gremista naquela fria noite de inverno. No campo, Grêmio e Nacional de Medellín em uma legítima final de Taça Libertadores da América. Fiquei próximo ao meio-campo, onde no gramado havia uma faixa com a frase: ‘Fica Jardel’. Era uma promoção da direção gremista para tentar manter seu grande centroavante diante das tentadoras propostas europeias. O mundo queria os gols dele. A memória segue fresca. Aos 43 minutos do primeiro tempo, Carlos Miguel chutou forte de perna esquerda. O goleiro colombiano era o folclórico Higuita. Esse espalmou debilmente a bola para a sua direita. Lá estava Jardel. Parece que foi ontem. Não lembro ter vibrado tanto com um gol como daquela vez. Era o gol do grande ídolo na final da Libertadores. Aquele desgracioso cearense correu em direção à faixa e pediu para que ligássemos. Eu liguei. Por várias vezes – e sem meus pais saberem – eu liguei. Lembro como se fosse hoje daquela camisa 16 voadora. Os colorados tinham pesadelos. Na porta do meu antigo armário, no agora amontoado cômodo na casa dos

meus pais, um pôster de Jardel solenizando um dos seus 67 gols pelo Tricolor segue colado à madeira do móvel. Era nosso grande ídolo. E assim foi enquanto amontoava gols por Portugal e Turquia. Mas é preciso separá-lo do político. As acusações do MP são sombrias e consistentes. Desmontam a investida da defesa. E isso dói nos gremistas. Mas Jardel é e sempre foi humano. Como tal, é vítima de problemas sociais passíveis de acontecer com qualquer pessoa. E num país que insiste em criminalizar o uso de drogas o problema dos dependentes atinge níveis máximos de desesperança. Fato é que o destino de Jardel na política estava cravado. Não só pelos problemas de autocontrole da vida social, mas pela incapacidade intelectual e política demonstrada na campanha. Mesmo assim, fez 41 mil votos. Mil desses no Vale do Taquari. A pergunta é: Por que tanta confiança em alguém que não demonstra aptidão para tal cargo eletivo? Que ele merecia chances na vida após se declarar viciado em cocaína, é óbvio. Mas apostar nisso com dinheiro público, como se a Assembleia Legislativa fosse um centro terapêutico era um risco pelo qual nosso já desfalecido Estado não merecia. Jardel foi definhando aos poucos. Sua derrocada após assumir

XVII Prêmio Jornalismo do MP/RS A semana foi de comemoração. Minha matéria intitulada “Inquérito cita envolvimento de servidores”, mostrando suposto envolvimento de agentes públicos e do prefeito de Lajeado com o Cartel do Lixo, ficou com a segunda colocação na categoria Reportagem Impressa do XVII Prêmio Jornalismo do Ministério Público do RS. Mas o tempo de comemorar

é curto, porque o trabalho jornalístico, que teve importante suporte dos colegas repórteres Filipe Faleiro e Thiago Maurique, carece de resultados mais contundentes por parte do Judiciário. Leia-se aqui a necessária punição dos agentes efetivamente envolvidos, e do gestor, que prefere mandar ‘cartas de resposta’ ao jornal A Hora ao invés de atender à reportagem.

uma cadeira surgia nas entrelinhas. Poucos percebiam. Em abril, ele mandou embora toda assessoria montada pelo seu partido. Estava apoquentado com a falta de autonomia perante os vigilantes impostos pelo PSD. Foi o que disse seu novo chefe de gabinete na época, enquanto ele, Jardel, estava sumido sob a premissa de uma depressão. Na mesma época, Danrlei, padrinho dele na campanha e na recuperação moral do amigo, cantou a pedra e desligou as relações com o ex-parceiro de clube. Sem antes profetizar: “Não quero relacionar-me publicamente com quem conduz seu mandato e sua vida da maneira como meu ex-colega demonstrou que vai conduzir.” Hoje, todos entenderam o recado. Com seus novos assessores, Jardel degringolou. Os gastos de gabinete, que em março foram de R$ 2,4 mil, chegaram a R$ 12,5 mil em junho. O novo chefe de gabinete é suspeito de lhe auxiliar em desvios de verba pública. Óbvio que tais proezas são realizadas por outros parlamentares, mas Jardel mereceu ser o bode expiatório, mesmo com a exposição exagerada armada pelo MP e uma única equipe de televisão. Deu pena. Espero que ele se recupere o quanto antes como pessoa. Mas bem longe da Assembleia Legislativa.

Impeachment O processo de impugnação do mandato da presidente Dilma Rousseff pela Câmara dos Deputados era questão de tempo. Sairia por pressão ou por vingança. Saiu pelos dois. Não a defendo, e tampouco vejo como solução a imediata saída. Acho sim que Eduardo Cunha manuseia da pior forma possível nossa já desfalecida democracia. E me preocupa vê-lo aplaudido por isso.

Tiro Curto – A Coorevat recebe R$ 54 mil mensais do Governo de Lajeado para “prestação de serviços mecanizados de recepção, triagem, classificação, acondicionamento, prensagem e armazenamento temporário de resíduos sólidos” no centro de triagem do aterro sanitário. O contrato de um ano prevê R$ 648 mil à cooperativa; – A última diária do deputado estadual Jardel (PSD) antes do escândalo foi para uma viagem a Fazenda Vilanova, no dia 13 de novembro. Ele participou de evento de futsal e ganhou R$ 294,45 de reembolso; – Na ausência do Estado, destaque para o voluntariado de Lajeado na ampliação do presídio estadual, a ser inaugurada amanhã. Parabéns! – Edital para serviços de máquinas terceirizadas em Lajeado está orçado em R$ 4,1 milhões, dividido em oito lotes. Para participar, a empresa pode utilizar o registro no Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Estado (CAU/RS). A licitação inicia no dia 29; – Um ex-prefeito de Colinas processou jornal da capital gaúcha alegando “prejuízos à sua imagem”. Pedia R$ 50 mil. Ele perdeu e pagará R$ 5 mil relativo às custas do processo; – Na segunda-feira, ocorre reunião do PMDB de Lajeado. Os 45 membros do diretório votam pela manutenção ou rompimento da coligação com o PT. Tem secretário apostando na saída do partido do governo pelo placar de 30x15; – Skatistas lajeadenses solicitam doação de tinta acrílica, esmalte, óleo, pequena, grande. O que for. Querem, por conta própria, arrumar a única pista de skate disponível; – Vereadores de Fazenda Vilanova devem votar, até março de 2016, um projeto de lei autorizando o município a assumir as vias de asfalto laterais à BR-386. O Dnit concorda; – Com o turno único em Lajeado, a fiscalização das obras de R$ 20 milhões do PAC funciona só até as 13h30min. Boa quinta-feira a todos!

“Governar é fazer acreditar”

Maquiavel


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Política

Cunha abre processo de impeachment PAÍS– O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), iniciou ontem o processo de impeachment da presidente da República Dilma Rousseff. Com a decisão, uma comissão parlamentar será criada na câmara para elaborar um documen-

Marasca retorna à presidência da Amvat Prefeito de Westfália assume associação em 2016 ARQUIVO AHORA

to. O texto será avaliado em plenário. Para ser aprovado, precisa de pelo menos 2/3 dos votos. Caso os deputados decidam pelo impeachment, Dilma será afastada da presidência por 180 dias. Depois disso, o trâmite seguirá para julgamento no Senado.

ficou à frente o PP – somando 13 prefeituras entre as 40 ligadas à Amvat. Em segundo, o PMDB, com 12 prefeitos, e na terceira posição o PDT, com sete. Neste último ano, o representante deve sair do PT, sigla que elegeu cinco prefeitos. Concorriam à preferência do partido pela presidência Adroaldo Dacroce, de Relvado, Luís Fernando Schmidt, de Lajeado,

Emanuel Hassen de Jesus, de Taquari, e João Brandão, de Tabaí. Mas como todos devem concorrer à reeleição, o grupo preferiu Marasca. A reunião da Amvat, última deste ano, ocorre em meio às programações da 3ª Doutor Ricardo em Festa, programadas para todo o fim de semana. O encontro será a partir das 18h, no auditório do centro administrativo.

Se o vizinho está bem, iremos bem” À frente da administração municipal desde 2009, Marasca se reelegeu por aclamação nas eleições municipais de 2012. Foi o único candidato. Reconhecido pela gestão, ressalta a importância do planejamento estratégico para superar as adversidades e condicionar o desenvolvimento local.

Para Sérgio Marasca, momento de instabilidade econômica exige que os gestores aperfeiçoem sistema de administração

Vale do Taquari

N

a reta final como prefeito de Westfália, Sérgio Marasca (PT) assumirá a presidência da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat) em 2016. A impossibilidade de disputar a reeleição municipal, pelo fato de estar no segundo mandato consecutivo, o coloca à frente de outros políticos com preferência ao cargo na entidade. Candidato único,

será aclamado amanhã, em assembleia em Doutor Ricardo. Esta será a segunda presidência de Marasca desde 2011. A composição da nova diretoria, ainda não definida por completo, terá o atual presidente Valnei Cover (PDT), de Dois Lajeados, como primeiro vice-presidente. O segundo será o prefeito de Progresso, Edegar Cerbaro (PP). A ordem dos partidos políticos que assumem a associação é definida a cada quatro anos, logo

após as eleições municipais. Pelo acordo firmado entre as siglas, têm preferência aqueles que elegerem o maior número de prefeitos na região. No último pleito,

Presidentes 2016 – Sérgio Marasca (PT), Westfália 2015 – Valnei Cover (PDT), Dois Lajeados 2014 – Sidnei Eckert (PMDB), Arroio do Meio 2013 – Edegar Cerbaro (PP), Progresso 2012 – Ivo Lautert (PDT), Taquari 2011 – Sérgio Marasca (PT), Westfália 2010 – Paulo Cezar Kohlrausch (PMDB), Santa Clara do Sul

A Hora – O que deve predominar na gestão pública em 2016, visto a projeção de problemas ainda maiores na economia do estado e país? Sérgio Marasca – Precisamos ter bastante cautela e não forçar aumento do orçamento. Como o PIB está entre um negativo e um positivo, praticamente zerado, não podemos extrapolar. É necessário projetar em cima das realidades nacional e mundial, até porque a dita crise é mundial. Se fizermos altos investimentos nos primeiros meses e as receitas não se confirmarem, certamente teremos problemas para fechar o caixa. A Hora – Como cortar despesas, reduzir investimentos e diminuir o assistencialismo às vésperas de um período eleitoral? De que forma os candidatos à reeleição devem se portar? Marasca – Tem que se portar como um administrador empresarial. É a mesma lógica da administração pública. A única diferença, o lucro do empresarial é o financeiro. O nosso é a qualidade de vida, educação, desenvolvimento. Não podemos pensar politicamente. Temos que pensar numa gestão enxuta na qual a comunidade é a prioridade. Com certeza a comunidade vai entender. Os que fazem um bom trabalho serão reeleitos. A Hora – Como será o seu posicionamento à frente da Amvat, visto ser um ano eleitoral com toda essa projeção de arrocho financeiro? Marasca – Em paralelo atuo na presidência do Concisa e isso vai carregar um pouco. Mas nunca podemos dizer não a um trabalho voluntário voltado ao interesse da comunidade regional. Vou atuar para defender os municípios frente à região, estado e país. O interesse regional sempre deve estar acima do pessoal ou partidário. No momento em que se entra na vida pública, precisamos esquecer os interesses individuais. E hoje não temos como trabalhar apenas pelo município. É preciso pensar no coletivo. Se o vizinho está bem, iremos bem.


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Prefeito veta proposta do Vale-Cultura Projeto era para conceder R$ 50 Lajeado

O

s servidores do Executivo não foram beneficiados com o programa federal Vale-Cultura, realizado por meio de convênio com o Ministério da Cultura. O projeto de lei chegou a ser autorizado pela câmara de vereadores em novembro, mas o texto ainda carecia de sanção por parte do prefeito. Na terça-feira, Luís Fernando Schmidt encaminhou o veto ao Legislativo. Na sessão passada, só Ildo Salvi (Rede), ex-líder de governo do PT na câmara, posicionou-se contrário à manutenção do veto do prefeito. Os demais não se manifestaram. De acordo com a mensagem do gestor, a matéria seria inconstitucional, contendo vício de iniciativa pelo fato da câmara determinar o que o Executivo deve ou não fazer. Schmidt também não havia sancionado o projeto de lei que beneficia os servidores do Legislativo com o Vale-Cultura. Dessa forma, coube ao presidente e autor dos projetos, Carlos Ranzi (PMDB), promulgar a medida só para a câmara. Conforme a justificativa, o benefício de até R$ 50 por servidor

público garantiria acesso e participação em atividades culturais. Ele é destinado aos trabalhadores que ganham até cinco salários mínimos. O Vale-Cultura é semelhante ao vale-transporte ou vale-alimentação. O servidor recebe um cartão magnético carregado com até R$ 50, complementar ao salário, que pode ser usado para entrar em teatros, cinemas, comprar livros, CDs e consumir outros produtos culturais. O trabalhador também pode optar por não receber o benefício. Na câmara, os funcionários deverão receber o valor a partir de janeiro. Para isso, já tramita no Legislativo uma alteração para criar nova rúbrica destinada para esse fim.

Saiba mais O Vale-Cultura é um benefício de R$ 50 mensais concedido pelo empregador para os trabalhadores. É cumulativo e sem prazo de validade. Além disso, só pode ser usado para comprar produtos ou serviços culturais dentro do Brasil. O benefício é aceito hoje por uma rede de cerca de 40 mil empresas em todos os estados, inclusive lojas virtuais. FILIPE FALEIRO/ARQUIVO

Prefeito Luís Fernando Schmidt vetou projeto do vereador Carlos Ranzi (PMDB)

Cidades

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Cidades

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População vive em média 77 anos, diz IBGE Aumento na expectativa de vida amplia procura por atividades na terceira idade THIAGO MAURIQUE

Estado

de Lajeado participaram da Convenção Estadual do Maturidade Ativa, que reuniu 1,4 mil pessoas em Torres. Durante quatro dias, integraram atividades que tinham como temática a valorização das histórias das cidades de cada grupo.

O

s gaúchos estão vivendo mais. A constatação é de pesquisa do IBGE divulgada nessa terça-feira, 1º. Conforme o estudo, a expectativa de vida média da população do estado chegou a 77,2 anos em 2014. São dois anos a mais do que a média do brasileiro e mais de 30 acima do registrado em 1940, no início da série histórica. O aumento ocasiona em mais procura por atividades físicas, culturais e de lazer à terceira idade. Professor de Educação Física, com 12 anos de atuação na área, Jorge Saibro afirma que os alunos idosos valorizam a independência. Para isso, precisam estar bem de saúde. Segundo ele, o público com mais de 60 anos busca o fortalecimento muscular para ajudar em atividades diárias, que vão desde amarrar o tênis, colocar uma roupa, até brincar com os netos. “Não querem mais ficar dependentes dos outros, por isso, procuram melhorar a qualidade de vida.” Para Saibro, como a qualidade de vida está em evidência na sociedade contemporânea, os idosos estão procurando mais as academias. “Quando comecei na profissão, eram poucas pessoas com mais de 60 anos malhando. Começou a mudar com as campanhas nos meios de comunicação sobre o tema.” O professor alerta para a necessidade de procurar orientação médica antes de iniciar qualquer exercício físico. Ressal-

ENVELHECIMENTO POPULACIONAL

Para Lovani Bioen, 64, atividades físicas orientadas garantem melhor qualidade de vida para população idosa

ta a importância de buscar academias com profissionais credenciados e qualificados para lidar com a faixa etária. Segundo Saibro, a orientação adequada evita lesões e outros problemas mais graves. “Também é importante começar o quanto antes, pois o tempo não para”, frisa. Seguindo todas as recomendações, diz, é possível alcançar melhorias significativas na qualidade de vida com a prática de exercícios.

Malhação contra dores Quem vê Lovani Bioen na academia não imagina a idade da lajeadense. Aos 64 anos, ela encontra na atividade física uma maneira de manter a saúde em dia e relata

ter praticado exercícios por quase toda a vida. “Quando parei por um tempo, comecei a sentir dores nas articulações, o que me fez voltar para a academia.” Se há alguns anos era uma das poucas senhoras nas turmas de malhação, hoje percebe que amigas e vizinhas também se dedicam a algum tipo de exercício. “São poucas que não fazem nada. A maioria das pessoas da minha idade integra turmas de hidroginástica, yoga, musculação ou dança.” Lembra de amigas com início de sintomas de osteoporose que se recuperaram por meio das atividades físicas. Para ela, os exercícios são responsáveis por 50% da melhora na qualidade de vida da

população da terceira idade. “Eu recomendo a todas as pessoas que conheço, independente da idade.”

Atividades variadas Facilitadora do grupo Maturidade Ativa do Sesc Lajeado, Débora Mallmann Nonnenmacher relata maior procura pelo serviço que hoje recebe 130 pessoas com mais de 60 anos. “Percebemos que muitos idosos procuram companhia e não querem ficar em casa, mas também não gostam de obrigações”, aponta. Segundo ela, atividades como viagens, cinema, teatro e ações beneficentes estão entre as preferidas no grupo que se reúne de maneira periódica. Na semana passada, 24 idosos

A pesquisa do IBGE mostra que o aumento da população de idosos resulta na redução dos demais grupos etários. Conforme o estudo, a tendência para os próximos anos é que o número de pessoas com mais de 60 anos aumente ainda mais. Em 2004, a faixa até 29 anos representava 54,4% da população brasileira. Dez anos depois, o índice chegou a 45,7%. No mesmo período, a população de 30 a 59 anos passou de 35,9% para 40,6%. Já o percentual de idosos subiu de 9,7% para 13,7%. Conforme a projeção do IBGE, até 2030, 18,6% da população brasileira terá mais de 60 anos. Em 2060, o índice deve chegar a 33,7%. Os estados com as maiores proporções de idosos foram Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, onde cerca de uma em cada seis pessoas tinha 60 anos ou mais em 2014.


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Material escolar pode ficar 30% mais caro Estimativa de fabricantes e importadores diz que média de aumentos fica em 10% Vale do Taquari

P

roprietários de bazares e papelarias da região projetam média de aumento de 10% no preço dos materiais escolares em 2016. Segundo os lojistas, até novembro, produtos importados ou fabricados com o uso de celulose tiveram acréscimos de até 35% comparando com o primeiro se-

ANDERSON LOPES

mestre de 2014. Um estudo, divulgado pela Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (Abfiae), estima que itens de fabricação nacional, como caneta, borracha e massa de modelar ficarão 12% mais caros. Já a alta nos preços de mochilas, lancheiras, estojos e outros artigos licenciados fabricados no exterior ficará entre 20% e 30%.

PESQUISA DE PREÇO Segundo o proprietário de um bazar, Volmar Parise, não adianta estocar produtos com antecedência. Para ele, pequenos comerciantes podem se prejudicar ao antecipar um gasto maior do que o planejado para o ano, e nesta época os consumidores priorizam as compras de Natal. “É o velho costume de deixar tudo para a última hora”, comenta. Parise argumenta que grandes importadores compram produtos por um valor, e acabam pa-

gando um importe maior, em decorrência das variações cambiais. Ele presume que tal procedimento também afeta a indústria nacional, que compra insumos importados. Mas considera que a conjuntura atual pode favorecer fábricas brasileiras, que trabalham com marcas novas. E diz que as crianças têm preferência por cadernos e fichários de desenhos animados famosos. “Mas se os pais souberem negociar o susto não é tão grande”, conclui.

Aumentos devem afetar importadores, indústrias e comerciantes. Produtos nacionais também sofrerão incremento no preço

Ao contrário do retrospecto local, a pesquisa da Afbiae diz que em 2015 a lista básica das escolas teve acréscimo de 10% em relação ao ano anterior. Mas a desvalorização do real e a alta do dólar deixaram mais caros os insumos e a mão de obra usados na produção, o que pode ter deixado os preços de lojas e redes, de médio e pequeno porte, maiores do que a média nacional.

De acordo com a associação, o aumento será maior do que o registrado em anos anteriores, que tem se equiparado aos índices de inflação. Tal mudança pode acarretar ao setor queda de até 10% no volume de vendas. “Ano que vem será acima por causa da desvalorização do câmbio, que tem impacto em toda a cadeia produtiva”, destaca. Conforme o dono de uma pa-

pelaria de Lajeado, Muriel Blau, que entrou nesse ramo em 2015, o cenário atual causa insegurança, pois os fornecedores repassam tanto aumentos periódicos quanto a compensação da inflação e da variação do dólar. O que dificulta o estoque antecipado de produtos, e adia o repasse ao consumidor. “Estamos buscando preços e elaborando estratégias, mas só podemos segurar até um limite”, pondera.

Campanha de recolhimento de resíduos encerra amanhã Santa Clara do Sul A Secretaria de Meio Ambiente informa que a campanha de recolhimento dos resíduos eletroeletrônicos encerra amanhã. São 11 pontos espalhados pelo município para o depósito de materiais como com-

putadores, impressoras, televisores inteiros, telefones, aparelhos de som e DVD, cabos, placas, geladeiras, micro-ondas, fogões, batedeiras, liquidificadores, entre outros. Pilhas e lâmpadas não são coletadas. Os locais de recolhimento são as propriedades de Ilson Sell e

Ingo König, em Sampaio; de Valdir Schönhals, em Chapadão; de Acélio Jacó Mallmann e de Edolar José Luft, em Picada Santa Clara. O material também pode ser levado às escolas Frei Henrique de Coimbra, em Nova Santa Cruz; Gustavo Seidel, em Sam-

painho; e Estadual Santa Clara, no centro, Salão da Amizade, em Alto Arroio Alegre; Secretaria de Obras e à Mecânica do Paulinho, no centro. Segundo a bióloga Dalila Welter, a participação da comunidade é essencial para evitar que

resíduos contaminantes sejam dispostos de forma incorreta em lixeiras, terrenos baldios ou enviados ao aterro sanitário quando ainda podem ser reutilizados. Mais informações sobre a ação pelo 3782-2250 ou ma@ santaclaradosul.rs.gov.br.


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Burocracia impede instalação de empresas Com 19 lotes vagos, Distrito Industrial depende de licença do Ministério do Meio Ambiente ANDERSON LOPES

Cruzeiro do Sul

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impossibilidade de conseguir matrículas individuais dos lotes dificulta a instalação de empresas no Distrito Industrial, no bairro São Rafael. Desde o início de 2014 tramita o processo para licenciar o local no Ministério do Meio Ambiente. No período, pelo menos, seis empreendimentos deixaram de instalar unidades em um dos 19 lotes disponíveis. O prazo para o ministério emitir a liberação encerra na metade do próximo ano, segundo o secretário de Administração e Finanças, Leandro Johner. De acordo com ele, o local conta com cinco empresas e gera cerca de 120 empregos diretos. Sem conseguir financiamento, os empreendimentos foram viabilizados com recursos próprios. Apesar dos investimentos feitos nos últimos anos para garantir

Governo municipal estima que liberação individual dos lotes deve ocorrer até o segundo semestre do próximo ano

abastecimento de água e melhorias no local, indica o momento econômico como agravante para a adesão de empresas. “Isso afeta

a geração de empregos e de tributos no município. Temos uma área com boa infraestrutura, mas as empresas não conseguem financiar e, muitas não têm recursos para investir.” Com a liberação e credenciamento do distrito, afirma, será possível o desmembramento dos lotes. A partir da liberação, o secretário indica a tendência de desenvolvimento do local.

Tentativa frustrada Um dos casos mais recentes de tentativa de instalação no Distrito Industrial ocorreu com a empresa de Cristiano Adams. Há três anos, ele buscava informações e mantinha contato para transferir a empresa de fabricação de tampas plásticas de Lajeado para o município vizinho. Ainda em 2013, a empresa de Adams havia recebido concessão

de uso para uma área de 6,5 mil metros quadrados no local. Por dificuldades em financiar a construção do empreendimento, em julho deste ano, o espaço foi doado ao empresário. A medida foi insuficiente para conseguir a liberação e, em novembro, ele devolveu o lote para a Administração. Entre os atrativos indicados por ele para a mudança, após dez anos

de atuação, estava a infraestrutura ofertada no local. “O distrito é excelente tem tudo o que se precisa e os lotes são maiores. O maior problema é a falta de registro mesmo. Não conseguimos financiar e, aí, precisamos arcar com toda construção e maquinários.” Assim como Adams, Eduardo Hendler, do ramo de equipamentos para irrigação, suspendeu a instalação de uma unidade no local. Ela comportaria a fabricação dos produtos da empresa, além de dois serviços terceirizados em Lajeado e Teutônia. Com distribuição em 13 estados e 40 revendas em território gaúcho, Hendler esperava dobrar a capacidade produtiva. “Era uma oportunidade, mas acabamos não avançando, nos adaptamos internamente. Não é algo que prejudica potencialmente o município, mas, se fosse mais fácil, atrair empresas, iria contribuir.” Ele atribui as dificuldades à falta de garantias no caso de empresas em desenvolvimento. Para Hendler, fatores como logística mais fácil, formato e organização do distrito são atrativos para empresas da região.

INFLUÊNCIA DA ECONOMIA Na avaliação do empresário Nilson Gemelli, um agravante para as dificuldades de instalar empresas no Distrito Industrial é o momento econômico do país. Sem perspectivas de crescimento nos próximos

anos, optou por suspender o projeto para o local. “Não quero me posicionar politicamente, mas o mundo de 2014 não existe mais. A economia está reprimida e é preciso mercado para investir.”

Cartório encerra recadastro do eleitorado dia 15 no município Progresso O atendimento da equipe do Cartório Eleitoral de Lajeado no município encerra dia 15, quando profissionais ainda atendem das 9h30min às 12h. A administração

municipal alerta que quem não realizar o cadastro biométrico nesse prazo deverá se deslocar a Lajeado para se regularizar. A equipe do Cartório demonstra preocupação, pois até agora foi realizada apenas 75% da revisão do

total de eleitores, tendo em vista que a procura diminuiu no último mês. Os atendimentos ocorrem na Secretaria de Educação e Cultura e devem ser previamente agendados na prefeitura ou pelo 3788-1122, com Vera Lúcia.


o do

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INFORME COMERCIAL

Assembleia Legislativa homenageia Cooperativa Languiru pelos 60 anos Solicitação do deputado Maurício Dziedricki foi atendida durante Grande Expediente do dia 19 de novembro FOTOS LEANDRO AUGUSTO HAMESTER

O

s 60 anos da Cooperativa Languiru, completados em 13 de novembro, seguem repercutindo. No Grande Expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do dia 19 de novembro, o deputado Maurício Dziedricki (PTB) homenageou a cooperativa teutoniense. O parlamentar citou números e descreveu momentos marcantes da Languiru para mostrar a sua importância à economia do estado. Destacou que a cooperativa é reconhecida pela qualidade dos produtos e que deve servir de exemplo para o Rio Grande do Sul. “A Languiru é uma cooperativa preocupada com a sustentabilidade das pequenas propriedades da agricultura familiar, estimulando a permanência dos jovens no campo, oportunizando bolsas de estudo e cursos de qualificação e gestão. Isso faz valer a máxima da cooperativa: competência e excelência dos seus produtos e serviços. Graças ao trabalho desses homens e mulheres, a Assembleia Legislativa homenageia a cooperativa, que leva a qualidade dos produtos do agronegócio gaúcho para todo mundo. Reconhecer esse trabalho significa reafirmar o compromisso da Assembleia em olhar para os empreendedores que estão mudando a história, a economia e a vida dos gaúchos”, enalteceu. O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Edson Brum, igualmente destacou a representatividade da Languiru. “As cooperativas prestam um serviço muito importante nas comunidadesm onde atuam. Ao observarmos todos os fatores que engrandecem uma região, a grande maioria deles perpassa o trabalho das cooperativas, tanto na agregação de valor à matéria-prima como nas questões sociais, com geração de emprego e renda. Os 60 anos da Languiru exemplificam isso muito bem, fomentando a inserção da

Convidados especiais prestigiaram homenagem à Cooperativa Languiru na Assembleia Legislativa

Legislativa nos alegra muito e engrandece as comemorações do nosso aniversário”, concluiu.

Apartes e presenças

Parlamentares uniram-se à homenagem proposta por Dziedricki

tecnologia nas propriedades rurais e a consequente manutenção dos jovens no campo, além da produção de alimentos com sanidade e qualidade”, elogiou. Sobre o futuro, Brum se mostrou otimista. “A Languiru vem trabalhando muito bem, atuando nos mercados nacional e internacional. Isso, sem dúvida, nos permite ter expectativas positivas com relação às suas atividades futuras. Mesmo num momento de crise econômica, a Languiru segue crescendo. Isso é fruto da gestão e da união de esforços, com a compreensão do quadro social”, frisou.

Reconhecimento O presidente da Languiru, Dirceu Bayer, agradeceu o reconhecimento da Assembleia Legislativa. “É um momento muito importante para a história da

Languiru. Ao longo de 60 anos, temos cumprido nossa missão de atender as necessidades dos pequenos agricultores associados, investindo nas comunidades onde estamos presente. Agradecemos ao deputado Mauricio Dziedricki e aos demais parlamentares pela homenagem, que compartilhamos com todos os nossos associados, colaboradores, clientes e parceiros. Isso nos motiva a seguirmos trabalhando pelo desenvolvimento regional”, disse. O vice-presidente Renato Kreimeier igualmente destacou a importância da homenagem. “Não são todas as empresas e cooperativas que podem comemorar 60 anos. Hoje somos cerca de 6,1 mil associados, três mil colaboradores e mais de 40 mil pessoas envolvidas direta e indiretamente com a Languiru. A homenagem que recebemos da Assembleia

Durante o Grande Expediente da Assembleia Legislativa, associaram-se à homenagem, em apartes, os deputados João Fischer (PP), Elton Weber (PSB), Miriam Marroni (PT), Aloísio Classmann (PTB), Gilmar Sossella (PDT) e Vilmar Zanchin (PMDB). Ao término dos pronunciamentos, Bayer e Kreimeier receberam placa alusiva à homenagem. Ainda prestigiaram o evento o secretário-adjunto do Desenvolvimento Rural e Cooperativismo do Rio Grande do Sul, Iberê Orsi; o representante da Câmara de Vereadores de Porto Alegre,

Cássio Trogildo; o secretário de Saúde de Estrela e ex-deputado, Elmar Schneider; o representante da Ocergs, Tiago Machado; o ex-deputado e ex-prefeito de Estrela, Hélio Musskopf; o vice-prefeito de Westfália, Otávio Landmeier; os vereadores de Teutônia, Gilberto Frigo e Mareli Lerner Vogel; representantes dos Conselhos de Administração e Fiscal da Languiru, gerentes e colaboradores de unidades da cooperativa, representantes do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado do Rio Grande do Sul (Sindilat), do Instituto Gaúcho do Leite (IGL), que também homenageou a Languiru com a entrega de uma placa, além de diretores das cooperativas coirmãs teutonienses Sicredi Ouro Branco e Certel.

R.Três de Outubro, 120, B. Languiru, Teutônia/RS (51) 3762-5600 | www.languiru.com.br


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Governo refaz projeto de creche em Conventos Liberação de verba do FNDE condiciona licitação Lajeado

A

administração municipal publicou, nessa terça-feira, edital de licitação para construir a escola de Educação Infantil do bairro Conventos. As propostas devem ser apresentadas ainda neste mês, viabilizando o início das obras para o primeiro trimestre do próximo ano. Com recursos do FNDE, serão investidos cerca de R$ 1,8 milhão. O dinheiro estava reservado para a construção de um educandário padrão do FNDE, mas como a empresa contratada acabou excluída do processo o recurso passou a ser gerenciado pelo município. A partir disso, o setor de engenharia reformulou o projeto. “Os ambientes são praticamente iguais, porém, na parte de serviços os espaços são mais completos”, aponta a arquiteta da Secretaria de Educação Carina Grizotti. Serão mais de 1,5 metro quadrados, quase 400 metros a mais que o projeto inicial. Ao invés dos pré-moldados, o município optou pela construção tradicional, de tijolos. O complexo terá capacidade para atender 396 crianças em dois turnos ou 188 em período integral. A escola terá ainda pátio coberto e playground. Enquanto o novo prédio não sai do papel, o educandário funciona em salas alugadas do Colégio Sinodal Conventos, em espaço insuficiente para atender a demanda.

Diversas famílias aguardam por vagas e diante da falta de opção muitas pagam cuidadores ou levam os filhos para creches de outros bairros. Exemplo disso passa a família de Daniela Verruck. Há dois anos aguarda espaço para os filhos gêmeos Pietro e Bernardo, de 3 anos e 11 meses. Sem receber vagas no educandário, sugeriu ao município lugar em outras instituições, nos bairros Santo André, Campestre e centro. Mesmo assim, continua sem atendimento. “É muito injusto, porque outras pessoas com melhores condições financeiras que nós conseguiram vagas”, destaca Daniela. Como não conseguiu lugar aos filhos nos primeiros meses de tentativa, precisou parar de trabalhar para cuidá-los. “Mas faz nove meses tive que voltar ao serviço e passei a deixar em uma cuidadora. Só que são R$ 360 por meio dia.” No próximo ano, Pietro e Bernardo terão idade suficiente para estudar na outra escola do bairro, a São José. Mas em função da grande demanda na instituição Daniela acredita que seus filhos devam continuar na fila.

Obra deveria estar pronta O projeto do bairro Conventos integra o plano de escolas do Proinfância, no qual uma série de obras sequer começou. Em setembro, levantamento do Tribunal de Contas do Estado mostrou que são 636 unidades em 433 municípios. Dessas, 59 estavam inacabadas e 178 não

haviam começado. A maior das obras atrasadas está sob responsabilidade da empresa MVC Componentes Plásticos, cujos contratos foram firmados por meio de licitações realizadas pelo governo federal. A escola do bairro Conventos, por exemplo, deveria ter sido concluída em maio deste ano. Contudo, houve apenas serviço de terraplenagem. Os problemas levaram o município a romper o contrato de construção com a MVC.

Escola em detalhes Bloco A: hall, secretaria, sala de professores/reuniões, direção, almoxarifado, sanitários acessíveis adultos feminino e masculino, lactário, duas salas de atividades Creche I (até 11 meses), dois fraldários/depósitos, amamentação, 2 solários, sanitário PNE infantil, copa funcionários, lavanderia, rouparia, depósito de material de limpeza, vestiário masculino, vestiário feminino, refeitório, cozinha, despensa, varanda de serviços e pátio de serviços. Bloco B: duas salas de atividades Creche II (1 ano a 1 ano e 11 meses), dois sanitários infantis, duas salas de atividades Creche III ( 2 anos a 3 anos e 11 meses), um sanitário infantil, quatro solários, uma sala multiuso, quatro salas da pré-escola (4 anos a 5 anos e 11 meses), dois sanitários infantis feminino e masculino, dois sanitários de professores feminino e masculino e quatro solários. ESTEVÃO HEISLER

Há dois anos na fila, Daniela precisa desembolsar R$ 360 mensais para deixar os filhos em uma cuidadora por meio turno


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Marina Lanius assume presidência da JCI Câmara de jovens terá apoio da Cooperativa Sicredi para financiar atividades em 2016 FERNANDA TAVARES

Lajeado

propôs a criação de uma casa para receber durante o dia as famílias de fora da cidade atendidas pelo Hospital Bruno Born (HBB). Porém a iniciativa foi recusada pela direção do hospital, que avaliou como desnecessária.

O

clube Tiro e Caça recebeu nessa segunda-feira a solenidade de posse da nova diretoria da JCI para 2016. Então presidente da entidade, Fábio Locatelli transmitiu o cargo para a advogada Marina Lanius. Na ocasião, Luís Henrique Dutra assumiu a presidência do Clube do Senado. De acordo com Marina, a grande novidade para o próximo ano é o patrocínio da Sicredi, que permitirá a realização de novas atividades. “Até este ano, todos os projetos precisavam de recurso. Com a parceria, poderemos retomar atividades que estavam paradas e manter.” A presidente ressaltou os projetos desenvolvidos neste ano, como o Composta do Vale, de incentivo à criação de composteiras, e o Viagem para o Futuro, que realiza atividades com crianças indicadas pela delegacia especializada. Marina também relata ações

Projeções para 2016

Conforme Marina, entidade deve retomar projetos parados por falta de recursos

propostas pela JCI interrompidas pelo poder público. Segundo ela, o projeto de Parada Modelo foi protocolado na prefeitura faz mais de seis meses. A previsão era construir uma parada de ônibus modelo, seguindo padrões europeus. “Conseguimos uma parceria para custear a construção, mas a administração municipal não liberou o local para executar a proposta”, afirma. A ação é uma

das previstas pela JCI para a área de mobilidade urbana. Iniciado em 2013, o projeto tem cinco anos de duração e também prevê a implantação de bicicletários e parklets (espaços de lazer e descanso que ocupam uma vaga de estacionamento nos centros urbanos), além de ações de educação no trânsito e incentivo aos transportes alternativos. Neste ano, entidade também

Para o próximo ano, a JCI pretende retomar o Projeto #partiu, realizado até 2013 e interrompido por falta de verba. Conforme Marina, o projeto incentiva e orienta alunos do Ensino Médio a realizar intervenções urbanas. Até 2013 as ações foram realizadas com alunos do Ceat. No primeiro ano, os estudantes trocaram “balas por sorrisos”, oferecendo doces aos transeuntes como forma de espalhar o bom humor. Em outras edições, motoristas que estacionavam de maneira adequada ou paravam na faixa de segurança ganharam adesivos e elogios dos participantes. O projeto também incluiu a pintura

dos bancos da Praça da Matriz e a elaboração de um mural com mensagens positivas no centro. “Nós damos o suporte e apresentamos ideias realizadas em outros lugares do mundo, mas os alunos é que definem a ação”, relata. Outro projeto a ser retomado em 2016 incentiva alunos da rede pública a pensar o que querem para as suas vidas no futuro.

HOMENAGEM Na noite da posse, a JCI também prestou homenagem à personalidade de destaque empresarial e comunitário com o Prêmio Carlos Jacob Kieling de Liderança. O homenageado foi Adriano Strassburger, presidente da FundeF e do Observatório Social de Lajeado.

Município recebe R$ 150 Vírus zika está em nove países, diz OMS mil para retroescavadeira País

Cruzeiro do Sul O Ministério da Agricultura, Planejamento e Desenvolvimento Rural garante R$ 150 mil ao município por meio de emenda parlamentar do deputado federal Luís Antônio Franciscatto Covatti (PP). Os recursos foram empenhados

na última semana e serão aplicados na aquisição de uma patrulha agrícola, que beneficiará a produção agropecuária voltada ao atendimento de pequenos produtores rurais. Agora, o município apresentará o projeto junto à Caixa Econômica Federal, para aquisição da máquina.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), em conjunto com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), emite alerta epidemiológico mundial com recomendações aos estados-membros para que estabeleçam medidas de diagnóstico e acompanhamento de casos do vírus zika. De acordo com o comunicado, havia registros de casos do vírus no Brasil,

Chile (Ilha de Páscoa), Colômbia, El Salvador, Guatemala, México, Paraguai, Suriname e Venezuela. O comunicado ressalta a situação do Brasil, onde 18 estados já confirmaram a circulação do vírus, e onde já se confirmou a relação entre o vírus zika e casos de microcefalia. Até segunda-feira, 1.248 casos de microcefalia foram registrados em 14 estados. A Opas e a OMS também recomendam que os países reforcem

a vigilância de síndromes neurológicas e anomalias congênitas e que fortaleçam o cuidado pré-natal às gestantes e aos recém-nascidos nas regiões onde o vírus está circulando. Além disso, o documento destaca a importância de reduzir a presença do mosquito o aedes aegypti, por meio de estratégias de controle eficaz do mosquito e de comunicação pública, com campanhas nos veículos de comunicação.


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Convenção confirma horário extra no Natal Acordo foi assinado nessa segunda-feira ANDERSON LOPES/ARQUIVO

Vale do Taquari

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Sindilojas e o Sindicato dos Trabalhadores no Comércio e Serviços de Encantado e Roca Sales definiram a convenção coletiva para o Natal. As tratativas definiram os dias, horários e cláusulas para atuação das lojas durante este mês. Em novembro, o trabalho do comércio em Cruzeiro do Sul, Arroio do Meio, Estrela, Muçum e Lajeado havia sido determinado após acordo entre as instituições representativas.

HORÁRIO DO COMÉRCIO Encantado Dias 5, 12 e 19 (sábados) – 8h às 12h e 13h30min às 17h Dia 20 (domingo) – 18h às 22h De 21 a 23 – 8h30min às 11h45min e 13h15min às 22h Dias 24 e 26 – 8h às 12h e das 13h30min às 17h Roca Sales 5, 12 e 19 (sábados) – 8h30min às 11h30min e das 13h30min às 17h Dias 21 e 22 – 8h30min às 11h30min e 13h30min às 20h30min Dia 23 – Das 8h30min às 11h30min e das 13h30min às 20h Dias 24 e 26 – Das 8h30min às 11h30min e das 13h30min às 17h Dia 31 – Das 8h30min às 12h Cruzeiro do Sul, Estrela, Lajeado e Muçum Dias 5 e 12 (sábado) – Até as 17h Dia 19 (sábado) – Até as 18h Dia 20 (domingo) – Das 17h às 21h Dias 21, 22 e 23 – Até as 21h Dia 24 (quinta-feira) – Até as 17h Dia 31 (quinta-feira) – Até as 17h

Em Lajeado e outras cinco cidades, definição do horário ocorreu em novembro

Arroio do Meio Dias 5 e 12 (sábado) – Até as 17h Dia 19 (sábado) – Até as 18h Dia 20 (domingo) – Das 17h às 20h30min Dia 24 (quinta-feira) – Até as 17h Dia 31 (quinta-feira) – Até as 17h


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PATROCÍNIO:

Regional 30 anos

Dívidas quase levaram à bancarrota Na década de 90, ação trabalhista de R$ 31mil dificultou continuidade

P

rocesso judicial de um ex-funcionário, assalto da sede e o desvio de dinheiro da entidade quase provocaram a extinsão da Aslivata. A segunda reportagem sobre a história dos 30 anos da associação inicia em 1995. No dia 31 de janeiro, o então policial Sérgio José Serafini, após comandar por nove anos o futebol de Teutônia, assumiu a presidência da entidade ao lado de Luiz Antônio Gasparetto. A primeira ação foi a criação de um Departamento de Arbitragem. Assim a entidade reativou a Associação Regional de Árbitros (ARA), que teve como primeiro responsável Jorge Freitas, o “Taxa”. O ex-presidente Serafini conta que no começo houve rejeição de colegas de diretoria, mas com o passar dos anos viram que a decisão foi acertada. “Com isso, o único foco nosso era organizar e controlar a competição”, diz. Outro legado de Serafini foi a informatização do processo de fichas. Além de atuar como policial, o presidente era técnico em informática e passou as fichas, cadastradas em um livro, para acervo digital. A ideia, segundo ele, era criar um sistema eletrônico, no qual cada atleta ganhava um car-

EZEQUIEL NEITZKE

organizar a primeira edição de uma copa juvenil, mas que não teve andamento após o fim do mandato. “Lamento até hoje.” Apaixonado por futebol, o empresário admite o interesse em retornar à Aslivata. “Só não retornei antes porque achei a coisa muito bagunçada, mas estou apto para receber convites e voltar.”

Presidente renuncia

Mandato de Sérgio Serafini foi marcado pela informatização e reabertura da ARA

tão com o nome e um código. Para Serafini, nos anos 90, a participação dos entes públicos nos eventos e competições da Aslivata era mais efetiva do que nos dias atuais.

Presidentes e mandatos Sérgio Serafini 1995 a 1997

Processo traz dificuldades

Armindo Pavoni

O mandato do empresário Elimar Rex, 57, foi marcado pela ação trabalhista movida pelo ex-funcionário da Aslivata.. Em 1997, uma das primeiras ações de Rex foi desvincular a entidade da Liga Lajeadense de Futebol Amador (Lilafa). Ambas tinham o mesmo secretário e ficavam no mesmo local. “Muitos diretores de clubes e de ligas diziam que havia um certo privilégio, foi então que resolvi mudar.” Como o ex-funcionário relutou da decisão, Rex o demitiu e contratou outro secretário. Insatisfeito, o trabalhador demitido moveu uma ação contra a entidade. Outro episódio que trouxe dificuldade ao mandato de Rex, foi o assalto na sede da entidade, em

presidiu por alguns meses em 1996

Elimar Rex 1997 a 1999

Luís Carlos Ciccere 1999 a 2000

Marcos Delazeri 2000 a 2001

Vianei Hammes 2001 a 2004

1998. O dinheiro do pagamento das fichas foi levado. Segundo Rex, o maior legado para os sucessores foi tornar a Certel principal patrocinadora do campeonato e

Em reunião no dia 13 de abril de 2000, a diretoria afastou o presidente Luís Carlos Cicceri. Em ata, relatou supostas irregularidades no mandato, como pagamento de contas com o dinheiro da entidade e desvio de dinheiro. Um mês mais depois, Cicceri foi destituído. Marcos Delazeri assumiu a presidência. Sobre as irregularidades, Cicceri salienta que eram coisas fúteis, valores pequenos que foram passados para a conta do presidente ao invés da Aslivata. Relata que foi Cicceri quem pediu a renúncia, em virtude das críticas. Segundo ele, em um acerto do caixa, os colegas de diretoria criticaram a transferência de dinheiro para a conta pessoal. “Teve uma vez que um dirigente de Venâncio Aires me ligou, não tinha o número da conta da Aslivata e passei a minha, aí o cara pôs a grana na minha conta e foi apontada a irregularidade.” Apesar dos problemas, Cicceri salienta que o campeonato foi bem organizado, só com equipes que foram campeões e vices dos municipais, sem times convidados.

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EZEQUIEL NEITZKE

Não tenho a intenção de voltar, mas se um convite vier, com certeza analisarei.” Presidente que ficou mais tempo à frente da Aslivata, Vianei Hammes relata as dificuldades enfrentadas e importância do futebol amador para o desenvolvimento das comunidades. Jornal A Hora – Qual o legado que deixou para Aslivata? Vianei Hammes – Sempre ouvi e atendi todos da melhor maneira possível. Agi sempre de uma forma imparcial e transparente, acredito que esse foi o legado que deixei para a Aslivata. Pretende voltar a assumir a entidade? Hammes – Já estou passando da época, mas não vou dizer que não, uma vez que você bebeu de uma bebida e gostou, você não para de saborear. Não tenho a intenção de voltar, mas se um convite vier, com certeza analisarei.

Vianei Hammes integrou a direção da Aslivata de 2001 até 2013. Como presidente, conseguiu renegociar a dívida trabalhista

Aslivata supera dificuldade Em 2001, o empresário Vianei Hammes, 56, assumiu a Aslivata com o objetivo de recuperá-la. Na ocasião, todos os bens da entidade estavam penhorados e a família do ex-funcionário cobrava o pagamento da ação trabalhista. A dívida foi renegociada. Caiu dos

R$ 31 mil para R$ 15 mil. No ato da sentença, a Aslivata pagou R$ 7 mil e dez parcelas de R$ 800. Passada a quitação, a Aslivata recebeu intimação do INSS, cobrando os valores do acerto feito com a família. Os R$ 4,8 mil foram divididos em 24 parcelas de R$ 200. Segundo Hammes, enquanto as dí-

vidas eram pagas, nenhuma outra pessoa quis assumir a entidade. Ele relata que, mesmo com dificuldades financeiras, a Aslivata nunca deixou de organizar uma competição. “Fizemos um campeonato inédito que foi a Supercopa, um sucesso. Isso prova que éramos um grupo bom.”

Quais as principais mudanças do futebol amador do início do século para agora? Hammes – As mudanças se fizeram muito por necessidade econômica, isso fez mudar a forma de competição. Diminuímos os custos para os clubes, mas a grande dificuldade mesmo é encontrar pessoas nas sociedades e clubes dispostas a assumir e tocar em frente. A renovação das competições, tornando-as caseira, com atletas vinculados com o clube e identificados com a comunidade, foi para trazer os familiares dos jogadores de volta ao gramado e às diretorias dos clubes.

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Informe

www.soges.com.br

Click da Rodada

Campeões são conhecidos no sábado Depois de dez meses de competição, a Sociedade Ginástica Estrela (Soges) define neste sábado os vencedores das três divisões. A entrega da premiação ocorre após a final da elite, que inicia às 18h.

N

FOTOS EZEQUIEL NEITZKE

a primeira decisão da tarde, às 16h, Bud FC e Capote disputam o título da terceira divisão. Como empataram no primeiro jogo, nova igualdade dá o título ao Bud FC – equipe com a melhor campanha da categoria. Pela segunda divisão, o Al Qaeda Jr, de Arroio do Meio, busca o segundo título consecutivo. A equipe foi campeã da terceira divisão em 2014. Como venceu o Sem Freio por 3 a 0, pode perder até por três gols de diferença para ficar com o título. Na elite, o atual campeão, Estudiantes, de Lajeado, terá reforços para o confronto decisivo diante do Xernobyl, de Teutônia. Mael Krindges, Pedrinho e Petry, que não disputaram o primeiro jogo por terem compromisso no Clube Tiro e Caça, estão de volta. Para ficar com o título, o Estudiantes necessita vencer por três gols de diferença. Empate beneficia os Xernobyl pode até perder por 2 gols para ficar com o título teutonienses.

Primeira partida da final A primeira rodada das finais ficou marcada por duas goleadas e um empate. Pela terceira divisão, o Capote abriu 2 a 0 com dois gols de Yuri Moura, mas na primeira etapa Fabrício Fell descontou para o Bud. No segundo tempo, Rodrigo Caliari e Alex Hillesheim marcaram para o Bud, mas no último segundo Henrique Felzmann empatou. Na segundona, o Al Qaeda Jr abriu 1 a 0 no primeiro tempo com gol contra de Edivan Hammes. Na etapa final, a equipe ampliou com Everton Schuck e Paulo Rogério da Rosa. Pela principal categoria, o Estudiantes perdeu para o Xernobyl por 3 a 0. Igor Kunrath marcou dois gols. Rodrigo Kunzler, de pênalti, fechou o placar.

Leandro Furtado, Rogério Gonçalves e Beto apitaram as partidas decisivas na Soges

Agenda Final 16h – Terceira divisão Bud FC x Capote 17h – Segunda divisão Al Qaeda Jr x Sem Freio 18h – Primeira divisão Estudiantes x Xernobyl

O que cada equipe precisa para ser campeã 3ª divisão Bud FC: empatar ou vencer Capote: vencer, indiferentemente do placar

2ª divisão Al Qaeda Jr: empatar ou vencer Sem Freio: vencer por dois ou mais gols

1ª divisão Xernobyl: empatar ou vencer Estudiantes: vencer por três ou mais gols Al Qaeda Jr venceu o primeiro confronto contra o Sem Freio


Lajeado, Quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

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Jungle Fight

Dirlei Mão de Pedra defende cinturão Atleta de Teutônia enfrenta Marcus Montanha neste sábado, em São Paulo

O

cinturão da categoria meio-pesado do Jungle Fight estará em jogo nesse sábado à noite. Em São Paulo, o teutoniense Dirlei Mão de Pedra, 33, defende o título pela segunda vez. O adversário é o mineiro Marcus Montanha, 32. Mão de Pedra detém o cinturão desde novembro de 2014, quando venceu o argentino Martin Ottaviano por decisão unânime. Em maio deste ano, derrotou o uruguaio Gustavo Alfonso na primeira defesa do cinturão. Na carreira profissional, tem 13 vitórias e três derrotas. Dirlei prevê dificuldades, mas acredita em uma vitória por nocaute ou finalização. “Ele (Mar-

Competição chega à fase semifinal Taça Aci-e

FÁBIO KUHN

cus Montanha) luta bem e tem boa envergadura. Sei que vem forte e é certo que daremos um grande show para o público.” Especialista de muay thai, Marcus Montanha quer utilizar a envergadura maior para vencer. No total, ganhou nove lutas e perdeu três. A programação do Jungle Fight 84 conta com outras 17 lutas. Inicia às 21h com transmissão pela Bandsports e Band.

Referência no RS Mão de Pedra é o primeiro atleta do estado a ganhar o cinturão do Jungle Fight. Depois da conquista, outros três competidores da equipe Boxer MMA ganharam

Desde novembro de 2014, Mão de Pedra detém o cinturão da categoria meio-pesado

espaço na maior organização de artes marciais mistas da América Latina. Para ele, o sucesso no Jungle Fi-

ght se deve à dedicação diária até nos fins de semana. Tem o patrocínio da TSD Transportes, Farmácia Suprivita, Certel e Languiru.

As semifinais da 3ª Taça Futsal Aci-e de Integração ocorrem hoje no Ginásio Municipal de Esportes do Parque João Batista Marchese, em Encantado. A promoção é da Secretaria da Juventude, Desporto e Turismo e da Associação Comercial e Industrial de Encantado (Aci-e). A primeira decisão, a partir das 20h, será entre as equipes da Dália Rações e Dália Alimentos. Às 21h, disputam Brigada Militar e Associação Baldo. Os vencedores fazem a final no dia 11, às 21h. A decisão do terceiro lugar ocorre às 20h.


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