Jornal

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Fevereiro 2014 3

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1ª Edição

Notícias, Entrevistas, Reportagens. Música Jogos, Filmes, BD Conto Inacabado Curiosidades Textos Desenhos Fotografias


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Editorial Espaços, tempos e mudanças. Questões e introspeções. Estagnar ou revolucionar? Essa é a questão que devemos colocar-nos. A resposta a ela vai-se encontrando no dia-a-dia, num café ao lado da escola, em distraída conversa com os colegas, enquanto o professor exasperado marca a falta de atraso no programa, num momento em que o League of Legend “cracha”, e recuperamos a lucidez, ou em qualquer outro instante em que percebemos que esta vida não nos basta e constatamos que tem de ser mudada. Na mercearia, em casa, no estádio ou na escola, a revolução deve ser feita. Agora, que revolução? A vossa, a que considerarem, seja no mundo ou dentro de vós. Nós, voluntários na escrita, no desenho e na fotografia, fizemos a nossa, apresentando estas páginas. Só nos resta por isso dizer: Bem-vindos ao Mundo dos 15 Paus!

Índice Coisas Sérias & Afins

2.

Mozart Gone Wild

3.

Pure News

4.

Um Conto inacabado

5.

Sabias que…

6.

Suplemento 6.1 Arte & Manha —Tema do 1º número

Revolução 6.2 Versus

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1.

Andreia, Ângela, Rita, Sara - TF2


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No banco com … Susana Fonseca - Qual foi a motivação para inovar o jornal da escola? Não foi propriamente inovar. Todos fazemos o que podemos, da forma que podemos, com o tempo e os instrumentos que temos. A questão foi que o jornal passou a fazer parte do núcleo e coube-me a mim, e ao professor Pedro, desenvolver o jornal. A motivação é sempre muita, o problema é conciliar motivação com uma série de outros fatores. - Quais são as diferenças entre o novo jornal e o anterior? A diferença é que temos uma redação fixa com uma série de alunos e contamos depois com a colaboração de outros em situações pontuais. Temos alunos com tarefas atribuídas, como crítica de jogos, filmes, lançamento de novidades na B.D., etc. E temos um suplemento cheio de “artes e manhas”. - Quais foram as dificuldades na criação deste novo jornal? As dificuldades começam pelo tempo disponível, ou seja, tanto alunos como professores têm uma série de responsabilidades e estas são conciliadas com o trabalho no jornal, ora isso nem sempre corre como o pretendido. Como se costuma dizer: Tempus fugit. No banco com… Susana Fonseca

- Porquê a escolha do jornal ser elaborado por alunos? Porque são os mais criativos, embora às vezes nem o percebam. Porque a escola é para eles, porque o jornal é para eles. A voz dos alunos é que tem de ser ouvida, o que lamento é que muitos preferem estar calados, muitos andam pouco motivados e não fazem nada para mudar isso, apenas queixar-se ou jogar jogos tontos. Ainda se fosse o Metal Gear Solid… Acho que vou ser linchada. Voltando agora ao momento sério, na verdade, acho que deviam ter vontade de escrever, desenhar ou fotografar de forma espontânea e aqui teriam essa possibilidade, mas fica ao critério de cada um. - Acha que esta é uma boa equipa? Esta equipa é um espetáculo!!! Espero que não me desiludam agora que os elogiei publicamente. Seria um aborrecimento ter de me vingar. - Acha que o novo jornal tem futuro? Não sei, embora gostasse muito que tivesse. De qualquer das formas, se de repente os miúdos decidirem que não têm mais paciência para isto, corro o risco de ficar sozinha com o meu colega Pedro e termos de fechar a loja. Ou então escrevermos artigos de cinema e chamamos ao jornal “sétima arte”, com o suplemento “sozinhos em casa”. Falando muito a sério, o futuro do jornal depende de um grupo, se ele continuar coeso… há esperança.

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- Acha que este jornal tem a capacidade de motivar os alunos a trabalhar mais e melhor, sabendo que os seus trabalhos poderão ser publicados no jornal? Acho este um aspeto importante, mas nem todos os alunos estarão de acordo. Às vezes sinto que os alunos não se preocupam muito com a divulgação dos seus trabalhos e tenho pena. É como vos digo, estão mais preocupados em ouvir música má e jogar jogos totós, género Minecraft. Mas há gostos para tudo.

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No banco co Qual é o significado do nome do jornal da escola? – José Galvão: O nome origina-se a partir daquele terror que todos os alunos têm pelas recuperações cujo custo é 15 euros, ou como os alunos dizem: 15 paus!

Na tua opinião, sendo o jornal escrito por alunos e para os alunos, terá mais impacto? – Ricardo Jorge: O impacto será ligeiramente maior porque cada aluno pode identificar-se com o que outro escreve.

O jornal motiva-te a trabalhares mais e melhor, sabendo que os teus trabalhos poderão ser expostos? – Cristiano Caliça: Sim, eu acho que o facto de os nossos trabalhos poderem ser expostos e falados no jornal é uma mais-valia para nós alunos, fazendo com que a motivação e o esforço sejam dobrados. Claro que o jornal será mais visto, também é importante, porque a meu ver muito pouca gente liga ao jornal.

O que te motivou para fazeres parte da equipa? – Miguel Félix: Como já fazia parte de um site achei que seria complementar e gosto de contribuir de várias maneiras para um jornal com qualidade.

Sentes-te motivada a fazer trabalhos para serem publicados no jornal? – Catarina Chasqueira: Por um lado sim, pois dá-nos a possibilidade de partilharmos com alguns dos nossos colegas os nossos conhecimentos, gostos e capacidades. Mas gostava talvez que houvesse a possibilidade de que o jornal fosse lido por mais pessoas, não se limitando a ser deixado num canto à espera de que alguém o vá buscar. 6

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Q

– bo pr po Su do ap


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om… alunos Enquanto aluno, o que achas que é importante transmitir num jornal escolar? - Francisco Rodrigues: Num jornal escolar, creio que seja preciso seguir-se o popular ditado "De estudantes, para estudantes". Existe um público-alvo mais aberto e menos informal, abrindo caminho para um formato mais agradável, sem tantas restrições como um jornal normal destinado ao maior número de pessoas possível. Dito isto, um jornal da escola deve incluir temas relevantes aos que lá estudam como jogos, notícias que interessem, dicas para o dia-a-dia da nossa idade, etc. Mas não incluiria nestes tópicos trabalhos ou exercícios adicionais, como vejo muitos outros jornais escolares a fazer, porque se pensarmos bem, um jornal acaba por ser algo que uma pessoa pega e lê para se entreter e desanuviar, e é isto que acho que devemos tentar atingir.

De que forma é que achas que estás a contribuir para a comunidade escolar?

Quais são as diferenças entre este jornal e o anterior?

Daniel Tojo: As diferenças entre este jornal e o anterior... om um dos pontos é que ao contrário do anterior, que foi criado rincipalmente por professores da escola, o "15 paus" foi criado or alunos auxiliados por um mínimo de professores (Professora usana e Professor Pedro Cruz). Outro ponto em que variamos o "Digitus" é no conteúdo que julgo ser mais variado e mais pelativo aos olhos dos estudantes.

– Inês Alves: Um pouco disto e daquilo de cada um e o jornal consegue dar aos alunos da escola aquilo que se passa dentro e fora das turmas, só isso, ajudar na divulgação da informação e quem sabe, melhorar certos aspetos que realmente precisam.

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Achas que este jornal vai ter sucesso? - André Silva: Sim e Não, esta é a minha resposta... As minhas expetativas dizem que sim, a equipa é boa, o desempenho é ótimo e o jornal está bem organizado em termos de material. É uma equipa empenhada, isto a meu ver, agora o sucesso vem 60% da equipa, o resto vai para a aceitação do público em geral, o trabalho que estamos a ter é por eles. Isto tudo vai depender de quem nos lê, não estamos a falar de vendas, mas do interesse e da curiosidade, em geral. Eu não sou o sucesso, nem eu nem a equipa, gostava que assim fosse porque trabalhamos para ele, mas como tudo no mundo, a injustiça é um pirata que o rouba, a loucura pelo sucesso só nos distancia. A equipa tem criatividade e força de vontade para realizar algo originalmente novo, mas tudo está nos leitores. Agora eles irão ter duas opções: ou aceitam de braços abertos ou nos deitam na reciclagem.

Gostas da equipa, achas que tem um bom ambiente? - Telma Dias: Em relação à equipa criativa, da qual faço parte, trabalhamos todos em harmonia e conjuntamente, complementando as ideias uns dos outros, para assim conseguirmos superar as nossas dificuldades. Conseguimos ter muitas ideias criativas e juntá-las de forma a criar um todo ideal. Em relação às outras equipas, não tenho a certeza como trabalham, porém, pelo que vi, os textos chegaram rapidamente à equipa criativa e temos muito material.

Fotografia de Matilde Ferreira

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Colóquio Luso-Brasileiro – Universidade Aberta Pavilhão do Conhecimento A cobertura fotográfica do evento esteve a cargo da turma de 3º ano de Fotografia e foi bem-sucedida. O evento ocorreu em diversas salas e um auditório, onde decorriam palestras de variados temas, com a participação de oradores que estudam ou lecionam no sistema e-learning, em Portugal e no Brasil. A turma foi dividida em grupos que trabalharam durante os três dias do evento, fotografando todas as palestras de forma a divulgar e a ilustrar o que decorria em cada sessão. O Colóquio Luso-Brasileiro, que decorreu nos dias 5 a 7 de dezembro foi uma iniciativa importante na promoção dos cursos da Universidade Aberta e do método de ensino em e-learning. Este método tem vindo a expandir-se e a ganhar, cada vez mais, adeptos de vários países e de várias idades.

O produto final foi extremamente satisfatório, com a Universidade Aberta a agradecer o contributo da Escola Digital e dos seus alunos para o sucesso deste colóquio.

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Texto: Carina Silva – TF 3 Fotografias: Flávia Sousa – TF3

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Os passos da Turma d Pela Gulbenkian…

Na Gala do Liceu Camões… Poderia não ter ido fotografar a gala do Liceu Camões, poderia, ao invés disso, ter ido no meu serão, jogar dardos, ou tomar um café, com os do costume… Mas fui à gala do Liceu passar um excelente e inesperado serão, que acabou por me dar tema de conversa para o próximo serão de dardos, com os do costume…

A turma de Fotografia de 2º ano visitou a exposição

Por: Gino Antunes – TF2

“OVI”, ouvir, ver e interpretar, no Centro Cultural da Gulbenkian.

Pelo Teatro Arte D’Encantar… Fotografar o Teatro Arte D’Encantar é aprender a se destacar. Fotografar o Teatro D’Encantar é aprender a agir com rapidez para não se ficar para trás. A atividade foi interativa e dinâmica, misturando os

Aprender a observar é uma mais-valia para um fotógra-

sentidos com conceitos, através da pintura, da escul-

fo, com os olhos postos no Teatro D’Encantar.

tura, do desenho, da fotografia e do vídeo. Tornando

Por: Jéssica Pereira e Cláudia Lima – TF2

-as obras palpáveis e tornando o momento interessante e construtivo. Por: I. A. & M.G. – TF 2

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Fotografias de Rita Silva

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de Fotografia de 2º ano No Doc Lisboa com “Kelly”…

No âmbito da disciplina de fotografia, a turma do 2º

“O filme poderia facilmente cair num panfleto acer-

ano, fez uma pequena “viagem” ao mundo do

ca das profundas tristezas da prostituição e dos des-

Doclisboa’13, na Culturgest. Esta ida realizou-se no

gostos da imigração ilegal. Felizmente, Régnier é

dia 30 de Outubro e tudo para conhecer a vida de

cineasta e impõe, desde logo, uma regra ao seu fil-

Kelly, num filme (neste caso documentário) francês

me (o que é cinema senão um jogo de (de)

de Stéphanie Régnier. O filme relata as dificuldades

limitações, o que fica dentro e fora do plano?): nun-

de Kelly e as memórias de uma vida isolada numa

ca sair daquele quarto com vista para tantos terra-

ilha do Mediterrâneo, tendo como base de sobrevi-

ços, nos quais há todo um mundo a acontecer, e uma

vência a prostituição e o desejo de recorrer aos seus

pontinha do Mediterrâneo.”

irmãos e à sua mãe.

Após o filme, os convidados, entre eles os alunos, tiveram a oportunidade de compartilhar impressões, manifestar o seu agrado, com a própria autora e realizadora.

Por:

Ângela Reis, Inês Alves, Margarida Guaparrão TF2 11

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Repórteres: Texto: Ana, Joana & Raquel – TA 2D; Ricardo & Ricardo 12 – TGEI 3 Fotografia: Luan – TA 2D

Ufa! O último Dia 13 de Dezembro, um dia frio e chuvoso, a esperança do último dia de aulas e… a festa de Natal da escola! Chegava finalmente o tão ansiado dia para os alunos de TGEI 3º! Ao fim de um longo período de espera, seria no último dia de aulas que defrontariam os professores pelo título de equipa suprema da Escola Digital. Na equipa dos professores estavam António Valjean, Manuel Ramos, Jorge Pereira, Rui Rodrigues, Tiago Caiola, Hugo Costa, Luís Canário e Rui Jesus, entre os alunos, alguns membros da turma de TGEI 3º. O árbitro era o paciente e bem-disposto, professor Ricardo Farias.

Chegada à hora existia um nervoso miudinho e alguma ansiedade por parte dos alunos (tendo nós conhecimento de causa), mas nada mais que isso seria. Começado o jogo, verificou-se que os alunos estavam focados na vitória, mas via-se também que os professores não estavam dispostos a entregar a vitória de mão beijada. Foi um jogo equilibrado, até surgir o cansaço por parte dos educadores, o que permitiu aos 12 jovens pupilos fazer o golo por algumas ocasiões.

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Finalizado o jogo, o placar marcava 6-2 a favor dos alunos, terminando assim a história de invencibilidade que vinha sendo, ao longo dos anos, construída por parte dos professores. Os nossos pêsames, professores!!!

E agora os testemunhos… Professor Manuel: Como se sente depois de perder o jogo contra os seus alunos? Preferia não falar nisso. De referir que este jogo foi o primeiro de muitos, só vão acabar o curso depois de perder um jogo com os professores, nem que tenha de ser um jogo por semana.


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dia de aulas!!! - Pareceu-nos um pouco cansado, não costuma fazer desporto? Agora não. TGEI 3º: - Qual é a sensação de ganhar contra os professores, especialmente contra o professor Manuel Ramos? É mau, vamos chumbar aos próximos módulos. Mas foi bom estar com os professores, assim na brincadeira. - Acham que foi “piece of cake” este jogo? Foi um jogo na brincadeira, até porque jogaram com oito! - Agora entre nós, os professores jogaram alguma coisa? Por favor, façam uma pergunta séria! Esperamos que eles venham com mais força da próxima vez e que não façam batota. É de destacar a exibição do Rui Jesus.

Depois da merecida vitória dos alunos, fomos todos para o campo de futebol, onde escrevemos “Feliz Natal”, rebolando um pouco na relva molhada.

Foram distribuídas t-shirts da Digital, as letras já estavam marcadas, era só escolher um lugar, ou como se costuma dizer: um “spot”. O professor Ricardo Frias já se encontrava em posição para começar a filmar, para posteriormente fazermos um vídeo de Boas Festas. Depois de alguma confusão, e muita corrida, cada um encontrou o seu lugar.

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Repórteres: Texto: Ana, Joana & Raquel – TA 2D; Ricardo & Ricardo – TGEI 3 Fotografia: Luan – TA 2D

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Terminadas as atividades da manhã, os alunos foram encaminhados para a escola onde foi oferecido o almoço, cortesia da escola. Os alunos comiam, falavam, riam, conviviam, enquanto eram fotografados.

Concluído o almoço deu-se o espetáculo de magia, proporcionado por um jovem praticante que se aventurou, há cerca de um ano, no mundo da magia e onde os seus truques preferidos envolvem cartas. Tudo correu como esperado, os voluntários corresponderam às expectativas do performer.

A primeira grande atividade da tarde foi da autoria do Núcleo de Robótica. Neste Workshop, os intervenientes do núcleo, deram a conhecer aos membros da comunidade escolar o seu percurso, quer em competições como em projetos já desenvolvidos. Foram apresentados alguns robots e explicado o seu propósito.

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O Workshop de Redes Informáticas, organizado pelo Orientador Tecnológico da Escola Digital e pelos alunos de 3º ano do curso de Técnico de Gestão de Equipamentos Informáticos, decorreu na sala 2A2, onde são lecionadas as aulas referentes às disciplinas tecnológicas.

Foi introduzida aos formandos uma breve noção do que é a internet e como comunicam os computadores e os restantes equipamentos em rede. Após isto, foi demonstrado como é que este procedimento acontece em redes simuladas, no programa Cisco Packet Tracer. No programa foram configurados e conectados os equipamentos de rede, para que estes pudessem comunicar, como se de 14 equipamentos reais se tratassem. Um dia de vitórias!


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Palestra Por: Ricardo Costa – TGPSI 3 Desenho de Simão Malícia – TA 2D/3D

pa·les·tra (grego palaístra, -as, parte do ginásio onde se pratica luta, escola) substantivo feminino 1. Debate ou discussão ligeira. Ambiente propício a originar extremo tédio, assim como graves problemas relacionados com “sonolência”, entre outros que estão diretamente relacionados com coisas deveras aborrecidas. Mas não quando estas palestras são ministradas pelo Exmo. Sr. Prof. José Paulo Viana. Falo por experiência 15 própria.

A primeira impressão que temos do professor é que é, com todo o respeito a ambos, igualzinho ao nosso professor de Matemática, Manuel Beirão. Não só fisicamente, ambos partilham um estilo deveras parecido ao do Einstein. O professor tem a habilidade de tornar um tema chato e rotineiro, num tema interessante que nos capta a atenção, do início ao fim! Não deixemos escapar o seu sentido de humor, porque não é equiparável e ele fez questão de o demonstrar ao “aldrabar” um almoço numa aposta, usando a Matemática a seu favor. No final de contas foi a Palestra mais “out of the box” que já tive!

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O RAP não tá morto, mas tá em coma!! são muito idênticos e perderam aquela vibe que os beats old school tinham e que cativavam, como por exemplo o uso do scratch. Não quero difamar nem rebaixar os produtores e rappers da atualidade, porque muitos deles têm talento e são eles que vão mantendo o RAP vivo, mas há muitos que o estragam, que não têm flow, nem capacidade lírica para levar o RAP a outro patamar e preferem falar de assuntos que não interessam, ou dos quais nada sabem, pois muitas das coisas que falam, possivelmente, não as sentiram. Continuo a gostar de alguns dos muitos sons que saem hoje em dia, mas sou um eterno fã do Fotografia de Francisco Martins – TA 2D/3D

RAP old school! Grupos como Wu-Tang Clan, Run DMC, NWA,

Que o RAP já não é o que era, toda a gente já sabe.

Beastie Boys, De La Soul, entre outros, e também

Eu, como sou um grande fã deste estilo musical, que

grandes rappers, verdadeiros pesos pesados, como

verbalmente é o mais poderoso a meu ver, pois é o

Mos Def, Rakim, KRS One, Biggie Smalls, Tupac,

que dá voz a todos os problemas, tanto locais como

Big L, Ice Cube, Snoop Dogg, e o grande Eazy-E, só

mundiais, acho que está a perder qualidade. Antiga-

irão existir uma vez no mundo do RAP e, com muita

mente havia mais conteúdo liricamente, coisa que

pena, não vejo ninguém a chegar ao mesmo nível e a

hoje em dia é raro, tirando algumas exceções que

trazer novas cenas ao game, como eles fizeram.

ainda conseguem manter este estilo vivo e com qua-

Enquanto o dinheiro, e a fama for mais importante

lidade. Hoje o RAP, basicamente, resume-se a falar

que o respeito e o amor ao mundo do Hip Hop, o

de dinheiro, conquistas, miúdas e coisas que já se

RAP continuará em COMA!!

tornaram banais.

“I

As causas que me levaram a gostar do RAP foram as

Why?

líricas, os beats e principalmente a originalidade e a

I got your RESPECT!” KRS One

got

no I

jewels don’t

on

my

need

neck t hem

maneira como contavam histórias. Agora os beats 16

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Por: Fábio Lança – TA 2D/3D


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“Hail to the King” é o novo álbum dos Avenged Sevenfold. É um álbum constituído por 10 músicas de 4 minutos, ou mais, que recomendo a todos os que gostam deste estilo de música (Heavy Metal, Hardrock, Metalcore). É de facto uma banda excelente, que aposto que muitos conhecem. Se não conhecem, passam a conhecer! Mas como sou simpático e me preocupo com vocês, deixo uma sugestão: para quem não gosta de Rock, e prefere algo com mais ritmo, recomendo Lindsey Stirling (Dubstep e violino). É um estilo mais clássico, mas com bateria à mistura. Porque o importante é ouvir!!! Por: Daniel Calvete –TDD3D

ECHOES

Não sei se será o melhor álbum de sempre, mas anda entre os melhores, pois juntou o melhor dos Pink Floyd em dois cds! É aquele álbum que se ouve da primeira à última faixa, tanto pela música como pela composição do álbum. As passagens são do melhor! Este álbum é uma obra de arte! Um hino à música! Seja pela música como pela capa é um álbum que todas as famílias deviam ter em suas casas, pois mesmo que não gostem da música podem pô-lo numa moldura e expô-lo como uma peça de arte contemporânea. Tanto se ouve num dia escuro e cinzento como num dia de sol!

Por: Diogo Amorim – TA 2D/3D

17 esquecer este colosso musical! Impossível

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Dois destaques 47 Ronin Este filme é extremamente confuso na sua intenção, mas para aquilo que é até pode considerar-se divertido. Com umas boas lutas por aqui e por ali, tem um estilo visual bom, e alguns elementos funcionaram porque há uma boa e simples história debaixo de tudo o que o filme tenta atirarte para a cara. É no final que se consegue ver melhor essa qualidade, por isso não é um filme para toda a gente, mas é capaz de merecer o vosso tempo. Classificação: 6

Dallas Buyers Club Este é um daqueles filmes que fica contigo depois de o veres, a execução é interessante e está filmado de uma forma que acompanha sempre o tom da cena. O fim do filme podia ter sido melhor, mas não deixa de ser forte. Os personagens são a minha parte favorita e nota-se que há muito amor e trabalho posto neste filme. Embora algumas pessoas possam ficar um pouco desconfortáveis devido à temática do filme ser a sida e os seus efeitos, e eu não os culpo por isso, este filme mostra a realidade como ela é. Apesar de tudo isso eu recomendo que ultrapassem o desconforto porque este é um filme que vale a pena ver. 18 Classificação: 8

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O top 10 de 2013 Melhores Filmes

Piores Filmes 1. Pain and Gain

1. Frozen

7. Hansel and Gretel in Witch Hunter

2. Vikingdom 2. Rush

8. Paranoia 3. After Earth

3. Ender’s game

9. A Good Day to Die Hard 4. Iron Man 3

4. Don Jon

10. Inside Llwenyn Davis 5. Elysium

5. Monsters University 6. Gravity 6. Dallas Buyers Club 7. Thor 2 8. Malavita 9.The Butler 10.The World’s End

Por: Miguel “The Animator” Felix 19 TA 2D/3D 17


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KER

"Kerbal Space program" ou KSP, é um pequeno jogo

sítios semelhantes à Lua, Marte e outros planetas cada

indie em desenvolvimento, mas já lançado na "Steam

vez mais e mais distantes.

early acess" pelo estúdio independente "Squad". O

O forte deste jogo, será o facto de não haver limites

estúdio é ainda pouco conhecido, por isso talvez ainda

para a criatividade e a possibilidade de construir algo

não tenham ouvido falar dele.

a partir de uma ideia nossa, semelhante a jogos como

Este jogo foca-se na criação de rockets e naves

Minecraft e Terraria, neste aspecto.

espaciais e tem uma aproximação semi-realista a um

O jogo, que ainda está em estado Beta, atualmente na

género ainda não muito explorado. Para além disso, o

versão 0.23, permite-nos, para já, iniciar uma

jogo traz-nos o desafio de não só construir estas

campanha em single-player no modo sandbox, que

naves, mas também de as colocar em órbita e torná-

inclui uma tech tree para desbloquear peças mais

las cada vez mais evoluídas para irem mais longe, a

avançadas para nos ajudar nas nossas aventuras. 20

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RBAL No entanto, existem planos para expandir o jogo com elementos como uma economia e contratos que, em troca de uma quantia, nos solicitam a colocação de um satélite numa certa órbita, ou enviar uma sonda a um planeta. Kerbal é um jogo divertido, mas aviso que pode facilmente chegar a ser bastante frustrante, em determinadas alturas, para muitos jogadores, devido ao realismo implementado e à dificuldade de, realmente, construir um veículo espacial que funcione, tendo em conta o combustível, peso, eletrónica e muitos outros pequenos detalhes. Infelizmente, a versão atual não possui tutoriais suficientes para jogadores novos dentro do género, sendo necessário procurar ajuda em walkthroughs, ou guias online, para aprender a funcionar bem com os elementos do jogo. Mas, se estiverem dispostos a tentar algo novo e disponibilizar algumas horas para aprender a jogar, vão acabar por se divertir e criar naves interessantes que, talvez na realidade, pudessem funcionar.

*Este jogo atualmente encontra-se no estado

Por: Francisco “Frank Rod” Rodrigues TA 2D/3D

Beta, versão 0.23, e está disponivel na "Steam early acess" pelo preço de 23,99 €. 21

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Sony Revela serviço PlayStation Now

Numa recente conferência da Sony, que decorreu durante a Consumer Electronics Show em Las Vegas, o presidente da Sony Computer Entertainment , Andrew House, revelou o Playstation Now. A ideia do serviço é que poderemos jogar recentes títulos, como o Beyond Two Souls, numa Tablet ou até mesmo na Playstation Vita, tudo a partir de cloud

streaming, usando a Internet (O recomendado é 5 megabytes de download ou mais). Ainda não existe uma data para a Beta deste serviço na Europa, mas é esperado acontecer no fim de 2014 ou no início de 2015, enquanto que nos Estados Unidos o serviço irá já estar completamente disponível no Verão.

Halo na Xbox One irá ser lançado em 2014 Rob Semsey, Gestor de Relações Públicas Sénior, das séries Halo e Forza, confirmou que a Xbox One irá receber o novo jogo da série ainda em 2014. Semsey escreveu no seu Twitter : "Os fãs podem ficar descansados, que o próximo Halo vai, com toda a certeza, estrear-se na Xbox One ainda este ano." Ainda não existe um nome final para o jogo, a única coisa que a Microsoft revelou foi um trailer CGI durante a E3 2013, juntamente com a confir-

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mação que o jogo será a 60 frames por segundo. Resta-nos esperar por mais informações que irão ser divulgadas no decorrer do ano.

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Destiny irá puxar a PS3 e a X360 ao máximo Chris Butcher, diretor técnico da Bungie, revelou numa recente conversa com a Game Informer, mais detalhes sobre o desenvolvimento das versões da PS3 e da Xbox 360 de Destiny. "A Xbox 360 e a PlayStation 3 ainda têm muito espaço para nós. Temos o motor mais optimizado de sempre para estas máquinas. Estamos num ponto, agora mesmo, em que estamos a espremer tudo aquilo que a Xbox 360 e PlayStation 3 têm para oferecer.” "Temos mais personagens e mais jogadores do que pensávamos ser possível, porque estamos a usar cada pedaço dos CPUs e SPUs e a descarregar material para o processador gráfico." "Garantimos que vamos oferecer uma experiência de jogo que é consistente para toda a gente em qualquer plataforma, desde a PS3 e a Xbox 360 às consolas da nova geração." Destiny será lançado no dia 9 de Setembro para a Xbox One, Xbox 360, Playstation 4 e Playstation 3.

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Por: Pedro “Gunz” Relvas TA 2D/3D

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Lanรงamentos de

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banda desenhada

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Heart O meu nome é Kagami Tenkuma. Sou um rapaz normal de 18 anos. Neste momento vivo sozinho. Porquê, perguntam vocês? Porque os meus pais decidiram partir em viagem de trabalho e não mostram sinais de querer voltar... Irresponsáveis dos infernos. De vez em quando recebo notícias deles e no final de cada mês recebo o dinheiro para compras e contas que têm de ser pagas. -Tenk! Acorda de uma vez! Se não te levantares vais chegar atrasado! - Grita uma jovem rapariga. Este furacão andante é Okimura Cristina. O seu nome estranho veio do seu pai japonês e da sua mãe portuguesa. Ela tem 17 anos e é da minha turma. Quando os meus pais decidiram que iam viajar, pediram-lhe que tomasse conta de mim e deram-lhe uma chave de casa... E por isso ela vem acordar-me todos os dias. É uma rapariga pequena, com cabelo curto louro e uns olhos verdes esmeralda. Ah... e as suas proporções são... admiravelmente grandes. - Hmm... Mais 5 minutos por favor... - 5 minutos o tanas! Levanta-te já! - Ok, ok... Já estou a pé... És mesmo chata... - "Chata" nada! Responsável, se faz favor! Agora vai-te vestir! Vou fazer o pequeno-almoço. E nem penses em voltar para a cama! - Mesmo que voltasse não me ias deixar dormir... - Óbvio que não! - Deixa-a em paz! Quando finalmente ela saiu do quarto, vesti- Sabes o que é que eu quero... Se o fizeres ela sai me e preparei-me para mais um dia de aulas. Não que livre... Escolhe. eu tenha grande gosto em ir para a escola. Devido a -... Como sei que não a vais matar na mesma? várias situações todos têm medo de mim e evitam a - Não sabes. Ou confias e fazes o que te digo, ou não todo o custo falar-me e darem-se comigo. As únicas confias e este lindo pescoço fica decorado de vermelho. pessoas com quem falo é a Crist e um outro rapaz cha- Não o faças! Por favor! Tenk! mado Taiga. - Crist... Não tenho escolha. Mesmo que não seja certo - Ok... Acho que tenho tudo. Vamos lá... mais um dia. tenho que tentar. Quando acabei de me preparar saí do quar- Para! to, tomei o pequeno-almoço com a Crist e saímos de - Adeus Crist... foi.. um prazer conhecer-te. casa. Estava calor, o Verão tinha acabado mas ainda Nessa noite a lua brilhou vermelha... vermehavia um "resto" para aproveitar. As ruas estavam lha como o sangue que escorria do meu corpo ferido cheias de pessoas como nós, estudantes com espectatipela minha própria mão... Como chegámos a isto? Era vas de um futuro de sucesso... Cada um ia ao seu ritmo. mesmo necessário acabar tudo assim? Deixem-me con- 26Uns iam com um sorriso na cara; outros com um bocejo tar-vos a minha história. a sair a cada esquina; e havia ainda alguns que pareciam

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t Key ter um coração em cima da cabeça por estarem a andar com o seu amante... Eu pertencia ao grupo dos bocejos na altura. - Quero voltar para a cama... - Ai queres? A única maneira de o fazeres é por cima do meu cadáver. - Então e se eu te arrastar comigo? Vamos os dois e tal... - O q-q-que?! Ainda é muito cedo para isso! Seu indecente! Há uma ordem para esse tipo de coisas! Não é "vamos lá e já tá"! -Tava a gozar... E já agora que tipo de coisas imaginaste? Eu tava a falar em dormir... - ODEIO-TE! Nesse momento uma terceira pessoa juntase à discussão. - Incrível... Cada vez que vos encontro vocês estão a ter uma discussão... Que tal passarem um dia sem discutir? - Oh! Taiga! Bom dia. Eu não estou a discutir... ela é que interpreta mal aquilo que digo e depois levo na cabeça pela perversidade dela. -O quê?! Odeio-te! Nunca mais te vou acordar! Este rapaz é Kihara Taiga. Ele entrou na nossa escola depois de nós e devido a várias situações, como trabalhos de grupo e afins, tornamo-nos amigos. É um rapaz alto e atlético, com cabelo curto, espicaçado de uma cor avermelhada que partilha com os seus olhos. Depois dessa discussão seguimos os três para a escola onde íamos passar mais um dia a preparar o nosso futuro... Éramos sonhadores e cada um tinha os seus objetivos... Quer dizer... eles tinham... Eu... não sabia o que queria. Eu era simplesmente um vagabundo que não queria saber das notas desde que não chumbasse o ano. O dia foi passando e o céu foi mudando. De um céu azul e sem nuvens passou para um céu coberto com a chuva e a trovoada a bater à porta... Agora que penso nisso… nessa altura nem liguei a esta mudança tão rápida. Erro meu... - Estou tramada... Não tenho guarda-chuva... Tens algum, Tenk? - Pergunta-me a Crist, assim que me vê 27 entrar na sala.

- Acho que sim. Eu costumo deixar sempre um aqui, no caso de algo assim acontecer. – Respondi, enquanto me sentava à janela. - Então estou salva! - Estás? Quem é que me chamou pervertido, disse que me odiava, e disse que nunca mais me ia acordar? - Não sejas assim! Por favor Tenk! Sabes que és a minha pessoa favorita em todo o mundo! - Que mudança... - Bem visto Taiga... Bem visto... - Qual mudança? Eu trato sempre o meu querido Tenk assim! Aliás, se no futuro ele não tiver noiva, eu assumo a responsabilidade de tomar conta dele até à morte! - Por favor... Não faças isso... Acho que não ia aguentar levar contigo todos os dias até ao final da minha vida... - Óbvia mentira... Quando ela disse isso não podia estar mais feliz. - És mesmo mau! Logo eu que gosto tanto de ti e... "E pronto... já começou outra vez" foi isso que pensei enquanto desviava a atenção da conversa para a janela e apreciava a trovoada que vinha aí. Era uma das grandes, cheguei mesmo a pensar se devíamos mesmo andar com um guarda-chuva na rua com um tempo destes. Enquanto admirava a majestosa tempestade que aí vinha reparei num pontinho luminoso no céu... Mal eu sabia que esse pequeno ponto ia mudar completamente o curso da minha vida.

Texto: Daniel Tojo Desenhos: Miguel Amaro

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Por: Little Couto (TA 2D/3D) Sabias que existem cerca de 250 corpos congelados à espera de serem revivificados no futuro? Ainda que, até hoje, ninguém tenha sido revivificado após ser congelado, existem bastantes pessoas dispostas a correr esse risco. Sim, a imortalidade é muito vista em filmes e todos sonhamos com ela, mas será que algum dia esse sonho de tornará realidade? Este progresso, que dá pelo nome de criogenia, é o congelamento de um corpo humano, depois deste ter sido oficialmente declarado morto, com base na esperança de que, um dia, a tecnologia seja avançada o suficiente para trazer um corpo de volta à vida. Aqui estão algumas pessoas que recorreram ao processo: James Bedford, Dick Clair Jones, Thomas K. Donaldson, Dora Kent, Ted Williams, John-Henry Williams. Agora já sabes! E saber é metade da batalha!!! Desenho de Miguel “The Animator” Felix TA 2D/3D

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29 Desenho: Diogo Amorim - TA 2D/3D Pintado por: Raquel Rodrigues - TA 2D/3D

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Por: Artur Silva (turma do vocacional) “Revolução” é uma palavra com várias formas pelo mundo, mas com o mesmo significado. Uma palavra utilizada quando atingimos um limite. O limite sendo na sociedade, na economia, em guerras ou mesmo no nosso dia-a-dia. Mas o que criou esta palavra, que traz medo ao coração daqueles com poder, esta palavra que quando dita teve o poder de mudar o mundo em que vivemos hoje? A sua origem, como alguns já devem ter adivinhado, foi basta… - Basta a desigualdade! Basta a injustiça! Basta o medo! O libertar deste grito que nos vem da alma, que dentro de nós surge nestas palavras, quando chegamos ao nosso limite emocional “basta, chega, estou farto/a”, todas com o mesmo final, a revolução. A revolução que acaba com aquilo que nos enfraquece e nos dá insegurança, que nos traz medo e sobretudo aquilo que “mata” a hesitação nos nossos corações. Revolução é isto e muito mais, simplesmente temos que nos perguntar o que queremos, “o que é que está errado com esta imagem que é a minha vida?”. Quando paramos de fazer estas perguntas é a altura em que deixamos de sonhar, quando aceitamos esta “mudança” indesejada. Todos nós chegaremos a este ponto, mas podemos sempre ter uma escolha: que tipo de futuro é que queremos viver?! Temos só que acender a chama da revolução e dizer basta!

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Fotografia de Laura Santos TF3


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Fotografia de Susana Fonseca Por: Derek F. Fitzaerbet Querida Welma, Os meus dias de mágico foram-se e eu vivi a vida a encontrar a razão e a verdadeira magia. Por cada canto, beco e estação tentava encontrar-me, mas a chuva inundava a minha mente. Foi então no alto, por cima das nuvens, sentado a olhar para o horizonte, que me encontrei, no único sítio que o sol não alcança. E encontrei em mim a magia. Oxalá isso tivesse acontecido, não passou de mais um truque da minha mente para mostrar-se capaz de tal fantasia. Fui o mágico que Deus pagava para ver atuar, mas hoje, Welma, hoje é o meu último espetáculo e vou finalmente realizar magia verdadeira. Ainda me lembro do dia em que desapareceste da minha vida: “Magia? Assim que sair desta porta não terás nada e a magia não vai reparar isso.” “Eu sou mágico, eu tenho tudo…” Estava errado, mágicos idiotas pensando que fazem magia com simples truques com alçapões. Mas hoje, com esta bala, vou desaparecer e não voltar. Porque essa é a verdadeira magia… 31

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Desenho: Ricardo Nunes- Vocacional Pintado por: Raquel Rodrigues -TA 2D/3D32 30


Uma afirmação do ser 33

Muitos pensam na revolução como um ato de luta. Uma forma de resolver os problemas que, de outra maneira, seriam difíceis de resolver. A meu ver, por cada segundo que vivemos, a cada momento que respiramos, temos a oportunidade de criar revolução. Somos seres dinâmicos e criadores e é essa fibra que nos permite causar essa revolução, sermos extraordinários e excecionais para além de nós mesmos, criarmos acima de tudo o resto e, por cada um desses momentos, causarmos reação na mente e na alma de todos aqueles que nos seguem. A revolução que todos podemos causar permite-nos delinear uma imagem, um espírito. Cria, acima de tudo, a diferença, a mudança tão procurada por aqueles que ousam tentar mudar o mundo. Muitos pensam na revolução como um ato de luta. Eu vejo-o como uma afirmação do ser, existência de força e vontade de ser melhor. Por: Bruno Antunes - TDD3D

Fotografias de Sandro AlmeiaTF3

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Revolução, (do latim revolutìo, ónis: ato de revolver)

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"Vem por aqui" — dizem-me alguns com os olhos doces Estendendo-me os braços, e seguros De que seria bom que eu os ouvisse Quando me dizem: "vem por aqui!" Eu olho-os com olhos lassos, (Há, nos olhos meus, ironias e cansaços) E cruzo os braços, E nunca vou por ali... A minha glória é esta: Criar desumanidades! Não acompanhar ninguém. — Que eu vivo com o mesmo sem-vontade Com que rasguei o ventre à minha mãe Não, não vou por aí! Só vou por onde Me levam meus próprios passos... Se ao que busco saber nenhum de vós responde Por que me repetis: "vem por aqui!"? Prefiro escorregar nos becos lamacentos, Redemoinhar aos ventos, Como farrapos, arrastar os pés sangrentos, A ir por aí... Se vim ao mundo, foi Só para desflorar florestas virgens, E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada! O mais que faço não vale nada.

Fotografia de Sandro Almeida TF3 escura, E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios... Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém! Todos tiveram pai, todos tiveram mãe; Mas eu, que nunca principio nem acabo, Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

Como, pois, sereis vós Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem Para eu derrubar os meus obstáculos?... Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós, E vós amais o que é fácil! Eu amo o Longe e a Miragem, Amo os abismos, as torrentes, os desertos... Ide! Tendes estradas, Tendes jardins, tendes canteiros, Tendes pátria, tendes tetos, E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios... Eu tenho a minha Loucura ! Levanto-a, como um facho, a arder na noite

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Ah, que ninguém me dê piedosas intenções, Ninguém me peça definições! Ninguém me diga: "vem por aqui"! A minha vida é um vendaval que se soltou, É uma onda que se alevantou, É um átomo a mais que se animou... Não sei por onde vou, Não sei para onde vou Sei que não vou por aí!” José Régio, Cântico Negro

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Por: Alexandre Campbell

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Pensemos numa pequena cidade, casas geometricamente iguais, pessoas vestidas de igual, doutores e donas de casa, com monovolumes híbridos nas garagens e um cão a brincar no jardim. Os filhos vão todos para as mesmas universidades para serem médicos e advogados, depois casam-se e vão viver para uma pequena cidade, com casas geometricamente iguais, onde andam todos vestidos de igual. Estão a ver a história? Personifiquemos agora o poema de José Régio com o qual comecei este texto. Não lhe vamos dar um aspeto concreto, sexo ou até idade. Esta personagem é a ideia de revolução, a inconformidade constante com o que o rodeia e principalmente com pequenas cidades onde todos são iguais. Revolução é isso mesmo, dizerem para alguém seguir as pisadas de toda a gente e fincar bem o pé no chão, levantar poeira e dizer que não quer ir por ali, não quer ser igual a todos os outros.

A conformidade é a inimiga da revolução e vimos isso durante toda a história da humanidade, mas há sempre alguém que finca o pé e que quer ser diferente, uma pessoa melhor, que vai fazer diferença no mundo. Agora proponho o seguinte, lembram-se da personagem fictícia? Sem aspeto concreto? Olhem para vocês e transfiram a mesma inconformidade e a mesma vontade de ser diferente e melhor. Queriam viver naquela cidade? Terem todos o mesmo futuro? O tema que foi proposto foi a revolução, podia ter falado de mil e uma revoluções, políticas, industriais, científicas, mas falei daquela que é talvez a mais importante: a pessoal. E como revolução é sinónimo de mudança: “Toda a gente pensa em mudar o mundo, mas ninguém pensa em mudar-se a si próprio.”Leon Tolstoy

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Fotografia de Laura Santos TF3 33


Por: André Batista – TGPSI 3

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Copo atrás de copo tentava ele afogar aquela dor incontrolável que o dominava, já não era o homem que conheci, alegre e bemdisposto, sempre de piada na língua e um abraço forte que sempre me reconfortara. Mas, desde que caiu a desgraça naquele, hoje, fraco coração, mudou para sempre, tornou-se um homem desajeitado, cabelo despenteado e barba por fazer, passava ali os dias ao balcão do bar do costume: a matar a sua sede insaciável de álcool e tristeza. Já nem o barman, que outrora fora seu amigo, se atrevia a dirigir-lhe a palavra, limitava-se a encher-lhe o copo com whiskey quando ele, com a sua mão frágil e trémula, lhe fazia sinal. Pelos cantos comentava-se a triste presença dele ali no bar, já quase que parecia parte da decoração, muitas teorias e rumores se criavam em volta daquele infeliz homem, mas eu sabia de toda a verdade.

Fotografia de Sandro AlmeidaTF3

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Fotografia de Sandro AlmeidaTF3

Outrora fora o que ele chamava de melhor amigo. Hoje, sou apenas um estranho que ele já não reconhece. Perdeu o emprego, a mulher e a custódia da filha, já não tem pais, fez questão de perder todos os amigos que tinha e, acreditem ou não, eram muitos. Hoje vive num apartamento a cair aos pedaços, com o que conseguiu juntar enquanto era advogado, dinheiro que vai afogando em álcool. Tudo isto fez-me pensar se a felicidade realmente existe, as pessoas tendem a ficar presas aos «ses» do passado: «e se tivesse feito isto»; «se não tivesse arriscado e se nem sequer nos tivéssemos conhecido»; as pessoas ficam presas a essas ideias imaginárias de que poderiam ter feito de outra maneira, mas a vida é assim e deve ser assim, nós temos que aceitar a realidade, aceitar os problemas e as dificuldades. A vida não é suposto ser fácil. Errar faz parte de nós, seres humanos, não somos perfeitos nem


nunca seremos, temos apenas que nos limitar a viver com isso e a tentar aprender ao máximo, com os nossos erros, para que no futuro estes possam ser evitados. Mas no futuro, não no passado. PARA de viver no passado! Larga o copo e ergue a cabeça, para de tornar a tua vida mais miserável do que já está, enfrenta os teus problemas com coragem, todos temos momentos maus na vida, não podes deixar que eles se apoderem de ti, és muito mais que isto, eu sei que és. Muda os teus hábitos, começa de novo, revoluciona a tua vida, estás a precisar de aventura, de sair da rotina, de te sentir vivo outra vez! És dono do teu destino, cria o teu próprio caminho, volta a fazer coisas que deixaste de fazer quando te casaste, coisas que deixaste de fazer apenas porque te tornaste adulto, coisas que provavelmente eu nem te devia aconselhar a fazer, mas, se for isso que tu queres, não penses, faz. A vida são uns dias, não te podes dar ao luxo de parar para te lamentares do passado, tens de a aproveitar, para que um dia, quando estiveres pronto para morrer, morras com um sorriso nessa cara. Foi então que ele esboçou um sorriso, pousou o copo, voltou-se lentamente para mim, olhou-me nos olhos e, ainda com o mesmo sorriso na cara, disse-me: «Obrigado». Dito isto, meteu a mão ao bolso do casaco, tirou do revólver e pôs fim à sua vida. Fiquei ali, na mesma posição, parado a olhar para o corpo dele estendido no chão, enquanto o resto dos clientes do bar se atropelavam em gritos de pânico. Por isso, ouve o meu conselho, não permitas que o passado torture o teu presente e comprometa o teu futuro, sê quem tu quiseres e muda quando te apetecer, pois a vida não é nada mais nada menos que uma revolução de nós contra nós.

Revolução

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A revolução é convocada quando a evolução se encontra estagnada. Revolução é um “verbo” que se conjuga quando o confortável já não conforta e quando tudo o que é velho não mais importa. O revolucionário é o sujeito que conjuga a revolução, por ter feito algo novo quase utópico, por ninguém atrevido até hoje. É para as soluções que está voltado o seu foco e de uma luta nunca foge. Ele é o herói de toda uma nação. Quando já não se suporta a estagnação, um revolucionário grita dentro de ti: Revolução! Revolução! Felipe de Carvalho Damasceno – Turma de Aprendizagem Fotografia de Jéssica Pereira TF2

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A Revolução n

Desenho: Rafael Gonçalves- TDD3D

Professora Maria Santana – É transformar o Mundo e construir um Mundo Novo. É difícil, mas vital. Professor Manuel Ramos – É uma quebra do que está em vigor e a construção de uma coisa nova de modo abrupto. Dona Rosa – Secretaria – Revolução implica sempre uma mudança, pode ser uma mudança a vários níveis. Sr. José – Mediateca – Movimento do povo contra um governo. Professora Sara Nogueira – Manifestar um descontentamento em relação a uma atitude.

Sr. Miguel – receção – Quando um grupo de pessoas, com ou sem influência partidária, decidem pôr termo a um regime com o qual não concordam, sendo ele totalitarista ou não, implementando um novo grupo político que servirá melhor a comunidade ou o Estado. Professor Sebastião – Mudança contínua. Professor Tiago Caiola – Para mim, a revolução também é contrariar o rumo previsível dos acontecimentos. Professor Pedro Morais – Conseguir com o 3D ser transportado para mundos e realidades que só nos nossos sonhos as conseguimos experienciar. 38

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Desenho: Artur Silva - Vocacional Pintado por: Raquel Rodrigues - TA 2D/3D


numa frase

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Fotografia de Gino Antunes TF2

Guilherme - TGEI 3 – Antes morrer em pé do que viver de joelhos. Vicente – TM 2 – A demonstração do descontentamento de um grupo de pessoas. João – TF3 – Numa palavra só: Guerra. Inês – TF2 – É chegar a um extremo. Sarmento – TET – Quando as pessoas estão chateadas com o governo, fazem uma manifestação – revolução do povo. Ricardo – TGPSI 3 – É um apocalipse zombie. André - TGPSI 2 – É mudar alguma coisa que esteja mal. João – TDD3D – Combater pelos nossos direitos. Rafael – TDD3D – É a mudança!

Infinity Revolution Ano 2033 d.C Ninguém poderia esperar que uma coisa destas acontecesse… Todo o mundo esperava para assistir à maior chuva de estrelas que a humanidade jamais tinha visto. Este evento era o primeiro da história, uma chuva que poderia ser vista pelos quatro cantos do planeta. Mas o que não se esperava era que com ela também vinha a destruição. 2.42h da manhã foi quando tudo começou, com a queda da primeira estrela, bem no centro de Nova Iorque, seguindo-se várias em volta de todo o planeta. O mundo escureceu, depois de um enorme clarão de luz e de uma onda de cha-

mas que reduziu a população mundial a 52%. Poucos dias depois começaram a aparecer pessoas com certos dons e com os seus corpos modificados, estes foram chamados de “Devastadores” e tomaram conta das grandes nações, formando-as numa única… Durante 19 anos a humanidade viveu sobre o terror e sobre o medo, até ao nascimento de uma criança prodígio que viria libertar-nos dos Devastadores. O meu nome é Mark e esta é a história de como esta criança nos libertou... e revolucionou o mundo. Autor anónimo 39

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Filipe 40

Vs

M

Se eu gritar “revolução!” o que pensas logo a seguir? Miguel Félix: Se tu gritares revolução, hum… Além de pensar que tu és maluca (risos). Filipe Braga: Purificação? Se é uma revolução é porque há alguma coisa que precisa de ser purificada, ou arranjada. MF: A conclusão é que pensamos que a Raquel é maluca e que alguma coisa está muito mal em qualquer sítio em que esta frase seja proferida. Para ti o que é realmente uma revolução? MF: A necessidade de mudança é que é a motivação de uma revolução. A revolução é aquela mentalidade que toda a gente vai ter, não há um único governo que não tenha duas ou três pessoas que queiram fazer uma revolução, mas não é por haver pessoas que não concordem com o governo que signifique que vá haver uma revolução. Somos dos poucos países que fez uma grande revolução e não gostamos de falar dela. FB: Para mim uma revolução é quando as pessoas acham injusto um certo assunto, revoltamse, de maneira violenta ou pacífica, depende das pessoas em questão. Se removessem todos os canais de TVCabo ingleses, eu revoltava-me, já fizeram isso com o Cartoon Networks, já me chega. Há alguma coisa que tu aches que necessite de uma revolução? MF: A resposta mais estereotipada é o governo. Em qualquer sítio que haja um governo opressivo, isso também é um bocadinho subjetivo porque ninguém sabe o que vai acontecer,40

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há aquilo que acontece, aquilo que se conhece, e aquilo que é necessário e o que não é necessário. Há um site, o (perguntar ao Miguel como se escreve) onde as pessoas votam para alterar o que acham que está mal, de uma forma diplomática, ao nível do governo, dos direitos dos animais, da igualdade de género, etc. FB: Há muita coisa onde me poderia revoltar, mas não sei por onde começar. Provavelmente a comida, porque sempre que vou a um restaurante gasto 10€, quando devia gastar menos. O problema é que a comida é tão boa que não consigo resistir, sobretudo os buffets chineses. Se me pudesse revoltar, revoltava -me contra os buffets chineses. E mudava nos


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Miguel Entrevistadora: Raquel Rodrigues FB: Bater, não batia em ninguém, simplesmente andava livre. - O que seria para ti fazer uma revolução na escola? MF: (risos, muitos risos) Em qualquer escola? Raquel Rodrigues: É preferível ser nesta… MF: Estou a tentar ser diplomático, não estás a ajudar! Acho que o essencial é o que é essencial em qualquer revolução: mudar o que está mal e manter o que está bom. FB: Mas para ti o que é bom e o que é mau nesta escola? MF: (pausa & risos) Mudava alguma organização, há muitas coisas que poderiam estar organizadas de forma diferente. Outra coisa que alterava era o ter de levantar-me às 6h30 da manhã. Mudava também alguns dos professores. (risos) videojogos, sobretudo os que estão mal feitos, como alguns simuladores. Eras capaz de participar ou até mesmo comandar uma revolução? MF: Sim, se mudasse alguma coisa. FB: Eu juntava-me (a uma revolução) simplesmente para o gozo. Já é tudo tão aborrecido na vida, mais vale pôr um bocadinho de adrenalina. MF: O que ele diz não está assim tão errado, porque há muito pessoal que vai para as manifestações só para fazer porcaria.

FB: Eu não mudava nada, estou bem como estou, desde que os horários não sejam abusados, claro. RR: Não mudavas mais nada, por exemplo, termos um refeitório ou um sítio para almoçar mais organizado? FB: Um refeitório até dava jeito, estão sempre a estragar os micro-ondas. No -1 o problema não é falta de espaço, é falta de organização.

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Ficha Técnica Direção e Coordenação: Prof. Pedro Cruz Prof. Susana Fonseca Assessor de Direção: José Galvão Design e Paginação: Prof. Pedro Cruz Catarina Chasqueira Cristiano Caliça João Milão Telma Dias Redação: Reportagens/Entrevistas - Ana Nunes, Joana Sá, Luan Silva, Raquel Rodrigues, Ricardo Jorge, Ricardo Simões Pure News - André Costa, Francisco Rodrigues, Miguel Félix, Pedro Relvas Mozart Gone Wild - Daniel Calvete, Diogo Amorim, Fábio Lança Um conto inacabado - Daniel Tojo, Miguel Amaro Sabias que... - João Coutinho

Grupo de Teatro da Escola Digital A Escola é um espaço onde circulam e interagem pessoas de cores, feitios, tamanhos, idades diferentes. Cada uma com o seu papel, mostram a sua persona em tudo o que fazem: no estar em sala de aula, nas brincadeiras de corredores, na organização do seu trabalho, na defesa dos seus interesses, na partilha de perspetivas e visões da vida. No início do ano, alguns alunos, professores e funcionários da Escola saíram do habitual espaço escolar e encontraram-se com pessoas, alunos, professores e funcionários de outras escolas da Comunidade Rumos.

Colaboradores: Ana Margarida Guaparrão, André Batista, André Silva, Ângela Silva, Artur Silva, Bruno Antunes, Carina Silva, Cláudia Lima, Fabiano Teixeira, Felipe Damasceno, Filipe Braga, Flávia Sousa, Gino Antunes, Inês Alves, Jessica Pereira, Laura Santos, Ricardo Costa, Ricardo Nunes, Rita Silva, Ruben Nogueira, Sandro Almeida, Simão Carvalho

Na cidade de Braga tivemos a oportunidade de mostrar e encontrar novas faces em cada um e partilhámos momentos de grande diversão, regados de plenas gargalhadas - surgiu assim, o Grupo de Teatro da Escola Digital.

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