AH - Principal | 4 de dezembro de 2015

Page 1

Fundado em julho de 2002 Lajeado, sexta-feira, 4 de dezembro de 2015 Ano 12 - Nº 1483 Avulso: R$ 1,00 Fechamento da edição: 21h

LEGISLATIVOS EM XEQUE

ASLIVATA 30 ANOS

Ascensão depois da crise Na terceira e última reportagem da série sobre o Regional, dirigentes relembram os caminhos para tirar Aslivata da bancarrota e transformá-la em exemplo de sucesso.

Vereadores retardam ações para diminuir vencimentos

P

arlamentares de Bom Retiro do Sul e Taquari criam projetos para reduzir pela metade os subsídios. Em Taquari, a proposta de Renê Marques (PSDB) foi enviada para a câmara nessa segunda-feira. Um dia depois, Alessander Fritscher (PSB) apresentou

WEIHNACHTSFEST

Cidade amplia atrações

indicação para que a diminuição dos vencimentos se estenda ao prefeito, vice e secretários. Iniciativas populares tentam alterar o pagamento dos vereadores em Arvorezinha, Lajeado e Estrela. Apesar das petições, Página 4 nenhuma proposta foi aprovada.

Comunidade inaugura albergue no presídio ANDERSON LOPES

FÁBIO KUHN

O parque Christoph Bauer, de Forquetinha, recebe entre hoje e amanhã a Feira do Livro, Desfile da Acif e a Schulfest. As atividades integram a Forquetinha Weihnachtsfest. Conexão

EXEMPLO DE CIDADANIA: diante da ausência do Estado em efetivar a ampliação do Presídio Estadual de Lajeado, integrantes da comunidade se uniram ao Judiciário, empresários e município para construir um novo albergue. Com 320 metros quadrados, espaço tem capacidade para receber 126 internos do regime semiaberto. Investimento chega a R$ 220 mil. Inauguração ocorre hoje, às 14h, com a participação de autoridades como o governador José Sartori. Página 6

LAJEADO

TEMPO NO VALE O tempo permanece instável, períodos de sol e pancadas de chuva. Mínima: 20°C - Máxima: 27ºC FONTE: CIH/UNIVATES

ELEIÇÕES DO DCE

Kniphoff reencaminha Diretório avalia pedido projeto para Ficha Limpa de impugnação do pleito Proibir a nomeação de CCs com condenação judicial é o princípio do projeto encaminhado pelo vereador Sérgio Kniphoff (PT). Em 2011, mesma proposta foi rejeitada no Legislativo. Página 3

O Diretório Central de Estudantes da Univates anuncia hoje à tarde o resultado das eleições para a gestão 2016/17. Chapa única fez 274 votos, mas grupo contrário ingressou com recurso. Página 8


2

A HORA · SEXTA-FEIRA, 4 DE DEZEMBRO DE 2015

Ideias

EXPEDIENTE

leitor@jornalahora.inf.br

Diretor Geral: Adair Weiss Diretor de Redação: Fernando Weiss Diretor Comercial: Sandro Lucas Diretor Administrativo: Fabricio Almeida REDAÇÃO Av. Benjamin Constant, 1034/201 Fone: 51 3710-4200 CEP 95900-000 - Lajeado - RS www.jornalahora.inf.br ahora@jornalahora.inf.br COMERCIAL E ASSINATURAS Av. Benjamin Constant, 1034/201 Fone: 51 3710-4210 CEP 95900-000 - Lajeado - RS comercial@jornalahora.inf.br assinaturas@jornalahora.inf.br entrega@jornalahora.inf.br Os artigos e colunas publicados não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade de seus autores. Tiragem média por edição: 7.000 exemplares. Disponível para verificação junto ao impressor (ZH Editora Jornalística)

Fundado em 1º de julho de 2002 Vale do Taquari - Lajeado - RS

INDICADORES ECONÔMICOS

MOEDA

COMPRA

VENDA

Dólar Comercial

3,7482

3,7493

Dólar Turismo

3,6700

3,9000

Euro

4,0100

4,2800

Libra

5,7060

5,7088

Peso Argentino

0,3908

0,3910

Yen Jap.

0,0308

0,0308

5HÁH[}HV VREUH R GHVIUDOGH

A

s férias de verão são, geralmente, o período escolhido pelos pais para o processo de desfralde. É sempre importante, tanto nessa quanto em outras questões, respeitar o ritmo da criança, pois cada uma é única e precisa ser acompanhada de forma individual, evitando comparações. O primeiro momento do processo de desfralde é quando a criança consegue avisar que fez o xixi ou o cocô. Algumas crianças podem até querer tirar as fraldas quando percebem que elas estão molhadas ou sujas e os pais podem entender isso como um sinal de que ela está preparada para a próxima fase. Porém o perceber que fez não significa que ela sente que fará e muito menos que controlará as suas eliminações. Se a fralda for retirada nesse momento, a chance de ocorrerem vazamentos e consequentes frustrações é

MÊS

ÍNDICE MÊS (%)

ACUMULADO ANO (%)

ICV Mes (DIEESE)

11/2015

0,78

9,47

IGP-DI (FGV)

11/2015

1,76

8,90

IGP-M (FGV)

11/2015

1,89

8,36

INPC (IBGE)

11/2015

0,77

9,07

INCC

11/2015

0,27

6,66

IPC-A (IBGE)

11/2015

0,82

8,53

Salário Mínimo/2015 R$ 788,00

TAXAS E CERTIFICADOS (%)

MÊS

ÍNDICE MÊS (%)

ACUMULADO ANO (%)

TJLP

7,0

Selic

14.25%(meta)

TR

0,1790

1,5670

CDI (Mensal)

11/2015 1,1077

10,7699

Prime Rate

11/2015

3.25

3,25 (Previsto)

Fed fund rate

11/2015

0.25

0,25 (Previsto)

-Ouro (dólar) – Onça Troy – USD 1054.2– cotação do dia 03/12/2015

BOLSAS DE VALORES

PONTO

Ibovespa (BRA)

VARIAÇÃO FECHAMENTO (%)

46393

3,29

Dow Jones (EUA) 17.730

-0,89

S&P 500 (EUA)

2.080

-1,10

Nasdaq (EUA)

5.042

-1,56

DAX 30 (ALE)

10.789

-3,52

Merval (EUA)

13.042

2,64

ideal é comemorar junto. Esse momento é aquele em que as fraldas geralmente estão secas pela manhã. Se pensarmos nos passos desse processo, primeiramente, a criança necessita sentir a vontade de urinar ou evacuar. Após,

[...]respeitar o ritmo da criança, pois cada uma é única e precisa ser acompanhada de forma individual[...]

Graziela C. Ely 3718 18 Psicóloga - CRP 07/13718 psicologagrazielaely@gmail.com @g il

segurar as fezes ou a urina. Então, ir ao banheiro, tirar a roupa (ideal que seja roupa com elástico), sentar, liberar os esfíncteres (relaxar a musculatura), esvaziar o reto e/ou a bexiga, fazer a higiene local adequada (ser limpo ou se limpar), vestir-se novamente, lavar as mãos, apagar as luzes. E aí sim, acabou. Participar desse processo exige atenção, carinho e paciência, além de insistentes visitas ao banheiro. Por ser um treinamento, as ações do desfralde precisam primeiramente ser pensadas pela criança. Após as repetições, essas passam a ser automáticas. Boa sorte!

2 WXUQR ~QLFR p yWLPR"

Cotação do dia anterior até 17:45h, Valor econômico.

ÍNDICE

muito grande. O próximo momento é quando a criança percebe que algo diferente está acontecendo. Além de já se sentir desconfortável com a fralda cheia de fezes e/ou urina, ela começa a ter a sensação das suas passagens pelo reto ou pela uretra, mas não consegue ainda reter. De acordo com o relato de muitos pais, a criança escolhe um cantinho, senta ou se agacha, olha para eles com cara de “tô fazendo” e começa a se incomodar quando terminou, quase que exigindo ser trocada. O momento seguinte, e ideal para o desfralde, é quando a criança consegue perceber que quer fazer. Dessa forma, avisa de forma antecipada. Nessa fase, consegue segurar, ainda em tempo mínimo, até chegar ao local adequado, seja ele o vaso sanitário ou o penico. Quando faz as eliminações sem percalços, sente-se vitoriosa e o

A

tentativa de justificar o injustificável gera pérolas. E a frase que dá título a este texto foi uma delas. E ela não foi a única. Sim, teve quem tentou tornar uma medida excepcional, que afeta desde setembro, direta ou indiretamente, milhares de cidadãos lajeadenses em algo normal. E mais do que isso, em algo positivo. É óbvio que se me fosse perguntado se o atual turno único nos serviços públicos municipais, inclusive nos postos de saúde, é bom a resposta seria não. A questão aqui é simples e não requer muito mais do que um pouco de lógica e bom senso. Se o turno único é bom, por que não foi adotado antes? Por que não torná-lo permanente? O fato é que a sua adoção se deveu a um único mo-

tivo: redução de gastos. Só que redução de gastos nem sempre é economia como querem fazer parecer. Se o custo é reduzido em 10%, porém, a produção cai 20%, não há economia de fato. Ao propor a medida se apresentou, sem muita clareza, uma previsão de redução de gastos de R$ 5 milhões em 2015. Essa redução teria origem em consumo menor de luz, água e telefone, além do fim de horas extras. Ora se há redução nesses itens parece haver duas explicações razoáveis. Ou havia gastos excessivos sem necessidade. Ou, por lógica, haverá expediente mais curto, menos ligações, logo produção menor. A não ser que a produtividade aumente. Aí se entra em um ponto interessante: não seria possível fazer o

mesmo com menos recursos? Agora, se a medida era de fato a única opção, se não havia outras formas de se reduzir custos, cabe ao poder público refletir sobre. E trazer os reais resultados disso. Será que o número de atendimentos na prefeitura e nos postos de saúde não diminuiu? E a qualidade de cada atendimento? Seria tal medida isenta de ônus? Eu não acredito que essa era a única alternativa, tampouco que ela não tenha custos maiores do que os eventuais ganhos. Porém quem tem que trazer a público isso, de forma clara, real e embasada, é o Executivo. O ônus tem que ser tratado com ainda mais transparência do que o bônus, principalmente porque a conta dessas escolhas é paga pelo cidadão.

Guilherme Cé Economista guilherme.ce@outlook.com

Que a tentativa de justificar o injustificável seja substituída pelo objetivo de não se ter o injustificável para justificar. Que tal cortar o desnecessário para que não se tenha que cortar o essencial? É o básico. Não deveria ser necessária uma crise para se saber disso. Mas como a crise chegou e, ao contrário do discurso oficial, não se estava preparado para ela, que ao menos a lição para o futuro fique.

cotação do dia anterior até 17h45min

Petróleo (dólar)/Brent Crude – barril – USD 42.49 em 03/12/2015

Erramos Diferente do publicado na edição do dia 1º de dezembro, na matéria entitulada “Encontro promove tradição do canto coral”, sete grupos se apresentaram e não seis como noticiado. Faltou mencionar o grupo Exaltação à Vida, de Lajeado.


3

A HORA · SEXTA-FEIRA, 4 DE DEZEMBRO DE 2015

Deputado Jardel volta à Assembleia

Política

ESTADO – O Tribunal de Justiça (TJ-RS) cancelou a suspensão de 180 dias do mandato do deputado estadual, Mário Jardel (PSD), acusado pelo Ministério Público (MP) de crimes de concussão, falsidade documental, lavagem de dinheiro e peculato. A decisão do

Judiciário ocorre após a Assembleia Legislativa solicitar a revisão da medida, sob a alegação de que o juiz estaria interferindo em questões do Legislativo. Ontem, Jardel voltou ao gabinete e demitiu todos os Cargos Comissionados (CCs).

Projeto tenta implementar Ficha Limpa Proposta do vereador petista impede a contratação de CCs condenados pela Justiça RODRIGO MARTINI

Lajeado

O

parlamentar Sérgio Kniphof (PT) volta a protocolar projeto da Lei de Ficha Limpa dentro dos Executivo e Legislativo. Se aprovada, impedirá que pessoas com condenação da Justiça Eleitoral ou por casos de crimes contra a economia popular, o patrimônio público, sistema financeiro, meio ambiente, saúde pública e por formação de quadrilha possam exercer Cargos Comissionados (CCs). A Lei da Ficha Limpa existe em âmbito federal desde maio de 2010. Foi aprovada pelo Congresso Nacional, após mobilização popular que contou com a assinatura de mais de 1,3 milhão de eleitores. Apesar disso, hoje só vale para candidatos a cargos eletivos públicos. Kniphoff quer ampliá-la para os servidores. Na sessão de terça-feira, o vereador frisou a importância do projeto e do anseio da comunidade pela triagem necessária aos cargos contratados com recursos públicos. Conforme o petista, a proposta busca elencar critérios para a nomeação desses servidores com condenações nas esferas judicial, eleitoral e administrativa. “Com o objetivo de buscarmos constantemente

Proposta foi rejeitada em 2011. Agora, Sérgio Kniphoff tenta apoio dos demais para aprovar projeto de lei a moralidade e a impessoalidade”, realçou. Segundo ele, tal medida foi adotada por outros municípios do estado. Para o parlamentar, a lei de Lajeado configura ato de gestão pública democrática, de moralidade e transparência, e voltada aos interesses da comunidade. “Todos nós ganhamos com iniciativas desta natureza, pois assim avançamos nos preceitos de valorar homens públicos íntegros, que não estejam envolvidos em ilícitos”, cita na mensagem justificativa. Hoje, são mais de 40 CCs só na câmara de vereadores.

Proposta rejeitada em 2011 No dia 12 de abril de 2011, o vereador petista protocolou pela primeira vez na câmara essa proposta. O projeto de lei ficou à disposição dos parlamentares para análise até o fim daquele ano. E no dia 13 de dezembro ele foi à votação. Com votos contrários de Waldir Blau (PP), Círio Schneider (PP), Lorival Silveira (PP), Delmar Portz (PSDB) e Paulo Tóri (PPL), o projeto que exigiria novos critérios para a contratação de CCs foi rejeitado pela câmara.

Para quem vale a lei Condenados por corrupção eleitoral; os ocupantes de cargos eletivos que abdicarem de seus mandatos para escapar de processo; condenados à suspensão dos direitos políticos por ato doloso de improbidade administrativa; os excluídos do exercício da profissão, por decisão do órgão profissional competente; os demitidos do serviço público em decorrência de processo administrativo ou judicial; a pessoa física e os dirigentes de pessoa jurídica responsável por doações eleitorais tidas por ilegais; entre outros.

PROJETOS APROVADOS Na sessão dessa terça-feira, os vereadores aprovaram seis projetos de lei do Executivo que autorizam a cobrança de contribuição de melhoria pós-pavimentação em ruas do município. As vias contempladas são: Henrique Stein Filho, bairro Jardim do Cedro; avenida Benjamin Constant, bairro Moinhos D’Água; rua José Bonifácio, bairro Hidráulica; rua Bento Rosa e avenida Amazonas, ambas no bairro Carneiros; e rua Pedro

Petry, bairro Universitário. Os parlamentares também acataram duas aberturas de créditos especiais e suplementares. Uma no valor de R$ 100 mil na Secretaria da Saúde, e outra, no valor de R$ 2,5 mil na Secretaria da Fazenda. Do Legislativo, foram aprovados dois projetos de autoria do vereador Sérgio Rambo (PT) que denominam de rua Sabiá Laranjeira uma via pública no Bom Pastor, e de rua Anilo Presser uma via pública no Olarias.


4

Cidades

A HORA · SEXTA-FEIRA, 4 DE DEZEMBRO DE 2015

Legislativos impedem redução de salários Parlamentares de Taquari e Bom Retiro do Sul apresentaram novas propostas RODRIGO MARTINI/ARQUIVO

INICIATIVAS REGIONAIS Em setembro e outubro, propostas para reduzir salários de vereadores foram apresentadas por palamentares de Arroio do Meio, Marques de Souza e Lajeado. Em Estrela, Lajeado e Arvorezinha, movimentos organizaram abaixo-assinados buscando a elaboração de projetos populares com a mesma intenção. Confira a lista: Arroio do Meio Proposta – Aloísio Schwarzer (PDT) enviou projeto vizando reduzir em 30% o salários dos vereadores, que recebem R$ 4.088 e se reúnem duas vezes por mês. Resultado – O projeto foi rejeitado com voto contrário de todos os outros dez parlamentares.

Em Arvorezinha, quase 3 mil assinaturas foram arrecadadas. Veracidade das adesões é questionada. Caso parou na polícia

Vale do Taquari

O

número de municípios com propostas para redução dos salários de vereadores aumenta na região. Nesta semana, parlamentares de Taquari e Bom Retiro do Sul defenderam projetos para diminuir pela metade os vencimentos do Legislativo. Na segunda-feira, Renê Marques (PSDB) encaminhou o projeto 3814/2015, que prevê diminuir para R$ 1.576 os subsídios mensais do parlamento na legislatura 2017-2020. Hoje, cada um dos nove vereadores recebe R$ 3.862,22. Marques justifica o projeto dizendo ser uma promessa de campanha. Apesar do pleito ter sido em 2012, alega ter encaminhado a proposta agora devido ao movimento desencadeado nos demais municípios brasileiros. “Agora que as pessoas estão se manifestando, percebi que era cabível.” De acordo com o tucano, ainda não há previsão para votação do projeto. “Depende do presidente da câmara, que se manifestou contra a proposta. Não é algo que agrada a todos”, ressalta. Para Marques, os vereadores não precisam receber o valor atual por ter empregos fixos em outras funções. Não é justo um

cara capinar para ganhar R$ 800 enquanto recebemos quase R$ 4 mil para quatro horas de trabalho por mês”, alega. Conforme o parlamentar, a câmara se reúne apenas duas vezes por mês, o que não justificaria tamanha despesa.

Agora que as pessoas estão se manifestando, percebi que era cabível.” Renê Marques Vereador

Indicação rejeitada Na sessão da câmara de Bom Retiro do Sul de terça-feira, 1º, o vereador Alessander Negreiros Fritscher (PSB) apresentou uma indicação, com objetivo de reduzir em 50% os subsídios de parlamentares, prefeito, vice e secretários. Se fosse aprovada, a indicação resultaria na elaboração de um projeto legislativo. Porém, por cinco votos contra e trêsa favor, a medida foi rejeitada. Além do autor da proposta, Eder Cíceri (PSB) e Carlos Antônio Cardoso (PMDB) também votaram a favor. Em plenário, Alessander disse que o pedido visa evitar a ocupação de cargos por pessoas interessadas em se favorecer pessoalmente. Para ele, a proposta traria economia aos cofres públicos e os recursos poderiam ser usados em benefício de áreas como saúde, educação, agricultura e obras. A proposta foi muito criticada pelos colegas. Para Nilson Lang (DEM), Alessander tenta se promover às custas da iniciativa. “Ele nunca fez nada pelo município e agora vem com essa proposta absurda.” Hoje, cada um dos 11 vereadores recebe cerca de R$ 3,9 mil. As sessões ocorrem uma vez por semana, sempre às terças-feiras.

Arvorezinha Movimento Mobiliza Arvorezinha criou projeto de iniciativa popular prevendo redução dos salários para o equivalente a um salário mínimo, extinção de CCs e diárias, além de definir o horário das sessões para depois das 19h. Resultado – Mesmo com quase 1,3 mil assinaturas, quase seis vezes o exigido em lei, o projeto não foi à votação. Vereadores ingressaram com denúncia na Polícia Civil, alegando que algumas assinaturas seriam falsas. O Mobiliza Arvorezinha nega as acusações. Marques de Souza Proposta – Proposta do vereador Lucas Stoll (PT) previa redução dos vencimentos para o equivalente a um salário mínimo. Resultado – Conforme Stoll, vereadores que apoiam reduzir o subsídio acharam o valor muito baixo. “Passei para uma negociação de baixar para 50% o salário dos parlamentares, reduzir em 40% os vencimentos do vice-prefeito em 10% o do prefeito e secretários”, afirma. Segundo ele, a proposta é debatida com a comunidade para a criação de um projeto de iniciativa popular. Lajeado Proposta 1 – Vereador Antônio Schefer (SDD) apresentou requerimento sugerindo a diminuição de 50% dos salários dos parlamentares. Resultado – O requerimento não resultou em projeto de lei. Proposta 2 – ONG Cidadão Convicto organiza projeto de iniciativa popular estipulando em R$ 1,7 mil o salário dos vereadores. Resultado – Proposta circula por meio de um abaixo-assinado virtual. Até ontem, 964 pessoas haviam assinado. São necessárias ao menos 2,8 mil adesões para a proposição ser encaminhada à câmara. Estrela Proposta – ONG Cidadão Convicto iniciou campanha virtual para fixar em R$ 1.196,83 o salário dos vereadores. Resultado – O abaixo-assinado virtual recebeu 549 adesões até ontem. Para ter validade, petição precisa da assinatura de 1,25 mil pessoas, equivalente a 5% do total de eleitores do município.


A HORA 路 SEXTA-FEIRA, 4 DE DEZEMBRO DE 2015

5


6

Cidades

A HORA · SEXTA-FEIRA, 4 DE DEZEMBRO DE 2015

Albergue abre 126 vagas no semiaberto Inauguração da nova ala do presídio foi possível graças ao esforço comunitário ANDERSON LOPES

Vale do Taquari

I

ntegrantes da alta cúpula dos três poderes no estado participam hoje, às 14h, da inauguração da nova ala do Presídio Estadual de Lajeado. A construção abre espaço para 126 vagas exclusivas ao regime semiaberto e viabiliza, além de um desafogo da superlotação, futuras melhorias na atual estrutura penitenciária. O investimento chega a R$ 220 mil, pago a partir de uma iniciativa do Judiciário, Ministério Público (MP), Comunidade Carcerária, Associação Lajeadense Pró-segurança Pública (Alsepro) e município de Lajeado. Além disso, ocorreram doações de empresas e pessoas físicas. São 320 metros quadrados, totalizando sete celas. Cada ambiente conta com 18 colchões individuais. Diante do superlotação do atual presídio, construído ainda na década de 50, e da falta de aporte do governo estadual para melhorias na estrutura, a comunidade decidiu se unir. Foram oito meses de construção. “É uma das poucas obras, se não a única em todo o estado com tamanho engajamento comunitário”, enfatiza o diretor do Fórum, juiz Luís Antônio de Abreu Johnson. Para o magistrado, tal condição coloca o presídio de Lajeado em uma das situações mais confortáveis do RS. De acordo com Johnson, o novo espaço receberá presos diferenciados. “Utilizaremos o ambiente apenas para aqueles de boa conduta, que estão trabalhando.” Além disso, destaca a segurança do local. Como exemplo, cita os colchões, comprados no intuito de se prevenir contra rebeliões. O material não é inflamável. A construção foi coordenada pelo diretor de Obras da Alsepro, Léo Katz. Conforme ele, o espaço a ser inaugurado hoje é superior ao originalmente feito no presídio estadual. “Datado de 1950, começou com 120 vagas. Claro, depois foi aumentando. Mas a ampliação de agora é mais do que a capacidade original.” Mais de 300 pessoas foram convidadas para a cerimônia desta tarde. Entre eles, o governador José Ivo Sartori. Ontem, integran-

Diante da falta de verba do Estado, união de esforços entre conselhos, Judiciário e municípios possibilitou a obra. Obras iniciaram em março e custaram R$ 220 mil

tes do gabinete estiveram na cidade para confirmar a participação do chefe do Palácio Piratini. Também confirmou presença o presidente do Tribunal de Justiça do RS, o desembargador José Aquino Flôres de Camargo.

É uma das poucas obras, se não a única em todo o estado com tamanho engajamento comunitário” Luís Abreu Johnson Diretor do Fórum de Lajeado

Reestruturação A abertura de novas vagas, enfatiza o juiz Johnson, condiciona o desafogo do atual espaço penitenciário. O número de detentos está três vezes acima da capacidade. Com espaço para seis camas, algumas celas chegam a comportar 20 pessoas. Colchões são improvisados no chão e, em certos casos, não há lugar para todos. Diante da superlotação, o Ministério Público de Lajeado solicitou, em junho, a interdição parcial do presídio. Além do elevado número de presos, a promotoria apontou problemas na infraestrutura do espaço, entre eles, alguns atrelados à rede de energia elétrica. O juiz Johnson desconsiderou o pedido por considerar o avanço das obras de ampliação. De acordo com o magistrado, com a transferência de apenados para o novo ambiente será possível readequar espaços do presídio. Em seguida, devem ser iniciadas obras de manutenção da antiga estrutura.

Presídio feminino para 2016 Em paralelo ao novo prédio, seguem as obras da primeira penitenciária feminina de Lajeado. A

estrutura está 60% concluída e a inauguração deverá ocorrer em março. Conforme Katz, ao todo, foram investidos mais de R$ 450 mil, incluindo o albergue. Desse total, R$ 120 mil foram destinados pelo município. O governo de Estrela se comprometeu a repassar outros R$ 50 mil. Contudo, para concluir o complexo, são necessários mais R$ 350 mil. “O dinheiro que temos em caixa deve durar pouco mais de 30 dias”, aponta Katz. Há meses os envolvidos no projeto buscam apoio financeiro dos municípios, mas nenhum, exceto Lajeado e Estrela, mostrou intenções de destinar recursos. Em setembro, o pedido foi estendido a 16 prefeitos em reunião da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat). A conta varia de R$ 5 mil a R$ 50 mil. A construção do presídio, com capacidade para 72 detentas, iniciou em março. A recorrente exposição da fragilidade do sistema carcerário reforça a importância dos investimentos. Na região, a estrutura se resume as 15 vagas para mulheres em Encantado e duas celas em Santa Cruz do Sul. Fora daqui, só há vagas na Penitenciária Madre Pelletier, em Porto Alegre, ou no Presídio Fe-

Projeto em números Ampliação do albergue tem

320 metros quadrados São sete celas, cada uma com capacidade para

18 detentos Investimento chega a

R$ 220 mil

minino de Guaíba. A estrutura consiste em secretaria, salas de assistência social, Núcleo de Educação (Neja), biblioteca, sala de professores, área de revista, parlatório, sala de aula, oito celas para nove presas, uma cela para deficientes, cozinha, copa, sala de trabalho, sala multiuso, sala de vigilância, sala de descanso, atendimento clínico, ambulatório, refeitório, duas salas de observação totalizando sete leitos, sala de observação com quatro leitos, apartamento especial e pátio.


A HORA 路 SEXTA-FEIRA, 4 DE DEZEMBRO DE 2015

7


8

Cidades

A HORA · SEXTA-FEIRA, 4 DE DEZEMBRO DE 2015

Diretório analisa pedido de impugnação Atual presidente do DCE Univates mantém em sigilo o conteúdo da solicitação RODRIGO MARTINI

Lajeado

O

resultado oficial da eleição do Diretório Central de Estudantes (DCE) da Univates será divulgado hoje à tarde, pois a Comissão Eleitoral analisa pedido de impugnação encaminhado por grupo contrário. A única chapa inscrita teve 274 votos favoráveis e 33 contrários, com 11 anulações. De acordo com a presidente do DCE, Luisa Arenhart, a contagem de votos ocorreu nessa quarta-feira à noite, na sala do DCE. Estavam presentes integrantes da diretoria, do Conselho Fiscal, da Comissão Eleitoral e da chapa concorrente. Sobre o pedido de impugnação, ela prefere não dar detalhes.

“Conforme instrução e aconselhamento dos advogados da Assessoria Jurídica da Univates, só tornaremos público o resultado das eleições na sexta-feira (hoje) à tarde, após respondermos o pedido de impugnação, o qual temos um prazo de 72 horas para dar o parecer.” Segundo a presidente, a ata de eleição foi preenchida, mas com uma ressalva. “A própria ata só será assinada após a resposta do pedido de impugnação, que será anexado a ela.” O pedido foi encaminhado por um aluno do curso de Direito, responsável pela tentativa de homologação da chapa concorrente. A reportagem tentou contato, sem sucesso, com o acadêmico. Também solicitou à presidente

Bruno Salvatori (esq) e Lucas Ahne reclamam do que chamam de tentativa de “golpe” por grupo contrário

do DCE o nome de outros integrantes, informação negada por ela. O único grupo concorrente inscrito dentro do prazo de antecedência mínima de 15 dias antes do pleito também não teve acesso ao conteúdo do pedido de impugnação.

“Tentativa de golpe” Para o candidato a presidente e líder da chapa única, Bruno Salvatori, aluno do curso de Direito da Univates, o grupo contrário tenta burlar os regulamentos estabelecidos no estatuto do DCE. “Nossa chapa ficou sete meses se organizando e nos inscrevemos quatro dia depois da abertura das inscrições. Eles deixaram para os últimos dez minutos de um prazo total de 30 dias”, resume. Havia um menor de idade entre os integrantes da chapa apresentada nos minutos finais do prazo. E como a análise da Comissão Eleitoral dependia de informações do setor de Atendimento ao Aluno da Univates para confirmar a idade dos inscritos, o problema foi detectado só no dia seguinte. Com isso, não houve tempo para correções e a chapa não foi aceita. Salvatori critica a postura da chapa concorrente. “Nunca foi problema ter adversário no pleito. O problema está no in-

só tornaremos público o resultado na sexta-feira (hoje) à tarde, após respondermos o pedido de impugnação [...] Luisa Arenhart Presidente do DCE

teresse por trás, movimentado por grupos estudantis comunistas como o ALE e A Marighella. Nada contra suas ideologias, mas nós estamos aqui pelos estudantes. E não pelos interesses partidários”, sustenta. Também integrante da chapa única, o candidato a vice-presidente, Lucas Ahne, endossa a opinião de Salvatori. “Nossa chapa é suprapartidária. Alguns têm partidos, mas as decisões serão em prol dos alunos. E nada contra as ideologias do outro grupo. Mas o pleito tem que ocorrer da forma correta. E não agora. Assim parece golpe.”

INTEGRANTES DA CHAPA 1 Presidente: Bruno Zanatta Salvatori (Direito) Vice: Lucas Eduardo Ahne (Eng. Ambiental) 2º: Nathalia Lauxen Braga (Jornalismo) Tesoureiro: Guilherme Engster (Direito) Vice-tesoureiro: Alex Ismael Berghahn (Eng. Civil) Secretário: Junior Cereza (Eng. Civil) Vice-secretário: Felipe Tonezer Frantz (Eng.

Mecânica) Diretores: Alessandra Linhares (Psicologia), Felipe Justo Dessoy Caraballo (R.I.), Guilherme Arthur Eckert (Ed. Física), Gustavo Freitas dos Santos (Jornalismo), Luiz Fernando Martins da Fonseca (Direito), Maira Aline Lenz Bender (Arquitetura e Urbanismo), Mariana Goulart Wermann (Jornalismo) e Rodrigo Muller (História).


Cidades

A HORA · SEXTA-FEIRA, 4 DE DEZEMBRO DE 2015

9

Executivo asfalta rua João Fell, no Pinheiros Via liga a ERS-453 à BR-386. Município acredita na instalação de mais empresas PAULO RICARDO SCHNEIDER/DIVULGAÇÃO

Estrela

A

pavimentação de cerca de dois quilômetros da rua João Fell, no bairro Pinheiros, deve servir de atrativo para criação de novos empreendimentos no trecho. A projeção é do secretário de Planejamento e Desenvolvimento Econômico, Marco Wermann. O secretário ressalta o uso da área como polo de serviços e comércio entre a ERS-453 (Rota do Sol) e a BR-386. A obra, afirma, terá mais de 22,1 mil metros quadrados. O serviço, desenvolvido pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC II), ainda deve contemplar cordão e passeio. A proposta, solicitada em 2014, estabelece 16 anos para o Exe-

cutivo pagar os R$ 8 milhões do financiamento. A taxa anual de juros é de 6%, enquanto R$ 500 mil foram estabelecidos de contrapartida. Além da rua João Fell, vias como as avenidas Coronel Müssnich, Rio Branco e Coronel Brito são beneficiadas com recapeamento. A iniciativa era debatida entre moradores e poder público desde 2013. Na época, um morador organizou um abaixo- assinado e encaminhou ao Ministério Público (MP). O argumento contrário ao asfaltamento era o aumento do fluxo de caminhões na rua. O excesso de trânsito ao bairro Boa União é um dos agravantes para o investimento na rua João Fell. Em 2012, uma ação civil pública foi aberta

Asfaltamento pode reduzir o tráfego de caminhões pesados no bairro Boa União. Alguns moradores foram contra a obra

pelo MP. Ela teve a participação de cerca de 800 pessoas. A liga-

ção pela via era indicada como uma das propostas assim como

a rótula entre os quilômetros 38 e 39 da Rota do Sol.

Conselho de segurança e CIC debatem policiamento na cidade Teutônia Reunião entre representantes do Conselho Comunitário Pró-Segurança (Consepro), Brigada Militar (BM) e direção da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) projeta demandas para próximo ano. O encontro ressaltou a necessidade da construção do prédio à BM e a instalação das câmeras de monitoramento. A falta de policiais militares nas ruas e a redução das horas extras se destacam entre as necessidades pleiteadas para 2016. O déficit preocupa o conselho. A atualização do quadro funcional da BM depende do Estado. O Consepro investe R$ 3 mil por mês em manutenção de viaturas, ma-

teriais de informática, estagiário e aluguel de prédios para a corporação civil e militar. Conforme o presidente Egon Fritzen, prezar pela segurança é dever de toda comunidade. “Cada um deve fazer a sua parte”, diz. Entre as ocorrências atendidas pela BM, o capitão Jorge Luiz Engster destaca os 346 acidentes, as quatro mortes instantâneas e duas mortes no hospital. Todas oriundas de colisões no perímetro urbano. Violência doméstica e furtos figuram na lista de ocorrências.

Patrulhamento nas férias Para o período de fim de ano e início de 2016, a BM prepara soldados para a Operação Férias

Tranquilas. Os moradores que viajarem podem se cadastrar na sede da polícia para ter a casa monitorada. A guarnição patrulhará as ruas para inibir furtos nas residências. Atendendo a demanda de segurança dos comerciantes, a Operação Papai Noel coloca policiais a pé nas vias principais onde há estabelecimentos. Com viatura nos horários de atendimento do comércio, a BM reforçará a proteção no centro. As promoções atraem compradores com dinheiro à vista e podem acarretar em furtos

devido à movimentação financeira. Investir em equipamentos de segurança e mudar rotinas de depósitos de dinheiro contribuem para a proteção da comunidade. A população pode optar por cartão de crédito ou débito para evitar circular com dinheiro. Carteiras e bolsas devem estar junto ao corpo. Observar circulação de pessoas em atitude suspeita é outra medida a ser adotada.

PRÉDIO DA BM O conselho pleiteia construção de novo prédio da BM. A obra deve ser concluída no próximo ano e conta com investimento da administração municipal e câmara de vereadores.


10

Cidades

A HORA · SEXTA-FEIRA, 4 DE DEZEMBRO DE 2015

Casa abandonada se torna viveiro de insetos Moradores temem proliferação de mosquito aedes aegypti na água da piscina ANDERSON LOPES

Estrela

P

reocupados com a proliferação do mosquito da dengue, moradores do centro se mobilizam contra o acúmulo de água parada na piscina de uma casa abandonada. A moradia fica na rua Borges de Medeiros, próxima de dois prédios residenciais. De acordo com a representante dos moradores, Viviane Ferreira, quando ainda havia habitantes na casa o aspecto da água da piscina já causava preocupação. Porém a situação teria piorado após o imóvel ficar vazio, há cerca de seis meses. “A quantidade de insetos, como mosquitos e varejeiras é muito grande.” Ao ligar para a administração pública, Viviane descobriu que mais pessoas haviam reclamado do problema. Ela diz ter procurado o vice-prefeito e ve-

Água parada não favorece a reprodução do aedes aegypti, diz Vigilância

readores para relatar o ocorrido. “Disseram que interviriam, mas até agora nada foi feito”, reclama. Segundo a estudante, a preocupação é maior devido às campanhas de prevenção contra o mosquito da dengue. “Vivemos com os apartamentos trancados para não permitir a entrada dos insetos”, relata. Viviane reclama da inércia da administração municipal em

resolver o problema e cobra que o município ingresse na Justiça contra os proprietários.

Imóvel leiloado Enfermeira da Vigilância em Saúde, Carmem Hentsche confirma as alegações da comunidade. Segundo ela, a casa abandonada foi a leilão. Porém a pessoa que arrematou o imóvel não pagou. “Continua no nome da antiga

proprietária, que se comprometeu em retirar a água”, afirma. Carmem diz que o problema deveria ter sido resolvido no dia 23 de novembro, mas a empresa contratada para o serviço não teria comparecido. Conforme a enfermeira, os responsáveis devem se deslocar hoje para o local para avaliar como farão o esvaziamento da piscina. Segundo ela, apesar das reclamações, a vigilância não pode invadir o local ou aplicar multa por se tratar de uma propriedade privada e residencial. “Estamos aguardando porque não podemos fazer nada além do que já foi feito.” Carmem alega entender a preocupação dos vizinhos, mas afirma que o local não é considerado um potencial criador de mosquitos da dengue. Segundo ela, no estado em que se encontra a piscina, o aedes aegypti não consegue se reproduzir. “A água podre favorece

outros mosquitos e pernilongos.” Conforme Carmem, como não há moradores na residência, não existe alimento para a procriação de outras pragas.

Diferença entre mosquitos Aedes aegypti Responsável pela transmissão de doenças como dengue, zika, febre amarela e chikungunya. Se reproduz apenas em água limpa. As larvas não sobrevivem em reservatórios com dejetos e matéria orgânica. Culex quinquefaciatus Pernilongo doméstico comum. Não transmite o vírus da dengue, mas é o principal vetor da filariose, conhecida como elefantíase. Também pode transmitir encefalite. Se reproduz em águas turvas, esgotos, valões e outros depósitos poluídos. Fonte: Fundação Oswaldo Cruz


Cidades

A HORA · SEXTA-FEIRA, 4 DE DEZEMBRO DE 2015

11

Normativa agiliza instalação do selo Susaf Regra permite a supervisões regionais da Seapi organizar calendário de auditorias ARQUIVO A HORA

Estado

U

ma normativa interna publicada na semana passada dá autonomia as 19 supervisões regionais da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi) para a realização das auditorias dos municípios para a adesão ao Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte (Susaf). A ação faz parte da descentralização adotada nos últimos meses pela Divisão de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa). O chefe substituto da Dipoa, Vilar Gewehr, acredita que a medida contribuirá para agilizar os processos. “A expectativa é que tudo se resolva em até 30 dias”, esclarece Gewehr. Para o coordenador do Programa de Agroindústrias da Emater Regional de Lajeado, Alano Tonin, o principal empecilho é a falta de documentos auditáveis para conseguir a adesão, como a licença ambiental, projeto de engenharia, cópias das análises dos produtos para atestar a qualidade,

Com credenciamento, apicultores dos vales do Rio Pardo e Taquari conseguirão vender produção para todo estado

acompanhamento sanitário e ambiental e legislação específica para cada tipo de empreendimento. “Em muitas cidades, o SIM apenas existe na lei, na prática, ele não funciona.” Dos 55 municípios atendidos, pelos menos dez ainda não têm o SIM. Na região, há 62 agroindústrias de origem animal cadastradas, além de outros estabelecimentos como frigoríficos e abatedouros que seriam benefi-

ciados diretamente com a adesão ao Susaf. “Conseguir o aval para vender em todo estado será um incentivo para atrair

novos empreendedores.” No vales do Taquari e Rio Pardo, apenas Encantado e Venâncio Aires estão credenciados.

Novos negócios O empresário Luciano Eggers, proprietário de um matadouro em Vila Terezinha, Venâncio Aires, projeta aumentar em 20% as vendas com a adesão do município ao programa. Por semana, são processados 3,6 mil quilos de carne suína e 2,2 mil quilos de carne bovina. São fabricados defumados, linguiça mista, salsichão e outros. Para adequar a infraestrutura à nova legislação, desde 2014, foram investidos R$ 500 mil em máquinas, ampliação do prédio, câmeras frias e compra de um caminhão. “Nossa meta é dobrar a capacidade de processamento em dois anos com a abertura de novos mercados.”


Regional Aslivata completa 30 anos consolidado no Vale do Taquari Páginas 13

Competições apontam os campeões amanhã

EZEQUIEL NEITZKE

Página 14

A HORA · SEXTA-FEIRA, 4 DE DEZEMBRO DE 2015 PATROCÍNIO:

Série Ouro

Por vaga na final, Alaf precisa vencer Equipe de Lajeado enfrenta a ACBF hoje, às 20h, em Carlos Barbosa EZEQUIEL NEITZKE

P

ara chegar à decisão inédita do Campeonato Estadual Série Ouro, a Alaf precisa passar pelo atual campeão nacional. Hoje, às 20h, a equipe do Vale busca duas vitórias, em Carlos Barbosa, contra a ACBF. Precisa vencer no tempo normal e na prorrogação. Equipe principal deve ter Chico, no gol; Marcelo Giba, de fixo; Gessé, de pivô; e Tininho e Edson, nas alas. Técnico da ACBF, Marquinhos Xavier tem o desfalque do pivô Rafa, expulso na primeira partida da semifinal.

Retrospecto em casa Na temporada 2015 da Série Ouro, a ACBF acumulou 79% de aproveitamento nas partidas disputadas em Carlos Barbosa. Foram 12 vitórias, dois empates e duas derrotas. Na única vez que a Alaf visitou a ACBF, foi derrotada por 3 a 0.

gol de Canabarro.

Derrota em Lajeado

Ação beneficente

Na primeira partida da decisão, disputada em Lajeado no dia 25 de novembro, a Alaf pressionou a ACBF, mas não fez gol. Aos 12 minutos da etapa inicial, foi castigada com um

Além da parceria dentro de quadra, o Colégio Mellinho e a Alaf organizam doação de tênis para pessoas necessitadas. Mais de 400 pares de tênis, arrecadados na gincana organi-

Alaf encara a campeã nacional ACBF pela vaga à decisão inédita da Série Ouro. No primeiro jogo, a ACBF venceu por 1 a 0

zada pelo Mellinho, serão distribuídos em local e data ainda indefinidos. Trata-se da quarta ação beneficente da equipe que nesta temporada já ajudou o Hospital de Marques de Souza, a Apae de Nova Prata e as vítimas dos temporais.

ASSOEVA NA DECISÃO Quem vencer hoje encara a Assoeva na decisão. A equipe de Venâncio Aires se classificou depois de empatar em 2 a 2 com o Atlântico na prorrogação.


13

A HORA · SEXTA-FEIRA, 4 DE DEZEMBRO DE 2015

Ascensão após a queda

Aslivata chega aos 30 anos fortalecida Depois de quitar as dívidas, entidade transforma a competição em uma das principais do RS EZEQUIEL NEITZKE

obrigando a uma revisão na fórmula do Regional. “Todas as mudanças são difíceis, mas são necessárias para não deixarmos o futebol amador morrer.”

Início do aspirante

Atual presidente, Volnei Kochhann participou praticamente de todas as diretorias

E

m meados dos anos 90 e início dos anos 2000, o futebol amador estava em descrédito, mesmo assim, a competição continuou. Em 2007, a segunda divisão foi retomada com as Copas dos Vales. A terceira e última reportagem sobre a história dos 30 anos da Aslivata começa em 2005. Demonstra como a entidade conseguiu se reerguer e transformar o campeonato em uma das principais competições amadoras gaúchas. Após dois mandatos, Vianei Hammes, de Venâncio Aires, continuava à frente a entidade, ao lado dele, sempre estava Moacir Montovani. “De tanto encher o saco dele, o convenci para assumir a presidência em 2007. Trocamos de papel, eu fui para vice.” Em 2009, Hammes voltou ao comando da Aslivata, permanecendo até o fim de 2012. Segundo ele, a maior alegria foi ter conseguido reestruturar o futebol. Assumiu com uma dívida de R$ 31 mil. Quando deixou o cargo, havia R$ 37 mil no caixa. “Durante minha passagem,

Presidentes Vianei Hammes 2004 a 2007 Moacir Montovani 2007 a 2009 Vianei Hammes 2009 a 2013 Gilberto Frigo 2013 a 2015 Volnei Kochhann 2015 até o momento

ninguém vai encontrar um recibo assinado cobrando uma corrida, ou algum almoço. Sempre ajudei de maneira espontânea, voluntária, sem pedir nada em troca.” Para Hammes, a última década foi memorável para o futebol amador, pois os clubes podiam inscrever atletas de outras regiões e formavam elencos qualificados. Diante do novo momento, times menores entraram em declínio,

Presidente de 2007 a 2009, o empresário Moacir Montovani ajudou a criar a categoria aspirante. “Sugeri esse modelo para incluirmos mais participantes.” A primeira disputa foi em 2000 e o Rui Barbosa, de Arroio do Meio, foi o campeão. O ex-presidente realça o propósito da competição. “O mais importante para mim foi conhecer lugares e fazer amigos.” Após o encerramento do mandato, Montovani deixou a diretoria da Aslivata. A decisão foi tomada para dar espaço a novos colaboradores. “O que eu tinha que fazer pela entidade e pelo futebol amador, eu fiz”, pondera. Sobre um dia retornar à presidência, Montovani é direto: “A gente nunca diz nunca mais, mas no momento não penso nisso.”

Teutônia retorna à copa Entre os anos 2011 e 2013, o empresário Gilberto Frigo assumiu como mandatário da associação. Junto com o ex-presidente Hammes, esforçou-se para trazer de volta as equipes de Teutônia, que haviam deixado o Regional para participar a Copa Assine. Onze clubes se afastaram na época. O primeiro ano de mandato ficou marcado pelo início da parceria com o Sicredi. Como efeito da profissionalização, uma massiva participação das equipes. Em 2013, a edição da copa Aslivata teve 42 times inscritos. Como legado central, a reestruturação da copa, acredita Frigo, mostra que é possível fazer mudanças. Para ele, não basta ser campeão e jogar um futebol bonito se no ano seguinte o clube fechar.

Sempre fui muito ligado ao Regional e à Aslivata” Atual presidente, Volnei Kochhann, esteve na organização desde a formação da entidade. Ele compara as diferenças entre as primeiras competições até o fortalecimento dos torneios de hoje. Qual a principal mudança do futebol amador de 1985 para hoje? Kochhann – Eram épocas diferentes, os jogadores eram liberados, mas muitos não recebiam dinheiro. Com o passar do tempo, os times fizeram verdadeiras seleções, buscando atletas de todos os lados, foi quando começou o leilão para buscar o melhor jogador e fazer o melhor time. Hoje, as agremiações não conseguem fazer futebol sem despesa. Outra mudança é que o futebol ficou mais técnico, pois a maioria dos atletas passou por escolinhas, coisa que na década de 80 era rara. Acreditava que a Aslivata e o Regional teriam todo este sucesso? Kochhann – Sempre fui muito ligado ao Regional e à Aslivata. Todos as glórias e problemas que a entidade teve ajudoram para que a competição e a instituição amadurecessem e se tornassem o que são. Teve um momento em que achei que o Regional acabaria. Em 2009/10, tivemos 12 agremiações na reunião do campeonato e algumas delas queriam jogar a Copa dos Vales, restando para a Série A duas, três equipes. Felizmente, na definição do certame, 11 times confirmaram participação. Foi o momento que pensei que a coisa estava indo para o buraco. Como você espera ver o Regional daqui a dez anos? Kochhann – Acredito que em dez anos conseguiremos manter este nível e melhorá-lo. Pois há muito interesse dos clubes em participar do Regional. Um e outro pode desistir de participar, mas sempre há outros interessados em entrar, como é o caso de equipes de fora dos vales do Rio Pardo e Taquari. Mas só clubes não resolvem. A competição para continuar a ter sucesso e crescer tem que continuar com as parcerias de empresas fortes como a Certel e Sicredi. Pretende concorrer à reeleição? Kochhann – Quero terminar primeiro meu mandato que vai até o fim do ano que vem, aí é outro assunto. Daqui a pouco, posso ser deposto, nunca se sabe (risos). Claro, tudo que é bom, funciona bem, tem concorrência, outros candidatos podem aparecer, mas ao mesmo tempo eu posso tentar ir de novo, pois acredito que estou fazendo um bom mandato e a competição está indo bem.


14

A HORA · SEXTA-FEIRA, 4 DE DEZEMBRO DE 2015

Três decisões agitam a região Finais ocorrem no fim de semana EZEQUIEL NEITZKE

Amigos do Neu, do ala Willian Moccelin, busca o segundo título do ano em Travesseiro

Futsal

T

rês competições promovem neste fim de semana as decisões dos respectivos campeonatos municipais. Boqueirão do Leão e Travesseiro apontam os campeões amanhã. Em Progresso, o jogo de ida da final é neste domingo. Em Travesseiro ocorrem as decisões das categorias feminino, sub16, veterano e força livre amanhã, no Clube Esportivo Travesseirense. No primeiro jogo, às 13h30min, o EC Cairu encara o Barra do Fão pelo terceiro lugar veterano. Em seguida, o Laranja Mecânica disputa o terceiro lugar da força livre com o Esquadrão. Na terceira partida, Os Novin encara o Bonde do Tigrão na decisão da categoria sub-16. As duas equipes já se enfrentaram duas vezes. Uma vitória do Os Novin por 4 a 0 e um empate em 2 a 2. Em seguida, as mulheres entram em quadra. Jucatra e Esquadrão duelam pelo título. Nos dois enfrentamentos entre as equipes, cada uma venceu uma vez. Na categoria veterano, a decisão será entre Madeireira Travesseiro e Xurupita. As equipes se enfrentaram há duas semanas, com vitória da Madeireira Travesseiro. Suspenso, Fernando de Castro desfalca o Xurupita. Pela força livre, o O que Importa é o que Interessa A busca o bicampeonato. A equipe de Picada Felipe Essig tem o artilheiro e a melhor disciplina. O adversário é o Amigos do Neu, atual campeão

do futebol 7 e com a defesa menos vazada. Igor Hofle sofreu 12 gols.

Boqueirão do Leão A competição aponta os campeões amanhã a partir das 19h. O primeiro jogo é entre União da Vila Schmidt e Vilson e Diego Cabeleireiros pelo veterano. As finais seguem com Amigos da Baixada versus Ajax FC (sub-17), Ajax FC versus Arla (força livre-série Prata), Porto versus Unidas pelo Esporte (feminino) e Esportivo Linha Data versus Serraria Gravina (força livre-série Ouro).

Progresso A primeira partida da final do campeonato de minifutebol ocorre neste domingo. Os jogos ocorrem em Morro Azul, a partir das 15h30min. No primeiro, Achados e Perdidos enfrenta o Internacional de Lajeado do Meio pelo terceiro lugar masculino. Em seguida, o Gaúcho encara o Internacional de Lajeado do Meio na decisão feminina. Para encerrar, o Gaúcho enfrenta o Amizade pela final masculina.

OUTROS CAMPEONATOS Os certames de futsal de Imigrante e Canudos do Vale têm rodada neste fim de semana. Os jogos em Imigrante ocorrem hoje a partir das 19h15min. Em Canudos do Vale, são amanhã, com início às 20h30min.


15

A HORA · SEXTA-FEIRA, 4 DE DEZEMBRO DE 2015

Informe

www.setelajeado.com.br

Premiados Série Prata Campeão: Magic Clube Vice-campeão: Tabajara/CBM

Galera e Magic Club dão a volta olímpica

O

Torneio Integração CTC/Sete – Copa Valdir Richter apontou na terça-feira os campeões das séries Prata e Ouro na categoria master. As finais ocorreram no Clube Sete de Setembro. Na Série Prata, o Magic Clube foi superior ao Tabajara e ficou com o título. A partida iniciou equilibrada, mas aos 2 minutos Mauro Mallmann abriu o placar para o Magic Clube. Aos 20 minutos, o mesmo jogador ampliou a vantagem do Magic. Aos 2 minutos da segunda etapa, Sergio Azevedo recebeu passe de Sérgio Diefenbach e marcou o terceiro do Magic. Até o fim da segunda etapa, o Tabajara tentou descontar, mas não conseguiu.

Série Ouro Na decisão da Série Ouro, o atual campeão Torino iniciou melhor a partida e abriu o placar na metade da primeira etapa. Peninha recebeu dentro da área e tocou na saída do goleiro Luis dos Santos. Aos 22 minutos, Carlos Chagas ampliou a

vantagem para o Torino após receber lançamento de Peninha. No último minuto da primeira etapa, Jamir Bruch, o “Sabiá”, arriscou quase do meio-campo e descontou para o Galera. Precisando empatar para levar o jogo à prorrogação, o Galera voltou melhor na segunda etapa e aos oito minutos Sabiá marcou seu segundo gol. Com o empate, o confronto foi para o tempo extra. Nele, o Galera teve baixas por lesão, mas aos 24 minutos marcou o gol do título. Bagnara lançou Joel Zagonel, que chutou na saída do goleiro Marcelo.

Série Ouro Campeão: Galera/Roque Tratores Vice-campeão: Torino Campeão geral disciplina: Tabajara/CBM Defesa menos vazada: Galera/Roque Tratores (10 gols) Goleador: Jamir Luis Bruch, o “Sabiá” – Galera/Roque Tratores (15 gols)

FOTOS JOSÉ ROBERTO GASPAROTTO/ENCONTRO COM O ESPORTE

Galera venceu a Série Ouro após derrotar o Torino na decisão. Equipe teve o goleador e o goleiro menos vazado

Torneio de verão As inscrições para o Torneio de Verão ocorrem até o dia 11 de janeiro. Na data, haverá reunião técnica, às 20h, na sede do Clube Sete de Setembro. A competição iniciará no dia 14 de janeiro. Os jogos ocorrerão nas segundas, quartas e quintas-feiras. Interessados devem contatar com Luís Felipe Worn, o “Farelinho”. O valor da inscrição é de R$ 300. Até o momento, 15 equipes confirmaram participação.

Magic Clube venceu o Tabajara na final e conquistou a Série Prata. Mauro Mallman e Sérgio Azevedo marcaram os gols


Lajeado, sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

ESPORTE

Judô

Atletas do Vale ganham sete medalhas Os cinco judocas do Vale do Taquari se destacaram no Copa Santa Cruz de Judô, no sábado, em Santa Cruz do Sul. Eles retornaram para a região com sete medalhas – seis de ouro e uma de bronze. Edson Soares sagrou-se campeão no peso pesado. Felipe Wiebbelling Schneider recebeu ouro na categoria até 21 anos. Ane Cristiane Vitória conquistou dois ouros – peso pesado e geral feminino. Leandro Wachholz foi campeão na categoria até 90 quilos e campeão absoluto. Guilherme Wachholz ficou com a medalha de bronze na categoria mirim. Próximo desafio é o campeonato estadual neste fim de semana em Canoas.

Lajeadense

Diego Miranda é o nono reforço A diretoria alviazul anunciou na quarta-feira à noite a contratação de Diego Miranda. O meio-campista de 24 anos é a nona contratação do clube para o Gauchão 2016, que iniciará no dia 31 de janeiro. Diego Miranda participou da campanha de acesso do Ypiranga à série C do Brasileirão. No estado, destacou-se na passagem pelo Passo Fundo no Gauchão. Outros atletas já anunciados são: Lauro e Paulo Henrique (goleiros), Diego Hoffmann e Romário (laterais), Cássio de Souza (zagueiro), Maurinho (volante), Giovani Rosa e Vandinho (atacantes).

Jornalismo / redação: ahora@jornalahora.inf.br Publicidade: comercial@jornalahora.inf.br Assinaturas: assinaturas@jornalahora.inf.br

SÉRIE OURO

Alaf joga contra ACBF por vaga a final Páginas 12


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.